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manual tubulacoes tecniplas (1)

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Manual de instalação
Tubulações em PRFV
enterradas
Índice
PÁGINA
CONTEÚDO
01..............................................Título e índice
02..............................................Sobre o manual
03..............................................Sobre o PRFV: conceitos básicos, rigidez e
flexibilidade, intercambiabilidade
04..............................................Instalação: transporte, inspeção, descarga e
formas de içamento corretas
05..............................................Instalação: armazenamento, avaliação de solo,
escavação e largura das vala
06..............................................Instalação de várias linhas na mesma vala
07..............................................Leito de assentamento, fundação
08..............................................Colocação do tubo na vala
09..............................................Métodos de junção, preparação da junta
10..............................................Encaixe dos tubos, lubrificação, deflexão
máxima
11..............................................Reaterro primário, compactação adequada
12..............................................Materiais para reaterro, controle de
deformações diametrais, reaterro secundário,
ancoragem de acessórios e ligações flangeadas
13..............................................Ancoragem dos tubos
14..............................................Solda de topo: procedimentos
15..............................................Solda de topo: cuidados na preparação
16..............................................Consideração final
17..............................................Tecniplas: telefones e endereço
2
Manual
Prezado cliente,
Estamos honrados com a sua preferência.
Este manual irá orientá-lo quantos aos procedimentos para o correto
manuseio, transporte, armazenagem e instalação das tubulações em
PRFV enterradas da Tecniplas.
As informações contidas neste manual são o resultado da experiência
de mais de três décadas da Tecniplas junto a seus tradicionais
mercados.
Caso não obtenha aqui todas as respostas para as suas dúvidas entre
diretamente em contato com nosso atendimento.
Gratos pela escolha e pela confiança depositada em nossa marca e em
nossos produtos.
A Diretoria
3
Sobre o PRFV
Rigidez e flexibilidade
É conveniente saber que as tubulações em PRFV são produtos
mundialmente aceitos e consagrados em inúmeras e variadas
aplicações e que possuem características próprias e inerentes à
sua formulação.
O PRFV é um material composto de fibras de vidro e resinas
agregados através de um processo de cura, moldados por
diferentes processos de fabricação. As tubulações em PRFV
Tecniplas são moldadas por filamento contínuo e seu liner é
feito com resinas termofixas podendo ou não dependendo de
cada projeto) agregar carga (areia e/ outros materiais sólidos).
Dentre as principais características e vantagens das tubulações
em PRFV destacam-se:
·Alta resistência química contra corrosão e contra a abrasão;
·Flexibilidade na fabricação de tubos apropriados para cada
tipo de aplicação, evitando-se assim o sub ou o sobre
dimensionamento das tubulações;
·Maior leveza quando comparado a tubulações de outros
materiais, o que facilita e reduz os custos com transporte e
instalação, reduzindo também o emprego de maquinário
pesado na sua montagem;
·Superfície interna lisa (baixa rugosidade), o que evita a
formação de inscrustações reduzindo a perda de carga.
Entendendo conceitos básicos
Qualquer que seja o material ou o processo de fabricação de
uma tubulação, esta deve ter resistência e/ou rigidez suficiente
para apresentar um desempenho satisfatório em uma
determinada função e apresentar durabilidade suficiente para
manter este desempenho durante toda a sua vida útil. Para
compreendermos o comportamento de um tubo enterrado
precisamos entender o conceito de três fatores que você verá
ao longo deste Manual de Instalação. São eles: Resistência,
rigidez e durabilidade.
Resistência é a propriedade de resistir às tensões. As tensões
mais comuns em um tubo podem ser derivadas de
carregamentos tais como pressão interna, cargas geradas por
recalques diferenciais e/ou por flexão longitudinal, entre
outras.
Rigidez é a propriedade de resistir às deformações. As
deformações usuais em um tubo podem ser derivadas de
cargas permanentes devido ao peso do solo e, quando houver
pavimento, cargas produzidas por sobrecargas na superfície
em função da natureza do tráfego (rodoviário, ferroviário,
aeroviário, etc.), entre outras. A rigidez está diretamente
relacionada ao módulo de elasticidade do material e ao
momento de inércia da parede do tubo na direção
transversal(circunferencial).
Durabilidade é a propriedade que o material do tubo possui de
resistir aos efeitos das intempéries e da ação do fluido ao
longo do tempo. Termos como resistência a corrosão ou
resistência a abrasão são fatores de durabilidade.
