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GP 4 Gestão de Stocks

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Gestão de Produção
4
Gestão de Stocks
Ana Sofia Dias
asdias@dem.isel.ipl.pt
© António Abreu
1
Sumário
I.
II.
Objectivos dos Stocks
Modelos de gestão e controlo de stocks com
procura independente
• Modelo de revisão continua
• Modelo de revisão periódica
• Determinação do stock de segurança
III. Modelos de gestão e controlo de stocks com
procura dependente - MRP
© António Abreu
2
Definição de “Stock”
“Um agregado de artigos mantido por um
sistema durante um determinado período de
tempo, num estado relativamente inactivo ou
improdutivo, esperando o momento de ser
usado, num processo de fabrico ou de ser
distribuído. Pode consistir em produtos
acabados, peças ou componentes, peças em
curso de fabrico ou ainda em matérias
primas.”
APICS, 1987
© António Abreu
3
Objectivo da gestão de stocks
 Ter a quantidade certa
 do material certo,
 no momento certo,
 no local correcto,
 ao menor custo.
© António Abreu
4
Importância dos stocks
Nivel de stock
Sucata
Setup
time
Variações
na procura
Falta de
qualidade
Atrasos dos fornecedores
© António Abreu
5
Importância dos stocks
Nível de
stock
Sucata
Setup
time
Variações
na procura
Falta de
Qualidade
Atrasos dos fornecedores
© António Abreu
6
Importância dos stocks
1) MANTER A INDEPENDÊNCIA DAS OPERAÇÕES
Evitar paragens de toda a cadeia Produtiva, quando há
atrasos na operação a montante.
2) SATISFAZER AS VARIAÇÕES DA PROCURA
Existência de quantidades “tampão ou almofada” para
absorver as flutuações na procura
3) AUMENTAR A FLEXIBILIDADE DA
PROGRAMAÇÃO DA PRODUÇÃO
Menos tempo gasto na preparação das máquinas
«Setup Time» obtenção de economias de escala.
4) AMORTECER FALHAS DE APROVISIONAMENTO
Atrasos dos fornecedores; devoluções, …
5) OBTER VANTAGENS ECONÓMICAS NO
PROCESSO DE COMPRA
Descontos de quantidade; Menos custos
administrativos; menores custos de transporte; menor
número de Inspecções, …
© António Abreu
7
Hierarquia do planeamento da produção
Planeamento
Agregado
Plano Director
da Produção e
MRP
Ordens de
Compra
O QUE produzir?
QUANDO produzir?
QUANTO produzir?
Ordens de
Fabrico
Gestão dos Stock
© António Abreu
8
CLASSIFICAÇÃO DOS STOCKS
Tipo de procura
Localização no
processo
Quantidade e valor
Outros
© António Abreu
• Dependente
• Independente
• Matérias primas
• Em curso de fabrico
• Produto acabado
• Classe A
• Classe B
• Classe C
• Manutenção
• Operação
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Procura independente versus procura dependente
Procura independente – Artigos cujo
consumo se pode considerar
independente do verificado noutros
artigos.
Exemplo: Produtos acabados.
Procura dependente – Artigos cujo
consumo depende do verificado noutro
artigo.
Exemplo: Materiais, componentes de
um produto.
© António Abreu
10
Departamentos intervenientes na Gestão de Stocks
Aprovisionamento
(compras)
Produção
Matériais-Primas
Consumíveis
Produtos em curso de
Fabrico
Marketing /
Comercial
(vendas)
Produto acabado
Finanças
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11
Gestão de conflitos na constituição de “stocks”
Departamento
Objectivo
Justificação
Financeiro
Stocks 
Stocks  => capital imobilizado 
Produção
Stocks 
Compras
Stocks 
Stocks  => Descontos de Quantidade
Marketing
Stocks 
Stocks  => Maior Taxa de Serviço
© António Abreu
Stocks  => Maior utilização de equip. e
segurança contra imprevistos
12
Resolução de conflitos na constituição de “stocks”
CONCILIAR AS OPINIÕES dos diversos departamentos, garantindo um
INVESTIMENTO REDUZIDO em “stocks” com um NÍVEL DE SERVIÇO ELEVADO
quer para as operações de FABRICO quer para as VENDAS
1) COMO e a QUEM comprar?
