Book AGORA’S BLACK BOOK A COMPENDIUM OF “TRADE SECRETS” ABOUT WRITING, MARKETING, AND MANAGING Compiled by Mark Morgan Ford & Rocky Vega Capítulo 1: Ideias Inovadoras 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 Reflexão profunda Como ter uma big idea Seis princípios das ideias que pegam Três paixões que todo inovador de produtos deve ter Como acabar com objeções a seu produto Como escrever bem: big idea e claridade Vendendo promos de big idea como se não houvesse amanhã O princípio do “um passo de distância” Como ter ideias Inovações “ponto da virada” não são necessariamente revolucionárias. O segredo para se tornar uma máquina de ideias Sete segredos do brainstorming criativo (e a regra das 24 horas) Sete maneiras de saber mais sobre qualquer coisa. Capítulo 2: Componentes essenciais de um bom editorial 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 O editor de newsletters perfeito. Como definir o que é ‘não ficção’ de qualidade. Sete atributos de um grande editor de saúde. Usando suspense para criar continuidade. Como dar um teaser da próxima edição de sua newsletter. Use uma série de gauntlets para apresentar o editor. Exiba-se sem ser tachado de exibido. Como escrever uma e-letter. A importância da edição. Hora das previsões. Duas formas de estruturar uma newsletter. O segredo do sanduíche de frango autoreplicativo. r Capítulo 3: Fundamentos de Copywriting 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 Cinco regras básicas para escrever uma Carta de Vendas Escreva até doer A ideia de uma imagem poética envolvente Quatro maneiras de acrescentar urgência ao copy Os quatro U’s: Uma regra para criar ótimas headlines Evitando a maldição do conhecimento Ganhe muito mais – e trabalhe menos Três gafes mortais em copywriting Os dois erros mais comuns cometidos por copywriters Você faz alguma dessas 10 bobagens? Lift Notes: não roube o brilho dos outros Capítulo 4: Princípios das headlines eficientes e das ideias convincentes. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 Estabelecendo uma PUV 38 atalhos para criar headlines Headlines com bom desempenho O canivete suíço do copywriting Seis arquétipos de leads Segredos de persuasão dos maiores profissionais de Marketing Promessas, proclamações e provas esmiuçadas Cola para criar leads de qualidade para newsletters Três passos fundamentais para ter ideias de headlines e leads A publicidade mais persuasiva Ogilvy conta a história das vendas Capítulo 5: Transformando ideias boas em ideias ainda melhores. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 Medo vs. Ganância Por que fazer o Peer Review Peer e Pro Review APR – Além do Review O CUB Review: fazendo com que seu copy seja lido Acrescentando algumas letras ao CUB Como eliminar copy Confuso, Inverossímil e Tedioso 12 perguntas para fazer depois do Peer Review e do CUB Review O processo criatorial Acrescentando mais um pé ao banco de quatro pés POD: O caminho para o copy de qualidade Leitura recomendada Reflexão profunda. Bill Bonner - 26 de setembro de 2008 O maior progresso na análise de copy ocorria quando estáva- mos em pequenos grupos formados por pelo menos dois copywri- ters sêniores. Os escritores mais novos propunham leads, iscas e headlines. Os copywriters sêniores os rejeitavam, os criticavam ou discu- tiam entre si. Ocasionalmente, um deles ficava com uma expressão pensativa e dizia: “Será que isso faz sentido?” Com frequência, essa pergun- ta elevava o nível da discussão e a deixava mais interessante, mais envolvente e com mais carga emotiva. Às vezes, ela desencadeava a reestruturação do produto. Para copywriters, escritores, profissionais de marketing e edito- res, o mais difícil é pensar sobre algo de uma maneira nova. Com frequência, as primeiras ideias são as que ficam. Os escritores come- çam a trabalhar em um projeto, mas geralmente fazem apenas iterações de suas primeiras ideias. Eles precisam ser incentivados a deixar essas primeiras ideias de lado e a pensar de forma diferente. É aí que as grandes inovações ocorrem... a partir de uma reflexão profunda. Outro risco das “primeiras ideias” é que elas costumam ser muito pare- cidas com as últimas ideias do copywriter. Uma vez, pedimos a um grupo que propusesse headlines, e todas elas eram familiares demais. A mesmice não é um problema em novos mercados, como a Índia ou a Espanha. Lá, mesmo nossas técnicas de copy mais antigas são novas. Mas, nos EUA e no Reino Unido, ideias velhas soam... velhas. Ninguém quer pagar por elas. As pessoas desejam novidades. Como ter ideias novas? É preciso ir além das manchetes de jornal, é preciso realizar uma reflexão profunda. O que nos leva a outro assunto. Reflexão profunda. No momento em que estou escrevendo este texto, as notícias do mundo das finanças são alarmantes. As principais instituições estão abaladas. Investidores estão perdendo fortunas. A intervenção governamental é maior do que nunca. Talvez essa seja uma época terrível para investidores, mas é um presen- te de Deus para os copywriters. “O fim do mundo como o conhecemos” “Wall Street apunhala investidores pelas costas” “Os três maiores idiotas dos EUA estão destruindo a economia mundial… mas podem garantir a maior oportunidade de lucro de todos os tempos!” Você entende a ideia. Não é tão fácil quanto parece. A mídia tradicional tem manchetes muito parecidas. Então, o que um copywriter pode fazer? Reflexão profunda… “O que isso realmente significa?” é a pergunta que ele deve fazer. E ele precisa explorar, pensar e refletir. Afinal, esse é o nosso negócio – imaginar o que está à margem do pensamento tradicional... pensar em como solucionar o quebra-cabeça... e o que tudo o que está acontecendo significa para nossos leitores. O cliente nos paga para refletir. Como ter uma big idea. Mark Ford - 7 de julho de 2015 Aprendi muitas lições valiosas nas décadas de parceria com o genial fundador da Agora, Bill Bonner. Nenhuma delas é mais importante que a “big idea”. Na época de meu pai, quem melhor compreendia esse conceito era David Ogilvy, um dos publicitários mais bem-sucedidos de todos os tempos. Atualmente, o homem de marketing mais bem-sucedido é Bill. Ele é amplamente reconhecido como a pessoa que levou a big idea para o marke- ting direto e, dessa forma, vendeu mais de um bilhão de dólares em publica- ções. Eu vi. Eu presenciei tudo. Quero compartilhar o segredo de Bill com você. Não será possível contar tudo, nem mostrar exatamente como o proces- so se dá, mas vou explicar por que e como o conceito da big idea é único, poderoso e lucrativo. Talvez ele seja a melhor técnica de marketing direto. Quando comecei a trabalhar com a Agora, no início da década de 1990, tinha diversas teorias sobre marketing direto que havia utilizado para montar negócios bem-sucedidos. Usei algumas dessas técnicas na linha de produtos da Agora e me saí muito bem. No entanto, quando trabalhei diretamente com Bill, descobri uma maneira inteiramente nova de criar promos muito lucrativas. Nunca tinha ouvido falar da big idea, mas quando Bill me falou sobre ela, eu li o livro de Ogilvy, “A publicidade segundo Ogilvy”, e o estudei de cabo a rabo. A seguinte passagem me impressionou: “Você nunca terá dinheiro e fama se não inventar big ideas. Uma big idea é necessária para atrair a atenção dos consumidores e fazer com que eles comprem seu produto. Se sua publicidade não tiver uma big idea, ela vai passar despercebida. Big ideas vêm do inconsciente. Isso é verdade na arte, na ciência e na publicidade, mas seu inconsciente precisa ser bem informado ou a ideia será irrelevante. Encha sua mente consciente com informações e, a seguir, desli- gue seu processo de pensamento racional”. Ogilvy também explica como reconhecer big ideas de outras pessoas. Faça estas cinco perguntas: 1. Eu suspirei em meu primeiro contato com a ideia? 2. Eu gostaria que a ideia fosse minha? 3. A ideia é única? 4. A ideia se adapta com perfeição à estratégia? 5. A ideia poderá ser usada pelo prazo de 30 anos? O primeiro texto que chegou à minha mesa na Agora é um exemplo perfeito de promo de big idea. Ele tinha sido escrito por Lee Euler, para uma newsletter chamada Strategic Investing. O copy estava formatado como um “bookalog” (um formato de mala direta que era novidade na época e que se parecia com um livro) intitulado “A praga da dívida negra”. Foi um grande sucesso. O texto começava da seguinte maneira: “Você não precisa ser um conservador, um liberal ou qualquer outra coisa para entender que os Estados Unidos estão prestes a ser engolfados por uma onda gigantesca… É isso mesmo. Agora que a lei orçamentária de Bill Clinton foi aprova- da – e se suas projeções econômicas estiverem corretas – adicionaremos US$ 1 trilhão à dívida federal nos próximos quatro anos. É mais do que George Bush adicionou em seus quatro anos. E quase o mesmo que Reagan adicionou em oito anos. Não importa se você prefere meus dados ou os de Bill Clinton. Estamos apenas falando sobre duas faces de um desastre. Quem está morto... está morto. Não há pessoas ‘mais mortas’ que outras.” Essa não foi a primeira grande promo que a Agora enviou. O primeiro anúncio que Bill escreveu para a International Living baseou-se em uma big idea e foi o controle por mais de 20 anos. Foram enviadas mais de trinta milhões de unidades. (Se Bill tivesse recebido dois centavos por unidade, que é o valor padrão pago a copywriters, ele teria conseguido US$ 600.000 em royalties!) A big idea da promo da International Living foi apresentada da seguin- te forma: “Você olha pela janela e vê seu jardineiro podando os limoeiros, as cerejeiras e as figueiras... em meio ao esplendor das gardênias, dos hibiscos e das alceas. O céu está de um azul límpido. O mar é um azul mais escuro, iluminado pela luz do sol. Uma brisa suave chega do oceano, leve e refrescante, enquanto sua empregada serve seu café da manhã na cama. Por um momento, você pensa que morreu e foi para o céu. Mas o paraíso é real. E acessível. Na verdade, ter essa vida custa meta- de do que custaria ficar em sua própria casa!” Eu estava ávido por aprender como escrever promos de big idea, mas não foi fácil. Minhas primeiras tentativas fracassaram. O pupilo de Bill na época era John Forde, um jovem inteligente com uma formação clássica. John me ajudou muito a chegar mais perto do domínio da big idea. Alguns anos mais tarde, quando escrevia sua e-letter, a Copywriter’s Roundtable, John disse o seguinte sobre a big idea: Pense um pouco. Quando você tem uma “ótima” conversa... lê um “ótimo” livro... ou vê um “ótimo” documentário... o que chama sua atenção? São os detalhes ou o fio condutor que os une? Para a maioria das pessoas, a resposta é a segunda opção. E, quanto mais você “entende” a ideia central por trás de uma história, de um discurso, de uma revelação... mais memorável essa ideia se tornará. O mesmo acontece no copy. Uma mensagem única, bem desenvolvida, terá mais impacto do que anúncios – longos ou curtos, cheios de ideias concorrentes. Quando descobri como aplicar o conceito de David Ogilvy de big idea ao marketing direto, ensinei a técnica aos funci nários mais jovens da Agora. Um deles, Porter Stansberry, logo escreveu uma das maiores promos de big idea da história da Agora. Em resumo, ele dizia que a internet teria um impacto tão grande no século XXI quanto a ferrovia teve no século XIX. Veja como ele expressou a ideia no lead: Imagine-se vestindo cartola e fraque, em seu vagão particular, sentindo o vento enquanto toma o melhor champanhe francês... O ano é 1850; as ferrovias crescem em velocidade impressionante. E, apesar de ainda não saber, a ferrovia em que você está vai triplicar seu patrimônio, transformando sua família em uma das maiores dinastias americanas… A história econômica dos Estados Unidos é iluminada por esse tipo de história de fortuna rápida construída por empreendedores com novas tecnologias, como ferrovias, automóveis e, mais recentemente, computado- res. Passei quase toda a vida estudando exatamente como esses grandes empreendedores fizeram suas fortunas, tanto no passado quanto no presen- te. O que eu aprendi contradiz a crença da maioria das pessoas sobre cons- trução de riqueza – e explica por que 95% dos gestores de fundos mútuos não conseguem bater a média de mercado… Estou escrevendo hoje para contar o que descobri. Este ano, quatro das seis ações que recomendei para um conhecido clube de investimen- to renderam mais que o dobro do S&P 500 em todo o ano passado. Ao mesmo tempo, outras ações que recomendei estão prestes a se tornarem mais lucrativas que minhas primeiras escolhas combinadas. Vou mostrar exatamente como fiz tudo isso. Mas, agora, mais um flashback. O ano é 1908… Você é um banqueiro de Detroit, passando todo seu tempo em clubes de campo e grandes salões de festa… Em toda sua história, a Agora já publicou mais de cem promos de big idea. E elas representam grande parte de seu crescimento. Quando come- cei a trabalhar com a Agora, o negócio valia US$ 8 milhões, atualmente a empresa gera receita de mais de US$ 300 milhões. Agora, a big idea é amplamente conhecida e discutida. No entanto, a maioria dos profissionais de marketing de resposta direta que tentam utili- zá-la fracassam porque não sabem como aplicá-la. Recentemente, Bill e eu nos encontramos com escritores de uma das divisões de finanças da Agora. Eles nos apresentaram diversos leads que acreditaram conter big ideas. Em quase todos os casos, eles estavam erra- dos. Um dos leads previa que a China e os EUA entrariam em uma disputa por causa do dólar e que o resultado do embate teria um grande impacto nos investimentos nos próximos 10 ou 15 anos. “Bem, essa não é uma big idea”, Bill disse. Todos eles nos olharam com espanto. “Como assim não é uma big idea?”, o escritor do lead disse. “Nossas duas economias combinadas eclip- sam o resto do mundo. Se começarem a brigar, todos os investimentos serão afetados”. “Esse é um grande conceito”, eu disse. “Mas não é uma big idea”. “Não é apenas uma questão semântica?”, alguém perguntou. “Big idea e conceito não significam a mesma coisa?”. A resposta é não. Definitivamente não. Mas, por mais que tentássemos, não conseguimos fazer com que eles entendessem o que queríamos dizer com big idea. Obviamente, havia um abismo entre nossa compressão dessa técni- ca importante e a definição que estava sendo dada à terceira geração de copywriters, que produzia as promos da Agora. Resolvi escrever este texto na tentativa de explicar, da forma mais clara possível, o que é e o que não é uma big idea. Vamos começar com uma definição que vem de Ogilvy: “Uma big idea é uma ideia instantaneamente compreendida como importante, excitante e benéfica. Ela também leva a uma conclusão inevitá- vel, uma conclusão que faz com que seja fácil vender o produto. Além disso, é uma ideia que continuará sendo importante e excitante por muito tempo”. É muita informação. Vamos esmiuçá-la. Uma big idea é importante. Quando digo “importante”, quero dizer importante para o cliente, não para o copywriter. Além disso, a big idea deve ser relevante para o produto que está sendo vendido. A desvalorização do dólar pode ser importante para investidores americanos em geral, mas não será importante para o cliente potencial se o investimento abordado pela newsletter não for especificamente afeta- do pelo declínio da moeda. A gripe suína pode ser importante para esse mesmo cliente, mas não é relevante em um copy que vende recomendações financeiras. Uma big idea é excitante. Você não vai empolgar seus clientes se repetir previsões que o resto da mídia está alardeando. Os clientes já foram expos- tos a essas ideias. Para causar excitamento real, é preciso ir além do convencional e encontrar uma abordagem que faça com que os leitores parem para prestar atenção. Uma big idea é benéfica. O excitamento criado deve beneficiar o cliente. Dito de outra forma, deve fazer o cliente querer comprar o produto. Digamos que você venda carne de gado alimentado naturalmente. Uma forma de atrair a atenção do cliente é dizer a ele quão rapidamente as pessoas estão ficando pobres. Contudo, com essa abordagem, ele ficará menos propenso a comprar o tipo de carne cara que você está vendendo. Uma big idea leva a uma conclusão inevitável. A big idea deve conter uma lógica interna essencialmente simples, deve ser de fácil compreensão e mostrar como o produto soluciona um proble- ma específico ou cumpre uma promessa. As melhores big ideas tornam o produto singular. Assim que o cliente a ouve, começa a sentir a necessidade de ter o produto, mesmo antes que seja mencionado no copy. As melhores big ideas fazem todo esse trabalho em poucas palavras. Metade da venda é feita na headline ou até o fim do primeiro parágrafo. Apresentarei três exemplos. No primeiro, a big idea é dirigida a clientes preocupados com a saúde: “Como os franceses vivem mais que todos… Apesar de comerem como reis e fumarem como chaminés!” Essa headline se propõe a responder um enigma que preocupa o leitor há muitos anos: por que os franceses – que comem queijo, carne e molhos – continuam tão magros. E outra questão que o leitor já descobriu: por que os franceses – que fumam como chaminés – vivem mais que todo o mundo! Implícita aqui está a promessa que vai engajar quase todo mundo: você pode comer como um francês... perder peso... e viver mais tempo. Esse próximo exemplo é uma big idea que chamaria a atenção de joga- dores de golfe: “Quer diminuir o número de tacadas da noite para o dia? Segredo incrível descoberto pelo jogador sem uma perna aumenta 50 metros às suas joga- das, hooks e slices… e pode cortar 10 tacadas de seu jogo da noite para o dia!” A ideia de que há um segredo que foi descoberto por um jogador sem uma perna é excitante. Ela deixa implícito que, se o leitor tiver duas pernas, terá uma vantagem ainda maior. Além disso, a promessa de que o segredo pode aumentar a tacada em 50 metros, diminuindo 10 tacadas do jogo, é MUITO importante e benéfica. A única conclusão possível para o leitor é a de que ele precisa deste segredo. Por fim, veja um exemplo direcionado a investidores: “Proibido por 41 anos, agora legalizado novamente, esse investimento criou a maior fortuna familiar que o mundo já viu... e pode trazer retornos de 665% nos próximos 12 meses.” A big idea é que o investimento secreto já foi ilegal. Ela é excitante porque é o mesmo investimento que criou a maior fortuna familiar da histó- ria. Além disso, assim que descobrir qual é o investimento, o leitor poderá lucrar 665% em menos de um ano, o que faz da ideia importante e benéfica. A conclusão inevitável é: “Eu tenho que ler isso e descobrir de que investimento estão falando.” Uma big idea é uma ideia instantaneamente compreendida como importante, excitante e benéfica. Ela também leva a uma conclusão inevi- tável, essencial para que você venda o produto. Seis princípios das ideias que pegam. Chip & Dan Heath - 7 de julho de 2015 Um amigo de um amigo viaja muito a negócios. Chamarei ele de Dave. Recentemente, Dave esteve em Atlantic City para uma importante reunião com clientes. Quando a reunião terminou, ele tinha um tempo livre antes do voo de volta, por isso foi a um bar. Ele havia acabado de terminar sua bebida quando uma mulher atraente se aproximou e perguntou se poderia comprar-lhe outra. Dave ficou surpreso e lisonjeado. “Claro”, ele disse. A mulher foi até o balcão e voltou com mais duas bebidas – uma para ela e uma para ele. Ele agradeceu, tomou um gole e não se lembra de nada depois disso. Melhor, não se lembra de nada até o momento em que acordou deso- rientado, deitado em uma banheira de hotel, seu corpo submerso em gelo. Ele olhou ao redor desesperadamente, tentando descobrir onde estava e como havia chegado lá. Foi quando viu o bilhete: NÃO SE MEXA. CHAME A EMERGÊNCIA. Havia um telefone em uma pequena mesa ao lado da banheira. Ele o pegou e discou 911, seus dedos dormentes por causa do gelo. A operadora parecia estranhamente acostuma- da à situação e disse: “Senhor, quero que, devagar e com cuidado, ponha a mão nas costas. Há um tubo saindo da região lombar?” Ansioso, Dave tateou as próprias costas e encontrou o tubo. A opera- dora disse: “Senhor, não entre em pânico, mas um de seus rins foi removido. Há um grupo de ladrões de órgãos agindo na cidade, e eles o pegaram. Os paramédicos estão a caminho. Não se mexa até que eles cheguem.” Você acabou de ler uma das lendas urbanas mais bem-sucedidas dos últimos tempos. A primeira dica para identificá-la é o clássico início desse tipo de narrativa: “O amigo de um amigo...”. Você já notou como os amigos de nossos amigos têm uma vida muito mais interessante do que nossos amigos? Você já deve ter ouvido a história do roubo de rins antes. Há diversas versões circulando por aí e todas possuem três elementos em comum: (1) a bebida batizada, (2) a banheira cheia de gelo, (3) o mote do roubo do rim. Uma das versões apresenta um homem casado que recebe a bebida batizada de uma prostituta que havia convidado para seu quarto em Las Vegas. É a moralidade embutida na história. Imagine-se fechando esse e-mail agora, esperando uma hora e depois telefonando para um amigo e contando a história, sem a reler. Provavelmente você poderia contá-la com perfeição. Talvez você se esquecesse que o viajante estava em Atlantic City para “uma reunião importante com clientes”, mas quem se importa com isso? Você se lembraria das partes importantes. O roubo de rins é uma história que pega. Nós a entendemos, nós nos lembramos dela e podemos recontá-la posteriormente. E, se acreditarmos que é verdadeira, ela pode mudar nosso comportamento permanentemen- te – pelo menos no que tange a aceitar bebidas de estranhos. Compare a história do roubo de rins com a seguinte passagem, retirada de um jornal distribuído por uma organização sem fins lucrativos: A formação de comunidades compreensivas naturalmente justifica-se por um racional de retorno sobre investimentos que pode ser mimetizado a partir de práticas existentes e se inicia seguindo o argumento de que fatores limitadores do fluxo de recursos para o Índice de Canal de Commodities são ao que financiadores devem recorrer para direcionar ou categorizar exigên- cias ao garantir responsabilização. Imagine que você fechou o jornal agora mesmo e fez uma pausa de uma hora. Na verdade, nem precisa esperar uma hora. Telefone para um amigo e tente recontar a passagem sem a reler. Boa sorte. Uma lenda urbana e uma passagem ruim especialmente escolhida de uma organização sem fins lucrativos, proporciona uma comparação justa? É claro que não. Mas veja como as coisas ficam interessantes. Pense nos dois exemplos como dois polos em uma escala de capacidade de memo- rização. Qual deles é mais parecido com o tipo de comunicação que você presencia no trabalho? Se você for como a maioria das pessoas, seu local de trabalho gravita em direção ao polo da organização sem fins lucrativos. Talvez essa seja a tendência natural. Talvez algumas ideias sejam inerentemente interessantes e algumas sejam inerentemente desinteres- santes. Uma gangue de ladrões de órgãos – inerentemente interessante! Estratégia financeira sem fins lucrativos – inerentemente desinteressante! É o debate Natureza versus Criação aplicado às ideias: as ideias nascem interessantes ou precisam ser transformadas? Bem, estamos no campo da criação. Acreditamos que você pode deixar as ideias interessantes. Por isso vamos falar sobre como fazer suas ideias ficarem na mente das pessoas. Não há “fórmula” para uma ideia que pega – não há como enfatizar isso o suficiente. Mas ideias que pegam têm algumas características em comum. É como discutir as habilidades de um grande jogador de basquete. Você pode ter certeza de que qualquer grande jogador tem um subconjunto de habilidades, como altura, velocidade, agilidade, poder e senso de direção. Mas não é preciso ter todas elas para ser grande. Alguns ótimos armadores têm 1,60m e são magricelas. E ter todas essas características não significa que alguém será bom. Não há dúvidas de que há muitas pessoas desastra- das e vagarosas com mais de mais de 2m de altura. Fica claro, no entanto, que, se você estiver na quadra do bairro, escolhendo seu time entre estra- nhos, provavelmente apostará no cara de 2m. Ideias funcionam da mesma maneira. Uma habilidade que podemos aprender é identificar ideias com “talento natural”, como o estranho de 2m. Mas é aqui que a analogia do basquete deixa de funcionar. No mundo das ideias, podemos criar geneticamente nossos jogadores, ou seja, podemos criar ideias pensando em maximizar sua habilidade de “pegar”. Nós analisamos centenas de ideias que pegam. E vimos, repetidamen- te, os mesmos seis princípios que mostrarei a você. Princípio 1: Simplicidade Como encontrar a essência de nossas ideias? Precisamos nos tornar mestres da exclusão e priorizar incansavelmente. Dizer algo com poucas palavras não é a missão – pouco som não é o ideal. Provérbios são o ideal. Precisamos criar ideias que sejam simples e profun- das. A Regra de Ouro é o modelo da simplicidade: uma afirmação tão profunda que uma pessoa possa passar a vida toda aprendendo a segui-la. Princípio 2: Imprevisibilidade Como fazer com que o público preste atenção a suas ideias? Como manter o interesse quando precisamos explicar essas ideias? Precisamos superar as expectativas das pessoas. Precisamos ser contraintuitivos. Uma opção é usar a surpresa, uma emoção cuja função é aumen- tar a atenção. Mas a surpresa não dura, nós devemos gerar interes- se e curiosidade. Como manter os alunos engajados durante as 48h de aula de história do ano? Podemos engajar a curiosidade das pesso- as por um longo período de tempo sistematicamente “abrindo lacunas” em seu conhecimento – e depois preenchendo essas lacunas. Princípio 3: Concretude Como deixar as ideias claras? Devemos explicá-las em termos de ações humanas, em termos de informação sensorial. É neste ponto que muitas comunicações de negócios dão errado. Definições de missão, sinergia, estratégia e visões, com frequência, são ambíguas a ponto de perderem significado. Ideias que naturalmente pegam são cheias de imagens concre- tas – banheiras cheias de gelo – porque nosso cérebro está preparado para se lembrar de dados concretos. Em provérbios, verdades abstratas com frequência são codificadas em linguagem concreta: “Um pássaro na mão é melhor que dois voando”. Falar concretamente é a única maneira de assegurar que suas ideias signifiquem o mesmo para todos que o escutam. Princípio 4: Credibilidade Como fazemos as pessoas acreditarem em nossas ideias? Quando o ex-cirurgião geral C. Everett Koop falou sobre saúde pública, a maioria das pessoas aceitou suas ideias sem ceticismo. Mas, na maior parte das situ- ações cotidianas, nós não gostamos desse tipo de autoridade. Ideias que pegam devem possuir seu próprio gabarito. Precisamos encontrar manei- ras de fazer com que as pessoas testem nossas ideias – uma filosofia de “testar antes de comprar”. Quando tentamos argumentar em favor de uma ideia, a maioria de nós instintivamente procura por dados. Mas, em muitos casos, essa não é a abordagem correta. Em 1980, no único debate presidencial entre Ronald Reagan e Jimmy Carter, Reagan poderia ter citado inúmeros dados que mostravam a fraque- za da economia. Em vez disso, ele fez uma simples pergunta que permitiu que os eleitores fizessem o teste por si mesmos: “Antes de votar, pergunte a si mesmo se você está melhor agora do que há quatro anos”. Princípio 5: Emoções Como fazemos com que as pessoas se importem com nossas ideias? Fazendo com que elas sintam algo. Pesquisas mostram que é mais provável que as pessoas façam doações para um indivíduo em necessidade do que para uma região empobrecida. Somos feitos para ter emoções por pessoas, não por abstrações. Às vezes, o difícil é encontrar a emoção que deve ser cultivada. Por exemplo, é difícil fazer com que adolescentes parem de fumar deixando-os com medo das consequências. Mas é mais fácil fazer com que eles parem explorando seu rancor pela indústria tabagista. Princípio 6: Histórias Como fazer com que as pessoas ajam de acordo com suas ideias? Contando histórias. Bombeiros naturalmente compartilham experiências incêndio após incêndio e, ao fazer isso, multiplicam sua bagagem. Depois de anos ouvindo histórias, eles têm um catálogo mental rico e completo de situações críticas que podem confrontar durante um incêndio, além de reações adequadas a essas situações. Pesquisas mostram que ensaiar mentalmente ajuda a ter um desem- penho melhor quando encontramos determinada situação na prática. Da mesma forma, ouvir histórias funciona como um tipo de simulador de voo mental, nos preparando para responder mais rápido e eficientemente. Esses são os seis princípios das ideias bem-sucedidas. Para resumir, veja nossa lista para criar uma ideia bem-sucedida: histórias emocionais, críveis, concretas, imprevisíveis e simples. Histórias: impulsionam a ação por meio de simulação (o que fazer) e inspiração (por que fazer). Emoções: pessoas se importam com pessoas, não com números. Apelos à identidade com frequência têm mais força do que interesse próprio. Credibilidade: Ideias podem ganhar credibilidade externa (das autorida- des ou antiautoridades) ou interna, usando estatísticas de escala humana ou detalhes vívidos. Deixe que as pessoas “testem antes de comprar”. Concretude: utilize linguagem sensorial. (Pense nas fábulas de Esopo). Crie uma imagem mental. Tente alcançar diversos tipos de memória. Imprevisibilidade: para conseguir atenção, quebre um sistema. Para manter a atenção, utilize lacunas de curiosidade. (De que são feitos os anéis de Saturno?). Antes que sua mensagem possa pegar, sua audiência deve desejá-la. Simplicidade: não significa deixar as coisas menos inteligentes, significa priorizar. Qual é a essência de sua mensagem? Você pode se comunicar com uma analogia? Nenhum conhecimento especial é necessário para colo- car esses princípios em prática. Não há “peguetólogos” licen- ciados. Além disso, muitos dos princípios têm um ar de senso comum: a maioria de nós já intuía que o texto deveria “ser simples” e “contar histórias”. Não há muitas pessoas a favor de prosa sem vida e excessivamente complicada. Nós dizemos que usar esses princípios é fácil, e a maioria deles pare- ce relativamente simples. Então por que não somos inundados com ideias brilhantemente elaboradas que pegam? Por que nossa vida está muito mais cheia de memorandos do que de provérbios? Infelizmente, há um vilão em nossa história. O vilão é uma tendência psicológica natural que consistentemente confunde nossa habilidade de criar ideias utilizando esses princípios. É a “Maldição do Conhecimento”. Veja uma breve introdução ao conceito da Maldição do Conhecimento. Em 1990, Elizabeth Newton terminou seu Ph.D. em psicologia em Stanford. Ela estudou um jogo simples em que designava dois papeis às pessoas: “batucadores” ou “ouvintes”. Batucadores recebiam uma lista de 25 músicas conhecidas, como “Parabéns pra você” e o hino nacional americano (A bandeira estrelada). Cada batucador deveria escolher uma música e batucar seu ritmo na mesa. O trabalho do ouvinte era adivinhar qual era a música com base no ritmo sendo batucado. (Aliás, esse experimento é divertido e pode ser feito em casa se houver um bom candidato a “ouvinte” por perto.) A função do ouvinte era bastante difícil. Durante o experimento de Newton, 120 músicas foram batucadas. Ouvintes adivinharam apenas 2,5% delas, ou seja, 3 de 120. Mas o que fez do resultado digno de uma dissertação de psicologia foi que, antes de os ouvintes adivinharem o nome da música, Newton pedia aos batucadores que previssem as chances de que os ouvintes acertassem. Eles previram as chances em 50%. Os batucadores transmitiram a mensagem corretamente uma em 40 vezes, mas acreditavam que sua média era uma em duas vezes. Por quê? Quando um batucador batuca, ele está ouvindo a música em sua cabe- ça. Tente, é impossível batucar uma música e não a ouvir. Mas os ouvin- tes não a estavam escutando. Tudo o que eles podiam ouvir eram diversas batucadas desconectadas, como um Código Morse estranho. No experimento, batucadores ficaram aturdidos com a dificuldade dos ouvintes em entender a melodia. Não é óbvio? A expressão dos batucado- res, quando um ouvinte dizia “Parabéns pra você” no lugar do hino nacional, era de surpresa. É difícil ser um batucador. O problema é que os batucadores têm deter- minado conhecimento (o título da música) e não conseguem imaginar como é para os ouvintes ouvir batucadas isoladas em vez de uma música. É a Maldição do Conhecimento. Assim que sabemos de algo, é difícil imaginar como era não saber. Nosso conhecimento nos “amaldiçoou”. É difícil compartilhar nosso conhe- cimento com as outras pessoas porque não conseguimos recriar pronta- mente nosso estado de espírito. Esse mesmo experimento ocorre todos os dias no mundo todo. Os batu- cadores e os ouvintes são CEOs e funcionários de linha de frente, profes- sores e alunos, políticos e eleitores, profissionais de marketing e clientes, escritores e leitores. Todos esses grupos dependem da comunicação. Mas, como os batucadores e os ouvintes, eles sofrem com o enorme desequilibro da informação. Quando a presidente de uma empresa discute “desbloque- ar valor para os acionistas”, há uma melodia tocando em sua cabeça que os funcionários não conseguem ouvir. É um problema difícil – uma presidente pode ter 30 anos de imersão diária na lógica e nas convenções dos negócios. Reverter o processo é tão impossível quando “destocar” uma campainha. É impossível desaprender. Há apenas duas maneiras de vencer a Maldição do Conhecimento de forma confiável. A primeira é não aprender tudo. A segunda é transformar suas próprias ideias. Os seis princípios podem ensiná-lo a transformar suas ideias para que você vença a Maldição do Conhecimento. Eles são suas melhores armas e podem ser utilizados como uma checklist. Vejamos o exemplo de quando a presidente anuncia para a equipe que todos precisam se esforçar para “maximizar o valor para os acionistas”. Essa ideia é simples? Sim, no sentido de que é curta, mas não tem a simpli- cidade útil de um provérbio. É imprevisível? Não. Concreta? Nem um pouco. Crível? Só porque saiu da boca da presidente. Emocional? Hmm, não. Uma história? Não. Compare a ideia de “maximizar valor para os acionistas” com a convo- cação famosa de John F. Kennedy, de 1961, para “levar o homem à lua e trazê-lo de volta com segurança até o fim da década”. Simples? Sim. Inesperada? Sim. Concreta? Incrivelmente. Crível? O objetivo parecia ficção científica, mas a fonte era confiável. Emocional? Sim. Uma história? Em miniatura. Se John Kennedy tivesse sido presidente de uma empresa, ele teria dito: “Nossa missão é nos tornarmos a empresa líder no setor espacial interna- cional por meio de inovação orientada à equipe e iniciativas estrategica- mente orientadas a espaçonaves”. Felizmente, ele era mais intuitivo do que os CEOs atuais e sabia que missões opacas e abstratas não cativam e inspiram as pessoas. A missão de levar o homem à lua foi um caso clássico de um comunicador se esqui- vando da Maldição do Conhecimento. Foi uma ideia brilhante e bela que motivou milhões de pessoas por uma década. Três paixões que todo inovador de produtos deve ter. Mark Ford - 7 de julho de 2015 Para ser um inovador de produtos bem-sucedido, é preciso ter senti- mentos fortes sobre três elementos. • Primeiro, você deve amar boas ideias. E não importa se a ideia é sua ou de outra pessoa. Se ela puder causar uma grande mudança, ame-a. • Segundo, você deve odiar lentidão. Quando trabalha com novas ideias, sinta-se ansioso em relação ao tempo. Assim que uma nova ideia surgir, você deve sentir um impulso forte para começar a traba- lhar nela imediatamente. Sinta-se ansioso se a semana passar e ninguém falar nada sobre ela. Você deve ficar irritado se descobrir que alguém está impedindo que a ideia saia. • Terceiro, aproveite o processo. Trabalhar em uma ideia desde o conceito até a execução costuma ser um procedimento longo e trabalhoso. Se você considerar o processo tedioso, talvez não se esforce tanto. Permita que outras pessoas façam a maior parte do trabalho, mas identifique as decisões mais importantes e participe delas. Estabeleça prazos para tomar essas decisões e mãos à obra. Ensine a seus principais funcionários que, quando as ideias ficam no limbo, detalhes são esquecidos, obstáculos surgem e entusiasmo diminui. Por fim, a ideia é esquecida, ou pior, executada de maneira fraca. O espaço de tempo entre a concepção de uma ideia e sua execução está cheio de potencial fracasso. Como acabar com objeções a seu produto. Gene Schwartz - 7 de julho de 2015 Muitas vezes, você terá que vender um produto com problemas intrín- secos que repelem o cliente em potencial. É claro que nenhum produto é perfeito. Nem que seja por ter que gastar dinheiro, o cliente começa o processo de compra com certo grau de resistência. Mas essa resistência é intensificada por certas características negati- vas e, se você não as identificar e as redefinir no anúncio, elas impedirão a venda. Vamos analisar três categorias de características negativas e três tipos de redefinição que as eliminam. • Primeiro, há o produto que é (ou parece) complicado demais, ou seja, difícil de usar. • Segundo, há o produto que não é importante o suficiente, ou seja, que não parece ter um mercado grande o suficiente. • Terceiro, há o produto que custa demais. Seu preço é muito maior que outros de seu tipo, por isso as pessoas fogem quando ele é mencionado. É incrível quantos produtos caem em pelo menos uma dessas cate- gorias. Felizmente, o mesmo mecanismo (a redefinição) ajuda a lidar com todos elas. Redefinir é dar uma nova explicação do produto, é dizer que o produto é mais isso que aquilo. O objetivo é remover o que bloqueia a venda. Se possível, antes que o cliente perceba que o bloqueio existe. Um caso clássico de redefinição é o do sabonete lifebuoy, na década de 1930. O lifebuoy fazia um bom trabalho no quesito limpeza, mas tinha um problema terrível – um forte odor medicinal. Como o odor não podia ser removido sem acabar com o poder de limpe- za, o problema precisou de uma redefinição. Dito de forma simples: como transformar a desvantagem do odor em vantagem? A resposta foi a famosa campanha do cecê. A atenção do cliente ficava no odor de seu próprio corpo, o qual poderia espantar as pessoas. O cliente lia que seu odor deveria ser erradicado – não com um sabonete comum, que não era poderoso o suficiente para fazer o servi- ço – mas com o poder destruidor de odores capaz de fazer um esti- vador tornar-se aceitável socialmente. O lifebuoy era esse sabone- te superpoderoso. E a prova esmagadora, que você poderia sentir assim que abrisse a embalagem – era o forte odor medicinal do sabonete. Essa é a redefinição mais simples e mais eficiente. Uma reversão completa. Transformar um problema em um ativo com uma única ideia. Sempre que puder usar esse método de reversão, faça-o. No entanto, a maioria dos problemas de redefinição precisam de técnicas mais complica- das e dos recursos do processo de gradualização. Vamos ver como esses elementos podem apresentar uma imagem completamente diferente do produto. 1. Simplificação A primeira categoria é o produto complicado demais. Para ver como substituir essa imagem por uma mais favorável, vamos considerar um anúncio de “livro de conserto de televisores”. O anúncio original do produto fracassou porque continha a promessa “Conserte sua televisão você mesmo” na headline. Essa ideia parecia difícil demais para o proprietário comum de televisores (apesar do anúncio dizer “É fácil, simples, é rápido” no próximo parágrafo). O anúncio confrontava o cliente com o fato de que ele teria que fazer reparos, antes de mostrar que o processo era fácil, simples e rápido, por isso o cliente virava a página e deixava o anúncio de lado. Um segundo anúncio não falava sobre reparos. Ele discutia defeitos e gastos. E passava os primeiros parágrafos mostrando que esses defeitos e gastos não precisavam ocorrer, se tudo recebesse o cuidado adequado. Até esse momento, o anúncio falava sobre o mundo do cliente – e o comparava com um mundo muito melhor no qual o cuidado dos especialis- tas produz uma experiência de assistir TV livre de problemas. Agora os dois mundos precisavam ser unificados pelo produto. Essa unificação é chamada de “a virada”. É uma transição delicada e não pode haver um choque. Neste anúncio, ela começa no seguinte pará- grafo: “E, mais importante, esses especialistas descobriram que você não precisa ser um faz-tudo ou um mecânico para aproveitar esse conjunto!” Perceba que não há menção à palavra “conserto”. Ainda é muito cedo para entrar no assunto. O proprietário médio pode aceitar a ideia de que poderia ter uma performance melhor com o conjunto, mas seria demais pedir que ele acredite que pode fazer consertos. O que nos leva ao passo final. O anúncio deve redefinir o que o proprie- tário pensa quando ouve a palavra “conserto”. Ele deve mostrar que quase todos os consertos que o proprietário fará são apenas pequenos ajustes: Esses especialistas em TVs descobriram que seu aparelho é muito parecido com seu corpo – ele emite sinais antes de quebrar. Por exemplo, quando foi instalado, seu aparelho provavelmente funcio- nou perfeitamente na primeira semana. Mas depois começou a apre- sentar vibrações, choques e interferência de outros eletrodomésticos da casa. A imagem pode começar a ficar achatada ou a tremer na tela. Agora – isso é importante – se você tivesse o conhecimento para fazer pequenos ajustes rápidos nos controles externos de seu aparelho, você pode- ria corrigir esses sintomas para que seu televisor funcione perfeitamente e não quebre de forma irreparável, como fizemos nos testes do fabricante. Se você não tem esse conhecimento... se não fizer esses ajustes, seu aparelho vai deixar de funcionar corretamente, sua imagem ficará ruim e você terá que chamar a assistência técnica. Nesses parágrafos, há uma redefinição do termo “reparos” na mente do proprietário. A redefinição é feita de três maneiras integradas: 1. Comparando imediatamente a televisão com o corpo humano e, dessa forma, o mau funcionamento do aparelho com sinais emitidos pelo corpo antes da chegada da doença. Ao fazer essa comparação, o copy relaciona as minúcias técnicas do funcionamento da televisão com algo comum e familiar, como o nariz escor- rendo que avisa da chegada de um resfriado. Por causa dessa comparação, parte do mistério do aparelho é explicada. O proprietário ganha um senti- mento renovado de confiança para fazer os reparos, como se o assunto fosse simples. Ao mesmo tempo, a comparação faz uma distinção entre os problemas grandes e os pequenos, que podem ser solucionados de forma tão simples quanto tomar um comprimido para resfriado. 2. Descrevendo continuamente esses pequenos maus funcionamen- tos como “sinais de alertas” e “sintomas” em vez de “quebras” ou “consertos”. Essa estratégia faz com que pareça que eles possam ser facilmente solucionados, antes que o problema verdadeiro surja. 3. Explicando que esses pequenos maus funcionamentos podem ser corrigidos com “pequenos ajudes nos controles externos do apare- lho”. Dessa forma, “consertos” são redefinidos como “ajustes”. Problemas na tela são redefinidos como “sinais de alerta” ou “sinto- mas”. E “quebras” são segregados aos problemas de televisores 5% menos comuns. Com a redefinição em mente (essa reorganização de fatos feita pelo copy), não há motivos para que o proprietário de televisores não faça peque- nos ajustes em vez de pagar pelo serviço. O objetivo foi alcançado. O anúncio pode continuar para mostrar quan- to dinheiro o proprietário vai economizar ao fazer os ajustes – e como ele pode comprar livros que mostrem como fazer isso. Sempre que há um processo difícil, sempre que um produto ou serviço é difícil de usar, a primeira tarefa do copywriter é simplificá-lo na mente do cliente. Isso é verdade para novas invenções que simplificam processos difíceis demais para o cliente médio. Uma inovação não será aceita só pelo desejo do fabricante. A afirmação de simplicidade e facilidade deve ser comprova- da, ou o cliente pensará: “Essa é mais uma história de copywriter.” Essa situação é uma das experiências mais frustrantes que se pode ter. Há um produto muito mais simples do que o da concorrência, e você sabe disso porque já o utilizou. Mas não importa quanto você grite FÁCIL nos seus anúncios, as pessoas parecem ignorá-lo. O que você pode fazer? Redefinir. Lembre-se, inovação sem aceitação não tem valor. Quanto mais pesso- as sabem que algo é difícil, e quanto mais revolucionário (e diferente) seu produto for, mais resistência ele sofrerá. Você precisa criar aceitação rede- finindo toda a ideia antes de falar do produto. Vamos ver outro exemplo de anúncios inovadores e ver as soluções oferecidas pelo copy. Um dos melhores anúncios de todos os tempos é “O curso de inglês autossuficiente”, de Sherwin Cody. Apesar de a maioria dos publicitários conhecer o anúncio (“Você comete esses erros de inglês?”), eles não perce- bem que o curso em si era muito inovador para a época (1918) – e muito mais simples de tudo que já tinha sido feito no setor. Mas os clientes em potencial de um curso desse tipo estavam conven- cidos de que falar inglês corretamente era difícil demais. Eles já haviam tentando aprender e fracassado. Dessa forma, qualquer curso, para ser bem-sucedido, deveria redefinir a língua inglesa... redefinir os erros de inglês... e redefinir o processo de transformação de inglês ruim em inglês correto. O anúncio é uma obra prima da gradualização e deve ser memorizado, não apenas estudado, por todos os copywriters. Nele, em quatro parágra- fos, há uma obra prima de redefinição - de difícil para fácil – com algumas ideias simples: Também não há muito a aprender. Nos anos de experimentações do sr. Cody, ele identificou alguns fatos surpreendentes sobre a língua inglesa. Por exemplo, estatísticas comprovam que uma lista de 69 palavras (e sua repetição) são responsáveis por mais de metade de todos os nossos erros gramaticais. Obviamente, se soubéssemos como soletrar, usar e pronunciar essas palavras corretamente, poderíamos chegar muito longe na eliminação dos erros de ortografia e pronúncia. O Sr. Cody provou que não há mais que uma dezena de princípios fundamentais da pontuação. Se dominássemos esses princípios, nenhuma hesita- ção atrapalharia nossa escrita. Por fim, ele descobriu que 25 erros típicos de gramática representam nove décimos de nossos erros cotidianos. Quando alguém descobre como evitar esses 25 erros, pode rapidamente adquirir um estilo que demonstra educação e refinamento! Quando o estudo da língua inglesa é tão simplifica- do, fica claro que haverá progresso em pouquíssimo tempo. Não são neces- sários mais de 15 minutos por dia… Dessa forma, o complicado se torna simples – o difícil se torna fácil. 2. Escalonamento Nesse caso, você está lidando com um produto que funciona, e é reco- nhecido como fácil de usar, mas não é atrativo o suficiente para garantir um grande mercado. Seu trabalho aqui é escalonar seu produto e dar a ele mais importância aos olhos do cliente. Isso é feito por meio da redefinição. Você amplia o horizonte de bene- fícios do produto, redefine o papel do produto na vida do cliente e amplia a área de recompensa que seu produto gera para o cliente – mostrando a ele que o produto pode ser usado em diversas situações vitais do dia a dia, valendo a pena quando ele menos espera. Vamos ver mais um curso de inglês, que surgiu 40 anos depois do de Sherwin Cody. As pessoas não mais se importam tanto com pontuação e gramática. Agora, o aspecto negativo perdeu seu apelo. E, graças à popula- ridade de “Como fazer amigos e influenciar pessoas”, de Dale Carnegie, as pessoas querem usar o domínio da língua como ferramenta para convencer os outros. Por isso, o uso adequado da língua inglesa não pode mais ser um fim em si mesmo. Ele precisa ser redefinido e se tornar um meio para alcançar um objetivo mais importante. E, como o aspecto positivo agora deve ser dominante, a parte da língua com mais poder de persuasão, o vocabulário, deve ser destacado. Veja como o anúncio começa: Revolucionária Máquina Word Power o transforma em um mestre da língua inglesa da noite para o dia. Automaticamente fornece um vocabulário poderoso para aumentar a atratividade de suas ideias... para fascinar as pessoas com o poder de seu discurso e texto. Automaticamente identifica erros constrangedores de gramática, orto- grafia e pronúncia que você nem sabia estar cometendo. Elimina-os de uma vez por todas. Livra sua mente de preocupações... permite que você fale tranquilamente com qualquer pessoa... fornece a autoconfiança de que você precisa para que todos gostem de você... faz com que você convença a todos de sua opinião… Essa abordagem redefine os benefícios do produto, colocando- os em uma esfera mais desejável que o tornará mais atraente. Mas esse uso do escalonamento (para aumentar o apelo do benefício) é apenas uma das funções da técnica. Outra é aumentar a importância do produto, mostrando que algo que o cliente deseja está relacionado à perfor- mance do produto. Por exemplo, em um anúncio para velas de ignição, essa particularida- de foi demonstrada: Sim. Você paga US$ 2.000… US$ 3.000… US$ 4.000 por seu carro. E uma parte de 99 centavos lhe rouba o verdadeiro poder e satisfação que o carro deveria proporcionar. Ou aqui, em um anúncio para um curso intensivo de matemática: Se você deseja estar à frente... se deseja uma posição de importância e responsabilidade, conhecimento desse tipo super-rápido e superpreciso de matemática é UMA NECESSIDADE ABSOLUTA para seu futuro! Escalonamento também pode ser usado para mostrar ao cliente em potencial que seu produto não é uma necessidade ocasional, mas será necessário e utilizado a todo momento. Veja como isso foi feito, em uma única subhead de um anúncio de um curso sobre como lidar com pessoas: Você passa toda sua vida tentando convencer os outros a fazer o que você deseja – sem tensões! Você deve concordar com a afirmação. E deve redefinir a importância de uma técnica que permite que alcance o objetivo de forma mais fácil, eficiente e rápida. Esse é o segundo uso da redefinição – escalonamento. Agora vamos ver o terceiro. 