Uploaded by Lorena Boso

Teste do progresso comentado

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FMRP-USP
TESTE DE PROGRESSO INTERINSTITUCIONAL
SETEMBRO/2017
COMENTÁRIOS E REFERÊNCIAS
INSTRUÇÕES
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Verifique se este caderno de prova contém um total de 120 questões, numeradas de 1 a 120.
Caso contrário solicite ao fiscal da sala um outro caderno completo.
Para cada questão existe apenas UMA resposta correta.
Você deve ler cuidadosamente cada uma das questões e escolher uma resposta.
Essa resposta deve ser marcada na FOLHA DE RESPOSTAS que você recebeu.
VOCÊ DEVE:
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Procurar, na FOLHA DE RESPOSTAS, o número da questão a que você está respondendo.
Verificar no caderno de prova qual a letra (A, B, C, D) da resposta que você escolheu.
Marcar essa letra na FOLHA DE RESPOSTAS fazendo um traço bem forte no quadrinho que aparece
abaixo dessa letra.
ATENÇÃO
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Marque as respostas com caneta esferográfica de tinta azul ou preta.
Marque apenas uma letra para cada questão, mais de uma letra assinalada implicará anulação dessa questão.
Responda a todas as questões.
Não será permitida qualquer espécie de consulta, nem o uso de aparelhos eletrônicos.
Você terá 4h (quatro horas) para responder a todas as questões e preencher a Folha de Respostas.
"Direitos autorais reservados. Proibida a reprodução, ainda que parcial, sem autorização prévia".
edudata
1. D - O hemograma é necessário para identificação dos glóbulos
4. B - Metabólito da cefalosporina interagiu com glicoproteína das
vermelhos com forma alterada, falcizadas ou em forma de foices,
que caracterizam a doença. A eletroforese de hemoglobina
identifica os diversos tipos de hemoglobinas pelo peso molecular
de cada uma delas, normais ou associadas a alterações
genéticas. O aumento do número de reticulócitos é característico
de resposta medular para compensação da anemia. A
eletroforese de proteínas não contribui em nada para o
diagnóstico de anemia falciforme, uma vez que demonstra apenas
proteínas plasmáticas, mas não hemoglobina. Os testes de
Coombs, direto e indireto, estão relacionados à auto ou alo
imunização contra antígenos de grupos sanguíneos.
hemácias e agiu como hapteno. Houve formação de anticorpos
que se fixaram neste induzindo ao quadro clinico descrito. Tipo II
autoanticorpos se ligando a superfície de células do próprio
individuo. Tipo I sempre envolve IgE, Tipo III predomina formação
de imunocomplexos e Tipo IV infiltrado celular.
REFERÊNCIAS:
LOBO, C. Doenças falciformes. In: LOPES, A. C. (Ed.). Tratado
de clínica médica. 2. ed. São Paulo: Roca, 2009. v. 2, cap. 157, p.
1951-1963.
PECHET, L. Distúrbios hematológicos. In: WILLIAMSON, M. A.;
SNYDER, L. M. Wallach interpretação de exames laboratoriais. 9.
ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013. cap. 10, p. 685781.
2. A - Até a 7ª semana do desenvolvimento, as genitálias
externas nos embriões são semelhantes em ambos os sexos. Na
12ª semana, que as genitálias externas são totalmente
diferenciadas. No caso desta jovem, em que ocorreu o
desenvolvimento de genitália externa feminina, apesar de o seu
cariótipo ser 46, XY e possuir testículos, caracteriza-se a
Síndrome da Insensibilidade Androgênica, na qual se observa
ausência de masculinização da genitália externa do embrião
devido à resistência à ação da testosterona, em nível celular, em
todas as regiões da genitália embrionária, que são: tubérculo
genital, pregas urogenitais e intumescências lábioescrotais. Desta
forma, a genitália externa indiferenciada, sem o estímulo da
testosterona produzida pelos testículos fetais, desenvolve-se em
genitália externa feminina.
REFERÊNCIAS:
Sadler, T.W. Langman Embriologia Médica. 12.ª ed. Rio de
Janeiro: Guanabara koogan. 2013.
Moore, K. L., Persaud, T.V.N., Torchia, M.G. Embriologia Clínica.
10.ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier. 2016.
3. B - A fluoxetina é um inibidor seletivo da recaptação de
serotonina (ISRS) que bloqueia a proteína carreadora da
serotonina chamada de SERT. A CYP3A4 é uma enzima que faz
parte do complexo Citocromo P450 e não está envolvida com o
metabolismo de ISRS. O ISRS não se liga em receptor, embora o
5HT3D faça parte dos receptores serotoninérgicos. O DOT é o
transportador de noradrenalina, e não de serotonina. O ISRS só
se liga no DOT quando se utiliza doses altas do mesmo.
REFERÊNCIAS:
Stahl, Stephen M. Psicofarmacologia – base neurocientífica e
aplicações práticas. Rio de Janeiro, Editora Guanabara Koogan.
4ª ed. 2014.
2
REFERÊNCIAS:
ABBAS,A. K. ; Lichtman, A. H.; Pillai, S. Imunologia celular e
molecular. 8ª Ed. Rio de Janeiro: Elsevier 2015.
GELLER, M; Scheinbergm. Diagnóstico e Tratamento das
doenças imunológicas. 2ª Ed. Rio de Janeiro: Elsevier 2015.
5. A - Os ovos de E. vermiculares após abandonarem o
hospedeiro tornam-se infectantes em poucas horas, espalhandose pelo ambiente, o que facilita a transmissão intradomiciliar,
principalmente em locais onde existe aglomeração de pessoas.
REFERÊNCIAS:
Parasitologia Humana, 12º edição. David Pereira Neves. Livraria
Atheneu, 2011.
Parasitologia, 4º edição. Luis Rey. Guanabara Koogan, 2013.
6. A - Os diuréticos tiazídicos, assim como os diuréticos de alça,
reduzem a excreção renal do ácido úrico quando usados em
longo prazo. Dois mecanismos são propostos para explicar este
fenômeno: 1) aumento da reabsorção do ácido úrico no túbulo
proximal em consequência da redução do volume circulante
promovida pelo diurético; 2) competição entre o diurético e o
ácido úrico pelos mecanismos secretores de ácidos orgânicos no
túbulo proximal, levando à redução da secreção tubular do ácido
úrico.
REFERÊNCIAS:
KNOLLMAN, BJORN C.– As bases farmacológicas da terapêutica
– Goodman & Gilman. 12ª edição, 2012. Editora: MCGRAW HILL
– ARTMED. 2012 p.
7. C - Como a surdez decorrente de mutações no gene da
conexina 26 mostra um padrão de herança autossômico
recessivo, a chance de cada membro do casal ter herdado a
mutação e ser portador é ½ x ½ x ½ = 1/8 (os bisavós de
ambos, ou seja, II-2 e II-3, são portadores obrigatórios). Para que
o futuro filho do casal seja afetado, ambos devem ser portadores
e transmitir a mutação: 1/8 x 1/8 x ¼ = 1/256.
REFERÊNCIAS:
Nussbaum RL, McInnes RR, Willard HF – Thompson & Thompson
- 2016 – Genética Médica, 8a. Ed., Guanabara Koogan, Rio de
Janeiro, RJ, (Estudo de casos clínicos ilustrando os princípios
genéticos – caso 13).
Brunoni D, Perez ABA. Genética Médica – Guias de Medicina
Ambulatorial e Hospitalar da EPM – UNIFESP – 2013 - Editora
Manole, SP (capítulo 17).
Teste de Progresso – setembro/2017
8. D - O fenoterol possui apenas ação broncodilatadora, não
11. B - Na osteogênese imperfeita, os ossos extremamente
interferindo no processo inflamatório que é a base fisiopatológica
desta doença. Desta forma, não haverá um controle bem
sucedido da asma, mas apenas uma broncodilatação, permitindo
a evolução da doença que envolve um processo inflamatório. A
associação salmeterol e fluticasona é mais efetiva, pois além do
alívio sintomático promovido pela ação broncodilatadora do
salmeterol (agonista beta 2 adrenérgico de ação prolongada)
soma-se a ação anti-inflamatória do corticoide fluticasona. As
demais alternativas trazem mecanismos equivocados de ação dos
fármacos fenoterol, salmeterol e fluticasona. Fenoterol é um
agonista de receptores beta 2, porém de ação mais curta,
salmeterol é um agonista de receptores beta 2 de ação
prolongada e fluticasona é um corticóide com ação antiinflamatória.
frágeis; muitas crianças nascem com fraturas e sem a proteína
necessária (colágeno Tipo 1) ou sem a capacidade de a sintetizar;
tornando os ossos anormalmente quebradiços. A esclera ocular
azulada é característica. A Síndrome de Ehlers-Danlos é um
grupo de doenças hereditárias do tecido conjuntivo, causada por
um defeito na síntese de colágeno (tipo I, III ou V), e torna as
estruturas mais elásticas O escorbuto é caracterizado pela
carência grave de vitamina C, que é um co-fator da enzima prolilhidrolixase, que faz a hidroxilação da prolina nas cadeias alfa de
colágeno. Essa hidroxilação aumenta o número de ligações de
hidrogênio na molécula dando maior rigidez ao colágeno.
REFERÊNCIAS:
KNOLLMAN, BJORN C.– As bases farmacológicas da terapêutica
– Goodman & Gilman. 12ª edição, 2012. Editora: MCGRAW HILL
– ARTMED. 2012 p.
REFERÊNCIAS:
JUNQUEIRA, L. C. U. CARNEIRO, J. Histologia Básica: texto e
atlas. 12. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013.
KIERSZENBAUM, A. L; TRES, L. L. Histologia e Biologia Celular:
uma introdução à patologia. 4. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016.
12. D - A imagem da lâmina mostra a organização de trombos
9. B - Os leucotrienos são produzidos por leucócitos e
macrófagos e são muito mais potentes do que a histamina em
aumentar a permeabilidade vascular. O óxido nítrico é um gás
solúvel produzido a partir da ação da enzima óxido nítrico
sintetase, que tem papel microbicida; não está claro se possui
papel relevante nas reações vasculares da inflamação aguda. Os
quimioatraentes de leucócitos para o local da lesão (citocinas - IL8), componentes do sistema complemento (particularmente C5a)
e metabólitos liberados por tecidos (principalmente o leucotrieno
B4) se ligam a receptores específicos na superfície dos leucócitos
e promovem a locomoção seguindo um gradiente químico. Vários
mecanismos são responsáveis pelo aumento da permeabilidade
da microvasculatura. Na queimadura térmica resulta da contração
endotelial quimicamente mediada e do dano endotelial direto e
por ação de leucócitos.
REFERÊNCIAS:
KUMAR, V. et al. (Ed.). Robbins e Cotran patologia: bases
patológicas da doença. 8.ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010. 1458
p., il. ISBN 9788535234596.
KUMAR, V. Robbins patologia básica. 9.ed. Rio de Janeiro:
Elsevier, 2013. 910 p., il. ISBN 978853562940.
BOGLIOLO, L. Bogliolo patologia. 8.ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2012. 1501p., il. ISBN 9788527717625.
10. C - Espinha Bífida Oculta é um DTN resultante da falha da
fusão das metades de um ou mais arcos vertebrais no plano
mediano. Esse DTN ocorre nas vértebras L5 ou S1, em
aproximadamente 10% das pessoas normais. Na forma mais
branda, a única evidência de sua presença pode ser uma
pequena ondulação com um tufo de pelos. Um lipoma no seio
dérmico ou outra marca de nascimento também pode ocorrer.
Poucas crianças afetadas apresentam defeitos funcionalmente
significativos da medula espinhal e das raízes dorsais
subjacentes.
REFERÊNCIAS:
MOORE, K.L.; PERSAUD, T.V.N.; TORCHIA, M.G. Embriologia
Clínica, 10ª ed., Elsevier, Rio de Janeiro, 2016.
