Uploaded by Miguel Soares

Tecno

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N R - 2 45
TECNO
metal
I N O VA Ç Ã O N A S E M P R E S A S D E
METALURGIA E METALOMECÂNICA
Bimestral Novembro|Dezembro 2019
7,50€
Hoshin KanriDesmistificar
no planeamento
estratégico
a Indústria
4.0
de melhoria
A energia no setor metalúrgico
Indústrias
inclusivas:
e metalomecânico
da utopia imaginada à realidade tangível
TecnoMetal entrevista
TecnoMetal
entrevista
Aníbal
Campos
António
Saraiva,
Presidente
da CIP
Presidente
da Direção
da AIMMAP
SUMÁRIO
(3) Editorial
(4) Entrevista
(10) Inovação e Design
(16) Gestão & Tecnologias
(22) Divulgação e Promoção
(26) Responsabilidade Social
Desafios da descarbonização
TecnoMetal entrevista António Saraiva,
Presidente da CIP – Confederação Empresarial
de Portugal
Precious Plastic Portugal Workshop
Hoshin Kanri no planeamento estratégico
de melhoria
INEGI – Inovação no Fabrico Aditivo de Metais
Indústrias inclusivas: da utopia imaginada
à realidade tangível
(34)
CENFIM – Plano de Formação 2020
janeiro, fevereiro e março
(38) Notícias
METAL PORTUGAL esteve presente
na BATIMAT 2019
(40)
AIMMAP marcou presença em duas relevantes
Feiras Nacionais no passado mês de novembro
(41)
AIMMAP realizou sessão de apresentação do
Programa de Proteção do Conhecimento do SIS
(43)
METAL PORTUGAL volta a participar com
sucesso na “ELMIA Subcontractor 2019”
(46) Destaque
Qualidade Total e Competitividade
Anunciantes deste Número
AMADA (15) • BIEHM (41) • BOHLER (43) •
CATIM (VERSO DA CAPA) • CERTIF (45) •
CENFIM (CONTRA CAPA) • DEIBAR (24 E 25) • DNC TÉCNICA (33)
• EXPOSALÃO (42) • METAL PORTUGAL (VERSO CONTRA CAPA)
• SEW-EURODRIVE (2) • TRUMPF (39)
REVISTA Informação Técnico-Científica de Metalurgia e Metalomecânica Ano XXXVII NR. 245 novembro / dezembro de 2019 Diretor Aníbal Campos Diretor
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Técnico-Científica
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Ano XXXVII
NR. 245 Hermenegildo
novembro / dezembro
2019 Diretor
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EDITORIAL
Desafios da descarbonização
O governo anunciou recentemente o seu enorme empenho em acelerar a descarbonização da economia. Inclusivamente, referiu esse objetivo como uma das
prioridades máximas da legislatura que agora tem início.
O compromisso assumido por quase duzentos países no Acordo de Paris visa
alcançar a neutralidade carbónica já a partir de 2050.
Esse objetivo implicará uma transformação verdadeiramente disruptiva da
sociedade e da economia, passando inevitavelmente por uma redução substancial e quase abrupta da emissão de gases com efeito de estufa (GEE).
As metas assumidas pela União Europeia em tal âmbito apontam para uma
redução de tais emissões de cerca de 45% até 2030 e de aproximadamente
60% até 2050.
Significa o exposto que, para além de muitas outras obrigações, o nosso país tem
cerca de 10 anos para reduzir a praticamente metade as suas emissões de GEE.
Não pretendo questionar a justeza e a justiça de tais compromissos, até porque
não domino o assunto do ponto de vista científico. E tenho obviamente a humildade suficiente para reconhecer que os governos de duas centenas de estados,
assessorados pelos melhores cientistas e estudiosos na matéria, devem estar
certos quando entendem que os compromissos em causa são imprescindíveis e
inadiáveis. Mesmo que, por vezes, à boleia da ciência e da técnica, apareçam
demagogos e oportunistas.
De todo o modo, a verdade é que Portugal está obrigado ao cumprimento de
metas muito ambiciosas. Aliás, tendo em conta o facto de a sua economia ser
bastante aberta e extremamente dependente da importação de combustíveis
fósseis, quase se pode dizer que teremos, nos próximos 10 anos, uma enorme
montanha para escalar.
Temo, não obstante, que largos segmentos da sociedade portuguesa não estejam ainda minimamente conscientes das mudanças de comportamento a que
estão obrigados no curtíssimo prazo. E não me refiro apenas às empresas, mas
sim a todos os cidadãos.
Ora, o estado português tem aí obrigações acrescidas no sentido de sensibilizar a sociedade e a economia para a urgência deste compromisso, bem como
no intuito de lhes dar pistas do que é preciso fazer.
Não estou a sugerir que o governo determine os comportamentos das empresas e das pessoas e se arrogue no direito de dirigir a economia e a sociedade,
até porque isso seria lamentável. Mas é inequívoco que o estado português não
se pode demitir das suas obrigações, particularmente quando é sabido que tem
sido o principal responsável pela consolidação do modelo de sociedade em que
vivemos e do peso excessivo dos combustíveis fósseis na economia.
Precisamos, pois, de mais informação, pedagogia e pistas para o futuro. E precisamos igualmente de planos estruturados que ajudem as empresas a promover a sua própria descarbonização.
Para além do exposto, há um outro ponto a que o governo português tem de
dar especial atenção, mesmo que se reconheça que, nessa vertente, a sua capacidade de influência será muito mais reduzida. Com efeito, no imediato as
empresas portuguesas e europeias vão ser obrigadas a esforços e investimentos acrescidos para poderem reduzir as emissões de GEE nos termos assumidos
pela União Europeia. Ora, como é evidente, não será admissível que tais
empresas venham em seguida a estar sujeitas a concorrência desleal por parte
de empresas sedeadas em países que se desvincularam do Acordo de Paris e/ou
que assumiram metas muito menos ambiciosas. Tanto Lisboa como Bruxelas
terão de estar especialmente atentas a essa questão.
Aníbal Campos
Presidente da Direção da AIMMAP
TECNOMETAL - 245 - novembro/dezembro 2019
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ENTREVISTA
TecnoMetal entrevista António Saraiva,
Presidente da CIP – Confederação Empresarial
de Portugal
Entrevistado por: Rafael Campos Pereira
António Saraiva nasceu em novembro de 1953 em Ervidel.
Foi Vice-Presidente da Direção da AIMMAP entre 2001 e 2003 e Presidente
da mesma associação entre 2004 e 2009.
Em janeiro de 2010 foi eleito Presidente da Direção da CIP – Confederação da
Indústria Portuguesa, da qual já havia sido, sucessivamente, Vogal entre
2004 e 2006 e Vice-Presidente entre 2007 e 2009.
Em janeiro de 2011 foi eleito Presidente do Conselho Geral e da Direção da
CIP – Confederação Empresarial de Portugal, tendo sido reeleito para os
mesmos cargos em 2014 e 2017.
É neste contexto que a Tecnometal, revista bimestral da AIMMAP, associação
mais representativa das empresas do setor Metalúrgico e Metalomecânico,
entrevista António Saraiva, Presidente do Conselho Geral e da Direção da CIP.
De acordo com o FMI, a economia mundial vai crescer, neste ano,
ao ritmo mais lento desde a crise financeira global. Os últimos
dados mostram que a economia europeia continua em abrandamento. As perspetivas não parecem animadoras para uma economia aberta e muito dependente da conjuntura externa como a
nossa. Neste cenário, será realista manter a ambição que pediu,
no Congresso da CIP, para o crescimento económico em Portugal?
De facto, a conjuntura externa está longe de nos ser favorável. De uma forma
geral, a onda de protecionismo que hoje vivemos representa uma séria
ameaça para o dinamismo do comércio internacional. Na União Europeia, o
crescimento no terceiro trimestre baixou para apenas 1.3%. A Alemanha
escapou à recessão técnica, mas a economia está praticamente estagnada,
tal como na Itália. A França continua a crescer muito modestamente. O Brexit
e as suas incertezas continuam a refletir-se na economia britânica.
É evidente que os problemas das principais economias europeias, destino de
35% das exportações portuguesas, não deixarão de ter um impacto negativo
na nossa economia.
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TECNOMETAL - 245 - novembro/dezembro 2019
ENTREVISTA
No entanto, é preciso combater a ideia resignada e determinística de que
não seremos capazes de crescer mais num cenário internacional adverso.
Apesar da fraqueza das grandes economias do centro, a periferia da União
Europeia regista taxas de crescimento bem mais elevadas, num processo de
rápida convergência económica. Há países que crescem a 3, 4 ou mesmo
5%, num processo de rápida convergência económica. Na Irlanda, que é o
país europeu potencialmente mais vulnerável à deterioração do relacionamento com os Estados Unidos e ao Brexit, o PIB está a aumentar a 6%. Isto
prova que é possível, mesmo em economias abertas, crescer de forma
robusta num cenário externo desfavorável.
Por isso, afirmei no Congresso que a referência para avaliar o desempenho
da economia deve ser a medida das nossas ambições, não a dos nossos
temores. Se as perspetivas são desfavoráveis, é altura de as contrariar,
fazendo diferente, fazendo melhor.
Mas será possível que as exportações continuem a ser o motor do
crescimento? Será tempo, como alguns defendem, de apostar na
procura interna?
A reduzida dimensão do mercado nacional faz com que o caminho do crescimento e do sucesso das empresas industriais tenha de passar por uma
maior e melhor afirmação nos mercados internacionais. Também à escala
macroeconómica, a sustentabilidade do
crescimento terá de basear-se numa crescente contribuição das exportações para o
PIB, aproximando-se dos rácios que as economias europeias de dimensão equivalente
à nossa apresentam.
Qualquer tentativa de centrar a estratégia
económica no estímulo à procura interna,
esquecendo as exportações, terá como inevitável consequência o retorno a desequilíbrios insustentáveis, que voltarão a travar o
crescimento.
Os resultados económicos mais recentes são
um sinal de alerta.
Com o motor da economia a deslocar-se
das exportações para a procura interna, e
ainda sem ganhos consistentes de competitividade, o resultado tem sido um aumento
das importações, com pouco reflexo na produção nacional. Regressámos a um défice
na balança comercial, depois de seis anos
de excedentes. Isto significa que, sem um
maior vigor das exportações, a economia
não apenas abrandará, mas começará a
“plissar” num ressurgimento de desequilíbrios que julgávamos ultrapassados.
A dimensão da nossa economia torna possível
que, mesmo num cenário de arrefecimento da
procura global, pequenos aumentos de quota
de mercado à escala mundial se traduzam por
acréscimos significativos dos volumes exportados pelas empresas portuguesas.
TECNOMETAL - 245 - novembro/dezembro 2019
5
ENTREVISTA
A resposta está, por isso, na competitividade das empresas, por
forma a que as suas quotas de
mercado voltem novamente a
aumentar.
De que forma é que será possível, então, alcançar ganhos
consistentes de competitividade?
Apostando na produtividade. É
essa a condição indispensável
para que as empresas cresçam,
para que possam suportar aumentos salariais e para que as exportações continuem a ser o principal
motor da recuperação.
A generalidade das medidas que a
CIP teve oportunidade de propor,
ainda antes das eleições, vai precisamente no sentido de ultrapassarmos os principais fatores que estão
na origem do fraco desempenho
da produtividade: um baixo nível
de capital por trabalhador (ou
seja, as empresas estão insuficientemente apetrechadas em termos
de máquinas, equipamentos, tecnologia) e a escassez de recursos
humanos qualificados.
Concluímos, por isso, que é fundamental pôr em marcha um exigente processo de reconversão da força de trabalho para enfrentar o desafio da transformação digital e tecnológica e assegurar a sua permanente adequação às necessidades do mercado do trabalho.
No domínio da fiscalidade, a prioridade vai para o estímulo ao investimento,
e, em especial, à capacidade de autofinanciamento do mesmo. Para tal, uma
medida eficaz seria aprofundar o regime de Dedução de Lucros Retidos e
Reinvestidos, tornando este regime num instrumento eficaz de discriminação
positiva de todas as empresas que investem baseando-se no autofinanciamento.
Propomos a correção dos aspetos mais gravosos da tributação sobre as
empresas, nomeadamente as tributações autónomas.
Continuamos a insistir na retoma do compromisso da redução da taxa de IRC
e da eliminação progressiva das derramas.
Na linha dos trabalhos que vimos desenvolvendo há muitos anos, defendemos medidas tendentes à capitalização e financiamento das empresas portuguesas, por forma a ultrapassarem uma das suas principais fragilidades: a
excessiva dependência de crédito bancário, sobretudo de curto prazo, num
quadro de estruturas financeiras debilitadas.
A promoção de um ambiente de negócios atrativo e estimulante é outro vetor
essencial à competitividade, permitindo às empresas concentrarem os seus
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TECNOMETAL - 245 - novembro/dezembro 2019
ENTREVISTA
recursos na criação de valor e competirem em mercados cada vez mais exigentes. Neste quadro, além da necessidade de diminuir custos administrativos e demais custos de contexto, surge como prioritária a promoção de uma
justiça económica célere e eficaz.
Com as medidas que apresentamos no capítulo dedicado à sustentabilidade,
procuramos ultrapassar a dicotomia entre ambiente e economia, com empresas ao mesmo tempo mais competitivas e ambientalmente mais responsáveis
e com uma forte dinâmica económica sustentada por novas tendências de
procura.
À luz dessas propostas, como olha para o Programa do Governo?
O Programa do Governo afirma que serão necessárias políticas públicas e
um ambiente económico nacional favoráveis ao investimento e inovação, à
qualificação dos recursos humanos e à melhoria da competitividade externa.
Não poderia estar mais de acordo. O problema está na insuficiência das
medidas apresentadas.
É certo que, no que diz respeito à qualificação dos recursos humanos, é possível identificar uma evolução positiva nas linhas de atuação preconizadas.
São criadas expectativas pela vontade de uma maior ligação da formação
profissional ao mercado de trabalho, com o reforço da integração, flexibilidade e eficácia da respetiva política. Tudo isto vem ao encontro do imperativo da requalificação da atual força de trabalho que foi, justamente, enfatizado no recente Congresso da CIP.
