6 RECURSOS ERGOGÊNICOS NUTRICIONAIS: ESTRATÉGIA DE MELHORIA PARA O DESEMPENHO ESPORTIVO ERGOGENIC NUTRITIONAL RESOURCES: IMPROVEMENT STRATEGY FOR SPORTS PERFORMANCE RECURSOS NUTRICIONALES ERGOGÉNICOS: ESTRATEGIA DE MEJORA DEL RENDIMIENTO DEPORTIVO Autor 1: Camilla Santos Oliveira Centro Universitário Geraldo Di Biase UGB, Nutrição Volta Redonda - RJ - BR Graduada em Nutrição - UGB https://orcid.org/0000-0001-9277-4107 nutri.camilla.s@outlook.com Autor 2: João Pedro Oliveira Cezar Barros Centro Universitário Geraldo Di Biase UGB, Nutrição Volta Redonda - RJ – BR Graduado em Nutrição - UGB https://orcid.org/0000-0002-9444-8089 barrosdobf@gmail.com Autor 3: Marcus Vinícius Netto Palmeira Centro Universitário Geraldo Di Biase UGB, Nutrição Volta Redonda - RJ - BR Especialista em Nutrição Esportiva - INADES https://orcid.org/0000-0002-0344-2272 prof.marcuspalmeira@gmail.com Autor 4: Angela Marta de Souza Centro Universitário Geraldo Di Biase UGB, Nutrição Volta Redonda - RJ - BR Especialista em Nutrição Clínica e Fitoterapia https://orcid.org/0000-0001-5495-3868 angelamrez@gmail.com DOI: Autor 5: Aline Cristina Teixeira Mallet Centro Universitário Geraldo Di Biase UGB, Nutrição Volta Redonda - RJ - BR Doutora em Ciência dos Alimentos Coordenadora do Curso de Nutrição https://orcid.org/0000-0002-1789-0279 alinemallet@ugb.edu.br Artigo científico Submetido em: 28/03/2022 Aprovado em: 27/05/2022 REVISTA CIENTÍFICA DO UBM, Barra Mansa, v.24, n. 47, p.89-109 , Julho/ 2022. ISSN 2764-5185 DOI: link do DOI RESUMO A cafeína e a creatina são recursos que podem auxiliar no desempenho de indivíduos treinados e não treinados. A cafeína é um composto químico lipossolúvel que atua no sistema nervoso central e acredita-se que pode melhorar o desempenho esportivo, por retardar a fadiga em atividades de longa duração. A creatina é uma amina natural que pode ser sintetizada pelo organismo e pode auxiliar no ganho de força e de massa muscular em atividades de pouca duração. O objetivo deste trabalho foi realizar uma revisão de literatura dos recursos ergogênicos como uma estratégia nutricional para melhora do desempenho esportivo. Para a elaboração deste artigo de revisão, a pesquisa foi realizada nas bases de dados Scielo e Google Scholar, e foram utilizadas as seguintes palavras-chave “recursos ergogênicos”, “suplementação”, “creatina”, “cafeína” e “melhora do desempenho esportivo”. Todos os artigos encontrados foram selecionados em função da sua relevância para o tema em causa. Palavras-Chave: Recursos ergogênicos. Suplementação. Creatina. Cafeína. Desempenho esportivo. RESUMEN La cafeína y la creatina son recursos que pueden ayudar al rendimiento de personas entrenadas y no entrenadas. La cafeína es un compuesto químico liposoluble que actúa sobre el sistema nervioso central y se cree que mejora el rendimiento deportivo al retrasar la fatiga en actividades a largo plazo. La creatina es una amina natural que el cuerpo puede sintetizar y puede ayudar a ganar fuerza y masa muscular en actividades a corto plazo. El objetivo de este trabajo fue realizar una revisión bibliográfica de los recursos ergogénicos como estrategia nutricional para mejorar el rendimiento deportivo. Para la elaboración de este artículo de revisión se realizó la investigación en las bases de datos Scielo y Google Scholar, y se utilizaron las siguientes palabras clave “recursos ergogénicos”, “suplementación”, “creatina”, “cafeína” y “mejora del rendimiento deportivo”. Todos los artículos encontrados fueron seleccionados de acuerdo a su relevancia para el tema en cuestión. Palavras Clave: Recursos ergogénicos. suplementación creatina Cafeína. Rendimiento deportivo. ABSTRACT Caffeine and creatine are resources that can help both trained and untrained individuals perform. Caffeine is a fat-soluble chemical compound that acts on the central nervous system. It is believed that caffeine can improve sports performance as it can delay fatigue in long-term activities. Creatine is a natural amine that can be synthesized by the body. Creatine can help gain strength and muscle mass in short-term activities. The objective of this work was to review the literature on ergogenic resources as a nutritional strategy to improve sports performance. For the preparation of this review article, the search was carried out in the Scielo and Google Scholar databases, and the following keywords were used “ergogenic resources”, “supplementation”, “creatine”, “caffeine” and “performance improvement sports". All articles found were selected based on their relevance to the topic in question. Keywords: Ergogenic resources. Supplementation. Creatine. Caffeine. Sports performance. RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação v.11, n.esp.2, 2016, p. 000-000 E-ISSN: 1982-5587 DOI: https://dx.doi.org/10.21723/riaee.v11.esp2.dossie.p856 OLIVEIRA, C; S et al. Recursos ergogênicos nutricionais: estratégia de melhoria para