Teste de Progresso – setembro/2017
antigos que ocorre pela proliferação de células endoteliais, células
musculares lisas e fibroblastos sobre e para dentro do trombo. A
recanalização se dá pela formação de pequenos capilares que
tentam restabelecer, embora não completamente, a continuidade
da luz original do vaso. A recanalização, com o tempo, transforma
o trombo em uma massa de tecido conjuntivo que se incorpora à
parede vascular. Finalmente, com a remodelação e a contração
de elementos mesenquimais, apenas uma massa fibrosa pode
permanecer, marcando o local original do trombo. Nódulo de
Aschoff é uma lesão cardíaca peculiar que ocorre na febre
reumática aguda. É constituído por focos de linfócitos T, às vezes
plasmócitos e macrófagos grandes ativados (células de
Anitschkow) com cromatina condensada em fita ondulada central
e delgada. Aparece em qualquer uma das camadas do coração,
causando pericardite, miocardite, endocardite ou pancardite (nas
três ao mesmo tempo). Nesta lâmina não há imagens de necrose.
Degeneração mixomatosa é o espessamento acentuado da
camada esponjosa da valva, com deposição de material mucóide,
que ocorre nos casos de Prolapso da Valva Mitral. Ocorre
também um enfraquecimento da camada fibrosa, onde o colágeno
aparece frouxo e desorganizado e a elastina da camada atrial
está desorganizada.
REFERÊNCIAS:
KUMAR, V. et al. (Ed.). Robbins e Cotran patologia: bases
patológicas da doença. 8.ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010. 1458
p., il. ISBN 9788535234596.
KUMAR, V. Robbins patologia básica. 9. ed. Rio de Janeiro:
Elsevier, 2013. 910 p., il. ISBN 978853562940.
BOGLIOLO, L. Bogliolo patologia. 8. ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2012. 1501p., il. ISBN 9788527717625.
13. A - O paciente provavelmente apresenta doença do refluxo
gastro-esofágico (DRGE), com refluxo do conteúdo gástrico para
o esôfago principalmente quando a pressão intragástrica aumenta
após as refeições ou em decorrência da obesidade. O uso de
inibidor da bomba de prótons pode auxiliar na melhora da
sensação de queimação por diminuir o pH gástrico.
REFERÊNCIAS:
Guyton & Hall - Tratado de Fisiologia Médica -12º edição - Rio de
Janeiro: Elsevier -2011.
Curi & Procópio- Fisiologia Básica -Rio de Janeiro - Guanabara
Koogan, 2009.
3
14. C - Trata-se de um caso de acidose respiratória parcialmente
18. A - Paciente com IAM tem risco de desenvolver trombos por
compensada. Deve ter sido causada por insuficiência por
fraqueza da musculatura envolvida na respiração. Isso se
evidencia pela pCO2 aumentada e o pH abaixo do normal. O
excesso de base positivo é uma indicação do mecanismo renal de
compensação (retenção de base).
hipocinesia ventricular. Esse trombo pode enviar êmbolos para a
circulação periférica se estiver nas câmaras cardíacas esquerdas.
A ausência de pulsos nas artérias poplítea e dorsal do pé
sugerem oclusão arterial. Como há pulso inguinal, o êmbolo deve
ter se alojado na artéria femoral (distal à região inguinal e
proximal à artéria poplítea).
REFERÊNCIAS:
Devlin, T. M. Textbook of biochemistry: with clinical correlations.
7th Edition, 2008.
15. B - Infartos na artéria cerebral média direita produzem
dispraxia esquerda, perda sensorial à esquerda e negligência.
Infartos na artéria vertebrobasilar produzem ataxia, paralisias de
nervos cranianos oculares, disartira e disfagia. Infartos na artéria
cerebral posterior produzem dificuldades visuais como
hemianopsias, confusão mental, dificuldade na leitura e memória,
sem queixas motoras. Infartos na artéria cerebral média esquerda
produzem dispraxia direita, perda sensorial à direita e dificuldades
de linguagem (afasia de Broca ou de Wernicke).
REFERÊNCIAS:
Rubin, M.; Safdieh, J.E. Netter Neuranatomia Essencial, Elsevier
Ed Ltda, 2008, 403 p.
Misulis, K. E., Head T. C. Netter Neurologia Essencial, Elsevier Ed
Ltda, 2008, 567 p.
16. A - A diarréia provoca perda de volume de líquido
extracelular, gerando uma redução da pressão arterial. A queda
da pressão arterial ativa a resposta do baroceptor que provoca
aumento imediato da frequência cardíaca quando a paciente esta
em decúbito dorsal. Quando fica na posição ortostática, o sangue
acumula-se nas veias gerando redução do retorno venoso e
reduzindo o débito cardíaco e reduzindo consequentemente a
pressão arterial. Portanto, a redução adicional da pressão arterial
provoca ativação adicional do mecanismo de baroreflexo e
promove aumento adicional da freqüência cardíaca, mas tudo
começa com a diminuição do retorno venoso. O aumento da póscarga, da contratilidade e da venoconstrição é consequência da
diminuição do retorno venoso e não a causa.
REFERÊNCIAS:
Guyton, A.C.; Hall, J.H. Tratado de Fisiologia Médica. 12ºed.
Editora Elsevier, 2011.
17. D - A ressonância magnética é um exame baseado em
campo magnético, sendo isenta de radiação ionizante. Há três
sequências básicas, T1, T2 e FLAIR. As lesões que aparecem
“brancas” nas imagens de RM são denominadas lesões
hiperintensas (referente à hiperintensidade de sinal de RM). As
que aparecem “pretas” são ditas hipointensas. As nem tão
“brancas” nem tão “pretas” são descritas como lesões de sinal
isointensas. A ponderação T2 é altamente sensível na detecção
desse aumento do teor de líquido, enquanto a sensibilidade de T1
é baixa, sendo esta utilizada principalmente para uma avaliação
anatômica. Merece destaque, ainda, a seqüência FLAIR. Trata-se
de uma seqüência Inversion Recovery (IR) normalmente realizada
com ponderação T2, apresentando grande sensibilidade (no caso
apresentado, a hiperintensidade do FLAIR é na substância
branca). O padrão de captação de contraste paramagnético não
tem relação com o grau de calcificação das lesões.
REFERÊNCIAS:
Braga FT. Métodos de imagem em neuroradiologia diagnóstica.
Curso Medicina Atual em Neuroimagem. 2011.
Osborn AG et al. Diagnosticimaging. Brain. AMIRSYS, 2004.
4
REFERÊNCIAS:
Martini FH, Timmons MJ, Tallitsch RB. Anatomia humana. 6ª ed.,
Artmed, Porto Alegre, 2009.
Van de Graaff KM. Anatomia Humana. 6ª ed., Manole, Barueri,
2003.
19. C - Esse conteúdo é importante, pois há constante
surgimento de novas variantes de vírus de RNA, que são os mais
abundantes vírus patogênicos, e isso se deve principalmente às
RNA-polimerases virais não terem habilidade para corrigir
mutações pontuais que se acumulam a cada cópia de genoma
que é feita. A alternativa A é errada, pois embora recombinação
possa ocorrer para alguns vírus segmentados, esta não é causa
da deriva gênica pontual e contínua, mas sim de “shifts” drásticos
que originam variantes inteiramente novas de vírus de genomas
segmentados, como influenza. A B é absurda, pois a pressão
imune não ‘induz’ variação de genoma, e sim seleciona mutantes
de escape; e D também é absurda, pois o reconhecimento por
‘toll’ não gera variações gênicas.
REFERÊNCIAS:
Brooks GF et al. Jawetz’ Medical Microbiology (25th Ed). McGraw
Hill, 2010
20. D - A barreira de filtração glomerular é formada pelo
endotélio dos capilares sanguíneos, membrana basal glomerular
e folheto visceral da cápsula de Bowman. O corpúsculo renal
(cápsula de Bowman e glomérulo) está localizado no córtex do
rim. Os capilares sanguíneos não possuem mesotélio, pois este
reveste a cavidade peritoneal. O folheto parietal da cápsula de
Bowman não está em contato com os capilares sanguíneos do
glomérulo. Idem para mesótelio e folheto parietal. A localização
anatômica do corpúsculo renal é no córtex, e não na medula.
Barreira de filtração está descrita corretamente, mas a localização
anatômica não.
REFERÊNCIAS:
KIERSZENBAUM, A.L.; TRES, L. Histologia e Biologia Celular:
uma introdução à patologia, 4ª edição, Rio de Janeiro, RJ:
Elsevier, 2016.
21. B - A descrição da queixa e exame físico sugerem edema
agudo de pulmão em um paciente com insuficiência cardíaca
perfil B (quente e úmido). Quando paciente chega em edema
agudo de pulmão com PA elevada, deve-se iniciar com
vasodilatador arterial e venoso (tridil ou niprid), que reduz a
pressão arterial e a pós carga na crise aguda. Após o controle da
PA e certa melhora do paciente, é introduzido iECA por via oral
para desmame e retirada do vasodilatador endovenoso. O beta
bloqueador deve ser mantido em paciente com ICF perfil B só
quando há uso regular. Inotrópicos (dobutamina) são usados mais
na IC perfil C.
REFERÊNCIA: Suporte Avançado de Vida em Insuficiência
Cardíaca: SAVIC. Ed. Canesin MF, Oliveira Jr MT, PereiraBarretto AC. 3a edição, São Paulo: Editora Manole Ltda, 2014, pp
09-14 e 37-44.
Teste de Progresso – setembro/2017
22. D - Dor epigástrica em paciente com fatores de risco para
27. B - A história de lesão de rápido crescimento aliada a figura
doença arterial coronária (hipertensão e tabagismo), com ECG
mostrando supra desnivelamento do segmento ST na parede
inferior (D2, D3, aVF) geralmente significa oclusão da artéria
coronária direita. Como ela também irriga a parede do ventrículo
direito, aparecem no ECG as alterações das derivações a direita
precordiais e no exame físico aparecem os sinais de
comprometimento do VD como a estase jugular e a hipotensão.
de uma lesão pigmentada com todos os critérios ABCDE
(assimétrica, bordas irregulares, coloração variável, diâmetro
maior que 6 mm e evolução/crescimento rápido) sugere
melanoma. A conduta de biópsia excisional é a apropriada para o
caso, pois a retirada de toda lesão garante a maior probabilidade
do diagnóstico de certeza por meio do exame histopatológico. A
biópsia incisional, ou seja, retirada apenas de uma parte da lesão
deve ser realizada apenas para lesões onde as dimensões
impossibilite a retirada total. Embora a dermatoscopia aumente a
acurácia diagnóstica, o diagnóstico de certeza é firmado por
exame histopatológico.
REFERÊNCIAS:
Diagnóstico e Tratamento do infarto Agudo do Miocárdio com
Supradesnivelamento do Segmento ST. Tratado de Cardiologia
SOCESP 3ª Edição, 2015; pag.579-590.
23. A - A história sugestiva de febre reumática na infância numa
paciente com sopro mitral característico, com folhetos
espessados com abertura diminuída caracterizam a estenose
mitral. Houve piora nas gestações pela sobrecarga de volume e
recentemente evoluiu com hipertensão venocapilar pulmonar e
piora do quadro de congestão e edema, com hipertensão arterial
pulmonar, devido à progressão da estenose.
REFERÊNCIAS: Estenose Mitral. Tratado
SOCESP 3ª Edição, 2015; pag 783-790.
de
Cardiologia
24. C - A presença de hemácias falcizadas no esfregaço do
sangue periférico, associado a anemia hemolítica indica o
diagnóstico de anemia falciforme. A complicação de dor em
membros é característica de crise álgica por vasooclusão.
REFERÊNCIAS:
Castro LG, Messina MC, Loureiro W, Macarenco RS, Duprat Neto
JP, Di Giacomo TH, Bittencourt FV, Bakos RM, Serpa
SS, Stolf HO, Gontijo G. Guidelines of the Brazilian Dermatology
Society
for
diagnosis,
treatment
and
follow
up
of primarycutaneous melanoma--Part I. An Bras Dermatol. 2015
Nov-Dec;90(6):851-61.
28. D – A hemartrose é uma complicação comum e frequente da
hemofilia causada pelo sangramento intra-articular.
REFERÊNCIAS:
Villaça PR, Carneiro JDA, D’Amico EA, Okazaki E. in: Tratado de
Hematologia. Ed. Zago MA, Falcão RP, Pasquini R. ed. Atheneu,
São Paulo, 2014. Pp. 627-635.
