FMRP-USP TESTE DE PROGRESSO INTERINSTITUCIONAL SETEMBRO/2017 COMENTÁRIOS E REFERÊNCIAS INSTRUÇÕES Verifique se este caderno de prova contém um total de 120 questões, numeradas de 1 a 120. Caso contrário solicite ao fiscal da sala um outro caderno completo. Para cada questão existe apenas UMA resposta correta. Você deve ler cuidadosamente cada uma das questões e escolher uma resposta. Essa resposta deve ser marcada na FOLHA DE RESPOSTAS que você recebeu. VOCÊ DEVE: Procurar, na FOLHA DE RESPOSTAS, o número da questão a que você está respondendo. Verificar no caderno de prova qual a letra (A, B, C, D) da resposta que você escolheu. Marcar essa letra na FOLHA DE RESPOSTAS fazendo um traço bem forte no quadrinho que aparece abaixo dessa letra. ATENÇÃO Marque as respostas com caneta esferográfica de tinta azul ou preta. Marque apenas uma letra para cada questão, mais de uma letra assinalada implicará anulação dessa questão. Responda a todas as questões. Não será permitida qualquer espécie de consulta, nem o uso de aparelhos eletrônicos. Você terá 4h (quatro horas) para responder a todas as questões e preencher a Folha de Respostas. "Direitos autorais reservados. Proibida a reprodução, ainda que parcial, sem autorização prévia". edudata 1. D - O hemograma é necessário para identificação dos glóbulos 4. B - Metabólito da cefalosporina interagiu com glicoproteína das vermelhos com forma alterada, falcizadas ou em forma de foices, que caracterizam a doença. A eletroforese de hemoglobina identifica os diversos tipos de hemoglobinas pelo peso molecular de cada uma delas, normais ou associadas a alterações genéticas. O aumento do número de reticulócitos é característico de resposta medular para compensação da anemia. A eletroforese de proteínas não contribui em nada para o diagnóstico de anemia falciforme, uma vez que demonstra apenas proteínas plasmáticas, mas não hemoglobina. Os testes de Coombs, direto e indireto, estão relacionados à auto ou alo imunização contra antígenos de grupos sanguíneos. hemácias e agiu como hapteno. Houve formação de anticorpos que se fixaram neste induzindo ao quadro clinico descrito. Tipo II autoanticorpos se ligando a superfície de células do próprio individuo. Tipo I sempre envolve IgE, Tipo III predomina formação de imunocomplexos e Tipo IV infiltrado celular. REFERÊNCIAS: LOBO, C. Doenças falciformes. In: LOPES, A. C. (Ed.). Tratado de clínica médica. 2. ed. São Paulo: Roca, 2009. v. 2, cap. 157, p. 1951-1963. PECHET, L. Distúrbios hematológicos. In: WILLIAMSON, M. A.; SNYDER, L. M. Wallach interpretação de exames laboratoriais. 9. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013. cap. 10, p. 685781. 2. A - Até a 7ª semana do desenvolvimento, as genitálias externas nos embriões são semelhantes em ambos os sexos. Na 12ª semana, que as genitálias externas são totalmente diferenciadas. No caso desta jovem, em que ocorreu o desenvolvimento de genitália externa feminina, apesar de o seu cariótipo ser 46, XY e possuir testículos, caracteriza-se a Síndrome da Insensibilidade Androgênica, na qual se observa ausência de masculinização da genitália externa do embrião devido à resistência à ação da testosterona, em nível celular, em todas as regiões da genitália embrionária, que são: tubérculo genital, pregas urogenitais e intumescências lábioescrotais. Desta forma, a genitália externa indiferenciada, sem o estímulo da testosterona produzida pelos testículos fetais, desenvolve-se em genitália externa feminina. REFERÊNCIAS: Sadler, T.W. Langman Embriologia Médica. 12.ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara koogan. 2013. Moore, K. L., Persaud, T.V.N., Torchia, M.G. Embriologia Clínica. 10.ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier. 2016. 3. B - A fluoxetina é um inibidor seletivo da recaptação de serotonina (ISRS) que bloqueia a proteína carreadora da serotonina chamada de SERT. A CYP3A4 é uma enzima que faz parte do complexo Citocromo P450 e não está envolvida com o metabolismo de ISRS. O ISRS não se liga em receptor, embora o 5HT3D faça parte dos receptores serotoninérgicos. O DOT é o transportador de noradrenalina, e não de serotonina. O ISRS só se liga no DOT quando se utiliza doses altas do mesmo. REFERÊNCIAS: Stahl, Stephen M. Psicofarmacologia – base neurocientífica e aplicações práticas. Rio de Janeiro, Editora Guanabara Koogan. 4ª ed. 2014. 2 REFERÊNCIAS: ABBAS,A. K. ; Lichtman, A. H.; Pillai, S. Imunologia celular e molecular. 8ª Ed. Rio de Janeiro: Elsevier 2015. GELLER, M; Scheinbergm. Diagnóstico e Tratamento das doenças imunológicas. 2ª Ed. Rio de Janeiro: Elsevier 2015. 5. A - Os ovos de E. vermiculares após abandonarem o hospedeiro tornam-se infectantes em poucas horas, espalhandose pelo ambiente, o que facilita a transmissão intradomiciliar, principalmente em locais onde existe aglomeração de pessoas. REFERÊNCIAS: Parasitologia Humana, 12º edição. David Pereira Neves. Livraria Atheneu, 2011. Parasitologia, 4º edição. Luis Rey. Guanabara Koogan, 2013. 6. A - Os diuréticos tiazídicos, assim como os diuréticos de alça, reduzem a excreção renal do ácido úrico quando usados em longo prazo. Dois mecanismos são propostos para explicar este fenômeno: 1) aumento da reabsorção do ácido úrico no túbulo proximal em consequência da redução do volume circulante promovida pelo diurético; 2) competição entre o diurético e o ácido úrico pelos mecanismos secretores de ácidos orgânicos no túbulo proximal, levando à redução da secreção tubular do ácido úrico. REFERÊNCIAS: KNOLLMAN, BJORN C.– As bases farmacológicas da terapêutica – Goodman & Gilman. 12ª edição, 2012. Editora: MCGRAW HILL – ARTMED. 2012 p. 7. C - Como a surdez decorrente de mutações no gene da conexina 26 mostra um padrão de herança autossômico recessivo, a chance de cada membro do casal ter herdado a mutação e ser portador é ½ x ½ x ½ = 1/8 (os bisavós de ambos, ou seja, II-2 e II-3, são portadores obrigatórios). Para que o futuro filho do casal seja afetado, ambos devem ser portadores e transmitir a mutação: 1/8 x 1/8 x ¼ = 1/256. REFERÊNCIAS: Nussbaum RL, McInnes RR, Willard HF – Thompson & Thompson - 2016 – Genética Médica, 8a. Ed., Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, RJ, (Estudo de casos clínicos ilustrando os princípios genéticos – caso 13). Brunoni D, Perez ABA. Genética Médica – Guias de Medicina Ambulatorial e Hospitalar da EPM – UNIFESP – 2013 - Editora Manole, SP (capítulo 17). Teste de Progresso – setembro/2017 8. D - O fenoterol possui apenas ação broncodilatadora, não 11. B - Na osteogênese imperfeita, os ossos extremamente interferindo no processo inflamatório que é a base fisiopatológica desta doença. Desta forma, não haverá um controle bem sucedido da asma, mas apenas uma broncodilatação, permitindo a evolução da doença que envolve um processo inflamatório. A associação salmeterol e fluticasona é mais efetiva, pois além do alívio sintomático promovido pela ação broncodilatadora do salmeterol (agonista beta 2 adrenérgico de ação prolongada) soma-se a ação anti-inflamatória do corticoide fluticasona. As demais alternativas trazem mecanismos equivocados de ação dos fármacos fenoterol, salmeterol e fluticasona. Fenoterol é um agonista de receptores beta 2, porém de ação mais curta, salmeterol é um agonista de receptores beta 2 de ação prolongada e fluticasona é um corticóide com ação antiinflamatória. frágeis; muitas crianças nascem com fraturas e sem a proteína necessária (colágeno Tipo 1) ou sem a capacidade de a sintetizar; tornando os ossos anormalmente quebradiços. A esclera ocular azulada é característica. A Síndrome de Ehlers-Danlos é um grupo de doenças hereditárias do tecido conjuntivo, causada por um defeito na síntese de colágeno (tipo I, III ou V), e torna as estruturas mais elásticas O escorbuto é caracterizado pela carência grave de vitamina C, que é um co-fator da enzima prolilhidrolixase, que faz a hidroxilação da prolina nas cadeias alfa de colágeno. Essa hidroxilação aumenta o número de ligações de hidrogênio na molécula dando maior rigidez ao colágeno. REFERÊNCIAS: KNOLLMAN, BJORN C.– As bases farmacológicas da terapêutica – Goodman & Gilman. 12ª edição, 2012. Editora: MCGRAW HILL – ARTMED. 2012 p. REFERÊNCIAS: JUNQUEIRA, L. C. U. CARNEIRO, J. Histologia Básica: texto e atlas. 12. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013. KIERSZENBAUM, A. L; TRES, L. L. Histologia e Biologia Celular: uma introdução à patologia. 4. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016. 12. D - A imagem da lâmina mostra a organização de trombos 9. B - Os leucotrienos são produzidos por leucócitos e macrófagos e são muito mais potentes do que a histamina em aumentar a permeabilidade vascular. O óxido nítrico é um gás solúvel produzido a partir da ação da enzima óxido nítrico sintetase, que tem papel microbicida; não está claro se possui papel relevante nas reações vasculares da inflamação aguda. Os quimioatraentes de leucócitos para o local da lesão (citocinas - IL8), componentes do sistema complemento (particularmente C5a) e metabólitos liberados por tecidos (principalmente o leucotrieno B4) se ligam a receptores específicos na superfície dos leucócitos e promovem a locomoção seguindo um gradiente químico. Vários mecanismos são responsáveis pelo aumento da permeabilidade da microvasculatura. Na queimadura térmica resulta da contração endotelial quimicamente mediada e do dano endotelial direto e por ação de leucócitos. REFERÊNCIAS: KUMAR, V. et al. (Ed.). Robbins e Cotran patologia: bases patológicas da doença. 8.ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010. 1458 p., il. ISBN 9788535234596. KUMAR, V. Robbins patologia básica. 9.ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013. 910 p., il. ISBN 978853562940. BOGLIOLO, L. Bogliolo patologia. 8.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2012. 1501p., il. ISBN 9788527717625. 10. C - Espinha Bífida Oculta é um DTN resultante da falha da fusão das metades de um ou mais arcos vertebrais no plano mediano. Esse DTN ocorre nas vértebras L5 ou S1, em aproximadamente 10% das pessoas normais. Na forma mais branda, a única evidência de sua presença pode ser uma pequena ondulação com um tufo de pelos. Um lipoma no seio dérmico ou outra marca de nascimento também pode ocorrer. Poucas crianças afetadas apresentam defeitos funcionalmente significativos da medula espinhal e das raízes dorsais subjacentes. REFERÊNCIAS: MOORE, K.L.; PERSAUD, T.V.N.; TORCHIA, M.G. Embriologia Clínica, 10ª ed., Elsevier, Rio de Janeiro, 2016. Teste de Progresso – setembro/2017 antigos que ocorre pela proliferação de células endoteliais, células musculares lisas e fibroblastos sobre e para dentro do trombo. A recanalização se dá pela formação de pequenos capilares que tentam restabelecer, embora não completamente, a continuidade da luz original do vaso. A recanalização, com o tempo, transforma o trombo em uma massa de tecido conjuntivo que se incorpora à parede vascular. Finalmente, com a remodelação e a contração de elementos mesenquimais, apenas uma massa fibrosa pode permanecer, marcando o local original do trombo. Nódulo de Aschoff é uma lesão cardíaca peculiar que ocorre na febre reumática aguda. É constituído por focos de linfócitos T, às vezes plasmócitos e macrófagos grandes ativados (células de Anitschkow) com cromatina condensada em fita ondulada central e delgada. Aparece em qualquer uma das camadas do coração, causando pericardite, miocardite, endocardite ou pancardite (nas três ao mesmo tempo). Nesta lâmina não há imagens de necrose. Degeneração mixomatosa é o espessamento acentuado da camada esponjosa da valva, com deposição de material mucóide, que ocorre nos casos de Prolapso da Valva Mitral. Ocorre também um enfraquecimento da camada fibrosa, onde o colágeno aparece frouxo e desorganizado e a elastina da camada atrial está desorganizada. REFERÊNCIAS: KUMAR, V. et al. (Ed.). Robbins e Cotran patologia: bases patológicas da doença. 