No entanto, o Programa do Governo falha sobretudo pela insuficiência das
medidas apresentadas com vista a um enquadramento mais favorável ao
investimento e inovação e à competitividade externa.
Relativamente à capitalização e financiamento das empresas, por exemplo, o
Programa é parco em medidas. É significativa a ausência de qualquer referência ao Programa Capitalizar, nem nos seus resultados, nem nos pontos
ainda por executar, nem num necessário novo fôlego para este programa.
Noto, também, a ausência de referências ao papel da Caixa Geral dos
Depósitos na economia portuguesa. Não parece existir uma estratégia de
atuação sobre um sistema financeiro que continua a não ser capaz de redirecionar o crédito para os setores produtivos.
No domínio crucial da justiça, o foco está dirigido apenas aos cidadãos, com
ausência de medidas dirigidas à justiça económica.
Na fiscalidade, o Governo abre a porta a novos aumentos da tributação das
empresas e continua a rejeitar a redução do IRC (quer na taxa, quer nas derramas).
O Governo diz que não está provado que a redução genérica do IRC
conduza a mais investimento…
Tendo em conta as reduções previstas em França, Portugal passará, brevemente, a ter a taxa marginal máxima de IRC mais elevada de toda a União
Europeia. Não será este, certamente, o enquadramento fiscal adequado a
um país que pretende atrair investimento.
As visões do Governo e da CIP sobre fiscalidade são irreconciliáveis?
O Governo reconhece a necessidade de “uma fiscalidade que favoreça o
investimento e a capitalização das empresas”. Estamos plenamente de
acordo nesta questão de fundo. Mas não será o tímido aumento do limite
TECNOMETAL - 245 - novembro/dezembro 2019
7
ENTREVISTA
máximo de lucros que podem ser objeto de reinvestimento, no quadro da
Dedução de Lucros Retidos e Reinvestidos, ou a vaga promessa de melhoria
dos incentivos fiscais ao I&D que responderão a essa necessidade. É preciso
ir mais longe.
Falou do desafio da requalificação e das expectativas criadas pelo
Governo. A requalificação vai depender apenas do Estado?
O estudo “O futuro do trabalho em Portugal: o imperativo da requalificação”, apresentado no Congresso da CIP, conclui que, independentemente do
número de postos de postos de trabalho criados ou perdidos em termos líquidos, cerca de 700 mil trabalhadores terão de alterar a sua ocupação ou
adquirir novas capacidades até 2030. O esforço de requalificação da força
de trabalho será enorme. O estudo conclui também que a atuação do Estado
é necessária para superar diversas falhas de mercado. No entanto, a requalificação não depende apenas do Estado. É necessária uma resposta coordenada dos atores chave da mudança: Governo, educadores, empregadores e
trabalhadores.
Com a criação, do ReSkill Hub – Observatório Português de Requalificação
Profissional, queremos contribuir para essa resposta coordenada aos desafios
e oportunidades criados pelo process o de digitalização e automação. Será
criada uma plataforma que irá implicar, numa primeira fase, o mapeamento
das necessidades de requalificação em Portugal, reais, atuais e futuras, em
estreita articulação com as empresas, além do levantamento da oferta formativa atualmente existente. É fundamental que essa oferta formativa seja reforçada e orientada para a resposta às necessidades presentes e futuras da
sociedade e das empresas.
Com mais esta iniciativa a CIP pretende usar a sua sigla na essência da sua
missão: anteCIPar e partiCIPar, na evolução da sociedade e da economia
portuguesa.
O Governo lançou uma série de desafios à Concertação Social…
São desafios a que respondemos com um espírito construtivo. É minha convicção que a Concertação Social é, e dispõe de potencialidades para ser,
ainda mais, um polo de entendimento onde temas verdadeiramente enquadradores da sociedade podem obter definição, visando a melhoria das condições de competitividade das empresas e a criação de mais e melhores
empregos.
Estamos já a trabalhar com vista à negociação de um Acordo de
Competitividade e Rendimentos, na base de um consenso de que Portugal
tem que crescer mais e as condições para essa dinâmica devem constituir um
compromisso sob a forma de um pacto na Concertação Social. Se há ambição quanto à evolução dos rendimentos, terá de haver igual ambição quanto
às condições de competitividade que permitirão, de forma sustentada, o
aumento dos rendimentos.
Conhece bem o setor metalúrgico e metalomecânico e a AIMMAP.
Como vê o futuro desta indústria e do associativismo?
A fileira metálica portuguesa tem sabido enfrentar os desafios que se lhe
colocam.
Tem-se internacionalizado, adaptando-se à transformação de um mercado
protegido, com pouca concorrência e sem grandes exigências, no mercado
aberto, altamente competitivo e exigente em que hoje opera.
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TECNOMETAL - 245 - novembro/dezembro 2019
ENTREVISTA
Tem apostado na qualificação e formação dos empresários e colaboradores.
Por isso, esta indústria tem crescido, tem aumentado o seu peso na economia nacional e assume-se hoje como o maior setor exportador do país.
Destacaria ainda o papel que o setor da metalurgia e metalomecânica
desempenha como motor do crescimento económico nacional, uma vez que
grande parte das atividades que o compõem produz bens de suporte à produção dos demais setores.
É bem verdade que esta é a “indústria das indústrias”.
Acredito que vai continuar a ser um setor fundamental no processo de ressurgimento do protagonismo da Indústria como setor apto a competir numa
economia mundial altamente concorrencial.
O mérito de toda esta evolução está nas empresas.
Mas o mérito está também na forma como estas empresas se conseguiram
organizar, no seio da AIMMAP, que congrega, em torno de objetivos comuns,
um setor de enorme dimensão e diversidade, numa lógica associativa eficaz,
que nem sempre é frequente encontrar em Portugal.
Os desafios que se colocam às empresas refletem-se necessariamente no
movimento associativo empresarial.
As empresas são cada vez mais exigentes, procuram mais retorno sobre o
investimento realizado, e as associações têm de saber demonstrar o seu valor
respondendo a essas exigências.
Por isso, o futuro do associativismo coloca-nos o desafio permanente de nos
reinventarmos, procurando novas propostas de valor. Respondendo a esse
desafio, o associativismo manter-se-á como o farol de navegação das empresas.
TECNOMETAL - 245 - novembro/dezembro 2019
9
INOVAÇÃO E DESIGN
Precious Plastic Portugal Workshop
INTRODUÇÃO
Este artigo, tem como principal objetivo dar a conhecer o resultado dos
projetos realizados pelos alunos, de variadas nacionalidades e culturas,
oriundos de diferentes países (Israel, Espanha, Itália), que vieram a Portugal,
exclusivamente com o intuito de realizarem o workshop extracurricular,
intitulado: ‘Precious Plastic Portugal', entre ESAD Escola Superior de Arte e
Design e o OPO’Lab (Fig.1).
Destinava-se a pessoas criativas, não necessariamente designers,
preocupadas com questões sustentáveis, que procuravam oportunidades de
desenvolverem propostas de design, com um material alternativo e cada vez
mais abundante, através de métodos de produção ecológicos.
Uma chamada de atenção para a problemática dos plásticos e a poluição.
Autores: Salomé, R., Aston, J.H. [ESAD Idea (Investigation in Design and Art)]
Palavras Chave:
Ecodesign, Sustentabilidade Ambiental, Reciclagem, Design, Ecologia.
Figura 1 – Capa: ‘workshop’ entre ESAD e OPO´Lab
10
TECNOMETAL - 245 - novembro/dezembro 2019
INOVAÇÃO E DESIGN
1. O PROJETO
Pensar, projetar, fabricar e moldar produtos a partir de plástico reciclado são alguns dos objetivos do workshop extracurricular, 'Precious Plastic Portugal Workshop’ organizado pela ESAD/ESAD-Idea,
em parceria com o OPO’Lab.
1.1 OPO’Lab
O OPO’Lab é um centro multidisciplinar e o primeiro ‘fab-lab’ em
Portugal (Fig. 2) dedicado a pensar e explorar o uso criativo de
novas tecnologias em arquitetura, engenharia, design e outros campos artísticos, promovendo atividades de pesquisa, educação e cultura. O objetivo primordial deste workshop, foi apresentar e divulgar o tema Precious Plastic Portugal.
Figura 2 – Espaço OPO’Lab
O OPO’Lab, no contexto do projeto ‘Precious Plastic Portugal’,
fabrica diversas máquinas e desenvolve diferentes técnicas para preparar e moldar plástico reciclado. Foi idealizado por João Barata
Feyo (arquiteto), Tom Rider (designer) e Irena Übler (designer), e
trata-se de um projeto inovador e sustentável em movimento, feito
a partir de plástico reciclado, que tem como objetivo incentivar os
designers, arquitetos, engenheiros, estudantes, freelancers, empresas e o público em geral, para a criação dos seus próprios produtos a partir de plástico reciclado. Assume um papel estratégico fundamental no contexto em que atua, estabelecendo parcerias
importantes com outros atores
sociais, como autoridades
públicas, escolas e associações,
eventos culturais e científicos.
exclusiva e intensiva, de 5 dias, nas
instalações do OPO'Lab.
Os docentes/investigadores da ESAD,
Raquel Salomé e Jeremy Aston coordenaram o workshop e avaliaram os conceitos; João Barata Feyo (Arquiteto) e
Irena Übler (designer), do OPO’Lab,
desenharam e organizaram os conteúdos do ‘workshop’ e fizeram o acompanhamento da produção dos projetos.
Programa:
Dia 1: Introdução à “Precious
Plastic Portugal”; reciclagem e
separação de plástico; teste de
produção; acabamentos e sessão
criativa de grupo.
Dia 2: Sessão criativa de grupo;
conceitos e criação de novos
objetos (baseados em moldes
existentes ou adaptados).
Dia 3: Definição de conceito;
considerações técnicas, moldes e
métodos.
Dia 4: Fabrico, ferramentas, moldes e métodos.
Dia 5: Protótipos.
2.2 Máquinas
No decorrer do workshop foram
exploradas quatro tipologias de
máquinas (Fig. 3 – da esquerda para
a direita):
Máquina
Máquina
Máquina
Máquina
de
de
de
de
Triturar.
Extrusão.
Injeção.
Compressão.
2. DESCRIÇÃO DO
PROJETO E SEUS
RESULTADOS
2.1 Agenda
O ‘Precious Plastic Portugal
Workshop’, foi uma formação
de 8 a 12 de julho de 2019,
TECNOMETAL - 245 - novembro/dezembro 2019
Figura 3 – As quatro tipologias de máquinas utilizadas
11
INOVAÇÃO E DESIGN
2.3 PROCESSOS
E MÉTODOS
Máquina de Triturar
Máquina de Injeção
Injeta o material plástico (com calor e pressão) em moldes de aço
(Fig. 5).
Transforma o material plástico em
granulado (Fig. 4).
Máquina de Compressão
Máquina de Extrusão
2.4 Design e criatividade
Extrusão do material plástico (com
calor e pressão) através de fieira em
chapa de aço.
Derrete o material plástico (com calor e pressão) em painéis planos.
O briefing era projetar novos produtos em plástico usando essas
máquinas, processos e métodos com o foco da iniciativa e sensi-
Figura 4 – Triagem do material plástico
Figura 5
12
TECNOMETAL - 245 - novembro/dezembro 2019
INOVAÇÃO E DESIGN
Dentro deste processo criativo e
dos temas propostos, foram criadas três equipas de trabalho, que
resultaram em três soluções projetuais:
Um jogo (enigma) de construção, que permite associar
rolhas em cortiça e criar
imensos brinquedos e construções (Figs. 7 e 8).
Ferramentas para brincar e
limpar as praias (Figs. 09 e
10).
Máquina de ‘flippers’
(Figs. 11 e 12).
Figura 6 – ‘Brainstorming’ ideias e conceitos
bilizar os participantes para as questões relacionadas com a sustentabilidade ambiental, ‘ecodesign’ e aprendizagem para a
geração jovem (Fig 6).
Tiveram acesso a uma breve introdução aos polímeros, informação fundamental para perceber e distinguir os diversos tipos de
plástico. O facto de não misturar os diferentes tipos de plástico é
fator de grande relevância para não “contaminar” a matéria
prima, pois permite voltar a reciclar os produtos finais, vezes sem
conta.
Figura 8
Figura 7 – Produção das peças
TECNOMETAL - 245 - novembro/dezembro 2019
13
INOVAÇÃO E DESIGN
2.5 Um jogo (enigma) de
construção
2.6 Ferramentas para brincar
e limpar as praias
Figura 11
Figura 9
Figura 10 – Produção das peças
Figura 12 – Protótipo final (peças e componentes)
3. CONCLUSÕES
Participantes do projeto
Trabalhar em parceria com o
OPO’Lab e utilizar as suas oficinas,
revelou-se uma experiência muito
gratificante. O conceito do ‘Precious
Plastic Portugal’ e as máquinas
desenvolvidas, introduzem novas
oportunidades de conceção de produtos sustentáveis, para a construção
de um mundo melhor.
1. ESAD/ESAD Idea: Raquel Salomé e Jeremy Aston (Workshop Promotors & Coordinators).
2. OPO’Lab: João Barata Feyo (Architect e CEO OPO´Lab) e Irena
Übler (designer e promoter ‘Precious Plastic Portugal’.
3. Participantes estudantes: António Queirós, Adva Eshel, Ana Rita
Pintão, Jesus Garcia, Eugenio Nicoloso, Diogo Maciel e Hugo
Aston.
Explorando as várias possibilidades
que as máquinas permitem, o workshop ofereceu a oportunidade para
perceber que o plástico não é apenas
um material de desperdício. Transformando através da reciclagem, embalagens de plástico usado e objetos
descartáveis que normalmente são
considerados “lixo”, é possível desenvolver e criar novos produtos, dandolhes uma nova vida.
Video
Referências
1. Dave Hakkens: davehakkens.nl/ (14 Sept 2019).
4. Precious Plastic Portugal: www.opolab.com/precious-plastic-pt (14 Sept
2019).