3. Redução de preços Esse é o caso do produto que simplesmente é caro demais. Seu traba- lho é fazer com que ele pareça mais barato. Para isso, é preciso realizar um ato de redefinição, como o seguinte: Por que o serviço custa tanto? Porque está sendo comparado com outros produtos da mesma área. Como eliminar psicologicamente o peso do preço? Mudando a comparação e relacionando o produto a algo mais caro. Por exemplo, veja uma correspondência muito bem-sucedida de um anúncio de velas de ignição, vendidas por US$ 1,49 a peça, ou 1,5 vez o padrão do setor. Será que o copywriter disse “Elas custam um pouco mais, mas valem a pena?” Claro que não. Ele fez com que elas ficassem mais baratas com dois parágrafos de redefinição psicológica: Até agora essas extraordinárias VÁLVULAS DE INĘEÇÃO SA foram praticamente feitas à mão e custariam até US$5 cada. Mas sabíamos que 30 ou 40 dólares era mais do que os motoristas poderiam pagar – por isso decidi- mos abaixar o preço para que essas válvulas pagassem o equivalente a 12 vezes seu valor em um ano de uso. Veja minha impressionante proposta. Se você observar a performance do carro depois de ter instalado seu sistema de VÁLVULAS DE INĘEÇÃO SA e falar sobre elas para seus amigos, veja o que estou preparado para fazer para você. Você pode ter um conjunto de VÁLVULAS DE INĘEÇÃO SA para o ano e modelo de seu carro por apenas uma fração de seu valor. Se agir agora elas custarão apenas US$ 1,49 cada… Você percebeu quantas vezes o escritor utiliza a técnica em dois pará- grafos curtos? Vou listar frases que constroem repetidamente o sentimento de valor e barganha. • “praticamente feito à mão…” • “custariam até US$5 cada…” • “30 ou 40 dólares…” (Perceba que ele repete o preço do produto artesanal duas vezes. Primeiro, ele menciona o preço por unidade, depois, o preço do conjunto. Dessa forma, o novo preço comparativo é reforçado. Você praticamente se encolhe com os US$ 40 porque já deseja os injetores. E vai se sentir muito bem quando o escritor falar sobre o novo preço no próximo parágrafo.) • “abaixar o preço …” (Essa é a palavra mágica, “abaixar”, legitimada diante de seus olhos pela descrição do conjunto artesanal estabele- cido nas frases que a precederam.) • “essas válvulas pagariam 12 vezes seu valor em um ano de uso…” (Não apenas valor, mas recompensa. Não apenas preço baixo, mas economia de gasolina. Novamente, a comparação com um valor mais alto, dessa vez o dinheiro economizado em gasolina.) • “impressionante proposta…” (Agora o preço se torna tão baixo que a mera afirmação pode causar surpresa. Pode parecer meio cafo- na quando esmiuçamos o texto, mas é incrivelmente eficiente no contexto do anúncio. E a maior parte dessa estratégia não é perce- bida pelo leitor. Ele simplesmente sente que uma barganha está sendo oferecida. • “Se você observar a performance do carro depois de ter instalado seu sistema de VÁLVULAS DE INJEÇÃO SA e falar sobre elas para seus amigos…” (A introdução de uma condição – uma ação que você deve desempenhar – para obter o preço baixo aumenta o sentimen- to de valor.) • “preparado para fazer…” (Novamente há a conotação de favor, de permissão, de desconto.) • “Você pode ter…” (Não “Você pode comprar.” Ele está deixando que você tenha os injetores por um preço baixo. Novamente, ele está te fazendo um favor. É uma barganha.) • “apenas US$ 1,49 cada…” (O clássico modificador. A décima frase de barganha nesses dois parágrafos.) Veja quão similares são a gradualização e a redefinição. Veja como cada uma dessas técnicas opera no inconsciente. A gradualização pela estrutura e pela organização de fatos e frases. A redefinição pela mudança de perspectiva. Cada uma é uma maneira extremamente sutil e poderosa de construir a crença e a confiança. Como escrever bem: big idea e claridade. Mark Ford - 7 de julho de 2015 Passei pelo menos metade da vida ensinando escritores a escrever melhor. Nos meus quase 30 anos de experiência, desenvolvi muitas teorias complicadas sobre a escrita de qualidade. Mas agora utilizo uma definição breve e direta. Ela se aplica a todo tipo de escrita de não-ficção que consi- go imaginar, como escrever livros, artigos de revista e copies, comunicação corporativa, scripts de telemarketing e discursos. Aqui vai: Boa escrita é bom raciocínio expressado de forma clara. É isso. Quando digo essa frase aos escritores, recebo olhares desconfiados. “Como pode ser tão simples?”, consigo ouvi-los pensar. E eu explico, explico e explico novamente. Por fim, alguns entendem. E, quando isso acontece, sua escrita melhora muito. Assim como sua renda. Quase toda a minha renda depende da escrita. E saber este segredo sobre a boa escrita me proporcionou uma vida muito rica. Posso fazer o mesmo por você. Vamos falar sobre essa definição mais detalhadamente. Ela tem duas partes: Boa escrita é bom raciocínio... expressado de forma clara. Bom raciocínio significa uma “big idea” que faça o leitor pensar: “Cara, isso é interessante!” ou “Nunca pensei sobre isso antes” ou “Preciso me lembrar disso!” Bom raciocínio não tem nada a ver com a ideia de correção, seja grama- tical, seja política. Não importa se sua proposta é sensata ou baseada em fatos. O importante é que seu texto envolva emocionalmente o leitor e o motive a fazer ou pensar o que você deseja que ele faça ou pense. Tenho um amigo, um copywriter aposentado, que não concorda comi- go. Ele insiste que a boa escrita está mais relacionada à razão do que à emoção. Para ele, a persuasão ocorre pela razão. Se você acredita nesse argumento, boa sorte. A maioria dos escrito- res “racionais” que conheço estão escrevendo tomos jurídicos e acadêmicos que ninguém lê. Os que ganham milhões com a escrita são os que sabem como sensi- bilizar o leitor. A mente racional só se dispõe a ouvir a razão depois que a mente emocional diz “ok”. O escritor completo sabe como fazer as duas coisas. Descobrir big ideas emocionalmente convincentes é o mais importante. Fortalecê-las com provas racionais é importante, mas fica em segundo lugar. Se deseja ser um escritor bem pago, você precisa ter boas ideias e reco- nhecer ideias emocionalmente convincentes, capazes de capturar a aten- ção do leitor e fazer com que ele pense: “Isso é bom! Nunca pensei nisso antes.” E você precisa sustentar essas ideias de forma racional, fornecendo provas de que elas são “verdadeiras”. Verdadeiro, é claro, tem muitas formas e tamanhos, assim como a prova. Há provas empíricas. Há provas anedóticas. E há provas sociais. • Provas empíricas são as mais fáceis de encontrar se sua ideia tiver sido bem pesquisada. Qualquer um com conexão de internet pode encontrar provas empíricas. • Provas anedóticas incluem histórias – verdadeiras ou não – que sustentam a ideia “mostrando” em vez de “dizendo”. Provas anedó- ticas são muito poderosas porque falam diretamente às emoções. As pessoas não são muito críticas quando leem uma história. Seu objetivo é o entretenimento, o que é uma grande vantagem para o escritor. • Provas sociais se referem à influência que outras pessoas têm sobre as opiniões e comportamento de outras. Uma boa maneira de sustentar suas ideias com provas sociais é usar testemunhos e apoio de especialistas. É assim que você incorpora “bom raciocínio” à sua escrita. Agora vamos falar sobre a segunda parte de minha definição: claridade de expressão. Estou falando da facilidade com que os leitores entendem sua big idea. Afinal, se você teve o trabalho de pensar em uma boa ideia, por que escon- dê-la com palavras obscuras e referências? A melhor ferramenta que encontrei para ajudar escritores a escrever mais claramente é o Teste de Legibilidade Flesch- Kincaid. O FK (como é conhecido) analisa o tamanho de frases, quantas sílabas há em cada pala- vra e outras informações semelhantes. O resultado indica quão facilmente o texto será lido. Nossa política é deixar o FK abaixo de 7,5. Vou dar um exemplo. A seguir, um parágrafo de um escritor do merca- do financeiro bastante experiente. Eu pedi a ele um breve resumo da big idea de seu próximo ensaio. Veja o que ele me enviou: A Simon Properties está cumprindo sua promessa de engolir as empre- sas menores e vai comprar a Prime Properties por US$ 2,3 bilhões, sem usar todo o dinheiro que economizou para aproveitar as oportunidades do merca- do. A Simon é grande, tem muito capital e está fazendo o que grandes empre- sas devem fazer... saindo à frente das menores, conseguindo os melhores negócios... crescendo... e capturando fatias de mercado de outras empresas. Eu enviei um e-mail dizendo que conseguia ler nas entrelinhas que ele tinha uma boa ideia. Mas ele não havia conseguido identificar sua essência. Ele não havia conseguido transformá-la em uma big idea em que pudesse basear o ensaio. Veja o que eu disse: Você disse que a Simon Properties é uma boa recomendação porque está comprando empresas menores. Essa é uma boa argumentação, mas não é uma ideia envolvente. É apenas uma afirmação. Para que ela seja emocionalmente envolvente, você precisa deixá-la mais universal e mais singular. Você precisa encontrar a ideia por trás da ideia. Em resumo, você precisa encontrar algo que faça seu leitor endireitar as costas e prestar atenção. Você precisa dar a ele uma ideia, preferencialmen- te em uma frase, que ele poderia repetir em um jantar, algo que suscitaria uma discussão interessante. Por exemplo, você poderia ter dito: “Há empresas – eu as chamo de bullies – que têm um desempenho três vezes melhor que o resto do mercado.” Essa é uma ideia interessante. O leitor a entende imediatamente e dese- ja saber mais. Mas para que isso funcione, você precisa provar para seu leitor que, no mercado atual, bullies são bons investimentos. Só depois disso é que ele fica- rá interessado no que você tem a dizer sobre a Simon Properties. Quando peço uma ideia, e o escritor me envia um parágrafo inteiro em vez de uma frase, eu sei – mesmo sem ler – que ele não identificou uma ideia envolvente de verdade. Se o parágrafo tiver frases longas e complexas, sei que ele errou o alvo. Há uma nova área de estudos chamada “Fluência Cognitiva”. Ela estu- da o efeito da linguagem simples sobre os leitores. Pesquisadores desco- briram que uma frase simples tem mais credibilidade do que uma frase complexa – mesmo que as duas tiverem o mesmo significado. De acordo com os cientistas, parece que nosso cérebro é programado para confiar em coisas mais simples (e familiares). Depois de ter identificado dois componentes essenciais da boa escrita – uma big idea e claridade de expressão – eu tenho insistido para que todos os ensaios ou promos que chegam à minha mesa tenham uma explicação da ideia principal de apenas uma frase, acompanhada da pontuação FK. Se a ideia não me impressiona, devolvo o texto sem lê-lo. Se a pontua- ção FK for maior que 7,5, o texto também é rejeitado. Essa disciplina me salvou muitas vezes e acelerou a curva de aprendi- zagem de todos os escritores que já trabalharam sob minha direção. Eu o recomendo a você. Vendendo promos de big idea como se não houvesse amanhã. Brian Hunt - 7 de julho de 2015 Pensei em algo que pode aumentar muito nossas vendas. A ideia tem a ver com a teoria de Hunt sobre o sucesso de newsletters… No mercado de newsletters, uma coisa que separa a pessoa produtiva da superprodutiva é que uma delas se concentra em várias ideias “sóli- das”... e a outra em apenas duas ou três grandes ideias. Prefiro que um analista escreva muito sobre duas ou três de suas big ideas favoritas do que um pouco sobre cada uma de suas oito ideias. Há muitos motivos para que a abordagem “focada” funcione melhor… 1. ideias. Para os leitores, é mais fácil se concentrar em apenas duas ou três Se você encontrar um ou dois grandes temas que valem a pena ser seguidos, suas newsletters se assemelharão a um romance... e cada mês trará o próximo capítulo da história. A maioria de nossos leitores assinam diversas newsletters de diversas publicadoras... por isso é muito fácil esquecer o nome de um editor. Para eles, é muito mais fácil se lembrar de big ideas. É mais fácil iden- tificar um analista como o cara do “Fim da América” ou o cara de “royalties de gasolina” em vez de “Porter” ou “Matt.” Martelar algumas grandes big ideas de todos os tempos faz com que o editor se torne mais memorável e, dessa forma, a assinatura será renovada mais facilmente. 2. É mais fácil vender um editor que se concentrar em duas ou três grandes ideias. Se os copywriters sabem que um editor vai se concentrar em apenas algumas ideias por bastante tempo, eles podem escrever copies de big idea que também poderão ser usados por muito tempo. Por exemplo, em 2003, Mike Palmer sabia que Steve Sjuggerud gosta- va de moedas de ouro... e que gostaria delas por muito tempo. Ter ouro por meio da Secret Currency era uma big idea incomum que duraria por muito tempo. A campanha Secret Currency de Mike angariou cerca de 80 mil assi- naturas nos últimos sete anos. Ela ajudou Steve a se tornar um dos analis- tas mais lidos do mundo. E ainda usamos o copy. 3. É mais fácil escrever sobre duas ou três big ideas. Se você tem uma ótima big idea, pode encontrar milhares de histórias sobre ela... e muitos ângulos diferentes para analisá-la. Isso faz com que seja fácil escrever conteúdo novo. Por exemplo, uma de minhas tendências de investimento de longo prazo favoritas é o aumento do consumo de energia na China e na Índia. São cerca de 3,5 bilhões de pessoas que consomem muito menos que os 300 milhões de carros que bebem demais nos EUA. A China consome 6 barris de petróleo por dia, para cada mil pessoas. A Índia consome cerca de 2,5 barris de petróleo por dia, para cada mil pessoas. Os EUA, por outro lado, consomem cerca de 70 barris de petróleo por dia, para cada mil pessoas. A “Chindia” tem 10 vezes essa população e usa menos do que um décimo do petróleo por pessoa dos EUA. A demanda potencial para as próximas décadas é espetacular. Essa big idea é tão boa e tem tantos desdobramentos que edições, prêmios e e-letters podem conter diversas histórias sobre petróleo, gás natural, carvão e urânio. Você pode entrevistar diversos insiders do setor e pesquisar diversas empresas diferentes. O potencial é ilimitado. É muito mais fácil desenvolver conteúdo sobre essa ideia do que, por exemplo, sobre o setor de semicondutores. Essa é a teoria... agora vamos falar sobre a ideia… esquadrões HIT. Quando encontramos uma grande tendência de investimentos que vai durar muito tempo e desenvolvemos copies que vendem essa ideia, gosto de formar uma Equipe da Grande Ideia (“esquadrão HIT”, do inglês Huge Idea Team). Por exemplo… Uma big idea que usamos nos últimos anos é o aumento da importân- cia do gás natural para o suprimento de combustível global. É uma grande história de investimento. Mas, por muito tempo, os copywriters não a conseguiam vender. Quando dizíamos “gás natural”, os copywriters pensavam “morte”. Nossos leitores simplesmente não compra- vam a ideia. Eles diziam: “Petróleo e ouro são ok, mas gás natural não”. Mas, como Stephen Moulis e Jarrod Feintuch demonstraram nos últi- mos meses, nossos leitores estão dispostos a comprar royalties. Eles estão dispostos a comprar fontes de renda. Eles estão dispostos a comprar “POA”. Esses copies e vídeos são responsáveis por mais de 16 mil vendas da Resource Report nos últimos dois meses. É uma quantidade impressionante. Quando encontramos uma ideia boa e vendável como essa, nós forma- mos um esquadrão HIT, uma pequena equipe que se encontra uma vez por semana para maximizar as vendas. O esquadrão HIT inclui o copywriter, o editor, um profissional de marke- ting para cuidar da distribuição externa, um representante do customer service para falar com os clientes todos os dias, um diretor sênior e qual- quer pessoa que deseje participar como ouvinte. O esquadrão HIT pode se encontrar todas as semanas para responder essas questões: Como maximizar essa ideia? Como deixar as pessoas inte- ressadas nesse ótimo investimento? Como vender muitas assinaturas? O esquadrão HIT pode: • desenvolver uma série de ensaios para uma e-letter. • criar 10 tópicos diferentes para uma compilação. • ter ideias de vídeo e pensar em licenciamento do texto. • encontrar sites que gostariam de veicular o conteúdo. • pensar em novas ideias de lead. Quaisquer que sejam as ideias, cada esquadrão HIT tem um líder responsável por sua implementação o mais rápido possível. Afinal, big ideas são raras... e sua duração é imprevisível. Quando as tiver, é melhor se apressar. Acredito que esquadrões HIT sejam uma maneira de deixar nossa orga- nização mais parecida com o indivíduo superprodutivo... uma força focada sobre um pequeno grupo de grandes ideias. O princípio do “um passo de distância”. Mark Ford - 7 de julho de 2015 Ao desenvolver novos produtos, não cometa o erro de investir tempo e dinheiro em algo que esteja a dois ou mais passos de distância do que você conhece. Suas chances de sucesso caem geometricamente a cada passo. Dê apenas um passo, e tudo estará bem. Com dois passos, você estará caminhando sobre gelo. Três passos e estará quase se afogando. Digamos que você tenha um restaurante chamado The Steak House. Seu negócio básico é vender certo tipo de experiência alimentar para a comunidade local. Bebendo com amigos, você tem duas ideias de negócios: 1. A primeira é abrir um restaurante chamado The Fish House. 2. A segunda é vender carne bovina no atacado. Ambos os negócios possuem vários elementos que se relacionam ao que você já faz. O estabelecimento The Fish House é quase idêntico a seu negócio, com uma exceção: você venderá peixe, não carne bovina. Todos os outros aspectos essenciais – como atrair novos clientes, como criar uma margem de lucro e como controlar custos – continuam os mesmos. Começar um negócio de venda de carne bovina no atacado está rela- cionado à venda de carne. E é isso que você faz. Mas, nesse caso, há muitas diferenças. Para começar, o mercado é diferente. Você não estará venden- do para pessoas, mas para empresas. Isso significa que a estratégia de vendas e a margem são diferentes. Abrir o restaurante The Fish House é um exemplo de começar um novo negócio que está apenas a um passo de distância do que você conhece. Abrir uma empresa de venda de carne bovina no atacado está a três ou quatro passos de distância de seu negócio original. O princípio do um passo de distância. A primeira ideia tem boas chances de ser bem-sucedida. O único ponto desconhecido é: haverá um mercado grande o suficiente para um restau- rante de peixe? A segunda ideia tem poucas chances de ser bem-sucedida, pois há muitos elementos que você desconhece. Claro que é possível ser bem-sucedido com um produto muito diferente que do que o que você comercializa agora, mas é improvável que acon- teça. Executivos bem-sucedidos da Agora assumem riscos calculados... eles agem apenas quando seus cálculos sugerem que há boas chances de vencer. Como ter ideias. Craig Ballantyne. - 7 de julho de 2015 Quando preciso de uma ideia, faço uma caminhada, vou para a acade- mia ou tomo um banho. Depois, as ideias fluem naturalmente. É simples assim. Fim. Estou brincando, é claro. Há muito mais a fazer para ter ideias, mas os passos são simples. É preciso escrever as boas ideias rapidamente. Caso contrário, elas vão escapar, e a ideia que era boa como ouro terá sido levada pelo vento. Gerar ideias não é tão fácil quanto tomar banho quando estamos com bloqueio criativo. O esforço na geração de ideias é muito maior. Tudo começa quando você se especializa no assunto, o que leva anos de estudo. Isso não é o que as pessoas querem ouvir, mas é a verdade. Se você já fez uma apresentação como amador (por exemplo, quando esta- va na faculdade) sabe como é difícil encontrar coisas que valham a pena ser ditas. Mas avance cinco anos, quando você já se formou e conquistou alguma experiência profissional. É nesse momento que você perceberá que pode falar por horas sem dificuldades. Ter ideias é a mesma coisa. Quanto mais você sabe e mais experiência tem, mais fácil é identificar oportunidades e soluções, mais fácil é ter ideias. O próximo passo na geração de boas ideias é comunicar o máximo de informações sobre seu tema. Isso significa dar mais palestras, explicar ideias para os outros, escrever sobre o que sabe e orientar pessoas na sua área de especialidade. Quanto mais faço isso, mais tenho ideias. Não se reprima e não guarde suas ideias para si. Apenas compartilhando ideias será possível ter mais ideias. Quando dou minhas palestras e faço meus vídeos, acabo dizendo algu- ma coisa e pensando: “Nossa! Isso realmente faz sentido. Eu preciso anotar isso e contar pra todo mundo.” (É minha versão de um milhão de macacos digitando em um milhão de máquinas de escrever e escrevendo sem querer as obras de Shakespeare. No meu caso, sou apenas um, que fala, fala e acaba tendo um pensamento coerente.) Esses são grandes passos que você pode dar. Primeiro, se torne um especialista. Segundo, comunique suas ideias com frequência para desen- cadear a geração de novas ideias. Um corolário que ajuda é ampla experiência na área. Teste novas ideias. Fale com outros especialistas. Seja curioso. Aprenda tudo que puder sobre como as pessoas estão fazendo as coisas no seu setor. Como o lendário Leo Burnett disse: “Curiosidade sobre a vida em todos os seus aspectos ainda é o segredo das pessoas mais criativas.” Por fim, tomando emprestado o título do livro de Cal Newport, Seja muito bom para que ninguém possa ignorá-lo (Be So Good They Can’t Ignore You). Desenvolva suas habilidades, torne-se um especialista, adquira muita experiência e nunca fique sem ideias. Duas dicas bônus para ter ainda mais ideias sem perder tempo Primeiro, identifique seu “Tempo mágico de ideias” e suas “Atividades mágicas de ideias”. O que é engraçado sobre as grandes ideias é que elas raramente surgem quando você as está procurando. Poucas ideias brilhan- tes chegam quando estamos trabalhando no escritório. Em vez disso, elas costumam vir quando estamos longe da mesa, com frequência sem cader- no ou celular. Mas, com o tempo, você perceberá que sua geração de ideias tem um padrão. Talvez elas venham quando você está levando o cachorro para passear, correndo, tomando banho, meditando ou de pijama na varanda. Pesquisas demonstram que sair do local de trabalho permite que o cérebro seja mais criativo. É quando as ideias surgem. Por isso tenha um diário para anotar todas as ideias que tiver. E, quando encontrar seu “Tempo mágico de ideias” e suas “Atividades mágicas de ideias”, cultive-as e proteja-as da mesma forma que faz com seu “Tempo mágico produtivo” (o tempo em que você trabalha mais). Segundo, “ensine seu inconsciente a fazer o trabalho”, sugere Dan Kennedy. Dê a ele “ordens” antes de dormir e, com o tempo, você perceberá como o cérebro trabalha de maneira misteriosa para criar ideias enquanto você dorme. Deixe seu diário de ideias perto da cama para gravar suas ideias de um milhão de dólares assim que acordar. Inovações “ponto da virada” não são necessariamente revolucionárias. Mark Ford - 7 de julho de 2015 Em seu best-seller O ponto da virada, Malcolm Gladwell analisou como novos produtos, às vezes, “dominam” o mercado. Ele estava interessado em inovações conhecidas como “ponto da virada”. Ele queria saber por que alguns produtos – como Hush Puppies, Slinkys e iPods – de repente se tornam grandes tendências. De acordo com a visão tradicional, essas inovações são produtos completamente novos e diferentes que, por qualquer motivo, capturam a imaginação de um mercado. A pesquisa de Gladwell o levou a uma conclu- são diferente: produtos que ditam tendências não são nem um pouco revolu- cionários. Eles são variações de um tema que está ganhando popularidade. A maioria das grandes tendências sociais da modernidade, de acor- do com Gladwell, não são mudanças bruscas, mas pequenas variações de ideias que já estão no inconsciente coletivo: Manipulando o tamanho de um grupo, podemos aumentar drasticamen- te sua receptividade a novas ideias. Alterando a apresentação de informa- ções, podemos melhorar significativamente seu apelo. Encontrando pessoas especiais que têm muito poder social, podemos moldar o curso das epide- mias sociais. No fim, Pontos da Virada são uma reafirmação do potencial de mudança e do poder da ação inteligente. Veja o mundo à sua volta. Ele pode parecer imutável e implacável. Não é. Com um pequeno empurrão – no lugar certo – ele pode ser virado. O ponto da virada é uma metáfora que descreve esse fenômeno. Ele se refere a um experimento feito com frequência no ensino médio. Um copo é preenchido até a borda com água. O professor começa a acrescentar, uma a uma, gotas de água. Os alunos descobrem que, ao contrário de suas expectativas, as gotas adicionais ficam um tempo no topo, formando um montículo de água mais alto que a borda do copo. A cada gota, o montículo aumenta. De repente, uma gota extra faz com que o montículo desmorone e escorra pelo copo. Gladwell argumenta que é assim que as tendências funcionam. Em qualquer contexto social, muitas pessoas compartilham a mesma ideia básica sobre uma inovação. Estimulados pela noção comum do que deveria vir a seguir, inovadores individuais fazem mudanças, mas a maioria delas são absorvidas na cultura sem produzir reações significativas. Elas são, metaforicamente, as gotas que se somam ao montículo. Essas pequenas variações não mudam a cultura. No entanto, são perce- bidas por outros inovadores que enxergam a tendência (como se vissem o montículo se formando). Eles reconhecem que, mais cedo ou mais tarde, o peso de todas essas pequenas inovações terá o efeito necessário e haverá um fluxo repentino de movimento em uma nova direção. Consumidores não estão buscando produtos completamente novos. Eles estão procurando adaptações inteligentes de produtos que conhecem e amam. O cérebro humano não suporta muita novidade. Uma boa propor- ção é 80% do conhecido e 20% do novo. Preciso elogiar o conceito de ponto da virada de Malcolm Gladwell. De todas as ideias de marketing que ouvi nos últimos anos, essa foi a mais útil para mim. Ela me ajudou a entender, de maneira muito clara, por que algu- mas ideias aparentemente muito boas funcionaram bem e por que outras foram grandes fracassos. Faz todo o sentido porque corresponde ao que todo bom profissional de marketing aprende mais cedo ou mais tarde: você não pode ditar o que acontece no mercado. É preciso deixar que o mercado indique o que fazer. Todos os lançamentos bem-sucedidos de produtos de que participei foram processos evolutivos, e não revolucionários. E todos os grandes fracassos – os lançamentos de produtos que desperdiçaram mais de meio milhão de dólares – eram ideias totalmente novas nas quais, até aquele momento, o mercado não estava interessado. Sou eternamente grato a Malcolm Gladwell pela ideia do ponto da vira- da. Ela foi, em si mesma, um ponto da virada para ele, que passou de um escritor pouco reconhecido do The New Yorker para um best-seller nacional. Depois de deixar claros minha gratidão e meu respeito pelo conceito de ponto da virada, quero dizer que não acredito que apenas os produtos da virada geram lucro. Muitos produtos “eu também” são vendidos de forma lucrativa todos os anos. Acredito que a maior parte da receita das empre- sas venha desses produtos comuns. É o que acontece nos negócios em que estou envolvido. Sejam news- letters, aparelhos de TV, bijuterias ou imóveis na América Latina, a maior parte da receita vem de produtos mundanos. Mas isso não significa que você não deve se preocupar com inovações ponto da virada. Vou explicar. Inovações da virada são muito mais fortes que produtos “eu também”. Elas trarão o dobro, o triplo ou o quádruplo de novos leitores. Você precisa de inovação da virada para entrar em novos mercados ou ressuscitar sua empresa. Produtos da virada são difíceis de encontrar, mas podem fazer com que sua empresa cresça de forma impressionante. Produtos comuns não servem para montar ou para salvar um negócio, mas podem criar milhões e milhões de dólares em lucro. O segredo para se tornar uma máquina de ideias. Mike Palmer - 7 de julho de 2015 Preciso avisá-lo, se você realmente deseja encontrar a única maneira infalível de se tornar a máquina de ideias de copies definitiva, você terá bastante trabalho. No entanto, vou surpreendê-lo dizendo que alcançar esse objetivo é factível se você seguir estes três segredos. 1. Leia muitos livros Não sou apenas eu, o “Pai” de todos os copywriters fazia isso para ser bem-sucedido. Isso mesmo. Claude Hopkins era um leitor voraz. Foi esse hábito que permitiu que ele criasse o que provavelmente foi o copy mais louvável da história: a campanha da Pepsodent da década de 1920, que popularizou a ideia de escovar os dentes. Como Claude pensou em uma maneira de convencer as pessoas a adotar essa atividade diária? Bem, antes de escrever, ele leu muitos livros sobre odontologia. Hopkins vendeu a Pepsodent disseminando a ideia de que escovar os dentes aumentava a saúde e a beleza. Acredite se quiser, isso era novida- de. Na época, a maioria das pessoas não escovava os dentes. Nojento? Sim... completamente. Mas Claude tinha muito com que trabalhar. “No meio de um livro, encontrei uma referência a mucinas, que acabei chamando de ‘o filme’”, disse Claude em sua autobiografia. Esse “filme” se tornou parte essencial do copy. Em seus anúncios da Pepsodent, ele pediu às pessoas que passassem a língua nos dentes e sentissem seu próprio filme. Ele disse que o filme era a principal causa de manchas e cáries. Depois de assustar as pesso- as, os anúncios forneciam uma solução simples: escovar os dentes com Pepsodent e se juntar ao grande número de pessoas que tinham dentes belos e saudáveis. Essa campanha permitiu que a Pepsodent dominasse o mercado de pasta de dentes por muito tempo. O hábito de leitura de Claude permitiu que ele tivesse a ideia das mucinas, a qual gerou uma ideia de copy revo- lucionária e lucrativa. Lembre-se, com frequência, a criatividade surge da pesquisa por uma ideia interessante que já existe. E bloqueio de escrita costuma significar pesquisa malfeita. 2. Seja um analista todos os dias “Não inventei nada novo”, disse Henry Ford. “Eu simplesmente reuni descobertas de outros homens por trás dos quais havia séculos de trabalho.” O que ele quis dizer? Que as respostas já estavam lá, e só foi necessá- rio encontrá-las por meio de observação e estudo. Em outras palavras, você só precisa aumentar sua percepção geral sendo um analista todos os dias. Eu incentivo todos os copywriters e caçadores de ideias a aumentar sua percepção geral. Não é suficiente apenas contemplar as coisas, é preci- so analisar tudo e pensar por que as coisas são do jeito que são. Em relação ao copy, uma das melhores maneiras de fazer isso é prestar atenção ao que está funcionando e tentar fazer a engenharia reversa do sucesso. Por exemplo, se você percebe que um tipo de garantia, oferta ou narra- tiva está sendo usada repetidamente em diferentes produtos... provavel- mente algo está dando certo. Pesquise quantas promos puder. Pense em por que elas funcionam. Encontre maneiras de usas essas ideias em campanhas bem-sucedidas. 3. Leia e escreva todos os dias Para se tornar um excelente copywriter, além de escrever copies todos os dias, você precisa encontrar tempo para buscar ideias. James Altucher, um escritor best-seller, desenvolveu uma estratégia para garantir um fluxo constante de ideias interessantes. Ele lê pelo menos duas horas todos os dias. E escreve ao menos 10 ideias por dia. As ideias não precisam ser fantásticas, mas o trabalho deve ser consistente, realiza- do todos os dias. Acredito que duas horas e 10 ideias sejam demais. Por isso, incentivo todos os copywriters a ler pelo menos uma hora e a escrever ao menos cinco ideias por dia. Todas as ideias serão incríveis? Claro que não. O objetivo da estratégia é fortalecer o músculo das ideias e alimentar o cérebro com uma quantidade saudável de informações. Difícil – não impossível Encontrar tempo para fazer todas essas coisas será difícil. Você terá dificuldades para ter ideias e para encontrar tempo para ler. No entanto, se conseguir ler muitos livros e fazer o necessário para ser um analista todos os dias, seu músculo de ideias ficará forte o suficiente para que você tenha boas ideias todos os dias. Quando esse dia chegar, você terá se tornado uma máquina de ideias. Sete segredos do brainstorming criativo (e a regra das 24 horas). Mark Ford - 7 de julho de 2015 Como ter ideias de novos produtos? Com brainstorming, é claro. Veja sete segredos que podem ajudá-lo a dominar o processo. 1. Um quórum de três Você precisa de pelo menos três pessoas para fazer uma sessão de brainstorming. Duas é melhor que uma, mas três é muito melhor que duas. O problema com duas pessoas é que as discussões não são resolvidas. Você diz uma coisa. Sua parceira diz outra coisa. Você repete sua posi- ção. Ela repete a dela. A conversa empaca. Com três pessoas, isso quase nunca acontece. Não sei bem por quê. Talvez a terceira pessoa represente o público. Mesmo que só duas pessoas estejam falando, ter alguém ouvin- do faz com que todos se esforcem para apresentar suas ideias da melhor forma possível. Insisto na presença de três pessoas em qualquer sessão de brainstorming, mesmo que a terceira pessoa seja só um ouvinte. 2. Um máximo de oito Há um limite de pessoas que conseguem trabalhar de modo eficiente em determinadas situações. No caso do brainstorming, gosto de seis pesso- as, mas tolero oito, caso seja necessário. Um grupo pequeno de brainstor- ming acelera o processo. E velocidade é essencial ao processo inovador. Melhor fazer duas sessões de brainstorming com uma hora de duração e seis participantes cada, do que apenas um, com duração de duas horas e um grupo de 12 pessoas. 3. Um limite de tempo Brainstorming é como basquete profissional. Nada importante acon- tece até os últimos cinco minutos. Já participei de eventos de promoção de criatividade que duraram um ou dois dias. Sempre senti que a maior parte do tempo era desperdiçada. Sim, tive- mos boas ideias no fim. Mas acredito que essas ideias poderiam ter sido criadas muito mais rapidamente se tivéssemos menos tempo para criá-las. De acordo com a lei de Parkinson, “o trabalho se expande para preencher o tempo disponível para sua finalização”. Minha lei é muito semelhante: o tempo que leva para criar uma boa ideia é igual ao prazo estabelecido menos 30 minutos. Para mim, uma sessão criativa deve durar de uma a três horas. 4. Objetivos definidos Não seja vago sobre o que deseja alcançar. Seja específico. Essa é uma boa regra para estabelecer prazos, além de ser muito útil em sessões de brainstorming. Estabeleça com antecedência o objetivo específico da reunião (por exemplo, o número e/ou tipo de ideia desejados). 5. Altas expectativas Seu objetivo é desenvolver ideias com grandes chances de funcionar. Para atingir esse objetivo, elas precisam pelo menos parecer inovadoras. Quando ideias comuns são enunciadas, esforce-se para que elas sejam melhoradas. Pergunte: “Como podemos melhorá-la?”, até receber boas ideias. 6. Um código de igualdade Sessões criativas funcionam melhor quando todos contribuem. Deixe claro que todos os convidados estão lá pelo mesmo motivo – criar ideias. Essas ideias virão mais rapidamente e serão julgadas de forma mais justa se todos na equipe sentiram que têm o mesmo direito de participar. 7. Regras rígidas Pode parecer contra-intuitivo, mas a melhor maneira de incentivar o fluxo livre de ideias é estabelecer regras rígidas. Além de limitar o tempo que as pessoas têm para falar, costumo impor as seguintes regras: • Apenas sugestões específicas. Ninguém pode fazer comentários genéricos. Eles desperdiçam tempo, confundem e suscitam longas discussões. • Sem críticas específicas. Quando uma ideia é sugerida, pergunto quantas pessoas no grupo gostaram dela, mas não permito críti- cas específicas porque elas distraem e são contraproducentes. Diga se gosta ou não e vamos seguir em frente. Não temos tempo para porquês. • Seja positivo. Eu tento dizer algo positivo sobre todas as ideias que escuto, mesmo as mais fracas. Se uma ideia tem uma recepção medíocre, eu pergunto: “Como podemos torná-la melhor?”, em vez de dizer: “Veja o que está errado com ela.” • Incentive os tímidos e corte os tagarelas. Para manter uma boa geração de ideias, você precisa estar no controle da conversa. No momento que alguém começa a exagerar, desvie seu discurso fazen- do uma pergunta. Incentive os mais quietos a falar fazendo pergun- tas e elogiando suas respostas. Duas regras para preservar a inspiração de gênios Além das regras listadas anteriormente, comecei a implementar mais duas regras em reuniões de desenvolvimento de produtos para impedir que ideias boas sejam perdidas. • Toda a sessão de brainstorming deve ser gravada. • Quando uma ideia da virada é sugerida, uma peça publicitária pequena que contém sua essência deve ser escrita em 24 horas. Digamos que o grupo tenha uma ideia brilhante para uma nova campa- nha de marketing. Alguém diz uma frase perfeita. Todos ficam empolgados. E uma pessoa, um copywriter, fica encarregado de criar o anúncio. Geralmente, a criação e a finalização de qualquer promo leva semanas ou meses. Mas eu sempre insisto que o copywriter tenha algo pronto no fim do dia seguinte. Não preciso ver todo o copy. Só preciso da headline e do lead. Mas, como a headline e o lead são responsáveis por 80% da venda, gosto de recebê-los rapidamente para compará-los com minha lembrança do concei- to enquanto ainda está fresca na memória. E, porque insisto que as sessões de brainstorming sejam gravadas, tenho o áudio da ideia e, se precisar, posso recorrer a ele. Quando se trata de implementar inovações brilhantes, o tempo é seu inimigo. O tempo embaça a memória, apaga detalhes importantes e acaba dissolvendo grandes ideias. Quanto mais rápido você tirar uma ideia do campo conceitual e colocá-la em prática, maiores são as suas chances de preservar a qualidade original. Sete maneiras de saber mais sobre qualquer coisa. Dan Kennedy - 7 de julho de 2015 1. Encontre e leia pelo menos um ano de edições de revistas especia- lizadas em sua área. Todo negócio, indústria, profissão, vocação, hobby e interesse espe- cial – de culinária a programação, de cultivo de avestruzes à busca por minas de ouro, de direção de caminhões pesados à golfe, de marcenaria à astrologia e zoologia – tem, na maior parte das vezes, diversas revistas especializadas. Nessas revistas, especialistas escrevem artigos e são entrevistados, segredos são revelados e anunciantes divulgam seus produtos. 2. Responda muitos dos anúncios que encontrar nessas revistas. Deixe que tentem vender a você produtos e serviços. Logo, você terá muita informação, e tudo de graça. 3. Encontre os especialistas mais bem-sucedidos e reconhecidos em sua área. Essas pessoas provavelmente escreveram livros, gravaram áudios, participaram de seminários e muitos talvez estejam disponíveis para conversas. Procure os melhores e descubra como transformar sua experiência em conhecimento. Há alguns anos, trabalhei com um quiroprata que abriu sua clínica logo depois de sair da escola. Primeiro, ele compilou uma lista dos 50 mais bem-sucedidos e respei- tados quiropratas do país. Depois viajou pelo país para conhecer suas clínicas, perguntando se poderia observar o trabalho, levá-los para almoçar, falar com a equipe e assim por diante. Quarenta e nove dos 50 profissionais foram generosos, prestativos e o incen- tivaram. Ele voltou para casa com o que chamou de “Plano mestre dos mestres da profissão”. Ele tinha muito confiança no seu plano e o implementou com entu- siasmo e expectativa, montou uma clínica muito lucrativa em pouquíssimo tempo. Se quisesse montar um negócio hoje, eu segui- ria seu exemplo. 4. Encontre livros escritos pelos “velhos mestres”. Quase toda área tem seus “velhos mestres”, cujo trabalho é difícil de encontrar e muitos desconsideram. Essa atitude está errada. No campo das vendas, todos os profissionais deveriam ler os livros de Frank Bettger, Red Motley, Robert Trailins, entre outros, dos anos 1950, dos anos 1940 e de muito antes se for possível encontrar exemplares. Dynamic Selling, o “velho livro” de Robert Trailins, publicado pela Prentice-Hall há muito tempo, que pode ser encontrado em biblio- tecas ou sebos, oferece as melhores informações sobre como fazer apresentações. Em publicidade de resposta direta e copywriting, os maiores profis- sionais de atualidade constantemente indicam o trabalho dos “velhos mestres” Robert Collier, Claude Hopkins, Victor Schwab, entre outros, cuja publicações são datadas até da década de 1930. 5. Participe de associações ou clubes. Os “atalhos da curva de aprendizagem”, disponíveis por meio de associações, participações em reuniões, convenções e workshops é impressionante. A oportunidade de fazer contatos importantes é ainda maior. A maioria das associações tem arquivos registrados das convenções e workshops de anos anteriores, dessa forma, você pode “compare- cer” a dois, cinco e até 10 anos de eventos, como se tivesse uma máquina do tempo. Muitas associações nacionais possuem filiais municipais, regionais e estaduais que promovem reuniões e seminá- rios com baixo custo. Por exemplo, se você está interessado na escrita, o National Writers Club tem filiais em quase todos os estados. Se você está interessa- do em aprender a falar em público, a National Speakers Association está presente em muitas cidades. 6. Faça cursos, workshops e seminários. Faculdades comunitárias estão cada vez mais modernas e compe- titivas nos cursos que oferecem e no uso de especialistas com expe- riência no mercado. A The Learning Annex, uma organização que opera em muitas cidades, oferece uma grande variedade de cursos – desde como começar uma empresa de exportação até como se tornar uma dançarina do ventre. Em algum lugar, há alguém fornecendo um curso, um workshop ou um seminário sobre todos os assuntos imagináveis. 7. Faça a lição de casa. A biblioteca é o lugar ideal para começar. A maioria das bibliote- cas de grandes cidades tem um sistema de computadores nos quais você pode pesquisar temas e encontrar todos os livros, artigos e recursos em sua área. O editor de newsletters perfeito. Brian Hunt - 7 de julho de 2015 Das milhares de peças editoriais escritas pelo grande Richard Russell, a mais popular é The Perfect Business (O negócio perfeito). Nela, Russell descreve os 12 atributos do negócio perfeito, necessários para começar um empreendimento, trabalhar em uma empresa ou ter um negócio de sucesso. Costumo dar uma cópia do ensaio para jovens que desejam escolher uma carreira. Para mim, quanto mais dos atributos descritos por Russell uma pessoa tem, mais rica será sua vida em termos de dinheiro, tempo livre, liberdade, viagens e qualquer outra coisa em que se possa pensar. O ensaio The Perfect Business é a ideia por trás da lista a seguir, que chamo de “O editor de newsletters perfeito”. Criei a lista a partir de experi- ências que tive em meus muitos anos de trabalho como consultor de inves- timentos. Já vi newsletters sob diversas perspectivas, muito mais do que as outras pessoas. Quando tinha 21 anos, era um viciado em newsletters. Eu as uso até hoje para administrar meu dinheiro. Trabalhei na área de atendi- mento ao cliente, escrevi minha própria newsletter, fui gestor de uma equipe editorial, trabalhei na campanha mais bem-sucedida de captura de nomes do setor e sou amigo do melhor editor e do melhor copywriter da área. Provavelmente o mais importante é que essa lista vem da leitura de milhares de e-mails de feedback dos nossos leitores. Você pode aprender mais com seu cliente mais irritado do que com qualquer outra coisa. Já vi newsletters florescerem e fracassarem. Aqui está o que acredito se aproximar mais da primeira opção. O editor de newsletters perfeito… …começa todo assunto com uma história interessante. A história é o gancho que prende o leitor à newsletter. Comece na ação, pois é como a maioria das pessoas gosta de aprender... e é como todos são entretidos. A história não precisa ser épica, pode ser o relato de um telefonema ou de uma conversa, ou pode ser sua opinião sobre o negócio de cocaína. Se estiver com dificuldades de pensar em uma história para seu texto, é porque você não viajou, não foi ao fundo da questão ou não leu o suficien- te. As melhores histórias costumam ser do tipo “Eu estava lá, eu vi aquilo”. Outra opção é a frase inicial de Tom Dyson: “A primeira coisa que notei sobre Walt James foram seus olhos amarelados…” …desenvolve temas que o leitor pode seguir. Uma grande newsletter tem pegada de romance. Ela tem heróis e vilões. Cada texto é um capítulo da história. Essa é uma das lições da The Daily Reckoning. Todos os dias, Bill atualiza o leitor sobre os desdobramentos dos grandes acontecimentos financeiros. Seus vilões são os economistas e Wall Street. Seus heróis são os mercados livres e os pensadores independentes. O editor de newsletters perfeito tem uma série de textos de boas vindas para que as pessoas entendam seu ponto de partida. Esses textos devem detalhar como o editor vê o mundo, no que ele acredita em relação a inves- timentos e quais são seus temas financeiros preferidos, ou seja, é preciso apresentar “visões do futuro” claramente definidas e facilmente apreendi- das pelo leitor. Os grandes temas facilitam a venda da newsletter. Se um editor desen- volve grandes temas comercializáveis, podemos usar diferentes versões do mesmo copy para vender a newsletter por muitos anos. …é especialista em valores. Também dizemos que é um contrarian. A História demonstra que os investidores mais consistentemente bem-sucedidos são contrarians… o que faz com que ganhem muito. Grandes investidores seguem o caminho oposto ao da multidão. Eles compram o máximo de ações possível quando todos estão em pânico. É nesse momento que se encontram os grandes valores... como as ações em 1982… ou as ações de ouro em 1999. O editor de newsletters perfeito sabe que grandes pânicos criam gran- des valores... e convence os leitores a utilizar a situação a seu favor. …tem elementos extras indisponíveis em outros lugares. Richard Russell desenvolveu um sistema que informava quando estar no mercado. Ele o chamou de Índice de Tendências Primárias. Russel acre- dita que o sistema seja melhor que ele no trato com o mercado de ações. Kurt Wulff tem o Índice McDep. É um simples número que determina quão barata uma petrolífera está. Não é perfeito, mas é um bom lugar para começar. John Doody tem um índice que mostra quando comprar ações de ouro. Porter tem o portfólio “Sem Riscos”. Doug Casey tem os Sete P’s. Talvez o leitor não se importe com sua recomendação do mês, mas ele precisará de sua newsletter se ela tiver informações exclusivas. Por isso, tenha um índice, um sistema ou uma estratégia que as pessoas só possam acessar se pagarem. Reforce seu trunfo e consolide sua marca. …admite os erros de suas newsletters e compartilha seus sucessos. Ele diz, “Nós acertamos”, quando uma recomendação dá certo. Ele diz, “Errei”, quando uma recomendação não dá certo. Inclua todas as pessoas quando tiver feito um grande investimento. Faça com que sua decisão de comprar a ação ABC se transforme em uma decisão do leitor de comprar a ação ABC. Dessa forma, ele se sentirá mais inteligente por ter comprado sua newsletter. Se você estiver errado, o leitor terá perdido dinheiro. Não faça com que ele se sinta ainda pior transformando-o em parte ativa da decisão. Pratique escrever “errei nessa questão” e “nessa nós acertamos”. …é bom em dar notícias ruins. Ações sobem. Ações caem. Algumas recomendações funcionam, outras não. O editor de newsletters perfeito faz um ótimo trabalho de informar que sempre há algumas perdas no caminho para a riqueza. Você precisa fazer isso porque o leitor médio se esquece desse fato o tempo todo. Ele quer que a recomendação dispare imediatamente. Por isso, administre as expectativas. O editor de um serviço de trading precisa lembrar aos leitores que, ao se livrar das perdedoras e manter as vencedoras, é possível fazer uma fortuna mesmo estando certo em apenas 33% das vezes. O editor que pensa no longo prazo precisa lembrar aos leitores que enriquecer é uma maratona, não uma corrida de velocidade. Ele apresenta os números e mostra que a vantagem dos juros compostos é o caminho para a riqueza. Ele enfatiza sua marca, e os assinantes ficam à espera do que virá a seguir. Quando uma recomendação não apresentar resultados, relembre todos esses pontos, depois, rapidamente passe para uma ideia positiva. …é um eterno otimista. O editor de newsletters perfeito é como qualquer bom amigo... alguém que te anima quando você está triste. Ninguém gosta de ficar perto de pessoas que só reclamam das dívidas, das regulações ou da maldade do mundo. Todos querem estar perto de pessoas otimistas, que sugerem maneiras novas e mais felizes de observar o mundo. O editor de newsletters perfeito não se agarra ao aspecto negativo de uma crise – ele pensa nas oportunidades criadas. Isso não quer dizer que não seja crítico... ou que seja um cheerleader. Você pode ser crítico e cínico, mas forneça ao leitor uma salvação do desastre. Melhor ainda... forneça a ele uma maneira de lucrar! Até Doug Casey, sempre um bear, diz às pessoas que, depois da Grande Depressão, as coisas ficarão melhores do que imaginamos. …escreve frases e parágrafos curtos. Isso é óbvio, pois deixa o texto mais fácil de ler, mas muitos editores não adotam essa abordagem. Não seja um deles. Leia Richard Russell todos os dias para ter ideias “how-to”. Nunca escreva “policial militar em automó- vel” quando “PM no carro” serve para transmitir a mensagem. Leia Sobre a escrita, de Stephen King, e memorize suas sugestões. Use o teste de legibilidade do Word antes de enviar seu texto para publicação. Seu objetivo deve ser zero frases passivas e uma pontuação FK de no máximo 7,5. …está conectado a seu tema. Se ele escreve uma newsletter sobre energia, está constantemente viajando para as areias betuminosas de Alberta, do Texas, do Oriente Médio, da Rússia etc. O editor perfeito vai a eventos do setor e faz networking. Ele está no telefone toda semana com insiders da área. Ele escreve sobre suas viagens. Ele é a conexão entre o leitor e um mundo muito específico. O setor de newsletters está cheio de profissionais que nunca saem da mesa. Se você não faz pelo menos seis textos do tipo “Eu estava lá” ao ano para cada produto, você é mais um que não alcança todo o potencial das newsletters. As pessoas podem até ler o que você escreve, mas não haverá leitores esperando ansiosamente por seu e-mail. Isso não é tão importante no caso de newsletters de recomendação de investimentos, mas é essencial para front-ends. …aumenta o contato com o leitor em momento difíceis. Quando o portfólio do leitor está disparando, ele não precisa de muitas notícias suas. Ele quer velejar e jogar golfe. Quando as coisas estão dando errado, ele