2) O QUE comprar?
3) QUANDO encomendar?
4) QUANTO encomendar?
4) COMO Receber, Manusear e Movimentar?
5) COMO Distribuir?
© António Abreu
13
Sumário
I.
II.
Objectivos dos Stocks
Modelos de gestão e controlo de stocks com
procura independente
• Modelo de revisão continua
• Modelo de revisão periódica
• Determinação do stock de segurança
III. Modelos de gestão e controlo de stocks com
procura dependente - MRP
© António Abreu
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Variáveis associadas à gestão dos «STOCKS»
O QUE comprar/produzir?
QUANDO
encomendar/produzir?
(Tempo)
Variável
© António Abreu
Fixo
QUANTO
encomendar/produzir?
(Quantidade)
Fixo
P – Fixo
Q - Fixo
Variável
P - Variável
Q – Fixo
QEE
(optimizar)
P – Fixo
P - Variável
Q – variável Q - Variável
PE
MRP
(optimizar)
Lote – a lote
Apenas se
encomenda o
necessário – JIT
(stock nulo)
15
MODELOS DE GESTÃO E CONTROLO DE STOCKS
Variável
P – Fixo
Q - Fixo
Q – Fixo
(optimizar)
QEE
Variável
P – Fixo
(optimizar)
P
MRP
Nível de stock
Fixo
Fixo
QUANTO
encomendar/produ
zir?
(Quantidade)
QUANDO
encomendar/produzir?
(Tempo)
© António Abreu
Quando (tempo) – Fixo
Quanto (quantidade) - Fixo
Quantidade
encomendada =
Q (valor máximo
do stock)
Taxa de utilização
Valor do
Stock
médio
Q
2
Stock
mínimo
Tempo
16
MODELOS DE GESTÃO E CONTROLO DE STOCKS
Variável
P – Fixo
Q - Fixo
Q – Fixo
(optimizar)
QEE
Variável
P – Fixo
(optimizar)
P
MRP
Nível de stock
Fixo
Fixo
QUANTO
encomendar/produ
zir?
(Quantidade)
QUANDO
encomendar/produzir?
(Tempo)
Modelo de revisão continua
Quando (tempo) – variável
Quanto (quantidade) - Fixo
Taxa de utilização
Quantidade
encomendada =
Q (valor máximo
do stock)
Stock
mínimo
P1
© António Abreu
Valor do
Stock
médio
Q
2
P2
Tempo
P3
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MODELOS DE GESTÃO E CONTROLO DE STOCKS
Fixo
Fixo
Variável
P – Fixo
Q - Fixo
Q – Fixo
(optimizar)
QEE
Modelo de revisão periódica
Quando (tempo) – Fixo
Quanto (quantidade) - Variável
Valor máximo (T)
Variável
QUANTO
encomendar/produ
zir?
(Quantidade)
QUANDO
encomendar/produzir?
(Tempo)
P – Fixo
(optimizar)
P
MRP
Q4
Nível de Stock
Q2
P
Q1
Q3
P
P
© António Abreu
Tempo
18
MODELOS DE GESTÃO E CONTROLO DE STOCKS
QUANDO
encomendar/produzir?
(Tempo)
Variável
Fixo
P – Fixo
Q - Fixo
Q – Fixo
(optimizar)
QEE
Variável
P – Fixo
(optimizar)
P
MRP
Lote – a lote
QUANTO
encomendar/produ
zir?
(Quantidade)
Fixo
Modelo Lote – a – Lote
Quando (tempo) – Variável
Quanto (quantidade) - Variável
Lote-a-lote – em cada período encomendase o que é necessário para satisfazer as
necessidades desse período
(com base nas necessidades líquidas - NL).