29. C - Diabetes do tipo LADA é caracterizado por destruição
REFERÊNCIAS: Tratado de Hematologia. Zago, Marco Antonio Falcão, Roberto Passetto - Pasquini, Ricardo. 2013.
25. A - A hipertensão é uma causa frequente de Doença Renal
Crônica (DRC), pois afeta diretamente o capilar glomerular. A
proteinúria revela o grau de lesão renal e prevê uma aceleração
na progressão da DRC. Portanto a velocidade de declínio da FG
depende dos dois fatores.
REFERÊNCIAS:
Bastos MG, Bregman R, Kirsztajn GM. Chronic kidney
diseases: common and harmful, but also preventable and
treatable. Rev Assoc Med Bras. 2010;56(2):248-53.
Mendes RS, Bregman R . Avaliação e metas do tratamento da
proteinúria. Rev Bras Hipertensão Arterial, vol.17(3):174-177,
2010.
auto-imune das células beta que ocorre lentamente em adultos.
Paciente jovem, magra, com mau controle glicêmico com
hipoglicemiantes orais e história de hipotireoidismo (doença autoimune) são fortes indícios de LADA. Não é necessário dosar
anticorpos para iniciar a insulinização.
REFERÊNCIAS:
Greenspan – Endocrinologia Básica e Clínica, 9a ed, 2013.
Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes 2015-2016.
30. B - O hipotireoidismo resultante do uso de iodo radioativo
pode piorar a oftalmopatia, sendo indicado iniciar terapia de
reposição.
REFERÊNCIAS:
Vilar, L. Endocrinologia Clínica 6ed. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2016
26. B - Quadro clínico compatível com erisipela bolhosa. O
tratamento deve ser com antibioticoterapia endovenosa em
regime de internação, uma vez que paciente diabético insulinodependente e com obesidade apresenta fatores de risco para
complicações locais e sistêmicas (septicemia). Além disso, a
extensão da erisipela evidencia uma gravidade local.
REFERÊNCIAS:
Krasagakis K, Samonis G, Valachis A, Maniatakis P, Evangelou
G, Tosca A. Local complications of erysipelas: a study of
associated risk factors. Clin Exp Dermatol. 2011 Jun; 36(4):351-4.
Oh CC. Cellulitis and erysipelas: prevention. BMJ Clin Evid. 2015
Nov 18;2015. pii: 1708
Teste de Progresso – setembro/2017
31. A - Com os dados apresentados, é possível fechar critério
clínico para provável gota, mesmo com valor normal do ácido
úrico e sem avaliação do líquido sinovial.
REFERÊNCIAS:
American college of rheumatology/ european league against
rheumatism (acr/eular 2015).
Ministério da Saúde. Protocolos de encaminhamento da atenção
básica para a atenção especializada- volume iii, 2016
5
32. D - A semiologia do pneumotórax, bem demonstrado no
38. C - O quadro é típico de esquizofrenia. Não se trata de
exame radiológico e bastante comum em pacientes fumantes
crônicos pela ruptura de bolhas, é caracterizada por redução do
murmúrio vesicular e do frêmito tóraco-vocal, diminuição local da
expansibilidade torácica com aumento do volume do hemitórax
direito com timpanismo à percussão.
transtorno psicótico agudo e transitório, pois este é caracterizado
pela ocorrência aguda de sintomas psicóticos tais como ideias
delirantes, alucinações e por uma desorganização do
comportamento normal, cuja duração dos sintomas é de poucas
semanas. No transtorno delirante também há a ocorrência de uma
ideia delirante única ou de um conjunto de ideias delirantes de
mesma linha, em geral persistentes e que por vezes permanecem
durante o resto da vida. O conteúdo da ideia delirante é muito
variável. Entretanto, a presença de alucinações auditivas (vozes)
manifestas e persistentes, ideias delirantes de influência (as
ondas da TV e computador modificam meus pensamentos e
ações) e um embotamento dos afetos, reforçam o diagnóstico de
esquizofrenia. No transtorno esquizoafetivo, um episódio de
humor e sintomas da fase ativa da esquizofrenia ocorrem
concomitantemente, tendo sido antecedidos ou seguidos de pelo
menos duas semanas de delírios ou alucinações sem sintomas
proeminentes de humor.
REFERÊNCIAS:
ANDRADE
FILHO,
LO.
Pneumotorax.
pneumol. vol.32 suppl.4 São Paulo Aug. 2006
Rev.
bras.
33. A - A questão trata de asma não controlada, sendo
necessário realizar step up com associação de medicamentos, no
caso formoterol.
REFERÊNCIAS:
Global Strategy for Asthma Management and Prevention, Global
Initiative
for
Asthma
(GINA)2017.
Available
from:
http://www.ginasthma.org/
34. B - A principal causa de lesões múltiplas no SNC em
pacientes HIV com imunodeficiência grave é a toxoplasmose. As
outras causas apresentam padrões diferentes de sintomas e
achados tomográficos.
REFERÊNCIAS:
Mofenson, LM et al. Guidelines for the prevention and treatment of
opportunistic infections in HIV-infected Adults and adolescents.
MMWR Recomm Rep. 2009, Set 4, 58 (RR-11):1.
35. D - Paciente com histórico de consumo de álcool e infecção
pelo HCV, com fibrose avançada (F3) há anos e manifestações
clínicas compatíveis com cirrose (ascite, varizes de esôfago) que
apresenta lesão nodular hepática maior que 2 cm, tem elevada
probabilidade hepatocarcinoma, permitindo que o diagnóstico
possa ser realizado por métodos não invasivos como a tomografia
computadorizada multifásica. A biópsia e o exame histológico
serão realizados se as imagens não forem conclusivas.
REFERÊNCIAS:
Heimbach J et al. AASLD guidelines for the treatment of
hepatocellular carcinoma. Hepatology. 2017 Jan 28. doi:
10.1002/hep.29086.
Llovet JM et al. EASL-EORTC clinical practice guidelines:
management of hepatocellular carcinoma. J Hepatol. 2012
Apr;56(4):908-4
REFERÊNCIAS:
SADOCK BJ, SADOCK VA, RUIZ P. Compêndio de Psiquiatria:
Ciência do Comportamento e Psiquiatria Clínica. Editora Artmed
(11ª edição), 1490 pp, 2017.
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE – OMS. Classificação de
Transtornos Mentais e de Comportamento da CID-10. Porto
Alegre: Artes Médicas, 1993.
39. A - Paciente jovem com presença de icterícia isolada em
períodos de estresse fisiológico sugere Síndrome de Gilbert,
caracterizada por aumento de bilirrubina indireta, não conjugada
ou lipossolúvel, sem outras alterações laboratoriais ou de
imagem. Já pacientes com mais de 55 anos que apresentam
icterícia recente com colúria, hipocolia fecal, dor em hipocôndrio
direito/epigástrio e prurido, tem quadro de icterícia colestática
extra-hepática, provavelmente de origem tumoral em confluente
biliopancreático, com elevação da bilirrubina direta, conjugada ou
hidrossolúvel, com aumento do diâmetro das vias biliares extrahepáticas.
REFERÊNCIAS:
SHERLOCK S & DOOLEY D. Diseases of the liver and biliary
system. 11th ed., Blackwell Science, Oxford, 2002. p. 205-218:
Jaundice
36. B - A paciente apresenta episódios de perda de consciência
com eventual generalização secundária. A queixa de mal-estar
seguido de automatismos manuais e oromandibulares são
altamente sugestivos de epilepsia de lobo temporal
REFERÊNCIAS:
Epilepsy in elderly people. BMJ 2005; 331:1317–22
37. D - Apesar do antecedente de enxaqueca, os atuais sintomas
da paciente são típicos de hemorragia subaranoidea (HSA).
Nesse contexto, a dor à mobilização cervical deve ser entendida
como rigidez de nuca, um sinal meníngeo característico da HSA.
REFERÊNCIAS:
Classificação Internacional de Cefaleias. 3a edição. 2014
6
Teste de Progresso – setembro/2017
40. A - O critério mais utilizado para avaliação de Fragilidade é o
44. A - Nos casos de violência no qual existem lesões graves ou
fenótipo de Fragilidade de Fried. O critério foi validado no
Cardiovascular Health Study (CHS) e considera o paciente frágil
pois apresenta três dos itens abaixo. Seria pré-frágil se
apresentasse um ou dois ou não frágil se não apresentasse
nenhum.
Perda de peso não intencional (≥ 4,5kg ou ≥ 5% do peso corporal
no ano anterior).
Exaustão avaliada por auto-relato de fadiga, indicado por duas
questões da Center for Epidemiological Studies – Depression
(CES-D)
Fraqueza (força de preensão diminuída mensurada pela força de
preensão palmar obtida em quilograma-força (Kgf com
dinamômetro na mão dominante e ajustada ao sexo e ao índice
de massa corporal – IMC).
Lentidão medida pelo tempo de marcha indicada em segundos (s)
após percorrer a distância de 4,6 metros (m), ajustada segundo
sexo e altura.
Baixo nível de atividade física medido pelo dispêndio semanal
(Kcals na última semana: homem <383 Kcal e mulher <270 kcal),
segundo questionário de Minnesota Leisure Time Activities
Questionnaire.
risco de revitimização a criança deve ser internada para que
permaneça sob a proteção da instituição hospitalar e deve-se
notificar a Vara da Infância e Juventude e o Conselho Tutelar.
REFERÊNCIAS: Fried, L.P., Tangen, C.M., Walston, J., Newman,
A.B., Hirsch, C., Gottdiener, J., Seeman, T., Tracy, R., Kop, W.J.,
Burke, G., et al. (2001). Frailty in older adults: evidence for a
phenotype. J. Gerontol. A. Biol. Sci. Med. Sci. 56, M146-156.
REFERÊNCIAS:
Pfeiffer L, Hirschheimer MR.Tratado de Pediatria: Sociedade
Brasileira de Pediatria. Volume 1, Seção 3, Capítulo 3.9. PP 197204. 3 Edição, Ed Manole, 2014.
45. C - A presença de disfonia e estridor localiza o processo
infeccioso de vias aéreas superiores em laringe. O início e
progressão insidioso, com evolução para sinais de insuficiência
respiratória aguda, em uma criança que permanece em bom
estado geral e com febre baixa, não toxemiada, é característico
de laringite aguda - crupe. A etiologia desses processos é viral e o
tratamento além das medidas de suporte e fisioterapia respiratória
inclui inalação com vasoconstritor e corticoterapia.
REFERÊNCIAS:
Pediatria – Diagnóstico e Tratamento. Morais,MB ; Campos,SO;
Hilario,MOE. FAP/UNIFESP Editora Manole, 2013. 1839p.
46. A - Diagnóstico é DRGE e não refluxo fisiológico devido à
perda de peso. Exames descartam infecção urinária e alterações
renais. Há possibilidade de DRGE secundário à Alergia à proteína
do leite de vaca e não intolerância.
41. C - Há uma relação muito marcada entre a incidência de
cardiopatia e a síndrome de Down, sendo justificada a sua
investigação mesmo sem ausculta alterada. A cardiopatia mais
comum é o defeito do septo atrioventricular total (DSAV) seguida
da comunicação do septo atrioventricular (CIV).
REFERÊNCIAS:
Cardiologia e cirurgia cardiovascular pediátrica
Alexandre Crotti – Ed Rocca, 2008.
– Ulisses
42. B - A hiponatremia é a causa mais frequente de convulsão
durante a rehidratação de pacientes com doença diarreica aguda
e pode ser consequência do uso de soro de rehidratação
hipotônico. A intensidade e gravidade dos sintomas neurológios
observados, decorrentes da hiponatremia, guarda relação com a
rapidez que ocorre a queda do Na sérico.
REFERÊNCIAS:
Pediatria – Diagnóstico e Tratamento. Morais,MB ; Campos,SO;
Hilario,MOE. FAP/UNIFESP Editora Manole, 2013. 1839p.
REFERÊNCIAS:
J Pediatr Gastroenterol Nutr, Vol. 49, No. 4, October 2009.