Com relação aos tubos enterrados, dependendo das
características de cada material, podem ser rígidos ou flexíveis.
Um tubo flexível é definido como um tubo que sob
carregamento externo, sofre deformações absorvendo em
parte os esforços aplicados, sem comprometimento de suas
características estruturais. Um tubo rígido é aquele que
quando submetido à esforços externos tem níveis de
deformação dispersíveis devendo suportar toda carga externa.
Tubos de concreto, ferro fundido ou cerâmicos são exemplos
de materiais classificados como rígidos. Tubos de aço e de
plástico, incluindo os de PRFV são classificados como flexíveis.
Cada tipo de tubo possui características próprias de
desempenho que devem, obrigatoriamente ser conhecidas e
consideradas nos projetos de engenharia e de instalação. Seja
qual for a tubulação escolhida, sua instalação deve respeitar as
especificações apresentadas pelo projeto de engenharia que
definirá, entre outras, características como largura e
profundidade da vala, tipo de solo, diâmetro nominal, grau de
compactação do solo, classe de pressão e de rigidez dos tubos.
A Tecniplas recomenda que na elaboração de qualquer projeto sejam
consultados os fabricantes de seu conhecimento e preferência e que a
instalação seja orientada por um detalhado projeto de instalação.
O correto atendimento das especificações dos projetos de engenharia
e de instalação contribuirá para o esperado desempenho das
tubulações, independentemente de seu material de fabricação.
Intercambiabilidade
Com o propósito de favorecer o desenvolvimento das obras de
saneamento no País, a NBR 15536 que normatiza sobre a
produção de tubos de PRFV determina que seja qual for o
seu processo de fabricação, os tubos e conexões em PRFV
devem, através de seus diâmetros externos, permitirem a
intercambiabilidade entre os diferentes fabricantes.
Os diâmetros externos também permitem a
intercambiabilidade com tubulações de outros materiais
através da bolsa dos tubos de PRFV, dado que os diâmetros
externos possuem as mesmas dimensões e tolerâncias da
norma ISO 2531, também referenciada na padronização dos
tubos de ferro fundido (produzidos conforme a ABNT NBR
7675) e tubos de PVC DEFoFo (produzidos conforme a ABNT
NBR 7665). A tabela 1 apresenta as faixas de diâmetro nominal,
classe de pressão, classe de rigidez e comprimento dos tubos
de PRFV.
Características nominais dos tubos de PRFV
Diâmetros nominais
(Padronização DEFOFO)
DN 100
DN 150
DN 200
DN 250
DN 300
DN 350
DN 400
DN 450
DN 500
DN 600
DN 700
DN 800
DN 900
DN 1000
DN 1200
DN 1400
DN 1600
DN 1800 e
DN 2000
Classes de pressão
(MPa)
Classes de rigidez
(N/m²)
Comprimento útil
(m)
0,2 MPa
0,4 Mpa
0,6 Mpa
0,8 Mpa
1,0 Mpa
1,2 Mpa
1,6 Mpa
2,0 Mpa
2,5 Mpa e
3,2 MPa
2 500 N/m²
3 750 N/m²
5 000 N/m²
7 500 N/m2
10 000 N/m²
ConormeNBR 15536
até DN 600 a classe de
rigidez mínima é de
5 000 N/m². A NBR
15536 também permite
a extensão para outras
classes
3m
6m
9m
12 m
14 m
18 m
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Instalação
Sou o Sr.Tubinho e vou
lhe dar algumas dicas sobre
instalação e montagem.
Fique atento!
Transporte e recebimento
Os tubos de PRFV Tecniplas são leves e de fácil manuseio,
dispensando o uso de equipamentos pesados, porém alguns
cuidados devem ser observados para o sucesso de sua
instalação.
Em geral o transporte de tubulações é realizado por caminhões
devendo, portanto estar bem amarrados à carroceria em
fileiras intercaladas por sarrafos de madeira (figura 01). A
disposição dos tubos e fileiras deve ser alternada em pontabolsa-ponta.
Tanto para
me transportar como para me
armazenar , alterne ponta e bolsa.Ok?
Descarga
4Descarregue um tubo de cada vez;
4Não use ganchos nas extremidades dos tubos, nem
apoio pontiagudos;
4Proteja a superfície da ponta e da bolsa.