8.ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010. 1458 p., il. ISBN 9788535234596. KUMAR, V. Robbins patologia básica. 9. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013. 910 p., il. ISBN 978853562940. BOGLIOLO, L. Bogliolo patologia. 8. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2012. 1501p., il. ISBN 9788527717625. 13. A - O paciente provavelmente apresenta doença do refluxo gastro-esofágico (DRGE), com refluxo do conteúdo gástrico para o esôfago principalmente quando a pressão intragástrica aumenta após as refeições ou em decorrência da obesidade. O uso de inibidor da bomba de prótons pode auxiliar na melhora da sensação de queimação por diminuir o pH gástrico. REFERÊNCIAS: Guyton & Hall - Tratado de Fisiologia Médica -12º edição - Rio de Janeiro: Elsevier -2011. Curi & Procópio- Fisiologia Básica -Rio de Janeiro - Guanabara Koogan, 2009. 3 14. C - Trata-se de um caso de acidose respiratória parcialmente 18. A - Paciente com IAM tem risco de desenvolver trombos por compensada. Deve ter sido causada por insuficiência por fraqueza da musculatura envolvida na respiração. Isso se evidencia pela pCO2 aumentada e o pH abaixo do normal. O excesso de base positivo é uma indicação do mecanismo renal de compensação (retenção de base). hipocinesia ventricular. Esse trombo pode enviar êmbolos para a circulação periférica se estiver nas câmaras cardíacas esquerdas. A ausência de pulsos nas artérias poplítea e dorsal do pé sugerem oclusão arterial. Como há pulso inguinal, o êmbolo deve ter se alojado na artéria femoral (distal à região inguinal e proximal à artéria poplítea). REFERÊNCIAS: Devlin, T. M. Textbook of biochemistry: with clinical correlations. 7th Edition, 2008. 15. B - Infartos na artéria cerebral média direita produzem dispraxia esquerda, perda sensorial à esquerda e negligência. Infartos na artéria vertebrobasilar produzem ataxia, paralisias de nervos cranianos oculares, disartira e disfagia. Infartos na artéria cerebral posterior produzem dificuldades visuais como hemianopsias, confusão mental, dificuldade na leitura e memória, sem queixas motoras. Infartos na artéria cerebral média esquerda produzem dispraxia direita, perda sensorial à direita e dificuldades de linguagem (afasia de Broca ou de Wernicke). REFERÊNCIAS: Rubin, M.; Safdieh, J.E. Netter Neuranatomia Essencial, Elsevier Ed Ltda, 2008, 403 p. Misulis, K. E., Head T. C. Netter Neurologia Essencial, Elsevier Ed Ltda, 2008, 567 p. 16. A - A diarréia provoca perda de volume de líquido extracelular, gerando uma redução da pressão arterial. A queda da pressão arterial ativa a resposta do baroceptor que provoca aumento imediato da frequência cardíaca quando a paciente esta em decúbito dorsal. Quando fica na posição ortostática, o sangue acumula-se nas veias gerando redução do retorno venoso e reduzindo o débito cardíaco e reduzindo consequentemente a pressão arterial. Portanto, a redução adicional da pressão arterial provoca ativação adicional do mecanismo de baroreflexo e promove aumento adicional da freqüência cardíaca, mas tudo começa com a diminuição do retorno venoso. O aumento da póscarga, da contratilidade e da venoconstrição é consequência da diminuição do retorno venoso e não a causa. REFERÊNCIAS: Guyton, A.C.; Hall, J.H. Tratado de Fisiologia Médica. 12ºed. Editora Elsevier, 2011. 17. D - A ressonância magnética é um exame baseado em campo magnético, sendo isenta de radiação ionizante. Há três sequências básicas, T1, T2 e FLAIR. As lesões que aparecem “brancas” nas imagens de RM são denominadas lesões hiperintensas (referente à hiperintensidade de sinal de RM). As que aparecem “pretas” são ditas hipointensas. As nem tão “brancas” nem tão “pretas” são descritas como lesões de sinal isointensas. A ponderação T2 é altamente sensível na detecção desse aumento do teor de líquido, enquanto a sensibilidade de T1 é baixa, sendo esta utilizada principalmente para uma avaliação anatômica. Merece destaque, ainda, a seqüência FLAIR. Trata-se de uma seqüência Inversion Recovery (IR) normalmente realizada com ponderação T2, apresentando grande sensibilidade (no caso apresentado, a hiperintensidade do FLAIR é na substância branca). O padrão de captação de contraste paramagnético não tem relação com o grau de calcificação das lesões. REFERÊNCIAS: Braga FT. Métodos de imagem em neuroradiologia diagnóstica. Curso Medicina Atual em Neuroimagem. 2011. Osborn AG et al. Diagnosticimaging. Brain. AMIRSYS, 2004. 4 REFERÊNCIAS: Martini FH, Timmons MJ, Tallitsch RB. Anatomia humana. 6ª ed., Artmed, Porto Alegre, 2009. Van de Graaff KM. Anatomia Humana. 6ª ed., Manole, Barueri, 2003. 19. C - Esse conteúdo é importante, pois há constante surgimento de novas variantes de vírus de RNA, que são os mais abundantes vírus patogênicos, e isso se deve principalmente às RNA-polimerases virais não terem habilidade para corrigir mutações pontuais que se acumulam a cada cópia de genoma que é feita. A alternativa A é errada, pois embora recombinação possa ocorrer para alguns vírus segmentados, esta não é causa da deriva gênica pontual e contínua, mas sim de “shifts” drásticos que originam variantes inteiramente novas de vírus de genomas segmentados, como influenza. A B é absurda, pois a pressão imune não ‘induz’ variação de genoma, e sim seleciona mutantes de escape; e D também é absurda, pois o reconhecimento por ‘toll’ não gera variações gênicas. REFERÊNCIAS: Brooks GF et al. Jawetz’ Medical Microbiology (25th Ed). McGraw Hill, 2010 20. D - A barreira de filtração glomerular é formada pelo endotélio dos capilares sanguíneos, membrana basal glomerular e folheto visceral da cápsula de Bowman. O corpúsculo renal (cápsula de Bowman e glomérulo) está localizado no córtex do rim. Os capilares sanguíneos não possuem mesotélio, pois este reveste a cavidade peritoneal. O folheto parietal da cápsula de Bowman não está em contato com os capilares sanguíneos do glomérulo. Idem para mesótelio e folheto parietal. A localização anatômica do corpúsculo renal é no córtex, e não na medula. Barreira de filtração está descrita corretamente, mas a localização anatômica não. REFERÊNCIAS: KIERSZENBAUM, A.L.; TRES, L. Histologia e Biologia Celular: uma introdução à patologia, 4ª edição, Rio de Janeiro, RJ: Elsevier, 2016. 21. B - A descrição da queixa e exame físico sugerem edema agudo de pulmão em um paciente com insuficiência cardíaca perfil B (quente e úmido). Quando paciente chega em edema agudo de pulmão com PA elevada, deve-se iniciar com vasodilatador arterial e venoso (tridil ou niprid), que reduz a pressão arterial e a pós carga na crise aguda. Após o controle da PA e certa melhora do paciente, é introduzido iECA por via oral para desmame e retirada do vasodilatador endovenoso. O beta bloqueador deve ser mantido em paciente com ICF perfil B só quando há uso regular. Inotrópicos (dobutamina) são usados mais na IC perfil C. REFERÊNCIA: Suporte Avançado de Vida em Insuficiência Cardíaca: SAVIC. Ed. Canesin MF, Oliveira Jr MT, PereiraBarretto AC. 3a edição, São Paulo: Editora Manole Ltda, 2014, pp 09-14 e 37-44. Teste de Progresso – setembro/2017 22. D - Dor epigástrica em paciente com fatores de risco para 27. B - A história de lesão de rápido crescimento aliada a figura doença arterial coronária (hipertensão e tabagismo), com ECG mostrando supra desnivelamento do segmento ST na parede inferior (D2, D3, aVF) geralmente significa oclusão da artéria coronária direita. Como ela também irriga a parede do ventrículo direito, aparecem no ECG as alterações das derivações a direita precordiais e no exame físico aparecem os sinais de comprometimento do VD como a estase jugular e a hipotensão. de uma lesão pigmentada com todos os critérios ABCDE (assimétrica, bordas irregulares, coloração variável, diâmetro maior que 6 mm e evolução/crescimento rápido) sugere melanoma. A conduta de biópsia excisional é a apropriada para o caso, pois a retirada de toda lesão garante a maior probabilidade do diagnóstico de certeza por meio do exame histopatológico. A biópsia incisional, ou seja, retirada apenas de uma parte da lesão deve ser realizada apenas para lesões onde as dimensões impossibilite a retirada total. Embora a dermatoscopia aumente a acurácia diagnóstica, o diagnóstico de certeza é firmado por exame histopatológico. REFERÊNCIAS: Diagnóstico e Tratamento do infarto Agudo do Miocárdio com Supradesnivelamento do Segmento ST. Tratado de Cardiologia SOCESP 3ª Edição, 2015; pag.579-590. 23. A - A história sugestiva de febre reumática na infância numa paciente com sopro mitral característico, com folhetos espessados com abertura diminuída caracterizam a estenose mitral. Houve piora nas gestações pela sobrecarga de volume e recentemente evoluiu com hipertensão venocapilar pulmonar e piora do quadro de congestão e edema, com hipertensão arterial pulmonar, devido à progressão da estenose. REFERÊNCIAS: Estenose Mitral. Tratado SOCESP 3ª Edição, 2015; pag 783-790. de Cardiologia 24. C - A presença de hemácias falcizadas no esfregaço do sangue periférico, associado a anemia hemolítica indica o diagnóstico de anemia falciforme. A complicação de dor em membros é característica de crise álgica por vasooclusão. REFERÊNCIAS: Castro LG, Messina MC, Loureiro W, Macarenco RS, Duprat Neto JP, Di Giacomo TH, Bittencourt FV, Bakos RM, Serpa SS, Stolf HO, Gontijo G. Guidelines of the Brazilian Dermatology Society for diagnosis, treatment and follow up of primarycutaneous melanoma--Part I. An Bras Dermatol. 2015 Nov-Dec;90(6):851-61. 28. D – A hemartrose é uma complicação comum e frequente da hemofilia causada pelo sangramento intra-articular. REFERÊNCIAS: Villaça PR, Carneiro JDA, D’Amico EA, Okazaki E. in: Tratado de Hematologia. Ed. Zago MA, Falcão RP, Pasquini R. ed. Atheneu, São Paulo, 2014. Pp. 627-635. 29. C - Diabetes do tipo LADA é caracterizado por destruição REFERÊNCIAS: Tratado de Hematologia. Zago, Marco Antonio Falcão, Roberto Passetto - Pasquini, Ricardo. 2013. 