o desempenho esportivo. R. Científica UBM - Barra Mansa (RJ), ano XXVII, v. 24, n. 47, 2. Sem. 2022 p. 89-109. ISSN 2764-5185 1 INTRODUÇÃO São considerados recursos ergogênicos as substâncias, os processos, ou os procedimentos que podem, ou são percebidos como sendo capazes de melhorar o desempenho esportivo (Williams, 1998). A utilização de ergogênicos para o aumento de desempenho na atividade física é algo que, além de vir crescendo com o passar dos anos, com um maior número de produtos, também é cada vez mais estudado para validar a eficácia de cada recurso. Pesquisas mostram que uma parcela desses suplementos, quando usado de maneira correta, podem auxiliar no aumento da capacidade de repetições e de cargas no treinamento de força, além da menor percepção de fadiga. Os recursos ergogênicos podem ser classificados como nutricionais, mecânicos, farmacológicos, físicos e psicológicos, incluindo desde procedimentos legais e comprovadamente seguros, como a suplementação de carboidratos, até meios ilegais e aparentemente inseguros, como o uso de esteroides anabólicos e infusão sanguínea (RASSIER et al., 1996). Recente resolução (nº18/2010) sobre Alimentos para atletas, aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) prevê aos atletas, os suplementos hidroeletrolíticos, energéticos, proteicos, aqueles para substituição parcial de refeições, os suplementos de creatina e cafeína. São bem conhecidos os benefícios que alguns desses suplementos podem exercer no desempenho esportivo de atletas, quando usados de forma correta e individualizada (DSBME, 2009; KREIDER et al., 2010). A utilização de suplementos nutricionais como recursos ergogênicos tem sido empregada por meio de manipulações dietéticas capazes de retardar o aparecimento da fadiga e aumentar o poder contrátil do músculo esquelético e/ou cardíaco, aprimorando, portanto, a capacidade de realizar trabalho físico, ou seja, o desempenho atlético (CLARKSON, 1996). A cafeína e a creatina estão entre as substâncias mais utilizadas como recursos ergogênicos por aqueles que visam ao aumento da massa muscular, redução da gordura corporal e melhora no desempenho esportivo (SILVA; TOIGO, 2016). A cafeína é capaz de melhorar o desempenho do indivíduo, por ser um ergogênico estimulante, esse tipo de substância pode retardar a fadiga devido a produção de catecolamina plasmática depois do seu consumo, o que faz com que o organismo se acostume ao estresse da 90 OLIVEIRA, C; S et al. Recursos ergogênicos nutricionais: estratégia de melhoria para o desempenho esportivo. R. Científica UBM - Barra Mansa (RJ), ano XXVII, v. 24, n. 47, 2. Sem. 2022 p. 89-109. ISSN 2764-5185 atividade física. (ALTERMANN, 200; AZEVEDO, 2004; BRAGA; ALVES, 2000: CAPUTO et al, 2012). A viabilidade de que a cafeína possa desempenhar algum efeito ergogênico nos exercícios de longa duração vem sendo investigada por diversos pesquisadores, desde a década de 70. Indicativos atuais validam que ela amplia a força máxima, resistência muscular e reduz a taxa de esforço percebido pelos praticantes de exercício (GRGICE et al., 2019). A creatina é uma amina natural que pode ser sintetizada pelo organismo ou ser obtida por meio da alimentação. No músculo, serve como uma alta reserva de energia para a doação de fosfato para Difosfato de Adenosina (ADP) para a produção de Trifosfato de Adenosina (ATP) (CÂMARA et al., 2009). A atuação da creatina no metabolismo energético é de extrema importância, visto que todas as células utilizam ATP como fonte primaria de energia. Ampliando a concentração dessa substância, conseguimos uma melhora significativa nos exercícios de alta intensidade (BARROS; XAVIER, 2019). Diante do exposto, o presente trabalho visa analisar os possíveis benefícios dos suplementos nutricionais, creatina e cafeína, a fim de esclarecer para o público praticante de atividade física os aspectos positivos ou não do seu uso a curto, médio e longo prazo. Para a elaboração deste artigo de revisão, a pesquisa foi realizada nas bases de dados Scielo, Google Scholar, e se utilizaram as seguintes palavras-chave “recursos ergogênicos”, “suplementação”, “creatina”, “cafeína” e “melhora do desempenho esportivo”. Todos os artigos encontrados foram selecionados em função da sua relevância para o tema em causa. 2 DESENVOLVIMENTO 2.1 RECURSOS ERGOGÊNICOS De acordo com Williams e Branch (1998), ergogênicos são substâncias ou técnicas direcionadas à melhoria de performance. É uma palavra derivada do grego “ergon”, que significa trabalho, e “gennan”, que significa produção. Com o avanço científico e tecnológico ao decorrer das duas últimas décadas, o número de pesquisa relacionada ao desempenho esportivo aumentou significamente, com o objetivo de estudar os ergogênicos que possam contribuir na melhoria do rendimento físico. Assim, a possível eficiência ergogênica de recursos em aprimorar o desempenho físico ou atenuar os mecanismos geradores de fadiga tem sido amplamente estudada (THEIN et al., 1995). 