Treino avançado Aula 01/02/2023 ........................................................................................................................... 2 Treino Avançado 15/03/2023 ........................................................................................................ 9 Modelos de periodização Linear ................................................................................................. 11 Aula 19/04/2023 ......................................................................................................................... 12 Modelos de periodização não linear ........................................................................................... 14 Aula 01/02/2023 Aula de revisões ( ver resumo 1ºsemestre e correção ficha 1 fisiologia) - Músculos e lei do tamanho - Sistemas energia e Steady State - Fontes anaeróbias (alática e lática) e aeróbias Usamos o ácido lático porque é muito rápido, o oxidativo demora tempo a transportar o oxigénio, daí o fazermos o aquecimento, para conseguirmos atingir esse patamar. Demora da Fc na resposta ao exercício. A quantidade de oxidação varioa conforme o tipo de fibras ( tipo 1 mais oxidativas) Explique a relação entre o consumo de oxigénio e a produção energética em exercício. Mesmo num exercício predominantemente aeróbio existe uma fase inicial na qual o aporte de O2 é inferior às necessidades energéticas dos músculos ativos. Durante estes minutos iniciais o consumo de O2 é inferior à produção energética – Deficit de O2. Após a adaptação, o VO2 estabiliza se as necessidades de energia se mantiverem. Teoricamente, o VO2 iguala a produção de energia. Nos minutos iniciais da recuperação, o VO2 é superior às necessidades energéticas (Débito de O2 ou EPOC – consumo excessivo de O2 pós-exercício). Uma vez que o dispêndio energético deriva da hidrólise da molécula de ATP, sendo este reposto como resultado da utilização de oxigénio a nível mitocondrial, pode concluir-se que existe uma relação direta entre o consumo de oxigénio e o dispêndio energético. (Existe, pois, uma proporcionalidade entre o O2 consumido e a energia produzida. À medida que os substratos energéticos são oxidados no organismo, a respetiva produção de calor é diretamente proporcional ao oxigénio consumido e ao dióxido de carbono e água produzidos nestas reações). A combustão de uma mistura de HC, P e Gorduras num litro de O2, liberta aproximadamente 5Kcal. Defina limiar anaeróbio, e explique, em termos metabólicos, o seu significado. LANA: Momento onde o ácido láctico começa a ser acumulado acima dos níveis de repouso. Reflete a interação dos sistemas energéticos aeróbio e anaeróbio. Não é mais do que uma intensidade. Treino aeróbio aumenta o Lana, chegando a atingir valores de 80-90% em fundistas. Na prática: Um indivíduo com um Lana mais alto pode efetuar uma corrida com uma velocidade mais elevada, para a mesma acumulação de lactato. Determinação do Lana: doseamento seriado das lactatemias e análise dos gases expirados. Identifica os três sistemas energéticos responsáveis pela reposição dos níveis de ATP e descreve, para cada um deles, o(s) substratos utilizados, os produtos resultantes do metabolismo e o balanço energético (expresso em ATP). Sistema ATP – CP (Via Anaeróbia Aláctica): - Substrato Energético – CP - Produtos do Metabolismo – C e Pi - Balanço Energético – 1 CP = 1 ATP - Fator limitativo: rápido esgotamento das reservas CP Sistema Glicolítico (Via Anaeróbia Láctica): - Substratos Energéticos – Glicogénio e Glicose - Produtos do Metabolismo – ácido láctico. - Balanço Energético – a partir da glicose (2 ATP); a partir do glicogénio (3ATP). A partir da glicose, o ATP é inferior pois antes de começar a glicólise usa-se uma molécula de ATP para convertê-la em glicose-6-fosfato. - Fator limitativo: acumulação de ácido láctico Sistema Oxidativo (Via Aeróbia) - Substrato Energético – HC (glicogénio e glicose), Lípidos (AGL) e Proteínas (aminoácidos) - Produtos do Metabolismo – CO2, H2O e ureia (resultante da degradação dos aminoácidos) - Fator limitativo: capacidade de transporte de oxigénio Oxidação dos HC (envolve: Glicolise (C6H12O6), Ciclo de Krebs e CTe-) . Produtos do metabolismo - H2O, CO2 Balanço energético - 38/39 moléculas ATP por 1HC. Oxidação da Gordura Começa com β Oxidação dos AG (C16H32O2) Livres (ver Oxidação dos