5. Infomedia: ulpinfomedia.pt/2019/05/20/precious-plastic-portugal-achoque-toda-a-gente-devia-saber-que-este-projeto-existe-e-que-ha-maneirasde-reciclar-o-plastico/ (14 Sept 2019).
6. Aumnate, C., Rudolph, N., Kiesel, R.: Understanding Plastics Recycling,
Economic, Ecological, and Technical Aspects of Plastic Waste Handling
(2017).
https://vimeo.com/371693523
14
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GESTÃO & TECNOLOGIAS
Hoshin Kanri no planeamento estratégico de melhoria
RESUMO
Neste artigo descrevemos como utilizar o Hoshin Kanri para definir um plano
de atividades de melhoria alinhado com os objetivos estratégicos da empresa
e que permita dar resposta, de uma forma estruturada, às suas ineficiências.
Autores: Rui Marques [ACTIO Consulting]
HOSHIN KANRI, O QUE É?
Hoshin Kanri, do japonês Ho
(método), Shin (agulha, bússola) e
Kanri (gestão) pode ser definida, de
uma forma simplificada, como uma
metodologia de definição, desdobramento, comunicação e revisão da
visão estratégica a todos os níveis de
uma organização.
É uma metodologia que serve para
sistematizar o alinhamento entre
estratégia, objetivos específicos e
ações locais concretas, envolver
todas as pessoas da empresa e responsabilizar cada interveniente pela
concretização da sua parte. Por
outras palavras, promove o alinhamento (vertical e transversal) dos
diversos indicadores de gestão (KPI).
Está intimamente relacionada com a
gestão normalizada do terreno –
Gemba Kanri.
O Hoshin Kanri tem como ponto de
partida a Missão e a Visão, estabelecidas pela Gestão de Topo e, através
de um processo de desdobramento
progressivo, vai permitir definir objetivos em todos os níveis da estrutura
da empresa, bem como ações concretas de melhoria que permitam
alcançar esses objetivos.
16
HOSHIN KANRI – A METODOLOGIA
Os passos de aplicação da metodologia Hoshin Kanri são, de uma
forma resumida, os seguintes:
1. Rever a Missão e a Visão da Empresa
2. Definir a orientação estratégica – direção a 3-5 anos
3. Definir metas a alcançar no próximo ano
4. Estabelecer as principais linhas de ação
5. Definir objetivos específicos
6. Diagnosticar a situação atual
7. Construir o plano de atividades
8. Definir o mecanismo de controlo e revisão
A principal ferramenta a utilizar na aplicação da metodologia é a
Matriz X.
TECNOMETAL - 245 - novembro/dezembro 2019
GESTÃO & TECNOLOGIAS
2. Definição da direção
a 3-5 anos
Após rever a Missão e a Visão da
empresa, é estabelecida a orientação
estratégia – direção a seguir, num
horizonte de 3 a 5 anos.
Trata-se aqui de definir, quantificando, os principais objetivos operacionais a médio prazo.
Alguns objetivos a considerar são,
por exemplo:
Rentabilidade (EBITDA)
Crescimento
Mercados
Qualidade
Custo
Serviço
Imagem
Responsabilidade Social
Vamos de seguida apresentar cada um dos diferentes passos da
metodologia:
Segurança
Motivação dos colaboradores
1. Revisão da Missão e da Visão
Mudança de cultura
Em algumas empresas, estes dois elementos da identidade corporativa não estão sequer definidos, pelo que será necessário criá-los.
Ainda que estejam formalizados, importa verificar se são do conhecimento da equipa de gestão e demais responsáveis, se são claros,
adequados à realidade da empresa e úteis e suficientes para orientar o processo estratégico. Caso contrário, haverá que os redefinir.
Inovação
Para cada um desses objetivos deverão ser estabelecidas indicadores
mensuráveis e metas.
Exemplos:
TECNOMETAL - 245 - novembro/dezembro 2019
17
GESTÃO & TECNOLOGIAS
3. Definição de metas a alcançar a 1 ano
Para cada uma das direções, orientações estratégicas selecionadas,
definem-se metas a alcançar no próximo ano, e o impacto dessas
metas na direção a 3-5 anos. Explicitam-se assim, para os diversos
níveis da organização, objetivos mais concretos focados no horizonte.
4.Estabelecer as prioridades
Com base nas diferenças entre as metas definidas e o que se
conhece da situação atual, definem-se as linhas de ação prioritárias.
É de notar que não se trata ainda de definir ações concretas de
melhoria.
Explicita-se o impacto de cada uma das linhas de ação nas metas a
atingir no próximo ano e define-se o responsável por cada uma das
diferentes linhas de ação.
18
TECNOMETAL - 245 - novembro/dezembro 2019
GESTÃO & TECNOLOGIAS
5. Estabelecer objetivos específicos
Para cada uma das linhas de ação, consideradas prioritárias, definem-se objetivos específicos relativos aos indicadores operacionais.
Verifica-se de seguida o impacto de cada um dos objetivos específicos na direção a 3-5 anos, de modo a validar o processo de desdobramento, e corrige-se se necessário, num processo iterativo.
6. Diagnóstico da situação atual
Após a definição de objetivos específicos e antes de estabelecer o
plano de atividades de melhoria, é necessário efetuar um diagnóstico detalhado da situação atual, relativa às metas de cada indicador/objetivo, quantificando o diferencial (gap) entre a situação atual
e os resultados enunciados para definir o plano adequado.
No diagnóstico deverão ser utilizadas as ferramentas mais adequadas à situação (mercado, ramo de atividade, tipo de proTECNOMETAL - 245 - novembro/dezembro 2019
19
GESTÃO & TECNOLOGIAS
cesso, dimensão da empresa, …):
Análise VOC
atual, é chegado o momento de construir o plano de atividades de
melhoria, que irá permitir atingir os objetivos específicos (em linha
com a orientação estratégica) e atacar as ineficiências detetadas.
SWOT
Desta construção fazem parte:
Value Stream Analysis
Matriz de Excelência
Operacional
Estabelecer a sequência lógica dessas atividades
OEE
Definir o respetivo calendário, com horizonte temporal de 1 ano
etc.
Prever os recursos e meios necessários
7. Construção do plano de
atividades
Definidos os objetivos específicos e
realizado o diagnóstico da situação
20
Identificar as diferentes atividades de melhoria necessárias
Estimar o impacto de cada atividade nos objetivos específicos
É também importante harmonizar as atividades de melhoria que
resultam deste processo Hoshin Kanri com aquelas com origem na
Gestão Diária (Gemba Kanri).
TECNOMETAL - 245 - novembro/dezembro 2019
GESTÃO & TECNOLOGIAS
Ajuda a alinhar cada nível da organização e a focar o esforço naquilo que
realmente contribui para o cumprimento da visão e orientação estratégica.
Suporta o planeamento das atividades de melhoria alinhadas com os
objetivos operacionais da empresa,
para dar resposta aos problemas
detetados no diagnóstico.
8. Definição do mecanismo de controlo e revisão
A implementação do plano (estratégico) de melhoria deverá ser
suportada por um sistema de gestão que permita acompanhar as
atividades realizadas, verificar resultados, detetar e corrigir desvios,
realocar recursos.
Promove a implementação da gestão
diária normalizada (Gemba Kanri).
Pressupõe uma iniciativa de revisão
anual.
Tipicamente, leva-se a cabo uma revisão formal, de periodicidade
mensal, em que as equipas apresentam à direção da empresa uma
síntese das atividades desenvolvidas, das dificuldades sentidas e dos
resultados conseguidos.
Todo o processo deverá ser repetido anualmente, o que permite
desenvolver um novo plano de atividades de melhoria para o exercício seguinte.
Em Síntese:
O Hoshin Kanri é parte fundamental de uma transformação Lean,
sendo o método principal de desdobramento da estratégia.
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21
DIVULGAÇÃO E PROMOÇÃO
INEGI – Inovação no Fabrico Aditivo de Metais
Autor: Domingos Moreira, Luís Oliveira [INEGI – Instituto de Ciência e Inovação em Engenharia Mecânica
e Engenharia Industrial]
DO CONTEXTO AO CASO
PRÁTICO DE INOVAÇÃO
O fabrico aditivo ou impressão 3D
consiste num conjunto de tecnologias destinadas à geração de objetos
tridimensionais. Estas tecnologias,
por oposição às de fabrico subtrativo
(por corte ou desbaste, por exemplo), têm em comum a adição de
material por sobreposição, camada
a camada.
A tecnologia de impressão 3D surge
no final dos anos 80, associada aos
processos de prototipagem rápida. É
nesta altura que a empresa Stratasys
(EUA) inicia a comercialização da
primeira máquina de fusão de filamento (FDM) e a 3D Systems (EUA) a
comercialização da tecnologia de
estereolitografia (SLA).
No ano 2000 é instalada nas antigas
instalações do INEGI – Instituto de
Ciência e Inovação em Engenharia
Mecânica e Engenharia Industrial, a
primeira tecnologia de fabrico aditivo (designada LOM). Com esta
solução, pioneira à data e maioritariamente associada a processos de
prototipagem, era possível cortar
folhas de papel por laser e, depois
de aplicado um adesivo líquido,
sobrepô-las, folha a folha. Nos últimos 19 anos, o INEGI tem vindo a
consolidar a sua experiência nesta
área, desenvolvendo um conjunto
alargado de aplicações e tecnologias diferenciadoras, capazes de
acrescentar valor às empresas.
O fabrico aditivo permite acelerar o
desenvolvimento de novos produtos,
22
reduzindo os custos associados a erros de conceção e investimentos
em moldes, por exemplo, e potenciar a validação, mesmo que concetual, em fases embrionárias de desenvolvimento.
Atualmente, fruto da evolução dos últimos anos, a tecnologia de
impressão 3D deixa de ser apenas um meio para a produção de
protótipos e passa a permitir a obtenção de peças muito próximas
do produto final ou, nalguns casos, concretizar mesmo o produto
final.
TECNOLOGIA DED
(DIRECTED ENERGY DEPOSITION)
É uma tipologia de fabrico aditivo metálico que tem vindo a ganhar
relevância na indústria, particularmente nos setores da Aeronáutica,
Espaço e Energia, pela sua elevada cadência produtiva, capacidade
de produção de peças complexas de grande dimensão e combinação de diversos materiais. Existem casos de estudo que reportam
benefícios na redução de custos na ordem dos 30%, para pequenas
séries, e dos 50% na redução de prazos de desenvolvimento e produção.
O processo associado à tecnologia DED consiste na deposição
de um pó ou fio metálico, cuja fusão entre camadas é assegurada pela energia fornecida por um feixe laser. A fusão simultânea das camadas e a posterior solidificação e arrefecimento
controlados promovem a formação de uma zona de ligação
entre ambos.
A utilização de fio metálico, com outros sistemas acessórios, atinge
cadências produtivas maiores, embora com menor possibilidade de
escolha de materiais e menor complexidade geométrica, comparativamente com os sistemas de pó.
PROJETO ADD.ADDITIVE
Para dar resposta às grandes questões de investigação e desenvolvimento que incidem sobre a relação material-processo em métodos de fabrico aditivo, está a ser desenvolvido o Add.Additive – add
additive manufacturing to Portuguese industry. Trata-se de um projeto mobilizador no qual o INEGI participa, juntamente com um
conjunto de copromotores com saber e experiência nos domínios
técnico-científicos relevantes e com representatividade nacional e
internacional.
TECNOMETAL - 245 - novembro/dezembro 2019
DIVULGAÇÃO E PROMOÇÃO
Pretende-se alavancar a valorização dos resultados em diversos
setores, através de uma estratégia coordenada entre parceiros
industriais e institutos e centros de investigação, sendo o conhecimento gerado valorizado por via de atividades de criação, difusão,
transferência, utilização e incorporação de tecnologia assentes em
três pilares: ciência e desenvolvimento tecnológico; internalização
de saber e tecnologia pelos tomadores; e utilização dos mesmos
pelos potenciais utilizadores finais.
Ao INEGI coube investigar a tecnologia de fabrico aditivo que se
baseia na deposição direta de energia, uma missão que levou à
necessidade de operacionalizar a primeira estação laboratorial DED
no país. É neste contexto que está a ser desenvolvido, nas instalações do INEGI, um equipamento de fabrico aditivo metálico para
peças complexas de grande dimensão (até 2000 mm por 1000
mm; capaz de superar os volumes de trabalho suportados por
outras tecnologias como a SLM – Selective Laser Melting), baseado
na tecnologia de DED, com adição de um pós-processamento para
acabamento (por via subtrativa) e controlo dimensional, com elevado grau de precisão e qualidade. É nesta solução integradora que
reside o principal elemento diferenciador.
Sendo o acabamento superficial uma
das principais desvantagens da tecnologia DED, o INEGI está também
a desenvolver um processo híbrido
que combina fabrico aditivo e subtrativo, incluindo a retificação dimensional e o endurecimento superficial
por laser shot peening, que vai permitir um acabamento superficial
avançado.
Este trabalho implica a elaboração
das especificações, seleção de componentes, projeto mecânico e integração de diferentes subsistemas,
programação de sistemas de interface e controlo, montagem e testes a
sistemas-protótipo para avaliação
funcional de módulos e sistema integrado, bem como realização de
estudos experimentais e/ou computacionais
adicionais
para efeitos de verificação/otimização de sistemas.
O fabrico aditivo é hoje
em dia uma tecnologia
complexa, de elevado
valor acrescentado para
a indústria. Possibilita a
otimização do produto,
valorizando-o através
do processo produtivo.
Assemblagens de diversos componentes
podem agora ser consolidadas numa única
peça, de maior complexidade, sem que isso
represente um esforço
adicional, devido à
natureza dos processos
aditivos, camada a
camada.
Célula robótica experimental de Directed Energy Deposition (DED)
Célula robótica experimental de Directed Energy Deposition (DED)
TECNOMETAL - 245 - novembro/dezembro 2019
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RESPONSABILIDADE SOCIAL
Indústrias inclusivas:
da utopia imaginada à realidade tangível(1)
Autor: Vítor Carvalho e Diamantino Freitas [F.E.U.P – Laboratório de Processamento da Fala (LPF-ESI )]
ENQUADRAMENTO
A profissão de engenheiro pode ser
encarada como eminentemente
apoiada pela visão, desde o cálculo,
passando pelo desenho de projeto e
terminando na execução das mais
variadas tarefas inerentes à profissão. Constata-se também que
grande parte das atividades industriais se baseiam em informação
visual, seja qual for o setor ou a secção em apreço.