Figura 01 - Transporte
Métodos de içamento
Inspeção
Ao receber a mercadoria verifique se não falta nenhum dos
itens constantes na Nota Fiscal e se os materiais estão em
perfeito estado. Em caso de haver algum dano ou falta, faça
um relatório de ocorrência ao transportador e à Tecniplas,
anotando todas as ocorrências no recibo de entrega. Se
possível fotografe os danos e encaminhe à Tecniplas.
Manuseio
Os tubos não devem sofrer impactos e arranhões. Os tubos
poderão ser descarregados com equipamento de içamento
(guindaste ou empilhadeira) ou manualmente, usando cordas
e tábuas como indicado nas figuras 02 e 03, sendo manuseado
sempre com apoio em dois pontos.
CERTOS
X
ERRADO
Figura 04 - Métodos de içamento
Tenha
cuidado e me apoie
preferencialmente
em dois pontos,ok?
Figuras 02 e 03 - Descarregamento
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Instalação
Armazenamento
Escavação
Os tubos Tecniplas podem ser guardados por longos períodos,
preferencialmente em local coberto, em terreno regular ou
sobre berços de madeira. Nunca devem ser apoiados nas
regiões das bolsas e pontas, obedecendo a mesma alternância
e configuração empregadas no caminhão. Nos casos em que
houver necessidade de empilhamento, as barras devem ser
estocadas, alternando pontas e bolsas e também a orientação
de cada camada (figuras 05 e 06). Não é recomendável a
formação de pilhas com altura superior a 2,5 m. Os tubos
NUNCA devem ser dispostos sobre objetos ou superfícies
pontiagudas, quinas, pedregulhos que possam induzir cortes
ou perfurações aos tubos.
A escavação deve ser realizada de forma a garantir a
estabilidade das laterais da vala, quaisquer que sejam as
condições de instalação.
As formas de garantir a estabilidade das laterais das valas são
a escavação em forma de talude e/ou escoramento adequado
e especificado pelas normalizações pertinentes.
O avanço da escavação deve considerar a manutenção da
segurança e a estabilidade da vala.
Recomendamos que o reaterro seja colocado e compactado o
mais breve possível, preferencialmente antes do final de cada
dia de trabalho.
O material escavado deve ser mantido longe das bordas da
vala, minimizando o risco de desmoronamento.
Largura da vala
Figuras 05 e 06 - Armazenagem
Ai! Isso machuca!
Não me ponha encima de
pedras. Combinado?
Em valas onde as laterais sejam estáveis ou devidamente
escoradas, deve-se prever uma largura mínima suficiente e não
maior do que a necessária a fim de permitir o assentamento. O
espaço mínimo entre tubo e lateral da vala deve prever a
largura do equipamento e o trabalho de compactação de modo
seguro.
Linha única
Em casos de linha única (uma só tubulação por vala) a largura
mínima da vala deverá obedecer aos seguintes critérios:
Avaliação de solo nativo
No projeto de instalação recomendado pela Tecniplas é muito
importante que o tipo de solo seja criteriosamente avaliado
por profissional da área conforme as normas ABNT NBR 6484 e
ABNT NBR 12770.
Abertura de vala
ATENÇÃO: A abertura de valas e travessias em vias e
logradouros públicos só pode ser iniciada após comunicação e
autorização do órgão municipal.
A profundidade e a forma da vala deverão ser definidas pelo
projeto de engenharia e de instalação, levando em
consideração o tipo de solo, terreno e a existência ou não de
carga e/ou tipo de tráfego.
Sendo:
(DN) = Diâmetro Nominal dos tubos
(L) = Largura mínima da vala
(A) = Distância Lateral
ENTÃO:
DN 1200
L = 1,75 x DN
DN > 1200
L = 1,5 x DN
A [(0,75 x DN)/2 ou 150 mm, o que for maior]
6
Instalação
A distância lateral (A) deverá permitir a operacionalização da
compactação de modo seguro em função do tipo de
equipamento a ser utilizado(figura 7).
Caso (1): No caso de instalação de várias linhas de tubos numa
mesma vala e com diâmetros distintos, estes devem ser
instalados de forma que as geratrizes inferiores estejam num
mesmo nível.
L
Caso (2): Quando dois tubos são instalados em forma de cruz,
A
de forma que um passe sobre o outro, o espaçamento vertical
entre eles e a instalação do tubo inferior devem estar de
DN
Reaterro Primário
Leito
acordo com o esquema apresentado na figura 09.