HC – Ciclo Krebs e CTe-); Produtos do metabolismo - H2O, CO2 Balanço energético - A energia produzida pela oxidação da Gordura é muito > do que a pela Oxidação dos HC; Varia de acordo com os AG que estão a ser oxidados (129 ATP ácido palmítico) Oxidação das Proteínas É muito mais complexa porque as proteínas (aa) contem nitrogénio, o qual NÃO PODE ser oxidado. As proteínas contribuem relativamente pouco para a produção de energia e, por esta razão, o seu metabolismo frequentemente não é levado em consideração. Produtos do metabolismo - H2O, CO2 e ureia Relacione a variável intensidade e duração de esforço e a seleção de substratos energéticos. Para intensidades de esforço mais elevadas o substrato selecionado são os HC, à medida que a intensidade diminui a seleção dos HC vais diminuído e aumenta a das gorduras. O inverso verifica-se para a duração. Funcionamento do coração Sangue entra veia cava enche a aurícula direita. Aurícula direita vai para o ventrículo direito Ventrículo direito vai para as veias pulmonares Sangue oxigenado vem pela artéria pulmonar para a aurícula esquerda Aurícula esquerda para o ventrículo esquerdo Ventrículo esquerdo para o corpo (artéria) Miocárdio é um músculo diferente- parecido ao tipo 1 cheio de mitocôndrias Hipertrofia do miocárdio deriva de 2 vertentes- exercício ou patológica 1. Artérias - são os maiores vasos sanguíneos que saem do coração e se ramificam para transportar o sangue rico em oxigênio para as outras partes do corpo. 2. Veias - são os vasos sanguíneos que retornam o sangue desoxigenado e rico em resíduos metabólicos para o coração. 3. Arteríolas - são vasos sanguíneos menores que se ramificam a partir das artérias. 4. Vênulas - são vasos sanguíneos menores que se conectam aos capilares e transportam o sangue desoxigenado para as veias. 5. Capilares - são os vasos sanguíneos mais finos e pequenos do corpo humano, responsáveis por transportar oxigênio e nutrientes para as células do corpo e remover produtos residuais do metabolismo celular. Bomba plantar e bomba muscular e bomba respiratória a) A bomba plantar refere-se ao mecanismo de bombeamento de sangue pelos pés durante a caminhada ou corrida. Quando o pé toca o chão, os músculos e tendões da sola do pé se contraem, comprimindo as veias e forçando o sangue a subir pelas pernas em direção ao coração. b) A bomba muscular, por sua vez, refere-se ao mecanismo de bombeamento de sangue pelos músculos durante a atividade física. Quando os músculos se contraem, eles comprimem as veias, empurrando o sangue de volta ao coração. Esse mecanismo é particularmente importante em atividades físicas que envolvem os membros inferiores, como correr, caminhar ou pedalar. c) A bomba respiratória é o mecanismo de bombeamento de sangue pelos pulmões durante a respiração. Quando o ar é inspirado, os pulmões se expandem, aumentando o espaço dentro do tórax e diminuindo a pressão interna. Isso permite que o sangue das veias pulmonares flua mais facilmente para o coração. Pressão arterial sistólica e diastólica no exercício Durante o exercício físico, é comum que a pressão arterial aumente temporariamente. Isso ocorre porque os músculos em atividade demandam mais oxigênio e nutrientes, o que aumenta a necessidade de fluxo sanguíneo para essas regiões do corpo. Durante o exercício, a pressão arterial pode ser monitorada através de duas medidas: a pressão arterial sistólica e a pressão arterial diastólica. A pressão arterial sistólica é a medida da pressão exercida nas paredes das artérias quando o coração se contrai e bombeia o sangue para fora. A pressão arterial diastólica é a medida da pressão exercida nas paredes das artérias quando o coração relaxa e se enche de sangue para o próximo ciclo de batimento. Durante o exercício, é esperado que a pressão arterial sistólica aumente proporcionalmente à intensidade do exercício. Em indivíduos saudáveis, a pressão arterial sistólica pode chegar a valores de até 200 mmHg durante exercícios vigorosos, como levantamento de peso ou corrida intensa. Já a pressão arterial diastólica tende a permanecer relativamente constante ou até mesmo diminuir durante o exercício. É importante ressaltar que, em pessoas com hipertensão arterial ou outras doenças cardiovasculares, o aumento da pressão arterial durante o exercício pode representar um risco à saúde. Por isso, é