25. A - A hipertensão é uma causa frequente de Doença Renal Crônica (DRC), pois afeta diretamente o capilar glomerular. A proteinúria revela o grau de lesão renal e prevê uma aceleração na progressão da DRC. Portanto a velocidade de declínio da FG depende dos dois fatores. REFERÊNCIAS: Bastos MG, Bregman R, Kirsztajn GM. Chronic kidney diseases: common and harmful, but also preventable and treatable. Rev Assoc Med Bras. 2010;56(2):248-53. Mendes RS, Bregman R . Avaliação e metas do tratamento da proteinúria. Rev Bras Hipertensão Arterial, vol.17(3):174-177, 2010. auto-imune das células beta que ocorre lentamente em adultos. Paciente jovem, magra, com mau controle glicêmico com hipoglicemiantes orais e história de hipotireoidismo (doença autoimune) são fortes indícios de LADA. Não é necessário dosar anticorpos para iniciar a insulinização. REFERÊNCIAS: Greenspan – Endocrinologia Básica e Clínica, 9a ed, 2013. Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes 2015-2016. 30. B - O hipotireoidismo resultante do uso de iodo radioativo pode piorar a oftalmopatia, sendo indicado iniciar terapia de reposição. REFERÊNCIAS: Vilar, L. Endocrinologia Clínica 6ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016 26. B - Quadro clínico compatível com erisipela bolhosa. O tratamento deve ser com antibioticoterapia endovenosa em regime de internação, uma vez que paciente diabético insulinodependente e com obesidade apresenta fatores de risco para complicações locais e sistêmicas (septicemia). Além disso, a extensão da erisipela evidencia uma gravidade local. REFERÊNCIAS: Krasagakis K, Samonis G, Valachis A, Maniatakis P, Evangelou G, Tosca A. Local complications of erysipelas: a study of associated risk factors. Clin Exp Dermatol. 2011 Jun; 36(4):351-4. Oh CC. Cellulitis and erysipelas: prevention. BMJ Clin Evid. 2015 Nov 18;2015. pii: 1708 Teste de Progresso – setembro/2017 31. A - Com os dados apresentados, é possível fechar critério clínico para provável gota, mesmo com valor normal do ácido úrico e sem avaliação do líquido sinovial. REFERÊNCIAS: American college of rheumatology/ european league against rheumatism (acr/eular 2015). Ministério da Saúde. Protocolos de encaminhamento da atenção básica para a atenção especializada- volume iii, 2016 5 32. D - A semiologia do pneumotórax, bem demonstrado no 38. C - O quadro é típico de esquizofrenia. Não se trata de exame radiológico e bastante comum em pacientes fumantes crônicos pela ruptura de bolhas, é caracterizada por redução do murmúrio vesicular e do frêmito tóraco-vocal, diminuição local da expansibilidade torácica com aumento do volume do hemitórax direito com timpanismo à percussão. transtorno psicótico agudo e transitório, pois este é caracterizado pela ocorrência aguda de sintomas psicóticos tais como ideias delirantes, alucinações e por uma desorganização do comportamento normal, cuja duração dos sintomas é de poucas semanas. No transtorno delirante também há a ocorrência de uma ideia delirante única ou de um conjunto de ideias delirantes de mesma linha, em geral persistentes e que por vezes permanecem durante o resto da vida. O conteúdo da ideia delirante é muito variável. Entretanto, a presença de alucinações auditivas (vozes) manifestas e persistentes, ideias delirantes de influência (as ondas da TV e computador modificam meus pensamentos e ações) e um embotamento dos afetos, reforçam o diagnóstico de esquizofrenia. No transtorno esquizoafetivo, um episódio de humor e sintomas da fase ativa da esquizofrenia ocorrem concomitantemente, tendo sido antecedidos ou seguidos de pelo menos duas semanas de delírios ou alucinações sem sintomas proeminentes de humor. REFERÊNCIAS: ANDRADE FILHO, LO. Pneumotorax. pneumol. vol.32 suppl.4 São Paulo Aug. 2006 Rev. bras. 33. A - A questão trata de asma não controlada, sendo necessário realizar step up com associação de medicamentos, no caso formoterol. REFERÊNCIAS: Global Strategy for Asthma Management and Prevention, Global Initiative for Asthma (GINA)2017. Available from: http://www.ginasthma.org/ 34. B - A principal causa de lesões múltiplas no SNC em pacientes HIV com imunodeficiência grave é a toxoplasmose. As outras causas apresentam padrões diferentes de sintomas e achados tomográficos. REFERÊNCIAS: Mofenson, LM et al. Guidelines for the prevention and treatment of opportunistic infections in HIV-infected Adults and adolescents. MMWR Recomm Rep. 2009, Set 4, 58 (RR-11):1. 35. D - Paciente com histórico de consumo de álcool e infecção pelo HCV, com fibrose avançada (F3) há anos e manifestações clínicas compatíveis com cirrose (ascite, varizes de esôfago) que apresenta lesão nodular hepática maior que 2 cm, tem elevada probabilidade hepatocarcinoma, permitindo que o diagnóstico possa ser realizado por métodos não invasivos como a tomografia computadorizada multifásica. A biópsia e o exame histológico serão realizados se as imagens não forem conclusivas. REFERÊNCIAS: Heimbach J et al. AASLD guidelines for the treatment of hepatocellular carcinoma. Hepatology. 2017 Jan 28. doi: 10.1002/hep.29086. Llovet JM et al. EASL-EORTC clinical practice guidelines: management of hepatocellular carcinoma. J Hepatol. 2012 Apr;56(4):908-4 REFERÊNCIAS: SADOCK BJ, SADOCK VA, RUIZ P. Compêndio de Psiquiatria: Ciência do Comportamento e Psiquiatria Clínica. Editora Artmed (11ª edição), 1490 pp, 2017. ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE – OMS. Classificação de Transtornos Mentais e de Comportamento da CID-10. Porto Alegre: Artes Médicas, 1993. 39. A - Paciente jovem com presença de icterícia isolada em períodos de estresse fisiológico sugere Síndrome de Gilbert, caracterizada por aumento de bilirrubina indireta, não conjugada ou lipossolúvel, sem outras alterações laboratoriais ou de imagem. Já pacientes com mais de 55 anos que apresentam icterícia recente com colúria, hipocolia fecal, dor em hipocôndrio direito/epigástrio e prurido, tem quadro de icterícia colestática extra-hepática, provavelmente de origem tumoral em confluente biliopancreático, com elevação da bilirrubina direta, conjugada ou hidrossolúvel, com aumento do diâmetro das vias biliares extrahepáticas. REFERÊNCIAS: SHERLOCK S & DOOLEY D. Diseases of the liver and biliary system. 11th ed., Blackwell Science, Oxford, 2002. p. 205-218: Jaundice 36. B - A paciente apresenta episódios de perda de consciência com eventual generalização secundária. A queixa de mal-estar seguido de automatismos manuais e oromandibulares são altamente sugestivos de epilepsia de lobo temporal REFERÊNCIAS: Epilepsy in elderly people. BMJ 2005; 331:1317–22 37. D - Apesar do antecedente de enxaqueca, os atuais sintomas da paciente são típicos de hemorragia subaranoidea (HSA). Nesse contexto, a dor à mobilização cervical deve ser entendida como rigidez de nuca, um sinal meníngeo característico da HSA. REFERÊNCIAS: Classificação Internacional de Cefaleias. 3a edição. 2014 6 Teste de Progresso – setembro/2017 40. A - O critério mais utilizado para avaliação de Fragilidade é o 44. A - Nos casos de violência no qual existem lesões graves ou fenótipo de Fragilidade de Fried. O critério foi validado no Cardiovascular Health Study (CHS) e considera o paciente frágil pois apresenta três dos itens abaixo. Seria pré-frágil se apresentasse um ou dois ou não frágil se não apresentasse nenhum. Perda de peso não intencional (≥ 4,5kg ou ≥ 5% do peso corporal no ano anterior). Exaustão avaliada por auto-relato de fadiga, indicado por duas questões da Center for Epidemiological Studies – Depression (CES-D) Fraqueza (força de preensão diminuída mensurada pela força de preensão palmar obtida em quilograma-força (Kgf com dinamômetro na mão dominante e ajustada ao sexo e ao índice de massa corporal – IMC). Lentidão medida pelo tempo de marcha indicada em segundos (s) após percorrer a distância de 4,6 metros (m), ajustada segundo sexo e altura. Baixo nível de atividade física medido pelo dispêndio semanal (Kcals na última semana: homem <383 Kcal e mulher <270 kcal), segundo questionário de Minnesota Leisure Time Activities Questionnaire. risco de revitimização a criança deve ser internada para que permaneça sob a proteção da instituição hospitalar e deve-se notificar a Vara da Infância e Juventude e o Conselho Tutelar. REFERÊNCIAS: Fried, L.P., Tangen, C.M., Walston, J., Newman, A.B., Hirsch, C., Gottdiener, J., Seeman, T., Tracy, R., Kop, W.J., Burke, G., et al. (2001). Frailty in older adults: evidence for a phenotype. J. Gerontol. A. Biol. Sci. Med. Sci. 56, M146-156. REFERÊNCIAS: Pfeiffer L, Hirschheimer MR.Tratado de Pediatria: Sociedade Brasileira de Pediatria. Volume 1, Seção 3, Capítulo 3.9. PP 197204. 3 Edição, Ed Manole, 2014. 45. C - A presença de disfonia e estridor localiza o processo infeccioso de vias aéreas superiores em laringe. O início e progressão insidioso, com evolução para sinais de insuficiência respiratória aguda, em uma criança que permanece em bom estado geral e com febre baixa, não toxemiada, é característico de laringite aguda - crupe. A etiologia desses processos é viral e o tratamento além das medidas de suporte e fisioterapia respiratória inclui inalação com vasoconstritor e corticoterapia. REFERÊNCIAS: Pediatria – Diagnóstico e Tratamento. Morais,MB ; Campos,SO; Hilario,MOE. FAP/UNIFESP Editora Manole, 2013. 1839p. 46. A - Diagnóstico é DRGE e não refluxo fisiológico devido à perda de peso. Exames descartam infecção urinária e alterações renais. Há possibilidade de DRGE secundário à Alergia à proteína do leite de vaca e não intolerância. 41. C - Há uma relação muito marcada entre a incidência de cardiopatia e a síndrome de Down, sendo justificada a sua investigação mesmo sem ausculta alterada. A cardiopatia mais comum é o defeito do septo atrioventricular total (DSAV) seguida da comunicação do septo atrioventricular (CIV). REFERÊNCIAS: Cardiologia e cirurgia cardiovascular pediátrica Alexandre Crotti – Ed Rocca, 2008. – Ulisses 42. B - A hiponatremia é a causa mais frequente de convulsão durante a rehidratação de pacientes com doença diarreica aguda e pode ser consequência do uso de soro de rehidratação hipotônico. A intensidade e gravidade dos sintomas neurológios observados, decorrentes da hiponatremia, guarda relação com a rapidez que ocorre a queda do Na sérico. REFERÊNCIAS: Pediatria – Diagnóstico e Tratamento. Morais,MB ; Campos,SO; Hilario,MOE. FAP/UNIFESP Editora Manole, 2013. 1839p. REFERÊNCIAS: J Pediatr Gastroenterol Nutr, Vol. 49, No. 4, October 2009. Pediatric Gastroesophageal Reflux Clinical Practice Guidelines: Joint Recommendations of the North American Society of Pediatric Gastroenterology, Hepatology, and Nutrition and the European Society of Pediatric Gastroenterology, Hepatology, and Nutrition 47. D - Infecções na região balanoprepucial são comuns nesta faixa etária, devido ao acolamento do prepúcio, manipulação e falta de higiene adequada. O tratamento deve ser tópico, com limpeza da secreção e antibioticoterapia tópica com a neomicina. REFERÊNCIAS: Current Diagnóstico e Tratamento. Editora McGraw Hill, 22ª edição, 2016. 