91 OLIVEIRA, C; S et al. Recursos ergogênicos nutricionais: estratégia de melhoria para o desempenho esportivo. R. Científica UBM - Barra Mansa (RJ), ano XXVII, v. 24, n. 47, 2. Sem. 2022 p. 89-109. ISSN 2764-5185 De acordo com Pereira (2013), a utilização dessas substâncias, por atletas, desde que ligadas à alimentação adequada e treinamento, pode proporcionar o desenvolvimento de massa muscular, participar como doador de energia para o músculo e na produção de energia no músculo. Os recursos ergogênicos podem ser classificados de diferentes formas, tais como: mecânico, psicológico, fisiológico, farmacológico e nutricionais. Como recursos mecânicos encontram-se os tênis especializados para diferentes modalidades esportivas e as roupas projetadas para aumentar a performance (MATAMO, 2014). Os enquadrados como psicológicos, inferem-se aos planejados para melhorar os processos psicológicos durante a prática esportiva e aumentar a força mental. Como exemplo, as sessões de hipnose por meio de sugestão pós-hipnótica, que ajudem a remover barreiras que limitem a capacidade de desempenho fisiológico (WILLIAMS, 2002). Nessa linha, Bernstein et al. (2003) classificam a música como um possível tratamento psicológico, o que tem levado pesquisadores da área a estudarem a respeito, já que pode ser usada para melhorar os processos psíquicos, otimizando o rendimento esportivo (BROWLEY et al., 1995). Para Weinberg e Gould (2001), a autoconfiança é um outro aspecto que merece atenção. Ambos afirmam que os atletas confiantes acreditam em si mesmos. Eles confiam em sua capacidade de adquirir as habilidades e as metas necessárias, tanto psicológicas como mentais, para atingir seu potencial. A autoconfiança ideal significa: saber que é capaz de atingir seu objetivo e, portanto, ter foco até conquistá-lo. Os agentes ergogênicos fisiológicos incluem todo mecanismo ou adaptação fisiológica para melhorar o desempenho físico, como o próprio treinamento físico (musculação e/ou treino específico para a categoria que o esporte se encaixa) (MAFALTTI et al, 2008). A adaptação crônica à altitude, ao proporcionar um aumento de glóbulos vermelhos, age como um agente ergogênico fisiológico, na medida em que o retorno a baixas altitudes permite um aumento no desempenho físico aeróbio, nos primeiros dias subsequentes ao retorno, enquanto a capacidade de transporte de oxigênio pelo sangue permanecer aumentada. Segundo Matano (2014), ergogênicos farmacológicos são medicamentos e drogas cuja função é alterar processos fisiológicos e, assim, haver o aumento da performance. Algumas substâncias farmacológicas podem ser utilizadas em situações especificas, mesmo tendo o conhecimento que uma hora elas podem ser lícitas e outra podem ser ilícitas, como é o caso dos estimulantes, narcóticos, analgésicos e corticoides. Entretanto, algumas substâncias são consideradas ilegais no teste antidoping a partir de determinada concentração na urina, tais como: a cafeína, a efedrina, a metilefedrina, a 92 OLIVEIRA, C; S et al. Recursos ergogênicos nutricionais: estratégia de melhoria para o desempenho esportivo. R. Científica UBM - Barra Mansa (RJ), ano XXVII, v. 24, n. 47, 2. Sem. 2022 p. 89-109. ISSN 2764-5185 fenilpropenilamina (fenilpropanolamina), a morfina e a pseudoefedrina (MAFALTTI et al., 2008). A utilização de certas substâncias ilícitas pode ocasionar sanções legais, por infração do código penal. Por fim, o Nutricional, que é qualquer macro ou micronutriente capaz de auxiliar e melhorar o desempenho em alguma atividade. Enquanto estudos remotos mostravam uma prevalência de uso de Recursos Ergogênicos Nutricionais (REN) de 8% entre homens e 2% entre mulheres atletas (MASON et al., 2001), pesquisas recentes evidenciam a prevalências de aproximadamente 80% entre atletas de ambos os sexos (DASCOMBE et al., 2010). Dentre os REN, a creatina mostra-se como a mais utilizada, fato também observado em outros estudos (DOMINGUES E MARINS, 2007). Entre os efeitos ergogênicos desse suplemento, destaca-se o aumento de fosfocreatina (CP) e a regeneração mais rápida do trifosfato de adenosina (ATP) no músculo; os exercícios de alta intensidade (ATP e a CP, juntos, podem proporcionar energia para os músculos por um tempo de aproximadamente 3 a 12 segundos, melhorando o desempenho no treinamento (COOPER et al., 2012. BURKE E BERNING, 1996.) A prescrição de suplemento nutricionais para atletas é regulamentada no Brasil. A Lei nº 8.234, de 17 de setembro de 1991, que regulamenta a profissão do nutricionista, atribui a este profissional a prescrição de suplementos nutricionais, necessários à complementação da dieta (BRASIL, 1991). Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), o consumo de alimentos para atletas deve ser orientado por nutricionista e/ou médico (BRASIL, 2010). 