Uploaded by Eduardo Santana

relatório

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
CENTRO DE TECNOLOGIA E GEOCIÊNCIAS
TRABALHO DE CONSTRUÇÃO DE CONCRETO 2
ANALOGIA DE GRELHA
Professor: Bernardo Horowitz
Turma: CA
Alunos: Ayrton Sena da Silva
Eduardo César Santos Soares de Santana
Grupo: 8
Recife – PE
Dezembro de 2017
Item 1:
Foi designado ao grupo de número 8, os valores de a = 4,5m e b = 1,60a = 7,20m.
Com 2 paredes na direção horizontal. Tal como ilustrado abaixo, para fazer a analogia de
grelha foi utilizada uma malha retangular de 37.5cm x 36.0cm com 20 barras horizontais e 12
verticais, de modo que as barras coincidissem com as faces do furo que será analisado no item
seguinte.
As linhas tracejadas delimitam a faixa pela qual a viga é responsável, e as linhas
verdes representam as vigas.
A laje de concreto foi considerada simplesmente apoiada nos quatro bordos,
com coeficiente de Poisson (ν) de 0,2 e fck=25 MPa, o que resultou em uma aproximação para
o módulo de elasticidade no valor de:
𝐸𝐢𝑆 = 0,85 ∗ 5600 ∗ √π‘“π‘π‘˜ = 0,85 ∗ 5600 ∗ √25 = 23800 π‘€π‘ƒπ‘Ž
A espessura da laje foi dada como igual a 10 cm, dessa forma teremos duas seções
transversais, uma vez que a malha adotada é retangular. A seguir vamos explicitar os
parâmetros geométricos (Área, Momento de Inercia, e Momento Polar) de cada seção.
Seção das vigas verticais (𝑏 = 𝑏π‘₯ = 37,5 π‘π‘š)
𝐴 = 𝑏 ∗ β„Ž = 37,5 ∗ 10 = 375 π‘π‘š2
𝐼=
𝑏 ∗ β„Ž3
37,5 ∗ 103
=
= 3255,21 π‘π‘š4
12 ∗ (1 − 𝜈 2 ) 12 ∗ (1 − 0,22 )
𝐽=
𝑏 ∗ β„Ž3
37,5 ∗ 103
=
= 6250 π‘π‘š4
6
6
Seção das vigas horizontais (𝑏 = 𝑏𝑦 = 36,0 π‘π‘š)
𝐴 = 𝑏 ∗ β„Ž = 36 ∗ 10 = 360 π‘π‘š2
𝐼=
𝑏 ∗ β„Ž3
36 ∗ 103
=
= 3125 π‘π‘š4
12 ∗ (1 − 𝜈 2 )
12 ∗ (1 − 0,22 )
𝐽=
𝑏 ∗ β„Ž3
36 ∗ 103
=
= 6000 π‘π‘š4
6
6
Para representar as paredes, foi calculada a reação de apoio, analogamente a uma
viga bi apoiada, em cada nó influenciado pela presença da parede. Foi adotada a densidade do
tijolo cerâmico furado igual a 13 KN/m3, a altura da alvenaria de 2,60m, sua espessura é de
15cm e o comprimento igual a 2,70m. Considerando o peso da alvenaria distribuída no seu
eixo, podemos obter π‘žπ‘Žπ‘™π‘£ = 𝛾 ∗ 𝑒 ∗ β„Ž = 13 ∗ 0,15 ∗ 2,6 = 5,07 π‘˜π‘/π‘š, para encontrarmos as
cargas nos nós influenciados pela presença da alvenaria vamos olhar mais de perto nossa
malha.
Nos cantos da alvenaria 𝑃 = 5,07 ∗ 0,225 = 1,1408π‘˜π‘, portanto como o nosso
modelo de viga bi apoiada foi simétrica às reações serão 𝑅 =
𝑃
2
=
1,1408
2
= 0,5704 π‘˜π‘,
enquanto nos nós ao longo da alvenaria 𝑃 = 5,07 ∗ 0,375 = 1,9012π‘˜π‘ e as reações serão
𝑅=
𝑃
2
=
1,9012
2
= 0,9506 π‘˜π‘. Não foi considerado o peso próprio da laje, como solicitado. A
distribuição das cargas ficou como indicado abaixo.