Pediatric Gastroesophageal Reflux Clinical Practice Guidelines:
Joint Recommendations of the North American Society of
Pediatric Gastroenterology, Hepatology, and Nutrition and the
European Society of Pediatric Gastroenterology, Hepatology, and
Nutrition
47. D - Infecções na região balanoprepucial são comuns nesta
faixa etária, devido ao acolamento do prepúcio, manipulação e
falta de higiene adequada. O tratamento deve ser tópico, com
limpeza da secreção e antibioticoterapia tópica com a neomicina.
REFERÊNCIAS:
Current Diagnóstico e Tratamento. Editora McGraw Hill, 22ª
edição, 2016.
43. D - A síndrome nefrótica caracteriza-se por edema,
proteinúria, hipoalbuminemia e dislipidemia. O edema inicialmente
é observado nas pálpebras e com o decorrer dos dias pode
generalizar. O tratamento inicial padronizado para crianças com
síndrome nefrótica consiste de corticóide.
REFERÊNCIAS:
Zagury A, Mariz LA, Tavares MS. Nefrologia Pediatrica: Manual
Prático. Capítulo 10, PP 138-151. Livraria Balieiro, 2015.
Teste de Progresso – setembro/2017
7
48. B - Glaucoma é caracterizado por uma neuropatia óptica
50. B - O período crítico de desenvolvimento da linguagem são
progressiva frequentemente associada à elevação da pressão
intraocular. Caracteristicamente a perda de visão inicia-se pela
periferia e progride até a perda da visão central. O glaucoma em
crianças, assim como em adultos, é uma doença tratável e a
perda visual poder ser prevenida se esta condição for
prontamente reconhecida e as intervenções necessárias
instituídas precocemente. A incidência do glaucoma congênito
primário é estimada em 0.01%, sendo bilateral em 65 a 85% dos
casos e ocorrendo mais frequentemente no sexo masculino.
Os sinais e sintomas clínicos do glaucoma na criança são
diferentes daqueles vistos no adulto. O diagnóstico do glaucoma
congênito nem sempre é fácil. Várias outras condições ocultas
podem estar presentes com os mesmos sinais e sintomas de
glaucoma. Em qualquer criança suspeita de apresentar glaucoma
devemos realizar anamnese e exame ocular completos. Algumas
observações clínicas podem ajudar o pediatra no diagnóstico
diferencial. Problemas oculares comuns em recém-nascidos como
lacrimejamento e secreção ocular, frequentemente associados à
obstrução do ducto nasolacrimal, podem ser diferenciados de
sinais do glaucoma congênito com a instilação de colírio de
Fluoresceína. Olhos glaucomatosos em cinco a dez minutos não
apresentarão vestígios do colírio, o que não ocorre quando temos
obstrução do ducto nasolacrimal. Na presença de fotofobia
associada à lacrimejamento pode-se aventar a possibilidade de
abrasão corneana, particularmente se for de início agudo ou
houver história de trauma. A observação de abrasão do epitélio
corneano com uma lanterna com filtro azul cobalto após
instilarmos colírio de Fluoresceína permitirá o diagnóstico
diferencial. Secreção conjuntival nas primeiras semanas de vida
pode ser resultado de conjuntivite infecciosa ou química (nitrato
de prata). Turvação corneana nem sempre significa glaucoma.
Doenças metabólicas, infecções, distrofias corneanas, trauma no
parto podem causar turvação corneana. Inflamações corneanas e
do trato uveal além de distrofia de cones podem causar fotofobia
e blefaroespasmo.
os primeiros 12 meses, culminando com o segundo ano de vida.
Esse foi justamente o período em que ocorreram as otites da
criança em questão. É importante para caracterizá-la como
recorrente que os episódios tenham ocorrido separadamente,
sejam bem documentados e sua frequência seja de 3 ou mais
episódios em 6 meses ou 4 ou mais num período de 12 meses.
As otites médias, serosa e recorrente, costumam provocar uma
perda auditiva leve a moderada, na qual as vogais são ouvidas
claramente, porém, algumas consoantes nem sempre. A criança
com otites médias recorrentes apresenta flutuação na audição,
decorrente da presença de líquido no ouvido médio, dificultando a
transmissão do som e, consequentemente, seu aprendizado na
escola.
REFERÊNCIAS:
Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). Programa Nacional de
Educação Continuada em Pediatria (PRONAP). Problemas
Oftalmológicos mais Frequentes em Pediatria. Edição 2 Extra 2.
http://intranet.sbp.com.br/show_item2.cfm?id_categoria=24&id_de
talhe=974&tipo_detalhes
REFERÊNCIAS:
Pereira,MBR & Ramos, BD. Otite média aguda e secretora.
J.Pediatr,74 (supl.1): S21-S30, 1998.
Saffer,M & Miura, MS. Otites- Otite média aguda. In: Lopez,FA &
Campos Jr,D.Tratado de Pediatria (SBP), 2ª. ed, Barueri/SP,Ed.
Manole, 2007.p 1731-38.
51. B - Trata-se de quadro compatível com hipotireoidismo
adquirido, cuja principal causa na infância é a tireoidite de
Hashimoto, de etiologia autoimune. Daí a importância de
considerar o antecedente familiar de doença autoimune (no caso,
diabetes mellitus tipo 1) e a lesão hipocrômica em genital (vitiligo),
que também se associa com a tireoidite. O hipotireoidismo
adquirido é, em geral, oligo ou assintomático, mas na infância
sintomas como déficit de crescimento e bócio são os mais
importantes, além de outros inespecíficos como constipação,
desânimo, irregularidade menstrual, queda de cabelo. Como a
menarca tem mais de dois anos, não seria mais esperada a
irregularidade menstrual. O bócio puberal poderia ser uma
hipótese, mas não cursa com alteração laboratorial e tampouco
clínica de desaceleração do crescimento.
REFERÊNCIAS:
Radetti G. Clinical aspects of Hashimoto's thyroiditis. Endocr Dev.
2014; 26:158-70.
52. D - Trata-se de um caso típico de artrite idiopática juvenil
49. A - O acidente ofídico mais comum no Brasil acontece com
cobras do tipo jararaca e é chamado de acidente botrópico.
Caracteriza-se por intenso edema e inflamação locais, que evolui
para manifestações sistêmicas de sangramento e coagulaçãotrombose, podendo desencadear Coagulação Intravascular
Disseminada e choque nos casos severos. O tratamento se faz
com Soro Antibotrópico associado ou não ao anticrotálico, em
doses crescentes de acordo com as manifestações clínicas serem
leves, moderadas ou graves. Deve-se salientar que a gravidade
do acidente ofídico guarda relação com o tipo de cobra, com a
exposição não protegida em ambiente rural e com a relação
veneno inoculado/peso corpóreo (por isso acidentes graves
acontecem com crianças em maior frequência). O diagnóstico é
quase sempre baseado na sintomatologia observada, já que
quase nunca o tipo de cobra é identificado.
sistêmica por apresentar artrite crônica (mais de 6 semanas de
duração), febre alta, exantema que piora durante a febre,
adenomegalia e hepatomegalia. O tempo longo de evolução e o
bom estado geral da criança afastam a hipótese de LLA ou
endocardite bacteriana.
REFERÊNCIAS:
NELSON TEXTBOOK OF PEDIATRICS, (20th Edition). By Robert
M. Kliegman, MD, Bonita M.D. Stanton, MD, Joseph St. Geme,
MD and Nina F Schor, MD, PhD. Imprint: Elsevier, 2016. ISBN-13:
978-1-4557-7566-8
REFERÊNCIAS:
Pediatria – Diagnóstico e Tratamento. Morais,MB ; Campos,SO;
Hilario,MOE. FAP/UNIFESP Editora Manole, 2013. 1839p.
8
Teste de Progresso – setembro/2017
53. C - A criança do enunciado apresenta pancitopenia. Neste
57. C - Trata-se de icterícia precoce (com menos de 24 horas),
caso, o diagnóstico mais provável é leucemia aguda e a coleta do
mielograma é imperiosa. Até 75% das crianças com leucemia
aguda se apresentam com contagens de glóbulos brancos <
20.000 cel/mm3. Na mononucleose há geralmente, leucocitose;
trombocitopenia com raras manifestações hemorrágicas
(petéquias e equimoses) e a contagem plaquetária está acima de
50.000 /mm3. A ausência de alterações nas articulações ao
exame físico praticamente descarta a hipótese de artrite idiopática
juvenil (AIJ). Para o diagnóstico de AIJ é necessário que haja,
pelo menos, seis semanas de artrite. A aplasia da linhagem
eritroide é uma complicação da infecção por parvovírus B19 que
ocorre mais comumente no hospedeiro imunocomprometido,
sendo rara nos indivíduos hígidos.
com provável etiologia a doença hemolítica do recém-nascido por
incompatibilidade ABO (DHRN-ABO). A incompatibilidade
materno-fetal ABO é encontrada em cerca de 20% das gestações,
porém a doença hemolítica ocorre exclusivamente em recémnascidos com tipagem sanguínea A ou B de mães O, pois estas
possuem imunoglobulina G anti-A e anti-B, que atravessam a
placenta. O diagnóstico da doença compreende a evolução clínica
e a investigação laboratorial. O quadro clínico é variável e a
principal manifestação é a icterícia precoce, que aparece nas
primeiras 24 horas. A icterícia apresenta uma evolução errática. O
controle da hiperbilirrubinemia é o maior objetivo no manuseio de
recém-nascidos com DHRN-ABO. A maioria dos casos é
controlada com o uso adequado da fototerapia, cuja indicação
depende do peso ao nascer, da idade gestacional e do nível de
bilirrubina sérica.
REFERÊNCIAS:
NELSON TEXTBOOK OF PEDIATRICS, (20th Edition). By Robert
M. Kliegman, MD, Bonita M.D. Stanton, MD, Joseph St. Geme,
MD and Nina F Schor, MD, PhD. Imprint: Elsevier, 2016. ISBN-13:
978-1-4557-7566-8
54. A - O diagnóstico de certeza da OMA contempla a presença
de efusão em orelha média, abaulamento e presença de sinais
inflamatórios (eritema, otalgia) e em crianças menores que 2 anos
está indicada o tratamento antimicrobiano, cuja droga de escolha
é a amoxicilina (pneumococo é o principal agente). Pode se optar
pela prorrogação do uso em crianças maiores caso apresentem
quadro sem gravidade. O uso de medicamento tópico pode ser
uma opção em caso de otite externa, o que não é o caso. A
realização de timpanostomia para colocação de tubos está
indicado em OM com efusão se presente por > 3 meses.
REFERÊNCIAS:
Nelson Textbook of Pediatrics, 19th Edition – Acute Otitis Media
(AOM) pages 2201-2213
55. A - Trata-se de um caso de neurotuberculose onde o aluno
deve saber as alterações do líquor nesta situação clínica exige o
conhecimento dos achados tomográficos para pensar no
diagnóstico e então fazer o achado laboratorial
REFERÊNCIAS:
Ministério da Saúde . Manual de Tuberculose 2013.
56. D – A percentagem de Hemoglobina A2 está elevada em
decorrência da diminuição da produção de Hemoglobina A
secundária à β Talassemia minor. Não há presença de
hemoglobinas anormais na β Talassemia minor. O aumento de
transferrina sérica é compatível com ferrodeficiência. O RDW é
normal ou discretamente aumentado na β Talassemia minor.
REFERÊNCIAS:
Almeida MFB, Draque CM. Icterícia Neonatal. In: Borges DR et al.
Atualização Terapêutica de Prado, Ramos e Valle: diagnóstico e
tratamento - 2014-15, 25ª Ed. São Paulo: Artes Médicas; 2014. p.
232-6.
58. B - A questão apresenta um caso completo de Doença de
Kawasaki, com todos os sinais e sintomas clínicos clássicos desta
vasculite. O aneurisma coronariano é a complicação mais temida,
ocorrendo em cerca de 15 a 25% dos casos não tratados, e em
torno de 5% nos pacientes tratados adequadamente. Febre
reumática e escarlatina são doenças associadas à infecção
estreptocócica, portanto, não esperadas na faixa etária do
paciente em questão. Apesar da faixa etária compatível, na
Roseóla a febre dura cerca de 3 a 4 dias e o exantema surge
assim que a febre desaparece. Dessa forma, não há
concomitância entre a febre e o exantema.