Nota: NB (Q entregue ao cliente)
NL=NB-Stock
© António Abreu
19
Gestão económica de stocks
© António Abreu
20
Custos associadas à gestão dos «STOCKS»
Aquisição/Produção (Ca)




Processamento da encomenda
Recepção da mercadoria
Inspecção da mercadoria
Transferência da mercadoria
para o armazém
 Custo de preparação das
máquinas (set-up)
Ruptura ou de falha (Cr)
 Custo de diferimento
 Custo de vendas perdidas
© António Abreu
Posse ou de
manutenção (Cp)
 Custo do imobilizado (stock)
 Custo do armazém e sua
manutenção
 Custo de seguros
 Custo de deterioração e roubo
 Impostos
 Custo de manuseamento dos
artigos
Custo do Material (Cm)
 Custo de materiais
 Custos de transformação
21
Gestão económica de stocks
Minimização dos custos totais
CT
CA
CP
CM
CR
= Custo Total Anual
= Custo de Aquisição Anual
= Custo de Posse Anual
= Custo dos Materiais Anual (considera-se cte)
= Custo de Ruptura Anual (considera-se = 0)
CT = CA + CP + CM + CR
© António Abreu
Custo Variável Anual ou
Operacional
22
Gestão económica de stocks
Determinação do Custo de Aquisição anual - CA
D = Procura ou consumo anual
Q = Quantidade encomendada por encomenda
Ca = Custo de aquisição de cada encomenda
Custo de Aquisição anual (CA) =(Número de encomendas realizadas num ano)
x (Custo de aquisição de cada encomenda )
Procura anual
= Quantidade encomendada por enc.
=
© António Abreu
D (Ca)
Q
Custo de
aquisição de 1
encomenda
CA =
D
Ca
Q
23
Gestão económica de stocks
Determinação do Custo Posse anual - CP
Q = Quantidade encomendada por encomenda
Cp = Custo de posse por unidade/ano =Taxa de posse (I)*Custo unitário (C)
Custo de Posse anual (CP) = (Valor do stock médio)
x (Custo de posse por unidade/ano)
=
Quant. encomendada
2
=
(Custo de posse por unidade/ano)
Q (Cp)
2
CP =
© António Abreu
Q
Cp
2
24
Gestão económica de stocks
Objectivo – minimização dos custos totais
custo total
Custo anual
Minimo
custo total
Custo de
Posse
Custo de
Aquisição
Quantidade óptima
encomendada QEE
© António Abreu
Quantidade encomendada
25
Determinação da QEE
Q
Q*
D
Ca
Cp
= Quantidade encomenda por encomenda
= Quantidade óptima de encomenda (QEE)
= Procura ou consumo anual
= Custo de aquisição de cada encomenda
= Custo de posse por unidade/ano = [Taxa de posse(I)*Custo unitário (C)]
A quantidade óptima de encomenda é
determinada quando o valor dos Custos de
Aquisição e de Posse são iguais
D
Q
Ca = Cp
Q
2
Resolvendo em ordem a Q:
2DCa = Q2Cp
Q2 = 2DCa/Cp
© António Abreu
Q* =
2DCa
Cp
26
Condições de aplicabilidade da QEE

Q* =
2DCa
Cp




Q* =
2DCa
I*C



© António Abreu
1 artigo (1 tipo de produto)
Sujeito a revisão contínua
Procura conhecida e constante ao longo do
tempo
Período de aprovisionamento conhecido,
independente da procura e da quantidade
encomendada
Inexistência de restrições (qualidade,
validade, etc.)