fica em casa para ver o portfólio despencar e ler sua solução para a crise. Seu trabalho é pegá-lo pela mão. O desempenho que entra no Hall da Fama é o de Jeff Clark, no fim de 2007. A crise de crédito transformou o mercado de ações em um grande caldeirão de perdas. Jeff enviava cinco atualizações por semana. Algumas continham apenas alguns parágrafos, outras continham diversas páginas. Nós recebemos diversos feedbacks positivos de leitores que gostaram das orientações. Essas pessoas se tornaram compradores recorrentes. …escreve prêmios com o mesmo comprometimento que tem com a qualidade das edições mensais. Prêmios são seu “aperto de mão”. Os assinantes entraram pela porta por causa de uma ideia apresentada no copy. Eles ainda não se importam com você e com a sua newsletter... só querem ler mais sobre a afirmação ousada de Mike Palmer. Eles estão lendo seu prêmio com um olho no reembolso. Um relatório fraco significa que os assinantes vão cancelar a assinatura. e nunca mais voltarão. Você tem apenas uma chance de impressionar um novo leitor que pode gastar milhares de dólares se gostar de seu negócio. Por isso, dê o que os leitores desejam: imagem, promessa, prova e recompensa. …trabalha com os copywriters para garantir que o editorial cumpra as promessas do marketing. Se um copywriter faz uma promessa que o editorial não pode cumprir, então é preciso mudá-la. Você só irritará o leitor e terá altas taxas de cance- lamento se permitir que promessas absurdas sejam feitas. Copywriters menos experientes fazem isso o tempo todo. Eles não sabem o que é ultrajante ou não porque não entendem muito de investi- mentos... e são treinados desde o princípio para forçar os limites da reali- dade. É seu trabalho explicar a ideia de sua newsletter para que eles consi- gam vendê-la de forma adequada. …faz promessas extraordinárias quando encontra um investimento extraordinário. O fascínio da leitura de newsletters não está apenas nas recomen- dações de investimento... está nas viagens pelo mundo, nas perspectivas contrarian, nas personalidades cativantes e na visão única sobre a realida- de. Estamos no mundo do “info-entretenimento”. É divertido ver um editor fazer uma previsão grande e ousada. Não há muitos meios de comunicação que fazem esse tipo de coisa. E é isso que diferencia o setor de newsletters. Porter Stansberry é um dos melhores na área. Leia um de seus grandes sucessos: Passei os últimos quatro anos de minha vida trabalhando na pesquisa que compartilharei hoje. É justo dizer que este é o projeto ao qual dediquei mais tempo. Estou absolutamente convencido: esta é a melhor oportunidade que já encontrei em toda minha carreira como analista de equities. Realmente espero ganhar 21 vezes meu dinheiro nesta única ação. PSIA, novembro de 2004 A ação caiu dois terços no ano seguinte. Mas... se você tiver uma personalidade cativante, como Porter, as pessoas continuarão lendo sua newsletter para descobrir o que virá a seguir. Acrescente detalhes pessoais para criar essa personalidade. Lembre-se dessa passagem de “O rei da baixaria”, de Howard Stern: Pesquisador: O ouvinte médio escuta o rádio por 18 minutos. O fã médio do Howard Stern ouve – está preparado? – 1h20min. Chefe de Howard: Como isso acontece? Pesquisador: A resposta mais comum? “Quero saber o que ele vai dizer a seguir.” Chefe de Howard: Tudo bem, mas, e as pessoas que odeiam Stern? Pesquisador: Boa questão. O hater médio de Stern o escuta por 2h30min por dia. Chefe de Howard: Mas... se eles o odeiam, por que o escutam? Pesquisador: Resposta mais comum? “Quero saber o que ele vai dizer a seguir.” …trata cada uma de suas posições como se alguém tivesse colocado dinheiro demais nelas... porque, em todas elas, alguém realmente o fez. A ação que você comprou há quatro anos caiu 17% em um dia? Alguém deve estar desesperado, pois perdeu US$ 25 mil. Diga aos leitores o que aconteceu e o que devem fazer. Recebemos reclamações quando o editor não fala sobre uma posição por muitos meses. Não se esqueça dos velhos amigos. Se você o fizer, eles também o esquecerão... e cancelarão a assinatura. …é ultraespecífico nas recomendações. Leitores fazem um escândalo quando não recebem orientações específicas. O leitor médio não deve ter espaços vazios quando se trata de entrar em uma posição. Eles nos pagam para que expliquemos tudo. Eles preci- sam de preços-teto e de um especialista para ajudá-los a modular a expec- tativa. Veja este parágrafo da revisão de um portfólio da Extreme Value, de Dan Ferris: Quando recomendei a Berkshire Hathaway, em julho de 2005, ela obviamente valia pelo menos US$ 150 por ação. Hoje, eu estabeleceria o valor intrínseco em, no mínimo, US$ 160. Se puder comprá-la por US$ 128 ou menos, terá um desconto de 20% em relação ao valor intrínseco. E o valor ainda está aumentando. Estou aumentando meu preço-teto para a Berkshire Hathaway. COMPRE Berkshire Hathaway (NYSE: BRK-A) por até US$ 128 por ação. Isso é específico! Sabemos que Dan fez todo o trabalho necessário para estabelecer o valor da ação. Também é preciso ser específico em relação às estratégias de saída. Se deseja que o leitor carregue a ação para sempre, diga isso a ele. Se acredi- tar que a operação pode dobrar de valor em algumas semanas, diga. Se a ideia for “usaremos um stop de 25% para a posição”, diga. O leitor médio recebe diversas estratégias de saída por ano, por isso explique os motivos de sua escolha. E fique com ela. É surpreendente quan- tos editores de newsletters reagem de forma emotiva e tentam mudar suas estratégias de saída. Em 99% dos casos, essa atitude pega mal. …nunca deixa os clientes na mão. Sempre tenha uma estratégia de saída. Caso contrário, você será responsável por uma perda muito dolorosa que afetará os leitores por anos. É incrível por quanto tempo os leitores se lembram das perdas... e eles AMAM falar do assunto em feedbacks. Nunca aumente uma posição perdedora. Rick Rule ou Warren Buffett podem ter a força emocional, o dinheiro, o conhecimento e a experiência para comprar uma posição perdedora, mas seu leitor médio não tem. Para cada história sobre um investidor que comprou uma perdedora e acabou ganhando dinheiro, há outras mil sobre investidores que aumentaram uma posição perdedora e acabaram sem nada. Seu leitor médio investe dinheiro demais nas recomendações (apesar dos apelos do editor de newsletters perfeito para manter as posições pequenas)… e muitos leitores ficam sem opções quando você aumenta uma posição perdedora. Os leitores se lembrarão das perdas pelo resto de suas vidas. Eles acabam o odiando e se esquecem de todas as coisas boas que você já fez com sua vida miserável. E, é claro, eles param de assinar. …usa linguagem simples para explicar conceitos complexos. Ele evita jargões e usa histórias, metáforas, exemplos e comparações. Acredito que Steve Sjuggerud seja o melhor nesse aspecto. Há genialidade na forma como ele escreve para seu público-alvo. Em vez de dizer “a libra esterlina está sobrevalorizada frente ao dólar em termos de poder de compra”, Steve diz que acabou de voltar da Inglaterra... onde pagou US$ 60 por dois hambúrgueres e duas cocas! Esse exemplo simples faz com que o leitor perceba a disparidade entre as duas moedas. Em vez de dizer aos leitores que CDS (credit default swaps) estavam baratos em 2007, Steve disse: “É como se você comprasse um seguro contra furacões em um lugar onde não ocorre uma tempestade há anos, mas está bem no meio da rota dos furacões.” O leitor médio nunca entenderá CDS... mas compreende a metáfora do seguro contra furacões. É mais difícil escrever um texto fácil, com exemplos simples e sem jargões do que encher um texto de expressões como “valor do empreendi- mento”, “projetos de capital” e “depósito polimetálico”. Você pode escrever essas coisas, mas explique o que elas significam. O editor de newsletters perfeito supõe que o leitor não sabe nada sobre o que está lendo, mas faz um trabalho tão bom que o leitor sofisticado se impressiona com sua análise. …é prolífico. O editor de newsletters perfeito escreve um front-end popular, um back-end popular e, pelo menos, duas newsletters por semana. Não há muito mais a dizer sobre esse tópico. Se você produz muito conteúdo, poderá vender mais. O popular front-end é o produto mais valio- so para o negócio (e, consequentemente, para você) porque é a forma de trazer novos assinantes. …ensina ao leitor um pouco de história. As pessoas adoram histórias de traders... elas adoram saber algo que os outros não sabem. Quando você compartilha experiências pessoais ou conhecimento histórico, a qualidade da newsletter aumenta. É muito poderoso quando um editor pode dizer, “Isso me lembra de quando a commodity ABC estava assim e assado, em 1996… ganhamos uma fortuna na época. E vamos repetir a façanha este mês.” Esse trecho faz duas coisas: (1) Mostra ao leitor que você tem experi- ência e pode guiá-lo em qualquer situação porque já viu (ou sabe) tudo. (2) Entretém e educa o leitor. Precisa escrever sobre oleodutos? Diga por que o primeiro oleodu- to transcontinental foi construído nos EUA (submarinos nazistas estavam afundando petroleiros que iam do Texas para as refinarias da Costa Leste.) Precisa escrever sobre ouro? Conte sobre a época em que você operava ouro em condições similares e ganhou um bom dinheiro. Seja a pessoa que conhece a História. Seja a pessoa que passou por altos e baixos. Tudo isso aumenta o valor de sua newsletter. …cumpre prazos. Todos cometemos erros bobos. Escrevemos bilhões quando queremos dizer milhões. Escrevemos CEO quando queremos dizer CFO. Esquecemos de dizer que chegamos a um stop loss. A melhor parte dos prazos é que a equipe editorial tem tempo para analisar o texto em busca de erros bobos. Quando você perde prazos, a equipe editorial corre para publicar o produto no dia que o leitor o espera. E um produto feito às pressas terá mais erros. Podemos atrasar edições, é claro, mas preferimos cumprir o que prometemos. Por isso, além de prejudicar a equipe editorial, prazo perdidos aumentam suas chances de fazer papel de idiota. O editor de newsletters perfeito não gosta de fazer papel de idiota. Afinal, ele é perfeito! Como definir o que é ‘não ficção’ de qualidade. Mark Ford - 7 de julho de 2015 Não há nada que os bons escritores gostem de discutir mais do que a definição de boa escrita. Em meus mais de 30 anos no setor de publicações, já participei de diversas discussões do tipo. Muitas delas eram animadas, poucas (se algu- ma) chegaram a um fim. Três pessoas leem “Eu canto o corpo elétrico”, de Walt Whitman. A primeira diz que o poema não é bom porque a métrica é estranha e não rima. “Gosto de métricas uniformes e de rimas”, ela diz. A segunda diz que o poema é ótimo porque evoca belas imagens. Ela cita trechos: “As legiões daqueles a quem amo me envolvem e são por mim envolvidas.” E “A flexão para frente e para trás dos remadores em seus barcos a remo.” A terceira pessoa diz que o poema é ok. O que a agrada é o que Ezra Pound chamou de melopeia – o impacto emocional da musicalidade da língua. “Tinha um pouco no poema, mas não o suficiente”, ela diz. Essas conversas são infrutíferas porque não começam com uma defi- nição objetiva de “bom” com a qual todos concordem. Os gregos antigos tinham discussões parecidas sobre o drama. Eles também tinham opiniões fortes e nenhum critério objetivo sobre o qual basear essas opiniões. Em 335 AC, Aristóteles resolveu esse problema com o melhor ensaio de teoria literária de todos os tempos, a Poética. Primeiro, Aristóteles identifica seis elementos do drama grego. Depois, analisando as peças de mais prestígio da época, enumera os elementos essenciais, em ordem de importância: 1. Enredo (mythos). 2. Personagem (ethos). 3. Pensamento (dianoia). 4. Dicção (lexis). 5. Melodia (melos). 6. Espetáculo (opsis). Aristóteles não acabou com os argumentos sobre o que faz de uma peça boa, mas deu aos críticos inteligentes um padrão útil para orientar a argumentação. Em nosso universo de trabalho – o da não ficção – não existe uma teoria literária desse tipo. Há pouco material escrito sobre o que constitui a não ficção de qualidade. Penso sobre isso praticamente desde que entrei no setor de publica- ções. Quais são os elementos da boa escrita de não ficção? Quais deles são mais importantes? Por quê? Li diversos livros sobre o assunto, mas ainda não encontrei uma defini- ção objetiva, com a simplicidade e o poder da de Aristóteles. Por fim, tive a ideia: Por que não aplicar a metodologia de Aristóteles? Por que não analisar uma amostra da “melhor” escrita de não ficção que temos? Depois, poderia identificar os elementos e as características que os livros têm em comum. Para escrever bem, é preciso ter uma definição obje- tiva do que “bom” significa. Comecei a me perguntar: o que quero dizer com bom? E usei a resposta de Aristóteles: para ser bom, precisa ser popular e obter reconhecimento das pessoas especializadas. Fiz uma lista de 10 best-sellers de não ficção da história recente: • Pense e enriqueça (1937), de Napoleon Hill – 70 milhões de cópias vendidas • Meu filho meu tesouro (1946), de Benjamin Spock – 50 milhões de cópias vendidas • Mensagem a Garcia (1899), de Elbert Hubbard – 40 milhões de cópias vendidas. • Você pode curar a sua vida (1984), de Louise Hay – 35 milhões de cópias vendidas. • Em seus passos – que faria Jesus? (1896), de Charles Sheldon – 30 milhões de cópias vendidas. • Uma vida com propósitos (2002), de Rick Warren – 30 milhões de cópias vendidas. • A agonia do grande planeta Terra (1970), de Hal Lindsey – 28 milhões de cópias vendidas. • Quem mexeu no meu queijo? (1998), de Spencer Johnson – 26 milhões de cópias vendidas. • A profecia celestina (1993), de James Redfield - 23 milhões de cópias vendidas. • A aliciadora feliz (1971), de Xaviera Hollander – 20 milhões de cópias vendidas. Poucos destes best-sellers obtiveram reconhecimento de pares. Por isso, fiz uma segunda lista com cinco best-sellers aclamados pela crítica: 1. O guia do mochileiro das galáxias (1979), de Douglas Adams –14 milhões de cópias vendidas 2. O macaco nu (1968), de Desmond Morris – 12 milhões de cópias vendidas 3. Em busca de sentido (1946), de Viktor Frankl – 12 milhões de cópias vendidas 4. O profeta (1923), de Kahlil Gibran – 11 milhões de cópias vendidas 5. Uma breve história do tempo (1988), de Stephen Hawking – 10 milhões de cópias vendidas O próximo passo foi ler todos esses livros e identificar seus elementos em comum. Segue minha lista: • Qualidade de expressão (semelhante à dicção de Aristóteles). • Qualidade de ideias (semelhante ao pensamento de Aristóteles). • Suficiência e poder de persuasão de evidências. • Impacto da voz autoral. Gostaria de acreditar que, se ler esses livros com uma perspectiva como a minha, você concordará com esses quatro elementos. Seguindo a metodologia de Aristóteles, o próximo passo seria organi- zar a lista por ordem de importância. Se eu tivesse feito isso há 30 anos, antes de me tornar um publicador, teria colocado qualidade da expressão e voz autoral no topo da lista. Mas naquela época meu critério baseava-se somente em meus objetivos como escritor. Como escritor, meu objetivo era a apreciação (e, sim, os elogios) de outros escritores que admirava. E eles eram mestres em expressão e voz autoral. Quando me tornei publicador, percebi que elogios de pessoas inteligen- tes não era meu único objetivo. Para manter meu emprego (e fazer com que o negócio crescesse) eu tinha que identificar e treinar escritores que pudes- sem produzir best-sellers: livros, newsletters e copies. Assim que adotei essa perspectiva, ficou claro que a qualidade da expressão não poderia ficar no topo da lista. Depois de uma conversa que tive com Bill Bonner, compreendi que o mais importante deveria ser a qualidade das ideias. Bill é um grande escritor. Ele também é o responsável pelo maior impé- rio de publicação de newsletters do mundo. Um dia, conversávamos sobre o que havia de errado com os textos que víamos na filial britânica. E Bill achava que seria uma boa ideia dar a nossos escritores diversos exemplos de boa escrita. Foi fácil escolhê-los. Eles eram de escritores populares (ou seja, de escri- tores cujas newsletters eram vendidas de forma fácil e em grande quanti- dade), que produziam ensaios que nós admirávamos. “O que você admira no trabalho deles?”, perguntei a Bill. “Gosto das ideias”, ele disse. “É isso o que me empolga. Suas ideias são cuidadosas, inteligentes e úteis. Quando as leio, é com uma expectativa boa. Eu sei que vou adquirir uma nova ideia ou perspectiva que me ajudará a pensar sobre o assunto abordado.” “Bem, é isso aí”, eu pensei. Logo depois, comecei a importunar nossos escritores com minha primei- ra definição de uma boa escrita de não ficção. “A boa escrita é a expressão de boas ideias”, eu dizia. “Se você puder ter ideias excitantes, úteis e plau- síveis de forma consistente, será um bom escritor.” Essa definição foi útil por muitos anos, mas acabei concluindo que não era suficiente. Alguns dos escritores novatos com quem eu trabalhava eram habili- dosos no desenvolvimento de ideias úteis e excitantes. Mas sua forma de expressão era tediosa e confusa. Era impossível encontrar suas boas ideias a não ser que o leitor tivesse tempo e comprometimento para se livrar de todo lixo verbal em volta delas. Esses escritores tinham a habilidade mais importante, mas não sabiam apresentar suas ideias de forma clara e breve. Assim, consegui estabelecer os dois primeiros elementos: qualidade das ideias e claridade de expressão. Sobraram suficiência e poder de persuasão das evidências e o impacto da voz autoral. No último ano, tenho pensado bastante sobre esses elementos e tenta- do ver como eles fazem parte da produção dos escritores mais bem-suce- didos da lista. E conclui que os dois têm mais ou menos o mesmo nível de importância. É impossível ser um escritor bem-sucedido sem fornecer evidências suficientes para convencer os leitores de que suas ideias estão corretas. E muito disso vem da autoridade e da confiança na voz. A maioria dos bons escritores são melhores em um dos elementos, mas o escritor ideal tem os dois: o hábito de pesquisar para fornecer muitas provas e a experiência para escrever usando uma voz que seja verdadeira e plausível. Agora é hora de apresentar minha nova e melhorada definição de boa escrita de não ficção: Boa escrita é a expressão clara de ideias excitantes e úteis sustenta- das por evidência convincente e apresentadas por uma voz autêntica. Como usar esse conceito nos ensaios que você escreve e/ou publica? Use estas orientações: • Não comece a escrever antes de ter uma ideia excitante e útil. Você pode fazer isso pensando em sua própria experiência. No entanto, com frequência, será preciso complementar suas ideias lendo muito. • Assim que tiver a ideia, é preciso passar dias analisando-a para garantir que ela seja tão boa quanto parece. Muitas ideias que parecem boas se mostram medíocres depois de uma pequena reflexão. • Quando tiver certeza de que sua ideia é sólida, reúna muitas evidên- cias que a sustentem. Essas evidências podem ser fatuais, mas também podem ser anedóticas. Se uma imagem vale mais que mil palavras, uma história tem o peso de mil fatos. • Por fim, livre-se de todos os parágrafos, frases e palavras que não são essenciais para sustentar sua ideia. Se fizer isso, poderá se tornar um grande escritor... ou pelo menos escrever um grande texto. Sete atributos de um grande editor de saúde. Jenny Thompson - 7 de julho de 2015 A maior diferença entre os editores de newsletters financeiras e de saúde é o benefício essencial oferecido ao leitor. Ambos podem oferecer esperança, mas editores financeiros prometem um futuro de riqueza. A mensagem da saúde é a promessa de esperança em face da doença, da perda da juventude ou da beleza, do excesso de peso ou mesmo da morte. Dessa forma, o editor financeiro ajuda o leitor a obter ganhos, enquan- to o editor de saúde ajuda o leitor a se livrar de problemas que invadiram uma vida saudável. Com essa diferença essencial em mente, veja sete atri- butos de um bom editor de saúde. 1. Modos Nas finanças, cada leitor tem o mercado em comum. Independentemente do desempenho do portfólio de um leitor individual, o editor pode mostrar se o mercado como um todo (ou parte dele) é bullish ou bearish. Na saúde, não é assim. Muitos leitores podem compartilhar uma doen- ça, mas cada leitor vivencia os sintomas de forma única. O leitor quase sempre se volta para si … ele quer saber de sua situação, de como viver melhor ou prolongar a vida. Por isso, o editorial de saúde precisa ser muito mais pessoal. E, como um bom médico faria, o editor precisa ter modos. 2. Otimismo eterno Em finanças, é comum pensar que “sempre há um bull market em algum lugar”. De acordo com essa ideia, independentemente do desempe- nho de seu portfólio, há uma possibilidade de ganhar dinheiro. A habilidade de comunicar otimismo constante também é um sinal de um bom editor de saúde. O leitor diagnosticado com uma doença grave não pensa em nada além disso. O dia está cheio de notícias ruins, e as notícias ruins não param de chegar. No entanto, o mundo da cura permite que diversas soluções funcionem de forma diferente para cada pessoa. Um bom editor percebe que, se uma abordagem não funciona, é possível recomendar outra. (“Tudo bem... essa estratégia não funcionou com sua dieta e estilo de vida. Vamos tentar outra coisa.”) 3. Credenciais sólidas Entre editores financeiros, uma linhagem de prestígio, uma faculdade de elite, um cargo de trading no Goldman Sachs, um MBA, uma década em um fundo de hedge... tudo isso ajuda. No entanto, nada disso importa tanto quanto um track record estelar. Na saúde, não há corolário do track record. Autoridade concreta e reconhecível é mais importante. Quanto mais credenciais, melhor. Editores financeiros podem ser maluquinhos. Eles podem ter histórias divertidas sobre construir um império do nada. Mas, apesar de precisar de uma boa personalidade, o editor de saúde deve tomar cuidado para não parecer maluquinho. O editor de saúde escreve menos sobre si mesmo e mais sobre doenças e soluções. 4. Zero erros Em finanças, alguns erros são esperados. Perdas ocasionais são inevi- táveis. Admitir derrotas, explicar motivos e prometer ganhos futuros são uma forma sensata de proceder. Em saúde, faz menos sentido admitir os erros. Se o editor fizer isso, o leitor ficará mortificado. Em quem ele pode confiar? É uma maneira fácil de o editor perder credibilidade e acabar com a esperança. Ele precisa procu- rar outras soluções para os leitores até encontrar algo que funcione. 5. Grandes temas Editores financeiros com frequência se concentram em um ou dois temas principais. No entanto, se o editor tiver carisma e um bom track record, talvez isso não seja necessário. Em saúde, se concentrar em uma única fonte de diversos problemas – e de curas nesse escopo – ajuda a deixar a newsletter única. Os leito- res entendem a base científica do editor e a conectam com a solução. Eles pensam: “Talvez eu possa usar isso para me sentir melhor”. 6. Simplificação da ciência Algumas das inovações mais importantes na área de saúde envol- vem processos muito técnicos. É função do editor de saúde descrevê-los de forma simples. 7. Uso de menos vilões Em finanças, não há falta de vilões. Relações comerciais entre países, impostos e regulações, competição selvagem entre empresas... a lista quase não tem fim. Em saúde, há menos vilões. Na maior parte do tempo, o editor fica preso a doenças, ao FDA e às grandes farmacêuticas. Não é produtivo falar mal dos médicos convencionais porque os leitores ainda precisam deles. E leitores querem que tanto o editor quanto os médicos estejam a seu lado. É importante ser contrario em conteúdo, não em atitude. O editor preci- sa se diferenciar oferecendo soluções que os médicos comuns não têm. E elas precisam ser interessantes. Usando suspense para criar continuidade. Mark Ford - 7 de julho de 2015 Você conhece as sequências de novelas? É uma estratégia inteligente para aumentar a audiência, a lealdade e o interesse do expectador e, por fim, as vendas. É uma técnica que roteiris- tas de novelas de sucesso usam há décadas para fazer com que o público sempre volte. O conceito é simples: em vez de deixar cada produto separado, você os conecta para criar uma narrativa com tensão contínua. Em vez de terminar cada texto de forma definitiva, você apresenta uma ideia que explicará em detalhes no próximo texto. No primeiro capítulo (ou texto), você pode apresentar um problema ou fazer uma promessa – fortes o suficiente para prender toda a atenção do leitor. No lead, você promete solucionar o problema ou cumprir a promessa. E, depois, você faz tudo o que for possível para manter sua palavra, forne- cendo uma ideia boa e útil. Esse processo satisfará a curiosidade do leitor. Ele deve ficar grato pela ideia, mas não totalmente satisfeito porque ele precisa voltar. Depois de fornecer uma ideia útil, sugira um pequeno problema rela- cionado a ela e prometa explicar mais sobre o assunto no próximo capítulo. Repita a operação a cada capítulo. Escritores de novela fazem isso criando diversos enredos secundários que terminam em situação de suspense (cliffhanger), quando o episódio acaba com o herói pendurado – geralmente, em sentido figurativo – em um penhasco. Para descobrir se (e como) ele sobrevive, é preciso assistir ao próximo episódio. Usando suspense para criar continuidade. No editorial, é possível fazer a mesma coisa. Você só precisa de uma big idea grande o suficiente para gerar diversos ensaios sobre o mesmo assun- to, além de diversos problemas ou questões relacionados à ideia. A big idea é apresentada no primeiro ensaio. Ela deve seguir a Regra do Um (uma ideia, uma história, uma emoção útil e uma ação pretendida), mas, antes de completar seu primeiro texto, você menciona um problema ou questão que será explicado na publicação seguinte. Essa estratégia é perfeita para lançamentos de produtos e gauntlets de boas vindas. Como você sabe com antecedência os pontos fortes e fracos da ideia que está vendendo, pode trabalhá-los no copy. Dessa forma, você poderá escrever copies poderosos e convincentes. Com exceção do último texto da sequência, cada um deles será incompleto. Ao criar essas sequências, pergunte-se o seguinte: 1. Que resultado seu cliente ideal deseja alcançar? 2. De que elementos ele precisa para alcançar esse resultado? 3. O que você pode fornecer para deixá-lo mais perto de alcançar o resultado almejado? 4. Qual é seu maior medo (ou medos) que o impede de chegar ao resul- tado final? O objetivo é satisfazer o leitor e deixá-lo querendo mais. Como dar um teaser da próxima edição de sua newsletter. Brian Hunt - 7 de julho de 2015 Uma boa newsletter deve ser como um romance. Ela deve conectar temas e dar dicas, usando frases como: “Falarei mais sobre isso na próxi- ma edição”, ou “Planejo falar mais sobre outra ação que se beneficia dessa situação”. “Estou terminando minha pesquisa neste exato momento”... ou “Algo interessante acabou de acontecer no setor XYZ. Falarei mais sobre o assunto na próxima semana.” Veja um exemplo de teaser da The 12% Letter: A edição de julho da The 12% Letter sai na semana que vem. E teremos uma recomendação excitante… Meu companheiro de pesquisas Mike Barrett e eu encontramos um novo oleoduto MLP, ou master limited partnership. Como alguém que investe para obtenção de renda, você provavel- mente conhece MLPs. Elas gozam de vantagens fiscais por obterem 90% de sua receita de fontes qualificadas. A maioria dessas fontes qualificadas são oleodutos e outras empresas relacionadas ao setor de energia, que não pagam imposto de renda corporativo. Com frequência, grandes porções de seus dividendos são classificados como “retorno de capital”. Isso permite que você adie o pagamento de impostos até a venda da MLP (sempre consulte um profissional antes de investir nesse tipo de ação). E, como assinante da The 12% Letter, você já deve conhecer os detalhes de MLPs de oleodutos… MLPs de oleodutos estão no centro do que chamamos de “American Industrial Renaissance“ ou AIR (Renascença Industrial Americana). A AIR se baseia na enorme oferta de gás natural na América do Norte, a qual tivemos acesso graças a novas tecnologias de perfuração. Essas novas descober- tas de gás natural transformaram os mercados de energia americanos... e já lucramos com uma das maiores empresas dos EUA e do Canadá: Williams Partners (NYSE: WPZ). Como dar um teaser da próxima edição de sua newsletter. Nossa nova recomendação está bebendo dessa tendência... atualmen- te ela paga 8,2% de dividend yield. É um valor muito alto. E, como mostrarei na semana que vem, ainda é um dos investimentos mais rápidos e seguros que você vai encontrar. Melhor ainda, o pagamento de dividendos aumenta- rá nos próximos anos. Essa nova MLP de oleoduto é apenas uma das melhores ações de oleo- dutos que você pode ter hoje. E, como mostraremos, ela trata os acionistas bem melhor do que a maioria das ações... e do que a maioria das MLPs de qualquer tipo. Veja a próxima edição da The 12% Letter na próxima quinta. Teasers como esse são ótimos. Mas cuidado para não exagerar... do contrário, soará artificial. Queremos só um pouco de exagero, ou seja, “dicas” interessantes sobre o que virá a seguir. Use uma série de gauntlets para apresentar o editor. Myles Norin - 7 de julho de 2015 Os editores que estão nesse negócio há muito tempo ficam cansados de se repetirem... eles desejam explorar novas ideias, sentem que já disse- ram o principal e não precisam revisitá-lo. No entanto, temos uma taxa de abertura de 25% na maioria dos casos, além de grandes taxas de churn e turnover. Por isso, apenas uma pequena parcela das pessoas que leem nossas newsletters se lembrarão de qual- quer coisa dita há mais de seis meses. E, em um ano, teremos um público completamente diferente lendo nossos textos. É por isso que insisti tanto na série de gauntlets introdutórios. No início de uma assinatura, o gauntlet apresenta o editor ao leitor por meio de diver- sos contatos. Seu objetivo é trazer o editor para a conversa. Dessa forma, os leitores não chegam no meio da história, e o editor não precisa ficar se repetindo. Assim que o relacionamento é estabelecido, os editores se sentirão confortáveis para explorar novas ideias, mas, quando as taxas de churn são tão altas e as de abertura são tão baixas, o gauntlet é definitivamente necessário. Exiba-se sem ser tachado de exibido. Robert Cialdini - 7 de julho de 2015 Se você for como a maioria das pessoas, quando sabe muito sobre um assunto, fala o tempo todo sobre ele. Mas, quando você tem as credenciais para se apresentar como autoridade em um tema, há um grande dilema a ser superado. Quando você tenta transmitir toda sua expertise e convencer as pesso- as de seu ponto de vista, elas podem não gostar tanto de você e se sentirem menos inclinadas a seguir seus conselhos. Com autopromoção descarada fora de questão, o que um expert de verdade pode fazer? Uma opção é fazer com que alguém fale sobre você. Essa abordagem é bastante aceita por palestrantes, autores, intérpretes e outros comunicado- res. Se outra pessoa apresentar seus méritos e credenciais para o público, será mais fácil convencê-lo a ouvir o que você tem a dizer, o que evita os danos causados pela autopromoção. Idealmente, essa pessoa deve ser um “crente verdadeiro” em suas habi- lidades e conhecimento, além disso ela deve se oferecer para dizer a todos quão inteligente você é na esperança porque acredita em sua capacidade de tornar o mundo um lugar melhor. Mas sua mãe nem sempre está dispo- nível. Em vez disso, você pode contratar um representante. Será que as pessoas não vão desconfiar das palavras de um represen- tante pago o elogiar? Não se cometerem um dos erros mais comuns que as pessoas cometem, o que psicólogos sociais chamam de erro fundamental de atribuição: ao observar o comportamento de uma pessoa, tendemos a não dar muito peso ao papel que fatores situacionais (por exemplo, dinhei- ro) desempenham na formação do comportamento. Em uma série de estudos conduzidos por Jeffrey Pfeffer e dois colegas, nós argumentamos que as pessoas não desconsideram essa opinião tanto quanto deveriam, o que significa que pagar um intermediário para enalte- cer suas habilidades provavelmente é uma forma eficiente de persuasão. Em um desses estudos, pediu-se aos participantes que se imaginassem no cargo de editor sênior. Nesse papel, teriam que lidar com um experiente autor de sucesso. Eles deveriam ler trechos da negociação de um adianta- mento considerável. Um grupo leu trechos de enaltecimento do autor feitos pelo agente, o outro leu comentários idênticos feitos pelo próprio autor. Os dados confirmaram nossa hipótese: participantes avaliaram o autor de forma mais favorável em quase todos os aspectos, principalmente simpatia, quando os elogios vinham do agente. Essa pesquisa confirma que ter um terceiro habilidoso o apresentando é uma estratégia eficiente na transmissão de expertise. Sempre que possí- vel, o terceiro também deve negociar condições de contrato e remuneração em seu lugar. Também recomendamos que, ao dar uma palestra para um público novo, peça que um terceiro o apresente. Recentemente, tivemos a oportu- nidade de trabalhar com uma imobiliária que usava essa abordagem com resultados muito positivos. A imobiliária tinha um departamento de locação e um de vendas. Os clientes que telefonavam eram atendidos por uma recepcionista que, ao identificar o departamento com o qual a pessoa precisava falar, dizia: “Você precisa falar com Judy”, ou “o departamento de vendas pode ajudá-lo... vou transferir para o Sheldon.” Em resposta à nossa recomendação de que os funcionários deve- riam ser apresentados com a menção de suas credenciais, a recepcionista começou a dizer: “Você precisa falar com Judy, que tem mais de 15 anos de experiência neste bairro. Vou transferir a ligação.” Ou: “Vou transferir para o Sheldon, nosso gerente de vendas. Sheldon tem mais de 20 anos de expe- riência em venda de imóveis. Recentemente, ele vendeu uma imóvel muito semelhante ao seu.” Há quatro pontos importantes a elencar. • Primeiro, tudo o que a recepcionista diz sobre seus colegas é verda- de. Judy tem 15 anos de experiência e Sheldon é um de seus vende- dores mais bem-sucedidos. Mas se Sheldon ou Judy dissessem isso para os clientes, soariam arrogantes e pareceria que só desejam se vender, o que não seria tão convincente. • Segundo, não parece importar que a apresentação venha de alguém com conexões claras com Judy e Sheldon, os quais se beneficiam desse tipo de apresentação. • Terceiro, a técnica é muito eficiente. Judy, Sheldon e seus colegas rela- taram um aumento significativo no número de reuniões agendadas. • Por fim, é importante notar que a intervenção foi, em grande parte, sem custos. Todos conheciam a grande qualificação dos funcionários da imobili- ária. Todos, com exceção das pessoas mais importantes – os clientes em potencial. Mas e se não for prático pedir que outra pessoa o elogie? Há alguma forma sutil de demonstrar que você é competente sempre precisar dizer isso com todas as letras? Sim. Por exemplo, nós fomos abordados por um grupo de profissionais da saúde frustrados porque seus pacientes não faziam exercícios importantes para o processo de cura. Por mais que eles tentassem mostrar a importân- cia dos exercícios, os pacientes raramente seguiam as instruções. Quando pedimos para dar uma olhada no consultório, duas coisas chamaram aten- ção: não havia credenciais na parede – ou em nenhum lugar. Depois que dissemos a eles para colocar suas credenciais em lugares que os pacien- tes pudessem ver, os profissionais da saúde identificaram uma grande diferença. A lição? Exiba seus diplomas, certificados e prêmios para quem deseja conven- cer. Você conquistou essas credenciais e elas o ajudarão a conquistar a confiança de seu público. Porter Stansberry - 7 de julho de 2015 são: Os segredos de uma e-letter de sucesso, de acordo com a S&A Digest, 1. Seja pessoal. O remetente deve ser claramente identificado como o líder da franquia. Fico maluco quando vejo que quase nenhuma publicadora mostra quem está escrevendo a e-letter diária. Faça com que escrita seja pessoal. O nome do remetente faz diferen- ça. Era muito difícil identificar o que Bill havia escrito na The Daily Reckoning. Eu sempre conseguia encontrar seu texto, mas era difícil. O mesmo acontecia com a ETR. A nova carta de Mark é muito melhor porque o leitor sabe, desde o início, quem está escrevendo. Uma boa regra de ouro: coloque uma história pessoal em cada carta. Algo que faça os leitores acreditarem que você é uma pessoa de verdade, escrevendo em um dia real de sua vida. A anedota deve ser exci- tante ou autodepreciativa. Como aquela vez em que bati o carro na minha própria garagem… 2. Seja romântico – no sentido literário. O autor deve ir a lugares incrí- veis e ter uma vida emocionante… 3. A escrita deve ser ótima, não apenas boa. Use todas as técnicas que Bill nos ensinou nos últimos anos – histórias, detalhes, ações etc. 4. Invista o tempo e a energia necessários. Melhore seu produto editorial Não há atalhos. constantemente. Os leitores da Digest sabem que me importo muito com a qualidade de nossa análise. Eu não deixo de criticar nossos produtos. Avalio a newsletter honestamente todos os anos. Seus leitores continuarão leais se acreditarem que você está se esforçando. Demita os editores que não apresentem um bom desempenho. Contrate novas pessoas. Melhore sua equipe constantemente. Mark Ford - 7 de julho de 2015 Por trás de todo grande texto, há um grande editor. “A terra inútil”, de T.S. Eliot melhorou muito com a edição de Ezra Pound. Eliot ficou tão impressionado com o trabalho que dedicou o poema a ele. “Paris Trout” (de Pete Dexter) e “A bright and shining lie” (de Neil Sheehan) eram manuscritos emaranhados quando foram entregues a Robert Loomis, editor-chefe da Random House. Seu papel foi essencial para a qualidade da obra final. Loomis editou as obras de muitas estrelas da Random House, incluindo William Styron, Maya Angelou, Daniel Boorstin e Calvin Trilling. Ele tinha o talento de extrair o melhor dos livros ao desafiar as ideias do autor. Loomis era tão bem-sucedido que os representantes da Random House conven- ciam livrarias a vender algumas obras simplesmente dizendo que eram “livros de Loomis”. Quando se trata de copy, as publicadoras da Agora entendem o valor da edição. O processo pelo qual cada copy passa permite que nossos copywriters compitam com (e frequentemente superem) muitos dos melho- res e mais bem pagos copywriters do mundo. Mas as publicadoras da Agora parecem acreditar que textos edito- riais são menos importantes. Pelo menos essa é a conclusão a que Bill e eu chegamos. Às vezes, vemos textos que parecem não ter passado por nenhuma edição. Não é difícil identificar textos não editados. Os sinais são frases confusas, parágrafos grandes demais e erros de gramática, ortografia e pontuação. O que mais me incomoda é ver ensaios que nunca deveriam ter sido publicados. Estou falando de ensaios que podem ter ideias inteligentes, mas não são interessantes ou úteis. Sempre há desculpas. A agenda é apertada. Os escritores sofrem com prazos. Às vezes, não há notícias novas. Mas nada disso é capaz de nos redimir. A publicadora é responsável por produzir editorial de qualida- de consistentemente. Para fazer isso, é preciso criar um processo editorial eficiente. A falta de edição rigorosa na Agora se deve em parte à nossa história. Quando comecei aqui, no início da década de 1990, a maioria de nossos escritores eram gurus de investimento independentes que tinham suas próprias publicadoras. O papel principal da Agora era vender suas news- letters, não melhorá-las. E a maioria dos gurus com quem trabalhávamos não acreditava que poderia melhorar o estilo e a qualidade de sua escrita. Se tiver a chance de ler as newsletters que publicávamos naquela época, você verá que a qualidade da escrita variava bastante. Alguns de nossos escritores (como Doug Casey e Jim Davidson) eram muito cuidado- sos na edição de seus próprios textos. E eles consistentemente publicavam textos ótimos. Outros escreviam na última hora e era quase impossível ler o que escreviam. Bill e eu escrevíamos cartas para esses gurus dando sugestões que pudessem ajudar a melhorar o texto, mas éramos ignorados. Os escrito- res eram ignorantes, preguiçosos ou arrogantes demais para ouvir nossos conselhos. Os escritores que não acreditavam na edição não estão mais aqui. Suas newsletters não poderiam se manter competitivas ao longo do tempo. Uma a uma, elas foram eliminadas. Atualmente, os escritores da Agora competem em um nível muito mais elevado. A maioria deles entende a importância da edição. Ainda assim, alguns parecem satisfeitos com a publicação do primeiro rascunho de seus textos. Eu era assim quando comecei a escrever para a Early to Rise. Eu acha- va que toda ideia que tinha era boa. Frequentemente publicava ensaios sem permitir que ninguém os lesse antes. Quando tive uma conversa com Alex Green, mudei minha forma de pensar. Eu disse como gostava de seu estilo. “Você tem um talento natural para a clareza”, eu disse. “E sempre apre- senta ideias interessantes.” “Não é nada natural”, ele disse. Ele me contou que editava seus textos três ou quatro vezes antes de enviá-lo. E, mesmo depois disso, ficava feliz com as críticas de terceiros. Senti que ele estava tentando dizer algo sobre meu estilo. Depois disso, nunca mais publiquei um ensaio sem relê-lo pelo menos duas vezes. Quanto um texto deve ser editado? Ovídio disse que você nunca deve publicar um texto antes de tê-lo editado pelo menos sete vezes em um período de sete anos. Provavelmente é verdade, caso sua intenção seja escrever algo que dure 2 mil anos. Mas, para nossos objetivos – educar, inspirar e motivar – três edições em três dias devem ser suficientes. Por que três? Porque há três tipos diferentes de edição: 1. Copidesque – revisar à procura de erros de gramática, estilo, uso e pontuação. O copidesque livra o material de tudo o que atrapalha e dificulta a leitura. 2. Edição funcional – revisar à procura de erros estruturais e de retó- rica. Erros de retórica envolvem lógica, provas e outras técnicas de persuasão. Erros de estrutura envolvem coerência, consistência, unidade e redundância. O objetivo aqui é garantir que o argumento seja sólido e plausível. 3. Edição de valor – avaliar a ideia fundamental do texto. O objeto dessa etapa é responder a uma pergunta simples: vale a pena publi- car essa ideia? Você pode comparar o processo de edição com a fabricação de uma joia. Um bom joalheiro sabe que pode maximizar lucros fazendo três coisas: • Selecionando as melhores gemas que puder pagar. • Cortando-as e polindo-as para se livrar das imperfeições. • Colocando-as em uma joia de forma a mostrar suas melhores qualidades. Da mesma forma, o editor só deve permitir que as boas ideias sejam publicadas. Essas ideias devem ser apresentadas de forma lógica e convin- cente. E não devem ter nenhuma imperfeição que distraia o leitor. Primeiro passo: edição de valor Dos três tipos de edição, esta é a mais importante. Ela precisa ser feita no início do processo editorial por uma pessoa experiente que escreva bem e entenda de marketing. Algumas publicadoras pedem que seus escritores enviem seus textos diretamente a funcionários júnior para o copidesque, mas esse é um erro. O copidesque faz seu melhor dentro de seu escopo: gramática, pontuação e estilo. Mas isso não é suficiente. Depois disso, o ensaio “final” é enviado para a publicadora. O que costuma ocorrer é uma batalha entre o escritor e a publicadora. O texto vai e volta, e pouco é feito de fato. O resultado final é perda de tempo, nervos à flor da pele e um texto que nem sempre foi melhorado. Essa situação pode ser remediada se os editores sênior fizerem a edição de valor logo após o primeiro rascunho. Edição de valor é um processo de três passos. Veja como ele é feito. Passo 1. Determine se vale a pena publicar o ensaio. Para que mereça ser publicado, um ensaio deve conter uma ideia que valha a pena. Já falamos muito sobre a “big idea” na Agora. Mas uma ideia que vale a pena não precisa ser necessariamente grande. Ela pode ser pequena. Eu li uma ideia assim hoje. O escritor argumentava que investir em ações é melhor do que investir em imóveis. Para ele, empresas podem mudar e gerar lucros continuamente. Mas o valor dos imóveis fica limitado ao valor da propriedade. Por isso, não vamos usar o termo “big idea” no contexto da edição de valor. Vamos usar o termo ideia que vale a pena. Disso, surge a questão: o que é uma ideia que vale a pena? A resposta, é claro, depende. Depende do público-alvo. Para decidir se uma ideia vale a pena, o editor pergunta: “Quanto nossos leitores conhecem esse assunto? Qual é seu nível de interesse?” Depois ele pergunta: “Essa ideia parecerá nova e excitante? Fará com que os leitores se sintam felizes ao ler o ensaio? A ideia os incitará a agir de acordo com as orientações do escritor?” Como disse, tudo isso deve ser determinado no início do processo edito- rial. Sugiro pedir que o escritor envie as primeiras cem palavras do texto. Todo bom texto apresenta a ideia principal nas primeiras cem palavras. Se o escritor tiver uma ideia que vale a pena, ela deve estar lá. Se não estiver, provavelmente ele não tem nenhuma ideia boa. Passo 2. Livre-se de ideias concorrentes. O fracasso na apresentação de uma ideia que vale a pena é o maior e o mais comum problema dos primeiros rascunhos. O segundo maior proble- ma é se afastar da ideia essencial apresentando outras ideias ou fatos desnecessários. Grandes ensaios quase sempre apresentam uma única ideia que vale a pena. O escritor pode (e deve) apresentar ideias secundárias se elas ajuda- rem a explicar ou validar a ideia principal. Mas não deve haver ideias essen- ciais concorrentes. Ter mais de uma ideia enfraquece o ensaio. É fácil para o editor retirar ideias que competem entre si. Ele simples- mente lê o texto pensando na Regra do Um. De acordo com essa regra, todo ensaio só pode ter uma ideia que vale a pena. E ela deve transmitir uma única emoção útil que direcione o leitor a uma ação desejada. A maneira mais eficiente de fazer isso é começar com o objetivo final em mente. O editor pergunta: “Qual ação desejada o leitor deve realizar?” O escri- tor deseja que o leitor compre uma ação ou um suplemento? Ele deseja que o leitor fique ciente de alguma verdade importante? A resposta fornecerá a emoção desejada – uma emoção que seja útil para provocar a ação almejada. Com isso em mente, ele lê o rascunho, tomando nota de ideias e histórias que suscitem uma emoção diferente e menos útil ou que desencadeie uma ação que não é desejada. Passo 3. Apresente a ideia com o melhor lead possível. Além de ler levando em conta a Regra do Um, o editor analisa a primei- ra centena de palavras do ensaio e se pergunta: “Essa é a melhor maneira de apresentar essa ideia?” No livro Great leads, John Forde e eu descrevemos seis arquétipos de leads que os grandes copywriters usam para seduzir o leitor: • O lead de oferta. • O lead de promessa. • O lead de solução de problemas. • O lead do grande segredo. • O lead de revelação. • O lead de história. Esses leads funcionam bem na escrita editorial. Sabendo o que deseja que o leitor faça e que emoção provocará a ação com mais eficiência, o editor pode discernir rapidamente se o escritor esco- lheu o melhor lead possível. Apesar da edição de valor ser a mais importante, ela é a mais rápida. Geralmente pode ser feita em menos de cinco minutos. Ela é tão rápida porque o editor não lê o ensaio parágrafo por parágrafo. Ele o escaneia em busca da resposta a três questões: 1. A ideia essencial merece ser publicada? 2. Em caso positivo, o ensaio está de acordo com a Regra do Um? 3. O escritor apresentou a ideia com o melhor lead possível? Ao fazer isso, o editor garante que o ensaio é sólido e que tem uma ideia que vale a pena apresentada de maneira convincente. Segundo passo: edição funcional A edição funcional, como eu disse, verifica a estrutura e técnicas retó- ricas de persuasão. Ela se trata de descobrir se o ensaio tem uma moldura que sustente a ideia apresentada. A edição funcional deve ser feita depois que a ideia essencial já foi considerada valiosa. Trabalhar na estrutura e na retórica antes disso é um desperdício. A edição funcional é mais demorada que a edição de valor. O editor precisa ler o ensaio com cuidado e tomar notas. Ele deve ler em dois níveis: primeiro, precisa seguir a linha de pensamento do escritor; segundo, precisa perceber suas próprias reações à linha de pensamento. É preciso analisar se o ensaio, parágrafo a parágrafo, é envolvente e plausível. Chamo essa etapa de edição funcional porque o editor julga quão bem o ensaio funciona. A edição de valor já foi feita, então ele sabe que a ideia essencial vale a pena e que o texto começa com o lead certo. O lead já foi avaliado considerando a Regra do Um. A Regra do Um preconiza os objeti- vos editoriais de unidade e consistência. Se o lead tem unidade e consistên- cia, fica muito mais fácil deixar o resto do ensaio da mesma forma. Nesse momento, o editor avalia se o resto do ensaio tem unidade, consistência e credibilidade. Ele precisa fazer duas perguntas importantes: 1. O ensaio é envolvente em todos os parágrafos? 