REFERÊNCIAS:
Tratado de Pediatria – Sociedade Brasileira de Pediatria. Ed.
Manole. 2007
Capítulos: Viroses exantemáticas; págs. 1083 a 1091. Vasculites;
págs. 1955-1965.
59. C - A criança tem atraso de fala com sinais sugestivos de
TEA (Transtorno de Espectro Autista) presentes indicando
investigação e intervenção precoce para melhor prognóstico.
REFERÊNCIAS:
Halpern, R. Manual de Pediatria do Desenvolvimento
Comportamento. 1ªed. Barueri, SP, Manole, 525p
e
REFERÊNCIAS:
Orientações para o diagnóstico e tratamento das Talassemias
Beta. 1ª edição. Ministério da Saúde. Brasília – DF. 2016. ISBN
978-85-334-23589.http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/orientacoes_diagnost
ico_tratamento_talassemias_beta.pdf
Teste de Progresso – setembro/2017
9
60. D - Recomenda-se a vacina contra febre amarela (atenuada)
64. D - A trombose venosa profunda é uma das complicações da
para toda a população a partir dos 9 meses de idade que se
desloca da área sem recomendação de vacina (ASRV-Áreas Sem
Recomendação Vacina) para a área com recomendação da
vacina (Áreas Com Recomendação Vacina). No caso de primeira
vacinação, a administração deve ser realizada no mínimo 10 dias
antes da viagem, para que a pessoa seja considerada protegida.
A mudança para dose única está embasada em literatura atual
sobre a eficácia da vacina de febre amarela. A indicação da
Organização Mundial da Saúde passa a ser a orientação no
Programa Nacional de Imunização a partir de abril de 2017. O
reforço aos 4 anos de idade não é mais indicado e nem o reforço
após 10 anos da última dose, indicado para os adultos.
imobilidade por grande período de tempo. Em viagem aérea é
conhecida como síndrome da classe econômica. O diagnóstico
deve ser feito rapidamente e confirmado por exame de
ultrassonografia Doppler venoso de membros inferiores.
REFERÊNCIAS:
Ministério da Saúde. Nota Informativa nº 94, de
2017/CGPNI/DEVIT/SVS/MST. Orientações e indicação de dose
única da vacina febre amarela. Brasil, 2017.Disponível em:
https://sbim.org.br/images/files/nota-ms-fa-170410.pdf,
15/06/2017.
http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/cidadao/principal/agenci
a-saude/28003-febre-amarela-brasil-adota-dose-unica-da-vacinapor-recomendacao-da-oms.
http://www.brasil.gov.br/saude/2017/04/saiba-como-sera-avacinacao-contra-a-febre-amarela-em-apenas-uma-dose
61. B - Trata-se de quadro típico de abscesso de ferida
operatória, uma das complicações mais comuns em pósoperatórios de apendicectomias. O diagnóstico desta complicação
é clínico, embasado na história e no exame físico. A conduta
inicial deve ser a drenagem deste abscesso, seguida da coleta de
material para cultura e antibiograma que pode direcionar futuras
modificações na antibioticoterapia.
REFERÊNCIAS:
Souza, JCK. Apendicite aguda. In: Cirurgia Pediátrica: Teoria e
Prática. Capitulo 91. Roca – 2008. Pg 496-506.
NUTELS DBA, ANDRADE ACG, ROCHA AC. Perfil das
complicações após apendicectomia em um Hospital de
emergência.Post-appendectomycomplicationprofiling
in
anemergency hospital ABCD ArqBrasCirDig. 2007; 20(3):146-9.
62. C - A conduta para jovem do sexo masculino com
antecedente de exposição a radiação e nódulo tireoideano é
afastar malignidade, a qual é realizada por biópsia por punção
com agulha fina guiada por ultrassom.
REFERÊNCIAS:
Sabiston, 19ª Ed – Cap 38 – esquema pg 899.
63. A - O tratamento cirúrgico da hérnia inguinal na criança está
indicado assim que feito o diagnóstico e desde que a criança
tenha condições clínicas para tal. Mesmo quando há
encarceramento da hérnia deve-se tentar a redução manual
(desejável) e operar eletivamente em melhores condições clínicas
que pode ser ainda durante a mesma internação.
REFERÊNCIAS:
Velhote, MCP. Afecções cirúrgicas da região inguinal: hérnia
inguinal in Cirurgia Pediátrica. Maksoud JG. Volume I. 2ª edição.
Capítulo 60. p 711-716.
REFERÊNCIAS:
Maffei, FHA. et al. Doenças Vasculares Periféricas 5a ed. Editora
Guanabara Cap: Trombose Venosa de Membros Inferiores 1 e 2
e Tromboembolismo Pulmonar.
65. C - Não se faz reposição de albumina parenteral para o
tratamento de desnutrição, também a profilaxia antibiótica não é
feita com antibioticoterapia de largo espectro e a correção e
distúrbios eletrolíticos não afetam a incidência de hérnias
incisionais.
REFERÊNCIAS:
Goffi, FS. Tecnica Cirúrgica, bases anatômicas, fisiopatológica e
técnicas de cirurgia. 4ª Ed, Ed. Atheneu. Cap. 58, pg 462. 2001.
66. A - Nota Pública: Cremesp alerta sobre prescrição de
medicamentos no SUS.
O Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo
(Cremesp) alerta sobre as normas vigentes de prescrição de
medicamentos no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS),
regulamentadas pela Lei 12.401/2011 e pela Resolução Cremesp
nº 278/2015.
A prescrição de medicamentos é um ato médico e deve obedecer
aos critérios éticos que regem a profissão, sempre em busca da
melhor opção de tratamento para o paciente.
No momento da prescrição, o profissional deve estar atento
quanto à presença do medicamento no protocolo do serviço ao
qual está vinculado. Nos casos em que a indicação envolver
medicamento fora do protocolo, o médico deve justificar sua
conduta, por intermédio de relatório à Diretoria Técnica da
instituição para avaliação.
O Cremesp alerta, também, os gestores de saúde no âmbito do
Estado de São Paulo que as orientações administrativas não
podem contrariar a autonomia do médico e os consensos
científicos em relação à prescrição adequada aos pacientes, que
têm direito a medicamentos de última geração que nem sempre
estão disponíveis nas farmácias de alto custo, embora já sejam
reconhecidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(Anvisa).
Eventuais atrasos burocráticos na atualização do rol de
medicamentos do Ministério da Saúde podem colocar em risco a
saúde do paciente e não podem ser usados como justificativa
para tolher o médico do direito da melhor indicação ao paciente
ou para aplicar sanções financeiras às instituições,
suficientemente castigadas pelo subfinanciamento e pela falta de
uma alocação equitativa dos recursos de saúde.
Para que prevaleça o indiscutível direito constitucional à saúde,
sem que ocorram injustiças ou demandas judiciais excessivas, é
necessário que o poder público proceda fiscalizações para
identificar e corrigir as situações consideradas abusivas e, assim,
assegurar o acesso e o uso racional dos medicamentos em
situações de comprovada eficácia, eficiência e efetividade, em
benefício do paciente e da sociedade.
Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo
São Paulo, 20 de junho de 2017
REFERÊNCIAS:
http://www.cremesp.org.br/?siteAcao=NoticiasC&id=4551
Lei 12.401/2011.
Resolução Cremesp nº 278/2015.
10
Teste de Progresso – setembro/2017
67. B - Trata-se de crise de lombalgia aguda, com pseudo
71. C - Colecistite aguda é a segunda complicação mais
irradiação, o que desfavorece a hipótese de compressão
radicular. Não há sinais de urgência (déficit motor ou
comprometimento esfincteriano), portanto, não se justifica a
realização de exames complementares. Por ser uma crise de
início recente, não há indicação de introduzir medicação
neuropática. Os pacientes precisam de repouso relativo, pois a
imobilização pode piorar o quadro álgico. Em se tratando de
paciente jovem o uso de anti-inflamatórios não hormonais pode
ser empregado, reservando opióides para casos refratários.
frequente na Colelitíase. É caracterizada por um quadro de dor
abdominal de forte intensidade, contínua, em hipocôndrio direito,
seguido de náusea, vômito e febre baixa, em geral superior a 6
horas de duração. No exame clínico, os sinais clássicos são o
“plastrão” no hipocôndrio direito e sinal de Murphy positivo. O
diagnóstico é realizado com a ultrassonografia do abdome
superior e o tratamento é a colecistectomia nas primeiras 48-72
horas do início do quadro clínico.
REFERÊNCIAS:
Brazil AV. et al. Diagnóstico e tratamento das lombalgias e
lombociatalgias. Rev Bras Reumatol 2004; 44(6):419-25.
Stump PRNAG, Kobayashi R, Campos AW. Lombociatalgia. Rev
Dor São Paulo 2016; 17(supl 1):S63-6.
68. D - Conforme a Portaria 424 de 2013 do Ministério da Saúde,
redefiniram-se as diretrizes para Cirurgia Bariátrica e esta
paciente preenche os critérios para cirurgia bariátrica: IMC 36,8
Kg/m², diagnóstico de obesidade há 12 anos (superior a 05 anos),
tratamento clínico nos últimos dois anos sem sucesso e presença
de comorbidades (esteatose hepática, DRGE e artropatia de
joelho). Portanto, a paciente deve ser encaminhada ao serviço de
cirurgia bariátrica e avaliada por uma equipe multidisciplinar que
determinará ou não a necessidade de um procedimento cirúrgico.
REFERÊNCIAS:
Biazin, CCC. Colecistopatia Calculosa e Coledocolitíase. In:
Valezi, AC. Noções Básicas da Cirurgia Digestiva. 2015. Pp477501.
72. B - Trata-se de hemorragia digestiva alta associada à
hepatopatia. O importante é checar o hematócrito e realizar
endoscopia que permitirá diagnóstico e provável tratamento. O
ultrassom abdominal poderá avaliar o fígado, mas não poderá
oferecer tratamento em uma situação como essa.
REFERÊNCIAS:
Montes, CG. et al. Hemorragia digestiva. In: Protocolos de
Condutas em Terapia Intensiva / Editores: Desanka Dragosavac&
Sebastião Araújo, Editora Atheneu, São Paulo, 2014.
REFERÊNCIAS:
Portarias GM 424 e 425 / 2013 – Ministério da Saúde – Brasil.
73. D - No diagnóstico de apendicite a história clínica e o exame
69. B - Desidratação aguda é uma complicação pós-operatória
REFERÊNCIAS:
Sabiston. Tratado de Cirurgia; 18 ed. Pag. 1252-1254 – Capítulo
49.
bastante comum. Neste caso, tanto a resposta inflamatória do
processo abdominal, levando à perda de líquido para o
compartimento extravascular, quanto os vômitos apresentados
pelo paciente, explicam esta complicação. Além disso, o paciente
encontra-se em jejum desde a cirurgia, possivelmente com
reposição hídrica endovenosa insuficiente. São sinais clínicos da
desidratação, a sonolência e a hipoatividade, a desidratação das
mucosas, a taquicardia e a urina em pequeno volume e de
aspecto concentrado. Apesar de apresentar taquicardia, o
paciente não apresenta taquipneia, nem hipotensão arterial,
afastando o diagnóstico de choque, tanto hemorrágico, quanto
séptico. Além disso, a criança não apresenta reação peritoneal ao
exame abdominal, afastando o diagnóstico de abdome agudo
perfurativo. Apesar dos vômitos esverdeados e da ausência de
evacuações desde a cirurgia, há a presença de ruídos
hidroaéreos propulsivos e eliminação de flatos, afastando o
diagnóstico de abdome agudo obstrutivo.
REFERÊNCIAS:
Carlotti APCP. Choque em crianças. Medicina (Ribeirão Preto)
2012; 45(2):197-207.
Spadella CT. Pós-operatório. In: Cataneo AJM, Kobayasi S.
Clínica cirúrgica. Faculdade de Medicina de Botucatu – UNESP.
Elsevier 2003. 254-61.
