TRABALHO PRÁTICO Nº8 SÍNTESE DE CLORETO T-BUTILO GRUPOI IV- ASHILEY LUBISCO, EUNICE COSME E NILSON FERREIRA TURMA LBT14 Resumo O trabalho pratico realizado teve como objetivo a síntese de cloreto de t-butilo, através de uma substituição nucleofílica. Primeiramente, preparou-se uma solução de bicarbonato de sódio (Na2C03) 5%(m/m), com 50ml de água destilada utilizando 2,65g do composto. Para a Preparação do cloreto de t-butilo colocou-se 10 ml de álcool t-butílico juntamente com 20ml de ácido clorídrico concentrado numa ampola de decantação de 100ml, agitando com a ampola destapada durante 1 minuto. De seguida, com a ampola tapada procedeu-se a agitação da mesma durante 20 minutos; de modo que não houvesse acumulação de gases no seu interior, de tempos em tempos, parou-se a agitação e abriu-se a válvula da ampola para que os gases escapassem. Após os 20 minutos de agitação terem sido concluídos a ampola foi deixada a repousar, para que ocorre a separação entre a fase orgânica e a fase aquosa que posteriormente foi decantada transferida para um gobelé. Em seguida foram adicionados 20ml da solução de bicarbonato de sódio, anteriormente preparada, e agitou-se durante 5 minutos, tendo o mesmo cuidado com a libertação de gases que no momento de agitação anterior. Esta solução de bicarbonato foi utilizada para neutralizar qualquer resíduo de ácido que pudesse estar presente. Após a agitação, deixou-se novamente a ampola em repouso, para que as fases se voltassem a separar, e fosse possível efetuar a decantação da fase aquosa. Assim que se registou o peso da fase orgânica, procedeu-se á destilação simples da mesma, recolhendo o destilado num frasco erlenmeyer previamente pesado, e coberto por uma tina com gelo. Por fim, tendo em conta os resultados obtidos, o rendimento da reação foi aproximadamente de 24,4%. Índice Resumo.......................................................................................................................................... 2 Índice ............................................................................................................................................. 3 1. Introdução Teórica ................................................................................................................ 4 2. Procedimento Experimental ..................................................................................................... 6 2.1 – Reagentes...................................................................................................................... 6 2.2 – Material........................................................................................................................... 6 2.3 - Equipamento .................................................................................................................. 6 2.3 Riscos e segurança .............................................................................................................. 7 3.Descrição Experimental.............................................................................................................. 8 a) Preparação de solução: .................................................................................................... 8 b) Preparação do cloreto de t-butilo .................................................................................... 8 4.Tratamento de Resultados ....................................................................................................... 10 4.1-Cálculos prévios ................................................................................................................ 10 4.2 – Resultados da síntese ..................................................................................................... 10 4.3 – Mecanismo e Rendimento da Reação ............................................................................ 10 5.Conclusão ................................................................................................................................. 12 Bibliografia .................................................................................................................................. 