2. Ele é persuasivo? Editar a estrutura e a retórica era um processo difícil, mas foi facilitado pelo CUB Review, uma técnica inventada por Mike Palmer. O CUB Review, como o Peer Review, é uma maneira eficiente de um editor júnior fornecer feedback valioso ao escritor. Enquanto o Peer Review identifica a força do lead, o CUB Review identifica fraquezas no resto do ensaio. Para fazer um CUB Review, é preciso ler todo o ensaio, seguindo a linha de pensamento do escritor. Você deve buscar suas próprias reações negativas ao ler o texto. Faça isso marcando C, I ou T (confuso, inverossímil ou tedioso, em tradução livre do inglês CUB) ao lado dos parágrafos que possuírem essas características. Diferentemente do Peer Review, aqui não é preciso fornecer alternati- vas, basta dizer ao escritor que ele cometeu um grave erro funcional. Parágrafos considerados confusos precisam ser mais claros. Parágrafos considerados tediosos precisam ser deletados. E parágrafos considerados inverossímeis precisam de sustentação retórica e mais provas. No CUB Review, um editor júnior pode identificar falhas funcionais em uma única leitura. Consertá-las é função do escritor. Terceiro passo: cortar e polir A primeira edição leva alguns minutos. A segunda, não mais de meia hora. Um editor sênior deve fazer a primeira edição, mas seu investimento de tempo é muito pequeno. Por isso, ele será capaz de revisar toda produção de seu grupo. Considerando a importância da edição de valor, esse é um grande benefício. Um editor júnior pode fazer a segunda edição. Assim, o texto terá 80% do almejado. O processo elimina as ideias ruins e garante que as ideias boas sejam apresentadas de forma forte, consis- tente e convincente. Por fim, o copidesque é o tipo de edição menos importante e mais demorado. O processo de copidesque elimina erros e melhora a prosa. Trata-se de garantir que a gramática esteja correta e que a linguagem seja clara. O objetivo é fazer com que o texto seja prazeroso e de fácil compreensão. Um copidesque faz seu trabalho quando conhece bem certos aspectos da língua inglesa. Ele é um especialista em gramática, pontuação e orto- grafia. Ele estuda estilo e uso. Se você gosta de escrever, pode aprender o básico: gramática, pontu- ação e ortografia. Você deve estudar muitos livros sobre o assunto. E deve escolher um, talvez o The Chicago Manual of Style ou o The New York Times Manual of Style and Usage, como leitura essencial de seus escritores. Se tornar um especialista nessas áreas não fará de você um grande editor, apenas um especialista em muitas regras. Algumas dessas regras ajudarão o copidesque a eliminar erros formais (saber quando usar “porque” ou “por que”). Algumas ajudarão a minimizar a confusão (“descrição” versus “discrição”). Algumas ajudarão a deixar o estilo mais envolvente (voz passiva versus voz ativa). Mas nenhuma dessas regras fará da escrita e da edição consistentemente boas. Para isso, você precisa fazer da edição de valor sua prioridade. Hora das previsões. Bill Bonner - 12 de dezembro de 2008 É quase fim de ano. Hora das previsões! Nossos leitores estão apreensivos. Eles não sabem o que esperar no próximo ano... não sabem com o que se preocupar... ou o que fazer. Nosso trabalho é fornecer respostas... No editorial… … e no marketing. A melhor época para fazer isso é ANTES do fim do ano. Por isso, tente pensar em boas previsões para 2009 AGORA. Lembre-se de que previsões são como segredos e promessas. Elas precisam ser fresquinhas e novas... e não podem revelar demais, cedo demais. Elas precisam ser emocional e intelectualmente instigantes... suge- rindo algum tipo de benefício ao leitor. Idealmente, elas devem levar a outros produtos e serviços. Por exemplo, se você disser aos leitores de uma newsletter de recursos humanos que o desemprego está subindo... seria bom oferecer um relató- rio ou uma conferência sobre “Como reduzir a folha de pagamentos... sem demissões”. Ou, se você tem um serviço financeiro e prevê que “Ouro vai disparar com o aumento da máquina pública”, talvez seja bom oferecer “Serviço de Timing do Ouro...” que diz quando comprar e quando vender para o maior lucro possível. Acho que deu para entender. Cada mensagem deve seguir os quatro P’s (Picture, promise, proof, payoff): uma promessa para começar... uma imagem que explica a promessa... provas que convençam o leitor... e o pagamento ou resultado, quando os leitores devem partir para a ação. Previsões exigem pagamentos. É claro que eles podem ser emocionais ou intelectuais, bem como financeiros ou ocupacionais. Mas não gostamos de becos sem saída. Sempre deixa algo para o leitor fazer... mais para ler... mais para pensar ... mais para pensar... algum lugar para ir... e uma solução. Duas formas de estruturar uma newsletter. Mark Ford - 7 de julho de 2015 Há duas maneiras de estruturar uma boa newsletter: 1. O formato de tema único – concentra-se em um único tema e é seme- lhante a um ensaio. Costuma ter oito páginas, com cerca de 500 palavras por página. Se houver gráficos ou tabelas, pode chegar a 10 ou 12 páginas. Mas o material “escrito” não pode ultrapassar 5 mil palavras. 2. O formato de revista – cobre muitos assuntos, um ou diversos deles em profundidade. Costuma ter de 16 a 24 páginas e um total de 8 mil a 12 mil palavras. O primeiro formato é melhor... se você for capaz de produzi-lo. Vamos falar sobre ele mais detalhadamente. Os melhores ensaios de tema único costumam ser feitos por pessoas inovadoras. Especialistas. Escolher o tema é um desafio. O objetivo não é apenas “cobrir” os pontos principais. É preciso fazer com que o leitor pense, é preciso motivá-lo para que ele parta para a ação. O leitor precisa ser lembrado do que o fez pagar para receber seu texto. Ao mesmo tempo, ele precisa ficar feliz por estar lendo o que você escreveu. Uma newsletter de tema único precisa cumprir um dos requisitos a seguir: • Apresentar uma oportunidade nova ou aparentemente nova. • Fornecer uma solução nova ou aparentemente nova para um problema. De vez em quando, ela pode ser um convite para participar de uma experiência valiosa. Veja três regras que você deve seguir: Duas formas de estruturar uma newsletter. 1. O lead deve ser emocionalmente envolvente. 2. O corpo do texto não deve se desviar da ideia da virada ou do bene- fício apresentado no lead. Tudo que não seja relacionado à ideia ou ao benefício deve ser deletado. 3. No fim, o leitor deve receber conselhos específicos e práticos que fluam do texto. Como você pode ver, uma boa newsletter de tema único é semelhan- te a uma carta de vendas. Se a edição for boa, ela poderá ser facilmente convertida em copy. O segredo do sanduíche de frango autoreplicativo. Dan Denning - 7 de julho de 2015 Aqui na Austrália, Brian York descobriu como gerar renda com textos que, de outra forma, seriam usados apenas uma vez. Ele está usando headlines e leads de newsletters em anúncios, o que é tão óbvio que parece banal. Por que não fazemos mais isso? Talvez este- jamos fazendo. Ele também enviou um artigo da Diggers and Drillers como e-mail dedicado. O resultado foram AUD 80 mil em receita nas últimas seis semanas – ótimo para uma empresa do tamanho da nossa. Eu chamo essa estratégia de sanduíche de frango autoreplicativo. É uma maneira de aumentar o ROI do editorial. No setor de restaurantes, sempre que um sanduiche de frango é vendido, alguém que recebe por hora precisa fazê-lo utilizando ingredientes novos. O trabalho e a matéria-prima são utilizados em todas as unidades. No setor de newsletters, o texto é escrito apenas uma vez, mas pode ser vendido milhares de vezes se for muito bom. Nós não usamos nosso editorial para vender, em parte porque ele não é bom o suficiente e em parte porque o tratamos como matéria-prima a ser enviada ao copywriter. Não estou sugerindo que essa seja uma maneira de eliminar o copywri- ter, mas nossa descoberta tem a ver com o que discutimos há alguns anos no Internet Summit: É possível usar o editorial para gerar vendas ou e-mails de forma mais eficiente. Você provavelmente ganharia mais dinheiro com uma boa carta de vendas, mas essa é uma aplicação direta do que Bill e Mark sempre defen- deram... você deve conseguir vender uma newsletter só com seu lead e a headline. Para nós, o mês passado é uma evidência direta de que é possível. Você só precisa fazer o peer review do editorial de um escritor que já seja bom para aumentar sua qualidade um pouco mais. Se fizer isso, será mais fácil determinar quanta receita o editor está gerando. Auto-renovações e débito direto fizeram das taxas de renovação um indicador menos confiável da qualidade do editorial. Eles também, em minha opinião, diminuem o padrão do editorial. A seguir, leia o editorial que Brian enviou. O principal (lead) artigo da edição foi enviado como e-mail dedicado para a lista da Daily Reckoning. No fim, havia um link para o formulário de compra. Usamos o editorial em anúncios na versão em HTML da The Daily Reckoning e da Money Morning para gerar uma receita que não viria de outra forma. Um anúncio especial da The Daily Reckoning Australia A edição de março da Diggers & Drillers está on-line Choque do Petróleo 2008 Três razões para entrar hoje ante da próxima grande mudança no petró- leo por Al Robinson Caro leitor, Desde a última vez que escrevemos, a crise energética da África do Sul piorou. Condições adversas na China causaram apagões. A Venezuela ameaça reter o estoque de petróleo de seu maior cliente, os Estados Unidos. E, no Texas, outra refinaria americana explodiu, interrompendo a produção. É um caos. É como se o fim do mundo tivesse chegado... cedo e sem convite. Arrisco dizer... esse é o tipo de coisa que vai continuar acontecendo no futuro. Pode parecer assustador, mas há boas notícias. Você e eu talvez nunca vejamos esse tipo de oportunidade de investimento novamente. A escassez global de energia pode estar apenas começando, e o preço da energia está subindo. Tudo pode piorar. Vou explicar o que quero dizer com “piorar”. Especialistas que ilustram a ideia de um pico no petróleo, com frequên- cia, gostam de argumentar com um gráfico da produção global. Esse gráfico tem a forma de sino, subindo devagar e caindo devagar em direção ao futu- ro, de forma simétrica. Muitas pessoas acreditam que estamos no topo. Algumas pessoas também acreditam que, quando o declínio começar, ele não será tão brando. A vida real com frequência não é tão sutil... branda... ou curvilínea. Ela não desliza. A vida real é salpicada de eventos raros e explosivos de alto impacto. A vida depois dos picos de produção de petróleo terá rupturas, pois nossos sistemas de energia inadequados começaram a ter dificuldade para lidar com as mudanças. O declínio não será constante e brando. Quando cada um dessas bombas explodir, alguém posicionado corretamente poderá ganhar dinheiro. Você sabe do que estou falando. As dificuldades da Eskom no forneci- mento de energia para a África do Sul não foram tranquilas ou curvilíneas. A infraestrutura insuficiente da empresa deixou um país inteiro no escuro por uma semana e os mineradores sem trabalhar por mais tempo ainda. Ela também possibilitou que o preço da platina subisse 38%. A China cortou as exportações de carvão por causa do inverno incomu- mente frio, o que causou grande impacto no estoque mundial de carvão, que já era baixo. Nada disso tem sido tranquilo ou em forma de sino. O preço do carvão australiano disparou. Ele já subiu 49% desde o fim de janeiro. Os eventos sobre os quais você lê todos os dias têm algo em comum. Eles aconteceram sem aviso e proporcionaram grandes lucros. A queda da Eskom não foi nada parecida com uma curva de sino... foi mais como uma falha no monitor cardíaco. Mas ela aconteceu apenas uma vez. Um choque curto e intenso. Ficar de fora esperando o sinal de uma tendência lucrativa no setor ener- gético não vai trazer nada. A vida é assim. Essas coisas acontecem de forma muito rápida. Ninguém vai dizer quando a próxima Eskom vai acontecer. Se você deseja estar no lado certo, entre no mercado e espere a hora de agir. Os retornos que você consegue sendo paciente e fiel a sua estratégia podem ser espetaculares. Então, qual é essa estratégia que se desenha? Leia o resto da edição aqui. Se começar sua peça editorial como Brian fez nesse exemplo, você poderá avaliar se ela é boa: o texto vende a newsletter ou não? Simples. Se não vender, não é bom suficiente. Nem todos os editores desejarão fazer o teste... mas ele é útil. Também é bom para o editor novo, pois ele terá um incentivo direto para produzir textos de mais qualidade, afinal, há um benefício claro: quan- to melhor sua newsletter for, quanto mais vendas gerar, melhor (e mais justa) sua compensação será. Cinco regras básicas para escrever uma Carta de Vendas. Mark Ford e Mary Ellen Tribby - 7 de julho de 2015 1. Não tente catequisar. Pregue para o convertido. Tentar vender um relógio para quem nunca comprou esse tipo de produ- to antes é uma batalha penosa na melhor das hipóteses. Na maior parte do tempo, uma carta de vendas deve ser dirigida a compradores comprovados – pessoas que já demonstraram interesse em comprar produtos e serviços semelhantes ao que você está vendendo. 2. Comece pelo cliente. Muitos copywriters cometem o erro de gastar muito papel vendendo e promovendo o produto, descrevendo todas as suas características deta- lhadamente. Lembre-se de que seu cliente em potencial não se importa de verdade com o produto. Ele se importa consigo mesmo e quer saber como o produto pode ajudá-lo. Pergunte-se: “Em que um cliente padrão está pensando? O que tira seu sono? Quais são seus sonhos?” Descubra as respostas para essas pergun- tas e sua carta de vendas nunca ficará muito longe de acertar o alvo. 3. O lead – a headline e os primeiros parágrafos do copy – repre- senta 80% da venda. Em termos de tamanho (ou seja, número de palavras), o argumento de vendas e a “oferta” constituem cerca de 80% a 90% da carta de vendas. No entanto, o lead – que constitui apenas de 10% a 20% do total – é a parte com maior impacto na venda. O lead tem a maior força porque é o que conquista o cliente em poten- cial e o convence a continuar lendo. Se o lead for bem escrito (ou seja, se tiver um apelo emocional forte em relação ao produto), escrever o resto do argumento de vendas (convencer o cliente em potencial de que o desejo de comprar o produto é racional) é relativamente fácil. Cinco regras básicas para escrever uma Carta de Vendas. 4. Mesmo com um lead forte, você pode estragar a venda. O leitor entusiasta está disposto a desconsiderar erros e omissões menores em seu argumento de vendas porque deseja acreditar que sua oferta faz sentido. No entanto, você pode estragar a venda se for descuida- do. Uma das maneiras mais comuns de ser descuidado é fornecer provas insuficientes de seu argumento sobre o valor do produto. 5. Deixe todas as ofertas irresistíveis. Termine sua carta de vendas com uma oferta irresistível, boa demais para ser recusada. Escreva até doer. Bill Bonner - 7 de julho de 2015 Eu escrevo a The Daily Reckoning todos os dias. Começo às 7h30 e só trabalho nela, sem interrupções – exceto quando tomo um chá – até as 11h. São 3h30 de trabalho de escrita. Às vezes, tenho dois prazos para cumprir... o da DR às 11h e, algumas horas mais tarde, o prazo da coluna semanal que escrevo para a MoneyWeek. É melhor não parar. Se paro para almoçar ou para fazer qualquer outra coisa, acabo me distraindo. É difícil recuperar a concentração. Para mim, o que funciona é entrar no ritmo da escrita e não permitir que nada me distraia. Trabalho até as 3h da tarde e só paro para tomar chá. Acredito que essa estratégia seja muito produtiva... mas, às vezes, lá pelas 2h, eu começo a sentir dor de cabeça. E, quantr. Na verdade, acho que trabalho melhor quando minha cabeça está doendo! A ideia de uma imagem poética envolvente. Mark Ford e Will Newman - 7 de julho de 2015 Ezra Pound definiu imagem poética como “aquilo que apresenta certo complexo intelectual e emocional, num determinado instante”. Veja o poema que ele escreveu em 1913. Numa Estação de Metrô* A aparição destas faces na multidão; Pétalas num ramo orvalhado e escuro. O poeta está em uma estação escura do metrô, esperando por um trem. Ele olha para a plataforma e vê outras pessoas que também esperam. De repente, ele é dominado pelo sentimento de que todas as pessoas fazem parte de um todo belo e natural. A ideia e a emoção que animam o poema atingem o leitor ao mesmo tempo em que surgem na mente do poeta. É um tipo de feito “A-ha!”. E é isso o que escritores persuasivos devem fazer: articular a ideia de maneira tão poderosa e eficiente que seja impossível resistir a ela. O escri- tor quer seduzir o coração e convencer o cérebro. Ele quer ser convincente emocional e intelectualmente num determinado instante. * Tradução de Fabio Malavoglia Quatro maneiras de acrescentar urgência ao copy. Bob Bly - 7 de julho de 2015 Headlines e copies funcionam melhor quando contêm um senso de urgência – um motivo para que o leitor aja imediatamente. Veja quatro maneiras fáceis, com exemplos, de acrescentar urgência a seu copy: 1. Prometa resultados rápidos: Livre-se da dor nos pés – em apenas 7 dias! 2. Estabeleça um prazo para a oferta: Para obter o Produto X, você deve responder até 15 de fevereiro. Depois disso será tarde demais. 3. Ofereça um bônus para quem responder rapidamente – um presen- te extra para quem responder nos próximos 10 dias: Aja agora e receba um bônus GRÁTIS – uma entrevista exclusiva em vídeo com Katherine Harris, não disponível em lojas. 4. Acrescente um elemento temporal: Como ganhar US$ 100.000 trabalhando de casa este ano Os quatro U’s: Uma regra para criar ótimas headlines. Mark Ford - 7 de julho de 2015 Os quatro U’s descrevem as características essenciais de todas as headlines eficientes: 1. Urgência: A headline deve dar ao cliente um motivo para agir imediatamente em vez de esperar. 2. Utilidade: A headline deve se conectar aos interesses do cliente prometendo um benefício valioso para ele. 3. Unicidade: A headline deve sugerir que a oferta é diferente de tudo o que existe. 4. Ultraespecificidade: A headline deve ser tão precisa quanto possível, utilizando fatos e dados numéricos. O segredo dos quatro U’s é ilusoriamente simples, mas se sua headli- ne possuir esses quatro elementos, você prenderá a atenção do cliente em potencial, o tentará com um benefício, estabelecerá credibilidade e o incen- tivará a ler o resto do argumento de vendas. Às vezes, uma ótima headline é difícil de ser explicada. Veja a headline do Reality Check, de Gary North: “Bartenders asiáticos em uma taverna americana”. Como causa curiosidade! Como resistir a um teaser como esse? O que é interessante nela, do ponto de vista da propaganda, é o que ela não faz. Ela não: • Promete fama, dinheiro, perda de peso etc.; • Fala sobre benefícios; • Afirma um fato impressionante com um benefício implícito; • Anuncia uma previsão que pode trazer lucros. Então o que ela faz? Por que é tão interessante? Os quatro U’s: Uma regra para criar ótimas headlines. Ela cria uma imagem peculiar – quase cinematográfica. Os olhos da mente veem um tipo de bar americano com pessoas sentadas. Atrás do bar, há dois ou três homens ou mulheres asiáticos. Por que são todos asiáticos? Por que estão trabalhando neste lugar tão americano? Você não tem ideia do que vai descobrir enquanto esse filme passa pela sua cabeça, mas tem certeza de que será algo inteligente. Você está pres- tes a ouvir algum tipo de storytelling incrível – talvez de Quentin Tarantino ou David Lynch. Você não sabe como o enredo seguirá, mas sabe que será interessante. Isso é escrita de qualidade, e escrita de qualidade com frequência desa- fia todas as regras. Evitando a maldição do conhecimento. Chip & Dan Heath - 7 de julho de 2015 Especificidade, também conhecida como concretude, é algo poderoso. Por que, então, os escritores caem tão facilmente na abstração? O motivo é simples: porque a diferença entre um especialista e um novato é a habilida- de de pensar abstratamente. Novos jurados ficam impressionados com a personalidade do advoga- do, com elementos factuais e com rituais jurídicos. Juízes, por sua vez, pesam o caso em que trabalham de acordo com lições abstratas de casos passa- dos e com o precedente legal. Estudantes de biologia tentam se lembrar se répteis põem ou não ovos. Professores de biologia pensam em termos do grande sistema de taxonomia animal. Novatos enxergam detalhes concretos como detalhes concretos. Especialistas percebem detalhes como símbolos de padrões e de insights que aprenderam em anos de experiência. E, como são capazes de um alto nível de insight, naturalmente querem falar dessa forma. Eles desejam falar sobre estratégias de xadrez e não sobre bispos se movendo diagonalmente. E é aqui que nosso clássico vilão, a Maldição do Conhecimento, se insere. A pesquisadora Beth Bechky estudou uma empresa que projetava e construía maquinaria complexa para a produção de chips de silicone. Para construir tal maquinaria, a empresa precisava de dois tipos de profissionais: engenheiros que pudessem criar projetos e trabalhadores habilidosos que pudessem tirar esses projetos do papel. Se a empresa quisesse ser bem-sucedida, os dois grupos precisavam se comunicar sem esforço. Mas, previsivelmente, eles falavam línguas dife- rentes. Os engenheiros tendiam ao pensamento abstrato e passavam dias agonizando sobre desenhos e manuais. A equipe de produção, por outro lado, tendia a pensar mais fisicamente e passava a maior parte de seus dias construindo máquinas. O que é mais revelador em relação à Maldição do Conhecimento é o que acontecia quando algo dava errado na produção. A equipe de produção às vezes se deparava com um problema – uma peça que não se encaixava ou talvez a máquina não recebia energia suficiente. Os produtores levavam o problema aos engenheiros, e os engenheiros começavam a trabalhar. Especificamente, eles se concentravam em ajustar seus projetos. Por exemplo, a equipe de produção poderia se deparar com uma parte que não se encaixava na máquina. Quando mostrava essa parte para os engenheiros, eles pegavam seus manuais e projetos e tentavam mudar as formas. Em outras palavras, os engenheiros instintivamente pulavam para um maior nível de abstração. Os engenheiros, Bechky percebeu, tornavam seus desenhos “cada vez mais elaborados” na esperança de que isso facilitasse o processo para os produtores. Com o tempo, os desenhos se tornavam mais abstratos, o que piorava a comunicação. Os engenheiros estavam se comportando como turistas americanos que viajam para o exterior e acham que serão compreendidos se falarem inglês mais devagar e mais alto. Eles estavam sofrendo da Maldição do Conhecimento, tinham perdido a habilidade de imaginar como era para uma pessoa não técnica observar um desenho técnico. A equipe de produção desejava que os engenheiros apenas fossem ao chão da fábrica e mostrassem onde cada parte deveria ir. E o pesso- al da engenharia estava pensando no que fazer para deixar os desenhos melhores. Como resolver esse problema de falha de comunicação? Ambos os lados deveriam ter mais empatia pela outra parte e, em essência, se encon- trar no meio? Na verdade, não. A solução, de acordo com Bechky, é a mudança de comportamento dos engenheiros. Por quê? Como ela observa, a máquina física foi o mais eficiente e relevante domínio da comunicação. Todos enten- dem as máquinas fluentemente. Logo, problemas devem ser solucionados no nível das máquinas. Como copywriters, é fácil nos perdermos quando escrevemos como experts. Começamos a sofrer com a Maldição do Conhecimento. Para nós, pode parecer artificial falar concretamente sobre algo que dominamos há anos. Mas, se estivermos dispostos a fazer um esforço, veremos as recom- pensas: nosso público entenderá o que queremos dizer e se lembrará do que dissermos. A moral da história é não “emburrecer as coisas”. (A equipe de produção enfrentava problemas complexos e precisava de respostas inteligentes.). Mas a verdadeira moral da história é encontrar uma “linguagem universal”, uma que todos falem fluentemente. Inevitavelmente, a linguagem universal será concreta. Ganhe muito mais – e trabalhe menos. Mike Palmer - 7 de julho de 2015 A cada seis meses, eu calculo os royalties de nossos copywriters. E, quando estava somando o total do primeiro semestre, houve algu- mas surpresas. Alguns copywriters do grupo ganham MUITO com royalties. Outros não ganham quase nada. Por quê? Bem, a resposta basicamente se resume a um ponto. Para ganhar mais dinheiro como copywriter… você simplesmente precisa escrever mais copies. Nada surpreendente. Mas como fazer isso? Bem, essa é a grande questão… Acredite ou não, você não precisa se esforçar mais ou trabalhar mais horas do que está fazendo agora. Provavelmente, pode trabalhar ainda menos. O segredo é simplesmente se tornar mais eficiente. No mundo do copywriting, eficiência = dinheiro. Uma de nossas copywriters, por exemplo, é um modelo de eficiência. Só este ano, ela criou três blockbusters para serviços que custam mais de US$ 1 mil, uma promo para uma newsletter introdutória de US$ 99, uma ofer- ta especial de renovação, uma promo de um programa de software, uma “série de boas-vindas” para uma de nossas cartas introdutórias (incluindo cartas de upsell) e uma campanha pay-per-click do Google. E o trabalho não foi feito de qualquer jeito nem com pressa. Uma das promoções que ela fez se tornou nossa campeã de vendas. Como resultado, ela recebeu um recheado (e muito merecido) cheque de royalties. (Eu quase me esqueci de mencionar que ela vem trabalhar da Virgínia e gasta 90 minutos para chegar, três vezes por semana). Nós dois conversamos sobre por que seu desempenho foi tão diferente este ano. Ela adotou o que acredito serem os três segredos dos copywriters ricos e eficientes. Se você conseguir adotar esses hábitos, provavelmente ganha- rá todo o dinheiro de que precisa trabalhando apenas algumas horas por dia. Veja o que fazer… Segredo #1: Desconecte-se de seu e-mail Se verifica seu e-mail assim que chega ao trabalho – e depois diversas vezes durante o dia – você desperdiça uma grande quantidade de tempo. Recomendo que dê uma olhada nos e-mails de manhã, só para ver se não há nada urgente. (Passe menos de cinco minutos na tarefa.) Depois, desco- necte-se até a hora do almoço... e desconecte-se novamente até uma hora antes do fim do dia. E-mails são a maior distração no trabalho e um grande desperdício de tempo. Nenhum de nós precisa checar e-mails mais de duas ou três vezes por dia. Navegar na internet é quase tão ruim quanto o e-mail. Além da pesqui- sa normal que você precisa fazer, recomendo que limite o tempo na internet a 30 ou 60 minutos por dia... ocupe esse tempo lendo as notícias, observan- do os mercados… etc. Segredo #2: Escreva de manhã, sem distrações Eu pensava que não era uma pessoa matinal. Agora sei que as manhãs são o melhor momento para escrever e pensar. Acredito que todos seriam mais eficientes se aprendessem a trabalhar logo cedo, antes de diversas distrações aparecerem. Prometo que, se você conseguir se tornar uma “pessoa matinal” e sair da cama logo cedo, vai ganhar muito mais dinheiro. Essas primeiras horas são muito valiosas. Sua mente está tranquila. Não há barulhos. Mesmo que o resto do dia seja desperdiçado, ainda assim você terá feito algo signifi- cativo. (Isso não significa que você precisa trabalhar mais horas... é apenas uma questão de mudar seus horários. Trabalhe primeiro, depois faça outras coisas.) Gary Bencivenga, um dos melhores copywriters dos últimos 20 anos, faz isso. Ele escreve por uma “Super-Hora” todos os dias... mesmo aos fins de semana e feriados. Eu nunca marco uma reunião ou compromisso de manhã. Manhãs são o momento de escrever, pensar e editar. Tardes são para ler, pesquisar, fazer reuniões, resolver problemas, exercitar-se, ir ao médico, fazer ligações etc. Segredo #3: Use o truque de 33 minutos, de Gene Schwartz. Achei essa ideia ridícula quando a ouvi pela primeira vez. Mas a tenho utilizado por cerca de três anos e descobri que é a melhor maneira de escre- ver muito e com rapidez. Marque 33 minutos no timer. (Não há nada mágico sobre o número 33… às vezes, faço 40 minutos… mas nunca mais do que isso.) Ligue o timer. No período de 33 minutos, não faça nada além de escrever ou editar o copy no qual está trabalhando. Não cheque seu e-mail. Não atenda ao telefone. Não pesquise nada na internet. Essa é a única regra – você não pode levantar da cadeira. A única coisa que você pode fazer é escrever ou editar. Às vezes, você ficará sentado um tempo e não saberá o que fazer. Mas, como é obrigado a ficar lá pelos próximos 33 minutos, acabará mexendo em seu texto. E, antes que perceba, o timer vai tocar e os 33 minutos terão passado. Neste momento, pare o que está fazendo, mesmo que estiver no meio de uma frase. Faça uma pausa de pelo menos cinco minutos. Depois, ligue o timer novamente. (Só não se esqueça de que essa técnica só faz sentido quando você está escrevendo e editando, não quando precisa pesquisar, o que não exige tanto esforço mental ou concentração.) Se fizer seis dessas sessões de 33 minutos por dia (são apenas três horas), você produzirá uma quantidade incrível de copies. É uma maneira extremamente eficiente de escrever. Poucos copywriters conseguem escre- ver três horas por dia completamente sem distrações. Aí está: três maneiras de se tornar mais eficiente, trabalhar menos horas e ganhar mais dinheiro. Eu não inventei nenhuma dessas técnicas, mas as utilizo há anos. E posso afirmar que elas mudarão sua vida se você as testar. Três gafes mortais em copywriting. Clayton Makepeace - 7 de julho de 2015 Vamos começar com os três erros mais comuns que vejo até copywri- ters experientes (inclusive eu!) cometerem – e, é claro, como evitá-los … Gafe #1: Headlines “Eu-também” Vejo esse tipo de coisa o tempo todo quando leio copies. Se eu ler sua headline e disser: “Qualquer um poderia dizer isso”, estou sendo apenas gentil. O que realmente quero dizer é “Essa headline é uma porcaria. Refaça tudo”. Vamos ver como garantir que nunca digam esse tipo de coisa sobre as headlines de seus anúncios… A headline mais comum – a de benefício direto – geralmente se concen- tra no benefício que, em sua opinião, será mais valorizado pelos leitores. No entanto, há muitos competidores astutos cujas headlines prome- tem benefícios similares ou idênticos aos seus. Provavelmente você poderia pegar as headlines deles, colá-las em seu anúncio e ninguém perceberia a diferença! Então, o que fazer? Simples: use sua headline para diferenciar seu produto – ela precisa ser melhor do que a da concorrência e fazer com que os clientes em potencial acreditem que a competição é uma imitação barata. “Mas Clayton, como faço isso?”. Veja o que você pode tentar… 1. Seja único. Todo mundo fala sobre “Proposta Única de Vendas”, mas a maioria das headlines “PUV” que vejo não contém nenhuma Proposta Única de Vendas! De acordo com Rosser Reeves, o “pai” da PUV, uma Proposta Única de Vendas deve atender aos seguintes critérios: • Conter uma proposta única (um benefício pelo qual as pessoas este- jam dispostas a pagar); • Conter um benefício que seja único (não a mesma coisa que a concor- rência diz sobre os produtos dela); e • Vender – deve ter força o suficiente para “mover as massas”. Vejo muitas headlines que alardeiam um benefício. E, na maioria dos casos, esses benefícios são algo pelo qual as pessoas estão dispostas a pagar. Mas headlines que diferenciam o produto apresentando um benefí- cio realmente único são tão raras quanto um trevo de quatro folhas. Quando digo “benefício único”, quero dizer um benefício pelo qual as pessoas estejam dispostas a pagar e que a concorrência não possa prome- ter (ou não esteja disposta a prometer). Pense: qual fato passa despercebido e faz com que seu produto seja mais rápido do que o da concorrência? O que o torna mais conveniente, mais eficiente, com melhor custo-benefício ou mais barato? Incorpore essas ideias em sua headline e veja a taxa de resposta disparar! 2. Seja específico Fatos específicos em uma headline fazem muito mais do que dar credi- bilidade ao produto. Eles têm o poder de dar uma aura de singularidade a seu produto e, dessa forma, deixá- lo muito à frente da concorrência. A concorrência pode afirmar que tem um produto melhor. Mas, se você incluir especificidades que provem que seu produto é melhor, você venceu! Uma headline de um sistema de perda de peso que diga “Perca peso rapidamente!” não faz nada para diferenciar sua empresa ou seu produ- to. Qualquer um pode dizer o mesmo. E provavelmente é isso o que estão fazendo. Acrescentar especificidades afiadas – quantificar os resultados prome- tidos – pode fazer com que eles ganhem vida: “O primeiro suplemento do mundo que COMPROVADAMENTE elimina 8 quilos de banha – banha da sua barriga, quadris e coxas – em 30 dias ou MENOS!” Pense: quanto seu produto é mais rápido? 20%? 40%? Duas vezes mais rápido? Quanto tempo seu cliente vai economizar? 15 minutos por dia? 45? Cinco horas por semana? Quanto dinheiro ele vai economizar – e com que frequência? De quanto será a redução aos riscos de saúde ou quanto os sintomas serão aliviados? Carregue sua headline com essas especificidades diferenciadoras e fique muito à frente no jogo. 3. Use advertorials. Muitas headlines de benefício deixaram de funcionar tão bem quanto no passado. Por quê? A resposta não deve surpreender … Todos os dias, seu cliente em potencial é bombardeado com toneladas de anúncios publicitários. Na caixa de e-mails, pelos Correios, em todos os sites que visita, na TV e no rádio, nos jornais e revistas, até na caixa de leite e de cereais. Dos milhares de anúncios que o cliente vê todos os dias, centenas têm headlines orientadas a benefício. E muitos deles (talvez a maioria dos anún- cios na internet) terão headlines que prometem benefícios absurdamente exagerados. Benefícios em que ninguém – muito menos quem os escreveu – acredita. Em um ato de pura autodefesa, o cliente em potencial aciona as defe- sas antipropaganda de seu cérebro até o nível 99. Ele está alerta e pronto para se defender contra a enxurrada de bobagem que recebe, ignorando ou enviando para a lixeira tudo que se pareça com um anúncio. Qual é a solução? Como chegar ao cliente? Com advertorials… Um advertorial é simplesmente uma promoção que parece ser uma revista de autoajuda, um relatório especial ou um folheto. Começa da mesma forma que eles começariam: com uma headline e um copy de abertura que trazem valor para a vida do cliente gratuitamente... simplesmente porque ele os leu. O copy continua para cumprir a promessa da headline ao fornecer ao leitor informações valiosas que o empoderam e o ajudam a acabar com seus medos e frustrações ou colaboram para que ele realize um desejo. Depois de demonstrar sua expertise e honestidade fornecendo infor- mações valiosas gratuitamente, você oferece a ele mais do mesmo de graça – geralmente como um presente de agradecimento por testar seu produto. Copies de advertorials derrubam as defesas antipublicidade do cliente da mesma forma que Rommel derrotou a Linha Maginot na Segunda Guerra Mundial: eles se insinuam ao redor das defesas do cliente abordando seus medos, frustrações e desejos mais profundos. Já escrevi muito sobre advertorials – e pretendo escrever ainda mais. Por enquanto, falarei apenas sobre escolher um tema. Quando digo tema, estou falando do foco geral do advertorial. Nos mercados de investimento, por exemplo, seu tema pode ser as grandes oportunidades de lucro com o aumento da taxa de juros... o aumento do preço do ouro ou do petróleo... ou a ascensão da China e da Índia. Veja quais são as regras que gosto de seguir quando procuro um tema para advertorials: • A oportunidade deve ser única. Resista à tentação de criar temas “eu-também” para seus advertorials. Se o melhor controle da concor- rência é sobre a alta no preço do ouro, e você utilizar o mesmo tema, só conseguirá migalhas. • A oportunidade ou perigo deve ser iminente. Aprendi essa lição da maneira mais difícil. Se seu tema falar sobre um perigo ou oportuni- dade que estiver a anos de distância, você será massacrado. • As consequências devem ser pessoais. Nem é preciso dizer, mas temas fortes sempre têm implícitas grandes recompensas pessoais pela leitura do copy ou punições pela não leitura. Temas que fazem o cliente pensar “E daí?” são perdedores garantidos. Gafe #2: O lead enterrado. Nem sei quantas vezes li cartas de vendas com títulos e leads apenas razoáveis e encontrei ideias bombásticas de leads na página 4, 8 ou 14. Poucos escritores conseguem identificar esse tipo de problema em seu próprio copy. Quando terminam de fazer o primeiro esboço, seu olhar está muito perto do texto para que possam enxergar certas coisas. Tenho sorte, possuo uma arma secreta que instantaneamente identifi- ca leads enterrados em meu copy: Wendy. Nunca deixo ninguém ver meu copy até que ele tenha atingido certo nível de qualidade. Então Wendy o lê e só depois eu o mostro às outras pessoas. Wendy tem o dom de saber como o cliente em potencial vai se sentir ao ler cada passagem do copy. Ela identifica boas ideias imediatamente. Além disso, ela gosta muito de mostrar as partes chatas ou vagarosas. O que você disse? Você não tem uma Wendy? Não, você não pode pegar a minha emprestada. Mas pode encontrar um fac-símile razoável – alguém que concorde em criticar seu trabalho se você fizer o mesmo em troca. Até que você encontre um parceiro de copy, ler seu próprio texto com um olhar crítico já será útil. Preste atenção a subtítulos, frases ou ideias que chamem mais sua atenção do que o lead. Gafe #3: Visão embaçada. Outro dia, analisei uma promo que prometia uma coisa, mas entrega- va outra. Ela começava oferecendo um benefício de saúde. Mas, depois da headline, passava a uma investida de cinco páginas contra as farmacêuticas. Clientes em potencial que escolheram continuar lendo por causa da headline se sentiriam enganados. Esse foi um grande erro que precisou ser resolvido rapidamente. Com ainda mais frequência, vejo copies que desviam tanto do assunto principal que é impossível não se perguntar o que o copywriter tinha fuma- do quando escreveu o texto. Meu conselho: tenha um mapa mental antes de entrar no carro com o cliente em potencial. Saiba em que ponto começar e para onde ir. Depois, faça a rota do caminho mais rápido para ir do Ponto A ao Ponto B. Crie uma cadeia lógica inquebrável e irrefutável – começando com uma premissa em que o cliente já acredita. Isso cria um ponto em comum. Depois, apresente cada nova ideia com muitos elementos de prova para que ele sempre concorde com você. Leve-o pela mão. Não permita que ele se pergunte onde você quer chegar. Nunca faça com que ele se sinta confuso ou perdido. Nunca faça com que ele tenha de se esforçar para entender o resultado disso tudo. Os dois erros mais comuns cometidos por copywriters. Mark Ford - 7 de julho de 2015 Reviso copies há mais de 30 anos. E cheguei à conclusão de que dois dos erros mais graves em um texto são também os mais comuns. Esses erros são: 1. Não se concentrar em uma ideia única e forte. 2. Não ser específico ao criar o argumento de vendas. Já escrevi sobre o primeiro erro muitas vezes. E a técnica que sugeri para “consertá-lo” é a Regra do Um. De acordo com a Regra do Um, gran- des promoções (e grandes textos editoriais) se concentram em apenas uma ideia. Uma grande ideia. Para sustentá-la, uma história singular e muito bem escrita é bastante útil. Além disso, o escritor deve sempre pensar desde o início sobre o resultado que deseja atingir. O resultado é a ação que o leitor precisa realizar. O segundo erro, falta de especificidade, também é fatal. Mas a solução óbvia – ser mais específico – é mais difícil de ser ensinada. Pelo menos era assim que eu pensava até ver uma apresentação de Mike Ward sobre o assunto. Veja um trecho do copy com o qual Mike começou… Caro leitor, Os maiores bancos de investimento do mundo estão juntando forças para um grande ataque concentrado em um setor específico. Eles poderão lucrar bilhões de dólares. Mas, mais importante, suas movimentações no mercado podem render ganhos rápidos de 50% nos próximos 30 dias. E, enquanto a investida no mercado ganha momentum, mostrarei como você pode alavancar posições para multiplicar seus ganhos. Você pode facilmente ter ganhos de mais de 1.500%… … o suficiente para transformar um investimento básico de US$ 5.000 em US$ 75.000. E você não terá que fazer muita coisa para ganhar esse dinheiro. Porque, assim que os Grandes deixarem as coisas do jeito que desejam, você só preci- sará assistir enquanto eles aumentam cada vez mais os seus lucros. Vou mostrar exatamente o que estou falando. Há pouco tempo, eu estava fazendo algumas pesquisas on-line… quan- do vi uma informação que quase me fez cair da cadeira. Era o tipo de coisa que talvez um em cada mil investidores perceba... mas, assim que vi aquilo, identifiquei sua importância. Porque foi assim que eu soube exatamente como os maiores bancos de investimento estavam preparando o mercado para aumentar seus lucros. E eu entendi imediatamente como usar tudo isso para ganhar muito dinheiro. Não é um copy ruim. Mas também não é muito bom. Enquanto eu esta- va lendo, me peguei pensando, “Esse é um copy de vendas. Foi escrito por um copywriter. Ele está tentando me vender alguma coisa. Mas parece que ele não domina muito o tema.” Agora veja o rascunho no qual Mike fez sua mágica… Caro leitor, Bancos de investimento estão preparando um ataque aos mercados neste momento. É uma jogada que poderá colocar 31 bilhões no bolso deles. Apesar desse ataque estar totalmente dentro da lei, alguns insiders, principalmente Richard Smith, diretor de treinamento no CBOE, o estão chaman- do de “o maior roubo de banco da história americana”. Se você pensou em grandes bancos como Goldman Sachs… Ę.P. Morgan Chase… Bank of America… Morgan Stanley… Deutsche Bank… Barclays Capital… Credit Suisse… você não errou, como ficará claro a seguir. Eles já criaram mais de 1.574 posições novas para traders, apenas para executar essa jogada. Eles já prepararam 97 novas mesas de operação em locais-chave, como Houston, Singapura, Hong Kong, Sydney e Calgary. Tudo nos últimos 14 meses. É um tempo recorde. Eles estão vendendo essa operação para fundos de hedge. E estão criando derivativos e produtos “estruturados”. Os bancos estão fornecendo financiamento e até mesmo capital de risco para continuar com a estratégia. Sem dúvidas, esses gigantes de Wall Street sabem como ganhar dinhei- ro. Essa operação garante lucros de US$ 31 bilhões. Pela primeira vez, essas instituições controlam o mercado em que estão operando. Imagine-se como um grande trader em petróleo… você aumenta os preços mantendo os petroleiros lotados (excesso de 4 milhões de barris) em alto mar. Seria possível realizar operações até chegar ao “paraíso financeiro”. É exatamente isso que o Goldman está fazendo – e agora todos os gran- des players o estão seguindo … Está acontecendo tão rápido que vou mostrar a você como lucrar 50% em apenas um mês. E garanto que serão os ganhos mais fáceis desde 2007. É muito mais forte, você não acha? A diferença é a especificidade. O tipo de detalhes que fazem com que a história pareça ter vindo de um verdadeiro “insider”. Você faz alguma dessas 10 bobagens? Gary Halpert - 7 de julho de 2015 Vamos falar sobre bobagens. Era uma vez um cara de marketing cuja sequência de sucessos o trans- formava em uma lenda, em sua própria mente. Ele havia criado diversos anúncios e malas diretas espetaculares. Convencido e arrogante, ele real- mente acreditava que não podia errar. Um dia, o Ousado Jovem resolveu criar uma campanha de resposta direta para um produto que nunca havia vendido antes: um livro de dieta. O cliente, completamente fascinado pelo monstrinho cheio de ego, deu a ele carta branca para criar a campanha. E a primeira coisa que nosso herói fez foi criar um anúncio de jornal de página inteira com muita energia e genialidade. A segunda coisa que ele fez foi criar um comercial de rádio para “anun- ciar seu anúncio”. E os comerciais de rádio foram transmitidos pouco antes da publicação do anúncio de jornal. A terceira coisa que fez, porque estava tão apaixonado pelo próprio trabalho, foi insistir em gravar o comercial ele mesmo. O comercial era assim: Atenção, todos os gordos! Seu lixeiro entrega, em vez de coletar, e grita: “Hora do rango!”