Zona de
Confinamento
Caso (3): Em situações onde seja necessário instalar um tubo
sobre uma linha já existente devem ser tomadas todas as
min. 100 mm
max. 150 mm
precauções para não causar danos à mesma.Em todos estes
Fundação(se requerida)
casos observar as normas e materiais de reaterro encontradas
Solo nativo
Figura 07 - Largura mínima da vala (L) e distância lateral (A)
nas Normas ASTM D2487 e ABNT NBR 7182.
Várias linhas de tubos na mesma vala
Na instalação de duas ou mais linhas de tubos em paralelo na
mesma vala o espaçamento mínimo entre elas deve estar
previsto em projeto. O espaço entre os tubos e a parede
lateral da vala deve ser a mesma distância lateral (A),
conforme figura 08.
Valas com profundidade
de até 4 metros:
f (D1 + D2)/6
Valas com profundidade
acima de 4 metros:
f (D1 + D2)/4
porém não inferior a 150 mm
09
Para valas com profundidade de até 4 metros a distância entre os
tubos (D1 e D2) deve ser orientada da seguinte forma:
Valas com
profundidade
de até 4 metros:
C ( D1 + D2)/6
Valas com
profundidade
acima de 4 metros:
C ( D1 + D2)/4
porém não menor que 150 mm ou o suficiente para
colocar e compactar o reaterro primário
C
D1
D2
Figura 08 - Espaço entre tubos na mesma vala
Figura 09 - Exemplo de instalação de tubos em cruz
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Instalação
Leito de assentamento
(acabamento do fundo da vala)
do tubo Tecniplas diretamente sobre o fundo da vala, desde
A função do leito é permitir o bom assentamento geométrico
geratriz inferior de cada tubo e que o leito esteja livre de
do tubo para que ele fique uniformemente apoiado em todo o
pedras, protuberâncias ou qualquer outro material estranho.
Onde forem boas as condições do solo é aceitável a colocação
que seja dado, como já foi enfatizado, apoio uniforme a
seu comprimento e para que haja a adequada acomodação do
seu sistema de junta (ponta-bolsa-ponta).
Solos instáveis ou expansivos devem ter tratamento
apropriado.
IMPORTANTE: Seja qual for a tubulação é essencial que o
Em solos orgânicos ou moles deve ser utilizado geotêxtil ou
leito de assentamento da vala esteja rigorosa e perfeitamente
outra solução que evite a contaminação do material do leito e
nivelado e que haja um perfeito alinhamento dos tubos. Estes
do reaterro.
cuidados representarão o adequado e esperado bom
funcionamento das tubulações. (Figuras 10 e 11)
Em todos os casos consultar a Norma ABNT NBR 7182.
Fundação:
O projeto de engenharia deverá especificar a necessidade ou
não de fundação. A fundação deve ser realizada nos casos de
fundo de vala instável (solos expansivos, moles, etc.)
O leito também deve apresentar resistência suficiente para
responder com reação oposta a resultante de forças atuantes
Figura 10 - Exemplo de uniformidade do leito
ADEQUADA
no tubo. Deste modo é recomendado que o solo do leito seja
compactado com no mínimo 90% do Proctor Normal conforme
ABNT NBR 7182. Para esta finalidade utilizar o sapo mecânico
ou apiloamento manual.
Ai! Minhas costas!
Não dava pra arrumarem um
colchãozinho melhor não?
x
x
Figura 11 - Exemplo de uniformidade do leito INADEQUADA
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Instalação
Colocação e acomodação do tubo na vala
Após a preparação da vala e do nivelamento/compactação de
fique uniformemente apoiado ao longo de toda a sua geratriz
seu leito, os tubos deverão ser dispostos ao longo do topo da
inferior. Este rebaixamento, após a instalação, deve ser
vala com as bolsas orientadas no sentido em que será feito o
preenchido e compactado.
seu assentamento.
Se a vala for profunda, com paredes inclinadas ou sujeitas a
Os tubos poderão ser dispostos no fundo da vala manualmente
desmoronamento, coloque tábuas nas suas laterais e faça a
ou por meio de cordas, cintas flexíveis e/ou com a ajuda de
descida com o auxílio de cordas fixadas em cada extremidade.
equipamentos mecânicos, como guindaste.
Com dois homens, desça o tubo vagarosamente, com cada um
Conforme ilustrado na figura 12, quando os tubos forem
nó na extremidade da corda que ficará sob o pé para dar mais
pisando firmemente na outra extremidade da corda. Faça um
movimentados com a utilização de cordas ou cintas deve-se
segurança na descida de tubos de maior diâmetro. Em todas as
utilizar uma em cada extremidade do tubo. Uma das
situações devem ser observadas e garantidas todas as normas
extremidades deve prever uma corda para orientar o processo
de segurança operacional.
de movimentação até que o tubo atinja o fundo da vala.