recomendado que pessoas com essas condições consultem um médico antes de iniciar um programa de exercícios físicos e monitorem regularmente a pressão arterial durante a atividade física. Respostas Cardiovasculares ao Exercício Agudo • Aumenta o fluxo sanguíneo para o músculo em atividade. • Envolvem alterações na função cardíaca e adaptações circulatórias periféricas: • Frequência cardíaca • Volume de ejeção sistólica • Débito cardíaco • Pressão arterial • Fluxo sanguíneo Frequência Cardíaca (FC) Durante o Exercício • Diretamente proporcional à intensidade do exercício. • Frequência cardíaca máxima (FCmax): é a frequência cardíaca mais alta que se alcança em um esforço máximo até a fadiga voluntária. • Altamente reprodutível. • Tende a diminuir levemente com a idade. • Estimativa da FCmax = 220 - idade em anos. • Uma estimativa melhor da FCmax = 208 - (0,7 x idade em anos). Frequência Cardíaca em Stady State: é o ponto de platô, a frequência cardíaca ótima para atender às demandas circulatórias em uma determinada intensidade submáxima. • Se a intensidade aumenta, a frequência cardíaca em estado estacionário também aumenta. • Ajustar-se a uma nova intensidade leva de 2 a 3 minutos. • A frequência cardíaca em estado estacionário é a base para testes simples de exercício que estimam a aptidão aeróbica e a FCmax. Volume de Ejeção Sistólica (VES) Durante o Exercício • Aumenta com a intensidade até 40%-60% do VO2max. • A partir daí, atinge um platô até a exaustão. • Possível exceção: atletas de resistência de elite. • O VES máximo durante o exercício é aproximadamente o dobro do VES em repouso em pé. • No entanto, o VES máximo durante o exercício é apenas ligeiramente maior do que o VES em repouso deitado. • O volume diastólico final (VDF) em decúbito dorsal é muito maior do que o VDF em pé. Adaptações ao Treino Aeróbico • Resistência cardiorrespiratória • Capacidade de sustentar exercícios dinâmicos prolongados • Melhorias por meio de adaptações multi sistêmicas (cardiovascular, respiratória, muscular, metabólica) Treino de resistência Aumento da capacidade máxima de resistência = aumento do VO2max Aumento da capacidade de resistência submáxima: • Frequência cardíaca mais baixa na mesma intensidade de exercício submáximo • Mais relacionado ao desempenho competitivo em resistência. Adaptações ao Treino Aeróbico • Tamanho do coração • Volume de ejeção sistólica • Frequência cardíaca • Débito cardíaco • Fluxo sanguíneo • Volume sanguíneo • Volume de células vermelhas Treino Avançado 15/03/2023 Demanda Volume Capacidade Intensidade Complexidade Descanso (sono, recup ativa/passiva) Recuperação Alimentação Hidratação “Suplementação” A demanda é diferente para pessoas diferentes, devido à capacidade da pessoa de produção de força, sincronização das fibras, etc. Quanto maior a demanda e menor a quantidade maior a inclinação da fadiga. Porque da sobrecarga (demanda) progressiva? Para manter a fadiga, com o aumento da aptidão física, temos de aumentar a carga para conseguir manter a fadiga instalada no treino, para poder manter a supercompensação. Cada sessão de treino deve representar uma sobrecarga para os sistemas do cliente, apresentando um desafio ligeiramente superior ao que o cliente ja experimentou. se um programa não respeitar o princípio da sobrecarga, os seus resultados ficarão condicionados, pois o organismo que, entretanto, se adaptou a carga rotineira, não irá responder sem um acréscimo de solicitação. Respeitando os principios anteriores, e importante ter em mente que a sobrecarga e a respetiva adaptação apenas será mantida se as cargas forem progredindo em função dos aumentos de aptidão física do cliente. Especifidade- evitar lesões, para alem do “treino funcional”. A especificidade do treino refere-se à necessidade de treinar/solicitar as habilidades/ capacidades sobre as quais se quer incidir. A especificidade deve ser observaades que diz respeito aos movimentos, sistemas de produção de energia, velocidade do movimento ou tipos de fibras musculares solicitadas. Para que o treino seia verdadeiramente funcional não pode apenas respeitar o principio da especificidade, uma vez que deve adicionalmente compensar e prevenir resultados indesejáveis de dada tarefa ou desporto. Individualidade- A variabilidade do estímulo de treino (volume, intensidade, densidade, modo, velocidade, etc.) é