70. D - O toque retal é o exame propedêutico mais importante no
diagnóstico de neoplasia de próstata, cujo sintoma inicial pode ser
a modificação dos hábitos urinários.
físico são característicos. Não há necessidade de exames
complementares; o hemograma pode ser normal.
74. B - nessa situação, há fortes indícios de fratura de base de
crânio. O baixo score na escala de coma de Glasgow demanda
acessar via aérea definitiva. A traqueostomia não é o
procedimento indicado na emergência e sim a cricotireoidostomia.
A entubação nasotraqueal não poderia ser realizada devido a
suspeita de fratura de base de crânio (equimose periorbitaria
bilateral).
REFERÊNCIAS:
Terapia Intensiva. In: Protocolos de Condutas. Editores: Desanka
Dragosavac & Sebastião Araújo, Editora Atheneu, São Paulo,
2014.
75. D - o câncer colorretal é a terceira neoplasia mais prevalente
no mundo. Os sintomas mais comuns são alterações do hábito
gastrointestinal, enterorragia e perda ponderal. O diagnóstico é
realizado com exame de colonoscopia que é a melhor forma de
diagnóstico precoce para o câncer colorretal. É indicada em
todos os pacientes com idade superior a 50 anos.
REFERÊNCIAS:
Mali Jr, J. Câncer Colorretal. In: Valezi, AC. Noções Básicas da
Cirurgia Digestiva. 2015. Pp 395-407.
REFERÊNCIAS:
Palma, CRP. Carcinoma da Próstata. In: Urologia Prática. Roca,
5ª ed. 2007.
Teste de Progresso – setembro/2017
11
76. A - No derrame pleural com empiema há intensa reação
82. A - Quadro típico de Vaginose bacteriana onde há
inflamatória com consumo de glicose, produção de DHL e
infiltrado de neutrófilos (polimorfonucleares) Neste caso o
tratamento indicado é a drenagem torácica. Líquido pleural com
característica de transudato não é indicação para drenagem
torácica.
desaparecimento dos Lactobacilos de Doderlein e colonização
excessiva por flora anaeróbica com crescimento de Gardnerella
vaginalis, Mobiluncos sp, Megaesfera e Atopobium vaginae entre
outros. O excesso de flora anaeróbica produz putrecina e
cadaverina (aminas aromáticas voláteis) que determinam cheiro
desagradável de aminas ou “Peixe Podre”. A falta dos ácidos
vaginais produzidos pelos LB vão determinar um pH vaginal igual
ou acima de 4,5. Os tratamentos propostos são Metronidazol
vaginal ou oral e Clindamicina oral ou vaginal (antibióticos
anaerobicidas).
REFERÊNCIAS:
Catani, AJM & Kobayasi, S. Clínica Cirúrgica. Revinter, 2003.
77. C - o caso acima é de um trauma pélvico-abdominal, com
instabilidade hemodinâmica atendido em um serviço de pronto
atendimento. Nesta situação, o recomendado é realizar o suporte
inicial e encaminhar ao serviço de traumatologia de referência. O
suporte inicial é dado pela colocação do colar cervical, suporte
com oxigênio, reposição volêmica com hipotensão permissiva
com intuito de diminuir o sangramento ativo e solicitar o transporte
médico com Ambulância UTI-Móvel para transferência do
paciente. Lembrar que a calça de compressão pneumática foi
descontinuada pelo risco de síndrome compartimental.
REFERÊNCIAS:
ATLS. 2012.
78. D - lesão com história de um ano, progressiva em paciente
que se expõe cronicamente ao sol e tem pele e olhos claros deve
ser motivo de avaliação que exclua malignidade.
REFERÊNCIAS:
Carreirão, S; Carneiro Jr., LVF. Cirurgia Plástica para a formação
do especialista. Ed. Atheneu – SP, 2012.
79. C - A tomografia computadorizada de abdome sem contraste
é o exame padrão ouro. Sua sensibilidade e especificidade são
superiores aos outros exames.
REFERÊNCIAS:
Patologia do Trato Genital Inferior- Diagnóstico e TRatamento, 2ª
Edição; Editora Rocca; 2014. Autor Nelson Valente Martins.
83. D - a contracepção com progesterona no puerpério imediato
é a melhor escolha devido ao baixo risco de efeitos adversos, ao
contrário dos contraceptivos combinados que aumentam o risco
de fenômenos tromboembólicos. A amenorreia da lactação reduz
o risco de gravidez, mas não tem eficácia suficiente para ser o
método de escolha. Caso a paciente faça a opção pelo DIU, este
deve ser inserido logo após o parto.
REFERÊNCIAS:
World Health Organization. Medical
contraceptive use. 5th edition, 2015.
eligibility
criteria
for
84. C - a avaliação de iminência de eclampsia, deve iniciar pela
avaliação da pressão arterial e reflexos da paciente.
REFERÊNCIAS
Neme, B. Obstetrícia
Sarvier.2005.
Básica.
3ed.
São
Paulo:
Livraria
85. D - a insulinoterapia deverá ser instituída para esta gestante
REFERÊNCIAS:
Cury J, Srougi M, Coelho RF. Urgências Urológicas. In: Manual de
Diagnóstico e Tratamento para o Residente de Cirurgia. Capítulo
44. 2009.
80. A - A lidocaína é o anestésico local de menor toxidade
cardíaca (6%) em comparação com a bupivacaína (70%) e a
ropivacaína (intermediária). Além disso, em doses venosas de 1,0
a 2,0 mg/kg, tem efeito antiarrítmico. A etidocaína não é utilizada
em nosso meio.
REFERÊNCIAS:
Vianna PTG, Módolo NSP. Anestésicos locais. In Braz JRC e
Castiglia YMM. Temas de Anestesiologia para o Curso de
Graduação em Medicina 2ª Ed., UNESP/Artes Médicas, São
Paulo, 2000.
81. B - Nessa idade gestacional, o exame físico é sensível o
suficiente para comprovar o diagnóstico de gravidez. Caso o
diagnóstico seja confirmado, o seguimento pré-natal deve ser
iniciado, o mais precocemente possível, com a solicitação dos
exames de rotina. O teste de farmácia tem elevada sensibilidade
e especificidade.
se apresentar média glicêmica alterada acima do ideal de 120
mg/dL, repercussões fetais como feto grande para a idade
gestacional e aumento do líquido amniótico, que demonstrarão
descompensação do diabetes com o tratamento em uso.
REFERÊNCIAS
Recomendações do tratamento de Diabetes Mellitus na gestação
– ADA – Standards of Medical Care in Diabetes – 2016. S24.
86. A - a questão envolve conhecimento necessário acerca de
seguimento pré-natal de risco habitual. O tratamento
antimicrobiano da bacteriúria assintomática na gravidez é
intervenção de extrema importância, pois evita a progressão para
as formas sintomáticas graves.
REFERÊNCIAS
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde.
Departamento de Atenção Básica. Atenção ao pré-natal de baixo
risco / Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde.
Departamento de Atenção Básica. – Brasília: Editora do Ministério
da Saúde, 2012.
REFERÊNCIAS
1. Zugaib, M. Obstetrícia - 3ª edição - Manole, 2016.
2. Neme, B. Obstetrícia Básica - 3ª edição - Sarvier, 2005.
12
Teste de Progresso – setembro/2017
87. C - a metodologia básica para confirmação de rotura de
91. D - o caso demonstra sofrimento fetal crônico, com
membranas após a suspeita clínica da mesma é a visualização de
um esfregaço do conteúdo cervical em lâmina após alguns
minutos de sua coleta. A cristalização do mesmo confirma a
hipótese diagnóstica. A ultrassonografia fica destinada para
aqueles casos em que a história clínica é característica, com
cristalização negativa. Hemograma e swab são exames
importantes no seguimento da paciente.
comprometimento
parcial do
bem-estar
fetal (hipóxia
compensada), através da centralização hemodinâmica e do
comprometimento do peso fetal. Por se tratar de feto muito
prematuro, a resolução imediata está descartada; a melhor opção
é observar o total comprometimento hemodinâmico através da
alteração do Ducto Venoso. A alteração biofísica da
cardiotocografia é posterior a alteração hemodinâmica e o
comprometimento fetal pode ser irreversível e tardio.
REFERÊNCIAS
Zugaib, M. Obstetrícia - 3ª edição - Manole, 2016.
Neme, B. Obstetrícia Básica - 3ª edição - Sarvier, 2005.
88. C - a paciente apresenta um quadro de aborto habitual,
sendo a insuficiência lútea uma etiologia de elevada
probabilidade, devido à história de perdas gestacionais em idades
gestacionais precoces (inferiores a 12ª semana). Cerclagem seria
indicada para mulheres com história de insuficiência
istmocervical, nifedipina (para inibir contrações) não está indicada
nessa idade gestacional e aspirina seria prescrita para mulheres
com síndrome do anticorpo antifosfolípide confirmada.
REFERÊNCIAS
Zugaib, M. Obstetrícia -3ª edição - Manole, 2016.
Trapani Júnior A, Silveira SK, Ajeje R, Marcolin AC. Aborto
recorrente e progestagênios. Série orientações e recomendações
FEBRASGO, no 6, 2017.
89. B - Hoje se usa sulfato de magnésio para a neuroproteção se
parto iminente em prematuro. A questão envolve conhecimento
acerca de trabalho de parto pré-termo. Devido as complicações
associadas à prematuridade, é fundamental que se conheça as
principais intervenções associadas à melhora dos desfechos
neonatais.
REFERÊNCIAS
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde.
Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Gestação
de alto risco: manual técnico – 5. ed. – Brasília: Editora do
Ministério da Saúde, 2010.
90. B - para uma profilaxia adequada a paciente deve aplicar
repelente nas áreas corporais expostas, durante dia e noite,
repetindo essa ação conforme a duração do efeito do mesmo; ela
deve usar roupas compridas, minimizando áreas expostas; deve
colocar protetores de portas e janelas para impedir entrada do
vetor (mosquito Aedes), deve acabar com possíveis criadouros do
mosquito, deve usar preservativo nas relações sexuais, pois ela
pode adquirir o vírus por via sexual de um parceiro contaminado
(que pode ser assintomático) e deve evitar viajar para áreas
endêmicas. Não há vacina contra o Zika vírus e a dengue não
protege a paciente da doença provocada por este vírus.
REFERÊNCIAS
Center for Disease Control and Prevention. Zika and pregnancy.
https://www.cdc.gov/zika/index.html. World Health Organization.
Zikavirus. http://www.who.int/topics/zika/en/
Teste de Progresso – setembro/2017
REFERÊNCIAS
Barbosa
MM;
Passos
J;
Nardozza
LMM.
Dopplervelocimetriaobstetrica. In: Camano L; Moron AF;
Nardozza LMMM. (Org.). Vitalidade Fetal. 1ed.Barueri: Manole,
2012, v. 1, p. 59-82.
92. A - trata-se de uma paciente com amenorreia primária com
hipogonadismo, ou seja, não tem desenvolvimento de mamas, o
que sugere ausência de atividade estrogênica, portanto, sem
mamas, sem desenvolvimento uterino, sem desenvolvimento
endometrial, sem menstruação. Para saber se este
hipogonadismo é de origem central (falta de comando sobre o
ovário) ou periférica (ovário não funcionante) é necessária a
dosagem de FSH. Uma vez localizado o problema é necessário
investigação etiológica da amenorreia (Cariótipo ou RNM SNC).
Não deve haver suspeita sobre o fator anatômico, pois neste caso
haveria somatória de diagnósticos, já que o defeito anatômico
explicaria a amenorreia, mas não a ausência das mamas.
REFERÊNCIAS
Brito MB & Navarro PAAS. Amenorréia primária. In: Ginecologia
da Infância e Adolescência. Reis RM, Junqueira FRR, Rosa-eSilva ACJS. Editora Artmed- Porto Alegre- RS. 1ª Edição (2012).
93. D - a paciente apresenta quadro sugestivo de endometriose e
deve ser tratada com supressão da menstruação. Como ela é
obesa e hipertensa de difícil controle seria contra indicado o uso
de anticoncepcional combinado. Além disso, a cirurgia
apresentaria mais riscos que benefícios para seu tratamento
(paciente tem comorbidades). O análogo de GnRh pode ser
usado, mas tem tempo limitado (6 meses) e a endometriose deve
ser tratada por longo tempo. O acetato de medroxiprogesterona
(progestageno) seria a melhor conduta.