Custos conhecidos, constantes e
independentes da quantidade
encomendada
Custo de Posse é função do nível médio do
stock
Não é admitida a ocorrência de ruptura do
stock
27
Exemplo de aplicação QEE
Determine a quantidade económica de encomenda (QEE)
sabendo que a procura anual é de 1000 unidades, o custo
de realizar uma encomenda é 10€ e o custo de posse é
0,50€ por unidade/ano.
Q* =
Q* =
© António Abreu
2DCa
Cp
2(1000)(10)
=
0,50
40.000 = 200 unidades
28
Exemplo de aplicação QEE - continuação
Determine o número óptimo de encomendas anuais
sabendo que a procura anual é 1000 unidades, o custo
de realizar uma encomenda é 10€, o custo de posse é
0,50€ e a QEE é de 200 unidades.
Número de = N =
encomendas
Procura
QEE
D
=
Q*
1000
N=
= 5 Enc/ano
200
© António Abreu
29
Exemplo de aplicação - Modelo de
Revisão periódica
Determine o período óptimo de encomendas sabendo
que a procura anual é 1000 unidades, o custo de realizar
uma encomenda é 10€ , o custo de posse é 0,50€, a QEE
é de 200 unidades e são realizadas 5 encomendas por
ano (um ano tem 250 dias úteis).
Intervalo
médio entre = P =
encomendas
P=
© António Abreu
Dias de trabalho
N
250
= 50 dias
5
30
Robustez do modelo QEE
Cálculo do Custo Total
D = 1000 unid
Ca = 10€/Enc
Cp = 0.50€/unid*ano
Q* = 200 unid
N = 5 Enc/ano
P = 50 dias
Q
D
CT = CA + CP =
Ca +
Cp
2
Q
1000
200
CT =
(10€) +
(0,50€)
200
2
CT = (5)(10€) + (100)(0,50€) = 50€ + 50€ = 100€
© António Abreu
31
Robustez do modelo QEE
Erro da procura em 50%. Impacto:
D = 1000 unid 1500 unid
Q* = 200 unid
Ca = 10€/Enc
N = 5 Enc/ano
Cp = 0.50€/unid*ano
P = 50 dias
Q
D
CT = CA + CP =
Ca +
Cp
2
Q
1500
200
CT =
(10€) +
(0,50€)
200
2
CT = (7,5)(10€) + (100)(0,50€) = 75€ + 50€ = 125€
O Custo Total aumentou 25% !!!
© António Abreu
32
Robustez do modelo QEE
Erro da procura em 100%. Impacto:
D = 1000 unid 2000 unid
Q* = 200 unid
Ca = 10€/Enc
N = 5 Enc/ano
Cp = 0.50€/unid*ano
P = 50 dias
Q
D
CT = CA + CP =
Ca +
Cp
2
Q
2000
200
CT =
(10€) +
(0,50€)
200
2
CT = (10)(10€) + (100)(0,50€) = 100€ + 50€ = 150€
O Custo Total aumentou 50% !!!
© António Abreu
33
Robustez do modelo QEE
custo total
Custo anual
Minimo custo
total
Custo de Posse
Custo de Aquisição
Quantidade
óptima QEE
Quantidade encomendada

A QEE é robusta

Pode ser utilizada mesmo quando
parâmetros não são bem conhecidos

A curva do custo total é pouco sensível a variações
em torno do valor da QEE
© António Abreu
todos
os
34
MODELOS DE GESTÃO E CONTROLO DE STOCKS
Modelo de Revisão Continua
Nível de stock (unid.)
O QUE comprar?
QUANTO encomendar?
QUANDO encomendar?

QEE define quanto comprar

O Ponto de Encomenda (PE) define
quando comprar
Q*
Declive
= unid/dia = d
PE
(unid)
Prazo de entrega (Lead Time)
- Tempo necessário para
comprar, produzir ou montar
um produto. Período de tempo
que dista entre o momento em
que é constatada a
necessidade e o momento em
que o artigo está disponível
para ser utilizado.