Após rodar essa distribuição de cargas na laje, o diagrama de momento fletor obtido
é mostrado a seguir:
Com o auxílio do software SAP-2000, foi encontrado que o momento horizontal (mx)
no centro da laje é dado por:
π‘šπ‘₯ =
π‘šπ‘’ + π‘šπ‘‘ 0,93 + 0,92
=
= 2,57π‘˜π‘π‘š/π‘š
2 ∗ 𝑏𝑠𝑒çãπ‘œ
2 ∗ 0,36
Em seguida, o peso das duas alvenarias foi distribuído de maneira uniforme em todos
os nós da laje. Sabendo que π‘ƒπ‘Žπ‘™π‘£ = 2 ∗ π‘žπ‘Žπ‘™π‘£ ∗ πΏπ‘Žπ‘™π‘£ = 2 ∗ 5,07 ∗ 2,7 = 27,378 π‘˜π‘, a carga
27,378
distribuída sobre a laje foi π‘ž = 4,5∗7,2 = 0,845 π‘˜π‘/π‘š² , resultando em uma carga 𝑃 = π‘ž ∗ 𝑏π‘₯ ∗
𝑏𝑦 = 0,845 ∗ 0,36 ∗ 0,375 = 0,1141 π‘˜π‘ em cada nó. A distribuição das cargas ficou como
indicado a seguir.
Após rodar essa distribuição de cargas na laje, o diagrama de momento fletor obtido
é mostrado a seguir:
Com o auxílio do software SAP-2000, foi encontrado que o momento horizontal (mx)
no centro da laje, com a distribuição da carga, é dado por:
π‘šπ‘₯ =
π‘šπ‘’ + π‘šπ‘‘ 0,53 + 0,53
=
= 1,47π‘˜π‘π‘š/π‘š
2 ∗ 𝑏𝑠𝑒çãπ‘œ
2 ∗ 0,36
O coeficiente de majoramento, pode ser obtido através da razão entre o momento no
centro do vão com alvenaria localizada e distribuída, que resulta em:
𝛼=
2,57
= 1,75
1,47
Carregam-se os nós com 𝑃𝛼 = 𝛼 ∗ 𝑃 = 1,75 ∗ 0,1141 = 0,1996 π‘˜π‘. Após rodar a
nova distribuição de cargas na laje, com o auxílio do software SAP-2000, foi encontrado que o
momento horizontal (mx) no centro da laje, com a nova distribuição da carga, é dado por:
π‘šπ‘₯ =
π‘šπ‘’ + π‘šπ‘‘ 0,93 + 0,92
=
= 2,57π‘˜π‘π‘š/π‘š
2 ∗ 𝑏𝑠𝑒çãπ‘œ
2 ∗ 0,36
Item 2:
Após encontrar a carga majorada do item 1, vamos começar analisando o momento
(mx) nas seções solicitadas, com a laje sem o furo, onde em S2 (seção na alvenaria) vamos
tomar a média aritmética dos momentos das vigas horizontais superior e inferior, uma vez que
o eixo da alvenaria ficou situado exatamente na metade da distância entre as vigas.
