Uploaded by Danilo Almeida Paiva

TRABALHO DA DISCIPLINA - COMPUTAÇÃO EM NUVEM

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO
ESPECIALIZAÇÃO EM INFORMÁTICA - ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: GESTÃO DE
TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO
DANILO ALMEIDA PAIVA
Relatório da Disciplina de Computação em Nuvem
Brasília
2018
Resumo
O presente trabalho está dividido em duas partes: (1ª) visa a registrar a descrição
da arquitetura de uma aplicação real (wordpress com tainacan) e a sua precificação
(estimada) em nuvem utilizando-se dos valores dos grandes provedores; (2ª) elucidando
os principais aspectos de segurança que devem ser considerados ao mover uma
aplicação para a nuvem.
Palavras-chave: Precificação de arquitetura de aplicação em nuvem. Aspectos
de Segurança ao mover aplicações para a nuvem.
Sumário
1
1.1
1.2
1.3
2
3
Wordpress . . . . . . . . . . . . . . . .
A arquitetura típica da aplicação . . .
Elasticidade da aplicação . . . . . . . .
Precificação nos grandes provedores
zon, Microsoft) para um mês . . . . . .
. .
. .
. .
de
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nuvem (Google,
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Ama. . . .
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3
4
5
Aspectos de Segurança que devem ser considerados ao mover Aplicações para a Nuvem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
7
Bibliografia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
11
3
1 Wordpress
WordPress é um sistema livre e aberto de gestão de conteúdo para internet
(Content Management System - CMS), baseado em PHP com banco de dados MySQL,
executado em um servidor interpretador, voltado principalmente para a criação de páginas eletrônicas (sites) e blogs online. O sistema é adotado por aqueles que queiram
sites com maior personalização e recursos diferenciais, pois possui grande capacidade
de extensão através de plugins, temas e programação PHP (WIKIPEDIA, 2018).
O CMS Wordpress é utilizado no setor público para a criação de sites de
informação, e notícias tais como o da Universidade de São Paulo (USP) e alguns sites
do Ministério da Cultura. No Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM), órgão do qual
este Analista em Tecnologia da Informação faz parte, o Wordpress é utilizado como
plataforma base do plugin Tainacan - ferramenta que vem sendo utilizada para o
armazenamento de acervos culturais dos museus. Estima-se que esse Gerenciador
de Conteúdo está por trás de 30% dos sites na Internet (YOGH BLOG, 2018).
A escolha do Wordpress como aplicação para este trabalho está relacionada
com os seguintes fatores: (1) é ferramenta utilizada no setor público; (2) a finalidade da
ferramenta (geralmente a publicação de notícias, de conteúdo informacional institucional
ou de acervo digital) está condizente com o tipo de dado elegível para ser hospedado em
nuvem, em conformidade com o que é discutido no tópico “Aspectos de Segurança
que devem ser considerados ao mover Aplicações para a Nuvem“. (3) já existem
calculadoras para serviço em núvem que, com base nos elementos principais da
arquitetura facilitam a precificação.
1.1
A arquitetura típica da aplicação
O Wordpress, para uma instalação padrão possui uma das arquiteturas mais
simples, conforme FIGURA 1.
Capítulo 1. Wordpress
4
Figura 1 – Arquitetura padrão para sistemas de Gestão de Conteúdo
No IBRAM, as máquinas virtuais possuem uma configuração padrão de processador de 2.9 GHz com 4 núcleos e 4 GB de memória RAM. Os servidores físicos já
estão virtualizados e configurados em cluster, desta forma em caso de indisponibilidade
de um dos servidores físicos, a VM é executada nos outros servidores do cluster. Não
existe alta disponibilidade para a VM em si. Caso a VM apresente problemas, eles
devem ser investigados. Estima-se que com o uso do Wordpress/Tainacan, sejam utilizados um espaço de armazenamento de 40 Terabytes de informação, considerando
backup; com base em dados de acesso, estima-se um acesso mensal ao serviço de
70.000 acessos/mês (considerando cenário pessimista).
Atualmente, só existem 2 Máquinas Virtuais associadas ao Wordpress/Tainacan:
• Uma com os servidores Apache e PHP e a instalação do Wordpress.
• Uma com o Banco de Dados.
Os dados são armazenados na VM que contém a aplicação: é assim que o
Wordpress habitualmente funciona. O Banco apenas armazena os apontamentos para
os arquivos que estão na VM da aplicação. Já existe previsão para a disponibilização
de uma LUN (virtualização do armazenamento em storage) a ser utilizada pela VM da
aplicação, para o crescimento dessa VM.