Tempo (dias)
Prazo de entrega = L
© António Abreu
35
MODELOS DE GESTÃO E CONTROLO DE STOCKS
Modelo de Revisão Continua
Determinação do ponto de encomenda - PE
Nível de stock (unid.)
Q*
Declive
= unid/dia = d
PE
(unid)
(y2-y1)/(x2-x1) = m  (PE-0)/(L-0) = d  PE/L = d  PE=d*L
Tempo (dias)
Prazo de entrega = L
PE = d x L =
d=
© António Abreu
Procura
diária
Prazo de entrega da
Enc. em dias
D
Número de dias de trabalho no ano
36
Exemplo de aplicação
Determine o ponto de encomenda, sabendo que a
procura anual é 8000 unidades e o prazo de entrega é
três dias (um ano tem 250 dias úteis).
d=
D
Número de dias de trabalho
= 8000/250 = 32 unidades/dia
PE = d x L
= 32 unid/dia x 3 dias = 96 unidades
© António Abreu
37
QUANTIDADE ECONÓMICA DE FABRICO (QEF)
A QEF não engloba o L (tempo de recepção de uma encomenda), pois não se efectua
uma encomenda. O que acontece é o fabrico de uma quantidade ou lote (Q) na própria
empresa. E isso encontra-se dependente de uma taxa de produção (p), associada a um
tempo de produção (t).
Nível de Stock
Nota: A QEE é uma quantidade encomendada a um fornecedor.
Tempo de produção
Procura sem
produção
Quantidade
máxima
t
© António Abreu
Tempo
38
QUANTIDADE ECONÓMICA DE FABRICO (QEF)
Determinação do Custo de Posse anual - CP
Q =Quantidade produzida (unid)
Cp =Custo de posse (unid/ano)
t =tempo de produção (dias)
Custo de posse
anual - CP
p =Taxa de produção diária (unid/dia)
d =Procura diária (unid/dia)
= (Valor do Stock médio) x
Valor do stock
médio
= (Valor máximo do stock)/2
Valor máximo
do stock
Total de unidades
produzidas durante o
tempo de produção
=
= pt – dt
© António Abreu
–
Custo de posse
por unid/ano
Total de unidades
consumidas durante o
tempo de produção
39
QUANTIDADE ECONÓMICA DE FABRICO (QEF)
Determinação do Custo de Posse anual - CP
Q =Quantidade produzida (unid)
Cp =Custo de posse (unid/ano)
t =tempo de produção (dias)
Valor máximo
do stock
p =Taxa de produção diária (unid/dia)
d =Procura diária (unid/dia)
= pt - dt
No entanto, Q = Quantidade produzida = pt ; então t = Q/p
Valor máximo
do stock
= pt - dt = Q – (d*t)
Valor máximo
do stock
=p
Custo Posse =
Anual
© António
Abreu
CP
Q
p
–d
Q
p
=Q 1–
Valor máximo do stock
2
d
p
(Cp) =
Q
2
1–
d
p
Cp
40
QUANTIDADE ECONÓMICA DE FABRICO (QEF)
Q =Quantidade produzida (unid)
Cp =Custo de posse (unid/ano)
t =tempo de produção (dias)
p =Taxa de produção diária (unid/dia)
d =Procura diária (unid/dia)
D = Procura anual (unid/ano)
Custos de preparação = (D/Q).Ca
Custos de posse = 1/2 Cp.Q[1 - (d/p)]
(D/Q)Ca = 1/2 Cp.Q[1 - (d/p)]
© António Abreu
Q2
2D.Ca
=
Cp[1 - (d/p)]
Q* =
2D.Ca
Cp[1 - (d/p)]
41
Exemplo de aplicação
Determine a quantidade econónica de fabrico (QEF)
sabendo que:
D = 1000 unidades/ano
p = 8 unid/dia
Ca = 10€
d = 4 unid/dia
Cp = 0,50€ Unid/ano
Q* =
Q* =
2DCa
Cp[1 - (d/p)]
2(1000)(10)
0,50[1 - (4/8)]
=
80000
= 282,8 ou 283 unidades
© António Abreu
42
Stocks de segurança
© António Abreu
43
Stock de segurança
A incerteza é uma situação natural,
que pode ocorrer na(o):
1. Procura, devido a factores
exógenos: como o tempo,
condições
económicas,
tendências, etc.