? Quando você entra em um elevador, não importa qual botão aperta, ele acaba descendo? Quando você vai ao supermercado, seus vizinhos riem pelas suas costas e dizem: “Aquele porco foi ao mercado de novo!?” Ser gordo não está com nada. Aprenda como se livrar de toda a sua gordura. Leia o Akron Beacon Ęournal. Amanhã mesmo. Procure a página com a grande manchete que diz: O mundo seria um lugar melhor sem gente gorda: Veja como você pode contribuir para se livrar delas. Amanhã no Beacon Ęournal. Não se esqueça de procurar! Tchau, Balofo. O comercial passou no rádio muitas vezes. Era o assunto do momento. Depois de ouvir aquele comercial brilhante, as pessoas de Akron, Ohio, mal podiam esperar pelo curioso anúncio no jornal. No dia seguinte, o anúncio estava lá. Em toda a sua glória. Um copy de página inteira que dizia como as pessoas gordas estão usando os recur- sos do planeta além do que seria seu por direito – como elas precisam de mais comida... mais roupas... mais combustível... mais cuidados médicos... e assim por diante. O anúncio também falava sobre como as pessoas gordas podiam se curar simplesmente solicitando o livro de dieta mencionado (brevemente) no anúncio. Que campanha espetacular! Uma página inteira, além de vários comer- ciais no rádio. Inteligência! Humor! Criatividade! E uma nova abordagem que nunca havia sido usada! E apenas três pedidos! Isso mesmo, meus amigos, depois de toda aquela comoção e de todo aquele gasto, a campanha única e espetacular resultou em um impressio- nante total de três pedidos. Triste, não é mesmo? Pelo menos para o cliente que perdeu milhares de dólares na campanha. O idiota do marketing responsável pelo fiasco financeiro acabou apren- dendo muito sobre o mercado de emagrecimento e sobre como vender livros de dieta. Infelizmente ele fez isso à custa do cliente. Você acha que é justo? Que o cliente deve pagar pela educação de marketing de um cara? Eu também não acho. A não ser que o cara do marketing e o cliente sejam (como é o caso do exemplo que acabei de contar) a mesma pessoa. Isso mesmo, o idiota do marketing que criou essa monstruosidade não era ninguém menos que Sir Gary of Halbert, O Príncipe dos Impressos, O “Número Um”, que às vezes também é chamado de Gary Idiota. Espero que tudo isso tire um pouco do peso das críticas que farei a seguir. Mas chega de tagarelice. Vamos ao ponto principal do texto: as 10 bobagens que talvez você esteja fazendo… Bobagem 1: Buscar novos caminhos quando a estrada já está pavimentada. Reinventar a roda é bobagem. Não fazer a lição de casa é imperdoável. Descobrir o que funcionou no passado ou, melhor ainda, o que está funcio- nando no presente é o primeiro passo que os profissionais de marketing deixam de dar. Isso é irresponsável. A primeira coisa que faço (agora) quando aceito criar uma campanha de mala direta para um novo cliente é analisar tudo o que ele já enviou antes, além de observar os resultados de cada um dos envios. A segunda coisa é fazer o mesmo com a publicidade da concorrência para ver que argumentos e temas estão sendo repetidos. Não tenho tanta certeza de que todas as minhas novas ideias serão melhores do que aquilo que já foi testado e que funciona há um bom tempo. Não. É mais provável que eu me concentre em como intensificar mais eficientemente as ideias de venda que comprovadamente obtiveram o maior número de respostas. Digamos que alguém tenha uma campanha razoavelmente bem-sucedida para um produto feito no Japão. Nesse caso, posso obter muitas moedas de 1 iene (com um dólar, você compra centenas delas), colocar um daqueles selos de alumínio em cada uma das cartas de vendas e escrever o seguinte: Caro amigo, Como você pode ver, coloquei uma moeda de 1 iene no topo desta carta. Por que fiz isso? Há dois motivos. #1. Tenho algo muito importante para dizer e precisava de algo que chamasse sua atenção. #2. O que tenho a dizer tem a ver com dinheiro e foi descoberto no Ęapão, então pensei que um “chamariz japonês” seria adequado. Veja sobre o que estou falando… etc. etc. etc. Os et ceteras representam o espaço que usarei para os argumentos de vendas testados e provados (agora que já consegui a atenção do cliente em potencial!). Bobagem 2: Escrever slogans em vez de copies longos. Não fume. É uma questão de vida e respiração! (life and breath, no original) Odeio pensar sobre quanto dinheiro de publicidade foi desperdiçado nesse disparate. Fumar é um vício. É mais forte que heroína. Você realmente acredita que viciados em nicotina desistirão de seus hábitos porque ouvi- ram esse slogan no rádio? Claro que não. Se realmente quiser uma chan- ce de vender a ideia de desistir do tabaco, seria melhor chegar com tudo. Todas as estatísticas, todos os perigos para a saúde e todos os benefícios de parar de fumar. Uma vez, uma garota disse: “Nossa, por que você não me disse que fumar deixa a pele horrível? Eu teria parado há muito tempo!” Não é impres- sionante? Para ela, a aparência era muito mais importante do que a amea- ça de câncer de pulmão. E, esse pequeno fato, que também é verdadeiro para milhões de fuman- tes, passa totalmente despercebido dos médicos. O mesmo pode acontecer com qualquer coisa que você esteja tentando vender. Um copy nunca é longo demais, mas definitivamente pode ser chato demais. E nem venha com a história de Abe Lincoln que, quando lhe pergunta- ram quão longas as pernas de um homem devem ser, respondeu: “Longas o suficiente para alcançarem o chão.” É uma anedota curiosa, mas não é uma premissa válida sobre construir uma campanha de marketing. • Quanto mais você conta, mais você vende… • Quanto mais você conta, mais você vende… • Quanto mais você conta, mais você vende… Bobagem 3: Ser omisso em vez de ser redundante. Tenho certeza de que você percebeu minha tendência a me repetir. Não vou me desculpar por isso. Muitas pessoas (inclusive eu) não precisam aprender algo novo, mas precisam ser lembradas do que já sabem. Lembre-se: você ficará cansado de seus próprios anúncios muito antes do mercado. É loucura mudar uma campanha de sucesso se ela ainda esti- ver funcionando. Mas isso acontece todo dia. “Nós precisamos de algo novo. Algo mais criativo. Uma abordagem revigorante.” Ah, é? Quem disse? Os números? Se não for o caso, não ouse mudar uma campanha vencedora. Se você tem uma vencedora, continue a utilizá-la até que os números digam que você precisa mudar. Considere o seguinte: se você tem uma esposa que ama, aposto que já está seduzindo a mesma pessoa há um bom tempo. Você não acha que é um exagero? Não está ficando cansado de sussurrar as mesmas palavras de afeto? E não está ficando cansado de dizer as mesmas coisas (como “eu te amo”) sempre? Bem, é melhor não parar. Porque, se você parar, sua amada pode come- çar a olhar para os lados em busca do que a concorrência tem a oferecer. E você não vai gostar disso, certo? Bobagem 4: Ser omisso em vez de ser redundante. Sabe de uma coisa? Tenho mais a dizer sobre este assunto. Dá pra acreditar? Quase cometi o mesmo erro que estava descrevendo! Outra forma de ser omisso em vez de redundante é não contar toda a história em todos os anúncios. Nunca acredite que as pessoas (por causa de sua propaganda redundante) estejam tão familiarizadas com os benefí- cios do que você está vendendo a ponto de só precisarem de um lembrete da existência do produto. Isso quase nunca é verdadeiro. Diga tudo todas as vezes! Bobagem 5: Não cometer vários erros baratos depois de uma campa- nha vencedora. Os últimos parágrafos podem ter feito com que você pensasse que eu acredito que “Se não está quebrando, é melhor nem mexer!” Realmente acredito nisso. No entanto, não há nada de errado em melhorar algo. E é preciso fazer testes. Você já conhece os testes que funcionam. Já sabe que deve testar o preço. E as headlines. E as ofertas. E as mídias. E as listas. E assim por dian- te. Mas você sabia que, de vez em quando, deve testar algo que não parece fazer sentido? Veja um exemplo. Quase ninguém coloca anúncios de resposta direta de página inteira em jornais de cidades pequenas porque o CPM (custo a cada mil impressões) é muito alto. Alguns desses jornais têm CPMs que chegam a custar US$ 90, e ganhar o suficiente para cobrir as despesas com preços como esse é muito difícil. Ou era o que eu pensava. Até que fiz o teste e descobri que um de meus anúncios de página inteira poderia gerar de 20 a 30 vezes o custo do anúncio! Levou um tempo, mas descobri por que os jornais pequenos traziam tanto retorno. Por causa dos CPMs, quase ninguém coloca anúncios de resposta direta nele. Consequentemente, quando um anúncio superprodu- zido aparece, chega a um mercado inexplorado. Um anúncio de resposta direta nesses jornais é tão raro que é quase um evento. É como levar uma peça da Broadway para Podunk. Então, depois de ter encontrado um anúncio vencedor, de vez em quan- do teste algo que “não faz sentido”. • Como um preço absurdamente alto; • Ou absurdamente baixo; • Ou uma lista “fora da caixinha”; • Ou uma tripla garantia com promessa de dinheiro de volta; • Ou cartas que parecem escritas à mão; • Ou cartas com notas de US$ 5 que pedem para o cliente telefonar mesmo que não compre o produto; • Ou envelopes de resposta já com selo. Bobagem 6: Subestimar a ganância humana Dentro de nós, há um monstro faminto – e a fera tem um apetite que não pode ser saciado. Advinha? Assim que escrevi a última frase, meu amigo Marshall Sutton (ele trabalha com marketing) entrou em meu escritório com um anúncio da revista Newsweek ao qual ele iria responder. Sabe por quê? Porque o anún- cio oferecia uma economia de US$ 83,25 em relação ao preço de capa de US$ 104. Ele disse que nem queria tanto a revista, mas a economia era grande demais para ser ignorada. Hmm? • Me pergunto se o cara que eu conheço e que tem mais de 10 encon- tros por mês gostaria de adicionar mais uma pessoa à lista. • Será que uma pessoa que veio do nada e agora tem um patrimônio de US$10 milhões gostaria de ganhar mais dinheiro? • Dá pra acreditar que todos aqueles ricos de Beverly Hills quase se estapeiam quando lojas de departamentos fazem grandes ofertas? • Ou que um assinante de seis revistas sobre o mesmo assunto assi- naria ainda mais uma? • Ou que uma estrela de cinema com sete carros pensaria em comprar mais um? Preste atenção: as pessoas são gananciosas, gananciosas e gananciosas. Ofereça grandes barganhas. Ofereça conveniência em excesso. Forneça um serviço nunca antes oferecido. Distribua TVs gratuitas para todos que comprarem seus Cadillacs. Ofereça rebates. Em suma, quando nada mais funcionar, suborne! Bobagem 7: Superestimar a inteligência humana. Tudo que puder ser mal compreendido será. Explique tudo como se esti- vesse falando com uma criança. Mesmo quando estiver escrevendo para professores universitários ou físicos nucleares. Não deixe nada implícito. Explique tudo. Pegue as pessoas pela mão como se elas fossem crianças. Use palavras pequenas. • Parágrafos curtos. • Português simples. Tenho orgulho de bater qualquer controle já escrito. Em testes A/B, o mínimo que aumentei as vendas em relação a qualquer controle, nos últi- mos 14 meses, estava na margem dos 72%. Com exceção de um. Dá pra acreditar? Eu, Sir Gary of Halbert, perdi para um controle exis- tente. Bem, foi o que aconteceu. E eu não gosto disso! Por isso, me recu- sando a permitir essa mancha em minha imagem, entrei em contato com o cliente e fiz muitas perguntas. Sabe o que descobri? Que 20% dos pedidos eram feitos em dinheiro vivo e 30% em ordem de pagamento. Você sabe o que isso significa? Que pelos menos 50% das pessoas para as quais eu escrevi nem tinham conta no banco! De nada adiantou o preço baixo de US$ 19,95 e algumas outras mudan- ças que fiz no controle porque supus que tinha outro tipo de público-al- vo. Fique ligado. Sou um péssimo perdedor. Além disso, se eu me esforçar, acredito que possa falar com qualquer tipo de público. Vamos ver. Bobagem 8: Adivinhar o que os clientes em potencial desejam em vez de perguntar a eles Como eu disse na seção Bobagem 1, a primeira coisa a fazer quando se deseja criar uma nova promo é analisar se (e quando) o problema de marketing em questão já foi solucionado. E se não foi? E se você estiver tentando vender um produto ou serviço que é novo e que nunca foi vendido antes? Vou dizer o que você não deve fazer: não tente adivinhar as coisas! Adivinhar é interessante para nós. Adivinhar que tipo de pessoa comprará o produto, qual é o melhor preço, quais características enfatizar, quais esconder. Bobagem. Bobagem. Bobagem. Quando você gasta milhares de dólares em propaganda, é irresponsá- vel tentar adivinhar como o mercado vai responder aos anúncios. Você deve conversar com os clientes. Mostrar a eles o produto ou descrever o serviço. Perguntar às pessoas o que elas acham. Elas comprariam o que você está vendendo? Por qual preço? O que mais as interessa no produto? Do que não gostam? O que deixaria o produto mais interessante? E então, meu amigo, se você for uma pessoa responsável, criará sua campanha de acordo com as respostas das pessoas, e não de acordo com suas suposições! Bobagem 9: Esquecer que as pessoas são céticas. O principal motivo do fracasso no marketing é as pessoas não deseja- rem o que está sendo vendido. O segundo motivo é as pessoas desejarem o que está sendo vendido menos do que desejam o dinheiro que teriam de gastar para obter o produ- to/serviço. Mas, assim que você superar esses dois motivos, o maior proble- ma é que as pessoas não acreditam em você! Elas não acreditam que o produto fará o que promete, que você cumpri- rá a garantia ou que realmente enviará o produto. Não acreditam que você seja honesto ou que a empresa ainda estará na ativa no ano seguinte. Em suma, as pessoas simplesmente não acreditam que você seja sincero. Veja como solucionar essas preocupações… Primeiro, nunca use um número de caixa postal, tenha um endereço. Sempre inclua o telefone do escritório em todos os anúncios e malas diretas. Convide as pessoas para visitá- lo. Forneça detalhes sobre sua localização. (“Estamos em frente à biblioteca pública de Burbank ao lado da prefeitura”.) Diga para as pessoas telefonarem e diga com quem elas devem falar ao telefone (forneça nomes). Considere permitir que adiem seus cheques por 30 dias. Forneça referências. Inclua testemunhas. Diga às pessoas o horário de funcionamento da empresa. Et cetera. Forneça detalhes, detalhes, detalhes! Bobagem #10: Ser orgulhoso demais para pedir ajuda. Jay Abraham é uma das mentes mais brilhantes do mundo do marke- ting. Quando ele não sabe o que fazer, ele fala comigo. E adivinha o que eu faço quando estou travado? Muito simples! Eu falo com ele! Ou com alguma outra pessoa. Ou com um monte de gente. Apesar de tudo que o mundo do marketing faz de errado, tem alguns dos profissionais mais brilhantes do mercado. E as melhores mentes do marketing nunca deixam suas fortunas à mercê de sua própria imagina- ção e inteligência. Não. Acredite, talvez haja competição no topo, mas é uma competição amistosa. Os mais criativos quase sempre são pessoas que gostam de doar. Eles doam suas ideias, opiniões, experiências e assim por diante… Então não tente fazer tudo sozinho. Não deixe que o orgulho falso o impeça de pedir ajuda. Lift Notes: não roube o brilho dos outros. Mark Ford - 7 de julho de 2015 A lift note fica no início de uma promo completa ou está ligada a ela e a introduz para ajudar a aumentar (lift) a taxa de resposta. O maior erro dos copywriters que fazem lift notes é simplesmente dizer o lead com outras palavras. O resultado é que a lift note rouba o brilho da promo que apresen- ta. Consequentemente, o lead fica mais fraco. E, com um lead mais fraco, menos pessoas vão continuar lendo. Imagine apresentar um quadrinho contando uma versão reduzida da primeira piada. Não importa se você está usando um lead de promessa, de segredo ou de história... não reduza seu poder fazendo um resumo dele na lift note. Roubar o brilho do lead é ruim. Mas já vi coisa pior: • Já vi lift notes de leads de segredo que revelam o segredo! • Já vi lift notes de leads de promessa que minimizam a promessa! • Já vi lift notes de leads de história que resumem a história! Resumir é sempre uma má ideia. Por quê? Porque resumos são como filmes de ação sem a ação. Tenho feito testes com lift notes e descobri que as melhores costumam ser as mais curtas. É compreensível, já que a lift note funciona da mesma forma que um teaser em um envelope. E o objetivo do teaser é fazer com que o cliente em potencial leia o copy. Um bom copywriter pode escrevê-lo em no máximo 20 palavras. Preencher um envelope com 50 ou 100 palavras quase nunca funciona. O melhor teaser de envelope provavelmente teria apenas cinco ou seis pala- vras: Leia esta carta. É importante! Alguém poderia dizer que lift notes não deveriam mais ser usadas. Comparar o envio de lift notes com o de promos completas quase sempre resulta em pouca diferença de vendas. Então por que usar lift notes? Para começo de conversa, eu questionaria a conclusão de que nunca vale a pena usar lift notes. Apesar de a maioria das lift notes que testamos na Agora aparentemente não aumentarem as taxas de resposta, algumas o fazem. Ao mesmo tempo, vi muitos testes que comparavam um envelo- pe em branco com um teaser. E o teaser pode dobrar ou triplicar a taxa de resposta. Veja o exemplo de uma lift note bem escrita: Caro Michael, Nossos registros mostram que você não estará no treinamento de copywriting este ano. (Se eles estiverem errados, por favor nos diga.) Ficamos tristes por você não poder comparecer, mas preparamos algo especialmente para você... para que você não perca nenhuma dica de escrita ou marketing das palestras. Todos os detalhes estão aqui. E leia até o fim… Há algo no P.S. que você não pode perder – e que não estará lá depois de amanhã. Atenciosamente, Katie Yeakle Diretora Executiva, AWAI Veja outro bom exemplo: Caro leitor do Investor’s Daily Edge, Boa manhã de domingo! Você tem 4 minutinhos? Se tiver, prometo que vai valer a pena… Vou mostrar como você pode transformar US$ 500 em US$ 5.343… com menos risco do que comprar moedas, commodities, ETFs ou até mesmo ações. Como tenho tanta certeza? A prova está a seguir. À sua riqueza, Ted Peroulakis Investor’s Daily Edge Veja quais regras seguir: Não se sinta obrigado a usar lift notes. 1. Não as use o tempo todo. (Você não precisa ser um gênio do marke- ting para saber que é importante variar... manter os leitores interes- sados.) Quando as usar, faça por um bom motivo. 2. Coloque esse motivo – o porquê de você estar pedindo ao cliente para gastar tempo valioso na promo – na lift note. 3. Seja seletivo nos benefícios, provas e credibilidade que fornece. (Um bom exemplo é melhor do que cinco exemplos medíocres.) 4. Limite a lift note a uma boa ideia. 5. Nunca estrague uma promoção revelando o segredo, minimizando a promessa ou resumindo a história. 6. Nunca roube o brilho da promo. Estabelecendo uma PUV. Mark Morgan Ford Você pode vender um produto muito bem falando sobre seus diver- sos benefícios, mas a maioria dos anúncios de sucesso enfatiza um único benefício acima de todos os outros. Quando esse benefício pode ser apre- sentado como característico apenas de seu produto, tem-se uma proposta publicitária que pode durar muito tempo. Estou falando sobre estabelecer uma Proposta Única de Venda (PUV) para seu produto. A importância de estabelecer uma PUV é amplamente aceita e divul- gada por acadêmicos, editores e especialistas do mundo dos negócios. Mesmo assim, mais de 90% dos novos produtos chegam ao mercado sem características diferenciadoras. Vá a qualquer supermercado ou loja de departamento. Os produtos que verá serão fundamentalmente os mesmos que os outros do mesmo tipo. E, quando novas ideias de negócios são sugeridas a mim, quase sempre são imitações. Nos últimos meses, ouvi as seguintes propostas: • Uma newsletter de investimentos sobre ETFs • Um site que fornece soluções naturais para problemas de saúde • Um site com mensagens motivacionais e inspiradoras Nenhuma dessas ideias era singular, mas isso não intimidou as pesso- as que as promoviam. Eram empreendedores com experiência razoável e, quando perguntei como poderiam distinguir seu negócio da concorrência, eles olharam para mim como se eu estivesse falando chinês. Se deseja ter a melhor chance de vender um produto novo em um mercado estabelecido, torne-o, de alguma forma, melhor que o da concor- rência. Ou pelo menos faça com que ele pareça melhor. É mais fácil vender um produto se ele tiver um benefício tangível que a concorrência não tem. O FedEx, por exemplo, conseguiu espaço no mercado prometendo entrega do dia para a noite, e a Apple fez um ótimo trabalho na venda do iPhone enfatizando o tamanho da tela. Encontrar a PUV certa pode fazer a diferença entre um lançamento medíocre (que pode significar fracasso completo para uma startup) e um grande sucesso (como o FedEx e o iPhone). Em “Posicionamento - A batalha por sua mente”, livro clássico de marketing, Al Ries e Jack Trout explicam por que criar uma PUV é essencial: Para ser bem-sucedida em nossa sociedade que sofre com o excesso de informação, uma empresa precisa criar um posicionamento que leve em conta não apenas seus pontos fortes e fracos, mas também os da concor- rência. A publicidade está entrando em uma era em que estratégia é tudo. Na era do posicionamento, não é suficiente inventar ou descobrir. Talvez isso nem seja necessário. No entanto, é preciso ser o primeiro a entrar na mente do leitor. Ries e Trout dizem que as pessoas passam pouco tempo pensando em novas informações – geralmente apenas um ou dois segundos. Se dese- ja que seu produto tenha um posicionamento forte no mercado, crie uma posição única. Depois, encontre uma maneira de comunicar esse posicio- namento de forma clara e concisa para que ele seja entendido nos poucos momentos que você terá de atenção. Por fim, na venda do produto, enfatize a PUV o tempo todo para “dominar” essa posição nos corações e mentes do mercado. “Se fornecer um produto ou serviço que seja igual ao que já existe, provavelmente você não será bem-sucedido’, diz Seth Godin em If You’re Clueless About Starting Your Own Business (Se você não tem ideia de como começar seu negócio, em tradução livre). “Você precisa ter mais varieda- de, ser mais rápido, mais barato, mais fácil de trabalhar, mais bonito, mais recomendado – algo que o diferencie.” Não sabe como diferenciar seu produto? Godin recomenda buscar um nicho – um segmento pequeno do mercado. “Pintar casas não é um nicho, mas pintar casas vitorianas, é.”, diz Godin. Mas é suficiente dizer que você tem uma especialidade definida? De acordo com Jay Abraham em Getting Everything You Can Out of All You’ve Got (Tirando tudo o que puder do que você já tem, em tradução livre), há muitas maneiras de criar uma PUV para seus produtos, mas todas elas devem estar relacionadas a seu cliente em potencial. “Ser único é interes- sante”, Jay me disse há 20 anos quando conversamos pela primeira vez sobre esse conceito. “Mas se não vender, não ajuda em nada.” Para mim, toda PUV bem-sucedida deve ter três características: 1. A aparência de singularidade. A característica que você decide promover não precisa ser só do seu produto, mas precisa parecer que é. 2. Utilidade. A aparência de singularidade não é suficiente. Se a carac- terística diferenciadora do produto não for desejável, ninguém vai querê-lo. Ao decidir a PUV de seu produto, é melhor selecionar algu- ma característica que não seja inteiramente original e fazer com que ela pareça singular em vez de escolher uma característica singular e inútil. 3. Simplicidade conceitual. Caso a PUV de seu produto esteja na moda, quase sempre será simples. Poucas coisas complicadas entram na moda. É bom lembrar que você precisa vender a PUV – e nada que seja difícil de explicar vende bem. Vamos analisar as ideias não inovadoras de negócios que mencionei anteriormente. Como disse, as pessoas as promovendo não sabiam como diferenciar suas ideias das ideias da concorrência, mas vamos ver como podemos criar PUVs para elas. Para uma newsletter sobre ETFs: • A única newsletter sobre ETFs que leva em conta a percepção do mercado. • A única newsletter sobre ETFs escrita por um ex-trader de Wall Street. • A única newsletter sobre ETFs baseada em astrologia. Para um site que fornece soluções naturais para problemas de saúde: • O único site de saúde natural com uma abordagem de “homem das cavernas” ao fitness e à alimentação. • O único site de saúde natural escrito por um médico especializado em medicina Ayurvedica. • O único site de saúde natural criado por experts internacionais. Para um site de negócios com mensagens motivacionais: • O único site motivacional baseado nos ensinamentos de Confúcio. • O único site motivacional criado por diversos líderes religiosos. • O único site motivacional de um multi-milionário. Não são PUVs incríveis, mas são mais fortes do que as descrições origi- nais, não são? Eu preferiria trabalhar com um site motivacional baseado nos ensinamentos de Confúcio do que com algo mais generalizado. Basear o site nos ensinamentos de Confúcio o torna único, fácil de explicar e com benefícios claros. Assim que tiver estabelecido uma PUV para seu produto, você pode usá-la como base para uma carta de vendas que tenha quatro componentes: 1. Uma Big Idea 2. Uma Big Promise 3. Argumentos específicos 4. Provas dos argumentos Uma Big Idea Neste caso, vamos definir a Big Idea como a principal ideia que você usa para vender seu produto. A Big Idea deve vir da PUV, mas elas não são a mesma coisa. A PUV está relacionada ao produto. A Big Idea está relacio- nada ao esforço de vendas que está sendo criado. No caso do site motivacional, vamos supor que você tenha decidido usar a seguinte PUV: “o único site motivacional baseado nos ensinamentos de Confúcio.” Para a headline, você precisa de algo mais cativante. Por isso, procu- re uma ideia que seja grande o suficiente para sustentar não apenas um anúncio, mas toda a campanha publicitária. Como encontrar essa ideia? Voltando à PUV do produto. Nesse caso, você pesquisaria sobre Confúcio em busca de algo que ele disse e que pudesse ser usado. Não se preocupe sobre o que vai atrair os clientes em potencial. Busque algo que o excite. Comece daí, pois, se tomar outro caminho, você escolherá o adequado, e não o excitante. Big Ideas precisam excitá-lo. Por isso, confie em seus sentimentos. Digamos que encontre uma citação de Confúcio – algo como “O homem que fala bem tem o poder de cinco homens”. Você gosta da ideia de que falar bem (o que quer que isso signifique) pode aumentar seu poder pessoal. Com base no que já viveu, parece fazer sentido. E talvez seja possí- vel montar um minicurso sobre obter poder a partir de discursos, os quais poderiam ser vendidos no site. Você acha que a ideia é interessante. Agora é hora de se perguntar se o cliente em potencial ficaria tão animado com essa Big Idea quanto você está. Se a resposta for não, volte a pesquisar. Se for sim, você pode ter encontrado sua Big Idea. A Big Promise Agora você está pronto para criar uma headline e um lead para seus anúncios. Sua Big Idea é: “falar bem aumenta o poder pessoal”, mas ela não é suficiente. É necessário que ela esteja associada a uma Big Promise. Nesse caso, a promessa foi feita sob medida por Confúcio, que disse que o homem que fala bem tem o poder de cinco homens. Quintuplicar o poder pessoal certamente é uma Big Promise. Passe algum tempo fazendo brainstorming sobre o que isso significaria em relação a melhorias na vida do cliente em potencial. Argumentos específicos É nesse momento que você precisa pensar em argumentos que possam ser utilizados nos anúncios. Deve haver muitos argumentos baseados na Big Idea. Pergunte-se: o que uma pessoa poderia fazer se quintuplicasse seu poder pessoal? Diversas respostas surgirão. Quintuplicar a renda... as chances de se livrar de uma multa de trânsito... ou o sucesso com as mulheres... e assim por diante. Anote todos os argumentos em um papel. No início, não pare para editar ou reescrever, mas depois releia tudo e deixe os argumentos tão específicos quanto possível. Em vez de “quintuplique sua renda”, use “Transforme uma renda de US$ 35.000 em US$ 175.000.” Provas dos argumentos Será necessário pesquisar – um trabalho que pode ser feito por outra pessoa. Você precisa de exemplos verdadeiros de pessoas que obtiveram rique- za, fama e prestígio por causa da habilidade de falar bem... tanto provas históricas quanto anedóticas... além do maior número de testemunhos possível. Selecione o que encontrar de melhor e se certifique de que todos os seus argumentos têm provas razoáveis os sustentando. Descarte ou ajuste os que não tiverem. Nessa etapa do processo, você não precisa ter o copy escrito (talvez com a exceção da headline), mas terá três ou quatro páginas de matéria-prima – uma “plataforma do copy” com tudo de que precisa para criar uma campanha extraordinária. 38 atalhos para criar headlines. Bob Bly A maneira mais fácil de ter novas ideias de headlines é manter um arquivo com exemplos bem-sucedidos do passado. Para começar, veja uma lista com algumas headlines de meu arquivo pessoal, organizada por categoria: 1. Faça uma pergunta. O que os gestores japoneses têm que às vezes os gestores americanos não têm? 2. Crie uma conexão com acontecimentos atuais. Fique um passo à frente do mercado de ações, assim como Martha Stewart – mas sem seus problemas com a lei! 3. Crie uma terminologia nova. Novo “óleo polarizado” adere magneticamente às partes gastas das máquinas, fazendo com que elas durem até 6 vezes mais. 4. Faça com que a headline tenha a aparência de uma notícia. Um corte indolor em gastos com defesa. 5. Diga para o leitor fazer alguma coisa. Tente queimar este cupom. 6. Use números e estatísticas. Quem já ouviu falar de 17.000 florescimentos em uma única planta? 7. Prometa informações úteis. Como evitar o maior erro que você pode cometer na hora de construir sua casa. 8. Enfatize a oferta. Agora você pode receber os melhores livros novos – como faz com revistas. 9. Conte uma história. Eles riram quando eu me sentei ao piano... mas quando eu comecei a tocar…. 10. Faça uma recomendação. As 5 ações de tecnologia que você deve ter AGORA. 11. Fale sobre um benefício. Administrar centros de dados UNIX – era difícil, agora é fácil. 12. Faça uma comparação. Como solucionar problemas com emissão de poluentes – por metade do custo energético dos purificadores Venturi. 13. Crie uma imagem visual. Por que alguns alimentos “explodem” no estômago. 14. Use um testemunho. Depois de mais de 800 mil quilômetros no ar usando AVBLEND, não tivemos nenhuma falha no eixo de comando. 15. Ofereça um relatório, um catálogo ouma brochura gratuita- mente. Novo relatório especial GRÁTIS revela estratégias pouco conhecidas que os milionários usam para manter o dinheiro em suas mãos e não nas do governo. 16. Diga a proposta única de vendas de forma direta e clara. Mesas cirúrgicas reconstruídas - empréstimos disponíveis gratuita- mente. 17. Suscite a curiosidade. A ação de internet que você PRECISA ter agora. Dica: NÃO é o que você imagina! 18. Prometa revelar um segredo. Desvende a lógica secreta de Wall Street. 19. Seja específico. A 90 km/h, o barulho mais alto deste novo Rolls Royce é o do relógio elétrico. 20. Foque em um tipo de cliente em potencial específico. Estamos procurando pessoas para escrever livros infantis. 21. Acrescente um componente de tempo. Incorporação instantânea enquanto você espera. 22. Enfatize economia, descontos ou valor. Agora você pode ter o equivalente a US$ 2.177 em newsletters caras sobre o mercado de ações pelo preço incrivelmente baixo de apenas US$ 69! 23. Dê boas notícias. Você nunca estará velho demais para ouvir melhor. 24. Ofereça uma alternativa a outros produtos e serviços. Não tinha tempo para Yale – fiz faculdade em casa. 25. Lance um desafio. Seu couro cabeludo vai passar no teste da unha? 26. Enfatize a garantia. Desenvolva apps até 6 vezes mais rápido ou seu dinheiro de volta. 27. Fale sobre o preço. Conecte 8 PCs a seu servidor – por apenas US$ 2.395. 28. Estabeleça uma contradição aparente. Lucre com “Insider Trading” – 100% dentro da lei! 29. Ofereça algo exclusivo que o cliente em potencial não pode obter em nenhum outro lugar. Ganhe +500% com a pouco conhecida “arma secreta do trader”. 30. Fale sobre as preocupações do cliente em potencial. Por que a maioria dos negócios fracassa – e o que você pode fazer para mudar essa situação. 31. “Por mais incrível que pareça…” Por mais incrível que pareça, as ações dessa pequena empresa de R&D, que custam US$ 2 atualmente, podem chegar a US$ 100 num futuro não tão distante. 32. Faça uma grande promessa. Elimine 20 anos e rejuvenesça! 33. Fale sobre ROI (retorno sobre investimento). Contratar a pessoa errada custa três vezes seu salário anual. 34. Use a abordagem dos motivos. 7 motivos pelos quais os construtores de imóveis preferem a Unilux Strobe Lighting quando fazem importantes comerciais de TV. 35. Responda questões importantes sobre seu produto ou serviço. 7 perguntas a fazer antes de contratar uma agência de cobrança... e uma boa resposta para cada uma delas 36. Enfatize o valor do prêmio. GRATUITO – Peça agora e receba brindes grátis com sua assinatura paga. 37. Enfatize o objetivo e o que você pode fazer para o cliente em potencial alcançá-lo. Agora você pode criar um planejamento de marketing extraordinário dentro de 30 dias… GRÁTIS! 38. Faça uma afirmação ou promessa aparentemente contraditória. Refresque qualquer cômodo de sua casa rapidamente – sem ar-condicionado! Headlines com bom desempenho. Mark Morgan Ford A headline é essencial, diz o copywriter Mike Pavlish. Segundo ele, “Sem uma ótima headline, você é como a pessoa que usa uma faca em um tiroteio; está derrotado antes mesmo de começar.” Ele está certo. Apesar de um bom lead ser responsável por 80% da eficiência de uma carta de vendas, headlines podem fazer uma grande diferença na taxa de resposta. Vamos ver 10 das headlines de alto desempenho de Mike Pavlish. (Ele afirma que ganhou mais de US$ 4 milhões em royalties com elas.) Headline #1 Uma descoberta natural está ajudando homens com mais de 50 anos a aproveitar uma segunda juventude, a ter um melhor desempenho sexual e a aproveitar uma saúde melhor do que a que tinham há 10 ou 20 anos! Por que funcionou? Ele aborda todas os elementos da venda de produ- tos de potência. O produto é natural, aumenta o desempenho sexual e, de alguma forma, rejuvenesce. Mas não acho que essa headline funcionaria hoje. Atualmente, o merca- do de suplementos está cheio de headlines mais específicas e instigantes. Headline #2 A grande farsa do antioxidante! Por que os suplementos populares da atualidade NÃO são o que você precisa para acabar com seus problemas de saúde, se sentir melhor e viver mais Desconstruir ideias populares é sempre uma maneira eficiente de chamar atenção. Antioxidantes foram o assunto do momento por muitos anos. Um dia, as promos perderam eficiência. (Principalmente porque os próprios produtos não eram muito potentes). Atacando uma tendência que estava morrendo, Mike criou a esperança de que ele tinha algo novo a dizer. Headline #3 Essa incrível descoberta de um “rejuvenescedor de células” pode ajudar a acabar com sua dor, melhorar sua memória, eliminar seu cansaço, restau- rar sua juventude sexual, proteger seu coração e fazer com que você viva mais Nessa headline, gosto principalmente do “rejuvenescedor de célu- las”. Há algo imediatamente plausível na frase. Essa é uma característi- ca de muitas headlines bem-sucedidas: elas propõem algo que faz sentido instantaneamente. Outro ponto importante é que o suplemento (possivelmente um compri- mido potente) promete fazer todo tipo de coisa. Essa é uma característica de Mike. Ele faz a promessa básica, mas também faz promessas secundárias que deixam a headline mais atraente. Headline #4 SE SALPIQUE ATÉ EMAGRECER! Novos “cristais de comida” desligam seu “centro da fome” para que você perca até 3 kg, todas as semanas, garantido! Essa headline usa a ideia de Gene Schwartz sobre “esfregar” a gordura do estômago até ela desaparecer. Mike promete que você pode “salpicar até emagrecer”. A ideia é estranha. Quase o oposto de instantaneamente plausível, mas funcionou porque a imagem era nova. Observe que a promessa secundária é muito forte. (“Perda de até 3 kg por semana, garantido!”) Headline #5 Incrível fruta amazônica limpa o coração, melhora a saúde da próstata, queima gordura, aumenta a energia e melhora o desempenho sexual! Quando ensinamos headlines na Agora, dizemos que elas devem conter os Quatro U’s. Elas devem ser: • Únicas • Ultraespecíficas • Urgentes • Úteis Essa headline possui os quatro elementos. A utilidade do produto é óbvia. O benefício essencial é que ele melhora o desempenho sexual, mas faz muito mais. (Mais uma vez, Mike está acumulando promessas.) A “incrível singularidade. fruta amazônica” fornece alguma especificidade e A urgência está implícita. Headline #6 O incrível segredo sexual dos melhores amantes do mundo! Veja como fazer o melhor sexo da sua vida, independentemente de sua idade ou proble- mas atuais! Esse impressionante segredo “Apenas para eles” está mudando dras- ticamente a vida dos homens (e das mulheres) literalmente da noite para o dia… Mike novamente usa como base uma headline clássica. De acordo com a promessa, com o comprimido, o cliente passará a fazer parte de um grupo de elite. A headline não faz nenhuma promessa além da melhora do desempenho sexual, mas Mike deixa essa promessa ainda mais atraente adicionando os termos “independentemente de sua idade” e “literalmente da noite para o dia.” Headline #7 Veja por que 99% dos suplementos para próstata NÃO funcionam bem o suficiente. Eu digo que é “o maior embuste em relação à próstata!” Aqui Mike chama atenção focando no problema que os clientes em potencial têm. Não a próstata aumentada, mas o fato de que a maioria dos suplementos para essa condição não funciona muito bem. Ao atacá-los, ele dá credibilidade a seu produto. Headline #8 Como essa limpeza de cólon pode acabar com a fadiga, a dor, a consti- pação e outros problemas de saúde… Enquanto você ganha mais energia e chapa a barriga “Mais de 65 problemas de saúde diferentes são causados por um cólon tóxico.” Royal Society of Medicine of Great Britain Novamente… muitas promessas em uma única headline. Claramente, Mike acredita que pode contar com esse truque. Observe a referência à Royal Society of Medicine of Great Britain. Sempre ajuda colocar uma fonte com credibilidade na headline. Isso se chama efeito halo. Headline #9 Anunciando um grande avanço da saúde natural para homens com mais de 50 anos… Um incrível novo suplemento de testosterona faz o desempe- nho sexual chegar às alturas, remove o excesso de peso, dá mais energia, acaba com os problemas da próstata e fortalece o coração… Agora você pode se sentir e performar como há 20 anos! HARVARD MEDICAL SCHOOL, ĘOHNS HOPKINS, UCLA, entre outros divulgam os incrí- veis benefícios para a saúde de mais testosterona em homens maduros. É o mesmo padrão. Muitas promessas secundárias e fontes com credibilidade. Headline #10 A NOVA solução para alívio rápido da dor nas juntas: dores nas juntas e enrijecimento reduzidos em 84,1% Notícia importante para pessoas que sofrem com dores na MÃO… ĘOELHO… PESCOÇO… COTOVELO… QUADRIL… PUNHO… OMBRO… TORNOZELO… COSTAS... O que funciona aqui é a referência específica a mão, joelho, pescoço etc. É melhor do que dizer dor “nas juntas”, o que a maioria dos anúncios sobre dor faz. Mike escreveu essas 10 headlines para vender suplementos de saúde, mas aqui há lições para todos os escritores de headlines. O canivete suíço do copywriting. Rocky Vega A abordagem do canivete suíço na produção de copies, desenvolvida por Perry Marshall, um consultor que cobra US$2.00 por hora, é uma ferra- menta para criar copies emocionalmente convincentes de forma sistemáti- ca e rápida. Ela é fundamentada na ideia de que há muitos relacionamentos inter- conectados na vida do cliente em potencial. E, ao mapeá- los, você encontra diversas maneiras de acessar as emoções que eles suscitam. Veja um dos mapas de Marshall – a primeira das 17 “lâminas” é sua ferramenta multiuso. Como um verdadeiro canivete suíço, cada lâmina o ajuda a cumprir uma tarefa diferente. Nesse caso, você destrincha e orga- niza as emoções complexas do cliente mapeando os 12 relacionamentos diferentes que existem entre ele e cinco outras coisas e pessoas (incluindo você e seu produto). O canivete suíço do copywriting. Com esse mapa, você pode liberar a criatividade. Veja um exemplo: Jane é uma mãe solteira com uma filha doente que é sua melhor amiga. Ela deseja proteger a filha e ajudá-la a melhorar. Se há uma coisa que ela odeia, é a falta de convênio. Se tivesse um convênio, poderia levar a filha a um bom médico. O que ela mais gostaria de fazer na vida é encontrar remé- dios naturais baratos para a filha... se ao menos tivesse tempo. Veja como Marshall usa esses relacionamentos para intensificar anún- cios pay-per-click. Anúncio pay-per-click comum Rhonda Kelloway, psicóloga Precisa de conselhos para o casamento? Telefone para Rhonda Kelloway hoje. www.RhondaKelloway.com Anúncio pay-per-click canivete suíço Dois relacionamentos – madrasta como o pior inimigo e filhos como melhores amigos A outra mulher: madrasta Como você vai se sentir quando seus filhos a chamarem de “mamãe”? www.BadMarriageReport.com/prevention O primeiro exemplo é racional. O segundo é mais forte porque apresen- ta mais do contexto emocional de relacionamentos reais. Assim que começar a utilizar a abordagem do canivete suíço, outros copywriters ficarão impressionados e perplexos com sua habilidade de pensar em ideias poderosas. Seis arquétipos de leads. Mark Morgan Ford Uma vez, trabalhamos com um profissional de marketing direto muito bem-sucedido que era famoso por sua habilidade de prever rapidamente quão bem um copy se sairia. Ele lia o lead com cuidado e passava os olhos pelo resto. Também começamos a nos concentrar no lead e descobrimos que podíamos prever o sucesso de uma promoção com razoável precisão. Nós líamos o lead e nos perguntávamos: “Esse lead me anima? Me faz querer continuar a ler com um alto nível de antecipação?” Se o lead faz isso, confie no sucesso da promoção. Há seis tipos de arquétipos de lead: 1. Lead de oferta. É um apelo que vai direto à oferta. Leads de oferta quase sempre mencionam o produto, o preço, descontos, prêmios, garantias e outros elementos relacionados à “oferta” logo no início. O lead “de convite” que começa pedindo ao cliente em potencial para se tornar membro de um clube ou experimentar um produto é uma variação sutil do lead de oferta. 2. Lead de promessa. Talvez seja o tipo mais comum de lead. É um pouco menos direto do que o lead de oferta, e o produto geralmente não é mencionado tão cedo. Mas começa com a melhor e mais forte característica do produto. Em um clássico anúncio de promessa, a big promise está na headline, na primeira linha e, com frequência, na última linha. 3. Lead de solução de problemas. Essa é a abordagem “hot button”, em que você adia falar sobre o produto e aborda a maior questão emocional para seu cliente em potencial. Promessas relacionadas ao produto vêm imediatamente depois. 4. Lead do grande segredo. O “tease” do conhecimento exclusivo conduz a carta de vendas. O segredo pode ser uma solução, um problema escondido, ou, em muitas promoções financeiras, uma fórmula ou “sistema” para obter resultados consistentemente bons. Geralmente, você consegue o melhor desempenho nesse tipo de lead se o segredo for revelado quando o cliente comprar o produto. 5. Lead de revelação. Propositalmente indireto, o lead de revelação tenta desconcertar o cliente em potencial com um factoide incrí- vel, uma previsão chocante ou uma afirmação ousada. O objetivo é desarmar o cliente em potencial tempo suficiente para trabalhar o produto e o argumento. 6. Lead de história. Talvez seja a maneira mais indireta de abrir uma carta de vendas. Também é a mais consistentemente poderosa. Todos adoram uma boa história. Além do mais, histórias podem engajar clientes em potencial que não o conhecem bem ou que talvez hesitem frente a uma abordagem mais direta e sensacio- nalista. Depoimentos, biografias de gurus, prova histórica ou track records podem ser usados, mas não se esqueça de contar a história rapidamente e no contexto da promessa/ideia essencial da oferta. Esse é o básico. Agora vamos entrar em detalhes… O lead de oferta O tipo mais fácil de lead que você vai escrever na vida – ou seu dinhei- ro de volta. Leads de oferta podem ser simples assim. Em alguns casos, podem ser um pouco mais sofisticados. A oferta é como você termina toda carta de vendas que escreve. Não existem cartas de vendas sem uma oferta que detalha o que está à venda e o que o cliente recebe com a compra. Com frequência, a oferta só aparece no fim do copy. E o produto pode não ser mencionado até algum tempo depois do lead. Mas, no lead de ofer- ta, você fala sobre sua oferta desde o início. Por isso, o lead de oferta é o mais direto de todos. Dito isto, até mesmo algo naturalmente atraente, como uma boa oferta, pode se tornar muito mais eficiente nas mãos de um copywriter competente. A maioria dos leads de oferta segue uma fórmula: 1. Imediatamente se concentram no detalhe da oferta com maior impacto emocional 2. Ressaltam o benefício mais valioso da oferta 3. Detalham o mesmo tópico de oferta/benefício do lead 4. Em algum momento, incluem um “motivo” convincente para a cria- ção da oferta Cada um desses quatro passos é importante, mas a última parte da fórmula, o “motivo”, é o elemento mais esquecido pelos copywriters. O “motivo” pode ser qualquer coisa, dependendo do que está sendo vendido e do contexto da venda. Talvez o estoque esteja baixo. Talvez a oferta tenha um prazo de duração. Em todos os casos, a oferta deve oferecer ao cliente em potencial elementos que respondam à pergunta inevitável que surge: “Parece muito bom... mas qual é a pegadinha?” Você precisa criar um bom motivo para acabar com essa última resis- tência, que pode ser também um mecanismo para elevar a urgência da oferta. Se houver uma pegadinha no lead de oferta, você precisa mencioná-la posteriormente. Por quê? Primeiro, porque é melhor não tentar “levar vantagem” sobre seu clien- te em potencial. Além disso, a “pegadinha” pode/deve ser algo com impacto positivo no negócio. Por exemplo, a “pegadinha” de uma oferta com brinde pode ser a compra de um produto valioso que é melhor do que o próprio brinde. Ou a oferta limitada do produto: “quando acabar, acabou”. Nesse caso, para ser umas das pessoas que consegue o produto, o cliente tem que agir rápido. Quando usar um lead de oferta? Clientes mais conscientes e engajados costumam reagir melhor a leads diretos. Clientes menos conscientes e mais céticos costumam reagir melhor a leads indiretos. Você pode ver os níveis de consciência na imagem a seguir. Como o lead de oferta é o mais direto de todos, utilize-o em produtos que sejam fáceis de explicar e com clientes que já saibam alguma coisa sobre você, sobre o que você está vendendo e até mesmo sobre o valor de mercado do que está à venda. Seus clientes mais conscientes são aqueles cuja confiança você já conquistou. Ou, pelo menos, são os que já sabem muito bem o que desejam. E, se você estiver oferecendo o que desejam, eles estarão preparados para comprar, pois estão emocionalmente disponíveis para ouvir o que você tem a dizer. Na verdade, quanto mais consciente e aberto o cliente, mais simples e direta a oferta pode ser. O que testar em leads de oferta Qual é o melhor detalhe para testar em um lead de oferta? Clientes em potencial “mais conscientes” responderão bem a preços – um desconto ou uma última chance antes de um aumento. Clientes em potencial um pouco menos conscientes talvez precisem de um empurrão extra para se decidirem. É possível que respondam bem a uma amostra grátis ou quase grátis, a brindes ou a garantias muito sólidas. Tudo o que pode ser testado em uma oferta regular no fim de uma carta de vendas, também pode ser testado em um lead de oferta. O lead de promessa Cash If You Die, Cash If You Don’t (Receba se morrer, receba se não morrer) De acordo com nosso amigo Drayton Bird, que já escreveu copies para Ford, American Express e Procter & Gamble, essa headline foi uma das mais bem-sucedidos da história do setor de seguros. Nós acreditamos. É uma promessa e tanto, não é? Como o grande David Ogilvy diz, “As headlines que prometem um benefício vendem mais do que as que não prometem.” É por isso que, como Clayton Makepeace escreveu em seu blog, o Total Package: Atualmente, não há muitos anúncios bem-sucedidos que não conte- nham uma promessa, explícita ou implícita. E quase sempre a promessa está no lead ou mesmo na headline. Como quase todos os tipos de lead incluem algum tipo de promessa, com frequência você só precisa tirar os elementos extras para destacar a promessa pura escondida. Saiba como identificar e escrever promessas fortes para criar qualquer tipo de lead bem-sucedido. O que prometer “Propaganda funciona melhor”, diz Drayton, “se você prometer às pessoas algo que elas desejam, não – como muitos imaginam, – se for inte- ligente, original ou impactante.” A promessa essencial em qualquer anúncio é uma declaração de inten- ções. Seu cliente em potencial pensa: “Se ler isso, o que eu ganho?” Você, em seu copy orientado à promessa, responde a essa questão. Se o leitor gostar da resposta, continuará e comprará. Qual é a promessa mais relevante que você pode fazer a seu cliente em potencial? Anúncios prometem todo o tipo de coisa ao cliente. Fazê-lo emagrecer ou deixá-lo mais bombado. Torná-lo mais forte, mais jovem, mais em forma e mais rápido. Ensiná-lo a fazer algo que ele sempre quis fazer. Ou a fazer algo de uma maneira muito mais fácil do que ele imaginava possível. Os leads de promessa mais eficientes dão ao cliente uma ideia de como ele vai se sentir enquanto estiver usando o produto, ou (às vezes, mais importante) como ele vai ser visto pelos outros. Onde começar? A maioria dos copywriters estuda o produto e descobre o que ele tem de melhor. Simples. Essa é uma lição que talvez você tenha aprendido com um dos slogans mais famosos da história. Forrest E. Mars, filho de um doceiro, encontrou a inspiração para seu produto na década de 1930, em uma pequena porção de chocolate envol- vida por uma casca de doce encontrada nos kits que os soldados da Guerra Civil Espanhola recebiam. O chocolate dava aos soldados energia rápida e a casca impedia que ele derretesse em condições adversas. Forrest levou a ideia para os Estados Unidos e patenteou sua própria fórmula em 1941. Durante a Segunda Guerra Mundial, os M&Ms faziam parte das rações dos soldados, que gostavam do chocolate pelos mesmos motivos de sua popularidade na Guerra Civil Espanhola. Forrest então começou a vender os M&Ms para o público geral. Ele contratou um copywriter chamado Rosser Reeves. Reeves já era bem-sucedido na época. Ele era chefe do departamento de copywriting e vice-presidente de sua agência em Nova York. Mas, quan- do conversou com Forrest Mars sobre os chocolates, ouviu e tomou notas como um copywriter iniciante. “Foi ele quem disse”, afirmou Reeves. “Ele me contou toda a história, eu o pressionei e ele disse, ‘Bem, eles só derretem na sua boca, mas não derretem na sua mão’”. Reeves não precisava de mais nada. Em menos de quatro anos, a Mars estava vendendo quase quinhentos quilos de M&Ms por semana. Encontre a promessa, encontre a PUV Foi Reeves quem criou o conceito da PUV. Quando escreveu sobre a PUV em seu livro Reality in Advertising (Realidade na publicidade, em tradução livre), ele estava descrevendo a fórmula dos leads de promessa bem-sucedidos. Para Reeves, a PUV começa com o produto porque ele deve ser capaz de fazer o que você diz que ele faz. De acordo com a primeira parte da fórmula, a PUV deve mostrar um benefício pelo qual as pessoas estão dispostas a pagar. A segunda parte diz que o benefício deve ser único – algo que a concor- rência não pode (ou não está disposta a) fazer. E a parte final diz que deve haver um apelo emocional. Em outras palavras, deve abordar algo que seu cliente em potencial já deseja. Quanto mais perto você chegar desses desejos essenciais, mais chan- ces seus anúncios têm de dar certo. Uma promessa pode ser grande demais? Resumidamente, sim. Uma promessa pode ser tão grande que chega a ser inacreditável. O que fazer nesse caso? Uma maneira de convencer os céticos é reconhecer seu ceticismo antes que eles o façam. Por exemplo, você pode transformar o argumento em uma pergunta: Em vez de dizer “Transforme US$ 500 em US$ 8,4 milhões!”, você diria “É possível transformar US$ 500 em US$ 8,4 milhões?” O risco é não conseguir cumprir uma promessa tão grande, o que não vai acontecer se você só fizer promessas que puder provar. Leads de promessa precisam de muita credibilidade, que pode ser obtida por meio de testemunhos ou histórias, metáforas claras, estudos de caso, gráficos e estatísticas poderosas. Quando seu público-alvo é um cliente pronto para comprar, só espe- rando aquele empurrão, um lead de promessa direta pode ser uma excelen- te ferramenta. Mas não se esqueça: muito mais importante que o tamanho da promes- sa no lead é quão original e relevante ela é para o cliente em potencial. O lead de solução de problemas O que mantém seu cliente acordado à noite? É uma pergunta que sempre fazemos em seminários e treinamentos com novos copywriters. Assim que identificar essa grande preocupação, você tem os elementos de um blockbuster na forma do próximo tipo de lead. Nos dois primeiros tipos, os leads de oferta e os leads de promessa, você viu como clientes conscientes podem reagir melhor a uma abordagem direta. Eles estão tão conectados com o que você está vendendo – ou pelo menos com o que desejam – que não é preciso fazer muito para ganhar a confiança ou a atenção deles. Mas, quando a preocupação é maior que qualquer outra coisa, você precisa de algo que seja menos direto. Leads de solução de problemas são mais difíceis de escrever do que leads de promessa ou leads de oferta porque é preciso mostrar empatia. Escrever um lead de solução de problemas pode parecer tão simples quanto identificar o problema e oferecer um produto que o solucione, mas, na verdade, há mais passos. Veja quais são eles: 1. Identifique uma preocupação que tira o sono do cliente. 2. Certifique-se de que essa preocupação tenha um grande peso emocional. 3. Trabalhe com emoções, prove que você sente a dor do cliente. 