O emprego de tábuas nas laterais da vala também ajuda a
mantê-la limpa e evita qualquer choque do tubo com pedras
que possam existir nas paredes.
Para evitar movimentos desnecessários com o tubo, desça-o
perto do ponto (aproximadamente 30 cm) de onde será
realizada a sua junção.
IMPORTANTE: Quando o trabalho de instalação for
interrompido a extremidade livre do último tubo assentado
deve ser tamponada a fim de evitar a entrada de água, lama ou
corpos estranhos. Este último tubo deve ser aterrado até no
mínimo 0,75 x DN acima da geratriz superior, para impedir a
flutuação da tubulação em caso de chuva, ou outra fonte de
água na vala.
Figura 12 - Descida do tubo na vala
O tubo deve ser ajustado conforme a inclinação e
alinhamento necessário. O leito de assentamento deve ser
rebaixado nos locais de acomodação das bolsas para que
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Métodos de
junção
E aí?
Que você acha de nos
juntarmos?
MÉTODOS DE JUNÇÃO
Preparação da junta:
Antes de fazer a junção dos tubos, limpe a superfície interna da
bolsa, a superfície externa da ponta e o anel de borracha.
Lubrifique o anel e a parte interna da bolsa. Coloque o anel
evitando sua torção. Não deixe sujar o anel ou a parte interna
da bolsa. Empregue os mesmos procedimentos e cuidados para
os tubos com anel na ponta. (figura 13)
Nos encaixes das bolsas é necessário deixar uma folga de 10 a
15 mm a fim de evitarproblemas de dilatação. O ideal é que se
faça uma marca antes da descida e encaixe dos tubos. (figura 14)
CUIDADO: Não utilize força excessiva na montagem que resulte
na ultrapassagem do limite de inserção ou no deslizamento do
anel para fora do sulco.(figura 13)
Bolsa
Ponta
Folga de 10 a 15 mm - limite de inserção
da ponta do tubo na bolsa
Figura 13- Exemplo de inserção em tubo com anel na ponta.
Figura 14 - Limite de inserção da ponta do tubo em uma bolsa
Métodos de
junção
10
Encaixe dos tubos
O encaixe dos tubos até DN 500 deve ser realizado
manualmente em sistema de alavanca ou pelo sistema catraca.
No caso de tubos DN > 500n deve ser utilizado o sistema de
catraca. Se utilizado o sistema de alavanca deve-se proteger a
extremidade do tubo com um anteparo de madeira durante a
montagem. A figura 15 ilustra o encaixe manual (alavanca) e a
figura 16 ilustra o encaixe pelo sistema de catraca.
Se o ponto de montagem não for atingido, a junta deve ser
desmontada, limpa, lubrificada e montada novamente.Neste
caso verifique antes se o anel não foi danificado. Caso isso
ocorra ele terá que ser substituído.
O adequado encaixe da junta pode ser verificado utilizando-se
um gabarito.
ATENÇÃO: O encaixe dos tubos NUNCA deve ser realizado com
a utilização da pá da retro escavadeira.
LEMBRE-SE de retirar a sujeira da ponta e da bolsa. Isso evitará
vazamentos e o trabalho de reescavar após teste de pressão.
LEMBRE-SE de evitar danos no canal do anel, nas
extremidades das bolsas e pontas e nos anéis de borracha,
pois a estanqueidade das juntas depende disso.
NÃO deixe os anéis de borracha jogados em qualquer canto. A
sujeira, o óleo e o sol são seus piores inimigos.
A utilização de um aparelho de força, tipo tirfor, requer a
utilização de blocos de madeira
entre os ganchos, o aparelho e o tubo a fim de evitar danos
nas paredes do tubo.
NUNCA BATA NO TUBO PARA FAZER O ACOPLAMENTO.
Lubrificação em acoplamento sob água
A TECNIPLAS não recomenda o acoplamento com a vala
inundada que neste caso deverá receber um adequado
trabalho de drenagem. Em todo caso, quando for inevitável,
usar lubrificantes não solúveis como gordura, banha, etc.
Deflexão
Ei! Não
vamos partir para a
ignorância. Sem
violência,ok?