2.2 LEGISLAÇÃO BRASILEIRA A Resolução - RDC nº18 de 27 de abril de 2010, sobre Alimentos para atletas aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), prevê aos atletas os suplementos hidroeletrolíticos, energéticos, proteicos, aqueles para substituição parcial de refeições, os suplementos de creatina e cafeína. São conhecidos os benefícios que alguns destes suplementos podem exercer no desempenho esportivo de atletas, quando usados de forma correta e individualizada (DSBME, 2009; KREIDER et al., 2010). De acordo com a ANVISA, na referida resolução supracitada, os suplementos de Creatina devem conter os seguintes requisitos para serem legais: conter de 1,5 - 3g de creatina por porção; ter grau de pureza de 99,9% de creatina monohidratada, pode ter acréscimo de 93 OLIVEIRA, C; S et al. Recursos ergogênicos nutricionais: estratégia de melhoria para o desempenho esportivo. R. Científica UBM - Barra Mansa (RJ), ano XXVII, v. 24, n. 47, 2. Sem. 2022 p. 89-109. ISSN 2764-5185 carboidratos e por fim, não pode ser acrescida de fibras alimentares. Em relação à cafeína, a condição para formalizar o produto é: conter de 210 a 420mg de cafeína por dose; deve ser utilizada na formulação do produto cafeína com teor mínimo de 98,5% de 1,3,7-trimetilxantina, calculada sobre a base anidra, e ao contrário da creatina, a cafeína não pode ser adicionada de outros nutrientes e não nutrientes. Ainda a respeito dos citados, sobre o que dispõe as considerações finais dos produtos, as exigências são: os produtos previstos podem ser comercializados em diferentes formas de apresentação, como tablete, comprimido, pó, gel, líquido, cápsula, barra, dentre outras, desde que atendam aos requisitos específicos já citados (ANVISA). No que diz respeito à Rotulagem, no Art. 21 da mesma resolução, determina que todos os rótulos de produtos previstos no regulamento devem alertar aos consumidores com a seguinte frase em destaque e negrito: "Este produto não substitui uma alimentação equilibrada e seu consumo deve ser orientado por nutricionista ou médico". Adicionalmente ao Art. 21 (nº18/2010), nos rótulos de suplementos de creatina deve ser explícito o seguinte aviso em negrito: “O consumo de creatina acima de 3g ao dia pode ser prejudicial à saúde"; "Este produto não deve ser consumido por crianças, gestantes, idosos e portadores de enfermidades", e em parágrafo único impõe que a quantidade de creatina por dose deve ser indicada no rótulo. Esse segundo e terceiro sendo válidos para os suplementos de cafeína para atletas também. Como peças principais na montagem de cada produto, de acordo com o Art.26, sobre as rotulagens, deve conter: a designação de cada produto (com o tamanho da fonte até 1/3 menores que a fonte da marca), a lista de ingredientes, o número do registro, prazo de validade e a informação nutricional (ANVISA, 2010). Além disso, não deve conter imagens ou expressões que possam iludir o consumidor a respeito do produto, fazendo alusões a perda de gordura ou ganho de massa muscular, além de referências a hormônios. Souza et al. (2019) analisaram o teor de cafeína presente em oito marcas de suplementos nacionais de cafeína para atletas e realizaram a comparação com o informado nos rótulos. Os produtos foram adquiridos em uma loja de suplementos alimentares da cidade de Nova OdessaSP. As amostras foram analisadas, em triplicata, pelo método de Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (CLAE), no Instituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL). Verificaram diferenças significativas quanto ao teor de cafeína apresentado no rótulo em relação ao analisado em laboratório; observaram-se teores acima de 110% e inferiores a 80%, além do peso médio das cápsulas estarem fora dos limites de variação exigidos pelo Formulário Nacional da 94 OLIVEIRA, C; S et al. Recursos ergogênicos nutricionais: estratégia de melhoria para o desempenho esportivo. R. Científica UBM - Barra Mansa (RJ), ano XXVII, v. 24, n. 47, 2. Sem. 2022 p. 89-109. ISSN 2764-5185 Farmacopeia Brasileira. Concluíram que o trabalho mostrou diferenças significativas entre o teor de cafeína informado nos rótulos de suplementos de cafeína e o determinado por CLAE. Brito e Navarro (2015) analisaram os rótulos dos suplementos de creatina conforme a legislação. Foram avaliados 18 rótulos de creatina, de 17 marcas diferentes, utilizando-se um check list próprio segundo a RDC n°18/2010. Dos rótulos analisados ,77,8% apresentaram irregularidades. As inadequações foram: designação do produto (5,5%), lista de ingredientes (5,5%), utilização de creatina monohidratada (22,2%) e grau de pureza mínima de 99,9% (77,8%). Além do mais, foram detectadas contradições quanto à tradução do rótulo e modo de uso com as recomendações do ministério da saúde. Concluíram que as irregularidades dos rótulos com a prática ilegal de muitos profissionais podem levar a erros no consumo de suplementos. Casagranda e Vicenzi (2016) avaliaram a adequação da rotulagem dos suplementos de cafeína para