4. Ofereça a esperança de uma solução relevante. Por quanto tempo se concentrar no problema antes de passar para a solução? Quanto tempo for necessário para fazer com que o cliente leia. Para produtos simples que solucionam preocupações simples, pode ser logo na headline. Em casos mais complexos, talvez você precise passar um tempo falando do problema. No caso de soluções mais complexas para problemas difíceis, talvez seja melhor esperar um pouco. Alguns dos leads de solução de problemas mais bem-sucedidos são feitos na forma de pergunta. Veja um exemplo de lead de solução de proble- mas do grande copywriter da Madison Avenue, Maxwell Sackheim: Você comete esses erros de inglês? Perguntas também funcionam em leads de solução de problemas porque dão início a uma conversa mental com o cliente. Assim que clientes bem-escolhidos respondem “sim” para sua pergunta, será muito mais difícil interromper a leitura. Identificando em que problema se concentrar É fácil imaginar os problemas mais práticos e superficiais: sobrepeso, dentes manchados e rugas, tabagismo, dor crônica, inabilidade de econo- mizar, baixa renda, insônia, filhos indisciplinados – todos esses fatores são obstáculos a uma vida boa. Mas, por trás dessas preocupações, há sentimentos muito mais profun- dos, incluindo alguns que nem mesmo seu cliente saberia muito bem como nomear. E, nos leads de solução de problemas, você consegue mais impac- to se utilizar essas “emoções essenciais”. A melhor maneira de identificar as emoções essenciais doz cliente é passar tempo “falando” com ele. Descubra que blogs e revistas ele lê, que podcasts escuta e de que convenções participa. Leia seus posts on-line. Encontre-o onde puder e faça com que fale. Se obtiver permissão, grave o que ele disser e não pense que isso vai mudar as respostas que ele dá. Preste atenção em padrões, especialmente aqueles espontâneos e que se repetem. É assim que os clientes revelam suas maiores preocupações. O lead do segredo O lead do segredo se tornou o tipo de lead dominante no setor de publicações informativas. Ele pode ser usado para vender qualquer tipo de produto ou serviço. Nos últimos anos, foi responsável por mais de um bilhão de dólares em vendas. O objetivo do lead do segredo é o mesmo de qualquer lead: fazer com que o leitor continue lendo até que os principais benefícios da Proposta Única de Vendas sejam totalmente apresentados. Bill Bonner explica seu poder: O lead do grande segredo se conecta a um instinto que as pessoas têm de sentir que há segredos nas coisas; que as coisas que sabemos e que são óbvias para todos não oferecem vantagens. O que todos sabem é o que todos sabem e se só que sabe o que todos sabem, você é igual a todo mundo. Como criar um segredo? Às vezes, você encontra um segredo que já está no produto. Também é possível utilizar um benefício e o neologizar para que ele se transforme em segredo, ou seja, usar algo familiar e renomeá-lo para que pareça novo. Digamos que você tenha que escrever um copy sobre um suplemen- to natural com oito ingredientes. Comece com o menos desconhecido. Concentrando-se no ingrediente que o cliente em potencial não conhece, você o deixa curioso ao mesmo tempo que elimina a possibilidade de ele pensar: “Ah, já tentei isso antes. Não funciona para mim.” Ao adotar essa abordagem, faça uma lista de todas as qualidades, características e componentes de seu produto e pergunte a si mesmo qual, se algum, não é muito conhecido. Decida se o benefício fornecido por essa qualidade, característica ou componente é suficiente para fortalecer o lead. Em caso positivo, você encontrou seu segredo. As regras básicas para escrever um lead de segredo forte • O segredo deve ser instigante e benéfico. • Encontre algo no produto que o cliente em potencial não conheça ou descreva de uma maneira nova algo que ele conheça. • Provoque-o com o segredo apresentando-o na headline. • Continue a fornecer “dicas” por todo o texto, mas não revele o segre- do até que o cliente em potencial esteja emocionalmente pronto para comprar. O lead de revelação Um lead de revelação bem-feito começa com uma afirmação com força emocional, geralmente na headline. No copy que segue, o cliente em poten- cial recebe informações que demonstram a validade da promessa implícita. Bons leads de revelação são como matérias de jornal. Podem até ser como tabloides, mas tabloides também são jornais. O cérebro racional do cliente sabe que está lendo um pitch de vendas, mas seu cérebro emocional está tão envolvido na história que lê com expectativa. Muito da força do lead de revelação vem de pegar o leitor de surpresa. A afirmação da headline deve ser relevante, mas tem que ser algo que beira o incrível. Afirmações comuns são facilmente ignoradas. Vamos ver um exemplo excelente de um anúncio de um produto de saúde. A headline Read This Or Die (Leia ou morra) – faz um ótimo trabalho de chamar atenção do cliente. Imagine ler o título e o subtítulo e descobrir que tem 95% de chances de morrer de uma doença curável. A função de um bom lead de revelação não é apenas assustar, mas também empolgar e tentar. E essa headline faz as duas coisas com algu- mas palavras simples: “já há uma cura em algum lugar do planeta”. Isso faz com que o leitor pense: “Nossa, se for verdade, é melhor eu descobrir mais sobre o assunto”. Como escrever um lead de revelação • A revelação deve ser grande e ousada. Um lead de revelação preci- sa chamar atenção, mas também suscitar pensamentos e provo- car emoções. Não precisa ser sensato. Na verdade, deve beirar o inacreditável. • Faça uma promessa ou pelo menos deixe-a implícita. No exemplo, de acordo com a promessa implícita, cliente em potencial pode encon- trar uma cura para uma doença que a medicina convencional ainda não solucionou. O cliente imediatamente inverte a mensagem para “Se ler, não vou morrer”. • Faça com que ele seja relevante para o cliente em potencial. A promessa deve abordar algo com que o cliente se importe. Também deve ser algo que ele deseje. • Volte à revelação no final. Enfatize o ponto principal da revelação em qualquer coisa que ofereça e nos termos que usa na garantia. É até possível conectar a garantia à revelação: “Se você não estiver satisfeito com o produto ou se o que estou dizendo não ocorrer da maneira descrita aqui, você pode pedir um reembolso total…” Uma última palavra… Leads de revelação, mais do que qualquer outro lead, dependem da eficiência para que a venda seja bem-sucedida. Geralmente todo o poder está em uma única declaração. Como é apenas uma frase, pode parecer que leads de revelação são fáceis de escrever. Na verdade, é impossível escrevê-los. Eles precisam ser encontrados. Grandes leads de revelação quase sempre são o resultado de pesquisa. O truque é ficar alerta para fatos “incríveis” enquanto lê. Quando encontrar algo memorável, ponha no papel e releia mais tarde. Talvez seja o fato de que você precisa para criar o grande lead de revelação. O lead de história Dos seis tipos de arquétipos de lead abordados, nenhum é mais pode- roso do que o lead de história. Histórias funcionam porque permitem que o ouvinte/leitor vivencie um evento de maneira visceral. O lead de história clássico possui a seguinte estrutura: • O herói, uma pessoa comum como o cliente em potencial, tenta reali- zar algo extraordinário. • As pessoas duvidam dele. • Ele prova que elas estão erradas. Há diversas maneiras usar essa estrutura no texto. Algumas escolas de pensamento argumentam que nossos cérebros foram feitos para reagir a histórias. As histórias, por si mesmas, são inte- ressantes, mas também transmitem informações de forma fácil de lembrar. Isso fez com que elas se tornassem parte importante de todas as culturas. Muito antes da invenção da imprensa, as pessoas usavam histórias para transmitir lições importantes para seus descendentes. A Ilíada, a Odisseia e Beowulf são histórias que inspiraram e educaram suas respectivas cultu- ras. Algumas dessas histórias continham elementos não narrativos (listas, mandamentos etc.), mas eles estavam conectados às histórias. O que é a Bíblia – O Velho e o Novo Testamento – se não uma coleção de histórias? Quando você utiliza um lead direto, como o de oferta, convite, promes- sa ou solução de problemas, o cliente em potencial reconhece que algo está sendo vendido. Como ele não gosta da situação, resistirá emocionalmente mesmo que sinta vontade de comprar. No caso de leads indiretos, o cliente em potencial não está tão cons- ciente da venda. Quando lê o lead do grande segredo, sente vontade de continuar porque deseja descobrir o segredo. O mesmo acontece no lead de revelação. E, acima de tudo, no lead de história. Se a história for bem contada, o cliente em potencial esquece – quase imediatamente – que está lendo um anúncio. E esquece, pelo menos por um momento, que estão tentando lhe vender algo. Suas emoções estão conec- tadas à história. Há um problema e ele deseja saber como será resolvido. Ele lerá o copy com a mesma abertura emocional com que lê um roman- ce ou assiste a um filme. Sua guarda está baixa. Muito baixa. Essa é uma grande vantagem para o copywriter. Segredos de persuasão dos maiores profissionais de Marketing. Bob Bly Estou escrevendo um grande livro, “O manifesto da persuasão”, um compilado das técnicas mais bem-sucedidas de produção de copies persu- asivos já criadas. Meu principal método de pesquisa é enviar e-mails para profissionais do marketing que consistentemente obtiveram taxas de resposta altas e perguntar o que eles fizeram para obter tanto sucesso. Minha pesquisa secundária é um estudo cuidadoso dos poucos livros de marketing e psico- logia que todo profissional de marketing direto deveria ler. Veja algumas das melhores técnicas que colecionei até agora. O teste do “E daí?” Depois de escrever seu copy, leia-o e se pergunte se ele passa no teste do “e daí?”. O copywriter Joan Damico explica: “Se, depois de revisar seu copy, você acha que o público-alvo responderia apenas ‘e daí?’, reescreva até ter um texto que os faça dizer, ‘Isso é exatamente o que estou procuran- do. Como faço para ter esse produto?’” Os principais motores do copy Seu texto deve ter algum dos principais motores do copy, definidos por Bob Hacker e Axel Andersson: medo, ganância, culpa, exclusividade, raiva, salvação e lisonja. “Se seu copy não estiver cheio de um ou mais desses motores, rasgue-o e recomece”, diz Denny Hatch em The Secrets of Emotional, HOT-Button Copywriting. A técnica da gota no oceano “Mostre que o preço do produto é uma ‘gota no oceano’ comparado ao valor que ele tem”, diz o copywriter Mike Pavlish. Essa é uma função do produto, não apenas do copy, como afirma Fred Gleeck. “Faça um produto que pode custar até 10 vezes mais do que você cobra”, ele diz. “Se real- mente tiver um produto que vale muito mais do que você cobra por ele, fica muito mais fácil vendê-lo em grande quantidade.” Conheça seu público “Para ser persuasivo, entro em contato com o público-alvo. Eu convido um ou dois clientes para um jantar no qual conversamos muito.” diz Christian Boucke, copywriter da Rentrop Verlag, na Alemanha. “Eu também telefono para de 15 a 40 pessoas para ter diversos testemunhos e fatos, além disso vou a encontros ou exposições em que posso ter uma primeira impressão das pessoas. O ideal é manter contato com alguns clientes por muitos anos. Ao fazer isso, entendo melhor suas principais motivações.” Escreva como as pessoas falam “Escreva como você fala”, diz Barnaby Kalan, da Reliance Direct Marketing. “Use uma linguagem que seja simples e fácil de entender. Escreva como seus clientes falam.” Seja atual “Preste muita atenção ao que está sendo noticiado”, sugere Dan Kennedy em sua e-letter No B.S. Marketing. “Use um tema atual em uma comunicação significativa para seus clientes atuais; na propaganda para novos clientes e na busca por visibilidade na mídia.” Comece com seu argumento mais forte “Quando reviso textos, acredito que o ponto mais potente quase sempre está na última frase” diz John Shoemaker. “Eu simplesmente mudo essa frase para a primeira linha. Melhora instantânea.” A teoria da “tremenda pancada” “Eu uso a teoria da ‘tremenda pancada’ de Winston Churchill”, diz o copywriter Richard Perry. “Se você tem algo importante a dizer, não tente ser sutil ou inteligente. Use um porrete. Bata no ponto uma vez. Volte e bata de novo. E, por fim, bata uma terceira vez – uma tremenda pancada.” Crie credibilidade “Em minha experiência, o principal segredo da persuasão é transmitir confiança”, diz o copywriter Steve Slaunwhite. “Se você fizer isso bem, terá a chance de envolver e persuadir o leitor. Caso contrário, nem as técnicas mais elaboradas de copywriting vão salvá-lo.” Não use um “lead óbvio” “Em vez de escrever o lead como se estivesse começando a conver- sar com o cliente”, diz Bryan Honesty, “escreva como se já tivesse come- çado uma conversa e estivesse apenas respondendo algum comentário”. Exemplos: “Você tem o brinde. Só que ainda não sabe.” “Você não pode desistir de seus sonhos agora.” “Por que é tão difícil pra você perder peso?” Promessas, proclamações e provas esmiuçadas. Bob Bly Argumento - O subhead afirma que o Plano Pinchot é novo. Isso estimula o leitor e faz com que ele pense: “Por que nunca ouvi falar disso antes?” 4º argumento - O apoio de uma fonte com credibilidade traz outro argumen- to: este plano não é afetado por flutua- ções de mercado. A fábrica de papel de Wisconsin usa o “Plano de Aposentadoria Pinchot” para receber US$ 18.850 por dia. Há uma nova maneira de se aposentar sem preocupa- ções nos Estados Unidos. Em vez de trabalhar até os 60 anos, um pequeno grupo de americanos descobriu um plano de aposentadoria único (que só existe por causa de um ex-governador e assessor presidencial), que poderia lhe pagar milhares de dólares extras por mês, não importa a sua renda ou idade. O Los Angeles Times recomenda que você considere esse plano se está “procurando por um investimento que continua a crescer independentemente de recessão ou instabilidade na bolsa de valores”. Caro leitor, Para a maioria das pessoas, 7 de agosto de 2006 foi como qualquer outro dia. Mas, para Ron Hanson, de 55 anos, foi uma manhã inesquecível. Enquanto a maioria de nós preparava o café da manhã, Hanson (cidadão de Madison, Wisconsin, que passou a maior parte da carreira no setor de produção de papel), estava descontando um cheque de US$ 18.850, de acor- do com registros governamentais. Isso é mais do que a maioria das pessoas ganha em vários meses de trabalho. Surpreendentemente, Hanson não era o único embol- sando um pagamento enorme. Inclusive, seu cheque não foi o mais alto daquele dia. De acordo com os registros governamentais: Arthur Sims, de Minnesota, recebeu, naquele mesmo dia, US$ 2.865,20. Eugene Allen, de Washington, embolsou mais do que a maioria das pessoas ganha em um ano inteiro US$ 108.832. Por que esses homens estão ganhando tanto dinheiro? Promessa indireta - o leitor está curioso com o novo jeito de conse- guir muito dinheiro em um único dia. Ele quer continuar a ler para ver o que é o Plano de Aposentadoria Pinchot. 2º argumeto - pessoas já usam esse produ- to. Deve ser real. 3º argumento - O plano foi iniciado por um congressista. Isso pode ser verificado. Deve ser real. Lead de história - muito adequado para uma headline indireta. 1ª prova - No lead, há a primeira prova, validando o argumen- to dos US$ 18.850. 2ª e 3ª provas - apoio do segundo argumen- to de acordo com o qual outras pessoas já estão aproveitando este “novo” plano. 5º argumento - Diz ao cliente em potencial que o Plano é perfeito para ele. Prova do 5º argumento - que o plano é perfei- to para investidores. Em resumo, graças a vários programas governamentais dirigidos por um assessor da presidência e governador estadual chamado Gifford Pinchot, você pode receber uma renda enorme, todos os meses, sem ter que fazer nenhum esforço extra. Chamado de Plano de Aposentadoria Pinchot por muitos dos participantes, esse programa é perfeito para aposentados, pessoas que desejam se aposentar em breve ou qualquer um que deseja ter dinheiro depositado regular- mente na conta bancária... • Como Paul Lyons disse à revista Forbes: “Tenho muitas ações e títulos, mas acho que não há no mundo inves- timento tão bom quanto [o Plano Pinchot]. O patri- mônio original de Paul Lyons era US$ 500 e agora é avaliado em mais de US$ 500.000 • É por isso que a Forbes diz que: “É como ter uma reserva de petróleo que aumenta a cada ano.” • O Los Angeles Times afirmou que: “O plano Pinchot bateu o S&P 500 há muito tempo” e que você deve considerá-lo se “estiver procurando um investimen- to que continua crescendo”, independentemente de recessões ou instabilidades na bolsa”. 7º argumento e prova - Outra fonte com credibilidade fala sobre benefí- cios. O leitor cético fica impressionado Repetição da terceira promessa em outras palavras. Outros grandes jornais também estão falando do plano. The New York Times, The Wall Street Journal e Barrons fizeram matérias sobre essa oportunidade nos últimos meses. Depois de mais de uma década trabalhando na indús- tria financeira, posso dizer sem dúvidas que o Plano de Aposentadoria Pinchot é a melhor opção se você não quer ficar sem dinheiro. Por exemplo... Você poderia ter recebido US$ 63.934 em dividendos nos últimos 2 anos. Se estivesse participando do Plano de Aposentadoria Pinchot nos últimos 2 anos, você teria recebido 48 cheques de dividendos (aproximadamente um a cada 15 dias) Como vou mostrar, esses cheques poderiam facilmente ter chegado ao valor de US$ 63.934. São US$ 2.664 por mês. 2ª promessa — É direta. O copy passa da terceira pessoa para a segunda pessoa (você). 6º argumento e prova - É uma analogia. Também é uma citação de uma revista com credibilidade, por isso é um argumen- to e uma prova em uma única frase! 3ª promessa - É feita pelo autor da carta. 8º argumento - bastante específico (US$ 63.934) é mais do que o primeiro valor (US$ 18.850), o que costuma aumen- tar a credibilidade. O leitor cético espera que você use o maior valor primeiro. Feito dessa forma, o texto parece mais comedido e indica que é possível acreditar no autor. Argumento reafirma- do - É a 3ª promessa dita de outra forma. A história Vanderbilt continua. É dramáti- ca. O leitor sente que está assistindon a um filme. Histórias usadas como prova têm muita potencia emocional. Pinchot pôs em prática as técnicas que aprendeu no exterior. Nos últimos dois anos, o Plano Pinchot poderia ter te pagado US$ 63.934 só em dividendos.... Logo depois, a propriedade de Vanderbilt começou a gerar lucros pela primeira vez. Vanderbilt ficou tão impressionado que montou uma exibição na Feira Mundial de Chicago para mostrar o modelo de Pinchot para uso da terra. Depois de ganhar uma boa reputação, Pinchot abriu um escritório em Nova York para mostrar a ricos proprietários de terra como lucrar. Ele ganhou uma fortuna... Segunda história - Depois de provar um argumento com a história Vanderbilt, o copywriter apre- senta a 2ª história que se passa em um lugar diferente. Ela também valida o conhecimento de Pinchot e cria uma conexão com o governo. Observe: A segunda história tem metade do tamanho da primeira. Por quê? Porque não precisa ser tão longa. Conforme as provas se acumulam, o leitor fica mais disposto a aceitar provas cada vez menores. Pinchot comprou uma escuna de 45m de altura, completo, com cabine para uma tripulação de 12 pessoas. recursos naturais durassem gerações. Ele e sua família viveram em uma mansão chamada Grey Tower, na Pensilvânia. A propriedade, que agora é um local histórico, é uma mansão gigante com 23 lareiras e 44 quartos. É uma situação impressionante. Vou explicar... O que exat ame Um dia, o trabalho e o sucesso estrondoso de Pinchot atraíram a atenção do governo. Ele foi contratado para trabalhar no Departamento do Interior e chefiou a Divisão de Florestas. Em seu primeiro ano, Pinchot ensinou a proprietários de mais de 100 mil acres como cuidar de suas terras e lucrar com elas. 11º argumento Mas o que o trabalho de Pinchot tem a ver com a sua aposentadoria? Em suma, Pinchot elaborou leis e estratégias que eram boas para o meio ambiente... e para a economia. Ele contribuiu para que muitos homens enriquecessem e garantiu que nte éo Plan o Pinc hot de Apo sent ador ia? Hoje existem 6 empresas “Plano Pinchot” listadas na bolsa. Elas seguem o “Modelo Pinchot” para uso e desen- volvimento de terras. Essas operações, como você verá, não são os negócios de sempre. Transição - Depois de mostrar as creden- ciais impecáveis de Pinchot, o copy se volta ao leitor (pela segunda vez) e começa a falar dos benefícios. Quinta promessa - é peculiar. Explica como o plano beneficiará o leitor e é bastante direta. Em algum momento, todos os leads indiretos devem se tornar promessas diretas. Ao adotar a abordagem indireta, faz- se a transição depois de o leitor ter visto muitas provas e estar disposto a acreditar no que virá a seguir. 1ª prova do 11º argumento 2ª prova do 11º argumento 5ª promessa - Benefício adicional apresentado 3ª prova e 11º argumento - Também é um argumento, mas age como prova. Em vez disso, eles administraram milhares de acres de terra. Vendem lenha, direitos de mineração, produtos manufaturados (como compensados e painéis de fibra), propriedades (para desenvolvedores e conservacionis- tas)... e alugam suas terras para caçadores, fazendeiros e pessoas que desejam acampar. Outra coisa que faz das empresas Pinchot diferentes é, graças à seção 856-860 do código da Receita Federal americana de 1986, elas pagam impostos em nível federal. E, como parte desse acordo, precisam distribuir 90% da renda sujeita a impostos para os acionistas. Outra diferença importante entre essas operações e ações comuns é que elas não são tão suscetíveis aos altos e baixos da economia. Se não é um bom momento para vender terras e lenha, elas podem simplesmente esperar. É um luxo que poucos negócios podem ter. O incrível é que essas empresas “Plano Pinchot” são muito mais seguras e lucrativas que ações comuns. [Veja o gráfico]. O Plan o Pinc hot bate u açõe se títul os nos últi mos 33 anos Vou dar um exemplo do que quero dizer... Como alguns americanos transformaram US$ 10.000 quase US$ 1 milhão em Há cerca de 20 anos, um grupo de empresários de Seattle criou um negócio de administração de terras usando o modelo desenvolvido por Gifford Pinchot para George Vanderbilt e outras famílias ricas da Costa Leste. 12º argumento 12º argumen- to reafirmado Prova visual - segu- rança comparativa do Plano Pinchot é rapidamente demons- trada pelo gráfico. Cola para criar leads de qualidade para newsletters. Brian Hunt Pulei de um avião a 4 quilômetros de altura. Andei de moto a 240 km por hora. Uma vez, briguei com um cara que tinha 1,95 de altura e pesava 130 kg. Nenhuma dessas coisas me assustou tanto quanto a sensação de ser um novo escritor. Talvez você saiba como é: prazo apertado... aquele papel em branco... nenhuma ideia do que escrever no lead. Foi frustrante. Meu cérebro travava. Era como tentar terminar um quebra-cabeças, mas não conseguir nem juntar duas peças. Eu não estava sendo produtivo e não estava merecendo o salário que recebia. Eu estava mais ansioso do que quando pulei do avião. Agora sou conhecido por escrever um lead de qualidade no tempo que se leva pra fazer um café. Me esforcei e treinei muito para dominar essa habilidade, mas há um segredo por trás dela… Apesar de meus leads parecerem criativos, eles são o resultado de uma fórmula. Sempre que estou sem ideias, dou uma olhada em minha “cola” de todos os leads que posso usar. Se algum dia você tiver “ansiedade de lead”, como eu tive quando esta- va começando, espero que as informações a seguir tornem o processo mais fácil... e o ajudem a fazer leads incríveis. O lead do “bater pernas” A primeira e melhor opção para o lead é SEMPRE a abordagem do “bater pernas”. É o “Estou aqui... Estou vendo isso... Estou tendo essa experiência”. Um lead que detalha como você passou (ou conversou com alguém que passou) pelo que está escrevendo será mais interessante do que um lead que usa um artigo de jornal. Contar histórias sobre bater pernas e compartilhar insights locais é parte da melhor experiência em termos de newsletters. Com a abordagem “Eu estava lá”, talvez seu lead… • Comece com uma discussão que você teve na Mongólia com um gestor de fundos do país. • Comece descrevendo os olhos amarelos que você viu em um tronco enquanto visitava madeireiras no Noroeste Pacífico. • Comece descrevendo um porto, uma mina, um centro de pesquisas, um grande projeto de construção ou uma fazenda que você visitou. As ideias principais são VOCÊ e VISITAR. Viaje. Fale com as pessoas que estão passando pelo que você está escrevendo. (Se não puder fazer uma viagem direcionada à área ou ao setor sobre o qual estiver escrevendo, considere falar sobre alguém de confiança... e contar sua experiência de bater pernas. Pode ser quase tão bom quanto se você mesmo tivesse viajado.) Quando se trata de escrever uma newsletter de qualidade, há uma ligação direta entre seus pés e suas mãos: bata pernas. Os leads surgirão de seus dedos. Tom Dyson foi o melhor nas newsletters que utilizavam a abordagem “Eu estava lá”. Veja um exemplo de seu trabalho: 23 de maio de 2007 Tom Dyson, The Palm Beach Letter Colapso em Detroit O MapQuest pode mostrar o caminho mais curto e mais rápido. Mas não avisa sobre os bairros perigosos … Estou em Detroit para investigar o colapso imobiliário desta semana. Ontem à noite, jantei com seis empresários da cidade. O Roma Café fica a apenas 3 km de meu hotel e eu imaginei que veria mais se batesse perna, então eu andei... pegando a rota que o MapQuest sugeriu. Detroit é um pouco como Baltimore. Você encontra um gueto a alguns passos das principais avenidas. Eu estava andando sozinho quando come- cei a notar muitos pacotinhos de drogas vazios espalhados pela calçada. Também vi uma pequena gangue em frente a uma porta. Senti que eles apon- tavam para meus chinos e sapatos Timberland, por isso acelerei o passo. No fim, deu tudo certo, apesar de eu ter olhado para trás algumas vezes. Quando contei para as pessoas no restaurante que tinha andado até lá, elas me olharam como se eu tivesse sorte por estar vivo e me disseram para não andar em Detroit. O empresário com quem eu me encontrei confirmou minha teoria... Detroit é uma utopia contrarian. Quatro dos homens eram investidores. Eles se autodenominam “slumlords”. Compram propriedades em leilões, as reformam e depois as alugam ou vendem. Eles também têm empresas de administração de imóveis e ajudam as pessoas com seguros e hipotecas… Muito bom, não é? Mas você não pode passar todo o seu tempo na estrada. Você vai comer muito fast-food e sua esposa vai pedir o divórcio. E, se você for um pai ausente que passa todo o tempo em madeireiras na Mongólia, seus filhos certamente buscarão uma vida cheia de drogas e violência. Ou pior, entrarão para a política. Também é importante lembrar que muitos grandes leads de newsletter não falam de viagens. Eles falam de História... ou de uma grande ideia... ou apenas de uma boa anedota... ou apenas impactam os leitores com uma afirmação extraordinária. Vamos falar de todos eles… O lead de História Eu adoro um bom lead de História. Eles podem ser tão interessantes quanto leads de bater pernas. É meu segundo tipo favorito de lead. Porter Stansberry é muito bom em leads de História porque lê muito sobre o assunto. Se quiser ter essa poderosa arma, você precisa fazer o mesmo. Leia muita História e tenha seu próprio banco de dados. A chave para um grande lead de História é garantir que ele se conecta com a ideia principal do texto. Se isso não acontecer, o resultado não será bom. Veja um exemplo: 7 de novembro de 2008 Porter Stansberry, Stansberry’s Investment Advisory É isso As pessoas se matam em baixas de mercado. Um segurança o encontrou. Ele estava sentado no banco do motorista de seu Hummer amarelo, no terceiro andar de um estacionamento do Shopping Memorial City, em Houston. No dia 22 de outubro, ele colocou o cabo de uma espingarda na boca e explodiu a cabeça. Seu nome era Robert Chaney. Ele provavelmente era o mais bem-sucedido perfurador de poços pionei- ros de sua geração, pois fundou a Paramount Petroleum Co. em 1986, quando o negócio petrolífero estava subindo depois do terrível bear market de 1985. Entre 1989 e 1993, Chaney fez 30 importantes descobertas de petróleo e gás natural, algumas das quais eram muito grandes. Ele vendeu a empresa logo depois e começou a colecionar arte contemporânea, se tornando um dos maiores colecionadores de todo o mundo. Ele também fundou uma nova empresa, a R. Chaney & Co., uma grande investidora em empresas menores. Essas ações foram destruídas nos últimos seis meses. Karl Hill era um banqueiro de cidade pequena muito bem qualificado. Nos últimos quatro ou cinco anos, ele havia se tornado uma celebridade entre as pessoas que negociam ações de pequenas mineradoras. Percebendo que nunca conseguiria separar o joio do trigo nas centenas de ações juniores do Canadá, ele escolheu a única opção que fazia sentido: comprou todas elas. O timing foi impecável... na entrada. Ele montou uma grande posição na baixa do mercado em 2001. Em 2005, tinha adquirido uma fortuna impressionante e acabou se tornando um dos palestrantes anuais da conferência de investi- mentos mais prestigiadas de Nova York, a Grant’s. Nesses eventos, era o homem mais popular, um banqueiro rural da Geórgia recebendo muita atenção no Hotel St. Regis em Nova York. Era um sinal óbvio de alta de mercado. No dia anterior ao menor fechamento dos últimos tempos do Gold Bugs Index, Karl Hill deu um tiro na cabeça. Sei, por experiência própria, como o suicídio pode destruir familiares e amigos. Não estou comemorando essas mortes, que são tragédias terríveis. Mas quer queira, quer não, é o que acontece quando o bear market atinge mínimas. Bear markets só acabam quando o último bull desiste. E alguns desses bulls inevitavelmente só saem depois de ter sido derrubados… Como você pode ver, Porter faz muito bem a conexão entre o evento histórico e a atualidade. O lead de argumento forte Aqui o escritor chega com o pé da porta... e atinge o leitor com um argumento forte. Frank Curzio e eu fizemos isso no exemplo a seguir. 3 de junho de 2010 Frank Curzio, Investidor Fase 1 A empresa de mineração de ouro mais incrível do planeta Depois de 15 anos no setor de consultoria de investimentos, acho que já vi e ouvi todas as histórias malucas sobre mineração que existem por aí. Como a maioria dos leitores da Fase 1 tem experiência, você provavel- mente já deve ter ouvido esse tipo de coisa: “A maior descoberta de ouro desde a corrida do ouro na Califórnia”... “Penny stock controla mais de US$ 6 bilhões em urânio”… “O ouro do Faraó!” Também tenho certeza de que a maioria das especulações de minera- doras, principalmente as que possuem histórias incríveis, não funcionam. É uma das formas mais extremas de investimentos de alto risco e alto retorno …e atrai os mais ousados. Como Mark Twain disse, “Uma mina de ouro é um buraco no chão com um mentiroso ao lado.” É com uma experiência de anos de ceticismo que estou fazendo essa afirmação ousada: A recomendação deste mês é a empresa de mineração de ouro mais incrível do planeta. Se a descoberta dessa empresa tivesse sido feita em território ameri- cano, estaria na capa de todos os grandes jornais do país. O campo tem mais de 5 mil km2... cerca de nove vezes o tamanho da cidade de Chicago. Também tem um dos minérios de ouro de mais qualidade já encontrados. O potencial de produção dessa mina suscitou o interesse – e o dinheiro – de três das maiores mineradoras do mundo... e de um de seus investidores mais bem-sucedidos. É como se a Microsoft, a Oracle e a IBM apostassem em uma pequena empresa de tecnologia. No escritório, apelidamos o ativo que essa empresa vai minerar de “Areia de Ouro”... por causa do depósito de petróleo conhecido como “areias petro- líferas canadenses”. Mas a recomendação deste mês – nossa empresa de “Areia de Ouro” – não minera no Canadá. E, diferentemente do depósito de areias petrolíferas do Canadá, o ativo dessa empresa não fica em terra firme. Essa empresa vai minerar ouro do oceano… Poderíamos observar diversos clássicos de Porter para ver exemplos da afirmação forte. Seu lead “Você vai comprar o suficiente?” de março de 2006 é fantástico. Mas o melhor de todos é o seguinte: 5 de novembro de 2004 Porter Stansberry, Stansberry’s Investment Advisory A melhor ação de 2005 Como multiplicar seu dinheiro 21X, de forma segura, com uma única ação Sei que parece absurdo. Seus amigos vão rir quando você tentar explicar... da mesma forma que você deve estar ridicularizando o que eu disse, “21X seu dinheiro... isso é ridí- culo …” Sim, é verdade. Além de ser ridículo, é um maravilhoso paradoxo finan- ceiro: os cães e os gatos do mundo das finanças vivendo juntos. Neste caso, os cães são os gestores dos fundos mútuos mais renoma- dos, que buscam ativos subvalorizados, subutilizados e baratos que ofere- cem apenas uma qualidade óbvia: segurança. E os gatos são os movimen- tadores dos “fundos de crescimento” de alta tecnologia, alto risco e, se tudo der certo, alto retorno. Gatos têm sete vidas. Eles precisam delas para sobreviver às altas e baixas de seus investimentos em fase de “desenvolvimento”, os quais sofrem com todos os riscos financeiros existentes. O que é impressionante encontrar, qualquer que seja seu posicionamento nos investimentos, são os cães e os gatos mais agressivos simultaneamen- te com grandes posições da mesma ação. Assim como beijar primos, essa obscenidade é o que encontramos este mês... e o que consideramos atraente demais para ignorar... apesar da loucura de tudo nos inspirar a escrever uma headline tão absurda quanto a que você acabou de ler. Neste caso, os gatos estão atrás da maior inovação biotecnológica desde 1989, quando o EPO da Amgen obteve a aprovação do FDA, aumentando a taxa de sobrevivência no tratamento do câncer citotóxico. E os cães estão comprando uma empresa cujas ações negociaram com 50% de desconto de seu segundo preço de oferta, e com desconto de 25% em relação a seu valor de reposição. Em outras palavras, o que capitalistas de risco profissio- nais estavam dispostos a comprar por US$ 10, agora você pode comprar por apenas US$ 5. O que é, de longe, a mais importante nova tecnologia médica que já encontrei, está sendo vendida a um preço que atrai investidores que só compram quando é extremamente seguro. Nunca vi isso acontecer antes. Felizmente, não poderia ter acontecido em melhor época. Passei os últimos quatro anos fazendo a pesquisa que vou comparti- lhar com você hoje. É justo dizer que passei mais tempo trabalhando neste projeto do que em qualquer outra pesquisa e em qualquer outra ação. Estou totalmente convencido: esta é a melhor oportunidade que encontrei em toda a minha carreira como analista de equity. Eu realmente espero ganhar 21X o que investi em uma única ação – a maior parte desses lucros provavelmente virá no ano que vem. Acredite se quiser, não é o gigantesco potencial de lucro que fez dessa ação meu maior investimento especulativo…. Eu me lembro de ler esse texto pela primeira vez e de sentir vontade de comprar a ação imediatamente. Conheço diversas pessoas que compraram só porque o lead era bom demais. O lead de ideia atemporal de riqueza Esse lead é difícil de explicar. É difícil identificar o que uma ideia atem- poral de riqueza realmente é. Você vai entender quando ver. Basicamente, é o ensinamento de uma lição valiosa de forma lúdica. Dan Ferris fez um ótimo trabalho no lead a seguir. 2 de março de 2012 Dan Ferris, Extreme Value Compras ganham da política Por que apostar nas maiores empresas é mais inteligente do que apostar em governos, inflação e impostos. A chave para o sucesso nos investimentos não é uma técnica ou uma estratégia. Não é o tamanho da posição, trailing stops, opções ou ter informação privilegiada. Não é nem a habilidade de avaliar um negócio (uma habilidade sem a qual certamente você perderá dinheiro em ações). A chave não é “comprar barato e vender caro” ou “ser ganancioso quan- do os outros estão com medo, e ter medo quando os outros estão ganancio- sos”... apesar de as duas frases serem verdadeiras. A chave para o sucesso nos investimentos é uma crença simples e essen- cial que fundamenta o uso bem-sucedido de todas as técnicas, estratégias e ideias listadas anteriormente. Essa crença é o que permite comprar quando as ações caem e todos estão com medo... e vender quando as ações estão sobrevalorizadas e todos estão complacentes. Para ser bem-sucedido no mercado de ações, você precisa acreditar que compras ganham da política. “Compras ganham da política” é a maneira mais simples (e talvez mais crua) de explicar a chave para o sucesso no mercado de ações. O segredo é perceber que o que acontece no mundo dos negócios é mais importante para sua vida cotidiana do que o que acontece na Casa Branca ou no Capitólio. A quantidade de hambúrgueres vendidos no McDonald’s é mais impor- tante do que o debate sobre o teto da dívida. A quantidade de cerveja vendida na lojinha do bairro é mais importante do que qualquer disputa pela nomea- ção republicana para presidente. E o número de consumidores ocupando os corredores da Target e do Wal-Mart é mais importante do que o número de manifestantes ocupando Wall Street. Apesar de toda a histeria dos noticiários e dos jornais... compras sempre ganham da política. Obviamente estou usando a palavra “compras” para representar todas as atividades econômicas privadas. O gasto do consumidor é a maior parte do PIB... então tudo se resume às compras! A chave nesses leads é a forma como eles ensinam uma lição valiosa de maneira lúdica. Dica: quando estiver escrevendo sobre uma ideia atemporal de rique- za, diga ao leitor por que a ideia é tão importante. Isso fará com que ele preste atenção. O lead “diga aos leitores que eles estão ganhando” Sjug é bom nisso. Muitos de seus leads enfatizam como sua aborda- gem é ajudar os leitores a ganhar dinheiro. Ele diz que a edição atual da newsletter contém uma ideia semelhante a alguma outra ideia utilizada em newsletters anteriores que ajudou os leitores a ganhar dinheiro. Veja um exemplo: Outubro de 2009 Steve Sjuggerud, True Wealth A operação difícil é a operação certa Tivemos retornos excepcionais com a True Wealth este ano fazen- do operações “difíceis”. Se não aproveitar mais nada desta edição, grave a seguinte mensagem: A operação difícil é a operação certa. Esse é um dos maiores segredos para ter muitos lucros. Para que você possa ver essa ideia na prática, vamos observar nossas operações deste ano. E então veremos qual é a “operação difícil” da vez… Quando o mercado de títulos corria o risco de implodir, fizemos a opera- ção difícil e investimos de forma segura em títulos arriscados... Nós compra- mos ações de um fundo de “junk bond”, o PIMCO High Income Bond Fund (PHK). Resumindo, eu fiz a recomendação no dia 19 de dezembro, na edição de janeiro, e nós saímos dois meses depois com um lucro de 52%. A seguir, na edição de fevereiro, procuramos pela “operação difícil” e descobrimos que o mercado de títulos municipais (títulos do governo livres de impostos) corria risco de quebrar. Novamente, entramos da forma mais segura possível… Compramos um fundo cheio de títulos municipais tediosos, segurados e de qualidade (PZA). O fundo subiu 12% desde que o recomendamos na True Wealth. (Aliás, ainda recomendo a compra do PZA… Ele está rendendo 5% - sem cobrança de impostos. O PZA ainda trará mais lucros.) Na edição publicada em 20 de março, o mercado de ações parecia estar mal... A operação difícil de março foi comprar ações. O que eu fiz? Recomendei a compra de todo o mercado! Nós compramos um fundo que basicamente possui as 500 maiores ações dos Estados Unidos. Acreditávamos que tínha- mos o potencial de ganhos de 50% em 18 meses. Mas o fundo já subiu 40% em apenas seis meses… Na edição seguinte, a “operação difícil” era comprar coisas “arriscadas”. Foi o que fizemos... fomos em busca de risco. Eu recomendei dois fundos estrangeiros especulativos que poderiam gerar lucros de 50% em nosso investimento russo. E nossa estratégia envolvendo a China e Hong Kong subiu 34% - então também temos quase 50% aqui. Na edição de junho, especulamos com o “EDD” (o fundo de dívida de mercados emergentes do Morgan Stanley). O EDD disparou 30% desde que o compramos. (Espero que você saiba que um ganho de 30% em quatro meses é incrível!) Surpreendentemente, o fundo AINDA está com um descon- to de 15% em relação ao valor de seus títulos – e ainda há muito upside pelo caminho. O plano é carregar esse fundo por dois anos ou até 80%, o que vier primeiro… (Sim, é um fundo de títulos. E, sim, é possível ter esse tipo de lucro. Volte e leia a edição online se você não se lembra do porquê). Depois disso, recomendei o “Locatário do Obama” na edição de julho. Por quê? Porque, durante o verão, a “operação difícil” foram os imóveis. Houve uma recuperação desde então. Mas, na época, ninguém estava investindo nesse ativo. Nós compramos imóveis de forma segura por meio de propriedades para aluguel em Washington D.C.. Não há recessão no governo – o governo sempre paga o aluguel. O Locatário do Obama já subiu 37% (ações de WRE). É um ganho sensacional em um período tão curto de tempo. Alcançamos esse número fazendo a “operação difícil” do dia. A operação difícil é a operação segura. O que fazer a seguir? Qual é a “operação difícil” de hoje? Esse é o tema desta edição…. O lead “diga aos leitores que eles estão ganhando” costuma gerar copies menos interessantes do que os leads de História e de Bater Pernas. Mas, como Sjug acabou de provar, ele pode funcionar muito bem. O lead do “conte aos leitores sobre um investidor brilhante” Conte aos leitores sobre um investidor bem-sucedido e brilhante... ou pelo menos sobre sua ideia favorita. Essa é outra especialidade de Sjug. Veja um exemplo: Dezembro 2005 Steve Sjuggerud, True Wealth O melhor investimento para os próximos sete anos É uma história lendária… Com uma expressão séria, o investidor Ęeremy Grantham disse em uma sala cheia de investidores que as ações acarretariam em perda de dinheiro pelos próximos 10 anos. Não parece muito inteligente dizer a seus investidores que eles provavel- mente perderão dinheiro por uma década se você administra US$ 90 bilhões (dos quais US$ 79 bilhões estão em ações). Afinal, quem quer investir com alguém que disse que ações vão dar preju- ízo a uma taxa anualizada de 2%? A resposta é: as pessoas inteligentes… O timing de Grantham foi perfeito... Ele fez essa afirmação em Atlanta, em abril de 2000, logo após o pico da bolha do mercado de ações. Na época, o S&P 500 estava próximo da alta histórica de 1.500. Hoje, cinco anos e meio depois, o S&P 500 está abaixo de 1.250. Sua previsão foi fantástica. Em 1 de março de 2000, Grantham publicou suas previsões de 10 anos para todas as classes de ativos. Ele previu que as ações seriam a pior classe de ativos e que os imóveis seriam a melhor pelos próximos 10 anos. Imóveis estão “surpreendentemente baratos”, ele disse ao público. “Imóveis são um bom ativo sólido que oferece um bom retorno sólido. Mesmo assim, REITs negociam com desconto de 25%.” Grantham previu um retorno total de 10,5% ao ano pelos próximos 10 anos em ações de imóveis, sua previsão mais otimista para qualquer classe de ativos. Ele estava certíssimo. As ações de imóveis vêm disparando desde 2000. Grantham evitou as ações, investiu muito em imóveis e permitiu que seus investidores ganhassem uma fortuna. É assim que as pessoas se tornam investidores lendários. A questão agora é “De que Grantham gosta hoje?” A resposta é o tema da newsletter deste mês…. Sjug conta ao leitor sobre um criador de super-riqueza... fala breve- mente sobre suas credenciais e seu track record… e diz ao leitor que ele pode investir com o guru… ou pelo menos investir na ideia preferida do guru. O lead “essa é a maior preocupação do leitor” Se você está tendo dificuldades para encontrar um lead, faça a pergun- ta essencial: qual é a maior preocupação do leitor no momento? • Inflação? • Convênio médico? • O “apocalipse da dívida”? O que quer que seja, não é má ideia escrever um lead que aborde a ques- tão, faça o leitor se sentir melhor e ofereça uma solução. Veja um exemplo: Dezembro de 2005 Steve Sjuggerud, True Wealth Sua maior preocupação com a aposentadoria finalmente resolvida Eu finalmente tenho uma solução para o que está tirando seu sono... Eu a chamo de “CDB de 5,6% ao ano de alto rendimento”. O objeto é impedir que você faça seu pé de meia com as taxas de juros em zero. Esse investimento… • É ainda mais fácil de comprar do que um CDB bancário. • Não o prende como um CDB com vencimento de três anos. • Paga uma taxa alta de rendimentos todos os meses. • É seguro, como vou explicar. Quando converso com minha mãe ou com meus sogros, minha maior preocupação em relação a eles é a renda na aposentadoria. Eles estão bem. Fizeram tudo certo na vida. Trabalharam e economiza- ram. Nunca gastaram com bobagens. Mas, agora, Ben Bernanke, o atual presidente do Fed, jogou um balde de água fria em seus planos. Ele acabou com o retorno dos investimentos deles – sua renda na aposentadoria. Zero por cento de juros – por todo o ano de 2014. Essa é a promessa de Bernanke. E isso é muito difícil para os poupadores…. Na continuação, Sjug diz aos leitores que a solução para esse proble- ma está nas próximas sete páginas. O lead “descreva um grande e incrível projeto” A empresa sobre a qual você está escrevendo controla o maior campo de petróleo offshore da Ásia? Ela construiu a maior usina nuclear do mundo? Você pode usar superlativos para descrever alguma característica da empresa? Em caso positivo, escreva sobre esse grande projeto ou ativo. Construa essa imagem. Conte uma história. Veja um exemplo: 5 de maio de 2009 Matt Badiali, The S&A Resource Report O maior prêmio do século XXI Quero que você compre uma “opção” do campo de petróleo mais promissor do mundo. Começando na costa do Mar Mediterrâneo, o oleoduto K-B perpassa 800 quilômetros de deserto e termina na Chama Eterna. “Chama Eterna” não é exagero. Esse fogo aberto, em uma área conheci- da pelos nativos como Baba Gurgur, queima continuamente há muito tempo. A menção mais antiga sobre o fogo foi feita pelo “pai da História”, Heródoto, em 450 A.C. Muitos acreditam que ela apareça no Livro de Davi. Também se acredita que o fogo queime há pelo menos 4.000 anos. Deixando a história e a mitologia de lado, estou falando sobre a história de Baba Gurgur e da Chama Eterna por um motivo: a área ao redor de Baba Gurgur possui petróleo. Um campo de petróleo foi descoberto sob a Chama Eterna em 1927. Sulfato de hidrogênio brotando de um gigantesco depósito de hidrocarbone- to alimenta o fogo inextinguível. Perfuradores logo descobriram que aquele não era um campo de petróleo comum... mas um inacreditável “supergigan- te”. O tipo de campo que cria não apenas fortunas familiares, mas dinastias centenárias conhecidas apenas dos Rockefellers ou da Casa de Saud…. A chave para fazer com que o lead do projeto incrível funcione são os SUPERLATIVOS. O lead da “história pessoal de investimento, operação ou carreira”. As pessoas querem que os gurus de suas newsletters sejam ricos e bem-sucedidos. Elas querem saber de pessoas como Doug Casey, Dr. David Eifrig, Chris Weber, Jeff Clark, Marc Faber e Porter Stansberry. Elas querem ouvir “histórias de guerra”. Veja um exemplo: Ęunho de 2010 Dr. David Eifrig, Retirement Millionaire Deixe o governo dobrar o valor de seu dinheiro Chamamos de “xerocar”. Durante o crash das ações do “Outubro Negro” em 1987, eu estava trabalhando em uma mesa de operações do Goldman Sachs. Se você acha que o crash relâmpago desse mês foi insano, considere que as ações chegaram ao fim do dia com queda de apenas 3,2%. No dia 19 de outubro de 1987, as ações caíram 22% em um dia. E, quando as coisas ficam malucas assim, os clientes entram em pânico… Por dias, nós trabalhamos, comemos e dormimos no escritório... e ajuda- mos nossos clientes a movimentar seus ativos. Foi um verdadeiro pânico global. Não havia tempo para voltar para casa, nós simplesmente “repetía- mos” a roupa e usávamos a mesma peça do dia anterior. Xerocar. Foi uma experiência extenuante, mas me ensinou uma lição simples: quando medo extremo chega ao mercado e as coisas começam a desmoro- nar, ótimas oportunidades surgem. No auge do pânico de 1987, futuros de ações do mercado japonês despencaram, e a Nikkei abriu em baixa, o que gerou ordens de stop loss, que, por sua vez, geraram mais vendas. O selloff destruiu os mercados. Ele chegou a 20.000… depois 17.000… 12.000… e 7.000 em questão de horas. No processo, programas de computador foram ativados e vendas desenfre- adas transformaram a situação em uma debandada. (Isso te lembra alguma coisa? Se o intradiário de 9,3% no dia 6 de maio o assustou, imagine se o S&P houvesse perdido 65% de seu valor em algumas horas, como aconteceu com a Nikkei.) Durante o pânico japonês, alguns de nós começaram a cobrir nossos shorts e a compra equities entre 7.000 e 9.000 pontos na Nikkei. Quando o dia terminou, o mercado havia voltado à casa dos 20.000. Foi um ganho de 185% em um dia… e demonstra o poder do pânico. Investidores de longo prazo também obtiveram bons resultados. Nos 10 anos seguintes, o S&P 500 quase triplicou em relação aos níveis mais baixos. Hoje estou sentindo o mesmo tipo de pânico entre meus amigos e minha família. Muitos de vocês já viram seus portfólios se debatendo como se esti- vessem na xícara maluca. O declínio recente das ações custou muito dinhei- ro... e deixou as pessoas assustadas. É por isso que vejo muitas oportunida- des no momento…. Se a ideia de seu ensaio é semelhante a algo que aconteceu no crash de 1987, ao rali do petróleo que precedeu a invasão ao Iraque em 1991, à queda das ações de ouro de 2000-200 ou a qualquer experiência interes- sante no mercado... considere escrever um lead sobre o assunto. Conte a história. Como decidir que lead utilizar? Se está com dificuldades para encontrar um lead para seu ensaio, pergunte-se: • Você viajou para obter a informação que utilizará? Em caso positivo, use o lead “Eu estava lá”. É sua melhor aposta. Conte uma história pessoal. • Você conversou com alguém com insights locais? Em caso positivo, use o lead “Esse cara está lá”. Conte a história dele. • Há um evento histórico interessante que se conecte à sua ideia? Em caso positivo, use o lead de História. Mas só se houver uma conexão sólida com a nova ideia. • É possível fornecer ao leitor uma lição de riqueza atemporal, inco- mum e valiosa? Em caso positivo, considere seguir esse caminho. • Um criador de super-riqueza está investindo na ideia? Em caso posi- tivo, conte essa história... e diga ao leitor como ele pode investir com o criador de riqueza. • Você passou por alguma experiência no mercado que tenha relação com a atualidade? Em caso positivo, conte a história. • É possível fazer uma afirmação forte sobre a ideia? Em caso positi- vo, use o lead de argumento forte. • Suas ideias anteriores estão gerando muito lucro para os leitores? Lembre-os disso... e diga que você tem uma ideia semelhante que os fará lucrar ainda mais. • A empresa sobre a qual você está falando está envolvida em um grande projeto? Em caso positivo, escreva sobre esse assunto. Conte a história. Pinte o quadro. Coloque o leitor na jogada. Uma última palavra… Saber o que não fazer é tão útil quanto saber o que fazer. Veja alguns exemplos: A história pessoal chata. A clássica história pessoal chata compreende usar um aspecto comum de sua vida (como seus filhos, o jogo de golfe do dia anterior, suas férias, o último resfriado) e fazer uma fraca conexão com sua ideia de investimento. Todos eles são como o exemplo a seguir: Semana passada, fui esquiar com minha linda esposa e meus dois filhos. O caçula, Timmy, começou a descer a montanha rápido demais (ele é igualzinho ao pai). Eu pedi a Timmy que tomasse cuidado. E comecei a pensar... investidores também deveriam tomar cuidado. É como se eles esti- vessem descendo a montanha rápido demais! O lead da história da empresa. Não sei por que é difícil fazer com que o lead da história da empresa funcione… Talvez porque seja um clichê... e bastante tedioso. Ele é mais ou menos assim: No dia 23 de abril de 1973, Sally Benson abriu uma pequena floricultu- ra em Cleveland, Ohio. Seu primeiro cliente foi um jovem que comprou rosas para seu segundo encontro. Uma descrição de sua pesquisa ou processo de busca de ações. Isso é autoindulgente. Você pode mencionar toda a busca e leitura que fez em outro momento do ensaio... mas geralmente o tema é tedioso demais para estar no início: Esta semana, eu fiz a análise de 37 ações diferentes. Levei 23 horas para encontrar uma ação que valesse a pena pesquisar. Quando a encon- trei, li 469 páginas sobre ela. Se você não é um gênio natural do lead… ou se está apenas começan- do, considere essa “cola”... use a fórmula... e “finja até conseguir”. Acima de tudo, conte histórias. Três passos fundamentais para ter ideias de headlines e leads. Mark Morgan Ford Você marca uma sessão de brainstorming para criar uma nova promo, chama as pessoas certas e passa meio dia (ou mais) se debatendo com as ideias. Depois de diversas horas sem chegar a lugar algum, você tem uma ideia boa. Ela começa com um comentário brusco que cresce até se tornar algo que anima todos os presentes. Várias pessoas estão tomando notas. Às vezes, uma boa ideia leva a uma segunda e até a uma terceira. No fim da sessão, todos se sentem bem. Você fez seu trabalho e criou algumas ótimas plataformas de copy. No dia seguinte, você escreve um e-mail que resume as ideias. Cada ideia é designada a uma equipe criativa, e todas têm um prazo a cumprir. Um ou dois meses depois, ocupado com seu dia a dia caótico, você abre a agenda e vê que chegou o prazo de entrega de uma das promos. Ela não está em seu e-mail, então você telefona para algumas pessoas e descobre que ela está quase pronta. Alguns dias mais tarde, ela ainda não está pronta, mas lhe asseguram de que em 48 horas tudo estará certo. Quando o terceiro prazo de entrega passa, você telefona para o copywriter. Depois de se esquivar muito, ele admite que não consegue escrever. “Não sei o que aconteceu, parecia uma ótima ideia no brainstorming, mas agora ela parece fraca.” Você pega as notas que escreveu no dia do brainstorming e as analisa com ele. A ideia também lhe parece fraca. Você lê e relê em busca de pistas. Você tinha certeza de que a ideia era boa, mas agora tudo parece diferente. Você está perplexo, por isso marca outra sessão criativa – uma sessão de emergência – e começa tudo de novo. Mas agora as coisas estão real- mente atrasadas. O que está acontecendo? Provavelmente duas coisas relacionadas e fáceis de corrigir: 1. Você marcou a sessão de brainstorming com muita antecedência – antes da equipe criativa estar pronta para executar suas boas ideias. 