Imagine-se agora um engenheiro
com deficiência visual. De que forma
concreta é que isso o afetará no dia
a dia? Estará esse engenheiro incapacitado para realizar as tarefas que
lhe são atribuídas? Por outro lado,
quem é cego congénito e pretenda
seguir um curso de engenharia, terá
possibilidade de o fazer? E no caso
de quem, sendo já engenheiro, tiver
o infortúnio de adquirir cegueira?
Deverá abandonar para sempre a
sua profissão? São perguntas que
nos podem levar à perceção da
situação presente e que vamos aproveitar para projetar uma evolução
com algumas soluções.
Figura 1. Alguém que não seja afetado por deficiência visual tem
acesso e, no contexto da sua formação, poderá interpretar toda a
informação contida nesse desenho sem qualquer problema. Contudo,
no caso de alguém que ao longo da sua vida foi perdendo as faculdades visuais ou que, pura e simplesmente, ficou cego, de que forma
poderá percecionar a informação contida no desenho? A utilização
dos outros sentidos aponta para as hipóteses de utilizar representações táteis ou auditivas. No primeiro caso pode utilizar-se uma nova
representação num suporte plano criado por meio de impressão
sobre papel em relevo ou da utilização de um ecrã táctil. No segundo
caso, poderá produzir-se uma descrição verbalizada do conteúdo do
desenho de forma que a pessoa com deficiência visual possa construir uma imagem mental correta.
Do ponto de vista da empresa, é de todo o interesse integrar as pessoas com deficiência com um impacto mínimo naquilo que é o fluxo
EXEMPLO PRÁTICO
Como exemplo de uma tarefa do dia
a dia, atentemos no caso concreto do
desenho técnico representado na
Figura 1 – Desenho técnico simples
(1) Artigo baseado na comunicação com o mesmo título realizada na cerimónia comemorativa do 40.º Aniversário da Revista Tecnometal, AIMMAP.
26
TECNOMETAL - 245 - novembro/dezembro 2019
RESPONSABILIDADE SOCIAL
normal de trabalho e com a maior autonomia e independência possíveis. É por esta razão necessário que a perceção do desenho
possa abranger não só os contornos principais dos objetos representados, mas também as respetivas informações de detalhe contidas no desenho. É o caso, nomeadamente, das características
dimensionais, de textura, de cor e outras, como a posição relativa e
a organização com outros objetos do desenho. Por outro lado, não
convém mobilizar a utilização de recursos técnicos especiais exceto
quando imprescindível.
UMA PROPOSTA DE SOLUÇÃO PARA
INTERPRETAR O CONTEÚDO DO DESENHO
Neste caso concreto, optamos pela abordagem da descrição do
conteúdo do desenho. A forma mais comum com que as empresas
lidam com este tipo de desenho é assistida por computador, por
exemplo, com os softwares AutoCAD® ou Solidworks® e o formato
de CAD(2) designado DWG é um dos mais comuns.
Na sua essência, um desenho técnico como o da Figura 1 é composto por várias entidades geométricas que podem ser expressas
matematicamente.
678 64444744448
Desenho
técnico
em
análise
(SVG)
Máquina
de análise
e leitura de
desenhos
técnicos
Figura 2 – Máquina de análise e leitura de desenhos técnicos (“leitor”)
O AutoCAD®, por exemplo, usa uma
codificação própria para o formato
DWG, mas este pode ser convertido
noutro formato que se adapte
melhor ao tratamento que tem de ser
feito para que venha a ser percecionado e interpretado por uma pessoa
com deficiência visual através da
descrição.
Na investigação que se encontra em
curso [1, 2, 3], o formato julgado
mais apropriado nesta fase denomina-se SVG (Scalable Vector Graphics) e constitui um dialeto da grande
família XML (eXtensible Markup Language), apto para descrever entidades geométricas.
Procurou-se elaborar uma solução
para alcançar a funcionalidade da
descrição do desenho e, neste contexto, foi criado um software que se
pode designar como uma “máquina
de análise e leitura de desenhos técnicos”, daqui em diante designada por
“leitor”.
O “leitor", representado por meio de
um diagrama de blocos na Figura 2,
deve receber como entrada o ficheiro
com o desenho técnico já convertido
para o formato SVG (neste caso adotamos uma imagem semelhante à da
Figura 1 mas um pouco mais simples
e contendo informação de cor). Consideremos o desenho do exemplo
prático da Figura 2.
O “leitor” é implementado por um
software escrito na linguagem PHP. A
atividade inicia-se pela interpretação
do código SVG e extração de todos
os dados que interessam acerca das
entidades geométricas que figuram
no desenho, tais como: raio da circunferência, coordenadas do centro
nos eixos x e em y, cor de preenchimento e espessura/cor da linha de
contorno.
As cores são codificadas em SVG de
várias formas. Uma destas pode ser
(2) Computer-aided design
TECNOMETAL - 245 - novembro/dezembro 2019
27
RESPONSABILIDADE SOCIAL
o formato RGB, uma codificação que
guarda a informação cromática de
acordo com as suas componentes
nas três cores primárias elementares:
vermelho (R de red), verde (G de
green) e azul (B de blue).
Usando um algoritmo interno, o “leitor” consegue dar uma designação à
cor a partir dos valores das suas
componentes depois de convertidas
de RGB para o formato HSL: gama
(H de hue), saturação (S de saturation) e luminosidade (L de lightness).
Esta codificação está mais próxima
do processo fisiológico da visão
humana e é algoritmicamente mais
fácil de tratar.
A descrição da posição dos elementos no desenho faz-se inicialmente
de forma aproximada por 9 sectores
recorrendo a uma matriz de 3ï‚´3.
A descrição das medidas também é
feita inicialmente de forma aproximada fazendo proporção com a largura máxima do desenho. Neste
caso o diâmetro do círculo é cerca
de 1/3 da largura máxima do desenho.
São também procurados alinhamentos, simetrias e agrupamentos de
objetos.
Com todos estes dados agora disponíveis já se torna possível delinear
uma descrição do desenho técnico.
Além disso é ainda necessário controlar a carga cognitiva colocada à
pessoa com deficiência visual, e um
dos métodos de o fazer pode ser
organizar a descrição por vários
níveis de detalhe, começando por
uma descrição menos detalhada e
permitindo progredir até uma descrição com o máximo detalhe.
Esta abordagem pode denominar-se
abordagem em árvore, correspondendo o tronco ao nível menos detalhado e as folhas ao nível mais deta-
lhado. Neste caso foram definidos 4 níveis de detalhe, julgados
adequados para produzir simultaneamente um esforço progressivo
aos níveis cognitivo e de memorização e também uma resposta à
necessidade de detalhe:
Nível 1 – descreve as características gerais do desenho, tais
como o aspeto da tela e quantos elementos contém;
Nível 2 – nomeia os elementos;
Nível 3 – descreve e fornece valores aproximados para cada
elemento tais como a localização, o tamanho, a cor de preenchimento e a cor/espessura da linha de contorno;
Nível 4 – fornece os valores reais para cada binómio descrição/valor aproximado do nível 3.
Para que a pessoa com deficiência visual crie uma imagem mental
tão próxima da realidade quanto possível, é permitido que “navegue” pela descrição do desenho técnico da forma que entender, à
semelhança do que é disponibilizado noutro método de descrição
desenvolvido anteriormente(3).
Fornecendo comandos via teclado do terminal, o utilizador pode
focar-se em cada um dos quatro níveis, navegar pelos elementos
constituintes do desenho, investigar os elementos presentes num dos
nove setores em que a imagem é dividida ou até selecionar e ouvir
apenas as descrições correspondentes, por exemplo, aos elementos
do tipo quadrado, elipse, retângulo, triângulo, polígono, linha,
losango ou círculo.
É possível parar, em qualquer instante, a leitura da descrição.
Através de um ficheiro de configuração é possível “moldar” a voz
sintetizada que faz a descrição da imagem para ir ao encontro das
preferências do utilizador, nomeadamente ajustando a cadência da
leitura, o tipo de voz, as pausas e até, quando possível, a entoação.
Atente-se agora numa das descrições possíveis dadas pelo “leitor”(4) e procure-se imaginar o que está a ser descrito:
“Nível 1: a imagem é um retângulo horizontal, branco e com
um elemento. (pausa)
Nível 2: o elemento é um círculo. (pausa)
Nível 3: o círculo tem de diâmetro um terço da largura da imagem, está preenchido a amarelo com perímetro de espessura
média, em preto e situa-se na parte central da imagem”.
O desafio foi imaginar o desenho técnico da Figura 2 ou algo
semelhante a partir desta descrição.
A entrega do texto descritivo do desenho em cada nível da descrição pode ser realizada alternativamente ou de forma concomi-
(3) Este processo foi introduzido pela primeira vez na investigação do laboratório LPF-ESI no âmbito da leitura de fórmulas matemáticas (Audiomath) em 2005.
(4) Ouça a descrição áudio do “leitor” nesta ligação: http://bit.ly/svgtotxt
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TECNOMETAL - 245 - novembro/dezembro 2019
RESPONSABILIDADE SOCIAL
tante, através de Braille, mediante a utilização de uma régua eletrónica ou display de Braille, para tirar partido das capacidades de
interação do utilizador do sistema.
PARA ALÉM DA INTERPRETAÇÃO:
A CRIAÇÃO
No estado atual da investigação tenta-se agora dar o próximo
passo.
Se até aqui a principal preocupação foi alcançar a descrição correta de um desenho já existente, agora o foco é dotar a pessoa com
deficiência visual de uma nova ferramenta que lhe permita fazer
criações de objetos e seus desenhos com feedback multimédia, relativamente ao que está a criar, através de voz ou da régua Braille.
A Figura 3 mostra um desenho possível da mesa de trabalho [4] preparada para uma pessoa com deficiência visual interpretar e criar
documentação visual. Note-se que a maior parte dos periféricos do
computador é de uso comum: PC com teclado, rato e 2 monitores
(normal e debug).
Hoje encontram-se já disponíveis no mercado dispositivos hápticos
como o ecrã Braille (no canto inferior esquerdo da Figura 3) e a
caneta digital sem fios (wireless stylus), cujos preços são hoje uma
fração do que eram há alguns anos atrás.
Figura 4 – Cartoon humorístico em inglês sobre
inclusão (autor desconhecido)
O cartoon da Figura 4 apresenta
um conjunto diversificado de animais selvagens que ouvem atentamente um homem que lhes diz:
“Para que a seleção seja justa
todos vão ter de fazer o mesmo
exame: por favor subam àquela
árvore”.
Ora incluir não pode ser simplesmente dar as mesmas condições a
todos. Essa é uma justeza falsa.
Incluir deverá ser dotar cada um com
as ferramentas necessárias para atingir o seu potencial máximo de capacidade para uma determinada situação e adequar o trabalho e as
tarefas às suas capacidades.
A REALIDADE DEMOGRÁFICA DAS PESSOAS
COM DEFICIÊNCIA
Figura 3 – Mesa de trabalho de uma pessoa com deficiência visual [4]
INDÚSTRIAS INCLUSIVAS
De que forma será possível incluir na indústria metalo-mecânica
pessoas com deficiência visual ou mesmo outros tipos de deficiência?
Tentemos primeiro introduzir e definir o qualificativo “inclusivo”. O
dicionário Priberam da Língua Portuguesa sugere-nos “...que inclui,
que abrange...”. É uma definição parca, no entanto, aponta o caminho para a definição dentro do contexto das indústrias inclusivas.
Incluir e abranger não pode ser feito de qualquer forma.
TECNOMETAL - 245 - novembro/dezembro 2019
Os dados utilizados a seguir referem-se ao censo de 2001 [5, 6, 7]
uma vez que no censo de 2011 a
descrição das deficiências não foi
contemplada na análise feita à
população (o que aliás motivou, na
altura, justas críticas por parte das
associações de pessoas com deficiência).
Em Portugal, 6,1% da população
total possui algum tipo de deficiência. Da população ativa, 3,3% são
pessoas com deficiência. Da população inativa, são-no 12,8%. Notamos de imediato uma distribuição
pouco equilibrada das pessoas com
deficiência pela população ativa e
inativa.
29
RESPONSABILIDADE SOCIAL
Analisemos agora a distribuição das
pessoas com deficiência pela sua
situação de empregado, desempregado ou sem atividade económica
de acordo com o seu tipo de deficiência (Figura 5).
O gráfico da Figura 5 já nos transmite uma ideia mais informativa
sobre a realidade. As deficiências
predominantes são a motora e a
visual, “ganhando” a deficiência
visual por uma pequena margem. As
deficiências auditiva e mental têm
sensivelmente metade da ordem de
grandeza. A menos expressiva das
que estão discriminadas é a paralisia
cerebral. Todas as outras deficiências
somadas totalizam pouco menos que
as deficiências motora e visual.
No entanto, aquilo que devemos
salientar neste gráfico é que mais de
metade das pessoas em cada tipo de
deficiência não têm qualquer atividade económica.
Esta situação muito provavelmente
deve-se ao facto de a deficiência
não permitir executar diretamente
nenhum tipo de atividade profissional ou a perceção do mundo do trabalho por parte de uma grande fatia
das pessoas com deficiência provoca
a sua desistência antes mesmo de
tentarem a sua “sorte”?
Empregado
Auditiva
Desempregado
Visual
Motora
Mental
Cerebral
Paralisia
Outras
40000
saosseP ed º.N
60000
80000
120000
140000
160000
140000
N.º de Pessoas
120000
RELAÇÃO ENTRE A INDÚSTRIA E A PESSOA
COM DEFICIÊNCIA
Refletindo nos motivos que levam as empresas a não investirem
mais nas pessoas com deficiência, podemos encontrar explicações
baseadas em preconceitos.
Com efeito existem setores de opinião com uma perceção desajustada do talento e capacidade disponível, em geral, nas pessoas com
deficiência e, lembrando o cartoon da Figura 4, tudo se resume a
proporcionar o ambiente necessário para que as potencialidades de
cada um se manifestem.