43. D - A síndrome nefrótica caracteriza-se por edema, proteinúria, hipoalbuminemia e dislipidemia. O edema inicialmente é observado nas pálpebras e com o decorrer dos dias pode generalizar. O tratamento inicial padronizado para crianças com síndrome nefrótica consiste de corticóide. REFERÊNCIAS: Zagury A, Mariz LA, Tavares MS. Nefrologia Pediatrica: Manual Prático. Capítulo 10, PP 138-151. Livraria Balieiro, 2015. Teste de Progresso – setembro/2017 7 48. B - Glaucoma é caracterizado por uma neuropatia óptica 50. B - O período crítico de desenvolvimento da linguagem são progressiva frequentemente associada à elevação da pressão intraocular. Caracteristicamente a perda de visão inicia-se pela periferia e progride até a perda da visão central. O glaucoma em crianças, assim como em adultos, é uma doença tratável e a perda visual poder ser prevenida se esta condição for prontamente reconhecida e as intervenções necessárias instituídas precocemente. A incidência do glaucoma congênito primário é estimada em 0.01%, sendo bilateral em 65 a 85% dos casos e ocorrendo mais frequentemente no sexo masculino. Os sinais e sintomas clínicos do glaucoma na criança são diferentes daqueles vistos no adulto. O diagnóstico do glaucoma congênito nem sempre é fácil. Várias outras condições ocultas podem estar presentes com os mesmos sinais e sintomas de glaucoma. Em qualquer criança suspeita de apresentar glaucoma devemos realizar anamnese e exame ocular completos. Algumas observações clínicas podem ajudar o pediatra no diagnóstico diferencial. Problemas oculares comuns em recém-nascidos como lacrimejamento e secreção ocular, frequentemente associados à obstrução do ducto nasolacrimal, podem ser diferenciados de sinais do glaucoma congênito com a instilação de colírio de Fluoresceína. Olhos glaucomatosos em cinco a dez minutos não apresentarão vestígios do colírio, o que não ocorre quando temos obstrução do ducto nasolacrimal. Na presença de fotofobia associada à lacrimejamento pode-se aventar a possibilidade de abrasão corneana, particularmente se for de início agudo ou houver história de trauma. A observação de abrasão do epitélio corneano com uma lanterna com filtro azul cobalto após instilarmos colírio de Fluoresceína permitirá o diagnóstico diferencial. Secreção conjuntival nas primeiras semanas de vida pode ser resultado de conjuntivite infecciosa ou química (nitrato de prata). Turvação corneana nem sempre significa glaucoma. Doenças metabólicas, infecções, distrofias corneanas, trauma no parto podem causar turvação corneana. Inflamações corneanas e do trato uveal além de distrofia de cones podem causar fotofobia e blefaroespasmo. os primeiros 12 meses, culminando com o segundo ano de vida. Esse foi justamente o período em que ocorreram as otites da criança em questão. É importante para caracterizá-la como recorrente que os episódios tenham ocorrido separadamente, sejam bem documentados e sua frequência seja de 3 ou mais episódios em 6 meses ou 4 ou mais num período de 12 meses. As otites médias, serosa e recorrente, costumam provocar uma perda auditiva leve a moderada, na qual as vogais são ouvidas claramente, porém, algumas consoantes nem sempre. A criança com otites médias recorrentes apresenta flutuação na audição, decorrente da presença de líquido no ouvido médio, dificultando a transmissão do som e, consequentemente, seu aprendizado na escola. REFERÊNCIAS: Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). Programa Nacional de Educação Continuada em Pediatria (PRONAP). Problemas Oftalmológicos mais Frequentes em Pediatria. Edição 2 Extra 2. http://intranet.sbp.com.br/show_item2.cfm?id_categoria=24&id_de talhe=974&tipo_detalhes REFERÊNCIAS: Pereira,MBR & Ramos, BD. Otite média aguda e secretora. J.Pediatr,74 (supl.1): S21-S30, 1998. Saffer,M & Miura, MS. Otites- Otite média aguda. In: Lopez,FA & Campos Jr,D.Tratado de Pediatria (SBP), 2ª. ed, Barueri/SP,Ed. Manole, 2007.p 1731-38. 51. B - Trata-se de quadro compatível com hipotireoidismo adquirido, cuja principal causa na infância é a tireoidite de Hashimoto, de etiologia autoimune. Daí a importância de considerar o antecedente familiar de doença autoimune (no caso, diabetes mellitus tipo 1) e a lesão hipocrômica em genital (vitiligo), que também se associa com a tireoidite. O hipotireoidismo adquirido é, em geral, oligo ou assintomático, mas na infância sintomas como déficit de crescimento e bócio são os mais importantes, além de outros inespecíficos como constipação, desânimo, irregularidade menstrual, queda de cabelo. Como a menarca tem mais de dois anos, não seria mais esperada a irregularidade menstrual. O bócio puberal poderia ser uma hipótese, mas não cursa com alteração laboratorial e tampouco clínica de desaceleração do crescimento. REFERÊNCIAS: Radetti G. Clinical aspects of Hashimoto's thyroiditis. Endocr Dev. 2014; 26:158-70. 52. D - Trata-se de um caso típico de artrite idiopática juvenil 49. A - O acidente ofídico mais comum no Brasil acontece com cobras do tipo jararaca e é chamado de acidente botrópico. Caracteriza-se por intenso edema e inflamação locais, que evolui para manifestações sistêmicas de sangramento e coagulaçãotrombose, podendo desencadear Coagulação Intravascular Disseminada e choque nos casos severos. O tratamento se faz com Soro Antibotrópico associado ou não ao anticrotálico, em doses crescentes de acordo com as manifestações clínicas serem leves, moderadas ou graves. Deve-se salientar que a gravidade do acidente ofídico guarda relação com o tipo de cobra, com a exposição não protegida em ambiente rural e com a relação veneno inoculado/peso corpóreo (por isso acidentes graves acontecem com crianças em maior frequência). O diagnóstico é quase sempre baseado na sintomatologia observada, já que quase nunca o tipo de cobra é identificado. sistêmica por apresentar artrite crônica (mais de 6 semanas de duração), febre alta, exantema que piora durante a febre, adenomegalia e hepatomegalia. O tempo longo de evolução e o bom estado geral da criança afastam a hipótese de LLA ou endocardite bacteriana. REFERÊNCIAS: NELSON TEXTBOOK OF PEDIATRICS, (20th Edition). By Robert M. Kliegman, MD, Bonita M.D. Stanton, MD, Joseph St. Geme, MD and Nina F Schor, MD, PhD. Imprint: Elsevier, 2016. ISBN-13: 978-1-4557-7566-8 REFERÊNCIAS: Pediatria – Diagnóstico e Tratamento. Morais,MB ; Campos,SO; Hilario,MOE. FAP/UNIFESP Editora Manole, 2013. 1839p. 8 Teste de Progresso – setembro/2017 53. C - A criança do enunciado apresenta pancitopenia. Neste 57. C - Trata-se de icterícia precoce (com menos de 24 horas), caso, o diagnóstico mais provável é leucemia aguda e a coleta do mielograma é imperiosa. Até 75% das crianças com leucemia aguda se apresentam com contagens de glóbulos brancos < 20.000 cel/mm3. Na mononucleose há geralmente, leucocitose; trombocitopenia com raras manifestações hemorrágicas (petéquias e equimoses) e a contagem plaquetária está acima de 50.000 /mm3. A ausência de alterações nas articulações ao exame físico praticamente descarta a hipótese de artrite idiopática juvenil (AIJ). Para o diagnóstico de AIJ é necessário que haja, pelo menos, seis semanas de artrite. A aplasia da linhagem eritroide é uma complicação da infecção por parvovírus B19 que ocorre mais comumente no hospedeiro imunocomprometido, sendo rara nos indivíduos hígidos. com provável etiologia a doença hemolítica do recém-nascido por incompatibilidade ABO (DHRN-ABO). A incompatibilidade materno-fetal ABO é encontrada em cerca de 20% das gestações, porém a doença hemolítica ocorre exclusivamente em recémnascidos com tipagem sanguínea A ou B de mães O, pois estas possuem imunoglobulina G anti-A e anti-B, que atravessam a placenta. O diagnóstico da doença compreende a evolução clínica e a investigação laboratorial. O quadro clínico é variável e a principal manifestação é a icterícia precoce, que aparece nas primeiras 24 horas. A icterícia apresenta uma evolução errática. O controle da hiperbilirrubinemia é o maior objetivo no manuseio de recém-nascidos com DHRN-ABO. A maioria dos casos é controlada com o uso adequado da fototerapia, cuja indicação depende do peso ao nascer, da idade gestacional e do nível de bilirrubina sérica. REFERÊNCIAS: NELSON TEXTBOOK OF PEDIATRICS, (20th Edition). By Robert M. Kliegman, MD, Bonita M.D. Stanton, MD, Joseph St. Geme, MD and Nina F Schor, MD, PhD. Imprint: Elsevier, 2016. ISBN-13: 978-1-4557-7566-8 54. A - O diagnóstico de certeza da OMA contempla a presença de efusão em orelha média, abaulamento e presença de sinais inflamatórios (eritema, otalgia) e em crianças menores que 2 anos está indicada o tratamento antimicrobiano, cuja droga de escolha é a amoxicilina (pneumococo é o principal agente). Pode se optar pela prorrogação do uso em crianças maiores caso apresentem quadro sem gravidade. O uso de medicamento tópico pode ser uma opção em caso de otite externa, o que não é o caso. A realização de timpanostomia para colocação de tubos está indicado em OM com efusão se presente por > 3 meses. REFERÊNCIAS: Nelson Textbook of Pediatrics, 19th Edition – Acute Otitis Media (AOM) pages 2201-2213 55. A - Trata-se de um caso de neurotuberculose onde o aluno deve saber as alterações do líquor nesta situação clínica exige o conhecimento dos achados tomográficos para pensar no diagnóstico e então fazer o achado laboratorial REFERÊNCIAS: Ministério da Saúde . Manual de Tuberculose 2013. 56. D – A percentagem de Hemoglobina A2 está elevada em decorrência da diminuição da produção de Hemoglobina A secundária à β Talassemia minor. Não há presença de hemoglobinas anormais na β Talassemia minor. O aumento de transferrina sérica é compatível com ferrodeficiência. O RDW é normal ou discretamente aumentado na β Talassemia minor. REFERÊNCIAS: Almeida MFB, Draque CM. Icterícia Neonatal. In: Borges DR et al. Atualização Terapêutica de Prado, Ramos e Valle: diagnóstico e tratamento - 2014-15, 25ª Ed. São Paulo: Artes Médicas; 2014. p. 232-6. 58. B - A questão apresenta um caso completo de Doença de Kawasaki, com todos os sinais e sintomas clínicos clássicos desta vasculite. O aneurisma coronariano é a complicação mais temida, ocorrendo em cerca de 15 a 25% dos casos não tratados, e em torno de 5% nos pacientes tratados adequadamente. Febre reumática e escarlatina são doenças associadas à infecção estreptocócica, portanto, não esperadas na faixa etária do paciente em questão. Apesar da faixa etária compatível, na Roseóla a febre dura cerca de 3 a 4 dias e o exantema surge assim que a febre desaparece. Dessa forma, não há concomitância entre a febre e o exantema. REFERÊNCIAS: Tratado de Pediatria – Sociedade Brasileira de Pediatria. Ed. Manole. 2007 Capítulos: Viroses exantemáticas; págs. 1083 a 1091. Vasculites; págs. 1955-1965. 59. C - A criança tem atraso de fala com sinais sugestivos de TEA (Transtorno de Espectro Autista) presentes indicando investigação e intervenção precoce para melhor prognóstico. REFERÊNCIAS: Halpern, R. Manual de Pediatria do Desenvolvimento Comportamento. 