Os tubos Tecniplas ponta e bolsa permitem que seja dada
deflexão angular tanto na posição vertical , quanto
horizontal. Veja figura 17. Na tabela 2 encontram-se as
deflexões e os raios das curvas máximos que podem ser
obtidos para os tubos, quer sob pressão ou por gravidade.
Para executar curvas, conexões e ajustes os tubos podem ser
cortados em campo, com extrema facilidade.
Para curvas de raio menor do que as que podem ser obtidas
pelo deflexionamento das juntas devem ser empregados
acessórios especiais.
Empurrar
ATENÇÃO: A deflexão angular deve ocorrer apenas na região
da junta. Os tubos NUNCA deverão ser curvados.
Alavanca
Deflexão angular máxima permitida para
tubos com classe de pressão até 1,6 Mpa
Ângulo de deflexão
DN
máximo permitido(°)
Até 1,6 MPa
Anteparo
de madeira
Figura 15- Encaixe dos tubos por sistema manual (alavanca)
DN
Ancoragem através de tiras amarradas
500
3°
500 DN
900
2°
900 DN
1800
1°
0,5°
DN 1800
Tubo
Tubo
Distancia entre
as geratrizes
Sistema
de Catraca
Ângulo de
deflexão
Raio da
curvatura
Figura 16- Encaixe dos tubos por sistema de catraca
Figura 17 - Exemplificação da curvatura dos tubos
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REATERRO
REATERRO PRIMÁRIO
Imediatamente após a montagem dos tubos deve ser iniciada
A TECNIPLAS recomenda que a compactação do reaterro seja
a realização do reaterro primário. Caso não exista esta
executada a cada camada de 100 mm e que esta compactação
possibilidade, a seção central de cada tubo deve ser
ocorra de fora para dentro, ou seja, no sentido da parede
aterrada até no mínimo 0,75 x DN acima da geratriz superior.
lateral da vala para o tubo.
Uma boa prática de instalação é não se realizar a instalação de
mais de 24m de rede sem que o reaterro primário seja
realizado.
Conhecer a diferença entre tubo rígido, como o de concreto e
tubo flexível como o de PRFV é importante para avaliarmos a
importância de uma correta execução do reaterro
O reaterro deve ser feito em
camadas, ou seja, a cada 10 cm,
deve ser compactado. Para isso pode ser
usado o sapo.
primário ou primeiro reaterro. Nos tubos rígidos, a
acomodação do solo ao lado do tubo mantém sua forma e
transfere sobrecargas diretamente para a base. Os tubos de
IMPORTANTE: A área de “rins” do tubo, situada entre o leito
PRFV permitem uma deflexão vertical e assim as paredes
de assentamento e a geratriz inferior do tubo deve ser
laterais recebem parte da sobrecarga atuante. Como o tubo se
compactada individualmente, antes que o restante do reaterro
comprime verticalmente ele se expande horizontalmente. A
seja colocado e compactado. Para realizar esta atividade pode
pressão horizontal que o solo oferece se opõe a expansão
ser utilizado um socador, empurrando e compactando o
horizontal do tubo que, por sua vez, se opõe à contração
reaterro abaixo do tubo. As figuras 19 e 20 apresentam
vertical do tubo. É importante observar que a deflexão vertical
respectivamente a forma adequada e inadequada de
do tubo seja limitada em 3 % do seu diâmetro, a fim de evitar
compactação da área de rins.
a sua ovalização. Portanto, o solo na zona de reaterro deverá
ser bem compactado para suportar as sobrecargas atuantes.
(Figura 18)
Carregamento
X
Figura 19 - Compactação
ADEQUADA
da área de “rins”
Figura 18 - Apoio lateral
Figura 20 - Compactação
INADEQUADA
da área de “rins”
12
REATERRO
Para
saber se o solo foi bem
compactado aperte-o com o
polegar. A sua unha não poderá
afundar na terra.
Materiais para o reaterro
Na zona de aterro use solo selecionado, livre de pedras ou de
vegetação. Materiais granulares como areia, brita de 0 a 1 ou
pó de pedra permitem altas densidades com um mínimo de
esforço sendo, portanto, os melhores materiais para a zona
de reaterro do tubo.
Para seleção dos solos de aterro a Tecniplas recomenda
consulta a norma ABNT NBR 7182 Solo Ensaio de
compactação específica.
O solo escavado poderá ser usado para o reaterro desde que
satisfaça as condições acima impostas.Deve-se atentar para
que o material do reaterro não seja contaminado por
resíduos ou outros materiais que comprometam o
desempenho da tubulação ou a segurança da instalação.