Outros setores não conseguem ver os benefícios potenciais de
empregarem uma pessoa com deficiência. Está provado [11] que
isso leva à inovação no interior da empresa e à simplificação de
processos internos que beneficiam todos os seus funcionários,
incluindo com certeza aqueles que pertencem ao grupo sem deficiência.
ANÁLISES SWOT
100000
Façamos uma análise SWOT focada na empresa que inclui o trabalhador com deficiência
80000
60000
Forças: cumprimento da obrigação social da inclusão; incluir
o potencial de força de trabalho das pessoas com deficiência;
40000
20000
0
Auditiva
Empregado
Visual
Motora
Desempregado
Mental
Paralisia
Cerebral
Outras
Sem Atividade Económica
Figura 5 – Situação das pessoas com deficiência
relativamente à atividade económica (Censos 2001
– dados omissos nos censos de 2011)
30
Se analisarmos a evolução do emprego das pessoas com deficiência no período 2011-2017, vemos que se encontra em contraciclo:
enquanto nas restantes pessoas o emprego teve um aumento de
34,5%, as pessoas com deficiência viram o seu desemprego
aumentar 24%. É um fosso de 58,5% que separa estas duas realidades no período em apreço. Algo deve ser retificado.
Existe ainda a opinião que o retorno de investimento é muito baixo,
se não negativo ou nulo. No entanto, diversos estudos [11] apontam precisamente para o contrário, apoiados naquilo que foi mencionado no parágrafo anterior, consequência direta da inovação e
simplificação de processos.
160000
Sem Atividade Económica
0
20000
100000
Este tema é mediático. Em 2018, o Observatório da Deficiência e
Direitos Humanos lançou um relatório que teve eco nos média
nacionais. Um conhecido diário [8] da praça colocou como título
numa das suas edições “Metade dos deficientes não têm emprego”.
Outro periódico semanal [9] afirmava, baseado nesse mesmo relatório, que “Portugal precisa de estratégia para a inclusão de deficientes”. Um terceiro periódico diário [10], por seu turno, salientou que
as “Quotas de emprego no privado são um mal necessário, mas não
resolvem o desemprego dos deficientes”.
Fraquezas: pessoas com deficiência sentirão inferioridade
relativamente aos colegas e solicitarão a aplicação de medidas permissivas quando cometerem erros; provavelmente
haverá alguma dependência de recursos externos necessários
para a promoção da inclusão, tecnologias de acessibilidade,
formação, etc.;
TECNOMETAL - 245 - novembro/dezembro 2019
RESPONSABILIDADE SOCIAL
Oportunidades: benefício resultante de ter de estruturar de
forma moderna os serviços envolvidos para tornar o posto de
trabalho inclusivo; os trabalhadores com deficiência têm um
baixo grau de absentismo, contudo apresentam em geral
maior fragilidade face à vida corrente; existência de apoios
estatais e outros para promover a inclusão; melhoria da imagem social da empresa;
Ameaças: dificuldade de integração das pessoas com deficiência nas equipas; eventual dificuldade na substituição no
posto de trabalho por doença ou outro impedimento; possíveis oscilações das políticas de apoio estatal.
Façamos agora a análise SWOT focada no trabalhador com deficiência.
Forças: integrar-se no grupo de trabalho; preferir o trabalho
em equipa; cumprir os valores organizacionais; cumprir as
suas atribuições; os trabalhadores com deficiência têm em
geral um baixo grau de absentismo.
Fraquezas: pessoas com deficiência sentirão inferioridade
relativamente aos colegas e solicitarão a aplicação de medidas permissivas quando cometerem erros.
Oportunidades: gerir situações críticas; aplicar os conhecimentos adquiridos; receber ajuda dos colegas no cumprimento dos seus deveres e cumprir os seus objetivos e obrigações.
Ameaças: não partilhar os conhecimentos com os colegas e
não participar no desenvolvimento da empresa.
LEGISLAÇÃO
O direito nacional dos cidadãos com deficiência salvaguarda algumas situações e obriga as empresas (e sociedade em geral) a serem
mais conscienciosas.
O Observatório da Deficiência e Direitos Humanos lançou em
2018 um documento intitulado “Pessoas com Deficiência em Portugal – Indicadores de Direitos Humanos” [12] e descreve, no seu
capítulo 2 dedicado ao trabalho e emprego, o quadro legal e político. Vejamos alguns dos aspetos fundamentais aí apresentados.
O artigo 27.º da Convenção dos Direitos das Pessoas com Deficiência (CDPD) – aprovada em assembleia geral das nações unidas em
2006 e ratificada por Portugal em 2009 [13] – estabelece o direito
ao trabalho e emprego das pessoas com deficiência, estipulando
que este deve incluir “o direito à oportunidade de ganhar a vida
através de um trabalho livremente escolhido ou aceite num mercado
e ambiente de trabalho aberto, inclusivo e acessível”. Proíbe-se,
desta forma, a discriminação com base na deficiência em todas as
matérias relacionadas com trabalho e emprego e insta à adoção de
medidas para assegurar o acesso a adaptações razoáveis no local
de trabalho.
TECNOMETAL - 245 - novembro/dezembro 2019
O direito ao trabalho e emprego das
pessoas com deficiência é enquadrado, na legislação nacional, pelo
Código do Trabalho e pela Lei n.º
46/2006 [14], ambos proibindo a
discriminação das pessoas com deficiência no acesso ao emprego e
realçando, em consonância com o
disposto no CDPD, a necessidade de
“medidas adequadas, em função das
necessidades de uma situação concreta, para que a pessoa portadora
de deficiência tenha acesso a um
emprego, ou que possa nele progredir, ou para que lhe seja ministrada
formação, exceto se essas medidas
implicarem encargos desproporcionados para a entidade empregadora” (cf. artigo 5.º, 4 da Lei n.º
46/2006).
O quadro legal e político português
compreende medidas de apoio ao
emprego e formação profissional
destinadas a públicos diversos, em
que se incluem as pessoas com deficiência, que são designadas de
“medidas gerais” e medidas direcionadas exclusivamente para as pessoas com deficiência, que são designadas por “medidas específicas”,
estando reguladas no âmbito do Programa de Emprego e Apoio à Qualificação das Pessoas com Deficiência
[15]. Adicionalmente, existe ainda,
desde 2001, um sistema de quotas
de emprego para pessoas com deficiência nas administrações públicas.
O sistema de quotas de emprego
para pessoas com deficiência no
setor privado, previsto no artigo 28.o
da Lei 38/2004 [16], encontra-se
em fase de regulamentação.
PARA ALÉM
DA LEGISLAÇÃO
Um aspeto que não devemos desprezar é a responsabilidade social
corporativa da empresa que tem nos
seus quadros pessoas com deficiência e de como isso poderá contribuir
para a ideia positiva que os consumidores dos seus produtos formarão
sobre a empresa.
31
RESPONSABILIDADE SOCIAL
O NOSSO DESAFIO
Os autores manifestam o seu entusiasmo em colaborar no derrubar
destas barreiras de acessibilidade e
em tornar a indústria portuguesa
inclusiva.
Propõem, neste contexto, a criação
e dinamização de uma equipa –
que estão desde já disponíveis para
integrar – e que deverá focar-se
numa linha de ação composta por
duas atividades, a primeira, intervenção e a segunda, formação.
A primeira atividade poderá ser
constituída por duas fases. A pri-
meira deverá estudar a situação atual da indústria portuguesa em
termos de inclusão de pessoas com deficiência.
Na segunda fase deveremos escolher uma ou mais funções profissionais para implementação prática da inclusão no seio da indústria, como o projeto mecânico, documentação mecânica, cálculo,
etc. Paralelamente, na segunda atividade, deveremos desenvolver
também uma carteira de formação em inclusão, adaptada às
empresas e aos seus colaboradores.
Conclui-se a presente contribuição com uma citação [17] de
Oscar Wilde, da qual se faz uma tradução livre: “Um mapa do
mundo que não inclua a utopia não vale a pena, pois deixa de fora
o único país em que a Humanidade está sempre a desembarcar. E
quando a Humanidade desembarca, olha para o horizonte e,
vendo um país melhor, parte. O progresso é a realização das utopias”.
REFERÊNCIAS
[1] Carvalho, V. (2014). Conversão de imagens SVG para texto e fala.
[2] Carvalho, V., & Freitas, D. (2015). Converting SVG images to text and speech. ICEAPVI.
[3] Carvalho, V., & Freitas, D. (2015). Automatic description of SVG images for the visually impaired: a Gestaltic approach.
Procedia Computer Science, 67, 2-11.
[4] Bornschein et al., no prelo
[5] https://www.pordata.pt/Portugal/População+residente+com+deficiência+segundo+os+Censos+total+e+por+tipo+
de+deficiência+e+sexo+(2001)-1243
[6] https://www.pordata.pt/Portugal/População+residente+com+15+e+mais+anos+com+deficiência+segundo+
os+Censos+total+e+por+tipo+de+deficiência+e+condição+perante+a+actividade+económica+(2001)-1244
[7] https://www.pordata.pt/Portugal/População+residente+com+deficiência+segundo+os+Censos+total+e+por+tipo
de+deficiência+(2001)-1239
[8] https://www.dn.pt/vida-e-futuro/metade-dos-deficientes-nao-tem-emprego--10316442.html
[9] https://expresso.pt/sociedade/2018-10-20-Portugal-precisa-de-estrategia-para-a-inclusao-de-deficientes-diz-Observatorio-da-Deficiencia
[10] https://www.publico.pt/2018/12/13/sociedade/noticia/quotas-emprego-privado-sao-mal-necessario-nao-resolvem-problema-desemprego-pessoas-deficiencia-1854483
[11] https://www.accenture.com/us-en/about/inclusion-diversity/persons-with-disabilities
[12] http://oddh.iscsp.ulisboa.pt/index.php/pt/2013-04-24-18-50-23/publicacoes-dos-investigadores-oddh/item/387-relatorio-oddh-2018
[13] http://www.acapo.pt/convencao-sobre-os-direitos-das-pessoas-com-de-deficiencia
[14] https://dre.pt/pesquisa/-/search/540797/details/maximized
[15] https://dre.pt/pesquisa/-/search/491685/details/maximized
[16] https://dre.pt/pesquisa/-/search/480708/details/maximized
[17] Wilde, O., & Haldeman-Julius, E. (1919). The soul of man under socialism (No. 36). AL Humphreys.