atletas, comercializados em lojas especializadas da cidade de Bento GonçalvesRS, conforme a RDC 18/2010. Dos 35 produtos analisados, 94,28% (n=33) apresentaram pelo menos uma inadequação. A adição de nutriente ou não nutriente, a apresentação de imagens e/ou expressões que possam induzir o consumidor ao engano e o tamanho da fonte de designação menor que 1/3 da usada na marca foram às irregularidades com maior prevalência. E concluíram que o estudo identificou inadequação em 94,28% dos rótulos dos suplementos de cafeína para atletas, demonstrando a importância da fiscalização mais atuante em relação a este tipo de produto. Nesse sentido, é necessária uma rigorosa fiscalização a fim de oferecer a segurança do consumidor, garantindo a eficácia dos produtos. 2.3 USO DE ERGOGÊNICOS POR ATLETAS E NÃO ATLETAS Nos dias atuais, tem sido observado, tanto entre atletas quanto em praticantes de atividade física, o crescimento da procura por recursos que melhore o desempenho e estimule alterações na composição corporal (SABINO et al., 2010). Indivíduos buscam por corpos estereotipados e por aumento do desempenho esportivo, outros fatores também ajudam para utilização descontrolada de recursos ergogênicos. Canais de comunicação como internet, marketing em rótulos de suplementos alimentares, incentivo oriundo de profissionais não habilitados são fatores que impulsionam o uso não orientado, e muitas vezes desnecessário de recursos ergogênicos (SABINO et al., 2010; DE SILVA et al., 2010). 95 OLIVEIRA, C; S et al. Recursos ergogênicos nutricionais: estratégia de melhoria para o desempenho esportivo. R. Científica UBM - Barra Mansa (RJ), ano XXVII, v. 24, n. 47, 2. Sem. 2022 p. 89-109. ISSN 2764-5185 O uso desordenado desses suplementos é entusiasmado por instrutores, professores, treinadores, amigos e ou pelas propagandas (Williams, 2005). Raramente, as orientações para uso de suplementos são efetuadas pelo nutricionista, que é o profissional habilitado para prescrever suplementos nutricionais, de acordo com a lei 8.234, art. 4º (Brasil, 1991). Segundo Rigon e Rossi (2012), esses produtos são mais frequentemente comprados por iniciativa própria em 44% dos casos; em torno de 15%, indicado por treinadores; 9% por médicos; 7% por vendedores de lojas de suplementos e apenas 5% por indicação de um profissional nutricionista. No entanto, a utilização de tais recursos nem sempre é guiada por uma prescrição feita por um profissional com habilitação técnica, o que deixa a saúde dessas pessoas vulnerável a vários problemas. Análises mostram que orientações oriundas de professores de educação física possuem uma grande influência no consumo de recursos ergogênicos em detrimento das provenientes de nutricionistas esportivos e de médicos (NIEPER, 2005). No Brasil, o mercado da suplementação alimentar tem crescido bastante. E o grande perigo é o uso indiscriminado desses suplementos, que podem sobrecarregar o organismo, e consequentemente prejudicar a saúde do indivíduo (SANTOS et al., 2015). Em 2018, os autores Maynard e Souto observaram, em pesquisa, que 84% dos indivíduos entrevistados fazem ou já fizeram o uso de suplementação alimentar, sendo que desses, 67% fazem ou já fizeram o uso indiscriminado, seja por orientação de amigos, educador físico, vendedor de loja de suplementos alimentares, revistas, rede social, site, fórum, blog e site informativo. De acordo com Silva e Liberali (2011), esse resultado é muito preocupante pelo risco de saúde que esses indivíduos estão expostos devido à falta de uma orientação capacitada e pela atitude antiética de indivíduos sem habilitação técnica profissional. Da Cruz Júnior et al. (2019) buscaram identificar o perfil dos frequentadores de academias de musculação que consomem creatina. Foi um estudo descritivo de corte transversal. A amostra foi composta por 93 indivíduos praticantes de musculação que faziam uso de creatina como suplementação. Os participantes foram selecionados em oito academias de musculação de elevado poder aquisitivo da cidade de Montes Claros-MG. Dos 93 participantes, distribuídos em 8 academias de musculação, observou-se que mais de 63% possuíam idade entre 20 a 30 anos e 91,4% dos participantes eram do sexo masculino. Destes, 45% faziam uso contínuo de creatina e quase 40% tinham como objetivo o ganho de massa magra. Concluíram que foi encontrada prevalência elevada de praticantes de musculação, usuários de suplementação que fazem ingestão de forma contínua de creatina. 