2. Período de aprovisionamento,
devido
a
problemas
na
produção, no transporte, etc.
Como actuar?
Constituindo stocks de segurança
© António Abreu
44
Stock de segurança – Revisão contínua
Nível de stock (unid.)
Objectivo:
Garantir a satisfação de um determinado nível de procura, quando:
CASO 1 – Procura durante o
prazo de entrega é superior ao
valor médio previsto
Q*
declive = unid/dia = d
PE
(unid)
CASO 2 – Prazo de entrega
superior ao valor médio previsto,
pois a procura continua…
CASO 3 – Procura e prazo de
entrega superiores ao valor
médio previsto
Tempo (dias)
Prazo de entrega = L
© António Abreu
45
Stock de segurança – Revisão contínua
Nível de Stock
CASO 1 - Procura durante o prazo de entrega é
superior ao valor médio previsto
Procura mínima durante o Prazo de entrega
Procura máxima durante o Prazo de entrega
Procura média durante o Prazo de entrega
PE 
Distribuição Normal
Procura média durante o prazo de entrega
Stock de segurança
0
© António Abreu
Prazo
entrega
Pedido da
enc.
Entrega
enc.
Tempo
46
Stock de segurança – Revisão contínua
CASO 1 - Procura durante o prazo de entrega é superior ao
valor médio previsto
PE = d x L + ss
d – consumo médio diário
L – Prazo de entrega em dias
Ver slide 62
O dimensionamento do Stock de segurança consiste na minimização do
custo total de stock:
Custo Total = Custo de Posse + Custo de Ruptura
Custo ruptura anual =
número de unidades em falta x
probabilidade de ocorrência x custo de ruptura unitário x número
de encomendas efectuadas nesse ano.
© António Abreu
47
Stock de segurança – Revisão contínua
PE = 50 unidades
Custo de ruptura = 40€/unidade
Número de Encomendas = 6 Custo de posse = 5€/unidade.ano
Número de unidades
necessárias no LT (lead time)
Procura mínima durante o Prazo de
entrega
Procura média durante o Prazo de
PE 
entrega
Procura máxima durante o Prazo de
entrega (utiliza-se o SS)
Probabilidade
30
0.1
40
0.2
50
0.3
60
0.2
70
0.2
usam-se 10 unid. do SS
1.0
usam-se 20 unid. do SS
© António Abreu
48
Stock de segurança – Revisão contínua
PE = 50 unidades
Custo de ruptura = 40€/unidade
Número de Encomendas = 6 Custo de posse = 5€/unidade.ano
Stock
Seg.
Custo de posse
adicional
Custo
Total
Custo de ruptura
20
(20)(5€) = 100€
0€
100€
10
(10)(5€) = 50€
(10)(0.2)(40€)(6) = 480€
530€
0
0€
(20)(0.2)(40€)(6) = 960€
960€
O stock de segurança de 20 unidades corresponde a um custo total menor
PE = 50 + 20 = 70 unidades
© António Abreu
49
Stock de segurança – Revisão contínua
Cálculo do SS
A procura durante o prazo de entrega segue uma Distribuição Normal:
Risco de ruptura
(5% da área da
curva normal)
Probabilidade
de não ruptura
“Nível de
serviço” 95%
Procura
média
PE = ? unid
Quantidade
Factor
Segur.