32
TECNOMETAL - 245 - novembro/dezembro 2019
WELCOME
TO THE
MOLDES E MATRIZES
Modelos: série GT
MICRO-COMPONENTES
Modelos: série ML45
ELETRODOS EM GRAFITE
AERONÁUTICA
Modelos: série A
PRODUÇÃO DE FERRAMENTAS
www.dnctecnica.com
www.cbferrari.com
geral@dnctecnica.com
RESPONSABILIDADE SOCIAL
Formação e Qualificação
CENFIM – Plano de Formação 2020
janeiro, fevereiro e março
TIPO
DE
ATIVIDADE
Const. Mecânicas
CÓDIGO
DA
AÇÃO
FORMAÇÃO CONTÍNUA
55114 Metrologia
CÓDIGO
DO
CURSO
Q2FC223
TOTAL
DE
PREÇO* NÚCLEOS
HORAS
DATA
INÍCIO
FIM
09/jan/20
23/abr/20
25
75 €
Construções
Metálicas
55106 Soldadura tig em aço inoxidável
Q2rD415
55100 Sold. Ser – ângulo em chapa nas posições pA, pb e pF Q2FD300
55101 Sold. tig – ângulo em chapa nas posições pA, pb, pC e pF Q2FD305
09/jan/20 23/abr/20
10/jan/20 20/mar/20
06/mar/20 18/jun/20
50
50
50
225 €
225 €
225 €
eletricidade /
/ eletrónica
55132
55126
55124
55130
Q2rK246
Q2FK194
Q2FK160
Q2rK235
09/jan/20
09/jan/20
09/jan/20
13/mar/20
23/abr/20
23/abr/20
23/abr/20
24/jun/20
50
25
25
50
150 €
75 €
75 €
150 €
Q2FL027
09/jan/20
23/abr/20
25
75 €
Q2FZ054
13/mar/20 24/abr/20
25
100 €
55107 CAD 2D – peças e conjuntos complexos
Q2FA162
projeto / Desenho 55111 trigonometria e cálculos geométricos
Q2FA182
55113 Desenho técnico – introdução à leitura e interpretação Q2FA234
09/jan/20
09/jan/20
10/jan/20
23/abr/20
23/abr/20
24/abr/20
50
25
50
150 €
100 €
150 €
59422 tecnologias aplicadas às construções metalomecânicas Q2FC304
– fundamentos
20/jan/20
30/abr/21
125
375 €
instalações elétricas – a tubo
princípios de robótica
Quadros elétricos de distribuição
instalações eléctricas – a cabo
Formação de base 55127 Língua Francesa – técnicas de escrita
não
tipificado
Construções
55128 Língua inglesa – construções metálicas
– soldadura, automação e robótica
59423 Construções metalomecânicas/CnC – fundamentos
Q2FC303
10/fev/20 18/dez/20
125
375 €
59421 Conjuntos mecânicos – práticas de,
execução
montagem / desmontagem e de soldadura
Q2FC309
02/mar/20 30/abr/21
150
450 €
59600 Soldadura MAg/FF – ângulo em chapa
nas posições pA, pb, pF e pg
Q2FD299
08/fev/20 21/mar/20
50
225 €
Metálicas
59602 Soldadura Ser – ângulo em chapa
nas posições pA, pb e pF
Q2FD300
28/mar/20 16/mai/20
50
225 €
eletricidade /
/ eletrónica
59424 eletricidade e instalações elétricas
59427 Máquinas elétricas e eletrónica
Q2FK175
Q2FK176
20/jan/20 29/jan/21
09/mar/20 30/abr/21
225
200
900 €
800 €
59426 organização e planeamento da manutenção
Q2Fe254
02/mar/20
31/jul/20
50
200 €
Q2FA233
20/jan/20
30/out/20
125
375 €
69051 introdução, programação e operação em fresadoras CnC Q2rC492
20/jan/20 14/mai/20
125
69045 Soldadura tig – ângulo em chapa nas
posições pA, pb, pC e pF
Q2FD305
06/jan/20
10/fev/20
50
225 €
69046 Soldadura MAg/FF – ângulo em chapa nas
posições pA, pb, pF e pg
Q2FD299
17/fev/20 16/mar/20
50
225 €
69047 Soldadura Ser – ângulo em chapa nas posições
pA, pb e pF
Q2FD300
23/mar/20 24/abr/20
50
225 €
69052 práticas de refrigeração e climatização
Q2FJ163
09/mar/20 10/jun/20
100
400 €
Mecânicas
Construções
Manut. industrial
projeto / Desenho 59420 Desenho técnico/CAD – fundamentos
Const. Mecânicas
Construções
Metálicas
energia
AMArAnte
ArCoS
De VALDeVeZ
CALDAS
DA rAinhA
* O preço destas ações têm desconto de 50% para as Empresas Associadas da ANEME e AIMMAP
* O preço destas ações têm desconto de 30% para as Associações Locais Protocoladas com o CENFIM
34
TECNOMETAL - 245 - novembro/dezembro 2019
RESPONSABILIDADE SOCIAL
TIPO
DE
ATIVIDADE
CÓDIGO
DA
AÇÃO
Manutenção
industrial
69060 Q tMi (mm) - ciclo e4 - eletricidade de baixa tensão
69061 Curso de serralharia geral
69062 eletricidade e automação industrial
Construções
FORMAÇÃO CONTÍNUA
CÓDIGO
DO
CURSO
DATA
INÍCIO
FIM
TOTAL
DE
PREÇO* NÚCLEOS
HORAS
Q2re311
Q2re299
Q2re324
04/fev/20 19/mai/20
10/fev/20 30/jun/20
10/fev/20 30/jun/20
150
300
300
900 €
CALDAS
DA rAinhA
600 €
erMeSinDe
57617 Maquinação, serralharia e soldadura
Q2FC404
02/mar/20 30/abr/20
200
57710 Q tMp (CnC) – ciclo C1 – introd. à metalomecânica i
Q2rC478
18/mar/20 29/mai/20
125
57712 Q tMp (CnC) – ciclo C3 – maquinação convencional
Q2rC480
19/mar/20
29/jul/20
150
57716 Q tMp (CnC) – ciclo C4 – programação e operação
de fresadoras CnC
Q2rC481
20/mar/20
31/jul/20
125
57713 Q tMp (CnC) – ciclo C1 – introd. à metalomecânica i
Q2rC478
25/mar/20 28/mai/20
125
57714 Q tMp (CnC) – ciclo C3 – maquinação convencional
Q2rC480
26/mar/20
29/jul/20
150
57715 Q tMp (CnC) – ciclo C4 – programação e operação
de fresadoras CnC
Q2rC481
30/mar/20
31/jul/20
125
57611 Soldadura multiprocessos
Q2FD320
20/jan/20
30/abr/20
200
900 €
57622
57614
57615
57623
Q2rh083
Q2rh083
Q2Fh059
Q2Fh059
02/mar/20
02/mar/20
30/mar/20
30/mar/20
27/mar/20
27/mar/20
30/abr/20
30/abr/20
25
25
25
25
75 €
75 €
Q2FZ078
30/mar/20 29/mai/20
210
840 €
Q2FA220
20/jan/20 11/mar/20
50
150 €
oiF prog
oiF prog
oiF MAQ
oiF MAQ
06/jan/20
06/jan/20
06/jan/20
06/jan/20
30/jun/20
30/jun/20
30/jun/20
30/jun/20
50
50
50
50
63720 práticas de refrigeração e climatização
Q2rJ172
02/mar/20 06/abr/20
100
Construções
Mecânicas
64458
64462
64460
64461
64459
64463
64452
64415
64416
64420
64453
64418
oiF prog
oiF prog
oiF prog
oiF MAQ
oiF MAQ
oiF MAQ
Q2rC457
Q2FC291
Q2FC296
Q2FC292
Q2rC454
Q2FC301
20/jan/20
20/jan/20
20/jan/20
20/jan/20
20/jan/20
20/jan/20
04/fev/20
17/fev/20
18/fev/20
17/mar/20
17/mar/20
23/mar/20
18/dez/20
18/dez/20
18/dez/20
18/dez/20
18/dez/20
18/dez/20
28/fev/20
20/mar/20
03/abr/20
11/abr/20
16/abr/20
30/abr/20
50
50
50
50
50
50
25
50
50
25
25
50
100 €
150 €
150 €
75 €
100 €
150 €
Construções
Metálicas
64434 Soldadura MAg/FF – topo a topo em chapa nas
posições pA, pg e pF
Q2FD354
25/jan/20 14/mar/20
50
225 €
64433 processos de soldadura a elétrodo revestido
Q2FD183
14/mar/20 16/mai/20
50
225 €
eletric. / eletrónica 64440 noções de eletricidade e desenho esquemático
Q2FK169
28/jan/20
20/fev/20
25
75 €
projecto / Desenho
Q2FA220
Q2FA164
Q2FA183
27/jan/20 27/fev/20
02/mar/20 14/abr/20
17/mar/20 30/abr/20
50
50
50
150 €
150 €
200 €
t2eF082
17/fev/20
16
75 €
Mecânicas
Const. Metálicas
Formação /
/ educação
não tipificado
perfil e potencial do empreendedor – diagnóstico / desenv.
perfil e potencial do empreendedor – diagnóstico / desenv.
plano de negócio – criação de micronegócios
plano de negócio – criação de micronegócios
57699 prática em contexto de trabalho
projeto / Desenho 57609 Desenho técnico – leitura e interpretação
Construções
Mecânicas
energia
63731
63733
63734
63732
programação de fresadoras CnC
programação de fresadoras CnC
Setup e maquinação com fresadoras CnC
Setup e maquinação com fresadoras CnC
programação de fresadoras CnC
programação de fresadoras CnC
programação de fresadoras CnC
Setup e maquinação com fresadoras CnC
Setup e maquinação com fresadoras CnC
Setup e maquinação com fresadoras CnC
Moldes – tipos, materiais e equipamentos
operação e maquinação c/fresadoras CnC – fundamentos
Conjuntos mecânicos – operações por maquinação
Construções metalomecânicas – bancada
Moldes – conceção
operação e maquinação c/ fresadoras CnC – desenv.
64426 Desenho técnico – leitura e interpretação
64427 iniciação ao CAD 2D
64428 Desenho de moldes simples – materiais plásticos
Qualidade e Ambiente 64449 SegurCArD – cartão de segurança
28/fev/20
LiSboA
400 €
MArinhA
grAnDe
* O preço destas ações têm desconto de 50% para as Empresas Associadas da ANEME e AIMMAP
* O preço destas ações têm desconto de 30% para as Associações Locais Protocoladas com o CENFIM
TECNOMETAL - 245 - novembro/dezembro 2019
35
RESPONSABILIDADE SOCIAL
TIPO
DE
ATIVIDADE
CÓDIGO
DA
AÇÃO
Construções
Mecânicas
56101 Metrologia dimensional
56105 Formação CnC/CAM em 5 eixos
FORMAÇÃO CONTÍNUA
CÓDIGO
DO
CURSO
14/fev/20
05/jun/20
25
150
75 €
600 €
56104 Desenho técnico – introdução à leitura e interpretação Q2FD316
10/fev/20 20/mar/20
50
150 €
56106 Soldadura MAg/FF – ângulo em chapa nas
posições pA, pb, pF e pg
Q2FD299
17/fev/20 20/mar/20
50
225 €
56107 Automatismos industriais-hidráulica
Q2Fe140
16/mar/20 10/abr/20
25
75 €
Qualidade
e Ambiente
56102 Ambiente, segurança, higiene e saúde no trabalho
– conceitos básicos
Q2FF123
03/fev/20
28/fev/20
25
75 €
Qualidade
e Ambiente
67074 primeiros socorros
67075 Qualidade e organização da produção
Q2FF191
Q2FF176
06/jan/20
06/jan/20
31/jan/20
31/jan/20
25
25
75 €
75 €
peniChe
Construções
Metálicas
54602 Soldadura multiprocessos
54601 Soldadura multiprocessos
Q2FD320
Q2FD320
13/jan/20 21/fev/20
13/jan/20 27/mar/20
200
200
900 €
900 €
porto
54618 instalador de aparelhos a gás
t2XJ159
27/jan/20 06/mar/20
100
360 €
54625 inst. de aparelhos a gás – atualização de conhecimentos t2XJ156
03/fev/20
21/fev/20
25
125 €
54622 instalador de instalações de gás e de redes
t2XJ154
e ramais de distribuição – atualização de conhecimentos
03/fev/20
21/fev/20
25
125 €
54619 técnico de gás – atualização de conhecimentos
t2XJ155
03/fev/20
21/fev/20
25
125 €
54633 programação de autómatos
Q2re291
16/mar/20 24/abr/20
75
300 €
não tipificado
54640 emprego no século XXi
Q2FZ079
16/mar/20 15/mai/20
200
800 €
Administrativo,
Comercial
e Marketing
65282 gestão do stress do profissional
65267 ergonomia e movimentação manual de cargas
65283 inglês técnico
Q2rg163
Q2rg169
Q2Fg091
27/jan/20 20/fev/20
16/mar/20 30/abr/20
30/mar/20 07/mai/20
25
25
50
75 €
75 €
200 €
65285 Soldadura MAg/FF – topo a topo em chapa
nas posições pA, pg e pF
Q2FD354
20/jan/20
28/fev/20
50
225 €
65286 Soldadura tig – ângulo em chapa na posição pD
e chapa/tubo nas posições pb, pD e ph
Q2FD364
23/mar/20 30/abr/20
50
225 €
eletricidade /
/ eletrónica
65263 eletricidade geral
65255 Quadros elétricos de distribuição
Q2FK159
Q2FK160
17/fev/20 31/mar/20
16/mar/20 30/abr/20
50
25
150 €
75 €
Manutenção
industrial
65258 pneumática e hidráulica
65268 Formação técnica de manutenção
Q2Fe231
Q2Fe280
27/jan/20 28/fev/20
23/mar/20 22/mai/20
25
75
100 €
225 €
não tipificado
65277 Logística, armazenagem e distribuição
Q2rZ097
10/fev/20 27/mar/20
50
200 €
org. e gestão ind. 65278 Liderança e trabalho em equipa
Q2Fb063
17/fev/20 27/mar/20
25
100 €
projeto / Desenho 65271 CAD 2D – peças e conjuntos de média complexidade
Q2FA166
17/fev/20 31/mar/20
50
150 €
Q2FF191
Q2FF123
20/jan/20 27/fev/20
10/fev/20 17/mar/20
25
25
75 €
75 €
Q2rK269
04/mar/20
24/jul/20
175
Q2FJ085
09/mar/20 30/out/20
225
Q2rF251
06/jan/20
300
Construções
Metálicas
Manut. industrial
energia
Manut. industrial
Construções
Metálicas
Qualidade
e Ambiente
65250 primeiros socorros
65253 Ambiente, segurança higiene e saúde no trabalho
– conceitos básicos
eletric. / eletrónica 66126 eletricista de instalações iV
energia
66110 refrigeração e climatização ii
Qualidade e Ambiente 66122 Segurança e higiene no trabalho ii
Q2FC290
Q2rC427
TOTAL
DE
PREÇO* NÚCLEOS
HORAS
DATA
INÍCIO
FIM
20/jan/20
24/fev/20
17/abr/20
oLiVeirA
De AZeMéiS
SAntAréM
torreS VeDrAS
900 €
* O preço destas ações têm desconto de 50% para as Empresas Associadas da ANEME e AIMMAP
* O preço destas ações têm desconto de 30% para as Associações Locais Protocoladas com o CENFIM
36
TECNOMETAL - 245 - novembro/dezembro 2019
RESPONSABILIDADE SOCIAL
TIPO
DE
ATIVIDADE
FORMAÇÃO CONTÍNUA
CÓDIGO
DO
CURSO
Fresagem CnC – introdução e programação
Metrologia dimensional
torneamento CnC – introdução e programação
CAM 3D – maquin. assistida por computador – desenv.