1ªed. Barueri, SP, Manole, 525p e REFERÊNCIAS: Orientações para o diagnóstico e tratamento das Talassemias Beta. 1ª edição. Ministério da Saúde. Brasília – DF. 2016. ISBN 978-85-334-23589.http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/orientacoes_diagnost ico_tratamento_talassemias_beta.pdf Teste de Progresso – setembro/2017 9 60. D - Recomenda-se a vacina contra febre amarela (atenuada) 64. D - A trombose venosa profunda é uma das complicações da para toda a população a partir dos 9 meses de idade que se desloca da área sem recomendação de vacina (ASRV-Áreas Sem Recomendação Vacina) para a área com recomendação da vacina (Áreas Com Recomendação Vacina). No caso de primeira vacinação, a administração deve ser realizada no mínimo 10 dias antes da viagem, para que a pessoa seja considerada protegida. A mudança para dose única está embasada em literatura atual sobre a eficácia da vacina de febre amarela. A indicação da Organização Mundial da Saúde passa a ser a orientação no Programa Nacional de Imunização a partir de abril de 2017. O reforço aos 4 anos de idade não é mais indicado e nem o reforço após 10 anos da última dose, indicado para os adultos. imobilidade por grande período de tempo. Em viagem aérea é conhecida como síndrome da classe econômica. O diagnóstico deve ser feito rapidamente e confirmado por exame de ultrassonografia Doppler venoso de membros inferiores. REFERÊNCIAS: Ministério da Saúde. Nota Informativa nº 94, de 2017/CGPNI/DEVIT/SVS/MST. Orientações e indicação de dose única da vacina febre amarela. Brasil, 2017.Disponível em: https://sbim.org.br/images/files/nota-ms-fa-170410.pdf, 15/06/2017. http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/cidadao/principal/agenci a-saude/28003-febre-amarela-brasil-adota-dose-unica-da-vacinapor-recomendacao-da-oms. http://www.brasil.gov.br/saude/2017/04/saiba-como-sera-avacinacao-contra-a-febre-amarela-em-apenas-uma-dose 61. B - Trata-se de quadro típico de abscesso de ferida operatória, uma das complicações mais comuns em pósoperatórios de apendicectomias. O diagnóstico desta complicação é clínico, embasado na história e no exame físico. A conduta inicial deve ser a drenagem deste abscesso, seguida da coleta de material para cultura e antibiograma que pode direcionar futuras modificações na antibioticoterapia. REFERÊNCIAS: Souza, JCK. Apendicite aguda. In: Cirurgia Pediátrica: Teoria e Prática. Capitulo 91. Roca – 2008. Pg 496-506. NUTELS DBA, ANDRADE ACG, ROCHA AC. Perfil das complicações após apendicectomia em um Hospital de emergência.Post-appendectomycomplicationprofiling in anemergency hospital ABCD ArqBrasCirDig. 2007; 20(3):146-9. 62. C - A conduta para jovem do sexo masculino com antecedente de exposição a radiação e nódulo tireoideano é afastar malignidade, a qual é realizada por biópsia por punção com agulha fina guiada por ultrassom. REFERÊNCIAS: Sabiston, 19ª Ed – Cap 38 – esquema pg 899. 63. A - O tratamento cirúrgico da hérnia inguinal na criança está indicado assim que feito o diagnóstico e desde que a criança tenha condições clínicas para tal. Mesmo quando há encarceramento da hérnia deve-se tentar a redução manual (desejável) e operar eletivamente em melhores condições clínicas que pode ser ainda durante a mesma internação. REFERÊNCIAS: Velhote, MCP. Afecções cirúrgicas da região inguinal: hérnia inguinal in Cirurgia Pediátrica. Maksoud JG. Volume I. 2ª edição. Capítulo 60. p 711-716. REFERÊNCIAS: Maffei, FHA. et al. Doenças Vasculares Periféricas 5a ed. Editora Guanabara Cap: Trombose Venosa de Membros Inferiores 1 e 2 e Tromboembolismo Pulmonar. 65. C - Não se faz reposição de albumina parenteral para o tratamento de desnutrição, também a profilaxia antibiótica não é feita com antibioticoterapia de largo espectro e a correção e distúrbios eletrolíticos não afetam a incidência de hérnias incisionais. REFERÊNCIAS: Goffi, FS. Tecnica Cirúrgica, bases anatômicas, fisiopatológica e técnicas de cirurgia. 4ª Ed, Ed. Atheneu. Cap. 58, pg 462. 2001. 66. A - Nota Pública: Cremesp alerta sobre prescrição de medicamentos no SUS. O Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) alerta sobre as normas vigentes de prescrição de medicamentos no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), regulamentadas pela Lei 12.401/2011 e pela Resolução Cremesp nº 278/2015. A prescrição de medicamentos é um ato médico e deve obedecer aos critérios éticos que regem a profissão, sempre em busca da melhor opção de tratamento para o paciente. No momento da prescrição, o profissional deve estar atento quanto à presença do medicamento no protocolo do serviço ao qual está vinculado. Nos casos em que a indicação envolver medicamento fora do protocolo, o médico deve justificar sua conduta, por intermédio de relatório à Diretoria Técnica da instituição para avaliação. O Cremesp alerta, também, os gestores de saúde no âmbito do Estado de São Paulo que as orientações administrativas não podem contrariar a autonomia do médico e os consensos científicos em relação à prescrição adequada aos pacientes, que têm direito a medicamentos de última geração que nem sempre estão disponíveis nas farmácias de alto custo, embora já sejam reconhecidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Eventuais atrasos burocráticos na atualização do rol de medicamentos do Ministério da Saúde podem colocar em risco a saúde do paciente e não podem ser usados como justificativa para tolher o médico do direito da melhor indicação ao paciente ou para aplicar sanções financeiras às instituições, suficientemente castigadas pelo subfinanciamento e pela falta de uma alocação equitativa dos recursos de saúde. Para que prevaleça o indiscutível direito constitucional à saúde, sem que ocorram injustiças ou demandas judiciais excessivas, é necessário que o poder público proceda fiscalizações para identificar e corrigir as situações consideradas abusivas e, assim, assegurar o acesso e o uso racional dos medicamentos em situações de comprovada eficácia, eficiência e efetividade, em benefício do paciente e da sociedade. Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo São Paulo, 20 de junho de 2017 REFERÊNCIAS: http://www.cremesp.org.br/?siteAcao=NoticiasC&id=4551 Lei 12.401/2011. Resolução Cremesp nº 278/2015. 10 Teste de Progresso – setembro/2017 67. B - Trata-se de crise de lombalgia aguda, com pseudo 71. C - Colecistite aguda é a segunda complicação mais irradiação, o que desfavorece a hipótese de compressão radicular. Não há sinais de urgência (déficit motor ou comprometimento esfincteriano), portanto, não se justifica a realização de exames complementares. Por ser uma crise de início recente, não há indicação de introduzir medicação neuropática. Os pacientes precisam de repouso relativo, pois a imobilização pode piorar o quadro álgico. Em se tratando de paciente jovem o uso de anti-inflamatórios não hormonais pode ser empregado, reservando opióides para casos refratários. frequente na Colelitíase. É caracterizada por um quadro de dor abdominal de forte intensidade, contínua, em hipocôndrio direito, seguido de náusea, vômito e febre baixa, em geral superior a 6 horas de duração. No exame clínico, os sinais clássicos são o “plastrão” no hipocôndrio direito e sinal de Murphy positivo. O diagnóstico é realizado com a ultrassonografia do abdome superior e o tratamento é a colecistectomia nas primeiras 48-72 horas do início do quadro clínico. REFERÊNCIAS: Brazil AV. et al. Diagnóstico e tratamento das lombalgias e lombociatalgias. Rev Bras Reumatol 2004; 44(6):419-25. Stump PRNAG, Kobayashi R, Campos AW. Lombociatalgia. Rev Dor São Paulo 2016; 17(supl 1):S63-6. 68. D - Conforme a Portaria 424 de 2013 do Ministério da Saúde, redefiniram-se as diretrizes para Cirurgia Bariátrica e esta paciente preenche os critérios para cirurgia bariátrica: IMC 36,8 Kg/m², diagnóstico de obesidade há 12 anos (superior a 05 anos), tratamento clínico nos últimos dois anos sem sucesso e presença de comorbidades (esteatose hepática, DRGE e artropatia de joelho). Portanto, a paciente deve ser encaminhada ao serviço de cirurgia bariátrica e avaliada por uma equipe multidisciplinar que determinará ou não a necessidade de um procedimento cirúrgico. REFERÊNCIAS: Biazin, CCC. Colecistopatia Calculosa e Coledocolitíase. In: Valezi, AC. Noções Básicas da Cirurgia Digestiva. 2015. Pp477501. 72. B - Trata-se de hemorragia digestiva alta associada à hepatopatia. O importante é checar o hematócrito e realizar endoscopia que permitirá diagnóstico e provável tratamento. O ultrassom abdominal poderá avaliar o fígado, mas não poderá oferecer tratamento em uma situação como essa. REFERÊNCIAS: Montes, CG. et al. Hemorragia digestiva. In: Protocolos de Condutas em Terapia Intensiva / Editores: Desanka Dragosavac& Sebastião Araújo, Editora Atheneu, São Paulo, 2014. REFERÊNCIAS: Portarias GM 424 e 425 / 2013 – Ministério da Saúde – Brasil. 73. D - No diagnóstico de apendicite a história clínica e o exame 69. B - Desidratação aguda é uma complicação pós-operatória REFERÊNCIAS: Sabiston. Tratado de Cirurgia; 18 ed. Pag. 1252-1254 – Capítulo 49. bastante comum. Neste caso, tanto a resposta inflamatória do processo abdominal, levando à perda de líquido para o compartimento extravascular, quanto os vômitos apresentados pelo paciente, explicam esta complicação. Além disso, o paciente encontra-se em jejum desde a cirurgia, possivelmente com reposição hídrica endovenosa insuficiente. São sinais clínicos da desidratação, a sonolência e a hipoatividade, a desidratação das mucosas, a taquicardia e a urina em pequeno volume e de aspecto concentrado. Apesar de apresentar taquicardia, o paciente não apresenta taquipneia, nem hipotensão arterial, afastando o diagnóstico de choque, tanto hemorrágico, quanto séptico. Além disso, a criança não apresenta reação peritoneal ao exame abdominal, afastando o diagnóstico de abdome agudo perfurativo. Apesar dos vômitos esverdeados e da ausência de evacuações desde a cirurgia, há a presença de ruídos hidroaéreos propulsivos e eliminação de flatos, afastando o diagnóstico de abdome agudo obstrutivo. REFERÊNCIAS: Carlotti APCP. Choque em crianças. Medicina (Ribeirão Preto) 2012; 45(2):197-207. Spadella CT. Pós-operatório. In: Cataneo AJM, Kobayasi S. Clínica cirúrgica. Faculdade de Medicina de Botucatu – UNESP. Elsevier 2003. 254-61. 70. D - O toque retal é o exame propedêutico mais importante no diagnóstico de neoplasia de próstata, cujo sintoma inicial pode ser a modificação dos hábitos urinários. físico são característicos. Não há necessidade de exames complementares; o hemograma pode ser normal. 74. B - nessa situação, há fortes indícios de fratura de base de crânio. O baixo score na escala de coma de Glasgow demanda acessar via aérea definitiva. A traqueostomia não é o procedimento indicado na emergência e sim a cricotireoidostomia. A entubação nasotraqueal não poderia ser realizada devido a suspeita de fratura de base de crânio (equimose periorbitaria bilateral). REFERÊNCIAS: Terapia Intensiva. In: Protocolos de Condutas. Editores: Desanka Dragosavac & Sebastião Araújo, Editora Atheneu, São Paulo, 2014. 