O reaterro primário deve ser realizado até que exista uma
camada acima da geratriz superior do tubo de 150 a 300 mm.
Leito
“Rins”
DN
O controle de deformação diametral vertical (ovalização) dos
tubos aterrados é um bom indicador da qualidade da
instalação. A Tecniplas recomenda que a deformação inicial
seja medida no tubo ao longo do processo de reaterro. A
tabela 3 apresenta a deformação diametral máxima inicial
admissível.
Ancoragem de acessórios e ligações
flangeadas
As curvas e conexões, derivações, registros e outros
acessórios que implicam na mudança de direção da rede são
elementos sujeitos a forças de empuxo que devem ser
balanceadas. Estas forças precisam ser restringidas pelo solo,
quando possível, ou com a utilização de ancoragem.
Aterro primário
Reaterro Primário
Controle de deformações diametrais
Zona de
Confinamento
A ancoragem deve ser dimensionada no projeto de
engenharia considerando os esforços solicitantes, as
características do solo e os possíveis recalques derivados da
ancoragem.
min. 100 mm
max. 150 mm
Fundação(se requerida)
Solo nativo
Reaterro secundário / 2º reaterro
Após a realização do reaterro primário, o aterramento deve
ser continuado com o reaterro secundário até o
preenchimento total da vala, nivelando-se com o terreno. O
projeto de engenharia deverá especificar se poderá ser
utilizado o próprio solo nativo neste segundo reaterro, assim
como a necessidade de compactação, caso exista
pavimentação.
O recobrimento mínimo e máximo sobre o tubo deve ser
considerado avaliando-se a condição de instalação e utilização
da tubulação e deve ser especificada no projeto de
engenharia. A limitação de recobrimento tem influência na
profundidade total da vala que também deve ser especificada
em projeto.
Os tubos cuja deformação ultrapassar os limites especificados
na tabela acima devem ser descobertos e reaterrados com
melhor compactação do reaterro primário, com o objetivo de
atender a exigência quanto a máxima deformação.
A peça ancorada deverá ter o máximo de sua superfície
apoiada no concreto, tomando-se o cuidado de não cobrir as
juntas. As figuras a seguir mostram exemplos típicos de blocos
de ancoragem.
13
REATERRO
Exemplos típicos de blocos de ancoragem
Aterro SC1 ou SC2(*)
bem compactado
Max. 25m
(ou estabilizado)
Em trechos de grande declividade os tubos devem ser
ancorados para evitar deslocamentos na direção da
declividade.
Alguns casos especiais como os de travessia de rodovias ou
Tubo de seção curta:
Max. Maior de 2 m ou 2 x DN
Min. Maior de 1 m ou 1 x DN
ferrovias ou áreas de proteção ambiental podem exigir,
conforme legislação vigente, que os tubos sejam encamisados.
O encamisamento deve ser detalhado no projeto de
engenharia.
Quando o encamisamento for realizado com concreto este
deve ser armado e o tubo deve ser temporariamente
ancorado para que não flutue e o concreto deve ser aplicado
em camadas finas, aguardando-se o tempo necessário para a
.
cura de uma camada antes da aplicação da seguinte.
Os recalques do bloco de ancoragem devem ser minimizados
com a execução de uma boa fundação, preparação adequado
do leito, compactação adequada e a utilização de tubos
de seção curta (“toco curto”), conforme ilustra a figura 21.
Max. 45°
Figura 21: Esquema de ancoragem dos tubos
Deflexão angular máxima permitida para
tubos com classe de pressão até 1,6 Mpa
Ângulo de deflexão
DN
máximo permitido(°)
Até 1,6 MPa
DN
Os tocos curtos também são aplicados para minimizar os
esforços de recalques nos casos de transições de terrenos e
de tubulações de diferentes materiais.
500
500 DN
900
2°
900 DN
1800
1°
DN 1800
O toco curto deve atender a tolerância de deflexão angular
apresentada na tabela abaixo.
3°
0,5°
14 SOLDA DE TOPO
SOLDA DE TOPO / KIT TECNIPLAS
A Tecniplas fornece kits de solda de topo para operações de
montagem em campo e para reparos e tarefas de
manutenção incluindo todo o material necessário (manta,
tecido e resina).