96 OLIVEIRA, C; S et al. Recursos ergogênicos nutricionais: estratégia de melhoria para o desempenho esportivo. R. Científica UBM - Barra Mansa (RJ), ano XXVII, v. 24, n. 47, 2. Sem. 2022 p. 89-109. ISSN 2764-5185 2.4 SUPLEMENTOS NUTRICIONAIS Segundo Willians (2004), apud Vargas, Fernandes e Lupion (2015) “suplementos nutricionais são definidos como substâncias adicionadas à dieta, principalmente: vitaminas, minerais, ervas e botânicos, aminoácidos, metabólicos, constituintes, extratos ou combinações de qualquer desses ingredientes. Dentre os suplementos vigentes, os mais utilizados são os fabricados a partir de proteínas, aminoácidos, carboidratos e metabólicos, existindo outras bases utilizadas como bebidas hidroeletrolíticas, vitaminas e minerais (VIEIRA, 2011). Na maioria das vezes, os indivíduos utilizam esses suplementos de forma totalmente errada e sem acompanhamento de profissionais capacitados ocasionando prejuízos à saúde. 2.4.1 CREATINA A creatina já era conhecida desde o século passado (Greenhaff, 1995); porém, sua atribuição no metabolismo muscular e no desempenho físico tornou-se motivo de interesse nos anos recentes. A creatina (ácido α-metil guanidino acético) é uma amina de ocorrência natural sintetizada endogenamente pelo fígado, rins e pâncreas, a partir dos aminoácidos glicina e arginina (GUALANA et al., 2010). Ela pode ser encontrada naturalmente em maiores concentrações nas carnes de vaca e porco e nos peixes (atum, arenque e salmão). Mais de 90% da creatina em humanos é encontrada na musculatura esquelética, e sua principal função fisiológica é fornecer energia rápida para esforços curtos e intensos, através da formação da fosfocretina e da ressíntese do ATP (CÂMARA; DIAS, 2009). Outra ação da suplementação de creatina, que vem sendo vista em grande parte dos estudos disponíveis na literatura, está relacionada ao aumento de massa magra. Alguns estudos sugerem que esse aumento se deva a um ganho de massa muscular, em contrapartida, diversos estudos têm demonstrado que o aumento de massa magra é uma consequência de um acúmulo hídrico no meio intramuscular, consequente do alto poder osmótico da creatina (MENDES; TIRAPEGUI, 2002). A suplementação de creatina em idosos, de acordo com evidências científicas, melhoram o quadro de sarcopenia, logo que a mesma induz o fornecimento de energia para os tecidos, gerando maior resistência à fadiga, aumento da massa magra, cessando a perda da 97 OLIVEIRA, C; S et al. Recursos ergogênicos nutricionais: estratégia de melhoria para o desempenho esportivo. R. Científica UBM - Barra Mansa (RJ), ano XXVII, v. 24, n. 47, 2. Sem. 2022 p. 89-109. ISSN 2764-5185 massa óssea, dentre outros, favorecendo para qualidade de vida e autonomia do consumidor idoso (PINTO, 2015). Segundo Bakian (2020), outra possível ação associada ao uso da creatina é a melhora no quadro de depressão. Ela apresentou ação neuroprotetora, foi eficiente como antioxidante, melhorando as condições cerebrais, diminuindo as condições que favorecem a depressão. As mulheres tiveram uma maior diminuição na chance de condições depressivas. O protocolo mais aplicado é o de 0,3 gramas por cada kg de peso, diluído em 250 ml de líquido, no período de 5 a 7 dias. A creatina mais consumida é a monohidratada. Após a sobrecarga, ocorre a etapa de conservação, que seria com doses mais baixas de cerca de 2 a 5 gramas de creatina ao dia (BACURAU, 2000). Em outro protocolo, recomenda-se a ingestão de 3 a 5 gramas, constantemente sem fase de conservação. Neste, o aumento da concentração muscular de creatina ocorre de forma demorada, e a saturação só será alcançada ao final de 28 dias, não havendo, entretanto, nenhuma diferença do protocolo citado acima (FONTANA et al., 2003). Alguns pesquisadores estudam a possibilidade de um protocolo de carregamento de creatina. O mais comum inclui, na etapa inicial, o consumo de 20 g / dia no período de 5 a 7 dias, aumentando os estoques totais de PCR (Creatina Fosfato) entre 10-30% , podendo chegar a 40% (Kreider, 2003). E após essa fase, utiliza-se uma dosagem de manutenção, no período que pode ser de 1 semana a 6 meses (BEMBEN; LAMONT, 2005). Miranda Oliveira et al. (2017) investigaram os efeitos da suplementação de creatina sobre a composição corporal de praticantes de exercícios físicos. Por meio de uma revisão de literatura em que, em seu processo de seleção, foram analisados 26 artigos, nove excluídos, sendo composta por 17 artigos originais nacionais e internacionais, uma legislação e uma pesquisa em um livro, publicados entre os anos de 2000 a 2014. O protocolo de suplementação foi distinto nos estudos, variando de 3g a 430g, tendo períodos entre 06 a 12 dias. Concluíram que a maioria dos estudos demonstrou que a suplementação de creatina apresentou resultados positivos no desempenho anaeróbio, aumento nos percentuais de força máxima, diminuição da fadiga e aumento da massa magra. Seu uso parece ser mais eficaz em exercícios de alta intensidade, curta duração com pequenos intervalos entre as séries. Panta e Silva Filho (2016) verificaram, através de ensaios clínicos, os efeitos da suplementação de creatina na força muscular de praticantes de musculação. Tratou-se de estudo de revisão sistemática. Concluíram, após a pesquisa, que a suplementação de creatina mostrou aumentar de forma significativa à força muscular em praticantes de musculação. 