75. D - o câncer colorretal é a terceira neoplasia mais prevalente no mundo. Os sintomas mais comuns são alterações do hábito gastrointestinal, enterorragia e perda ponderal. O diagnóstico é realizado com exame de colonoscopia que é a melhor forma de diagnóstico precoce para o câncer colorretal. É indicada em todos os pacientes com idade superior a 50 anos. REFERÊNCIAS: Mali Jr, J. Câncer Colorretal. In: Valezi, AC. Noções Básicas da Cirurgia Digestiva. 2015. Pp 395-407. REFERÊNCIAS: Palma, CRP. Carcinoma da Próstata. In: Urologia Prática. Roca, 5ª ed. 2007. Teste de Progresso – setembro/2017 11 76. A - No derrame pleural com empiema há intensa reação 82. A - Quadro típico de Vaginose bacteriana onde há inflamatória com consumo de glicose, produção de DHL e infiltrado de neutrófilos (polimorfonucleares) Neste caso o tratamento indicado é a drenagem torácica. Líquido pleural com característica de transudato não é indicação para drenagem torácica. desaparecimento dos Lactobacilos de Doderlein e colonização excessiva por flora anaeróbica com crescimento de Gardnerella vaginalis, Mobiluncos sp, Megaesfera e Atopobium vaginae entre outros. O excesso de flora anaeróbica produz putrecina e cadaverina (aminas aromáticas voláteis) que determinam cheiro desagradável de aminas ou “Peixe Podre”. A falta dos ácidos vaginais produzidos pelos LB vão determinar um pH vaginal igual ou acima de 4,5. Os tratamentos propostos são Metronidazol vaginal ou oral e Clindamicina oral ou vaginal (antibióticos anaerobicidas). REFERÊNCIAS: Catani, AJM & Kobayasi, S. Clínica Cirúrgica. Revinter, 2003. 77. C - o caso acima é de um trauma pélvico-abdominal, com instabilidade hemodinâmica atendido em um serviço de pronto atendimento. Nesta situação, o recomendado é realizar o suporte inicial e encaminhar ao serviço de traumatologia de referência. O suporte inicial é dado pela colocação do colar cervical, suporte com oxigênio, reposição volêmica com hipotensão permissiva com intuito de diminuir o sangramento ativo e solicitar o transporte médico com Ambulância UTI-Móvel para transferência do paciente. Lembrar que a calça de compressão pneumática foi descontinuada pelo risco de síndrome compartimental. REFERÊNCIAS: ATLS. 2012. 78. D - lesão com história de um ano, progressiva em paciente que se expõe cronicamente ao sol e tem pele e olhos claros deve ser motivo de avaliação que exclua malignidade. REFERÊNCIAS: Carreirão, S; Carneiro Jr., LVF. Cirurgia Plástica para a formação do especialista. Ed. Atheneu – SP, 2012. 79. C - A tomografia computadorizada de abdome sem contraste é o exame padrão ouro. Sua sensibilidade e especificidade são superiores aos outros exames. REFERÊNCIAS: Patologia do Trato Genital Inferior- Diagnóstico e TRatamento, 2ª Edição; Editora Rocca; 2014. Autor Nelson Valente Martins. 83. D - a contracepção com progesterona no puerpério imediato é a melhor escolha devido ao baixo risco de efeitos adversos, ao contrário dos contraceptivos combinados que aumentam o risco de fenômenos tromboembólicos. A amenorreia da lactação reduz o risco de gravidez, mas não tem eficácia suficiente para ser o método de escolha. Caso a paciente faça a opção pelo DIU, este deve ser inserido logo após o parto. REFERÊNCIAS: World Health Organization. Medical contraceptive use. 5th edition, 2015. eligibility criteria for 84. C - a avaliação de iminência de eclampsia, deve iniciar pela avaliação da pressão arterial e reflexos da paciente. REFERÊNCIAS Neme, B. Obstetrícia Sarvier.2005. Básica. 3ed. São Paulo: Livraria 85. D - a insulinoterapia deverá ser instituída para esta gestante REFERÊNCIAS: Cury J, Srougi M, Coelho RF. Urgências Urológicas. In: Manual de Diagnóstico e Tratamento para o Residente de Cirurgia. Capítulo 44. 2009. 80. A - A lidocaína é o anestésico local de menor toxidade cardíaca (6%) em comparação com a bupivacaína (70%) e a ropivacaína (intermediária). Além disso, em doses venosas de 1,0 a 2,0 mg/kg, tem efeito antiarrítmico. A etidocaína não é utilizada em nosso meio. REFERÊNCIAS: Vianna PTG, Módolo NSP. Anestésicos locais. In Braz JRC e Castiglia YMM. Temas de Anestesiologia para o Curso de Graduação em Medicina 2ª Ed., UNESP/Artes Médicas, São Paulo, 2000. 81. B - Nessa idade gestacional, o exame físico é sensível o suficiente para comprovar o diagnóstico de gravidez. Caso o diagnóstico seja confirmado, o seguimento pré-natal deve ser iniciado, o mais precocemente possível, com a solicitação dos exames de rotina. O teste de farmácia tem elevada sensibilidade e especificidade. se apresentar média glicêmica alterada acima do ideal de 120 mg/dL, repercussões fetais como feto grande para a idade gestacional e aumento do líquido amniótico, que demonstrarão descompensação do diabetes com o tratamento em uso. REFERÊNCIAS Recomendações do tratamento de Diabetes Mellitus na gestação – ADA – Standards of Medical Care in Diabetes – 2016. S24. 86. A - a questão envolve conhecimento necessário acerca de seguimento pré-natal de risco habitual. O tratamento antimicrobiano da bacteriúria assintomática na gravidez é intervenção de extrema importância, pois evita a progressão para as formas sintomáticas graves. REFERÊNCIAS Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Atenção ao pré-natal de baixo risco / Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. – Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2012. REFERÊNCIAS 1. Zugaib, M. Obstetrícia - 3ª edição - Manole, 2016. 2. Neme, B. Obstetrícia Básica - 3ª edição - Sarvier, 2005. 12 Teste de Progresso – setembro/2017 87. C - a metodologia básica para confirmação de rotura de 91. D - o caso demonstra sofrimento fetal crônico, com membranas após a suspeita clínica da mesma é a visualização de um esfregaço do conteúdo cervical em lâmina após alguns minutos de sua coleta. A cristalização do mesmo confirma a hipótese diagnóstica. A ultrassonografia fica destinada para aqueles casos em que a história clínica é característica, com cristalização negativa. Hemograma e swab são exames importantes no seguimento da paciente. comprometimento parcial do bem-estar fetal (hipóxia compensada), através da centralização hemodinâmica e do comprometimento do peso fetal. Por se tratar de feto muito prematuro, a resolução imediata está descartada; a melhor opção é observar o total comprometimento hemodinâmico através da alteração do Ducto Venoso. A alteração biofísica da cardiotocografia é posterior a alteração hemodinâmica e o comprometimento fetal pode ser irreversível e tardio. REFERÊNCIAS Zugaib, M. Obstetrícia - 3ª edição - Manole, 2016. Neme, B. Obstetrícia Básica - 3ª edição - Sarvier, 2005. 88. C - a paciente apresenta um quadro de aborto habitual, sendo a insuficiência lútea uma etiologia de elevada probabilidade, devido à história de perdas gestacionais em idades gestacionais precoces (inferiores a 12ª semana). Cerclagem seria indicada para mulheres com história de insuficiência istmocervical, nifedipina (para inibir contrações) não está indicada nessa idade gestacional e aspirina seria prescrita para mulheres com síndrome do anticorpo antifosfolípide confirmada. REFERÊNCIAS Zugaib, M. Obstetrícia -3ª edição - Manole, 2016. Trapani Júnior A, Silveira SK, Ajeje R, Marcolin AC. Aborto recorrente e progestagênios. Série orientações e recomendações FEBRASGO, no 6, 2017. 89. B - Hoje se usa sulfato de magnésio para a neuroproteção se parto iminente em prematuro. A questão envolve conhecimento acerca de trabalho de parto pré-termo. Devido as complicações associadas à prematuridade, é fundamental que se conheça as principais intervenções associadas à melhora dos desfechos neonatais. REFERÊNCIAS Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Gestação de alto risco: manual técnico – 5. ed. – Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2010. 90. B - para uma profilaxia adequada a paciente deve aplicar repelente nas áreas corporais expostas, durante dia e noite, repetindo essa ação conforme a duração do efeito do mesmo; ela deve usar roupas compridas, minimizando áreas expostas; deve colocar protetores de portas e janelas para impedir entrada do vetor (mosquito Aedes), deve acabar com possíveis criadouros do mosquito, deve usar preservativo nas relações sexuais, pois ela pode adquirir o vírus por via sexual de um parceiro contaminado (que pode ser assintomático) e deve evitar viajar para áreas endêmicas. Não há vacina contra o Zika vírus e a dengue não protege a paciente da doença provocada por este vírus. REFERÊNCIAS Center for Disease Control and Prevention. Zika and pregnancy. https://www.cdc.gov/zika/index.html. World Health Organization. Zikavirus. http://www.who.int/topics/zika/en/ Teste de Progresso – setembro/2017 REFERÊNCIAS Barbosa MM; Passos J; Nardozza LMM. Dopplervelocimetriaobstetrica. In: Camano L; Moron AF; Nardozza LMMM. (Org.). Vitalidade Fetal. 1ed.Barueri: Manole, 2012, v. 1, p. 59-82. 92. A - trata-se de uma paciente com amenorreia primária com hipogonadismo, ou seja, não tem desenvolvimento de mamas, o que sugere ausência de atividade estrogênica, portanto, sem mamas, sem desenvolvimento uterino, sem desenvolvimento endometrial, sem menstruação. Para saber se este hipogonadismo é de origem central (falta de comando sobre o ovário) ou periférica (ovário não funcionante) é necessária a dosagem de FSH. Uma vez localizado o problema é necessário investigação etiológica da amenorreia (Cariótipo ou RNM SNC). Não deve haver suspeita sobre o fator anatômico, pois neste caso haveria somatória de diagnósticos, já que o defeito anatômico explicaria a amenorreia, mas não a ausência das mamas. REFERÊNCIAS Brito MB & Navarro PAAS. Amenorréia primária. In: Ginecologia da Infância e Adolescência. Reis RM, Junqueira FRR, Rosa-eSilva ACJS. Editora Artmed- Porto Alegre- RS. 1ª Edição (2012). 93. D - a paciente apresenta quadro sugestivo de endometriose e deve ser tratada com supressão da menstruação. Como ela é obesa e hipertensa de difícil controle seria contra indicado o uso de anticoncepcional combinado. Além disso, a cirurgia apresentaria mais riscos que benefícios para seu tratamento (paciente tem comorbidades). O análogo de GnRh pode ser usado, mas tem tempo limitado (6 meses) e a endometriose deve ser tratada por longo tempo. O acetato de medroxiprogesterona (progestageno) seria a melhor conduta. REFERÊNCIAS Manual de endometrioses. Febrasgo, 2015 94. C - as evidencias disponíveis na atualidade enfatizam que a preocupação com o uso de anticoncepcionais em mulheres com cefaleia está relacionada a enxaqueca devido ao risco para acidente vascular cerebral. Neste caso, todos métodos hormonais combinados (oral, anel vaginal, injetável, transdermico) são contraindicados. Pode ser usado método hormonal só com progestágeno ou dispositivo intrauterino. REFERÊNCIAS World Health Organization. Medical eligibility criteria for contraceptive use. Reproductive Health and Research,5 th edition: Geneve: World Health Organization; 2015 http://www.who.int/reproductivehealth/publications/family_planning /MEC-5/en/ 13 95. A - o espermograma avalia o fator masculino e a 99. C - paciente menopausada, com leiomiomas uterinos, com histerossalpingografia avalia a permeabilidade canalicular do sistema genital feminino. Ambos os exames excluem anormalidades básicas no casal, minimizam os gastos e diminuem o tempo de investigação diagnóstica. crescimento rápido e com mudança da consistência tumoral (amolecimento). Diagnóstico é degeneração sarcomatosa. REFERÊNCIAS Manual de Reprodução Humana. FEBRASGO, 2015. REFERÊNCIAS Casos Clínicos em Ginecologia e Obstetrícia de Eugene C. Toy. FEBRASGO, 2015. 