1.2
Elasticidade da aplicação
Para o crescimento da aplicação deve-se considerar:
Capítulo 1. Wordpress
5
• Instância de Balanceamento de Carga Virtual;
• Pelo menos duas VMs com o servidor de aplicação para alta disponibilidade;
• Armazenamento virtualizado em storage de alta performance redimensionável.
1.3
Precificação nos grandes provedores de nuvem (Google, Amazon, Microsoft) para um mês
Foram utilizados para precificação, de forma simplificada, os seguintes elemen-
tos:
• 3 máquinas virtuais (1 para Banco de Dados, 2 para aplicação) considerando a
configuração padrão do IBRAM - de acordo com o mínimo de processamento x
memória oferecidos pelos provedores de serviço.
• espaço de armazenamento persistente de 40 terabytes (de preferência SSD);
• Os diferentes elementos (de hardware) presentes nas três plataformas (padrões disponibilizados aos usuários) inviabilizam a comparação de preços de forma direta. Até porque é o primeiro uso deste aluno nos serviços de precificação de nuvem. Outros elementos devem ser considerados.
Ex.: uso de banda de rede. Os preços registrados abaixo foram apensados como forma de exercício à mensuração.
Figura 2 – Precificação mensal - Google Cloud Plataform
(https://cloud.google.com/products/calculator/)
Capítulo 1. Wordpress
6
Figura 3 – Precificação mensal - AWS (Amazon)
https://calculator.s3.amazonaws.com/index.html
Figura 4 – Precificação mensal - Azure (Microsoft)
https://azure.microsoft.com/pt-br/pricing/calculator/
7
2 Aspectos de Segurança que devem ser considerados ao mover Aplicações
para a Nuvem
Em artigo escrito em 2010, já era lançado um holofote para a questão da
segurança na adoção da nuvem: dos vários motivos para a adoção dessa tecnologia por empresas e indivíduos a maioria estava ligada com a questão da economia
(diminuição de custos) e conveniência (na administração de recursos de hardware) e não para melhorar a segurança (FARRAR, 2010). Também era discutida a
incerteza de quem estava ao certo gerenciando os equipamentos que continham
os dados; as garantias em relação às proteções aos dados eram opacas. Nesse
período, começavam a ser mapeados novos requisitos (inclusive de segurança)
para aplicações em nuvem. Já se faziam previsões em relação a criticidade da dependência de serviços à uma infraestrutura terceira quando do caso em 2009 do
Ma.gnolia - serviço de armazenamento e compartilhamento de bookmarks que perdeu
vários registros de dados após um crash do banco. Ainda nesse período um ataque de
malware afetou o serviço do Gmail do Google sugerindo que estava surgindo uma
outra geração mais sofisticada de ataques - até especializados para o ambiente da
nuvem principalmente em decorrência da concentração de informação de usuários
em poucos servidores (“muitos ovos em uma cesta”).
Riscos. Ao se falar na adoção de serviços em nuvem deve-se falar em riscos: o
vazamento de dados sensíveis; a violação de controles regulatórios; os ataques por
malware; as interfaces hackeadas; a perda de dados permanentes; os abusos dos serviços da nuvem; as ameaças internas; o sequestro de contas (HACKERNOON.COM,
2017). Os possíveis riscos envolvendo a aplicação em questão devem ser tratados: prevenidos (evitados), transferidos, mitigados ou aceitos.
Existem algumas práticas já conhecidas para mitigar e evitar alguns dos riscos
citados. Em relação à perda de dados permanente, é sugerido que existam backups da
aplicação em outras plataformas de nuvem (que utilizam infraestruturas diferentes
da de produção) ou localmente (quando isso for possível). Neste caso, é importante
conhecer o tempo de retenção de backup necessário à aplicação. A privacidade na nuvem é algo ainda sem completas garantias, portanto para se evitar o vazamento/roubo
de informações sensíveis (senhas, informações financeiras, patentes), é importante
considerar não transferí-las para a nuvem; também, observar a utilização de serviços de armazenamento em nuvem com criptografia. Isso garante que para se
ter acesso aos dados, eles deverão ser desencriptados. Até mesmo os provedores
de serviço e administradores não terão acesso ao dado real; isso mitiga as ameças
internas. Antes de se fazer uploads de dados para a nuvem é importante também
criptografar esses dados, mesmo que as ferramentas de upload para nuvem já o
façam. A instalação de um antivirus local também é muito importante para se evitar
Capítulo 2. Aspectos de Segurança que devem ser considerados ao mover Aplicações para a Nuvem8
vulnerabilidades causadas por vírus no acesso aos serviços da nuvem. O uso de senhas fortes evita que o acesso aos serviços da nuvem ou os dados lá armazenados
sejam hackeados. É interessante também a contratação de um “hacker-ético“ para
se testar a confiabilidade da plataforma, da segurança de acesso e dos dados, pois
esse profissional pode descobrir brechas que podem ser exploradas por usuários com
má intenção.