98 OLIVEIRA, C; S et al. Recursos ergogênicos nutricionais: estratégia de melhoria para o desempenho esportivo. R. Científica UBM - Barra Mansa (RJ), ano XXVII, v. 24, n. 47, 2. Sem. 2022 p. 89-109. ISSN 2764-5185 Pessoas que têm problemas renais pré-existentes, hipertensão ou proteinúria não é indicado a utilização desse suplemento (DAVARI, 2018). Não há estudo suficiente provando que a creatina traga malefícios a saúde, mas existem efeitos colaterais como diarreia, cãibras, aumento do risco de problemas renais e hepáticos e distúrbios gastrointestinais (BRIOSCHI et al., 2019). 2.4.2 CAFEÍNA A cafeína é utilizada desde o período paleolítico, inicialmente, por meio de plantas e, tempos depois, através de infusão em bebidas (PAULA FILHO; RODRIGUES, 1985). Hoje, é uma das substâncias mais utilizadas no mundo que compõe inúmeros tipos de bebidas e alimentos. Está presente principalmente no café, chocolate, chás, bebidas energéticas, refrigerantes à base de cola e guaraná (MCARDLE; KATCH; KATCH, 2011). Atletas e desportistas têm buscado frequentemente o consumo dessa substância com o objetivo de aumentar a potência física e mental (ALVES, 2002). Seu uso já chegou até mesmo a ser proibido pelo Comitê Olímpico Internacional (COI). A cafeína é um composto químico lipossolúvel de fórmula C8H10N4O2, classificado como alcaloide, designado quimicamente como 1,3,7-trimetilxantina, pertencente ao grupo das xantinas, substâncias utilizadas com finalidade terapêutica e farmacológica (SILVA; GUIMARÃES, 2013). Entre o grupo das xantinas, a cafeína é a que mais atua sobre o sistema nervoso central. Atua ainda sobre o metabolismo basal e aumenta a produção de suco gástrico (BUCHALLA, 2008). De acordo com Degrandis et al. (2019), a cafeína se mostrou positiva na melhora do desempenho no exercício aeróbio, sendo observado maior tempo de execução da corrida na intensidade de limiar anaeróbio quando comparado com as situações placebo e controle. Alguns estudos demonstram que o consumo da cafeína está relacionado à sua capacidade de estimular a lipólise (quebra das moléculas de gordura no organismo), através do aumento da liberação de lipase, o que, teoricamente, favoreceria o emagrecimento. A mobilização dos depósitos de gordura pode ser útil para atletas em treinamento intenso, fazendo com que o organismo utilize a gordura como fonte de energia no lugar do glicogênio muscular; com isso, o corpo fica mais resistente à fadiga (CAMARGO, 2001). 99 OLIVEIRA, C; S et al. Recursos ergogênicos nutricionais: estratégia de melhoria para o desempenho esportivo. R. Científica UBM - Barra Mansa (RJ), ano XXVII, v. 24, n. 47, 2. Sem. 2022 p. 89-109. ISSN 2764-5185 Além disso, o café é uma fonte rica em compostos heterocíclicos, que apresentam forte atividade antioxidante, sugerindo um efeito benéfico do mesmo no sistema cardiovascular (CORNELIS; ELSOHEMY, 2007). Vários trabalhos apontam que a investigação epidemiológica do consumo de café pode prevenir diversas doenças crônicas, como diabetes mellitus tipo 2, doença de Parkinson e doenças hepáticas (cirrose e carcinoma hepatocelular) (HIGDON, 2006). A cafeína atinge quase todos os sistemas do organismo, sendo que seus efeitos mais óbvios surgem no sistema nervoso central (SNC). Quando consumida em baixas dosagens (210mg/kg), a cafeína provoca aumento do estado de vigília, diminuição da sonolência, alívio da fadiga, aumento da respiração, aumento da liberação de catecolaminas, aumento da frequência cardíaca, aumento no metabolismo e diurese. Em altas dosagens (15mg/kg) causa nervosismo, insônia, tremores e desidratação (CONLEE, 1991). De acordo com a RDC N° 18, de 27 de abril de 2010, a suplementação deve conter de 210 e 420 mg de cafeína na porção. Em pesquisas como a de Jackman (1996) ao consumir 6mg/kg de cafeína, o autor inferiu que a mesma pode ocasionar o aumento da resistência a fadiga muscular em atividades físicas intensas em até 5 minutos. Collomp (1990) efetuou um estudo de campo em que concluiu uma diminuição considerável no tempo de nado nos 100 metros livres depois de consumir 250mg de cafeína em pessoas do sexo masculino, nesse estudo tinham indivíduos treinados e não treinados. De França et al. (2018) buscaram verificar se a suplementação de cafeína promove mudanças na estratégia de ritmo (ER) durante um teste de corrida de laboratório (TCL). Observaram que a suplementação de cafeína pode influenciar positivamente a ER durante uma corrida, além de aumentar a capacidade de correr mais (no mesmo evento). Lozeski et al. (2018) verificaram, em estudo, o possível efeito ergogênico da suplementação de cafeína em relação ao aumento da força muscular e potencializando a performance. A metodologia empregada foi a revisão integrativa explicativa, por meio da compilação de 17 artigos, que atendiam os critérios da pesquisa, entre 2006 e 2015. Os termos usados para a busca foram os seguintes: cafeína, força, efeito ergogênico, nas bases de dados dos indexadores: Scielo, Bireme e Google acadêmico. Concluíram que a cafeína possui ações centrais e periféricas no corpo, que podem interferir na performance por meio da diminuição da fadiga, otimização da contração muscular, menor percepção subjetiva de esforço e aumento da lipólise. 