CMM – controlo dimensional por coordenadas
Q2FC312
Q2FC290
Q2rC418
Q2FC314
Q2FC378
20/jan/20
20/jan/20
20/fev/20
24/fev/20
16/mar/20
18/mar/20
29/mai/20
16/abr/20
29/abr/20
06/mai/20
75
25
50
50
25
225 €
75 €
150 €
200 €
100 €
Q2FD311
Q2FD312
03/fev/20 05/mai/20
04/fev/20 06/mai/20
100
100
450 €
450 €
Formação/educação 58622 plano de negócio – criação de pequenos e médios negócios Q2Fh060
18/fev/20 09/abr/20
50
150 €
Q2re291
03/mar/20 19/mai/20
75
300 €
Q2FA276
Q2FA264
Q2FA263
Q2FA265
Q2FA266
Q2FA262
20/jan/20 30/nov/20
20/jan/20 26/fev/21
20/jan/20 29/mai/20
20/jan/20 26/fev/21
20/jan/20 26/fev/21
20/jan/20 30/nov/20
100
250
225
250
225
175
300 €
750 €
675 €
750 €
900 €
525 €
Q2FA234
Q2FA154
p2eA299
27/jan/20 12/mar/20
25/fev/20 30/abr/20
26/fev/20 29/abr/20
50
75
75
150 €
300 €
360 €
Construções
Mecânicas
Construções
Metálicas
Manut. industrial
CÓDIGO
DA
AÇÃO
58607
58421
58625
58615
58618
58606 Soldadura Ser – ângulo e topo a topo em chapa
58601 Soldadura MAg/FF – ângulo e topo a topo em chapa
58619 programação de autómatos
58423
58426
58422
projeto / Desenho 58425
58427
58424
Desenho de const. mecânicas – automatismos industriais
Desenho de const. mecânicas – conj. mecânicos/metálicos
Desenho de const. mecânicas – construções mecânicas
Desenho de const. mecânicas – desenho técnico/CAD
Desenho de construções mecânicas – projeto
Desenho de construções mecânicas – tecnologias
aplicadas às construções metalomecânicas
58609 Desenho técnico – introdução à leitura e interpretação
58612 Modelação paramétrica
58628 Modelação em tekla structures
TIPO
DE
ATIVIDADE
TOTAL
DE
PREÇO* NÚCLEOS
HORAS
CÓDIGO
DO
CURSO
DATA
INÍCIO
FIM
Q2oD288
27/jan/20
26/fev/21
1200 gratuito
eletric./ eletrónica 63741 técnico/a de instalações elétricas
Q2oK213
10/fev/20
30/jul/21
1475 gratuito
Const. Metálicas
68204 Soldador/a
Q2oD288
13/jan/20
18/dez/20 1200 gratuito
Const. Mecânicas
68205 técnico/a de maquinação e programação CnC
Q2oC323
20/jan/20
29/jan/21
1475 gratuito
Q2oA238
09/mar/20 28/jan/22
1500 gratuito
Const. Metálicas
CÓDIGO
DA
AÇÃO
DATA
INÍCIO
FIM
EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO
DE ADULTOS – EFA
63739 Soldador/a
projeto / Desenho 58017 técnico/a de desenho de construções mecânicas
TIPO
DE
ATIVIDADE
TOTAL
DE
PREÇO NÚCLEOS
HORAS
LiSboA
SineS
troFA
CÓDIGO
DO
CURSO
DATA
INÍCIO
FIM
Q1bC255
06/jan/20 13/nov/20 3945 gratuito MArinhA grAnDe
CÓDIGO
DO
CURSO
DATA
INÍCIO
FIM
eletric. / eletrónica 59029 tecnologia mecatrónica
Q1DK178
13/jan/20
17/dez/21 1585 gratuito ArCoS De VALDeVeZ
eletric. / eletrónica 63703 tecnologia mecatrónica
Q1DK178
27/jan/20
30/set/21 1585 gratuito
Q1Db111
02/mar/20 23/dez/21 1560 gratuito
oLiVeirA
De AZeMéiS
Q1DK178
13/jan/20
SAntAréM
Const. Mecânicas
TIPO
DE
ATIVIDADE
organização e
gestão industrial
CÓDIGO
DA
AÇÃO
troFA
APRENDIZAGEM
64392 técnico de maquinação e programação CnC
CÓDIGO
DA
AÇÃO
ESPECIALIZAÇÃO TECNOLÓGICA
CET
56010 gestão da produção
eletric. / eletrónica 65290 tecnologia mecatrónica
27/jul/21
TOTAL
PREÇO NÚCLEOS
DE
HORAS
TOTAL
DE
PREÇO NÚCLEOS
HORAS
1585 gratuito
LiSboA
* O preço destas ações têm desconto de 50% para as Empresas Associadas da ANEME e AIMMAP
* O preço destas ações têm desconto de 30% para as Associações Locais Protocoladas com o CENFIM
TECNOMETAL - 245 - novembro/dezembro 2019
37
NOTÍCIAS
METAL PORTUGAL esteve presente na BATIMAT 2019
A edição de 2019 da BATIMAT
abriu as portas no passado dia 4
de novembro, no Parque de
Exposições Nord Villepinte, em
Paris.
De 4 a 8 de novembro a AIMMAP
acompanhou e apoiou a participação de quatro empresas do
METAL PORTUGAL, nesta que é a
principal feira da construção do
mundo e que se realiza na capital
francesa em cada 2 anos.
ARESTALFER, CAAP – Carlos
Alberto Alves Pereira, Metalúrgica
do Tâmega e VIDEIRA, fizeram
parte dos mais de 2400 expositores desta Feira que é integrada
no “Mondial du Batiment", certame este que contou com um
número de visitantes que ascendeu a 340 mil.
Ao longo de 60 anos, a BATIMAT
tem vindo a construir pontes entre
38
profissionais da área da construção e arquitetura, e o mundo da
inovação, apresentando produtos
e serviços inovadores e soluções
que apontam o caminho do
futuro na arquitetura e na construção.
Durante os cinco dias do certame realizaram-se mais de 100
seminários e conferências, sobre
as novas tendências da arquitetura e as novas tecnologias de
construção, contribuindo para o
crescimento e desenvolvimento
desta feira, especialmente direcionada para os segmentos das
estruturas metálicas, carpintaria,
máquinas e ferramentas, acabamentos, decorações e acessórios
para interiores e exteriores, bem
como serviços digitais e novas
tecnologias na construção dos
edifícios e dos serviços de apoio
às empresas.
Ao inegável interesse normalmente associado à BATIMAT, a
edição de 2019 acumulou interesse acrescido, já que o certame
de referência internacional no
âmbito da construção civil e dos
materiais de construção, teve
lugar numa altura em que já estavam na agenda de grandes
players públicos e privados, os
investimentos que França terá de
realizar no âmbito dos Jogos
Olímpicos em 2024 que se realizarão naquele país.
As quatro empresas do METAL
PORTUGAL que participaram na
BATIMAT, fizeram um balanço
muito positivo desta ação de
internacionalização no mercado
francês e a AIMMAP manter-se-á
disponível e motivada para organizar a participação coletiva do
METAL PORTUGAL em futuras
edições desta feira internacional.
TECNOMETAL - 245 - novembro/dezembro 2019
Os tubos preferem a TRUMPF
Vivemos num mundo de tubos.
O nosso mundo está a crescer e, consequentemente, também em busca de produtos com uma grande variedade
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NOTÍCIAS
MOLDPLÁS na Batalha e FIMAP em Matosinhos
AIMMAP marcou presença em duas relevantes
Feiras Nacionais no passado mês de novembro
De 6 a 9 de novembro
a MOLDPLAS esteve
de volta à Batalha, e a
AIMMAP marcou presença dando força ao
METAL PORTUGAL e
apoio a perto de uma
dezena de empresas
associadas que participaram na Feira.
Como é sabido, a
MOLDPLAS é uma
feira dedicada aos
segmentos dos moldes e plásticos, particularmente relevantes
em Portugal sendo
aliás certo que o
nosso país ocupa o
oitavo lugar no ranking dos
maiores produtores de moldes a
nível mundial, e o terceiro lugar
no ranking europeu.
Neste contexto a MOLDPLAS é o
palco perfeito para os fornecedores que sustentam e apoiam
este importante subsetor da economia nacional apresentarem as
suas propostas e soluções ao
mercado, como é o caso de
alguns subsetores do METAL
PORTUGAL.
A AIMMAP é uma das associações setoriais que apoia e marca
presença na MOLDPLAS, apoio
este reforçado com presença do
CENFIM, centro de formação
profissional da indústria metalúrgica e metalomecânica e do qual
a AIMMAP é um dos sócios fundadores e principais promotores.
Este ano, mais uma vez o METAL
PORTUGAL conquistou clientes e
elevada reputação, nesta feira de
40
referência numa indústria muito
inovadora e de alta intensidade
tecnológica, e onde estiveram em
elevado destaque os grandes
desafios da Indústria 4.0, impressões 3D e o desenvolvimento do
produto.
sentado pela própria associação
e pela PRODUTECH, a associação para as tecnologias de produção sustentável liderada igualmente pela AIMMAP, bem como
várias empresas do METAL PORTUGAL.
FIMAP
No âmbito desta Feira que é um
ponto de encontro entre a indústria e a alta tecnologia, assumindo-se como uma importante
montra das tecnologias de produção, a PRODUTECH organizou no dia 8 de novembro, um
interessante Workshop de capacitação centrado no tema
“Oportunidades para a Indústria
da Madeira”.
Um dia após o início da MOLDPLÁS, arrancou em Matosinhos a
FIMAP – Feira Internacional de
Máquinas, Acessórios e Serviços
para a Indústria da Madeira, que
decorreu na EXPONOR entre os
dias 7 e 9 de novembro, que é um
evento altamente especializado
que privilegia a apresentação de
inovações tecnológicas. promove
o networking entre profissionais e
oferece oportunidades interessantes a alguns subsetores do METAL
PORTUGAL.
Nesta 20.ª edição da FIMAP, o
universo AIMMAP esteve repre-
Foi mais uma presença de assinalável destaque no METAL PORTUGAL e do universo AIMMAP, contribuindo sem dúvida para
posicionar o setor nos primeiros
lugares na corrida da inovação e
desenvolvimento tecnológico.
TECNOMETAL - 245 - novembro/dezembro 2019
AIMMAP
realizou sessão
de apresentação
do Programa de
Proteção do
Conhecimento
do SIS
Ciente da importância para as empresas
associadas de temas que se prendem
com o crescente número de casos de
espionagem económica e a absoluta
necessidade de apostar na proteção do
conhecimento, a AIMMAP promoveu no
passado dia 7 de novembro, na sua
sede, uma sessão de divulgação do Programa de Proteção do Conhecimento do
Serviço de Informações de Segurança
(SIS).
Perante uma audiência de dezenas de
empresas interessadas, especialistas do
SIS lançaram o desafio à reflexão sobre a
importância de proteger o conhecimento
e a informação sensível, num mundo concorrencial e simultaneamente aberto às
parcerias e às oportunidades da globalização.
Na realidade, a segurança económica
constitui nos dias de hoje, um dos pilares centrais da segurança dos Estados
modernos e desenvolvidos.
Foi uma sessão por todos considerada
de elevado interesse, onde a contextualização da realidade nacional relativamente às questões da segurança e da
espionagem, bem como a identificação
de atores e métodos de atuação da
espionagem económica, enriquecida
com casos concretos, contribuíram para
identificar um conjunto de sugestões que
permitirão reforçar os níveis de segurança das organizações nacionais.
Este é um tema ao qual a AIMMAP tem
dado grande atenção pela importância
de que se reveste.
TECNOMETAL - 245 - novembro/dezembro 2019
41
METAL PORTUGAL
volta a participar com
sucesso na “ELMIA
Subcontractor 2019”
Depois de uma triunfante participação do
METAL PORTUGAL em 2018 na ELMIA, na
edição de 2019 desta feira, que como é
habitual decorreu na cidade sueca de
Jönköping, o METAL PORTUGAL exibiu
mais uma presença marcante, com 18
empresas participantes, algumas delas
com presença consolidada em edições
anteriores.
Lasting Connections
THE BEST FOR
THE BEST.
A “ELMIA SUBCONTRACTOR” é a mais
importante feira de subcontratação industrial de peças técnicas de elevado valor
acrescentado, não só do respetivo país
como também de toda a Escandinávia, e
este ano abriu as portas entre os dias 12 e
15 de novembro.
Tal como tem acontecido nos anos anteriores, e ocupando uma área de cerca de 200
m2, também nesta edição o METAL PORTUGAL preencheu o stand coletivo promovido
pela AIMMAP situado com destaque no
pavilhão principal do certame.
Com esta sua iniciativa, a AIMMAP reafirmou
a sua aposta cada vez mais convicta num
mercado muito exigente em termos de qualidade e prazos de entrega e que tem acolhido
com interesse crescente as empresas do
METAL PORTUGAL.
Para o que precisar e onde necessitar,
Böhler Welding tem o melhor elec trodo revestido
para o seu trabalho. Fornecemos qualquer tipo que
necessite e os nossos elec trodos são sempre de
manejo fácil, com ignição
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TECNOMETAL - 245 - novembro/dezembro 2019
43
NOTÍCIAS
âmbito do segmento da subcontratação industrial.
As excelentes oportunidades de
negócio associadas ao mercado
nórdico, a experiência acumulada
neste mercado, bem como os
excelentes resultados adquiridos
pelo METAL PORTUGAL, são fundamento mais do que suficiente
para que a AIMMAP continue a
promover a Participação Coletiva
na “ELMIA Subcontractor”, bem
como noutras ações de interesse
no mercado Escandinavo.
EMPRESAS
PARTICIPANTES
Prova desta aposta é a presença
da AIMMAP e do METAL PORTUGAL nas 11 edições anteriores da
ELMIA, participações estas que
têm gerado inúmeras oportunidades de negócio que anualmente
surgem no certame à generalidade das empresas portuguesas
presentes na feira.
A constância de bons resultados
obtidos pelo METAL PORTUGAL
determina naturalmente que a
aposta da AIMMAP na feira seja
renovada anualmente, sempre
com redobrado entusiasmo e
tirando partido da experiência e
contactos adquiridos nos anos
anteriores.
O sucesso da participação do
METAL PORTUGAL nas várias edições da ELMIA fica anualmente
legível no valor das exportações
do setor não só para a Suécia,
mas também para os demais mercados nórdicos, valor este que
cresce de ano para ano.
Com efeito, e no caso concreto
da Suécia, verifica-se que, sendo
este há 11 anos um mercado sem
qualquer expressão para o setor,
tem vindo a transformar-se num
destino já com alguma substância, registando crescimentos
anuais sucessivos e cada vez mais
significativos. No ano de 2018 as
exportações do setor metalúrgico
44
e metalomecânico para a Suécia
foram de cerca de 174 milhões
de euros e prevê-se que no ano
de 2019 esse valor seja significativamente ultrapassado.
No final de mais uma participação
coletiva do METAL PORTUGAL, as
empresas participantes fizeram um
balanço muito positivo em termos
de feedback recebido e oportunidades de negócio criadas, manifestando igualmente uma grande
satisfação pela forma com que a
AIMMAP apoiou os expositores
nacionais em todas as questões
relacionadas com a sua participação na feira, desde as matérias
relacionadas com o financiamento dos custos inerentes à referida participação até à marcação
de voos e hotéis, passando pela
conceção e montagem dos stands
e pelos mais ínfimos detalhes de
logística. Neste aspeto, sublinhase o excelente trabalho realizado
por Pedro Azevedo, responsável
pela organização das inúmeras
iniciativas de internacionalização
desenvolvidas pela AIMMAP no
A. Henriques II, S.A.
Aurimoldes – Indústria de Moldes,
Lda.
Cruz Martins & Wall, S.A.
F.A.L. – Fundição do Alto da Lixa, S.A.
Fundição de Alumínios de Braga, Lda.
Felino – Fundição e Construções
Mecânicas, S.A.
Ferespe – Fundição de Ferro e Aço,
Lda.