No que tange a serviços e dados de governo, a Norma Complementar (NC) nº
14, do Departamento de Segurança da Informação e Comunicações da Presidência da República foi escrita com o objetivo de estabelecer princípios, diretrizes e
responsabilidades relacionados à Segurança da Informação (SI) para o tratamento
da informação em ambiente de Computação em Nuvem, nos órgãos e entidades da
Administração Pública Federal (APF), direta e indireta (GSIPR, 2018). Ela foi escrita
de forma a dar orientações/princípios em nível tático/operacional sobre tópicos em
segurança da informação até mesmo citados no Marco Civil (que possui aspecto mais
amplo) (AQUIM, 2018).
A NC nº 14 define com base em classificação/tratamento de informação
(informação sem restrição de acesso, sigilosa, classificada, acesso restrito, restrição
de acesso previsto em legislação vigente, documento preparatório - utilizado como
fundamento para a tomada de decisão ou ato administrativo, informação pessoal relativa à intimidade, vida privada, honra e imagem) a possibilidade dos dados serem
hospedados na nuvem ou não. Com base no tratamento da informação, existe a prevalência dos direitos e garantias fundamentais no tratamento das informações pessoais,
à observação às diretrizes da Política de Segurança de Informação e Comunicações
(POSIC) do órgão em vigor, às diretrizes de Gestão de Riscos de Segurança da Informação e Comunicações (CRSIC); às diretrizes relativas à Gestão de Continuidade dos
dados, nos aspectos relacionados à Segurança da Informação e Comunicações (SIC).
A NC nº também imputa à Alta Administração a responsabilidade pela segurança das
informações tratadas no ambiente da nuvem, assim como o Gestor de Segurança da
Informação e Comunicação do órgão é responsável pelas ações de implementação
da gestão de risco das informações tratadas em ambiente de computação em nuvem
(GSIPR, 2018). É enfatizada a importância da hospedagem dos dados em território
brasileiro por questões como: disponibilidade dos dados do Estado, soberania da
legislação brasileira.
Outra consideração importante relacionada à NC nº 14 diz respeito à países
como os EUA em que protocolos legais fazem com que haja uma facilitação na
obtenção de dados das empresas registradas nesses países pelos respectivos
Governos por questões criminais ou relacionadas à outras investigações (ou Segurança
Nacional). No caso das tecnologias em nuvem essa ação é inclusive facilitada e pode
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3 Bibliografia
• FARRAR, Lara. How safe is cloud computing? 2010. Disponível em: http://e
dition.cnn.com/2010/TECH/03/12/cloud.computing.security/index.html. Acesso
em: 07 de dezembro de 2018.
• HACKERNOON.COM. 7 Effective Tips to Secure Your Data in the Cloud.
2017. Disponível em: https://hackernoon.com/7-effective-tips-to-secure-your-dat
a-in-the-cloud-820bfe438d2. Acesso em: 07 de dezembro de 2018.
• COSTA, Lucas dos Santos Costa; MEDEIROS, Marcos Fernando Machado. Políticas públicas brasileiras de computação em nuvem: análise documental dos relatórios do global cloud computing scorecard. 2017. Disponível
em: https://www.publicacoesacademicas.uniceub.br/RBPP/article/download/4
945/3665. Acesso em: 08 de dezembro de 2018.
• CHAVES, Sidney. A questão dos riscos em ambientes de Computação em
Nuvem. 2011. Disponível em: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/1
2139/tde-01022012-183255/publico/SidneyChavesVC.pdf. Acesso em: 09 de
dezembro de 2018.
• Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSIPR).
Norma Complementar 14. 2018. Disponível em: http://dsic.planalto.gov.br/arq
uivos/documentos-pdf/NC_14_R01.pdf. Acesso em: 09 de dezembro de 2018.
• AQUIM, Tatiane. Governo reforça exigência por data center nacional para
dados de órgãos públicos. 2018. Disponível em: http://www.datacenterdynami
cs.com.br/focus/archive/2018/04/governo-refor%C3%A7a-exig%C3%AAncia-po
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• Yogh Blog. WordPress – 30% dos sites da internet são feitos com WordPress.
2018. Disponível em: https://www.yogh.com.br/blog/wordpress-30-dos-sites-da-i
nternet-sao-feitos-com-wordpress/. Acesso em: 01 de novembro de 2018.
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