essencial para o sucesso do processo de adaptação a longo prazo, evitando a estagnação dos resultados e a fadiga ou lesão de algumas estruturas. Continuidade/Reversibilidade- deixar de treinar, reverte o processo de ganhos, voltar à posição inicial Variabilidade- alterar mais ou menos sistemática a dinâmica da carga A melhor forma de observar o princípio da variabilidade é através da periodização das cargas. Modelos de periodização Linear Atletas recreativos Atletas iniciantes Ginásio Porquê de treinar potência? Sarcopenia, perca das fibras do tipo 2. Aula 19/04/2023 A % de treino depende sempre da carga interna e da aptidão do atleta 140 bpm pode ser maior que um 180 bpm se a sua % de treino for maior ex: 140 bpm = 90% do máx 180 bpm = 70% do máx O controlo geral da carga e aferição do estado de prontidão do praticante, são estratégias utilizadas em programas de treino para monitorizar e ajustar a intensidade e volume de treino de acordo com as necessidades e capacidades individuais do praticante. Estas estratégias visam garantir que o treino seja adequado e seguro, minimizando o risco de lesões e maximizando os ganhos de desempenho. O controlo geral da carga envolve a avaliação da quantidade e intensidade do treino em cada sessão, bem como o volume total de treino ao longo do tempo. A aferição do estado de prontidão do praticante refere-se à avaliação da recuperação e adaptação do corpo após o treino, incluindo a medição de variáveis como frequência cardíaca, pressão arterial, perceção subjetiva de esforço e qualidade do sono. Ao utilizar o controlo geral da carga e a aferição do estado de prontidão do praticante, os treinadores podem ajustar o treino de forma a garantir que o praticante esteja a progredir de forma adequada e evitar o overtraining, um estado de fadiga crónica que pode levar a lesões e uma diminuição no desempenho. Além disso, essas estratégias também permitem que os treinadores personalizem o treino para atender às necessidades específicas de cada praticante, maximizando assim seus resultados. Biomarcadores para Saúde e Desempenho As três principais áreas de monitorização fisiológica no desporto (saúde, fadiga e recuperação e aptidão física), os principais moduladores (ambientais, fisiológicos e psicológicos) e o momento da resposta interna (aguda, tardia ou crónica). As três áreas estão inter-relacionadas, mas a seleção dos biomarcadores, o protocolo de amostragem (frequência e tempo) e a interpretação podem ser diferentes com base na área, no fator temporal da resposta interna e na influência de cada modulador. Modelos de periodização não linear Variabilidade- altera, aumenta o estímulo a pessoas mais treinadas Período preparatório – Periodização linear curta pré competitivo – Periodização não linear competição – Periodização não linear post season - férias off season - Periodização linear longa Macro ciclo: é o período mais longo da periodização, geralmente com duração de 6 meses a 1 ano. É dividido em três fases: 1. Preparatória: fase que tem como objetivo principal o desenvolvimento de capacidades físicas gerais, como força, resistência muscular e cardiovascular, entre outras. 2. Competitiva: fase em que o atleta está pronto para competir e busca manter as capacidades desenvolvidas na fase anterior, além de aprimorar habilidades específicas do seu esporte. 3. Transição: fase que tem como objetivo a recuperação física e mental do atleta após o término da temporada competitiva. Mesociclos: períodos de duração média dentro do macro ciclo. Cada mesociclo pode ter um objetivo específico e é composto por várias semanas. São divididos em quatro fases: 1. Preparação geral: fase que tem como objetivo o desenvolvimento de capacidades físicas gerais, semelhante à fase preparatória do macro ciclo. 2. Preparação específica: fase que tem como objetivo o desenvolvimento de capacidades específicas do esporte praticado pelo atleta. 3. Precompetição: fase que tem como objetivo aprimorar a técnica, tática e preparar o atleta para a competição. 4. Competição: fase em que o atleta está pronto para competir e busca manter as capacidades desenvolvidas nas fases anteriores. Período preparatório: 1. Força resistente 2. Hipertrofia 3. Taxa produção de força Período pré competitivo 1. Velocidade e potência Competitivo 2. Ou taxa produção de força ou potência