13 1. Introdução Teórica A reação de substituição nucleofílica (SN) é uma das mais importantes e mais estudadas na química e pode ser dividida a partir de dois mecanismos que descrevem a reação: • Reações de Substituição Nucleofílica de Primeira Ordem (SN1)- Este mecanismo desenvolve-se em duas etapas e envolve a participação de um carbocatião como intermediário reactivo. Numa primeira etapa (lenta) ocorre a ruptura da ligação C-X, gerando o carbocatião. Na segunda etapa (rápida) a ligação Nu-C é formada, formando-se assim o produto de substituição. Este mecanismo é mais adequado a substratos que formam carbocatiões estáveis, como na preparação do cloreto de t-butilo a partir do t- butanol: • Reações de Substituição Nucleofílica de Segunda Ordem (SN2) - Ocorre através de um mecanismo direto, onde a ligação Nu-C vai se formando enquanto a ligação C-X vai se rompendo, ou seja, de modo simultâneo. É o mecanismo mais operante para substratos primários, como na preparação de brometo de n-butilo a partir de 1-butanol. O método mais geral de preparação de halogenetos de alquilo é a partir de álcoois, que, afim de adquirir maior rendimento são mais funcionais com álcoois terciários. Os álcoois primários e secundários também reagem, mas com velocidades menores e temperaturas mais elevadas, onde a velocidade de reação depende somente da concentração do álcool. Para este trabalho prático, foi utilizado o mecanismo de reação de substituição nucleofílica de primeira ordem, decorrendo a preparação de cloreto de tbutilo através do tratamento de t-butanol com ácido clorídrico concentrado. É, por sua vez, considerada uma reação rápida e simples e pode ser efetuada diretamente no funil de decantação. 2. Procedimento Experimental 2.1 – Reagentes - Na2SO4 anidro - NaHCO3 - HCl concentrado - Álcool terc-butilico 2.2 – Material - 2 pipetas graduadas de 25 ml (± 0,01); - 1 pipeta graduada de 50 ml (± 0,01); - 1 proveta de 25 ml - 3 copos de 100 ml - 1 proveta de 25 ml -1 vareta - 1 copo de 1000 ml - 1 ampola de decantação de 250 ml - 1 funil - papel de filtro - espátulas - 1 balão volumétrico de 250 ml - 1 balão de fundo redondo de 500 ml - montagem para destilação simples - 1 erlenmeyer de 100 ml - 1 erlenmeyer de 250 ml - 1 tina - gelo 2.3 - Equipamento • Balança analitica Sartorius(± 0,001g) 2.3 Riscos e segurança Indicação dos principais riscos e indicações de segurança relacionados com os reagentes a utilizar neste trabalho experimental. Tabela 1- Reagentes e Segurança Reagentes Indicações de risco Indicações de segurança Na2SO4 anidro Os gases provenientes de sua queima podem ser tóxicos e irritantes Esta substância não cumpre os critérios para a sua classificação de acordo com o Regulamento no 1272/2008/CE. Manter afastado do calor, superfícies quentes, faísca, chama aberta e outras fontes de ignição. Não fumar. Usar luvas de proteção/proteção ocular. NaHCO3 Esta substância não cumpre os critérios para a sua classificação de acordo com o Regulamento no 1272/2008/CE. Usar luvas de proteção/vestuário de proteção/proteção ocular/ proteção facial HCl Pode ser corrosivo para os metais. Provoca queimaduras na pele e lesões oculares graves. Pode provocar irritação das vias respiratórias Usar luvas de proteção/vestuário de proteção/proteção ocular/ proteção facial Á lcool tercbutilico Líquido e vapor facilmente inflamáveis. Provoca irritação ocular grave. Nocivo por inalação. Pode provocar irritação das vias respiratórias Manter afastado do calor, superfícies quentes, faísca, chama aberta e outras fontes de ignição. Não fumar. Usar luvas de proteção/proteção ocular. 3.Descrição Experimental a) Preparação de solução: Pesou-se 2,5 g de NaHCO3 e preparou-se 50 ml de solução de NaHCO3 5% (m/m) b) Preparação do cloreto de t-butilo 1 – Numa ampola de decantação de 250 ml colocou-se 30 ml de álcool tbutílico e 70 ml de ácido clorídrico concentrado. 2 – Com a ampola de decantação destapada, agitou-se cuidadosamente a mistura durante 1 minuto. 3 – Tapou-se a ampola de decantação e inverteu-se cuidadosamente. Logo em seguida abriu-se a torneira, para libertação de gases. 