Fundiven – Fundição Venezuela, S.A
Fundínio, S.A.
Fundwell – Fundição Injetada, Lda.
Gosimac – Maquinações, S.A.
Mascasting, Lda.
Metalúrgica Central da Trofa, Lda
Promecel – Indústria de Componentes
Mecânicos e Elétricos, Lda.
S. Roque – Máquinas e Tecnologia
Laser, S.A.
Sinuta FCE – Ferramentas de Corte e
Estampagem, Lda.
Skelt Metalomecânica, S.A.
Tecniforja – Forjagem e Estampem. de
Peças Técnicas, Lda.
UMM – União Metalo Mecânica, S.A.
TECNOMETAL - 245 - novembro/dezembro 2019
Obrigado
O
brigado pela
pela C
Confiança
onfiança
CREDIBILIDADE
CREDIBILIDADE - IMP
IMPARCIALIDADE
ARCIALIDADE - RIGOR
produtos
sistemas
rreconhecidos
econhecidos na ccertificação
ertificação de pr
odutos e serviços
serviços e de sist
emas de gestão
ários A
cordos de Reconhecimento
Reconhecimento M
Membro
M
embro de vvários
Acordos
Mútuo
útuo
P
Presente
resente em 25 países
Acreditada
Acreditada pelo
o IP
IPAC
PA
AC ccomo
omo or
organismo
ganismo
o de
ccertificação
ertificação de produtos
produt
od os (incluindo
egul
egulamen
to d
do
o P
os
rodutos de Construção),
Constrrução),
Regulamento
dos
Produtos
R
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viços e sist
istemas
e
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DESTAQUE
Qualidade Total e Competitividade
Autor: Luís Cardia [Consultor e formador em estratégia e qualidade]
A generalidade das empresas e dos
empresários ambiciona alcançar
qualidade na sua organização, nos
seus produtos e serviços e que esta
lhes seja reconhecida pelo mercado,
pelos seus clientes e pelas demais
partes interessadas. Aliás nos seus
sítios web a generalidade das empresas faz referência à qualidade dos
seus produtos e serviços.
Neste artigo pretendemos refletir
sobre o conceito de qualidade e
como promover uma efetiva gestão
da qualidade que contribua para a
competitividade das empresas.
COMO AS EMPRESAS
ENCARARAM
A QUALIDADE AO LONGO
DO TEMPO
Sem querer entrar em questões de
pormenor, podemos considerar que
durante a primeira metade do século
XX as empresas centravam os seus
esforços para a obtenção de qualidade ao nível dos produtos colocados no mercado/clientes na inspeção e no controlo da qualidade do
produto, em curso de fabrico e final.
No entanto, e mesmo que a capacidade de detetar situações de não
conformidade ao nível do produto
fosse absoluta, “o mal estava feito” e
“de nada valia chorar sobre o leite
derramado”, pois perante um produto não conforme as opções que se
colocam são:
Reprocessamento do produto
(de forma a alcançar a conformidade).
46
Rejeição do produto (obriga a produzir de novo e na íntegra).
Reclassificação do produto (comercializando-o a um preço
inferior).
As duas primeiras opções traduzem-se num acréscimo do custo do
produto a colocar no mercado, enquanto a reclassificação afeta
negativamente o seu preço de venda, sendo que todas as opções
referidas contribuem para a diminuição da margem bruta do produto, afetando a rentabilidade da empresa e podendo condicionar
a sua competitividade.
Sendo negativo o impacto da produção de produto não conforme
(naquilo que alguns autores designam por “imposto da não qualidade”), foi reconhecido que o esforço da qualidade não deveria
incidir a jusante, à posteriori (ou seja quando o produto já está
desenvolvido, parcial ou totalmente), mas a montante, incidindo o
esforço na criação das condições à priori que confiram às empresas a máxima confiança de que a conformidade dos seus produtos
será alcançada, à primeira vez, sempre (ou quase sempre) e ao
mais baixo custo. Surge então o conceito de garantia da qualidade
e a certificação da qualidade associada aos sistemas de garantia da
qualidade. Importa referir que o princípio da garantia da qualidade
não dispensa o controlo da conformidade do produto, em curso de
fabrico e final, o qual ainda que não constituía o enfoque não deixa
de ser necessário.
Apesar do enorme ganho conferido pelo princípio da garantia da
qualidade, este encerrava um problema, pois restringia a qualidade
aos processos diretamente envolvidas na realização do produto, o
que se veio a provar inadequado. Com efeito, o esforço da qualidade implica o envolvimento de toda a empresa, de todos os seus
departamentos e áreas, da conceção e desenvolvimento, às compras, à produção, à prospeção de mercado e comercialização, à
instalação e assistência técnica. Surge então a abordagem pela
qualidade total.
CONCEITO DE QUALIDADE TOTAL
A qualidade diz-se total por pressupor, tal como acabamos de referir, a necessidade de envolvimento de toda a empresa e de todos os
seus colaboradores (não somente os responsáveis pelos diferentes
departamentos/áreas), mas também por objetivar a satisfação de
todas as necessidades de todos os clientes em qualquer momento.
TECNOMETAL - 245 - novembro/dezembro 2019
DESTAQUE
Se o envolvimento da empresa e de todos os colaboradores é aceite
de forma pacífica, já a ambição de vir a satisfazer todas as necessidades dos clientes em qualquer momento é muitas vezes considerada utópica. Contudo, o conceito de qualidade total pressupõe
uma cultura de excelência associada à ambição acima referida.
Para motivar as empresas e os empresários a assumir a qualidade
total como desígnio, apresentamos a metáfora do barco e da linha
do horizonte.
Consideremos um barco na Foz do Douro da cidade do Porto o
qual na nossa metáfora corresponde à empresa, enquanto a linha
do horizonte representa a qualidade total. A empresa pode assumir
como seu desígnio manter o barco à tona, evitando que o mesmo
encalhe nas formações rochosas do mar da Foz ou pelo contrário
pode assumir como desígnio e vocação alcançar a linha do horizonte, ou seja alcançar a qualidade total; sabemos que a linha do
horizonte é inalcançável, tal como a total satisfação de todos os
clientes sempre, mas quando as empresas assumem de forma consequente este desígnio, ainda que não o atinjam de forma plena,
chegam perto do mesmo e são reconhecidas como um exemplo de
empresa de excelência.
A propósito refira-se o Prémio de Excelência – Sistema Português da
Qualidade (PEX-SPQ) instituído pelo Instituto Português da Qualidade (IPQ), o qual constitui uma distinção atribuída às organizações que se destaquem na aplicação dos métodos de Gestão pela
Qualidade Total no Caminho da Excelência e nos resultados alcançados.
SISTEMAS DE GESTÃO DA QUALIDADE
– CONCEITO DE QUALIDADE E PRINCÍPIOS
DE GESTÃO DA QUALIDADE
Como vimos a certificação da qualidade surgiu inicialmente associada aos sistemas de garantia da qualidade, tendo desde então
vindo a acompanhar a evolução da gestão da qualidade, estando
hoje associada aos sistemas de gestão da qualidade.
O modelo atual de certificação de sistemas de gestão da qualidade
decorre da norma ISO 9001:2015 “Sistemas de Gestão da Qualidade – Requisitos”, a qual estabelece os requisitos a que deve obedecer um sistema de gestão da qualidade.
No contexto da certificação ISO 9001 importa ainda referir a norma
ISO 9000:2015 “Sistemas de Gestão da Qualidade – Fundamentos e Vocabulário”, a qual refere:
“Uma organização focada na qualidade promove uma cultura
que se traduz em comportamentos, atitudes, atividades e processos que proporcionam valor ao satisfazer as necessidades e
as expectativas dos clientes e de outras partes interessadas relevantes.”
Ainda no âmbito da Norma ISO 9000 é referido que “A qualidade
dos produtos e serviços inclui não só as funções e o desempenho
pretendidos, mas também os correspondentes valor percepcionado
e benefício para o cliente”.
TECNOMETAL - 245 - novembro/dezembro 2019
Particularmente importante na revisão em 2015 do conceito ISO de
qualidade, o facto de pela primeira
vez ser feita uma referência expressa
à cultura, pois com efeito a qualidade deve assentar em dois pilares,
o da cultura da qualidade e o do sistema de gestão da qualidade.
A cultura da qualidade traduz-se na
orientação para o cliente, na procura da excelência, no rigor e exigência em tudo o que se faz e na
capacidade de reconhecer as não
conformidades e promover a sua
prevenção, não sendo compatível
com uma cultura empresarial que
muitas vezes não reconhece o erro
ou que ainda que o reconheça,
tende a desvalorizá-lo com recurso a
adágios populares tais como “ossos
do ofício”, “quem anda à chuva
molha-se” e “no melhor pano cai a
nódoa”. Sem uma efetiva cultura da
qualidade, podemos em jeito de
imagem referir que a qualidade
empresarial está “coxa” ao assentar
somente no pilar do sistema de gestão da qualidade e se porventura a
obtenção da certificação ISO 9001
for vista pela empresa como um fim
e não como um meio, ocorrerá o
risco da instrumentalização da certificação num cenário menos promissor.
Quer isto dizer que a qualidade e a
sua certificação deverão assentar
numa forte cultura, assumida e promovida pela empresa e solidamente
ancoradas nos sete princípios de
gestão da qualidade (enunciados na
norma ISO 9000:2015):
Foco no cliente
“O foco primordial da gestão
da qualidade é posto na satisfação dos requisitos dos clientes e no esforço por exceder as
suas expetativas.”
Liderança
“Os líderes estabelecem a
todos os níveis, unidade no
propósito e na orientação e
criam as condições para que as
47
DESTAQUE
pessoas se comprometam no
atingir dos objetivos da organização.”
Comprometimento das pessoas
“Para a melhoria da capacidade
da organização para criar e disponibilizar valor, é essencial que
em todos os níveis da organização haja pessoas competentes,
a quem tenham sido conferidos
poderes e que estejam comprometidas.”
Abordagem por processos
“Resultados consistentes e previsíveis podem ser mais eficaz e
eficientemente atingidos quando
as atividades são compreendidas
e geridas como processos interrelacionados que funcionam
como um sistema coerente.”
Melhoria
“As organizações que têm
sucesso estão permanentemente focadas na melhoria.”
Tomada de decisão baseada
em evidências
“As decisões baseadas na análise e na avaliação de dados e
de informação são mais suscetíveis de produzir resultados
desejados.”
Gestão das relações
“Para terem sucesso sustentado, as organizações gerem as
suas relações com partes interessadas, como sejam os fornecedores.”
COMPETITIVIDADE E QUALIDADE
A competitividade empresarial assenta em dois fatores chave de
vantagem competitiva, custo e diferenciação, tal como enunciado
por Michael Porter.
Como vimos anteriormente a gestão da qualidade traduz-se numa
vantagem competitiva de custo, ao criar as condições para que as
empresas sejam capazes de fazer bem, à primeira, os produtos e
serviços que se propõem entregar aos clientes. O foco no cliente, na
satisfação dos seus requisitos e o exceder das suas expetativas, leva
a que as empresas invistam no desenvolvimento de soluções à
medida do cliente ou pelo menos fortemente adaptadas ao seu perfil específico, estabelecendo vantagem competitiva de diferenciação
(...eliminado texto...).
Por outro lado, a qualidade e a sua certificação ISO 9001 constitui
um fator de vantagem competitiva ao nível do mercado, sendo muitas vezes uma exigência deste e condição necessária para poder
aceder ao mesmo.
CONCLUSÃO
Esperamos ter conseguido demonstrar que uma correta gestão da
qualidade e a conceção/implementação de sistemas de gestão da
qualidade e sua certificação contribuem de forma significativa para
a competitividade das empresas, tanto pelo reforço da eficiência
como pelo da diferenciação. Aliás foi este reconhecimento que
levou a AIMMAP a promover o programa de formação-ação da
Academia PME na área temática “Implementação de Sistemas de
Gestão”, cuja primeira ação teve início em novembro de 2019.
www.metalportugal.pt
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Formação
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AGENDA
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AGENDA
AGENDA
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Segurança de Máquinas - Diretiva | 21 Horas | 28, 29 e 30 de janeiro
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Segurança de Contra Incêndios - Formação Específica p/ Delegados de Segurança | 8 Horas | 27 de fevereiro
Segurança de Contra Incêndios - Formação Específica p/ Delegados de Segurança | 8 Horas | 27 de fevereiro
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Segurança no Trabalho em Espaços Confinados | 7 Horas | 10 de março
Segurança no Trabalho em Espaços Confinados | 7 Horas | 10 de março
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ISO/IEC 17025:2017 - Operacionalizar a Transição | 7 Horas | 12 de março
ISO/IEC 17025:2017 - Operacionalizar a Transição | 7 Horas | 12 de março
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Legislação de Segurança no Trabalho - Avaliação da Conformidade | 16 Horas | 18 e 19 de março
Legislação de Segurança no Trabalho - Avaliação da Conformidade | 16 Horas | 18 e 19 de março
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ISO 14001:2015 - Implementar um Sistema de Gestão Ambiental | 14 Horas | 21 e 22 de março
ISO 14001:2015 - Implementar um Sistema de Gestão Ambiental | 14 Horas | 21 e 22 de março
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9001:2015- -Implementar
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Sistema de Gestão
da Qualidade
ISO 9001:2015 - Sistema de Gestão da Qualidade| 14 Horas | 25 e 26 de março
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- Gestão da eSegurança
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ISO 45001:2018 - Gestão da Segurança e Saúde no Trabalho| 12 Horas | 7 e 8 de abril
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- -Gestão
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ISO
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ISO 13849:2015 - Segurança de Máquinas, Conceção de Circuitos de Comando | 8 Horas | 9 de abril
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- -Segurança
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Comando
Metrologia Industrial Aplicada a Calibrações e Ensaios | 35 Horas | 14, 15, 21, 22 e 28 de abril
35Horas
Horas| |14,
14,15,
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Formação à medida damáquinas
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empresa!
máquinas
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à medida da sua empresa!
Peça-nos proposta.
Peça-nos proposta.
Formação
Formaçãoà àmedida
medidadadasua
suaempresa!
empresa!
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