100. A - teratoma é o tumor ovariano mais freqüente em idade 96. B - a conduta em relação as lesões de baixo grau do colo uterino devem respeitar o fluxograma estabelecido pelo INCA/Ministério da Saúde do Brasil em sua versão mais recente revisada e atualizada em 2016. Recomenda-se conduta conservadora tendo em vista a baixíssima taxa de progressão para lesões de alto grau e/ou câncer. REFERÊNCIAS Diretrizes Brasileiras para o rastreamento do câncer do colo do útero – Ministério da Saúde e Instituto Nacional do Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA) – 2ª edição, 2016. Primo, WQSP; Valença, JEC. Doenças do Trato Genital Inferior. 1ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016. 97. D - a paciente apresenta queixa clínica de urgência e incontinência urinária de urgência sem estar associada com incontinência urinária de esforço o que fecha o diagnóstico clínico de Síndrome da Bexiga Hiperativa. Ademais, a mesma apresenta diagnóstico de Síndrome Genitourinária da Menopausa ou atrofia vulvovaginal. Para o primeiro diagnóstico, não há necessidade de exame urodinâmico para confirmação. O tratamento é clínico (comportamental associado a anti-colinérgicos) e fisioterápico. Não há opção cirúrgica efetiva. REFERÊNCIAS Moroni RM; Magnani PS; Rodrigues HL; Barrilari SE; Candidodos-Reis FJ; Brito LG. Tratamento da síndrome da bexigahiperativaidiopáticarefratária. Femina. 2013;41(3):147-153. 98. C - trata-se de um quadro provável de mastalgia (ou mastodínia), com piora na segunda fase do ciclo: provavelmente acíclica, com piora catamenial. Não está indicada nenhuma propedêutica armada, porém indicação de ecografia é aceitável; mamografia e ressonância não estão indicadas. Orientação verbal resolve 85% dos casos: não é indicativo de câncer, paciente é de risco padrão populacional e familiar; dor pode estar relacionada à atividade laboral – manicure, com sobrecarga da cintura escapular e dos músculos peitorais maiores bilateralmente – mialgia relacionada ao trabalho que pode estar irradiando para os quadrantes superiores das mamas. Além da orientação verbal, orientação de exercícios de alongamento e relaxamento dos ombros e membros superiores 3x/dia (incluindo intervalos no trabalho); orientação de melhor sustentação mamária. Acupuntura pode ser uma opção terapêutica. Diminuir consumo de xantinas e controle de peso podem ser medidas de valia. Não há indicação de alterar o uso de ACOH. Vitaminas, oligominerais, suplementos de ácidos graxos não têm valor superior ao placebo nestes casos. Uso crônico de AINE ou analgésicos também não está indicado, porém seriam toleráveis para quadros agudos, por curtos períodos. Tamoxifeno estaria indicado apenas frente à refratariedade de casos mais graves. reprodutiva. Realiza-se biopsia de congelação para diagnóstico anatomopatológico. Não se deve retirar o ovário, pois tem apenas 28 anos e é nuligesta. O fumor é bem delimitado. REFERÊNCIAS Casos clínicos em ginecologia e obstetricia de Eugene C. Toy. FEBRASGO. Ginecologia. 101. B - A letalidade média da febre amarela no período foi de 51,8%, muito elevada. A letalidade mede a severidade de uma doença e é definida como a proporção de mortes dentre aqueles doentes por uma causa específica em um certo período de tempo. Epidemia é a incidência de casos acima do limite máximo esperado e somente pode ser identificada por meio de diagrama de controle. Sazonalidade é a variação da taxa de incidência de acordo com a estação do ano. Epizootia se refere ao encontro de primatas não-humanos de qualquer espécie encontrado morto ou doente. A Figura não apresenta casos em primatas não humanos. REFERÊNCIAS: Bonita, R. Epidemiologia básica / R. Bonita, R. Beaglehole, T. Kjellström; [tradução e revisão científica Juraci A. Cesar]. - 2.ed. São Paulo, Santos. 2010 213p. : il 102. C - O rastreamento de sífilis em gestantes é uma das principais ações para redução do número de casos de sífilis. As ações de rastreamento são consideradas prevenção secundária segundo o modelo de prevenção de Leavell & Clark. REFERÊNCIAS: Rouquayrol MZ; Goldbaum M; Santana EWP. Epidemiologia, história natural e prevenção de doenças. (In) Epidemiologia & Saúde. Organizadores: Maria Zélia Rouquayrol, Marcelo Gurgel. 7ª edição, Rio de Janeiro, MedBook, 2013. 103. A - A equipe de saúde da família elabora PTS em casos de complexidade que necessitam do envolvimento de vários profissionais e questões específicas para cada situação são pensadas pela equipe para obter maior sucesso no cuidado do paciente. O usuário e familiares devem ser envolvidos desde o início na discussão do que se planeja para o caso e construir juntos as metas a curto, médio e longo prazo. Reavaliando periodicamente o que foi planejado, podendo rever e modificar o que foi combinado. É uma ferramenta ainda em fase de implementação na atenção básica. REFERÊNCIAS: BRASIL. Ministério da Saúde. Núcleo de Apoio à Saúde da Família. v.1. Brasília: Ministério da Saúde, 2014. (Cadernos de Atenção Básica, n. 39). Pg73, 74 REFERÊNCIAS Kataria K, Dhar A, Srivastava A, Kumar S, Goyal A. A systematic review of current understanding and management of mastalgia. Indian J Surg. 2014 Jun;76(3):217-22. http://www.projetodiretrizes.org.br/projeto_diretrizes/043.pdf 14 Teste de Progresso – setembro/2017 104. B - As alternativas acima são propostas levando em 108. B - A sensibilidade expressa a probabilidade de um teste consideração que as poucas informações sobre as queixas da trabalhadora fazem pensar num quadro de Síndrome do Túnel do Carpo, uma Lesão por Esforço Repetitivo, caracterizada por compressão do nervo mediano. ser positivo na presença da doença. A sensibilidade de um método reflete o quanto este é eficaz em identificar corretamente, dentre todos os indivíduos avaliados, aqueles que realmente apresentam a característica de interesse. Assim, no caso do diabetes mellitus, a sensibilidade mede o quanto o método é capaz de identificar aqueles que de fato apresentam a doença. REFERÊNCIAS: BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância em Saúde Ambiental e do Trabalhador. Dor relacionada ao trabalho: lesões por esforços repetitivos (Ler) e Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (Dort). Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2012. 68 p Manuais Técnicos em Saúde do Trabalhador no. 10. Protocolos de Complexidade Diferenciada. 105. D - Além da aferição de pressão arterial, realizada durante o acolhimento na UBS (homens e mulheres >18 anos, grau A), são exames de rastreamento com graus de recomendação A ou B: dislipidemia (homens >35 anos, grau A), tabagismo (todos os adultos, grau A), uso inadequado de álcool (todos os adultos, grau B), obesidade (todos os adultos, grau B) e câncer de cólon e reto (entre 50 e 75 anos, grau A). O rastreamento de diabetes melito tipo II é indicado se há pressão arterial sustentada 135 x 90 mmHg (grau B), que não é o caso, e o rastreamento de câncer de próstata para homens assintomáticos <75 anos tem grau de recomendação I. REFERÊNCIAS: BRASIL. Ministério da Saúde. Rastreamento. Brasília: Ministério da Saúde, 2010. (Série A. Normas e Manuais Técnicos) (Cadernos de Atenção Primária n. 29) REFERÊNCIAS: Medronho R; Bloch KV; Luiz RR; Werneck Epidemiologia. 2. ed, São Paulo: Atheneu; 2008. GL (eds.). 109. D - Se o teste (sangue oculto) apresentasse especificidade de 100%, não haveria resultados falsos-positivos; nessa situação, todos os testes positivos viriam de pessoas doentes. No entanto, parte dos testes são positivos verdadeiros e parte são falsospositivos. Logo, nessa situação, a probabilidade de existir doença, dado que o teste foi positivo, é o "valor preditivo de um teste positivo", ou valor preditivo positivo (VPP). Além de dependerem da sensibilidade e da especificidade, os valores preditivos também dependem da ocorrência (prevalência ou incidência ou probabilidade pré-teste) da doença no grupo de pessoas que está sendo submetido ao teste diagnóstico. Se o exame foi solicitado para fazer (ou descartar) o diagnóstico em uma determinada pessoa, o solicitante deverá - além de considerar a sensibilidade e a especificidade do teste diagnóstico, ter em mente a probabilidade pré-teste, já que os valores preditivos dependem desta, exceto quando o exame for 100% acurado. REFERÊNCIAS: Fletcher RH; Fletcher SW; Fletcher GS- Epidemiologia Clínica, 5ª ed. Artmed – Capítulo 8. 106. C - Uma tabela do tipo 2 x 2 para cálculo do valor preditivo positivo (VPP) de mamografia com sensibilidade de 90% e especificidade de 97% em uma população com 1% de prevalência do câncer de mama revelará VPP = 23,3%, acurácia (resultados corretos/total de resultados) de 96,9%. Se o VPP é da ordem de 25%, seu complementar é da ordem de 75%. A probabilidade da paciente ter câncer de mama ante a mamografia positiva é de 23,3%, muito menor do que 76,7% de não ter a doença. A porcentagem de falsos positivos entre as mulheres que não têm câncer de mama (o complementar da especificidade) é de apenas 3%. A porcentagem de resultados incorretos (falsos negativos e falsos positivos – o complementar da acurácia) não é 13% mas apenas 3,1%. REFERÊNCIAS : Epidemiologia Básica. R. Beaglehole, R. Bonita e T. Kjellström. Capítulo 6: Epidemiologia e Prevenção, p. 95. Santos Livraria Editora, OMS; São Paulo, 2ª ed., 2001. 