2. Você contou com um resumo para capturar a essência das ideias, algo que não pode ser feito. Veja por quê: Uma grande ideia de marketing costuma ser 80% óbvia e 20% nova (Princípio de Pareto). Os 80% são o que você é mais ou menos obrigado a fazer por causa do mercado ou do próprio produto. Essa primeira parte se torna a base de todas as suas plataformas promocionais (ou seja, “Podemos fornecer recomendações de ações lucrativas mesmo com o mercado em baixa” ou “Você não pode ficar saudável com uma dieta pobre em gordu- ras”). Qualquer ideia que você tenha prestando atenção a esse tipo de infor- mação será semelhante ao que a concorrência está fazendo. É a parte dos 20%, a sacada inteligente, que deixa a promo especial. Essa parte pode ser compreendida por todos em uma sessão de brainstor- ming, mas ela costuma ter um componente sutil e relativo, que parece que pode ser anotado, mas que não pode. Grandes ideias de marketing são como poesia. Elas são singulares, perfeitas e volúveis. Assim como um poema, não podem ser resumidas. Veja o que fazer: 1. Marque as sessões de brainstorming quando o copywriter estiver livre para começar a escrever. Cada hora que passa depois que a ideia é expressada o deixa um passo mais longe de recriá-la de forma correta. 2. Grave as sessões para que todos possam verificar o que foi dito. E, em vez de resumir as ideias que surgem na sessão, escreva frases e imagens essenciais. 3. Dê ao copywriter um prazo apertado – 24 horas ou 48 horas – para criar uma headline. Ela não precisa estar perfeita, mas precisa ser significativa, algo que capture a singularidade da ideia de forma que ela não seja esquecida. Se todos trabalharem corretamente, a headline e o lead ficarão 80% bons. É uma porcentagem considerável e que quase certamente garantirá o resto do processo criativo. Em resumo: faça o brainstorming até ter uma ótima ideia, nesse momen- to, o copywriter deve começar a escrever imediatamente. A publicidade mais persuasiva. Gary Bencivenga Meus amigos, os grandes profissionais do marketing, Alex Mandossian e Yanik Silver, recentemente disseram que eu era “O maior copywriter do porquê da atualidade”. Considero um grande elogio porque meu mentor, David Ogilvy, é, para mim, o maior copywriter do porquê de todos os tempos. Quando um jornalista lhe perguntou se ele era um grande defensor da publi- cidade do porquê, Ogilvy respondeu, “Existe algum outro tipo?” Pensar sobre Ogilvy (ou “D.O.”, como os funcionários da Ogilvy & Mather o chamavam) me inspirou a ofender mais uma vez todo professor de língua inglesa cujas aulas enfrentei, pois eu escrevi um de meus infames poemas, cujo título é: A ferramenta mais persuasiva da publicidade “Como posso aumentar as vendas do produto?”, é a pergunta eterna dos profissionais de marketing. Se você realmente busca essa resposta, siga minha sugestão. Quando se trata de criar anúncios, a maioria dos conselhos não vale nada, e o maior segredo do sucesso está em duas palavras. Elas não são NOVO e GRATUITO, como já disseram. Nem são AGORA e PROMOÇÃO, nem mesmo VOCÊ ou NÓS. Não, para abrir as mentes e as carteiras dos clientes e os deixar prontos para comprar, as palavras mais persuasivas da publicidade são simples- mente O PORQUÊ. Se espalhar sua mensagem na TV, na internet ou por cartas, você preci- sa explicar O PORQUÊ de seu produto ser muito melhor. Não se esqueça de que o público não vai acreditar em você a não ser que você dê um PORQUÊ de sua afirmação ser verdadeira. Para fechar a venda, essas duas palavras indicam o caminho. E dê o PORQUÊ da necessidade de agir hoje. Veja como vender: Dê boas respostas para essas três questões – por que você, por que verdade e porque agora? Esse segredo funciona para todos os produtos, de todas as formas. Se deseja vender como um superstar, diga seus porquês. Primeiro, por que seu produto é melhor. Segundo, por que o cliente deve acreditar nisso. Terceiro, por que agir agora. Dessa forma, você terá mais vendas do que pode imaginar. O mundo o bombardeia com tesouros quando você diz O PORQUÊ. A indústria de refrigerantes é uma das que oferecem mais dificuldade para a introdução de um novo produto. Isso acontece porque as pessoas são leais aos refrigerantes de que gostam. Há algum tempo, a Slice criou uma campanha que dizia que seu refrigerante era o melhor porque conti- nha 10% de suco de fruta. A marca forneceu um motivo na headline (os 10% de suco de fruta) para explicar por que seu produto era mais gostoso do que os outros refri- gerantes, e isso fez toda a diferença. Em uma categoria que é conhecida por uma taxa de fracasso gigantesca para novos produtos, a Slice rapidamente obteve 7% de um mercado de US$30 bilhões ao ano. Hoje, esse mercado vale mais de US$ 50 bilhões por ano. Isso signifi- ca que a Slice criou US$ 2 bilhões por ano em vendas com a força desse pequeno elemento de prova, os 10% de suco de fruta. Para entender quão importante essa frase é para o sucesso do produ- to, tente removê-la e veja o que sobra: “Slice, um refrigerante mais gostoso.” Nada além de uma afirmação sem graça. Mas, por causa dos 10% de suco de fruta, quem gosta de refrigerantes vai pensar em experimentar. Há um bom motivo para isso. Vamos ver outro exemplo. A headline de um dos anúncios de resposta direta mais bem-sucedidos de todos os tempos é: Como fazer amigos e influenciar pessoas. Utilizando sabiamente a palavra “como”, o copy desse anúncio traz muitos porquês em apoio a essa poderosa headline. Veja outro clássico uso do porquê que criou uma fortuna. Kleenex absorve 50% mais porque tem duas camadas. “Faz sentido”, você pensa. Você pode “comprar” a promessa porque ela traz um elemento de prova, um porquê, já na headline. Tudo pela metade do preço! Todos já vimos promoções pela metade do preço, e elas costumam passar batido. Mas dê um porquê e veja o que acontece: Promoção relâmpago! 50% de desconto em tudo porque houve um incêndio em nossa loja. Percebe a diferença? Se eu vou comprar um aparelho de som, não me importo se ele tiver um certo cheio de fumaça. O porquê do fogo recente fornece um motivo racio- nal para acreditar na ideia, uma explicação plausível dos 50% de desconto, em vez de um desmotivador e inacreditável “tudo pela metade do preço”. Veja seus piores materiais de marketing, principalmente os que apre- sentam desempenho abaixo da média. Pergunte-se se você está fornecen- do os porquês em cada uma dessas três áreas: 1. Motivos convincentes da superioridade de seu produto em relação às outras opções do cliente, inclusive a opção de não fazer nada. 2. Motivos convincentes para acreditar que o que você diz é verdade. 3. Motivos convincentes para aproveitar a oportunidade hoje. Quando analisar os exemplos mais bem-sucedidos de vendas, você quase sempre encontrará esses três porquês, e é por isso que eles são tão lucrativos. Ogilvy conta a história das vendas. Mark Morgan Ford Já li os livros mais conhecidos de David Ogilvy, como Confissões de um publicitário e Ogilvy on Advertising (Ogilvy fala sobre publicidade, em tradução livre), mas recentemente alguém me deu uma cópia do livro The Unpublished David Ogilvy (David Ogilvy inédito, em tradução livre), sobre o qual eu nunca tinha ouvido falar. É um livro pequeno, cheio de cartas, memorandos e discursos sobre gestão, criatividade e copywriting. Muitos dos textos contêm ideias que são amplamente aceitas hoje em dia; mas nos anos 1930 e 1940, elas eram diferentes e até mesmo revolucionárias. Um dos textos foi escrito em 1936, quando Ogilvy tinha 25 anos e era assistente-executivo. Os anúncios devem contar toda a história da venda, porque o público não lê os anúncios em série. O copy deve ser humano e bastante simples, adaptado a seu mercado – um mercado no qual arte e linguagem autoconscientes demais só servem para deixar o leitor desconfiado. Toda palavra do copy deve ter um sentido. Declarações metafóricas devem ser substituídas por figuras concretas; clichês devem dar lugar a fatos; e advertências vazias a ofertas sedutoras. Brincadeiras e piadas na publicidade são uma ferramenta querida dos amadores e uma maldição para os profissionais que sabem que o sucesso permanente raramente foi construído a partir de frivolidade e que as pesso- as não compram de palhaços. Superlativos pertencem ao mercado e não têm lugar em um anúncio sério; eles fazem com que o leitor ignore a verdade das declarações. Ogilvy conta a história das vendas. O tratamento aparentemente monótono deve ser tolerado porque só o produtor lê seus próprios anúncios. O chefe de Ogilvy deve ter reconhecido sua genialidade mesmo naque- la época e, por isso, permitiu que ele escrevesse memorandos para todos os funcionários da agência, muitos dos quais tinham o dobro de sua idade e experiência. Medo vs. Ganância. Bill Bonner - 7 de julho de 2015 O que funciona melhor, medo ou ganância? As pessoas ficam mais motivadas quando você diz o que pode dar errado ou o que pode dar certo? Resposta: Depende. E, infelizmente, depende de diversas variá- veis: produto, público, copywriter, recomendações, notícias e zeitgeist do mercado. Respondi a sua pergunta? De modo geral, ouvimos que ganância está funcionando melhor em quase todos os lugares. As pessoas estão mais esperançosas do que assus- tadas. A esperança de ganhar muito dinheiro parece mais atrativa do que o medo do Armageddon. Mas talvez devêssemos reconsiderar. “Tentamos todos os leads baseados em medo”, diz Suzanne Barry. “Eles simplesmente não funcionam aqui na Austrália – nem para nossa e-letter de small caps, nem para a Outstanding Investments. A época é boa demais. O país não entra em recessão há muitos anos. As pessoas não estão preo- cupadas. Por isso, mudamos para o lead de ganância... que é arrojado... e funcionou muito bem. Teremos nosso maior envio de newsletters de small caps. Bem, 100.000 é bastante para a Austrália. Esperamos uma taxa de resposta de 1% para um produto de A$149, o que trará mil assinantes que vão se somar aos 1.300 que já temos. É bastante animador.” Ouvimos a mesma história da afiliada de Londres: “Minha análise dos últimos 24 meses”, escreve o copywriter Mike Graham, “é de uma queda significativa na resposta a promos orientadas a medo, tanto externa quanto internamente. E o contrário acontece com peças orientadas à oportunidade. É estranho... principalmente consideran- do que promos positivas, orientadas à oportunidade, estão sendo destru- ídas por nossas leis de compliance... mas por enquanto... a ganância está funcionando.” “Não me lembro de nenhuma promo de medo que foi muito bem no Reino Unido nos últimos 18 meses”, acrescenta o copywriter Simon Munton, “seja interna, seja externamente. Nossos maiores vendedores foram orien- tados à ganância. Os leads de medo são difíceis porque as pessoas não estão interessadas em Big Ideas. Mais pessoas votam no resultado de reali- ty shows do que nas eleições. As pessoas são materialistas, egocêntricas e estão cansadas e desmotivadas. Por isso, a não ser que você tenha uma bomba de 100 megaton... E que seja um caso convincente e emocionante que ameace a riqueza do leitor, esqueça – é melhor usar a ganância…” Mas espere um pouco... diz o copywriter Jack Forde: “Não desista do medo. Um bom lead de medo – ênfase no ‘bom’ – pode chegar ao coração de forma que nenhum lead de ganância com porcenta- gens e dicas de ações pode... Além disso, um negócio construído inteira- mente sobre dicas de ações [o lead de ganância que a maioria das publica- doras financeiras usam] vai desaparecer muito rápido.” O que ele quer dizer com isso? Vou tentar explicar… As promessas que você faz em uma promo orientada à ganância são (1) difíceis de manter e (2) superficiais e grosseiras. É como ter uma esposa que só se casou com você pelo dinheiro. Pode ser divertido por um tempo, mas falta sentimento. Além disso, é um relacionamento frágil. Assim que o dinheiro acabar, o casamento também acaba. Bons relacionamentos têm camadas complexas de sentimento e inte- resse, e esses são os relacionamentos que duram. Nosso relacionamento com o leitor significa mais do que dinheiro. Por isso, os leitores continuam assinando mesmo em épocas de track record fraco. Assinantes continuam com uma publicação que seja rica em emoção, mesmo que ela não tenha um desempenho tão bom. Por outro lado, uma newsletter que só conta com o desempenho acaba rapidamente. Porque qualquer abordagem de inves- timento – e qualquer mercado – vai quebrar, mais cedo ou mais tarde. É por isso que não queremos abandonar leads de medo… Meu conselho: se esforce para que os leads de medo valham a pena. Mesmo que você escolha a ganância, desenvolver argumentos negativos deixarão sua publicação mais rica. Mike Palmer pensa um pouco diferente: “Acredito que as melhores promos usam o medo. Por exemplo, com o que tivemos mais sucesso? Simples. Usar o medo do cliente de ficar sem dinheiro. Mas, em vez de falar sobre um casal que vai à falência e é despeja- do do Asilo Summerville, nós falamos direto da solução. Depois que apresen- tamos a solução, lembramos ao leitor porque ele precisa de nosso produto: a seguridade social está uma bagunça, aposentadorias estão sendo corta- das, há inflação etc. Em outras palavras, estamos usando o medo do leitor sem falar dele, pelo menos no lead. Dito isso, acredito que devemos usar mais medo. É mais difícil escrevê-lo bem... mas quando é bom... é muito bom.” Veja o que Mark Ford diz sobre o assunto… “Precisamos evitar copies frágeis que se baseiam em ideias superficiais e cedem à ganância. Mas o desejo de lucrar não é ganância... nosso negó- cio se baseia nessa ambição. Nossas newsletters financeiras, qualquer que seja sua visão, existem por causa do desejo de lucrar. Um serviço que só promete evitar a perda não pode funcionar. Não consigo pensar em nenhuma exceção a essa regra. Mesmo as grandes promos baseadas em medo, como ‘Praga da dívida negra’, falam de opor- tunidades de lucro na maior parte do tempo. Ao discutir o assunto da “ganância vs. medo”, caímos em uma armadi- lha lógica. Ao associar ganância com superficialidade, estamos distorcen- do a verdade. Promos baseadas em medo podem ser superficiais e fazer promessas difíceis de cumprir. E promos baseadas em lucro podem estar cheias de ideias profundas. Para manter nossa posição proeminente no mercado, precisamos melhorar a qualidade de nossa escrita. Precisamos contratar e treinar escri- tores que possam produzir ideias que viram o jogo – ideias grandes o sufi- ciente para durar anos... não apenas semanas ou meses... que capturam a atenção, suscitam emoções e promovem uma perspectiva esperançosa, mesmo face à perdição. Elas têm que ser tudo isso e têm que ser vendáveis. ‘Grandes’ ideias que não podem ser vendidas não são grandes. E é por isso que temos essas conversas. O que está vendendo agora: ganância ou medo? Não acho que deveríamos estar fazendo essa pergunta... não agora... nunca. Investir é algo sério e deve ser tratado dessa maneira. Nas vicissitu- des cotidianas de nosso negócio, às vezes, somos orientados a medo e, às vezes, a lucro. O estado emocional que nos motiva é determinado pelas circunstâncias que encontramos. Por que nossos analistas agiriam diferente? Eles não devem escolher o conteúdo de suas recomendações de forma racional, mas com base nas emoções que sentem. E elas vão mudar de acordo com o mercado. Alguns escritores e pensadores têm personalidades mais cautelosas. Outros são mais sanguinários. Essas diferenças fundamentais no tempera- mento importam. Elas diferenciam nossas franquias. É assim que deve ser. O que nós queremos, como publicadoras, é que todos os nossos escrito- res pensem profundamente sobre as recomendações que fazem, que nunca cedam ao mercado, mas sejam consistentes com as ideias e sentimentos fundamentais da franquia. Se eles fizerem isso, todo o resto será fácil. Os copywriters não precisa- rão inventar promessas que os editores não conseguem cumprir. E ninguém precisará discutir ganância vs. medo. Cada franquia deve desenvolver suas próprias melhores ideias – ideias que viram o jogo. E essas ideias sempre devem ser verdadeiras – verdadeiras nos dados e na essência emocional da franquia. O que todas as nossas franquias ao redor do mundo devem fazer é o que estamos dizendo desde o início. Elas precisam extinguir todos os hábi- tos ruins da maneira antiga de fazer produtos informativos de investimento. Estou falando dos hábitos de acordo com os quais os copywriters criam ideias de vendas tentando adivinhar o que o mercado ‘quer’ e cedendo a ele. Essas práticas ruins causaram todo tipo de problema: birra entre o editorial e o marketing, relutância dos editores com relação a ideias de copy criadas pelo marketing, dificuldades dos copywriters de criar ideias que viram o jogo etc. Todas essas coisas ruins vão embora quando a franquia é liderada por escritores que pensam profundamente... e depois trabalham com a equipe criativa, com os copywriters e com o pessoal do marketing para produzir ideias fortes em tudo o que é publicado. Leads baseados em medo podem funcionar – e vão funcionar – se as ideias forem vendáveis e adequadas à franquia. Contanto que o escritor se lembre de que o leitor não quer apenas evitar as perdas, mas quer lucrar, ele conseguirá criar ideias que vendem. Leads baseados no lucro também funcionam contanto que sejam profundos e vendáveis. Escritores orientados ao lucro devem ser bons pensadores – tão bons quanto seus pares mais melancólicos – para que seus copies nunca caiam no consenso do mercado. Todos devemos estar no mesmo lugar – competindo pelas mentes e corações do investidor consciente – cada um de nós abordando o problema com nossa perspectiva única. Não importa o que as outras pessoas estão dizendo, que histórias elas estão contando e que promessas estão fazendo. O que importa é o que acreditamos que o leitor deveria estar fazendo. E, se nossas ideias forem boas, fortes e atuais, nós escreveremos promos que vendem. Tudo começa com a qualidade do nosso pensamento... com a crença em nossa capacidade de descobrir como lucrar. Medo sempre deve estar presente, assim como o desejo de lucro. Precisamos de big ideas grandes o suficiente para sustentar uma fran- quia e para durar anos. Também precisamos de ideias que sejam incomuns (porque ideias comuns estão disponíveis gratuitamente em toda parte) e também inco- mumente boas (porque nunca poderemos crescer e lucrar com ideias ordinárias)”. A declaração a seguir é de Porter Stansberry: “Quando comecei a trabalhar com Mike Palmer no verão de 2002, ele não sabia muito (nada, na verdade) sobre finanças. Nós passávamos de 2 a 3 horas por dia, por seis meses, discutindo o assunto, tanto em termos de avaliações de equities individuais quanto de temas macro. Acho que pouquíssimos copywriters na equipe passaram tanto tempo aprendendo sobre finanças. Na verdade, estamos nos perguntando por que um de nossos jovens escritores mais promissores estagnou. E acho que sei o que fazer… Vou escolher três dos escritores mais promissores e teremos uma aula de finanças todas as manhãs das 8h às 10h.” Por fim, uma nota de Toby, da MoneyWeek: “Tenho apenas um comentário sobre a disputa ganância/medo. Se você contar nosso controle na MoneyWeek – ‘5 Time Bomb Investments to Sell Now’ – como uma promo de medo (e eu diria que é bastante assustador), então o medo está funcionando muito bem. Esse é nosso controle há dois anos e meio, em um período em que houve um boom de imóveis e uma alta no mercado de ações! E, além de bater todas as outras peças que testamos, em termos de taxa de resposta, nossa promo Time Bomb bateu todas as promos de news- letters financeiras de FSP (Financial Stability Plan) nos últimos 12 meses. Essa promo começou com uma resposta bruta de 1,2% em setembro de 2004, e atualmente chega a 0,8%. A melhor newsletter de FSP, no último ano, teve uma taxa de resposta de 0,46%. Por isso, não acredito que alguém aqui em Londres deveria dizer que medo não funciona.” O importante é ter um pitch de vendas e uma publicação que sejam ricos em diversos níveis. Mas não é possível controlar o desempenho do investimento. Afinal, se isso pudesse ser controlado, desistiríamos do setor de publicações e viveríamos de nossos investimentos! Outras variáveis são controláveis, por isso tentamos criar publicações e copies que sejam cheios de boas ideias, nuances e emoções. Por que fazer o Peer Review. Mark Ford - 7 de julho de 2015 O Peer Review tem dois objetivos. O primeiro é avaliar o copy. O segun- do é melhorá-lo. Veja como ele funciona.: No horário marcado, de quatro a seis pessoas (incluindo o copywriter) se reúnem por 30 minutos para analisar o lead de um copy (a headline e as primeiras 200-400 palavras do texto). Passo 1: O líder do grupo apresenta o copy a ser analisado. Ele pede ao copywriter que descreva rapidamente o produto a ser vendido, seu preço e seu público alvo. Depois, orienta o grupo a se colocar no lugar o público alvo, pensando sobre o que ele sabe e sobre o que não sabe. Passo 2: A headline é avaliada. O líder pede que cada pessoa dê uma nota (de 1,0 a 4,0) à headline. 1,0 significa que o leitor jogaria a promo fora depois de ler; 4,0 significa que o leitor ficaria muito excitado com o texto e pensaria: “Isso é muito bom. Estou muito feliz de estar lendo isso!” As pontuações são somadas para que a média seja feita. Passo 3: A headline é melhorada. O líder pede sugestões. As sugestões devem conter melhorias específi- cas, não podem ser comentários ou críticas. Depois de cada sugestão, o líder pede ao grupo que compare a sugestão com o original. O feedback só pode ser: melhor, pior ou neutro. O copywriter deve fazer todas as mudanças que só recebam respostas positivas. Ele é obrigado a não adotar mudanças que receberam respostas majoritariamente negativas. E é preferível que ele faça mudanças de sugestões com resultados majoritariamente positivos. Ele decide se quer ou não fazer as mudanças com resultados ambíguos. Passo 4: A headline é reavaliada. O copywriter lê a headline revisada, e o líder pede ao grupo que a avalie novamente. Contanto que ela receba uma nota igual ou maior que 3,0, avança-se para o próximo passo. Se ela receber uma nota entre 2,8 ou 2,9, o grupo trabalha na headline posteriormente, se o tempo permitir. Passo 5: O resto do lead é avaliado. O líder pede que cada pessoa dê uma nota de 1,0 a 4,0 para o lead. 1 significa que a pessoa não leria mais nada além do lead; 4,0 significa que leria tudo com alto nível de interesse. Depois disso, é feita a média da pontuação. Se o copy não chegar a 2,8, a sessão é encerrada. O líder diz: “O copy não atingiu a pontuação mínima, por isso não vamos analisá-lo hoje.” Ele dá ao grupo cinco minutos para fazer sugestões ao copywriter, que tem 24h para usar essas sugestões e tentar reescrever o texto. Passo 6: O resto do lead é aprimorado. Se a nota do copy for igual ou maior que 2,8, o líder pede sugestões. Novamente, só são permitidas sugestões de melhoria. Depois que cada sugestão for feita, o líder pede aos outros que o comparem ao copy original e o avaliem. E o copywriter é obrigado a fazer todas as alterações avaliadas positivamente. Passo 7: Todo o lead é reavaliado. O líder pede ao copywriter que releia o novo lead depois de implemen- tar todas as melhorias. Então, ele pede ao grupo que o reavalie. Se a nota for igual ou superior a 3, o copywriter deve fazer todas as mudanças sugeri- das e as que se fizerem necessárias por causa das sugestões. Depois disso, deve entregar o copy totalmente revisado em 24 horas. Se o Peer Review for feito adequadamente, o copywriter ficará anima- do com as alterações feitas, porque (a) a maior parte do trabalho terá sido feita para ele e (b) ele terá visto com os próprios olhos como o copy melho- rou... e sentirá como se tudo aquilo fosse dele. A maioria dos PR’s de que participei começavam com notas de 2,8 a 3 e acabavam com notas de 3 a 3,5. Mas não se engane: um aumento de dois a cinco pontos decimais é muito importante. Nesse momento, o profissional de marketing deve lançar o copy o mais rápido possível. É uma perda de tempo tentar melhorá-lo mais ainda. Coloque-o no correio (ou mande- o por e-mail) e veja como ele se sai. O Peer Review não tem o objetivo de discutir a qualidade do copy (o que quer que seja isso), mas propõe-se a analisar qual será a provável reação dos clientes em potencial. Essa distinção é importante – mas, quando nós criticamos o copy, ela com frequência é esquecida. Mesmo profissionais de marketing experientes às vezes se esquecem de que o objetivo não é tentar elevar o copy a algum ideal qualitativo, mas determinar se ele tem chances de sucesso no mercado. Quando as regras são seguidas, há quatro benefícios que derivam do processo quase imediatamente. Não haverá desperdício de tempo com discussões ou argumentos sobre teoria crítica. 1. Você poderá avaliar de forma rápida e fácil a força do lead utilizan- do um sistema numérico. (O que costumava levar de 10 a 30 minu- tos para ser feito no método crítico levará apenas alguns minutos no PR.) 2. O grupo dará prioridade aos problemas mais importantes do copy – os problemas que podem afetar as taxas de resposta. 3. Mais importante, o processo de Peer Review estimula um nível muito maior de produção criativa em todos os envolvidos. Assim, soluções melhores são descobertas mais rapidamente. Esses benefícios combinados podem aumentar drasticamente a quan- tidade e a qualidade dos copies bons que você produz. Para aproveitar esses benefícios, no entanto, é preciso seguir as seis seguintes regras: • Críticas não são permitidas. • Comentários também não são permitidos. • Só sugestões de copy são permitidas. • Pontuações numéricas são utilizadas para realizar a avaliação. Regra #1. Críticas são proibidas! O método crítico era, essencialmente, um método negativo. O PR é, essencialmente, um método positivo. O poder de manter as coisas positi- vas ficou evidente quando começamos a trabalhar com o Peer Review em 2003. Foi difícil controlar as críticas durante aquelas sessões de brainstor- ming, mas, quando conseguimos limitar nossas falas a sugestões positivas, muito progresso criativo foi feito. E em um período de tempo muito curto. Então essa regra – a velha proibição de Dale Carnegie em relação aos “três C’s” (crítica, censura e contestação) – se tornou a base do Peer Review. Há muitas maneiras de fazer uma crítica. Você pode ser muito direto: “A headline é um lixo.” Ou pode ser gentil: “A headline poderia ser melhorada se fosse um pouco mais específica.” Você pode ser oblíquo: “A headline me lembra um ônibus lotado.” Ou muito claro: “Essa headline tem informações demais.” Não importa como você diga, uma crítica é uma crítica. E críticas, em um Peer Review, estão proibidas. Caso tenha dúvidas sobre o que é uma crítica, veja alguns exemplos do tipo de frase que não é permitido em um Peer Review: • “Eu gostaria de ver uma primeira frase diferente – uma que não seja tão clichê.” • “Me lembra de Faulkner, mas sem a inteligência.” • “Há muitas afirmações aqui, mas poucas provas.” Para realizar um Peer Review eficiente, o líder deve estar alerta a esses tipos de críticas sutis e indiretas. Quando elas são feitas, o líder deve cortá-las imediatamente. “Apenas sugestões, por favor”, ele pode dizer. Ao longo dos anos, nós percebemos que Peer Reviews se degeneram e perdem poder quando críticas são permitidas. Só uma postura diligente pode manter o sistema fluindo de forma tranquila. Críticas são proibidas porque bloqueiam a criatividade em diversos níveis: • Primeiro, e mais obviamente, críticas desmoralizam – mesmo que pouco – participantes inexperientes, que são exatamente as pesso- as que você deseja motivar. • Segundo, um comentário crítico com frequência gera outro – principalmente com participantes experientes. Quando copywriters veem suas sugestões criticadas, eles podem, por sua vez, criticar a crítica (ou, às vezes, o crítico). • Isso leva ao terceiro nível de disfunção criativa. Podem surgir argu- mentos cujo objetivo seja esclarecer a situação e fazer com que a sessão avance, mas que acabam descarrilhando o processo cria- tivo e fazendo com que todos tomem partido ou travem. Nenhuma dessas reações ajuda a criar um bom copy. E críticas negativas não são o único problema. Críticas positivas também são proibidas – frases como “Eu achei a headline excelente” ou “A promessa é muito forte”. Críticas positivas podem incentivar o copywriter, mas esse não é o obje- tivo do Peer Review. O objetivo é deixar o copy melhor. E a maneira mais eficiente de fazer isso é barrar qualquer tipo de crítica, boa ou ruim. Críticas positivas prejudicam o processo de PR porque: (a) desperdi- çam tempo, (b) influenciam outros participantes a ser positivos e (c) com frequência provocam comentários que – como eu explicarei na Regra #2 — também estão proibidos. Em suma: Nenhuma forma de crítica – direta, indireta, inteligente, estú- pida, negativa ou positiva – é permitida! Regra #2. Comentários também não são permitidos Dizer “A headline é fraca” é uma crítica. Dizer “Headlines devem ser cativantes” é um comentário. Comentários, assim como críticas, não são permitidos no Peer Review. Por quê? Pela mesma razão pela qual as críticas não são permitidas. Eles desaceleram o processo, provocam mais comen- tários e podem distrair o grupo. Além disso, são totalmente desnecessários. De todas as regras que estabelecemos, essa é a que apresenta mais dificuldades para os líderes. Líderes de PR costumam ser profissionais de marketing ou copywriters experientes. Como entendem o copy tecnicamen- te, com frequência sentem que devem educar o grupo explicando por que uma frase específica não funciona. Esse é um impulso natural e benevolente – mas ele atrasa e desvia o processo de PR. Se você deseja permitir que comentários sejam feitos, separe cinco ou dez minutos para eles depois que o PR tenha terminado. Mas reconheça que o objetivo dos comentários é formar os participantes em teoria do marke- ting direto e copywriting e que eles não têm nada a ver com o objetivo do Peer Review, que é aprimorar o copy. Regra #3. Só sugestões de copy são permitidas Participantes do Peer Review podem se expressar de três maneiras: 1. Dando uma nota ao copy – de 1 a 4 – que reflita a força emotiva do texto. 2. Dando sugestões específicas de copy. 3. Reagindo a sugestões de copy de outros participantes e classifican- do-as como melhores, piores ou neutras (ou – se desejarem ser mais específicos – um pouco ou muito melhores ou piores). Das opções anteriores, a única que, às vezes, é mal compreendida (e difícil de implementar) é a segunda – dar apenas “sugestões específicas de copy”. “Sugestões específicas” são frases que possam substituir aquelas presentes no copy. Por exemplo, se na headline de uma carta de vendas constar o seguinte: “Onde os ricos deixam seu dinheiro”, um participante pode sugerir “Onde os novos ricos deixam seus milhões” como substituto. Ele faria essa sugestão, provavelmente porque considera a headline original vaga demais, o que pode ser resolvido com o uso de mais precisão. Mas, em vez de dizer “É meio vago” (que é uma crítica) ou “Seria melhor se fosse mais específico” (que é um comentário), ele exprime esses sentimen- tos traduzindo- os no copy: Onde os novos ricos deixam seus milhões. Ou o grupo gosta mais da sugestão, ou não. Não há debate. Há apenas uma votação. O participante não precisa dizer que acredita que o copy fica- ria melhor se o adjetivo “novos” fosse acrescentado ao substantivo “rico” e “milhões” substituísse “dinheiro”. Tudo isso fica implícito quando a frase “Onde os novos ricos deixam seus milhões” é sugerida. Você pode ver como a proibição de comentários economiza tempo. Para começar, o participante não argumentará sobre a importância de ser preciso na escrita, o que economizará entre um e cinco minutos (depen- dendo de quão verborrágico ele for). Mas talvez a economia de tempo seja cinco vezes maior ao evitar a discussão acalorada que o comentário pode- ria provocar. Lembre-se: serão de quatro a seis pessoas falando sobre copy. E pelo menos metade delas são escritoras ou profissionais de marketing. Dê a elas a chance e elas falarão sobre conceitos o dia inteiro! É exatamente o que você deve evitar. O objetivo do Peer Review é avaliar e aperfeiçoar o impacto emocional de um lead. A maneira mais eficiente de fazer isso é classificá-lo numerica- mente e realizar sugestões de aperfeiçoamento do copy. O trabalho é feito muito mais rapidamente e com menos algazarra se ninguém puder fazer comentários – bons ou ruins, sábios ou bobos. Regra #4. Pontuações numéricas são utilizadas na avaliação No método crítico, avaliações com frequência são subjetivas: • “É tedioso.” • “Tem um ritmo muito lento.” • “É clichê.” Comentários subjetivos parecem inteligentes e corretos para as pesso- as que os proferem, mas maldosos e idiotas para o copywriter sendo criti- cado. E, mesmo quando são apresentados da forma mais gentil possível, costumam ser generalizações. E, como tal, são confusos ou inúteis. Na avaliação de um copy em um Peer Review, não diga o que pensa sobre o que é “bom” ou “ruim”; escolha um número que representa sua reação visceral ao texto. Você gostaria de continuar lendo? Em caso positi- vo, leria com ceticismo ou entusiasmo? Limitando a situação dessa forma, você fica mais preparado para filtrar todos os tipos de sentimentos e pensamentos competitivos e não precisa pensar sobre o que um bom copy deve ser. Você não precisa apaziguar o copywriter, só precisa fornecer sua reação emocional imediata. O copy mexe com você? Quanto? O líder do Peer Review pede que o grupo se imagine no lugar dos clien- tes em potencial do produto ou serviço que o copy estiver vendendo. Isso não significa imaginar sentimentos ou pensamentos. Significa apenas que os membros do grupo devem fingir ser clientes típicos que possam estar interessados no objeto de venda do copy. Levando isso em conta, os participantes do PR respondem honesta- mente classificando o copy de acordo com um sistema numérico. O líder explica todas as regras. Ele dirá: “Como você avaliaria a headline em uma escala de quatro pontos se: • 1 significa que você definitivamente não continuaria lendo. • 2 significa que você provavelmente não continuaria lendo. • 3 significa que você provavelmente continuaria lendo, mas com certo ceticismo. • 4 significa que você continuaria lendo com muito interesse. Esse é o parâmetro. Nada mais precisa ser considerado. Para se certi- ficar de que as pontuações sejam baseadas em uma reação emocional honesta, o líder deve insistir para que os participantes não façam nenhum comentário e que simplesmente deem a nota de forma rápida e precisa. O líder talvez tenha que enfatizar que não é preciso se preocupar com objeções técnicas em relação ao copy. Nada disso importa. O que importa é: O cliente em potencial lerá o que estiver depois da headline? E, se ler, será com entusiasmo ou com ceticismo? Não é esse o objetivo? Quanto do copy será lido. Quão emocionalmente aberto o cliente em potencial está quando começar a ler. Esses são os dois fatores mais impor- tantes na hora de avaliar uma headline. Você não pode avaliar essas coisas direito com críticas subjetivas. Mas pode fazê-lo com um número. Se você gosta do copy, ou seja, se acha que o texto é emocionalmen- te convincente, atribuirá a ele uma boa nota, 3 ou mais. Se tiver questões com o copy, dará uma nota entre 2 e 3. Se não gostar dele, dará uma nota abaixo de 2. Talvez você tenha muitas ideias perspicazes sobre por que gosta ou desgosta do texto. E é justo que deseje expressá-las. Mas o Peer Review não é um fórum de ideias sobre copy. É uma técnica cujo objetivo é melhorá-lo. Bill Bonner Ainda analiso copies de vários lugares e o que percebo é que: 1. Há muito copywriting que precisa ser revisado. 2. Revisar copies é fácil. Essa ideia não é nova, mas acho que devo falar sobre ela novamente e sugerir outro nível de revisão. Quando o copy não é bom costuma ser óbvio. Você pode fazer um Peer Review e identificar a qualidade de um copy rapidamente. (E você definiti- vamente deve fazer Peer Reviews.) Mas, às vezes, se o Peer Review estiver sendo feito com copywriters novos, o melhor modo de corrigir os problemas não fica imediatamente aparente. Por isso, o grupo costuma aceitar um copy que não é tão bom quanto poderia ser. No entanto, se você entregar o copy para um verdadei- ro profissional, ele vai descobrir como melhorá-lo em poucos minutos. Minha sugestão é não disparar nenhum copy antes que ele tenha passado pelo Peer Review e pelo Pro Review. Faça um acordo com o melhor copy. Peça 10 minutos de seu tempo para cada promo. Se ele não encontrar o problema imediatamente... bem, ele tentou. Não estou dizendo para fazer isso com todo o editorial. É muita coisa e leva muito tempo. Além disso, o editorial é idiossincrático demais para uma revisão regular. Mas, se você tiver novos escritores... eles devem passar pelo mesmo processo. Seus ensaios devem passar pelo Peer Review e pelo Pro Review… até que a qualidade do texto esteja boa o suficiente. John Forde - 7 de julho de 2015 De modo geral, o processo de Peer Review funciona. Tanto o copy quanto os copywriters melhoraram desde que começamos. Naturalmente, o processo funciona melhor quando temos bons produtos e uma boa equipe de escritores. Mas muitos produtos não são fortes e precisam ser reinventados. E, nessas ocasiões, surge uma oportunidade que pode ser chamada de APR– Além do Peer Review. Estou falando da oportunidade que se perde depois do Peer Review… se você não debater sobre produtos velhos e desgastados, ou que não foram criados de forma adequada. Tipicamente, são produtos para os quais os copywriters não conseguem encontrar bons leads. Não existe um processo formal para reinventar produtos. Mas manter os produtos ruins fazendo um copy bom não nos leva aonde queremos ir. Em vez disso, precisamos fazer uma sessão de APR. O CUB Review: fazendo com que seu copy seja lido. Mike Palmer - 7 de julho de 2015 O CUB Review tem um objetivo simples: garantir que o leitor não pare de ler o copy e passe por toda a promo até chegar à venda. A crítica CUB supões duas coisas: 1. Você encontrou uma ideia única, convincente e benéfica ao cliente em potencial. A ideia deve “surpreendê-lo”. Ela deve ser diferente de tudo que ele já viu. 2. Você já usou o Peer Review para criar uma ótima headline e um ótimo lead. (Sem uma headline e um lead convincentes, a crítica CUB é inútil). CUB, em essência, é um teste que você faz no copy quando tudo já está pronto. Ele não vai ajudá-lo a ter uma ideia inovadora. Ele não garante que o leitor compre. Ele simplesmente garante que o leitor termine de ler o texto. Pense no copy como uma isca. O Peer Review garante que você colo- que uma isca colorida na água para chamar atenção do peixe e fazer com que ele morda. CUB é o gancho no fim da isca que garante que o leitor não fuja. Vamos supor que você tenha encontrado uma ideia única e benéfica na qual basear sua promo. E digamos que o copywriter tenha escrito uma headline convincente... além de diversas páginas com explicações especí- ficas para que o leitor saiba que há algo novo, real e diferente de tudo que ele já tenha visto. Agora o leitor está preso no gancho. E você só precisa garantir que ele não se solte. Vamos ver como o CUB pode fazer com que seu copy seja lido até o fim. Três coisas podem fazer com que o leitor pare de ler mesmo depois de ter se interessado pelo lead. 1. Um copy confuso 2. Um copy inverossímil 3. Um copy tedioso Confuso... Inverossímil... e Tedioso. A sigla vem do inglês: Confusing, Unbelievable e Boring. Então como você identifica e conserta esses “bloqueadores de leitura”? Com a crítica CUB. E você não precisa ser um expert em copywriting, só precisa de algu- mas pessoas com interesse no tema de sua promo. O melhor de tudo, é que o processo pode ser feito por e-mail. Encontre quatro ou cinco pessoas dispostas a ler seu copy com cuida- do. Envie-o e peça que o leitor marque as partes que sejam (1) Confusas, (2) Inverossímeis ou (3) Tediosas. Quando receber o texto de volta, conserte os problemas. Copy Confuso Há essencialmente quatro elementos que deixam um copy confuso: 1. Detalhes excessivos sobre coisas com as quais ninguém se importa. 2. Linguagem ou números confusos. 3. Explicações vagas. 4. Distrações – copy que foge do assunto. Assim que as pessoas que você selecionou tiverem identificado essas seções, será fácil consertá-las – geralmente deletando informações excessivas. Copy Inverossímil As duas melhores soluções para copies tachados como “Inverossímeis” são as mesmas do copy confuso: (1) cortar ou (2) provar. Uma terceira solu- ção distante seria o “narrador’ reconhecer que a afirmação é inacreditável. Mas isso só pode ser feito uma vez, no fim da promoção. (Eu sei que parece mentira... e não acreditaria se não tivesse visto com meus próprios olhos…”) Copy Tedioso Não há motivos para disparar uma promo que: • Entedia o leitor com algo que ele já sabe • Entedia o leitor com um assunto tedioso • Entedia o leitor com um copy que demora demais para chegar ao ponto Tudo que você precisa fazer é editar esses trechos ou cortá-los totalmente. Acrescentando algumas letras ao CUB. Bill Bonner - 7 de julho de 2015 Posso fazer a review de um copy em menos de cinco minutos. Depois de tantos anos, é quase automático. Há alguns anos, Mark me contou sobre um amigo que fazia reviews em segundos. Eu não acreditei. Mas, ultimamente, tenho percebido que estou fazendo o mesmo. Eu simplesmente olho para o copy como se fosse um leitor. Eu o leio por alguns segundos. Se quiser continuar lendo, tudo bem. Se não quiser, consigo identificar o problema em minutos. Soluções são mais demoradas. Tudo isso é apenas uma forma de nos lembrar de usar o Peer Review e o CUB Review. Ainda vejo copies fracos que poderiam ter sido melhorados com um CUB Review. É óbvio que sempre precisamos nos lembrar das regras básicas: 1. Você precisa de uma ideia que seja grande e única o suficiente para atrair a atenção do leitor. 2. Você deve gastar 80% de sua energia no lead, que é onde a ideia é “vendida”. 3. Há diversos tipos de lead... que caem em uma das seguintes cate- gorias: eles prometem um Benefício que o leitor deseja ou contam uma História que faz valer a leitura (porque fornece uma recom- pensa intelectual ou emocional... com frequência com um benefício implícito de algum tipo). 4. Depois, você faz o CUB Review para que não haja nada Confuso, Inverossímil ou Tedioso no texto. Acrescentando algumas letras ao CUB. Recentemente, depois de ler algumas promos, acho que precisamos acrescentar duas letras ao CUB: D e E. Você não pode Distrair o leitor da mensagem principal... e você precisa Entregar o que prometeu no lead. Se prometer ensinar ao leitor como enriquecer, terá que ensiná-lo como enriquecer. Se prometer que vai mostrar como descascar uma cebola sem chorar... é isso o que você precisa fazer. Como eliminar copy Confuso, Inverossímil e Tedioso. Por Mike Palmer - 7 de julho de 2015 A primeira coisa que pedimos a pessoas que farão a Crítica CUB é que marquem partes do copy que estejam Confusas, Inverossímeis ou Tediosas. A primeira prática da crítica CUB: Copy Confuso Há essencialmente quatro elementos que deixam o copy Confuso: 1. Pontos esotéricos. Em outras palavras, detalhes demais sobre algo com o qual ninguém além de você se importa. Quando está traba- lhando em um copy, você fica MUITO próximo do assunto. É provável que passe um mês ou mais falando com especialistas, lendo livros, sites e diversas matérias de jornal. Então você sabe MUITO mais do que seu leitor. O truque é dar a ele tanta informação quanto possível sem o entediar. 2. Números ou linguagem confusos. Isso, tipicamente, acontece por causa de trabalho preguiçoso ou escolhas ruins (de palavras, gráfi- cos ou números). 3. Explicações vagas. Não ser específico o suficiente é com frequência Confuso. 4. Distrações. Grandes copies contêm uma grande ideia forte, segui- da por página depois de página de explicações que provam a ideia de todas as maneiras possíveis para que o leitor não consiga duvi- dar do que você disse. Leitores ficam confusos se você se distancia muito da ideia original. Lembre-se, todas as vezes que o leitor fica confuso, ele começa a diva- gar... começa a pensar no que vai comer no jantar... ou no que deveria estar fazendo em vez de ler spam. Copies confusos fazem com que seja mais fácil para ele abandonar o texto para sempre. Você o deixou interessado com uma headline e um lead interessantes – não estrague tudo com um resto de promo Confuso. A boa notícia é que é muito fácil consertar um copy Confuso. Minha solução preferida é cortar a parte problemática. É a primeira coisa que você deve tentar. Se puder cortá-la sem prejudicar a promo, faça isso. Se não, reescreva-a. Em resumo, as soluções para um copy Confuso são: Cortar, deixar mais específico e simplificar. Vamos ver alguns exemplos reais de copies Confusos. Escolha confusa de palavras Veja um exemplo de uma grande promo que vendeu cerca de US$ 1,5 milhão em assinaturas de uma newsletter de US$ 99 em 2007. O copy origi- nal era o seguinte: Se a sua aposentadoria não está próxima e você sente que suas econo- mias poderiam aumentar, este investimento é perfeito para você. Lembre-se: tudo o que você tem a fazer é entrar... e terá uma grande chance de sair com um grande pagamento. Aliás, você pode entrar quantas vezes quiser (vou mostrar como). O que é confuso e como resolver o problema: No segundo parágrafo, o escritor descreve uma maneira de “entrar” no investimento. Ele fez isso para que parecesse uma forma diferente de inves- timento, mas ficou Confuso. Suscita uma série de questões sobre as quais o leitor nunca pensou antes. A única solução real é cortar todo o segundo parágrafo. Números confusos Quando você usa muitos números, os olhos do leitor começam a ficar embaçados. Veja dois exemplos. O primeiro, de uma promo sobre a internet de “Próxima Geração”... o segundo, de uma promo sobre mineradoras de prata... Exemplo #1: E, em relação ao uso da internet no futuro, a Security Soft indica que “87% dos jovens americanos entre 12 e 17 anos atualmente utilizam a inter- net, representando cerca de 21 milhões de pessoas, 11 milhões das quais se conectam diariamente.” O que é Confuso e como resolver o problema: “Cinco números são números demais em uma frase. Em vez disso, diga: 87% dos jovens americanos usam a internet... e mais da metade deles se conecta todos os dias.” Exemplo #2: Enquanto o ouro é acumulado apenas para investimentos, a prata serve a muitos propósitos industriais. Então, apesar de o ouro ser mais raro na cros- ta terrestre, a maior parte do ouro minerado fica acima do solo para sempre. A prata minerada, por outro lado, é continuamente empobrecida. Há cerca de 4 bilhões de onças de ouro em inventários globais, de acordo com a U.S. Geological Survey. Mas há 10 vezes menos prata acima do solo. O que é Confuso e como resolver o problema: Como pode haver “10 vezes menos” alguma coisa? É possível haver 50% menos... ou até 80% ou 90% menos. Então, as duas últimas frases deveriam ficar: “Há cerca de 4 bilhões de onças de ouro em inventários globais, de acordo com a U.S. Geological Survey. Mas há apenas 10% dessa quantidade de prata acima do solo”. Linguagem vaga confunde Com frequência, copywriters não são específicos quando desejam que o copy seja misterioso e crie suspense. O perigo é que o texto se torne frus- trante e confuso para o leitor e ele pare de ler. Veja um exemplo real do que quero dizer: Em 2002, o presidente Bush e membros do congresso começaram a formular uma nova proposta econômica para beneficiar um certo grupo de investimentos. Investimentos que, por acaso, pertenciam a diversos desses membros do congresso. O Dr. Ęohn Rutledge os estava assessorando. Ele é um economista mundialmente renomado que havia trabalhado para diversos presidentes americanos. Em resumo, Rutledge constatou que a proposta de lei: “Seria o maior evento a atingir os mercados de ativos desde 1981... Teria um grande impacto nos preços dos ativos, nas taxas de juros, no crescimen- to e no dólar... Criaria diversas oportunidades para investidores ganharem dinheiro e... Criaria uma onda de eventos de reestruturação, recapitalização e aquisição nas empresas americanas.” O que é confuso e como resolver o problema: O copywriter não disse o nome da lei ou do investimento sobre o qual está falando... ficou uma bagunça. Para consertar o texto, simplifique o copy e o que você quer dizer. Guarde o estudo para depois que explicar o que está acontecendo: “Em 2002, membros do congresso aprovaram, na surdina, uma lei que beneficiava a eles mesmos. A maioria das pessoas não sabe que, apesar de senadores e deputados terem suas diferenças, quase todos ficam ricos com o mesmo investimento. Eles aprovaram uma lei para deixar esse investimento parlamentar secreto ainda mais lucrativo. Veja o que quero dizer...”