A seqüência de quantidades e larguras das mantas e tecidos
dos kits, em função do diâmetro e classe de pressão das
tubulações estão de acordo com as tabelas na norma NBS-OS15/69. Por serem muito extensas estas tabelas não constam
deste manual. Caso sejam necessárias poderão ser solicitadas
a Tecniplas.
Procedimentos
Preparação das extremidades
4Medir o comprimento necessário e riscar o local de corte em
toda a sua volta, observando cuidadosamente sua
perpendicularidade.
4Apoiar convenientemente a peça para evitar deslocamento e,
à medida que o corte estiver sendo feito, girar a peça
acompanhando o risco.
4Chanfrar as duas extremidades a serem soldadas com ângulo
de aproximadamente 45°.
Solda
4Embeber o véu de superfície com resina e aplicá-lo sobre a
região a ser soldada.
4Lamine uma camada de manta com transpasse de 5 cm para
cada lado, tendo o cuidado de remover as bolhas de ar.
4Durante a laminação retirar as bolhas de ar mediante
aplicação de um rolete compactador até obter a completa
impregnação da fibra de vidro.
4Lixar a superfície externa das peças (onde será aplicada a
solda
com largura, no mínimo, igual à maior largura das mantas a
serem aplicadas).
4Aplique mais uma manta procedendo da mesma forma
descrita no item acima.
4Aplique uma camada de tecido tomando cuidado de molhar
bem as fibras com a resina.
Envelopamento
Aplique uma camada de véu de superfície por toda a extensão
das bordas a serem unidas. Este véu deve transpassar 3 a 5 cm
interna e externamente.Imediatamente aplique a resina que já
deve estar catalisada. Este movimento deve ser executado nas
duas extremidades. A resina fornecida pela Tecniplas, para o
material de solda é pré-acelerada, necessitando apenas da
adição do catalisador.Faça um acabamento liso em torno
destas extremidades, unindo-as de modo que fiquem alinhadas
e imobilizadas.Após a união das extremidades preencha a
região chanfrada com fios de fibra de vidro para regular a
superfície.
4Aplique uma camada de manta mais larga que o tecido.
4Repita esta aplicação alternada de manta-tecido, cada vez
mais largas que as anteriores, até obter a espessura
especificada conforme a tabela de solda de topo, em função
do diâmetro e classe de pressão.
4A seqüência de laminação deve ser executada em etapas
(aproximadamente 2 a 3 mm de material) a fim de evitar
queima do laminado em função da reação de exotermia
provocada durante a cura da resina.
4Faça a camada final com manta e dê um acabamento bem liso.
Nesta última aplicação, use resina parafinada.
15 SOLDA DE TOPO
Cuidados na preparação da solda de topo
4A resina deve ser preparada (com catalisador) em quantidades
tais que o seu tempo de utilização não exceda ao tempo de
gelificação (endurecimento).
4Entre a laminação de uma e outra camada deve ser respeitado
o tempo de gel da resina.
4O tempo de gelificação após mistura do catalisador é tão
menor quanto maior for a temperatura ambiente.
4A 25° C de temperatura ambiente, o tempo de gelificação,
com 1% do catalisador MEKP em peso relativo à resina, gira em
torno de 20 a 30 minutos.
4Para temperaturas ambientais mais baixas (até
aproximadamente 10° C) e mais altas (aproximadamente 40° C) o
catalisador MEKP pode ser alterado na faixa de 0,9% a 2,5% em
peso da resina.
4No caso de condições ambientais fora das aqui estabelecidas
ou se tratando de outro tipo de catalisação, deve-se consultar o
Departamento Técnico da Tecniplas para instruções.
4Em caso de dúvida consulte o Departamento Técnico da
Tecniplas.
16 CONSIDERAÇÃO
FINAL
Consideração final
Este manual foi elaborado com o intuito de oferecer orientações básicas e gerais no
tocante a instalação enterrada das tubulações em PRFV Tecniplas. Procuramos aqui
prever as respostas para as dúvidas mais frequentes no momento da instalação,
entretanto, condições não previstas poderão ocorrer. A Tecniplas recomenda mais uma
vez que toda instalação seja orientada por um projeto de engenharia, que as normas
pertinentes sejam consultadas, que todas as medidas de segurança sejam tomadas e
que em caso de dúvidas seja consultado seu Departamento Técnico. A Tecniplas se
isenta de qualquer responsabilidade sobre instalações que não obedeçam a um projeto
específico de engenharia, assim como de ocorrências não previstas neste manual ou
decorrentes de sua incorreta interpretação.
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