100 OLIVEIRA, C; S et al. Recursos ergogênicos nutricionais: estratégia de melhoria para o desempenho esportivo. R. Científica UBM - Barra Mansa (RJ), ano XXVII, v. 24, n. 47, 2. Sem. 2022 p. 89-109. ISSN 2764-5185 Falcão (2016), em uma pesquisa de revisão, realizou uma busca bibliográfica nas bases de dados Lilacs, PubMed, Lilacs, SciELO e DialNet e selecionou cerca de 19 artigos clínicos que envolviam a intervenção de CAF (Cafeína), em exercícios anaeróbicos, entre os anos de 1985-2015, com o intuito de esclarecer possíveis efeitos ergogênicos. A maior parte dos estudos mostrou resultados positivos da CAF associada a exercícios anaeróbicos (64,51%) onde destes, doses de 5 mg/kg e 6 mg/kg de CAF representaram 56,87% e 41,25% da amostra, respectivamente. 2.5 SINERGISMO: USO DA CREATINA E CAFEÍNA EM CONJUNTO Estudos mais atuais não afirmam comprometimento dos efeitos da creatina quando associados com a cafeína. Por exemplo, Hoffman e Colaboradores (2008) verificaram que a combinação de creatina e cafeína aumentou a força bem como o número de repetições máximas quando comparado ao grupo placebo. De forma similar, Trexler et al. (2016) também não encontraram resultados negativos da combinação da suplementação na realização de sprints e repetições máximas. Jerônimo (2016) relata que, pela análise dos seus dados, sugere-se que a ingestão de cafeína gerou melhora principalmente sobre a atividade EMG (eletromiograma); e a ingestão de creatina promoveu melhora principalmente na taxa de produção de torque no protocolo utilizado. Foi concluído, mediante ao estudo, que a combinação dos recursos, além de não competirem entre si, piorando os resultados, têm sim uma melhora de desempenho. Pedrosa et al. (2019), em pesquisa, avaliaram os efeitos da suplementação de creatina e cafeína sobre os ganhos de força muscular por praticantes de musculação. Observaram que o grupo controle não alterou a força em nenhum momento. O grupo suplementado com creatina aumentou a força na cadeira extensora após 7 dias (54,5 ± 4,8 vs. 57,7 ± 5,1kg). O grupo suplementado com cafeína aumentou a força na cadeira extensora após 7 dias (67,0 ± 9,0 vs. 72,0 ± 7,8kg) e após 28 dias (67,0 ± 9,0 vs. 72,0 ± 7,6kg). O grupo suplementado com ambas as substâncias aumentou a força na cadeira extensora somente após 28 dias (56,2 ± 7,4 vs. 60,2 ± 7,0kg). Concluíram que os dados sugerem que a suplementação de creatina e cafeína de forma associada promove redução dos efeitos ergogênicos quando comparado ao uso isolado dessas substâncias. 101 OLIVEIRA, C; S et al. Recursos ergogênicos nutricionais: estratégia de melhoria para o desempenho esportivo. R. Científica UBM - Barra Mansa (RJ), ano XXVII, v. 24, n. 47, 2. Sem. 2022 p. 89-109. ISSN 2764-5185 3 CONSIDERAÇÕES FINAIS Podemos concluir, pela abordagem acima, que a Creatina é um suplemento nutricional com muitos estudos realizados e, embora os protocolos sobre seu uso sejam diversos, é unanime sua segurança e eficácia em períodos crônicos, sendo recomendada para quem busca aumento/ganho de massa muscular, principalmente nas atividades intensas de força. Em relação a Cafeína, observou-se que existem também muitos estudos com essa temática. Seu efeito no organismo é a nível de Sistema Nervoso Central (SNC), retardando a percepção de cansaço. Suas dosagens e recomendações não são padronizadas, porém a Anvisa propõe como dosagem máxima recomendada 400mg/dia para um indivíduo adulto. A super dosagem pode acarretar sintomas como insônia, ansiedade, taquicardia, desconforto estomacal, resistência á dosagem (causando também a dependência da substância), entre outros. Em relação aos efeitos ergogênicos, oriundos do seu uso em conjunto, observamos que são necessários mais estudos com essa finalidade, já que ainda não há um consenso sobre a eficácia do uso combinado com a melhora dos resultados, sobretudo no desempenho. REFERÊNCIAS ALVES, L. Recursos ergogênicos nutricionais. R. Min. Educ. Fís. Viçosa, v. 10, n.1, 2002. ALTERMANN, A. M. et al. A influência da cafeína como recurso ergogênico no exercício físico: sua ação é efeitos colaterais. Revista brasileira de nutrição esportiva, São Paulo, V. 2, n. 10, p. 225-239, jul./ago. 2008. ANVISA. Resolução da Diretoria Colegiada. Resolução RDC n. 18/2010. Dispõe sobre Alimentos para Atletas. Brasília. 2010. ARAÚJO, E. R.; RIBEIRO, P. D. S.; CARVALHO, S. F. D. D. Creatina: metabolismo e efeitos de sua suplementação sobre o treinamento de força e composição corporal. Revista Brasileira de Nutrição Esportiva, São Paulo, v. 3, n.13, p. 63-69, 2009. MATANO, A.M. 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