REFERÊNCIAS
Manual de endometrioses. Febrasgo, 2015
94. C - as evidencias disponíveis na atualidade enfatizam que a
preocupação com o uso de anticoncepcionais em mulheres com
cefaleia está relacionada a enxaqueca devido ao risco para
acidente vascular cerebral. Neste caso, todos métodos hormonais
combinados (oral, anel vaginal, injetável, transdermico) são
contraindicados. Pode ser usado método hormonal só com
progestágeno ou dispositivo intrauterino.
REFERÊNCIAS
World Health Organization. Medical eligibility criteria for
contraceptive use. Reproductive Health and Research,5 th edition:
Geneve: World Health Organization; 2015
http://www.who.int/reproductivehealth/publications/family_planning
/MEC-5/en/
13
95. A - o espermograma avalia o fator masculino e a
99. C - paciente menopausada, com leiomiomas uterinos, com
histerossalpingografia avalia a permeabilidade canalicular do
sistema genital feminino. Ambos os exames excluem
anormalidades básicas no casal, minimizam os gastos e
diminuem o tempo de investigação diagnóstica.
crescimento rápido e com mudança da consistência tumoral
(amolecimento). Diagnóstico é degeneração sarcomatosa.
REFERÊNCIAS
Manual de Reprodução Humana. FEBRASGO, 2015.
REFERÊNCIAS
Casos Clínicos em Ginecologia e Obstetrícia de Eugene C. Toy.
FEBRASGO, 2015.
100. A - teratoma é o tumor ovariano mais freqüente em idade
96. B - a conduta em relação as lesões de baixo grau do colo
uterino devem respeitar o fluxograma estabelecido pelo
INCA/Ministério da Saúde do Brasil em sua versão mais recente
revisada e atualizada em 2016. Recomenda-se conduta
conservadora tendo em vista a baixíssima taxa de progressão
para lesões de alto grau e/ou câncer.
REFERÊNCIAS
Diretrizes Brasileiras para o rastreamento do câncer do colo do
útero – Ministério da Saúde e Instituto Nacional do Câncer José
Alencar Gomes da Silva (INCA) – 2ª edição, 2016.
Primo, WQSP; Valença, JEC. Doenças do Trato Genital Inferior.
1ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016.
97. D - a paciente apresenta queixa clínica de urgência e
incontinência urinária de urgência sem estar associada com
incontinência urinária de esforço o que fecha o diagnóstico clínico
de Síndrome da Bexiga Hiperativa. Ademais, a mesma apresenta
diagnóstico de Síndrome Genitourinária da Menopausa ou atrofia
vulvovaginal. Para o primeiro diagnóstico, não há necessidade de
exame urodinâmico para confirmação. O tratamento é clínico
(comportamental associado a anti-colinérgicos) e fisioterápico.
Não há opção cirúrgica efetiva.
REFERÊNCIAS
Moroni RM; Magnani PS; Rodrigues HL; Barrilari SE; Candidodos-Reis FJ; Brito LG. Tratamento da síndrome da
bexigahiperativaidiopáticarefratária. Femina. 2013;41(3):147-153.
98. C - trata-se de um quadro provável de mastalgia (ou
mastodínia), com piora na segunda fase do ciclo: provavelmente
acíclica, com piora catamenial. Não está indicada nenhuma
propedêutica armada, porém indicação de ecografia é aceitável;
mamografia e ressonância não estão indicadas. Orientação verbal
resolve 85% dos casos: não é indicativo de câncer, paciente é de
risco padrão populacional e familiar; dor pode estar relacionada à
atividade laboral – manicure, com sobrecarga da cintura
escapular e dos músculos peitorais maiores bilateralmente –
mialgia relacionada ao trabalho que pode estar irradiando para os
quadrantes superiores das mamas.
Além da orientação verbal, orientação de exercícios de
alongamento e relaxamento dos ombros e membros superiores
3x/dia (incluindo intervalos no trabalho); orientação de melhor
sustentação mamária. Acupuntura pode ser uma opção
terapêutica. Diminuir consumo de xantinas e controle de peso
podem ser medidas de valia.
Não há indicação de alterar o uso de ACOH. Vitaminas,
oligominerais, suplementos de ácidos graxos não têm valor
superior ao placebo nestes casos. Uso crônico de AINE ou
analgésicos também não está indicado, porém seriam toleráveis
para quadros agudos, por curtos períodos. Tamoxifeno estaria
indicado apenas frente à refratariedade de casos mais graves.
reprodutiva. Realiza-se biopsia de congelação para diagnóstico
anatomopatológico. Não se deve retirar o ovário, pois tem apenas
28 anos e é nuligesta. O fumor é bem delimitado.
REFERÊNCIAS
Casos clínicos em ginecologia e obstetricia de Eugene C. Toy.
FEBRASGO. Ginecologia.
101. B - A letalidade média da febre amarela no período foi de
51,8%, muito elevada. A letalidade mede a severidade de uma
doença e é definida como a proporção de mortes dentre aqueles
doentes por uma causa específica em um certo período de tempo.
Epidemia é a incidência de casos acima do limite máximo
esperado e somente pode ser identificada por meio de diagrama
de controle. Sazonalidade é a variação da taxa de incidência de
acordo com a estação do ano. Epizootia se refere ao encontro de
primatas não-humanos de qualquer espécie encontrado morto ou
doente. A Figura não apresenta casos em primatas não humanos.
REFERÊNCIAS:
Bonita, R. Epidemiologia básica / R. Bonita, R. Beaglehole, T.
Kjellström; [tradução e revisão científica Juraci A. Cesar]. - 2.ed. São Paulo, Santos. 2010 213p. : il
102. C - O rastreamento de sífilis em gestantes é uma das
principais ações para redução do número de casos de sífilis. As
ações de rastreamento são consideradas prevenção secundária
segundo o modelo de prevenção de Leavell & Clark.
REFERÊNCIAS:
Rouquayrol MZ; Goldbaum M; Santana EWP. Epidemiologia,
história natural e prevenção de doenças. (In) Epidemiologia &
Saúde. Organizadores: Maria Zélia Rouquayrol, Marcelo Gurgel.
7ª edição, Rio de Janeiro, MedBook, 2013.
103. A - A equipe de saúde da família elabora PTS em casos de
complexidade que necessitam do envolvimento de vários
profissionais e questões específicas para cada situação são
pensadas pela equipe para obter maior sucesso no cuidado do
paciente. O usuário e familiares devem ser envolvidos desde o
início na discussão do que se planeja para o caso e construir
juntos as metas a curto, médio e longo prazo. Reavaliando
periodicamente o que foi planejado, podendo rever e modificar o
que foi combinado. É uma ferramenta ainda em fase de
implementação na atenção básica.
REFERÊNCIAS:
BRASIL. Ministério da Saúde. Núcleo de Apoio à Saúde da
Família. v.1. Brasília: Ministério da Saúde, 2014. (Cadernos de
Atenção Básica, n. 39). Pg73, 74
REFERÊNCIAS
Kataria K, Dhar A, Srivastava A, Kumar S, Goyal A. A systematic
review of current understanding and management of mastalgia.
Indian J Surg. 2014 Jun;76(3):217-22.
http://www.projetodiretrizes.org.br/projeto_diretrizes/043.pdf
14
Teste de Progresso – setembro/2017
104. B - As alternativas acima são propostas levando em
108. B - A sensibilidade expressa a probabilidade de um teste
consideração que as poucas informações sobre as queixas da
trabalhadora fazem pensar num quadro de Síndrome do Túnel do
Carpo, uma Lesão por Esforço Repetitivo, caracterizada por
compressão do nervo mediano.
ser positivo na presença da doença. A sensibilidade de um
método reflete o quanto este é eficaz em identificar corretamente,
dentre todos os indivíduos avaliados, aqueles que realmente
apresentam a característica de interesse. Assim, no caso do
diabetes mellitus, a sensibilidade mede o quanto o método é
capaz de identificar aqueles que de fato apresentam a doença.
REFERÊNCIAS:
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde.
Departamento de Vigilância em Saúde Ambiental e do
Trabalhador. Dor relacionada ao trabalho: lesões por esforços
repetitivos (Ler) e Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao
Trabalho (Dort). Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2012. 68
p Manuais Técnicos em Saúde do Trabalhador no. 10. Protocolos
de Complexidade Diferenciada.
105. D - Além da aferição de pressão arterial, realizada durante o
acolhimento na UBS (homens e mulheres >18 anos, grau A), são
exames de rastreamento com graus de recomendação A ou B:
dislipidemia (homens >35 anos, grau A), tabagismo (todos os
adultos, grau A), uso inadequado de álcool (todos os adultos, grau
B), obesidade (todos os adultos, grau B) e câncer de cólon e reto
(entre 50 e 75 anos, grau A). O rastreamento de diabetes melito
tipo II é indicado se há pressão arterial sustentada 135 x 90
mmHg (grau B), que não é o caso, e o rastreamento de câncer de
próstata para homens assintomáticos <75 anos tem grau de
recomendação I.
REFERÊNCIAS:
BRASIL. Ministério da Saúde. Rastreamento. Brasília: Ministério
da Saúde, 2010. (Série A. Normas e Manuais Técnicos)
(Cadernos de Atenção Primária n. 29)
REFERÊNCIAS:
Medronho R; Bloch KV; Luiz RR; Werneck
Epidemiologia. 2. ed, São Paulo: Atheneu; 2008.
GL
(eds.).
109. D - Se o teste (sangue oculto) apresentasse especificidade
de 100%, não haveria resultados falsos-positivos; nessa situação,
todos os testes positivos viriam de pessoas doentes. No entanto,
parte dos testes são positivos verdadeiros e parte são falsospositivos. Logo, nessa situação, a probabilidade de existir doença,
dado que o teste foi positivo, é o "valor preditivo de um teste
positivo", ou valor preditivo positivo (VPP). Além de dependerem
da sensibilidade e da especificidade, os valores preditivos
também dependem da ocorrência (prevalência ou incidência ou
probabilidade pré-teste) da doença no grupo de pessoas que está
sendo submetido ao teste diagnóstico. Se o exame foi solicitado
para fazer (ou descartar) o diagnóstico em uma determinada
pessoa, o solicitante deverá - além de considerar a sensibilidade
e a especificidade do teste diagnóstico, ter em mente a
probabilidade pré-teste, já que os valores preditivos dependem
desta, exceto quando o exame for 100% acurado.
REFERÊNCIAS:
Fletcher RH; Fletcher SW; Fletcher GS- Epidemiologia Clínica, 5ª
ed. Artmed – Capítulo 8.
106. C - Uma tabela do tipo 2 x 2 para cálculo do valor preditivo
positivo (VPP) de mamografia com sensibilidade de 90% e
especificidade de 97% em uma população com 1% de prevalência
do câncer de mama revelará VPP = 23,3%, acurácia (resultados
corretos/total de resultados) de 96,9%. Se o VPP é da ordem de
25%, seu complementar é da ordem de 75%. A probabilidade da
paciente ter câncer de mama ante a mamografia positiva é de
23,3%, muito menor do que 76,7% de não ter a doença. A
porcentagem de falsos positivos entre as mulheres que não têm
câncer de mama (o complementar da especificidade) é de apenas
3%. A porcentagem de resultados incorretos (falsos negativos e
falsos positivos – o complementar da acurácia) não é 13% mas
apenas 3,1%.
REFERÊNCIAS :
Epidemiologia Básica. R. Beaglehole, R. Bonita e T. Kjellström.
Capítulo 6: Epidemiologia e Prevenção, p. 95. Santos Livraria
Editora, OMS; São Paulo, 2ª ed., 2001.
107. A - A vacina só pode ser considerada eficaz contra o
sorotipo 4 porque é apenas contra esse sorotipo que o intervalo
de confiança da estimativa de eficácia não cruza o número zero.
Considerando que os intervalos de confiança das estimativas de
eficácia em comparação se cruzam, não podemos afirmar elas
sejam significativamente diferentes.