0
© António Abreu
z
Número de desvios
padrões
50
Stock de segurança – Revisão contínua
CASO 1 - Procura durante o prazo de entrega é superior ao
valor médio previsto
PE = Procura média durante o prazo de entrega +
Z*sdlt
stock de segurança
Onde:
Z = Factor de segurança
sdlt = desvio padrão da procura durante o prazo de entrega
PE = (procura média diária
x prazo de entrega em dias) + Z*sdlt
Onde
sd = desvio-padrão da procura por dia
sdlt = sd
© António Abreu
Prazo de entrega (L)
51
Nível de
serviço
50%
60%
70%
80%
90%
91%
92%
93%
94%
95%
96%
97%
98%
99%
Factor de
segurança - z
0,00
0,26
0,53
0,85
1,29
1,35
1,41
1,48
1,56
1,65
1,76
1,89
2,06
2,33
Quantidade de segurança
Quantidade de Segurança versus Nível de Serviço
4,0
3,5
3,0
2,5
2,0
1,5
1,0
0,5
0,0
50%
60%
70%
80%
90%
100%
Nível de serviço
A partir de um valor de nível de serviço muito elevado, a quantidade de
segurança, cresce de forma aproximadamente exponencial.
© António Abreu
52
Exemplo de aplicação
Determine o ponto de encomenda para um nível de
serviço de 95%, sabendo que a procura é normalmente
distribuída com uma média de 350 unidades e o desvio
padrão durante o prazo de entrega é de 10 unidades.
Para um nível de serviço de 95%, temos Z = 1.65
PE = Procura média durante o prazo de entrega +
Z*sdlt
Stock de segurança = Z*sdlt = 1.65*(10) = 16.5 unid
© António Abreu
PE = Procura média + stock de
segurança
= 350 + 16.5
= 366.5 ou seja 367 unidades
53
Exemplo de aplicação
Determine o ponto de encomenda para um nível de
serviço de 90%, sabendo que o prazo de entrega é de 2
dias, a procura é normalmente distribuída com uma
média de 15 unidades/dia e o desvio padrão 5
unidades/dia.
Para um nível de serviço de 90%, temos Z = 1.29
PE = (procura média diária
x prazo de entrega em dias) + Z*sdlt
PE
= (15 unid*2 dias) + Z*sdlt
= 30 + 1.29*(5)* (2)
= 30 + 9.12 =30+10= 39.12 = 40 unidades
54
Stock de segurança ≈ 10 unidades
© António Abreu
Stock de segurança – Revisão contínua
CASO 2 – Prazo de entrega superior ao valor médio previsto
PE = (procura diária x prazo de
entrega médio em dias)
+ Z x (procura diária) x slt
Onde
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slt = Desvio-padrão do prazo de entrega em dias
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Exemplo de aplicação
Determine o ponto de encomenda para um nível de
serviço de 98%, sabendo que o consumo diário é de 10
unidades e o prazo de entrega é normalmente distribuído
com uma média de 6 dias e o desvio padrão 3 dias.
Para um nível de serviço de 98%, temos Z = 2.06
PE = (10 unid*6 dias) + 2.06*(10 unid)*(3)
= 60 + 61.8 = 121.8
Ponto de encomenda ≈ 122 unidades
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Stock de segurança – Revisão contínua
CASO 3 - Procura e prazo de entrega superiores ao valor médio
previsto
PE = (procura média diária
x prazo de entrega médio em
dias) + Z*sdlt
Onde
sd = desvio-padrão da procura por dia
slt = desvio-padrão do prazo de entrega em dias
sdlt =
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(prazo de entrega médio x sd2)
+ (procura média diária)2 x slt2
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Exemplo de aplicação
Determine o ponto de encomenda para um nível de serviço de 95%,
sabendo que a procura é normalmente distribuído com uma média
de 150 unid/dia e o desvio padrão 16 unid/dia. O prazo de entrega é
normalmente distribuído com uma média de 5 dias e o desvio padrão
2 dias.
PE = (150 unid x 5 dias) + 1.65 x sdlt
= (150 x 5) + 1.65 (5 dias x 162) + (1502 x 22)
= 750 + 1.65*(302) = 1248,3  1249 unidades
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