4- Agitou-se a ampola de decantação durante 20 minutos, abrindo regularmente a torneira para reduzir a acumulação de gases dentro desta. 5- Deixou-se a ampola de decantação em repouso até que houvesse a separação das duas fases. 6 – Separou-se a fase aquosa da fase orgânica. 7 – Adicionou-se 50 ml de água destilada à ampola de decantação e procedeuse como descrito no ponto 4. Separou-se novamente a fase aquosa da fase orgânica. Repetiu-se este ponto segunda vez. 8 – Adicionou-se 50 ml de bicarbonato a 5% na ampola de decantação. Agitouse ligeiramente a ampola de decantação, invertendo-a e abrindo regularmente a torneira para libertação de gases formado no interior da ampola. Repetiu-se o procedimento durante cerca de 1 minuto. 9 – Deixou-se a ampola de decantação em repouso até separação das duas fases. Separou-se a fase orgânica da fase aquosa. 10 – Lavou-se novamente a fase orgânica com 50 ml de água destilada, repetindo o ponto 7. 11 – Transferiu-se a fase orgânica para um erlenmeyer seco e adicionou-se aproximadamente 3 g de sulfato de sódio. Agitou-se a fase orgânica até a solução ficar completamente límpida. 12 – Filtrou-se a fase orgânica através de um funil para um copo previamente pesado. Pesou-se a fase orgânica de modo a calcular o rendimento da reacção. 13 – Procedeu-se à destilação do cloreto de t-butilo utilizando aquecimento brando, para um erlenmeyer previamente pesado e resfriado com gelo. 14 – Anotou-se o ponto de ebulição do composto, a temperatura do banho e o peso do destilado. 4.Tratamento de Resultados 4.1-Cálculos prévios 1. 50 ml de solução de NaHCO3 5% (m/m) 5% x 50 = 2,5 g 4.2 – Resultados da síntese Tabela 2- Resultados Obtidos Massa de fase orgâ nica Temperatura de destilaçã o 4,16g 49ºC 4.3 – Mecanismo e Rendimento da Reação Mecanismo da reação 1º Passo Figura 1- Mecanismo da reação passo 1 Figura 2- Mecanismo da reação passo 1 2º Passo Figura 3- Mecanismo da Reação Passo2 Massa de destilado 2,37g Rendimento da reação Dados: p (𝑡−𝑏𝑢 tan 𝑜𝑙) = 780,4 g/dm 3 p (𝑡−𝑏𝑢𝑡𝑖𝑙𝑜) = 840 g/dm 3 M (𝑐𝑙𝑜𝑟𝑒𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝑡−𝑏𝑢𝑡𝑖𝑙𝑜) = 92,57 g/mol M (𝑡−𝑏𝑢 tan 𝑜𝑙) = 74,122 g/mol Cálculos : 𝑝= 𝑚 𝑉 (=) 𝑚 = 𝑝 × 𝑉 (=) 𝑚 = 0,781 × 10 (=) 𝑚 = 7,81𝑔 de álcool t-butílico 𝑚 7,81 𝑚 = 𝑛 × 𝑀 (=) 𝑛 = 𝑀 (=) 𝑛 = 74,12 (=) 𝑛 = 0,105𝑚𝑜𝑙 de álcool t-butílico Massa teórica de cloreto de t-butilo na reação 𝑚 = 𝑛 × 𝑀 (=) 𝑚 = 0,105 × 92,57 (=) 𝑚 = 9,72 𝑔 de cloreto de t-butilo Rendimento da reação 𝜂= 𝑚𝑟𝑒𝑎𝑙 2,37 × 100% (=) 𝜂 = × 100% (=) 𝜂 = 24,4% 𝑚𝑡𝑒𝑜𝑟𝑖𝑐𝑎 9,72 A reação que forma cloreto de t-butilo a partir de t-butanol é uma Substituição Nucleofílica Unimolecular (SN1), uma vez que ocorre, inicialmente, a formação de carbocatião, ao contrário da reação SN2 e a temperatura de destilação (49ºC) é menor caso se tratasse de uma reação de Eliminação). O rendimento desta reação foi 24,4%, rendimento significativamente baixo, e por essa razão, classifica-se como pouco rentável. 5.Conclusão A partir dos resultados obtidos, com enfase no rendimento da reação supracitado no tópico 4.3, concluiu-se que a reação em estudo é pouco rentável, ou seja, seu rendimento de 24,4% é bastante baixo em relação ao pretendido teoricamente. Porem, o estudo permitiu obter conhecimentos sobre os tipos de reações de substituição, nomeadamente SN1 e SN2, e eliminação que envolvem o processo de formação síntese de cloreto de t-butilo por substituição nucleofílica. Isso, por sua vez, destaca como justificação do baixo rendimento uma margem de erro possível em momentos de manuseamento, como a separação da fase líquida da ampola de decantação, ao levar em consideração os valores da massa do destilado e da massa orgânica, tais estes que foram um pouco abaixo do valor esperado. Bibliografia -Marques, J. A., Borges, C. P. F., Práticas de Química Orgânica, Ed. Átomo, 2007, p. 191-193. Solomons, T.W.G.; Craig, B. F. Química Orgânica. 8ª Ed. Vol. 1. Rio de Janeiro: LTC, 2005. Solomons, T.W. G. Química orgânica. Rio de Janeiro: LCT, 1983. v. 1 Trabalho prático nº8 - Síntese do Cloreto de t-Butilo, R. Antunes, I. Matos, Laboratórios II, 2021-2022 - Quimica Organica Experimental.indd (ufs.br)