REFERÊNCIAS:
Arunee Sabchareon et al. Protective efficacy of the recombinant,
live-attenuated, CYD tetravalent dengue vaccine in Thai
schoolchildren: a randomised, controlled phase 2b trial. Lancet
2012; 380: 1559–1567.
Láercio Joel Franco e Afonso D. Costa Passos. Fundamentos da
Epidemiologia. Editora Manole, 2ª edição, 2011.
Teste de Progresso – setembro/2017
110. A - O município em questão apresenta bom padrão de
mortalidade, com 75,7% dos óbitos ocorrendo em idosos, o que
demonstra que várias questões relacionadas à saúde e qualidade
de vido foram resolvidas. Paralelamente enfrenta um desafio, que
é resolver a violência no trânsito, visto que é determinante entre
as mortes por causas externas, atingindo não apenas os jovens,
mas também os idosos, com os atropelamentos. Além disso, é
possível observar importante participação das malformações
congênitas na mortalidade infantil, inclusive no período pósneonatal, o que aponta para a existência de tecnologias que
prolongam a vida de recém-nascidos com tais problemas de
saúde. Frente a este contexto, apesar das principais causas
proporcionais de morte serem as neoplasias, doenças do
aparelho circulatório e doenças do aparelho respiratório, as
causas externas apresentaram o maior coeficiente de mortalidade
específico em idades jovens e o maior número de anos potenciais
de vida perdidos. O APVP é um indicador utilizado para
estabelecimento de prioridades, o que justifica a escolha do
gestor. As responsáveis pela mortalidade pós-neonatal não são
as causas exógenas como ocorreria em locais com baixa
qualidade de vida.
REFERÊNCIAS:
Souza ER, Minayo MCS, Malaquias JV. Violência no trânsito:
expressão da violência social. In: Ministério da Saúde, Secretaria
de Vigilância em Saúde, Departamento de Análise de Situação de
Saúde. Impacto da violência na saúde dos brasileiros. Brasília
(DF): Editora do Ministério da Saúde; 2005. p.279-301. (Série B.
Textos Básicos de Saúde).
ANDRADE, Silvânia Suely Caribé de Araújo; MELLO-JORGE,
Maria Helena Prado de. Mortalidade e anos potenciais de vida
perdidos por acidentes de transporte no Brasil, 2013. Rev. Saúde
Pública, São Paulo , v. 50, 59, 2016 . Available from
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S003489102016000100241&lng=en&nrm=iso>. access on 30 Aug 2017.
Epub
Oct
03,
2016.
http://dx.doi.org/10.1590/S15188787.2016050006465
15
111. B - A taxa de incidência de uma doença reflete o risco de
114. C - Em sentido amplo, a saúde é a resultante das condições
um indivíduo pertencente a uma população de adquirir a doença.
A incidência contabiliza os casos novos no período de estudo
sobre o total da população exposta ao risco de adoecer. Um
programa preventivo tem como objetivo evitar que os indivíduos
adoeçam, de tal forma que os casos novos devem ser evitados o
quanto possível. Se a incidência diminui isso significa que o risco
de adoecer também diminui. Portanto o programa pode ser
avaliado pela diminuição da taxa de incidência.
de alimentação, habitação, educação, renda, meio ambiente,
trabalho, transporte, emprego, lazer, liberdade, acesso e posse da
terra e acesso aos serviços de saúde. Sendo assim, é
principalmente resultado das formas de organização social, de
produção, as quais podem gerar grandes desigualdades nos
níveis de vida. A força de seus postulados procura resgatar a
importância das dimensões econômica, social e política na
produção da saúde e da doença nas coletividades. Contrapondose à concepção biomédica, baseada na primazia do
conhecimento anatomopatológico e na abordagem mecanicista do
corpo, cujo modelo assistencial está centrado no indivíduo, na
doença, no hospital e no médico, o texto defende como princípios
e diretrizes para um novo e único sistema de saúde a
universalidade, a integralidade, a equidade, a descentralização, a
regionalização e a participação social. Alinha-se a uma corrente
de pensamento crítico que tem expressão em diversos autores na
América Latina.
REFERÊNCIAS:
Laprega MR, Dal Fabbro AL. Coeficientes Mais Usados em
Epidemiologia. In: Franco LJ, Passos ADC. Fundamentos de
Epidemiologia. São Paulo: Manole, 2004. p.:119-50.
112. C - Trabalhar em equipe significa que todos devem ter
poder e devem estabelecer juntos como se darão os processos
de trabalho, com a participação ativa de todos os membros neste
processo. Atuar em equipe de forma interdisciplinar permite que
cada os membros troquem informações e construam projetos de
forma integrada, contribuindo e ampliando o olhar da saúde, como
a integralidade preconiza. Interdisciplinaridade não implica em
atuar em algo que não é de sua atribuição profissional. Trabalhar
em equipe implica em um grupo de pessoas que atua com
objetivos comuns e organizam suas tarefas discutindo os
processos de trabalho.
A comunicação é um aspecto de grande importância no trabalho
em equipe, pois só o fato de estarem atuando no mesmo
ambiente não significa que estão integrados. O trabalho em
equipe não pressupõe abrir mão das especificidades do cada um,
pois dentro das equipes a variedade de conhecimentos possibilita
uma abordagem ampliada, melhorando assim os serviços
prestados.
REFERÊNCIAS:
PEDUZZI, Marina. Equipe multiprofissional de saúde: conceito e
tipologia. Rev. Saúde Pública, São Paulo, v.35, n.1, p. 103-109.
Feb 2001.
113. B - Por dever legal, a notificação compulsória de casos
confirmados ou suspeitos de maus-tratos aos idosos é
estabelecida por lei e visa à proteção desses (LEI Nº 12.461,
DE 26 DE JULHO DE 2011). Entretanto, o manejo dos casos de
maus-tratos, incluindo a negligência, requer habilidades
relacionais para a manutenção do vínculo entre os cuidadores e o
médico, evitando a interrupção do tratamento e ruptura da relação
médico-paciente. Especialmente na Atenção Básica, a equipe
multiprofissional tem o papel de apoiar o médico a realizar a
notificação compulsória, ao mesmo tempo em que buscará
estratégias fortalecer o vínculo de confiança necessário para
compreensão das dificuldades dos cuidadores e maneiras de
enfrenta-los, buscando sempre o benefício e proteção do paciente
idoso.
REFERÊNCIAS
CAPONI, Sandra. Georges Canguilhem e o estatuto
epistemológico do conceito de saúde. Hist. cienc. saudeManguinhos, Rio de Janeiro, v. 4, n. 2, p. 287-307, outubro de
1997. Disponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S010459701997000200006&lng=pt_BR&nrm=iso>. acesso em 16 de
outubro de 2017.
http://dx.doi.org/10.1590/S0104-59701997000200006
115. A - A integralidade pressupõe reconhecer a variedade
completa de necessidades relacionadas à saúde da população e
disponibilizar recursos para abordá-las. A oferta de serviços deve
ser composta por ações de promoção, prevenção, cura e
reabilitação, reconhecendo problemas de todos os tipos que
possam ser abordados na atenção primária e aqueles que
necessitem de encaminhamento para serviços especializados.
REFERÊNCIAS:
Silva, KL, Rodrigues AT. Ações intersetoriais para promoção da
saúde na Estratégia Saúde da Família: experiências, desafios e
possibilidades. Rev Bras Enferm., Brasília 2010 set-out; 63(5):
762-9.
Brasil. Ministério da Saúde. Política Nacional de Atenção Básica.
Ministério da Saúde. Departamento de Atenção Básica. Brasília
(DF), 2012.
116. D - A falta de médicos nas Equipes não justifica a
desresponsabilização do cuidado a este paciente que passou a
usar o Serviço de Urgência como principal referência ao seu
acompanhamento. O atendimento no espaço de Acolhimento por
médico de outra equipe, as consultas de Enfermagem, o papel do
Agente Comunitário em visitas mais frequentes, poderiam ser
alternativas favorecedoras da vinculação deste paciente a UBS.
REFERÊNCIAS:
1.Política Nacional de Atenção Básica. Serie Pactos pela Saúde;
2006; Vol 4
2.Campos, Gastão W.S. Saúde Paidéia. São Paulo, editora
Hucitec,2003.
3. Brasil, Ministério da Saúde, Fundação Nacional da Saúde,
Coordenação de Saúde da Comunidade, Saúde dentro de casa:
Programa de saúde da família. Brasília, documento oficial,1994.
16
Teste de Progresso – setembro/2017
117. B - As Redes de Atenção à Saúde são arranjos
120. C - Os estudos de coorte e caso-controle são os mais
organizacionais que incorporam distintas ações e serviços de um
determinado território (regiões de saúde), visando contribuir para
consolidação dos princípios do SUS, em particular a integralidade
do sistema. A organização da RAS exige a definição da região de
saúde, que implica na definição dos seus limites geográficos e
sua população e no estabelecimento do rol de ações e serviços
que serão ofertados nesta região de saúde. As competências e
responsabilidades dos pontos de atenção no cuidado integral
estão correlacionadas com abrangência de base populacional,
acessibilidade e escala para conformação de serviços.
utilizados em investigações de surtos de doenças transmissíveis
para identificar os possíveis fatores de risco. O estudo de coorte é
uma excelente técnica para investigar um surto com população
bem definida e exposições conhecidas, como no cenário descrito.
Por meio de um questionário previamente estruturado, realiza-se
uma investigação com todas as pessoas que participaram de
determinado evento social e verifica-se seu histórico de exposição
a cada fator de risco sob suspeita. Em relação ao estudo de casocontrole, a seleção apropriada dos controles é o aspecto mais
crítico. Na situação descrita suspeita-se de um surto por fonte
comum alimentar entre os itens servidos no restaurante
universitário.
Os controles devem estar em risco de se
transformarem em casos, portanto devem ser pessoas que não
tiveram diarreia e almoçaram no restaurante universitário.
REFERÊNCIAS:
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 4.279, de 30 de
dezembro de 2010. [Estabelece diretrizes para a organização da
Rede de Atenção à Saúde no âmbito do Sistema Único de Saúde
(SUS)]. Brasília: 2010
MENDES, E. V. As redes de atenção à saúde. Brasília, DF:
Opas/OMS, 2011.
REFERÊNCIAS:
OPAS. Módulos de Princípios de Epidemiologia para o Controle
de Enfermidades. Módulo 5: pesquisa epidemiológica de campo –
aplicação ao estudo de surtos / Organização Pan-Americana da
Saúde; Ministério da Saúde. Brasília:2010.
118. D - A notificação de suspeita de Febre Amarela deve ser
imediata, ou seja, dentro das primeiras 24 horas do atendimento
do caso suspeito, conforme a Portaria Ministerial Nº 204, de 17 de
fevereiro de 2016, que define a Lista Nacional de Notificação
Compulsória de doenças, agravos e eventos de saúde pública.
Setenta e duas horas é prazo que pode ser por demais
prolongado para a implementação das medidas de prevenção e
controle.
REFERÊNCIAS:
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde.
Guia de Vigilância em Saúde. Cap 6, p. 419-436: Febre amarela.
Brasília: Ministério da Saúde, 2014. 812 p. Modo de acesso
www.saude.gov.br/bvs. ISBN 978-85-334-2179-0.
119. C - A mortalidade infantil pós-neonatal foi reduzida de 7,65
para 3,65 (redução de 52%), enquanto o componente neonatal foi
de 13,60 para 8,78 óbitos por 1000 nascidos vivos (diminuição de
35%), sendo que o neonatal precoce (0 a 6 dias) reduziu em 37%
e o neonatal tardio em 28%. Sabemos que o componente
neonatal tardio tem grande influência das condições sanitárias e
socioeconômicas, enquanto o componente neonatal é mais
influenciado pela qualidade da atenção ao pré-natal, parto e
puerpério.
REFERÊNCIAS :
Site Datasus:
http://www2.datasus.gov.br/DATASUS/index.php?area=02 Fichas
de qualificação da Ripsa: http://fichas.ripsa.org.br/2012/a9/?l=pt_BR
Teste de Progresso – setembro/2017
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