Equações Diferenciais DEFINIÇÃO Toda equação cujas incógnitas são funções e que contém pelo menos uma derivada ou diferencial destas funções, denomina-se equação diferencial. Exemplos 1) pe = 3x – 1 2) xdy – y dx = 0 . 3) toy + y = 0 4 (0-2) - v - (1 + x ) 59 (v- ) =1+() 6) en = 0 CLASSIFICAÇÃO A função y é denominada incógnita de uma variável independente x. Quando existe apenas uma variável independente, a equação é denominada ordinária (cinco primeiros exemplos); quando há mais de uma variável livre, equação diferencial de derivadas parciais (6o exemplo). 2 1 EQUAÇÕES DIFERENCIAIS Existem ainda as equações de diferenciais totais e as equações integrais, estas últimas transcendendo as finalidades deste estudo. ORDEM A ordem de uma equação diferencial é determinada pela ordem da derivada de mais alta ordem contida na equação. GRAU Supondo-se a equação escrita sob forma racional inteira em relação às derivadas, o grau da equação é o maior dos expoentes a que está elevada a derivada de mais alta ordem contida na equação. Assim sendo, os exemplos anteriores poderão ser classificados quanto à ordem e ao grau em: Exemplo 1 mm 1.a ordem e 1.° grau Exemplo 2 + 1.a ordem e 1.° grau Exemplo 3 + 2.a ordem e 1.° grau Exemplo 4 + 4.a ordem e 3.° grau Exemplo 5 * 3." ordem e 2.° grau Exemplo 6 * 2.a ordem é 1.° grau Observe-se pelos exemplos seguintes que, nem sempre à primeira vista, pode-se classificar a equação de imediato quanto à ordem e grau. Assim, as equações (7) e (8) são, respectivamente, de 3.a ordem, 2.° grau e 1.a ordem, 1.° grau. no che 3ordem e 2o grau au *) - v 8) Los * -1847– is g x2 = y a very to be a xzena 1.ordem e 1.0 grau, Obs.: Será omitido doravante o sinal de valor absoluto em todas as operações em que intervenham Logaritmos, ficando subentendido, todavia, que tal operação só tem sentido para os valores absolutos das funções a que se aplica. CAP. 1 – EQUAÇÕES DIFERENCIAIS / 3 RESOLUÇÃO Resolver ou integrar uma equação diferencial é determinar todas as funções que, sob a forma finita, verificam a equação, ou seja, é obter uma função de variáveis livres que, substituída na equação, transforme-a numa identidade. .. Exemplo . . . . they = 3.– 1 er .. . . ... .. . .. . dy = 3. dx - dx . ... . ::: ......... 7. .. ... . . . ... . . fos - fax dx = [as 1.2 -x+6 .. ... . . ... . . . ........... .. +C ...... . .. . ... . .. .. 2 . ...*** Existem vários tipos de solução de uma equação diferencial, a saber: !, u) Solução geral: é a solução da equação que contém tantas constantes arbitrárias quantas forem as unidades da ordem da equação. Dessa forma, uma equação de 1.a ordem apresenta apenas uma constante arbitrária em sua solução geral. Uma de 2.a ordem apresentará duas constantes, e assim por diante. A hl Solução particular: é a solução da equação deduzida da solução geral, atribuindo-se : valores particulares às constantes arbitrárias.. c) Solução singular: é a solução da equação, que não pode porém ser deduzida da solução geral. Assim sendo, apenas alguns tipos de equações apresentam essa solução. CURVAS INTEGRAIS Geometricamente, a solução geral de uma equação diferencial representa uma familia de curvas que recebem o nome de curvas integrais. Essa solução denomina-se primitiva ou integral da equação diferencial. Exemplo Seja a equação voy a = 2x. Sua solução r = .1? + C fornece uma família de parábolas de concavidade voltada para o eixo r positivo, como mostra a figura. . . . . A 4 1 EQUAÇÕES DIFERENCIAIS My лу C:6 W 0 C: -3 (9==+0] 1 = x2 + c AX Exercícios Sendo dadas as curvas seguintes, determinar para cada uma delas à equação diferencial de menor ordem possivel que não contenha nenhuma constante arbitrária. . 3-2 . : . 1) y me - p + 6. Solução Derivando: 2--1 = 3.8 -1 2) y = C, sen x + C, coss. Solução Derivando: đY = C, cos x – C, sen x. Como as constantes não foram eliminadas, derive-se pela segunda vez: CAP. 1 - EQUAÇÕES DIFERENCIAIS 15 they = -1C, sen x + C, cos x). Observe-se que o valor entre parênteses corresponde ao próprio y dado, o que permite escrever: +y=0 3) y = Cx2 Solução Care ha = 2 Cx : von = 2x ho 2 4) y = 0,12 + Ca Solução | 4 = 2 C, v. en 26, Levando em (a) o valor obtido em (b), tem-se: created inte 5) y = a cos (.+ b) onde a e b são constantes. Solução Derivando: = - a sen(x + b) a a cos(x + b). Como o segundo membro é – y, escreve-se: 8 EQUAÇÕES DIFERENCIAIS e + s =0 6) y = C, 03:8 + C22-28. Solução Multiplicando ambos os membros por tit, tem-se: e28 y = C, PS* + C2 es Les Derivando: ezt + 2e28 y = $C, est Observe-se que, em assim procedendo, já se elimina a constante C, Resta eliminar C, o que será feito mediante a multiplicação de ambos os membros da igualdade (2) por e-5x, Assim: 2-( + 2y) sc, Derivando: *** (en + 2 ) – 3e-u ( + 25) = 0. X = 0. Agrupando: pasienter med B - 6Y) = 0 procenter - 6) = 0. * 3 0 O que permite escrever, já que em 3* # 0. 6y=0 7) Lg 5 = 1 + ay. Solução Lg.r - Egy = 1 + ay a = Lgx – 183 -1 Derivando: += a - CAP. 1 - EQUAÇOES DIFERENCIAIS / 7 Substituindo e pelo seu valor obtido de (1), tem se: di . Lgx = 185 -1. dx Lgx – Lg y - 1 Eliminando os denominadores: y-X xiLgx – L&V - . y-moment = xLg xem - x Egy olyan mo (16 3 – L$ 1! sexo V sV - Lgyi 81. Obter a equação diferencial da familia de circulos de raio 10, cujos centros estejam sobre o eixo y. Solução te? + (1 - k}? = 102 (1) : onde k é a ordenada do centro. (y - k)2 = 100 – 42 Diferenciando (1): 2x dx + 213 ~ kldr = 0. Transpondo e elevando ao quadrado: 42 dx2 - 11' – kilady2 = 0. . . - 8 / EQUAÇÕES DIFERENCIAIS Substituindo (y – kpelo seu valor em (2). tem se: x dx? – (100 – ?) dr2 = 0 ( ) - 100 Exercícios Propostos Formar as equações diferenciais das seguintes familias de curvas: Resp.: xdx + ydy' = 0 1) p2 + yo2 = 62/ 21 )' = Cet Resp.: - ;=0 31 ..= ctxi - rio Resp.: 37.2 -*? = 2xy 41 y = C, cos 2x + C, sen 2x 5) y = IC, + C, X) et + Cy. Resp. Set + 4y = 0 Resp. e - ze = 0 Resp. Set - 2 = 0 they 6) j = C, 22* + e-*