107. A - A vacina só pode ser considerada eficaz contra o sorotipo 4 porque é apenas contra esse sorotipo que o intervalo de confiança da estimativa de eficácia não cruza o número zero. Considerando que os intervalos de confiança das estimativas de eficácia em comparação se cruzam, não podemos afirmar elas sejam significativamente diferentes. REFERÊNCIAS: Arunee Sabchareon et al. Protective efficacy of the recombinant, live-attenuated, CYD tetravalent dengue vaccine in Thai schoolchildren: a randomised, controlled phase 2b trial. Lancet 2012; 380: 1559–1567. Láercio Joel Franco e Afonso D. Costa Passos. Fundamentos da Epidemiologia. Editora Manole, 2ª edição, 2011. Teste de Progresso – setembro/2017 110. A - O município em questão apresenta bom padrão de mortalidade, com 75,7% dos óbitos ocorrendo em idosos, o que demonstra que várias questões relacionadas à saúde e qualidade de vido foram resolvidas. Paralelamente enfrenta um desafio, que é resolver a violência no trânsito, visto que é determinante entre as mortes por causas externas, atingindo não apenas os jovens, mas também os idosos, com os atropelamentos. Além disso, é possível observar importante participação das malformações congênitas na mortalidade infantil, inclusive no período pósneonatal, o que aponta para a existência de tecnologias que prolongam a vida de recém-nascidos com tais problemas de saúde. Frente a este contexto, apesar das principais causas proporcionais de morte serem as neoplasias, doenças do aparelho circulatório e doenças do aparelho respiratório, as causas externas apresentaram o maior coeficiente de mortalidade específico em idades jovens e o maior número de anos potenciais de vida perdidos. O APVP é um indicador utilizado para estabelecimento de prioridades, o que justifica a escolha do gestor. As responsáveis pela mortalidade pós-neonatal não são as causas exógenas como ocorreria em locais com baixa qualidade de vida. REFERÊNCIAS: Souza ER, Minayo MCS, Malaquias JV. Violência no trânsito: expressão da violência social. In: Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Análise de Situação de Saúde. Impacto da violência na saúde dos brasileiros. Brasília (DF): Editora do Ministério da Saúde; 2005. p.279-301. (Série B. Textos Básicos de Saúde). ANDRADE, Silvânia Suely Caribé de Araújo; MELLO-JORGE, Maria Helena Prado de. Mortalidade e anos potenciais de vida perdidos por acidentes de transporte no Brasil, 2013. Rev. Saúde Pública, São Paulo , v. 50, 59, 2016 . Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S003489102016000100241&lng=en&nrm=iso>. access on 30 Aug 2017. Epub Oct 03, 2016. http://dx.doi.org/10.1590/S15188787.2016050006465 15 111. B - A taxa de incidência de uma doença reflete o risco de 114. C - Em sentido amplo, a saúde é a resultante das condições um indivíduo pertencente a uma população de adquirir a doença. A incidência contabiliza os casos novos no período de estudo sobre o total da população exposta ao risco de adoecer. Um programa preventivo tem como objetivo evitar que os indivíduos adoeçam, de tal forma que os casos novos devem ser evitados o quanto possível. Se a incidência diminui isso significa que o risco de adoecer também diminui. Portanto o programa pode ser avaliado pela diminuição da taxa de incidência. de alimentação, habitação, educação, renda, meio ambiente, trabalho, transporte, emprego, lazer, liberdade, acesso e posse da terra e acesso aos serviços de saúde. Sendo assim, é principalmente resultado das formas de organização social, de produção, as quais podem gerar grandes desigualdades nos níveis de vida. A força de seus postulados procura resgatar a importância das dimensões econômica, social e política na produção da saúde e da doença nas coletividades. Contrapondose à concepção biomédica, baseada na primazia do conhecimento anatomopatológico e na abordagem mecanicista do corpo, cujo modelo assistencial está centrado no indivíduo, na doença, no hospital e no médico, o texto defende como princípios e diretrizes para um novo e único sistema de saúde a universalidade, a integralidade, a equidade, a descentralização, a regionalização e a participação social. Alinha-se a uma corrente de pensamento crítico que tem expressão em diversos autores na América Latina. REFERÊNCIAS: Laprega MR, Dal Fabbro AL. Coeficientes Mais Usados em Epidemiologia. In: Franco LJ, Passos ADC. Fundamentos de Epidemiologia. São Paulo: Manole, 2004. p.:119-50. 112. C - Trabalhar em equipe significa que todos devem ter poder e devem estabelecer juntos como se darão os processos de trabalho, com a participação ativa de todos os membros neste processo. Atuar em equipe de forma interdisciplinar permite que cada os membros troquem informações e construam projetos de forma integrada, contribuindo e ampliando o olhar da saúde, como a integralidade preconiza. Interdisciplinaridade não implica em atuar em algo que não é de sua atribuição profissional. Trabalhar em equipe implica em um grupo de pessoas que atua com objetivos comuns e organizam suas tarefas discutindo os processos de trabalho. A comunicação é um aspecto de grande importância no trabalho em equipe, pois só o fato de estarem atuando no mesmo ambiente não significa que estão integrados. O trabalho em equipe não pressupõe abrir mão das especificidades do cada um, pois dentro das equipes a variedade de conhecimentos possibilita uma abordagem ampliada, melhorando assim os serviços prestados. REFERÊNCIAS: PEDUZZI, Marina. Equipe multiprofissional de saúde: conceito e tipologia. Rev. Saúde Pública, São Paulo, v.35, n.1, p. 103-109. Feb 2001. 113. B - Por dever legal, a notificação compulsória de casos confirmados ou suspeitos de maus-tratos aos idosos é estabelecida por lei e visa à proteção desses (LEI Nº 12.461, DE 26 DE JULHO DE 2011). Entretanto, o manejo dos casos de maus-tratos, incluindo a negligência, requer habilidades relacionais para a manutenção do vínculo entre os cuidadores e o médico, evitando a interrupção do tratamento e ruptura da relação médico-paciente. Especialmente na Atenção Básica, a equipe multiprofissional tem o papel de apoiar o médico a realizar a notificação compulsória, ao mesmo tempo em que buscará estratégias fortalecer o vínculo de confiança necessário para compreensão das dificuldades dos cuidadores e maneiras de enfrenta-los, buscando sempre o benefício e proteção do paciente idoso. REFERÊNCIAS CAPONI, Sandra. Georges Canguilhem e o estatuto epistemológico do conceito de saúde. Hist. cienc. saudeManguinhos, Rio de Janeiro, v. 4, n. 2, p. 287-307, outubro de 1997. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S010459701997000200006&lng=pt_BR&nrm=iso>. acesso em 16 de outubro de 2017. http://dx.doi.org/10.1590/S0104-59701997000200006 115. A - A integralidade pressupõe reconhecer a variedade completa de necessidades relacionadas à saúde da população e disponibilizar recursos para abordá-las. A oferta de serviços deve ser composta por ações de promoção, prevenção, cura e reabilitação, reconhecendo problemas de todos os tipos que possam ser abordados na atenção primária e aqueles que necessitem de encaminhamento para serviços especializados. REFERÊNCIAS: Silva, KL, Rodrigues AT. Ações intersetoriais para promoção da saúde na Estratégia Saúde da Família: experiências, desafios e possibilidades. Rev Bras Enferm., Brasília 2010 set-out; 63(5): 762-9. Brasil. Ministério da Saúde. Política Nacional de Atenção Básica. Ministério da Saúde. Departamento de Atenção Básica. Brasília (DF), 2012. 116. D - A falta de médicos nas Equipes não justifica a desresponsabilização do cuidado a este paciente que passou a usar o Serviço de Urgência como principal referência ao seu acompanhamento. O atendimento no espaço de Acolhimento por médico de outra equipe, as consultas de Enfermagem, o papel do Agente Comunitário em visitas mais frequentes, poderiam ser alternativas favorecedoras da vinculação deste paciente a UBS. REFERÊNCIAS: 1.Política Nacional de Atenção Básica. Serie Pactos pela Saúde; 2006; Vol 4 2.Campos, Gastão W.S. Saúde Paidéia. São Paulo, editora Hucitec,2003. 3. Brasil, Ministério da Saúde, Fundação Nacional da Saúde, Coordenação de Saúde da Comunidade, Saúde dentro de casa: Programa de saúde da família. Brasília, documento oficial,1994. 16 Teste de Progresso – setembro/2017 117. B - As Redes de Atenção à Saúde são arranjos 120. C - Os estudos de coorte e caso-controle são os mais organizacionais que incorporam distintas ações e serviços de um determinado território (regiões de saúde), visando contribuir para consolidação dos princípios do SUS, em particular a integralidade do sistema. A organização da RAS exige a definição da região de saúde, que implica na definição dos seus limites geográficos e sua população e no estabelecimento do rol de ações e serviços que serão ofertados nesta região de saúde. As competências e responsabilidades dos pontos de atenção no cuidado integral estão correlacionadas com abrangência de base populacional, acessibilidade e escala para conformação de serviços. utilizados em investigações de surtos de doenças transmissíveis para identificar os possíveis fatores de risco. O estudo de coorte é uma excelente técnica para investigar um surto com população bem definida e exposições conhecidas, como no cenário descrito. Por meio de um questionário previamente estruturado, realiza-se uma investigação com todas as pessoas que participaram de determinado evento social e verifica-se seu histórico de exposição a cada fator de risco sob suspeita. Em relação ao estudo de casocontrole, a seleção apropriada dos controles é o aspecto mais crítico. Na situação descrita suspeita-se de um surto por fonte comum alimentar entre os itens servidos no restaurante universitário. Os controles devem estar em risco de se transformarem em casos, portanto devem ser pessoas que não tiveram diarreia e almoçaram no restaurante universitário. REFERÊNCIAS: BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 4.279, de 30 de dezembro de 2010. [Estabelece diretrizes para a organização da Rede de Atenção à Saúde no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS)]. Brasília: 2010 MENDES, E. V. As redes de atenção à saúde. Brasília, DF: Opas/OMS, 2011. REFERÊNCIAS: OPAS. Módulos de Princípios de Epidemiologia para o Controle de Enfermidades. Módulo 5: pesquisa epidemiológica de campo – aplicação ao estudo de surtos / Organização Pan-Americana da Saúde; Ministério da Saúde. Brasília:2010. 118. D - A notificação de suspeita de Febre Amarela deve ser imediata, ou seja, dentro das primeiras 24 horas do atendimento do caso suspeito, conforme a Portaria Ministerial Nº 204, de 17 de fevereiro de 2016, que define a Lista Nacional de Notificação Compulsória de doenças, agravos e eventos de saúde pública. Setenta e duas horas é prazo que pode ser por demais prolongado para a implementação das medidas de prevenção e controle. REFERÊNCIAS: Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Guia de Vigilância em Saúde. Cap 6, p. 419-436: Febre amarela. Brasília: Ministério da Saúde, 2014. 812 p. Modo de acesso www.saude.gov.br/bvs. ISBN 978-85-334-2179-0. 119. C - A mortalidade infantil pós-neonatal foi reduzida de 7,65 para 3,65 (redução de 52%), enquanto o componente neonatal foi de 13,60 para 8,78 óbitos por 1000 nascidos vivos (diminuição de 35%), sendo que o neonatal precoce (0 a 6 dias) reduziu em 37% e o neonatal tardio em 28%. Sabemos que o componente neonatal tardio tem grande influência das condições sanitárias e socioeconômicas, enquanto o componente neonatal é mais influenciado pela qualidade da atenção ao pré-natal, parto e puerpério. REFERÊNCIAS : Site Datasus: http://www2.datasus.gov.br/DATASUS/index.php?area=02 Fichas de qualificação da Ripsa: http://fichas.ripsa.org.br/2012/a9/?l=pt_BR Teste de Progresso – setembro/2017 17