. Gráficos confusos Tabelas e gráficos, usados espaçadamente, são ótimos em todos os tipos de copy, não apenas promos de newsletters financeiras. Alguém folheando sua promo pode não ler todas as palavras, mas definitivamente dará uma olhada nos gráficos. O segredo é garantir que eles sejam simples e fáceis de entender. Veja dois gráficos Confusos: Exemplo #1: No dia 21 de junho de 2005, essa gigante do rádio ofereceu uma joga- da semelhante de opções que gerou ganhos de meses... o suficiente para embolsar US$ 11.300 de lucro em uma aposta de US$ 10.000 – apesar de a ação não ter subido NADA. Veja: O que é confuso e como resolver o problema: O gráfico diz que a ação “não foi a lugar algum”. Mas parece que ela “não foi a lugar algum”? Parece que houve grandes altas e grandes quedas, certo? MELHOR dizer que as opções subiram 113%... enquanto o preço da ação subia e descia violentamente. Exemplo #2. Este gráfico mostra de que tipo de lucro estou falando caso você siga minhas recomendações: O que é confuso e como resolver o problema: O gráfico é confuso de diversas formas. Primeiro, eu não tenho ideia do que ele significa. Segundo, os ganhos das ações parecem estar dimi- nuindo. É isso que o escritor quer que o leitor entenda? SOLUÇÃO: Refazer o gráfico completamente ou simplesmente fazer uma lista com os ganhos percentuais. Muitas ideias de uma vez Lembre-se de que o leitor só absorverá uma ideia da promo. Grandes copies possuem uma ideia poderosa e única... explicada de forma simples e comprovada além de qualquer dúvida. Muitos copywriters tentam incorpo- rar diversas ideias no texto e os resultados são desastrosos. Por exemplo ... As empresas que compõem o “Oil & Gas Prosperity Program” podem ser difíceis de achar. Afinal, poucas pessoas as conhecem. Mas eu passei o último ano (inclusive fiz três viagens ao Canadá) pesquisando os 6 melho- res negócios que participam do programa e que pagam os maiores e mais frequentes dividendos. Essas 6 empresas desempenham um papel vital no setor de gás e petróleo. Na verdade, elas são parte integral de um avanço recente no setor petrolífero canadense – o que deixou os especialistas eufó- ricos... De acordo com Tom Harding, da Universidade de Calgary, essa inova- ção “pode ser ainda maior do que a ferrovia”. Darei todos os detalhes... A história que ninguém está contando... A explosão de interesse na região das areias petrolíferas é conhecida dos investidores. Como você deve saber, a capital do frenesi das areias petro- líferas é uma cidade chamada Fort McMurray, localizada a norte de lugar nenhum. Preso abaixo da tundra congelada, há sete vezes mais petróleo do que as reservas conhecidas da Arábia Saudita... o suficiente para durar por 4.896 anos. O que é confuso e como resolver o problema: Você ficou confuso? Eu fiquei. O escritor tem tantas ideias que é muito difícil acompanhar. Primeiro, há o Oil and Gas Prosperity Plan, composto por seis empresas. Depois há a ideia dos grandes cheques de dividendos. Então, a ideia de que há uma inovação recente no setor petrolífero canaden- se. E a ideia das areias petrolíferas... e de uma pequena cidade chamada Fort McMurray... e de petróleo preso abaixo da tundra congelada. Lembre- se, seu leitor, não importa quão inteligente ele seja, só consegue processar uma ideia por vez. Uma maneira de consertar esse texto é cortar algumas das ideias: “As empresas que compõem o “Oil & Gas Prosperity Program” podem ser difíceis de encontrar. Afinal, poucas pessoas as conhecem. Você precisa ir a uma cidade canadense chamada Fort McMurray para ficar a par de tudo. No ano passado, pesquisei as 6 melhores participantes do negócio (inclusive fiz três viagens à região), que pagam os maiores e mais frequen- tes dividendos. Essas 6 empresas desempenham um papel crucial na extração do petróleo e do gás (Lembre-se, há 7 vezes mais petróleo aqui do que na Arábia Saudita).” Muito mais fácil de acompanhar, você não acha?” A segunda parte da crítica CUB: Copy inverossímil Como consertar um copy considerado Inverossímil? As duas melhores soluções são (1) cortar ou (2) provar. Um terceiro distante é permitir que o “narrador” reconheça que a afirmação é inacredi- tável – mas geralmente isso só é possível no fim da promo... e você não deve usar esse estratagema mais de uma vez. Por exemplo, você pode dizer algo como: “Eu sei que parece inacredi- tável... e eu mesmo não acreditaria se não tivesse visto com meus próprios olhos, mas etc. etc.” Lembre-se, essa é sua última chance. É sempre melhor cortar ou provar qualquer afirmação Inverossímil. Vamos ver alguns exemplos… Argumento inverossímil Este é um trecho de copy sobre um serviço de microcaps de US$ 5.000 ao ano de uma consultoria de investimentos de biotecnologia: Nós pagamos um prêmio pelo conhecimento especializado de Rob e George – e gastamos uma fortuna ao redor do mundo para investigar empre- sas em primeira mão. É por isso que Phase 1 Investor é nosso serviço de pesquisa mais exclusivo e mais caro. O que é Inverossímil e como resolver o problema: O argumento sobre “gastar uma fortuna ao redor do mundo para inves- tigar empresas em primeira mão” é um exemplo de copy preguiçoso. E é tão fácil resolvê-lo. Você só precisa de uma pequena lista dos locais em que eles foram nos últimos seis meses para provar o que está dizendo. Seja específi- co. Quando você é vago, é quase sempre Inverossímil. Lembre-se, seu leitor não é burro. Ele sabe que você está tentando vender alguma coisa. Por isso seja sempre específico. Por exemplo, você poderia dizer: “Pagamos um prêmio pelo conhecimento especializado de Rob e George – e pagamos uma fortuna enviando os dois a todos os lugares do mundo para investigar as empresas em primeira mão. Apenas nos últimos 6 meses, por exemplo, eles foram para Singapura, Suíça, Bélgica, Vancouver, San Diego, Boston, Dallas e Nova York – cada uma das vezes atrás de uma nova ideia de investimento. Essa pesquisa de campo extensiva nos custa mais de US$ 100.000 por ano e é por isso que Phase 1 Investor é nosso serviço de pesquisa mais caro e exclusivo.” Provas específicas insuficientes Veja um grande exemplo de um trecho de copy medíocre, mas que pode ser fortalecido facilmente para que seja mais verossímil. Grandes empresas de ouro – empresas que exploram e produzem ouro – assumem todos os tipos de risco. Elas gastam muito dinheiro para encontrar um depósito de ouro... para explorá-lo... para desenvolvê-lo... e para construir a infraestrutura necessária para minerá-lo. O que é inverossímil e como resolver o problema: Nada mau, certo? Mas o copy ficaria mais forte se você provasse o que disse sendo mais específico, adicionando dois parágrafos curtos ao trecho. Além de o leitor ficar mais propenso a acreditar nos argumentos, você terá mais credibilidade porque ficará claro que entende como o setor funciona e que tem as conexões que lhe permitem acesso aos fatos. “Por exemplo, um dos caminhões mineradores mais populares hoje custa impressionantes US$ 2,7 MILHÕES. Cada pneu custa US$ 30.000... e o combustível anual custa mais de US$ 1 milhão por caminhão! Além disso, eu nem falei sobre os custos da mão de obra... seguros... licenças... armazenagem... e centenas de outras partes de equipamentos muito caros necessários para operar uma mina.” Clichês Inverossímeis Você precisa se esforçar muito para remover tantos clichês de seu texto quanto possível. Por quê? Porque, quando o leitor reconhece um clichê, ele se lembra de que está lendo uma carta de vendas e pensa que o produto não é diferente de tantos outros que já experimentou antes. Veja um clichê que aparece em muitas promos de newsletters financeiras... Novamente, acho que é uma barganha, considerando que um peque- no investimento em apenas uma das oportunidades sobre as quais você lê a cada mês na Phase 1 Investor poderia pagar sua assinatura... muitas e muitas vezes. O que é Inverossímil e como resolver o problema: Esse clichê não é terrível, mas certamente é utilizado em excesso. Seria muito melhor mostrar um testemunho de um comprador cético... que conse- guiu mais do que pagar pela assinatura com o que ganhou. Ou usar o track record da newsletter para mostrar que o leitor pode ganhar desde o início, o que significa que a assinatura, na verdade, não vai custar nada. Por exemplo: “A Phase 1 vale tudo o que custa? Você tem que decidir por si mesmo, mas nós recebemos uma questão parecida em nosso message board exclu- sivo para membros. Ron Shepard, de St. Paul, MN, respondeu: ‘Eu nunca imaginei que gasta- ria US$ 5.000 por ano em uma newsletter de investimentos, mas tenho que dizer, vale cada centavo. Eu recuperei meu dinheiro e ganhei mais ainda. Phase 1 pode acabar sendo a melhor barganha que já fiz!’” Fatos insuficientes Veja um exemplo de argumento que não é sustentado por provas suficientes. Em resumo, todas as empresas da Fortune 500, negócios pequenos, faculdades e organizações sem fins lucrativos terão que se converter à inter- net da próxima geração nos próximos anos. É por isso que a Forbes chama esse setor de negócio de US$ 10 trilhões para a próxima década. O que é Inverossímil e como resolver o problema: Essa afirmação pode ser verdadeira, mas por que o leitor deveria acre- ditar nela? Há muitas soluções possíveis. Você poderia mostrar como uma ou duas empresas da Fortune 500 já estão fazendo a transição. Ou poderia incluir uma citação de um grande jornal que essencialmente diz a mesma coisa. Além disso, perceba como a citação da Forbes não é verossímil porque o escritor não colocou nada entre aspas. Nós não sabemos o que a revista disse de fato. Uma solução simples: “Em suma, todas as empresas da Fortune 500, pequenas empresas, faculdades e organizações sem fins lucrativos terão que se converter à ‘Internet da Próxima Geração’ nos próximos anos. Muitas já fizeram isso: Microsoft, Home Depot, Apple, Best Buy, IBM, Exxon, GM, Walmart e AT&T. É por isso que a Forbes chama esse setor de ‘negócio de US$ 10 trilhões para a próxima década’”. Lembre-se, mesmo que você tenha uma boa ideia, se o leitor não acre- ditar nela, ele não vai comprar. Prove tudo. Você sempre pode fazer uma edição final e cortar algumas provas se perceber que exagerou. Explicação Inverossímil Em quase todo tipo de promo de mala direta, uma das objeções do leitor será: “Se é tão bom, por que eu não ouvi falar disso antes?”. De modo geral, você deve tentar solucionar essa objeção em algum lugar do copy. Mas a explicação precisa ser boa... e verossímil. Veja um exemplo que não faz isso. Ele vem de uma promo sobre quanto petróleo há nas areias petro- líferas de Saskatchewan, que fica bem ao lado da conhecida região das areias petrolíferas de Alberta. A questão é, se as áreas petrolíferas de Saskatchewan são tão ricas, por que ninguém as explorou ainda? A resposta é, simplesmente, porque ninguém pensou em procurar ali! O que é Inverossímil e como resolver o problema: Alguém vai acreditar que uma grande província petrolífera, localizada ao lado de uma das maiores descobertas de petróleo do mundo, está lá intocada porque ninguém pensou em procurar lá? Duvido. Para resolver o problema, nós simplesmente mudamos um trecho do copy de lugar e oferecemos uma explicação muito mais plausível: “O governo de Saskatchewan apenas recentemente criou um quadro regulatório e infraestrutura de mão de obra que permite que as empresas extraiam o petróleo”. A explicação original – ninguém pensou em procurar ali – deveria ser cortada. Esse é um ponto importante. Às vezes, é preciso cortar informa- ções verdadeiras porque elas são simplesmente impossíveis de acreditar. Um fluxo de argumentos Inverossímeis Veja um exemplo de copy Inverossímil em muitos níveis: Encontrei duas empresas no mercado de ações que têm tanto dinheiro em caixa que, mesmo se parassem de fazer negócios hoje, você ainda pode- ria lucrar como acionista. Com ações sólidas como essas, se tudo der erra- do, as duas empresas simplesmente comprariam a si mesmas e você ainda lucraria. Mas deixe-me enfatizar: essas ações não vão continuar baratas por muito tempo. Você terá os melhores e mais seguros ganhos se entrar agora... Você não terá oportunidades como essa por pelo menos outros 10 ou 20 anos. Esse é o tipo de ação que você pode comprar agora, em grande quan- tidade, e guardar para o resto da vida. Espero que o retorno médio anual de longo prazo das posições fique acima de 20% em toda a duração do investi- mento. Não dá para ser melhor que isso. O que é Inverossímil e como resolver o problema: Esse é um trecho desastroso que precisa ser cortado ou comprovado, ponto por ponto. Como leitor, eu definitivamente não acredito que possa lucrar se essas empresas pararem de fazer negócios. Me mostre um exem- plo. Eu também não acredito que as empresas “comprariam a si mesmas”. O que isso significa? Novamente, me mostre um exemplo. Eu não acredito que elas continuarão baratas por muito tempo... ou que eu não terei outra oportunidade como essa pelos próximos 10 ou 20 anos... ou que eu possa ganhar 20% ao ano pelo resto da vida. Veja como resolver o problema: “Encontrei uma empresa no mercado de ações que é tão rica em ativos que mesmo que parasse de negociar hoje e tivesse que ser vendida em partes, você ainda conseguiria lucrar como acionista. Lembre-se, essa empresa tem cerca de US$ 500 milhões em imóveis em frente ao mar... mesmo assim está avaliada no mercado de ações em apenas US$ 250 milhões! Talvez você se lembre de uma situação semelhan- te que ocorreu há cerca de cinco anos... uma empresa chamada Donnely Holdings decidiu se separar e vender suas partes que incluíam muitos imóveis bastante valiosos. Acionistas terminaram com ganhos de 120% da noite para o dia! Se você esperar, eu posso praticamente garantir que perderá a opor- tunidade. Lembre-se, essa empresa só ficou muito barata uma vez em sua história de 50 anos. E, logo depois que ficou tão barata, teve altas de 2 anos, e os investidores lucraram 357%. Você tem essa chance novamente agora... mas ela não vai durar muito”. Terceira e última parte da Crítica CUB: Copy Tedioso Não há motivos para enviar uma promo com partes Tediosas... porque esse é um problema muito fácil de resolver. Há diversas coisas que um copywriter faz que entediam o leitor a ponto de interromper a leitura. Vamos ver exemplos de algumas delas. Entediando o leitor com o que ele já sabe Um erro clássico é falar muito sobre um problema que o leitor já sabe que existe. No máximo, você deve lembrá-lo da situação. Depois, concen- tre-se na oportunidade e na solução. Por exemplo... O clima financeiro de hoje preocupa qualquer investidor... Com o dólar despencando, o preço do petróleo atingindo altas históricas e o mercado imobiliário em queda, fica claro que o bull market, que durou 5 anos, chegou ao fim. O Dow Ęones industrial caiu mais de 1.100 pontos desde o começo do ano. O Standard & Poor’s 500 caiu quase 15% desde a mais recente alta. E os principais índices blue-chip caíram quase 10% em relação às suas máximas... Mesmo os índices de ações menores caíram quase 14%. Além disso, é ano de eleição. E a incerteza que toda eleição traz costu- ma obstruir a performance do mercado. Isso significa que, a não ser que você seja um dos raros americanos cujas economias estão em bancos estrangeiros, provavelmente você vai perder dinheiro nos próximos anos. Isso se já não perdeu... O que é Tedioso e como resolver o problema: Se estiver escrevendo para alguém com câncer, você não precisa dizer quão ruim a doença é. Se estiver escrevendo para alguém que precisa de um emprego, não precisa dizer quão ruim é ficar desempregado. Se esti- ver escrevendo para um investidor, não precisa falar sobre quão ruins os mercados estão... o leitor sabe quanto dinheiro perdeu e quão terrível a situ- ação está. O que você precisa fazer é dizer que não há motivos para preo- cupação, pois há uma solução. O copy anterior deveria ser cortado inteiramente... ou talvez devesse ter apenas uma ou duas frases: “Os mercados financeiros estão uma bagunça. Ações, títulos, imóveis... tudo está entrando em colapso. Mas a boa notícia é que há uma maneira muito segura de conseguir uma renda extra agora mesmo, uma sobre a qual poucas pessoas pensaram...” Perder muito tempo em um assunto Tedioso Você deve trabalhar como um “filtro de animação” para seu copy. Isso significa não permitir assuntos Tediosos. Que tipos de assuntos são garan- tia de chatice? Bem, impostos... funcionamento do sistema universal de saúde... princípios legais de modo geral etc. Mesmo que sua promo esteja relacionada a esses assuntos, deixe as complexidades de fora para garan- tir que o leitor não fique entediado. Por exemplo, veja um trecho de copy de uma promo recente que fizemos sobre a indústria de saúde nos EUA. De modo geral, o copy era muito forte, mas o escritor se atrapalhou nas minúcias. Não é de se surpreender que o St. Louis Post-Dispatch chame essas empresas Gestoras de Benefícios de Farmácia (GBF) de “os atores mais obscuros no sistema de saúde... que lucram milhões de dólares por ano...” A Express Scripts é provavelmente a GBF independente mais conhecida. Muitas farmácias administram GBFs... como a Pharmacare (que perten- ce a CVS) e a Walgreens Health Services (que pertence a Walgreens). Ou elas podem ser parte de organizações de assistência médica maio- res, como a Prescription Solutions (subsidiária do UnitedHealth Group). Mas muitas outras GBFs independentes são privadas... e bastante sigilosas... Você não vai encontrar muitas informações sobre empresas como 4D Pharmacy Management Systems, Argus, Benecard Services, Emdeon, Innoviant e WellDyne... só para mencionar algumas. O que é Tedioso e como resolver o problema: Esse copy precisa ser reduzido e simplificado. O escritor tem um argu- mento interessante – todas as vezes que você compra um remédio, há um intermediário secreto que lucra muito. Mas detalhes demais são Confusos e Tediosos. Veja como resolver o problema: “Você sabia que, sempre que compra um remédio, há um intermediário, chamado Gestora de Benefícios de Farmácia (ou “GBF”), que lucra muito? Mesmo quando você compra de farmácias que oferecem grandes descontos, como Walgreens ou Rite Aid, o intermediário GBR recebe uma parte. A maioria desses GBFs são empresas privadas (como Argus, Benecard Services, Emdeon, Innoviant e WellDyne), mas poucas são negociadas publicamente... e podem ser a maneira mais segura de ganhar dinheiro nos Estados Unidos nos próximos anos...”. Copy tedioso que se arrasta Quando revisar seu copy, lembre-se de que há sempre diversos elemen- tos competindo pela atenção do leitor. Não permita que seu copy se arraste. Não divague. O copy precisa chegar ao ponto e precisa fazer isso rapida- mente. Veja um exemplo de copy que se estende, demorando demais para chegar ao ponto... Meu objetivo em Vancouver era encontrar as melhores novas minera- doras (os leitores que aproveitaram os ganhos de 398% e 145% obtidos em nossas últimas recomendações de mineradoras entendem por quê) ... Mas, em vez de encontrar uma nova mineradora, Rick me apresentou para o tipo de ação bem pequena e desconhecida que você só ficaria conhe- cendo por meio de um verdadeiro “insider do setor” como ele... alguém com as conexões que importam... alguém no centro da ação. Eu tenho quase certeza de que você nunca ouviu falar dessa ação. Ela é pequena demais, infelizmente, para ser recomendada a meus leito- res do True Wealth ou do DailyWealth... Mas é perfeita para um grupo muito menor. Normalmente, eu reservaria uma recomendação como essa para leito- res de meu serviço de pesquisas mais exclusivo, o Sjuggerud Confidential, mas estou escrevendo hoje para mostrar como você pode receber minha pesquisa basicamente sem custos. Acabei de terminar uma Relatório de Pesquisa com todos os detalhes sobre a pequena “insider” secreta que descobri em Vancouver. Em meu novo relatório, você receberá os detalhes dessa empresa – onde comprá-la, para quem telefonar e quando vendê-la. Mas primeiro quero mostrar por que Rick compara essa empresa (que ele chama de “melhor negócio do mundo”) a uma empresa semelhante cujas ações subiram 525%... e por que a ação pequena que recomendo agora poderia trazer retornos ainda maiores nos próximos anos. O que é tedioso e como resolver o problema: Você teria que ser um leitor muito paciente para continuar lendo esse copy. Ninguém se importa em que serviço a ação será recomendada... ou o que o escritor estava procurando... ou quem contou a ele sobre a ação. O copy divaga demais, entediando e confundindo o leitor. Ele precisa ser reduzido a apenas um parágrafo. Veja uma solução: “Eu recentemente fui para Vancouver (a capital mundial de mineração de ouro e prata) para pesquisar oportunidades no setor. Mas o que descobri foi chocante. Em resumo, é uma empresa que acre- dito que possa subir 500% ou mais nos próximos anos, graças ao setor de mineração..., mas ela não tem NADA a ver com encontrar elementos valio- sos no solo ou extraí-los de lá. Não importa que mineradoras sejam bem-sucedidas e que minera- doras fracassem. Não importa quem fará as grandes descobertas. ESSA EMPRESA será paga não importa o que aconteça... e fará uma fortuna nos próximos anos. Recebi essa dica de um dos homens mais ricos que conheço (um homem que vale milhões de dólares). Deixe-me explicar do que estou falando...” Essa é a essência da crítica CUB: faça com que as pessoas leiam seu copy e simplesmente marquem os trechos que sejam Confusos, Inverossímeis ou Tediosos. Conserte esses trechos e os edite inteiramente tornando-os mais específicos e reduzindo-os consideravelmente. 12 perguntas para fazer depois do Peer Review e do CUB Review. Mark Ford - 7 de julho de 2015 Depois de usar o Peer e o CUB diariamente por muitos anos, acho que talvez seja preciso fazer outro tipo de review. Porque é possível que uma promo passe de forma bem-sucedida pelos dois processos e ainda não tenha elementos importantes. O Peer e o CUB Reviews são feitos com copies que já existem. Eles podem sugerir correções e adições. O Peer Review é direto, e o CUB Review é indireto. Mas, se houver elementos ausentes do copy (por exemplo, respos- ta a objeções comuns dos leitores), talvez o problema passe batido. Proponho uma checklist para que isso não aconteça. A checklist pode perguntar: A pontuação do lead ficou acima de 3,0 no Peer Review? Supondo que a resposta seja “sim”, veja 12 perguntas que precisam ser feitas: 1. O lead deixa claro por que o cliente em potencial deve continuar lendo imediatamente, sem deixar o texto para depois? 2. O copy estabelece as credenciais de quem fala? Elas são impressionantes? 3. Quem fala é simpático? 4. Os fatos são comprovados de forma convincente? 5. A sensação de excitação criada no lead continua de forma consis- tente até o fim? 6. Todas as características do produto são apresentadas como bene- fícios? E não apenas benefícios superficiais, mas benefícios mais profundos? 7. O copy usa uma finalização falsa e depois acrescenta um benefício que acaba com todas as dúvidas? 8. A oferta é irresistível? 12 perguntas para fazer depois do Peer Review e do CUB Review. 9. Há algum tipo de componente de ação? 10. A oferta é reafirmada no fim de forma que aumente o encanto em vez de diminuí-lo? 11. A garantia faz com que aceitar a oferta pareça a escolha óbvia? 12. É fácil fazer e acompanhar o pedido? 13. O melhor momento para fazer essas perguntas pode ser depois das alterações do CUB Revi . O processo criatorial. John Forde - 7 de julho de 2015 Você está com dificuldade de criar novas cartas de vendas e produtos? Fiquei muito impressionado com o que fizemos em Baltimore. Coloque um copywriter e um editor juntos. Cada par terá uma semana para criar quatro headlines e leads diferentes (cerca de uma página para cada copy). Assim que as headlines e os leads estiverem prontos, devem ser envia- dos para o chefe do copy, que será o líder e fará uma uma mini-review de 60 segundos de cada um dos textos. A mini-review só envolve responder um e-mail com uma nota de 1 a 4 para a headline e outra nota de 1 a 4 para o lead. Comentários sobre um ou dois parágrafos são permitidos, mas opcionais. Haverá bastante disparidade nas notas. Mas, um texto for realmen- te promissor, provavelmente ficará entre os textos mais bem avaliados. O resto pode ser descartado. Depois que o melhor texto for selecionado, o par escritor/copywriter pode desenvolver o lead. Por teleconferência, todos fazem um Peer Review do lead vencedor. Faça um Peer Review de dois leads para ter um plano B. Isso significa que você dá uma nota à headline e ao lead… e SÓ faz mudanças “E se” caso não haja outra opção. Nenhum comentário deve ser feito nessa etapa do processo. Assim que a teleconferência termina, você tem 24h para entregar a versão revisada da head e do lead. Depois disso, tem um prazo de cerca de 3 a 4 semanas para escrever a promo. Por fim, dê uma polida no texto e repita a operação até ter um novo controle. Esse é o processo “criatorial” (por causa das duplas criativa e editorial). Ele deve começar pelo menos uma semana antes da reunião da equipe. Nosso pequeno grupo, composto por Chris Mayer, Samantha Buker e eu, criou cerca de seis leads diferentes em 45 minutos. Nós tínhamos 24h para escrever dois leads cada. Em cada um dos minigrupos ou dupla, o copywriter coleta os leads e os encaminha por e-mail para toda a equipe fazer uma avaliação. Tínhamos 18 pessoas no nosso grupo, ou seja, 18 pessoas fazendo a review de cada tipo de copy. E, é claro, como cada um escreveu dois copies, cada pessoa precisava fazer 36 reviews. Nós tínhamos cinco produtos diferentes – e cinco duplas de editores e copywriters. O que significa que seriam escolhidos cinco leads para o Peer Review. E foi isso o que fizemos. (Usamos parte da tarde para fazer a review do controle de outros setores, fazer brainstorming de novas ofertas etc.) Também pedimos aos editores que apresentassem o copy escolhido para cada dupla. O editor dizia algo como: “Esse é um [um dos seis tipos de lead]... e a big idea é [frase que explica a principal mensagem do lead].” Depois, lia o lead em voz alta. Por fim, começa o Peer Review, que é feito de acordo com as regras do processo. Resultado final: Durante nossas reuniões de brainstorming editorial do passado – que eram muito inovadoras quando começamos a realizá-las – nós tipicamente conseguíamos de 1 a 3 controles e muitas ideias que nunca eram usadas ou desenvolvidas. Com essa abordagem “criatorial”, conseguimos cinco heads e leads... com as três primeiras páginas escritas para cada um... além de prazos esta- belecidos e um curso claro de ação. Além disso, garantimos que o copy agrada os editores. A quantida- de de reviews e a pilha de copies que eles avaliam são mais eficientes do que apenas dizer que copy importa. Esse processo acelera o treinamen- to. Esperamos ver mais instintos maduros de copy no pessoal do editorial, como temos visto nos funcionários da Stansberry & Associates nos últimos anos. Ideias-chave: Coloque editores e copywriters em pares para ter um grande volume de leads que possam passar pelo Peer Review. Comece pelo menos uma semana antes da reunião da equipe. Acrescentando mais um pé ao banco de quatro pés. Mark Forde - 7 de julho de 2015 O banco de quatro pés foi desenvolvido no início da década de 1990, na Agora, quando nós nos perguntamos o seguinte: Por que as promos da concorrência estão vendendo mais do que as nossas todas as vezes? Para descobrir a resposta, nós reunimos tudo o que eles produziram em um período de 12 meses e passamos um mês estudando o material. Eles estavam fazendo promessas maiores ou melhores? Não. Nossas promessas eram mais fortes que as deles. Eles estavam fornecendo uma prova melhor do que a nossa? Sustentavam seus argumentos de forma melhor que nós? A resposta, nova- mente, era não. Nossas promos eram equivalentes às deles na comprova- ção de nossos argumentos. As promos deles continham ideias melhores que as nossas? Não. Na verdade, os copies da Agora eram famosos por suas “grandes ideias”. Por fim, percebemos algo que eles estavam fazendo e que nós não fazíamos. Dar credibilidade aos gurus. Eles mostravam todas as credenciais possíveis: formação, realizações profissionais e conquistas na carreira. Não havia nada em nossos copies que tratasse disso. Estávamos tão concentrados em nossas ideias, promessas e provas que negligenciávamos os gurus. Nós sabíamos que tínhamos credibilidade. Sabíamos que nossos produtos eram bons. Por isso, supúnhamos que nossos leitores também soubessem de tudo isso. Mas não era bem assim. E como eles poderiam saber se nós não havíamos contado? Será que a falta de credibilidade esta- va diminuindo nossa taxa de resposta? Decidimos fazer um teste. Começamos a produzir copies que atesta- vam credibilidade. O resultado foi impressionante. Imediatamente as promos tiveram um desempenho melhor. Promos com uma taxa de resposta de 0,5%, de repen- te, passaram a ter 0,75% de resposta. E promos com taxa de 1% passaram a 1,5%. Percebemos que estávamos tentando competir com uma desvan- tagem. Estávamos equilibrando nossas promos em três pés. A concorrência estava equilibrando as deles em quatro. Começamos a fazer copies com credibilidade para diversos produtos. Foi assim que começamos o que chamamos de Teste do Banco de Quatro Pés. Uma carta de vendas bem elaborada deve conter quatro elementos essenciais: 1. Uma ideia grande ou unificadora. 2. Uma promessa substancial de benefícios sustentada por argumentos. 3. Provas amplas para cada um desses argumentos. 4. Evidência de que o produto, o fornecedor do produto e a pessoa por trás da carta de vendas têm credibilidade e são confiáveis. Desde então, utilizamos o Teste do Banco de Quatro Pés regularmen- te. E, certamente, continuamos a notar melhora nas taxas de resposta das promos. Promos melhores significam mais receita e mais lucro. Nós crescemos rapidamente além da marca dos US$50 milhões e logo estávamos compe- tindo em pé́ de igualdade com nossa principal concorrente, faturando entre US$ 90 milhões e US$ 100 milhões ao ano. Esse crescimento não ocorreu inteiramente pelo uso da lista de verifi- cação de quatro pontos, mas ela foi um fator inegável no sucesso. Muitos anos depois, eu ainda utilizo o “Teste do Banco de Quatro Pés”. Acredito que seja uma maneira rápida e fácil de detectar problemas poten- cialmente fatais em copies. Esta manhã, por exemplo, eu o utilizei para descobrir o que não estava funcionando em um e-mail que um de nossos clientes havia enviado. A equipe depositou muita esperança no copy porque ele havia sido escrito por um copywriter talentoso e porque todos que o haviam lido o consideraram forte. Quando ele não obteve uma resposta boa, a equipe de marketing me procurou e me perguntou: “O que aconteceu?” Não demorou muito para que eu descobrisse. O copy era baseado em uma boa ideia e estava cheio de promessas e benefícios. Também era muito rico em argumentos e tinha muitas provas. Mas um dos pés do banco estava faltando: não havia nada no copy sobre as credenciais da pessoa que havia realizado o estudo que estava sendo vendido. “Se você me perguntasse quem é o maior especialista neste assunto”, eu disse para a equipe de marketing, “Eu diria que é o cara que escreveu o estudo. Mas o copy não menciona essas credenciais. Não há nada escrito sobre como ele é bom no ensino dessa habilidade tão importante para o sucesso. Nenhum apoio de outros profissionais. Nenhum exemplo de como ele ajudou as pessoas. E, com exceção da história pessoal de quem assina a carta, não há testemunhos de pessoas que foram beneficiadas pelo conse- lho do especialista.” Eu ressaltei como o marketing bem-sucedido de produtos semelhantes enfatizava as credenciais. “Há um motivo para esses caras estarem fazen- do isso”, eu disse a eles. “Nós deveríamos estar fazendo a mesma coisa.” Então nós analisamos minuciosamente a promo e identificamos onde esta- va o erro. Depois disso, em menos de uma hora, criamos um esboço para uma nova promo que continha os quatro elementos do Banco de Quatro Pés. Ao ensinar a novos copywriters a técnica do Banco de Quatro Pés, nós percebemos que, às vezes, há confusão em relação ao que queremos dizer com ideia “grande” e “unificadora” ou com diferença entre credibilidade e prova. Por isso, forneço exemplos de cada pé́ a seguir. Primeiro pé: a ideia Pensar em uma grande “ideia da virada” é a melhor maneira de criar promos revolucionárias. Grandes ideias da virada capturam a atenção do leitor e sinalizam que ele aprenderá algo valioso. Grandes ideias provocam uma resposta do tipo: “Sim! Isso é tão verdade!”. Sem a grande ideia, uma promo pode funcionar – e às vezes funciona bem. Mas o cliente em potencial pode não se compro- meter emocionalmente com o produto se não entender como comprá-lo resolverá algum problema maior. Elas confirmam crenças profundas que os clientes em potencial têm sobre o mundo e apelam a desejos escondidos que eles têm sobre o tipo de pessoa que desejam ser. Veja um exemplo do que quero dizer com “ideia da virada”: Como os franceses vivem mais do que as outras pessoas... apesar de comerem como reis e fumarem como chaminés! Ideia da virada: franceses vivem vidas longas e saudáveis sem fazer dieta, sem se exercitar ou fazer quaisquer outras coisas que os médicos americanos vivem recomendando. Como isso é possível? Para leitores preocupados com saúde e longevidade, essa ideia é atra- ente porque oferece a resposta de um enigma que os intriga há muitos anos – por que os franceses que comem queijo, carne e molhos continuam tão magros. Além disso, há outro enigma que eles acabaram de descobrir: os franceses também vivem mais! Implícita na ideia da virada está a promessa atraente: você pode comer como um francês, perder peso e viver mais. Ideias da virada sempre vêm com promessas atraentes, o que cumpre duas tarefas de uma vez: 1. Envolvem a mente do cliente em potencial e a distraem da venda iminente. 2. Incluem uma promessa implícita que “prende” o cliente em potencial emocionalmente. Imagine esse lead sem a grande ideia. Provavelmente seria algo muito sem graça, por exemplo: “Como ser mais saudável e viver mais”. Segundo pé: a promessa de benefícios Profissionais de marketing gostam de dizer que vendem o churrasco, não a carne. Isso quer dizer que nós convertemos características – os fatos crus de um produto – em promessas que fazem com que seja fácil para o cliente em potencial imaginar como sua vida melhoria se ele começasse a usar o produto em questão. Veja como o inicio do controle de cinco anos escrito por John Carlton é cheio de benefícios e se concentra em homens que se preocupam com a saúde e desejam melhorar sua vida sexual: Os surpreendentes segredos sexuais dos amantes mais satisfeitos... mais experientes... e mais respeitados do mundo! Aprenda a gozar o melhor sexo de sua vida em qualquer idade... com os segredos e descobertas incríveis neste livro lançado “Apenas para eles” que está mudando drasticamente a vida de homens (e mulheres) literalmente da noite para o dia... Caro amigo, Com sua permissão (e com precauções rigorosas de privacidade), vou enviar ́ para você um dos livros mais importantes e mais excitantes já publica- dos por uma editora americana. Notícias sobre esse surpreendente “best-sel- ler” estão se ̂ espalhando como fogo entre homens de todas as idades. Nele, você encontrará a completa educação sexual “secreta” que todos os homens desejam... incluindo fatos sexuais de tirar o fôlego... eles são tão poderosos que surpreenderam especialistas do sexo e médicos que os descobriram! E adivinhe? Pelos próximos 21 dias... Você pode lê-lo GRATUITAMENTE! Finalmente aqui está a oportunidade de aprender segredos sexuais de alto nível que apenas uma pequena quantidade de sortudos conhecia até pouco tempo atrás... incluindo as habilidades “superavançadas”, know-how e técni- cas de... Como você pode ver, Carlton é bastante direto nas promessas que faz. Ele promete, além da satisfação sexual, a revelação de “segredos” sexuais que parecem ir além do que os leitores normalmente esperariam. O desafio do copywriter, ao apresentar um produto, é transformar suas características em benefícios... e aprofundar esses benefícios tanto quanto possível. Bons copywriters sabem que nós compramos com o coração e depois racionalizamos nossas decisões com a mente. Por isso, os benefí- cios são sempre enfatizados no início, e as características são apresenta- das depois que a venda emocional foi feita. Características ajudam a mente a racionalizar decisões que o coração já́ tomou. Os melhores copywriters vão além. Eles entendem que, por trás dos benefícios óbvios que as pessoas desejam – e podem obter – de um produto especifico, há outros benefícios mais profundos que são mais fortes e que nunca podem ser satisfeitos. Exemplo #1. Vender um carro esportivo • Característica: o Audi R8 de 420 cavalos vai de 0 a 95 km/h em 4,6 segundos. ̂ ́ • Benefícios: com um Audi R8, você terá um carro melhor do que todos os outros. ̂ • Benefício escondido: você se sentirá mais viril. • Expresso indiretamente: “Imagine a adrenalina que sentirá quando ultrapassar o moleque no Camaro tunado.” Exemplo #2. Vender uma newsletter financeira • Característica: nossos investimentos se baseiam em princípios finan- ceiros sólidos, não em market timing. • Benefícios: você não precisa se preocupar com flutuações no mercado. • Benefício escondido: você se sentirá mais inteligente que outros investidores. • Expresso indiretamente: “Deixe outros investidores acordarem suando frio, ̂ se preocupando com as reviravoltas do mercado. Você dormirá tranquilo sabendo que seu pé de meia está protegido.” Exemplo #3. Vender uma escova de dentes • Característica: cerdas angulares. • Benefícios: cerdas angulares alcançam pontos difíceis entre seus dentes e a gengiva... e removem bactérias e placas que cerdas retas não alcançam. • Benefício escondido: você se sentirá confiante sabendo que tem um hálito fresco e um grande sorriso – principalmente em situações íntimas. • Expresso indiretamente: “Escova seus dentes com a nova escova XPro 3 ̂ vezes por dia e deixe seu sorriso brilhar. Melhor de tudo, você não precisa se preocupar quão perto está de alguém quanto estiver conversando.” Terceiro pé: prova A ideia da virada combinada com muitos benefícios atrativos fará a maior parte do trabalho. Ela fará com que seu cliente em potencial deseje o produto mesmo que não saiba nada sobre ele. Mas, assim que um clien- te toma a decisão emocional de comprar, a mente racional entra em cena. “Espero que esse produto realmente faça tudo o que promete”, ele pensa. “Parece muito legal e eles dizem muitas coisas. Como eu sei se posso acre- ditar em tudo?” Há muitas maneiras de sustentar seu argumento. A mais comum envol- ve o track record do produto (dados e números estatísticos) pesquisa inde- pendente e testemunhos. Exemplo #1. Track record de um serviço de consultoria de câmbio de moeda Dê uma olhada por si mesmo... e imagine... o que aqueles que fecharem os olhos vão perder. Observação: As datas a seguir referem-se a quando recomendei que as pessoas fechassem a posição, não a quando minha recomendação foi feita. É uma média de 53,07% de lucro... por operação! Impressionante, não é? Para ̂ colocar em perspectiva... Se você tivesse embarcado nessa viagem financeira, como nossos “testadores-beta”, supondo que tivesse investido apenas US$ 5.000 em cada ́ uma das recomendações, você poderia ter... mais de US$ 71.000 só de lucro... Exemplo #2. Pesquisas independentes de um suplemento para o coração Muito seguro, é aprovado pelo FDA para uso em papinhas de bebê: Comprovadamente 3 vezes mais seguro que aspirina – utilizado em todo o mundo por 56 anos sem efeitos colaterais significativos relatados. Muito eficiente, você pode VER ele funcionando: 1.823 estudos médicos provam que funciona e 1.526 médicos americanos o receitam todos os dias! Exemplo #3. Testemunho de um sistema de golfe “Simples, rápido de aprender, fácil de repetir. Essa é a maneira mais rápida de aumentar a potência de sua tacada.” — Ted Harris, Golf Pro Quarto pé: credibilidade Da mesma forma que precisa fornecer provas de que o produto fará o que promete, você também precisa elaborar credenciais para as pessoas e a empresa por trás dele. Exemplo #1: um perfil pessoal do especialista/criador do produto: O nome dele é Nick Usborne. Ele passou 25 anos nas trincheiras do marketing – 11 dos quais exclusivamente dedicado ao copywriting on-li- ne. Trabalhou com diversas empresas grandes, entre elas Microsoft, Yahoo, Disney, Citibank, AOL, The New York Times e Apple. Também trabalhou com pequenas empresas para ajudar a aumentar o lucro delas. Ele ensina as equipes de seus clientes a escrever copies que geram resultados. E o melhor é que, além de “fazer”, Nick sabe ensinar... em passos simples que todos podem seguir. (Esse é um dos motivos pelos quais muitas empresas estão atrás dele.) Exemplo #2: Validação de terceiros confiáveis • “Eu fui corretor de ações por 19 anos. Treinei na quarta maior empre- sa da Bolsa de Valores de Nova York da época. Nos últimos 8 meses, aprendi mais com o Dr. Sjuggerud sobre o grande mundo dos inves- timentos do que aprendi em 19 anos como corretor. As recomenda- ções de Steve são conservadoras, fazem sentido e geram grandes lucros regularmente – muito maiores do que se esperaria de investi- mentos seguros.” — Andrew Lawson, Charleston, SC. • Uma salva de palmas para Martin D. Weiss, Ph.D. “O TRIBUNAL DE CONTAS DO CONGRESSO AMERICANO (GAO)” alardeou o fato de que Weiss venceu seu maior concorrente em 3 para 1 na previsão de futuros problemas financeiros. A BARRON’S concorda e disse que o relatório do GAO é um “tributo a Weiss”. O jornalista investigativo JACK ANDERSON o chama de CORAJOSO e informa que sua classi- ficação financeira é “TRÊS VEZES MAIS PRECISA” do que a do resto do setor. O WALL STREET ĘOURNAL o chama de “ARROJADO”. A ESQUIRE observou que a empresa do dr. Weiss é “A única empresa [que] fornece classificação financeira livre de qualquer conflito de interesses”. • Julian Whitaker, MD, editor da Health & Healing, é considerado por muitos o campeão numero #1 em saúde nos Estados Unidos. Formado pela faculdade de Dartmouth e pela Faculdade de Medicina da Universidade de Emory, o dr. Whitaker fez estágio no Grady Memorial Hospital em Atlanta e residência no Centro Médico da Universidade da Califórnia em São Francisco. Ao lado do lendário Linus Pauling, o dr. Whitaker é o cofundador da Sociedade Médica Ortomolecular da Califórnia. Entre 1976 e 1977, ele trabalhou com o dr. Nathan Pritikin no Centro de Longevidade... O dr. Whitaker escreve uma coluna médica semanal em um grande jornal do sul da Califórnia e é autor de três livros populares sobre a reversão de problemas médicos. Além disso, ele ́ já participou do Merv Griffin Show, do Sally Jesse Raphael Show, da PM Magazine e de outros 150 programas de rádio e TV. Assim que tiver internalizado esses conceitos, você poderá usar a checklist de quatro pontos quando for avaliar um copy. Copywriters podem usá-la para garantir que seu copy esteja bem equilibrado antes que o mostrem para os outros. Profissionais de marketing podem usá-la para detectar problemas nos copies que recebem. O banco de quatro pés não deve ser incorporado no Peer Review ou na crítica CUB. Ele é uma ferramenta analítica – algo que você deve usar para avaliar uma promo que já foi escrita. Sua implementação é fácil e pode ser uma grande ajuda para evitar decepções. O banco de quatro pés não garante, por si só, um copy inovador. Mas garante que o copy seja equilibrado. E, às vezes, ter uma promo equilibrada pode fazer a diferença entre ir bem e ir muito bem. POD: O caminho para o copy de qualidade. Bill Bonner - 7 de julho de 2015 Há vinte anos, a maior reclamação dos publicadores do setor era: por que não há mais copywriters bons no mercado? Começamos o POD no início da década de 1990, na tentativa de fazer o que as publicadoras desejavam há muito tempo: criar um centro de treina- mento de copywriters. (POD tinha um triplo sentido: Pere [father] of Dimes, Pair of Dimes or Paradigms [Pai de moedas, par de moedas ou paradigmas, em tradução livre]. Há muitos duplos sentidos na literatura, mas poucos triplos sentidos. Ficamos muito orgulhosos de tê-lo criado.) Nós começamos com um grupo de 12 escritores, que encontrávamos uma vez por semana para falar sobre copy. Cada membro da equipe tinha que trabalhar em um projeto, que seria posteriormente discutido pelo grupo. A primeira coisa que percebemos foi a necessidade de uma linguagem comum para descrever as fraquezas, as oportunidades e os desafios da escrita. Disso, surgiram uma série de jargões e regras. A iniciativa foi bem-sucedida. Muitos dos membros mais produtivos da Agora, como John Forde e Addison Wiggin, vieram desse grupo. O mais importante foram as teorias e segredos desenvolvidos a partir das lições e palestras originais. Diversos conceitos, estratégias e regras foram desen- volvidos e ajudaram a primeira geração de copywriters a ensinar a segunda e a terceira. Esses conceitos foram aprimorados. E novos conceitos foram criados. Há diversos anos, Thom Hickling conduziu uma sessão de brainstor- ming que resultou diretamente no Sistema de Peer Review. Em um primeiro momento desprezado por sua qualidade sensível, ele se tornou o alicerce para um review positivo de copies com impacto enorme não apenas na qualidade, mas na quantidade do copywriting produzido. Porter fez uma descoberta surpreendente: a ideia de Bill de buscar criatividade na própria empresa era a melhor maneira de gerar copies de qualidade em abundância. Ele quadriplicou o orçamento que esses setores gastavam e contratou Mike Palmer para comandá-lo. Mike contratou um novo POD de futuros copywriters e fez do Peer Review a principal lição e método de seu setor. Os resultados foram imediatos e impressionantes. O grupo de Porter ficou à frente de todos na produção de mailings de front-end de sucesso. Julia Guth e Addison logo implantaram suas técnicas e obtiveram resulta- dos rapidamente, fazendo com que seus setores crescessem. Mike instituiu um sistema de guildas medievais para avaliar, treinar e recompensar os copywriters. O sistema funcionou tão bem que a Stansberry & Associates ficou à frente das outras afiliadas. Outras publicadoras prestaram atenção. Mas foi apenas quando Mike Palmer fez sua apresentação em um encontro de copywriters no ano passa- do que vimos exatamente como e por que seu método funcionava. Mike também falou sobre um novo sistema que tinha inventado para melhorar o corpo do texto (o Peer Review se concentra no lead): a Crítica CUB, que tornou possível fazer a review e melhorar uma carta de vendas em poucas horas. Esse processo deixou o controle criativo com os copywriters, em vez dos gerentes de marketing que costumavam comandar o departamento. CUB é um acrônimo. C é de Confusing (confuso). U é de Unbelievable (inverossímil). B é de Boring (tedioso). Como sabemos, o lead é a parte mais importante. É onde a venda realmente acontece. Mas, mesmo que o lead seja bom, ainda é preciso usar a crítica CUB no resto do copy para que a venda não seja prejudicada. A palestra de Mike foi muito generosa e teve um efeito duradouro na empresa. No mesmo encontro, Steve Sjuggerud e Alex Green explicaram o que boa escrita significava para eles. A confiança de Steve na simplicidade (e sua crença no teste de prontidão Flesch-Kincaid) também foi muito copiada pelas afiliados. O teste Flesch-Kincaid é uma maneira de garantir que o copy (editorial ou marketing) seja fácil de ler. Ele mostra, por exemplo, quão simples as frases e as palavras são. Não confunda isso com a profundidade e a comple- xidade das ideias no texto. Geralmente, quanto mais simples a linguagem, mais ricas e satisfatórias as ideias podem ser. Aconteceu outra coisa no encontro... Jack Forde e eu criamos uma nova teoria de compreensão e produção de leads melhores. Nós combinamos os “seis gêneros clássicos” a partir da descoberta de Jack sobre a importân- cia da medida da distância entre o leitor e o produto (elaborada por Gene Schwartz). Essa descoberta está sendo aplicada agora e faz uma grande diferença para quem a utiliza. Nos últimos seis meses, tenho realizado reuniões regulares com os copywriters do Oxford Club (liderados por Jay Livingston), da Sovereign Society (liderados por Justin Ford), do Taipan Group (liderados por Sandy Franks, Justice Litle e Chip), bem como com a equipe da ETR. Fiquei muito impressionado com a liderança e a qualidade criativa desses grupos. Eu não me encontrei com o grupo da Agora Financial, mas tenho certeza que me sentiria da mesma forma em relação a eles. O final feliz dessa longa história é o seguinte: atualmente, a Agora não tem mais problemas com a produção de copies de qualidade. Temos alguns departamentos um pouco atrasados nessa área importante. Mas eles têm um modelo muito eficiente a seguir, o qual pode produzir resul- tados extraordinários relativamente rápido... como a Sovereign Society e Taipan demonstraram. É muito bom poder dizer isso. Fizemos o que, há 20 anos, não acreditá- vamos que pudesse ser feito. Teremos desafios mais difíceis no futuro, mas temos o talento neces- sário para enfrentá-los. Precisamos que todas as publicadoras cheguem ao mesmo patamar, um trabalho que sei que podemos fazer. O próximo passo já foi tomado – levando o processo para a parte edito- rial, com o objetivo de produzir mais copies editoriais de qualidade. Se você seguir nosso modelo, teremos sido bem-sucedidos. Para reiterar, o modelo consiste em: • Localizar a criatividade na própria empresa, a qual deve ser liderada por um escritor bem-sucedido que entende o modelo. • Classificar os escritores e incentivá-los. • Usar o Peer Review em todos os leads editoriais importantes. • Usar o CUB para melhorar o resto do copy editorial. • Fazer com que todos os escritores façam minileads todos os dias. • Usar o programa de gêneros para ajudar a criar bons leads. De acordo com a ideia do programa de gêneros, todos os bons leads concentram-se em apenas algumas categorias de estilo. Se conseguirmos fazer com que nossas publicadoras apliquem essa estratégia também no editorial, tudo vai funcionar melhor e nossos textos terão mais qualidade que os da concorrência. O processo foi longo, mas o resultado foi ótimo. Eu me sinto muito otimista com nosso futuro e estou muito feliz de fazer parte dele. Leitura recomendada. Bill Bonner - 7 de julho de 2015 Confissões de um publicitário - David Ogilvy Copy Logic! A nova ciência para produzir copies revolucionários - Mark Morgan Ford (Michael Masterson) e Mike Palmer Great Leads: As seis maneiras mais fáceis de começar qualquer carta vendas - Mark Morgan Ford (Michael Masterson) e John Forde Influence: The Psychology of Persuasion - Robert B. Cialdini Ogilvy on Advertising - David Ogilvy Scientific Advertising - Claude Hopkins A arquitetura da persuasão: como escrever cartas de vendas bem construídas - Mark Morgan Ford (Michael Masterson) The AWAI Accelerated Program for Six-Figure Copywriting The Copywriter’s Handbook: A Step-by-Step Guide to Writing Copy That Sells - Bob Bly The Secrets Of Emotional, Hot-button Copywriting - Denny Hatch The Unpublished David Ogilvy - David Ogilvy