Após rodar a distribuição de cargas majoradas na laje, com o auxílio do software SAP2000, foi encontrado que o momento horizontal (mx) nas seções de interesse é dado por:
ο‚·
S1
π‘šπ‘₯ =
ο‚·
π‘šπ‘’ + π‘šπ‘‘ 0,87 + 0,87
=
= 2,42π‘˜π‘π‘š/π‘š
2 ∗ 𝑏𝑠𝑒çãπ‘œ
2 ∗ 0,36
S2
οƒ˜ Viga Inferior
π‘šπ‘₯ 𝑖 =
π‘šπ‘’ + π‘šπ‘‘ 0,82 + 0,81
=
= 2,26π‘˜π‘π‘š/π‘š
2 ∗ 𝑏𝑠𝑒çãπ‘œ
2 ∗ 0,36
οƒ˜ Viga Superior
π‘šπ‘₯ 𝑠 =
π‘šπ‘’ + π‘šπ‘‘ 0,73 + 0,74
=
= 2,04π‘˜π‘π‘š/π‘š
2 ∗ 𝑏𝑠𝑒çãπ‘œ
2 ∗ 0,36
Portanto em S2 π‘šπ‘₯ =
π‘šπ‘₯ 𝑖 +π‘šπ‘₯ 𝑠
2
=
2,26+2,04
2
= 2,15 π‘˜π‘π‘š/π‘š
Analisando o momento (mx) nas seções solicitadas, com a presença do furo na laje a
malha ficará como ilustrado a seguir
Como comentado no item anterior a malha foi arranjada de forma que houvesse
vigas coincidentes com as faces do furo.
Deve-se notar que os nós nas faces do furo possuem área de influencia diferente dos
demais furos, podendo separa como dois casos, os nós de quina e os de borda, onde os nós
3
3
de quina serão carregados da seguinte forma π‘ƒπ‘žπ‘’π‘–π‘›π‘Ž = 4 ∗ 𝑃𝛼 = 4 ∗ 0,1996 = 0,1497 π‘˜π‘,
enquanto os de borda π‘ƒπ‘π‘œπ‘Ÿπ‘‘π‘Ž =
𝑃𝛼
2
=
0,1996
2
= 0,0998 π‘˜π‘, ficando a distribuição de cargas,
ao redor do furo, como indicado abaixo.
Após rodar essa distribuição de cargas na laje, o diagrama de momento fletor obtido
é mostrado a seguir:
Com o auxílio do software SAP-2000, foi encontrado que o momento horizontal (mx)
nas seções de interesse é dado por:
ο‚·
S1
π‘šπ‘₯ =
ο‚·
π‘šπ‘’ + π‘šπ‘‘ 1,11 + 1,06
=
= 3,01 π‘˜π‘π‘š/π‘š
2 ∗ 𝑏𝑠𝑒çãπ‘œ
2 ∗ 0,36
S2
οƒ˜ Viga Inferior
π‘šπ‘₯ 𝑖 =
π‘šπ‘’ + π‘šπ‘‘ 0,92 + 0,92
=
= 2,57π‘˜π‘π‘š/π‘š
2 ∗ 𝑏𝑠𝑒çãπ‘œ
2 ∗ 0,36
οƒ˜ Viga Superior
π‘šπ‘₯ 𝑠 =
π‘šπ‘’ + π‘šπ‘‘ 0,79 + 0,79
=
= 2,19 π‘˜π‘π‘š/π‘š
2 ∗ 𝑏𝑠𝑒çãπ‘œ
2 ∗ 0,36
Portanto em S2 π‘šπ‘₯ =
π‘šπ‘₯ 𝑖 +π‘šπ‘₯ 𝑠
2
=
2,57+2,19
2
= 2,38 π‘˜π‘π‘š/π‘š
Logo as razões serão em S1 - πœ†1 =
π‘šπ‘₯ ′
π‘šπ‘₯
=
3,01
2,42
= 1,24 e em S2 - πœ†2 =
π‘šπ‘₯ ′
π‘šπ‘₯
=
2,38
2,15
= 1,11
onde o índice (‘) indica ser uma parâmetro pertencente a laje com a presença do furo.
Portanto, conclui-se que o momento em S1 aumentou 24% com a presença do furo,
enquanto em S2 o aumento foi de 11%, e que foi necessário majorar a carga da alvenaria em
75%, para que quando distribuída fosse capaz de produzir o mesmo momento no centro da
laje e levar em consideração as deflexões localizadas.
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