Vasos de Pressão Materiais para vasos de pressão Materiais para Vasos de Pressão Materiais para Vasos de Pressão Materiais para Vasos de Pressão ● Maior uso: aço carbono – Usado em todos os casos, a não ser em situações especiais ● ● ● ● ● – Boa conformabilidade Boa soldabilidade Fácil de encontrar e obter Menor relação preço/resistência Pode ser adaptado através de tratamentos térmicos ou de superfície Daí usam-se os outros materiais Especificação de material ● Documentos normativos emitidos por sociedades de normatização reconhecidas – ABNT, ASTM, DIN, BSI ● Descrição e finalidades do material – ● ● ● ● ● ASME: limita os materiais utilizados para partes pressurizadas Composição química Propriedades mecânicas Ensaios e testes exigidos ou recomendados Condições de aceite, rejeite e marcação do material Retirada de corpos de prova Especificação de material ● Fatores que afetam a escolha do material do vaso – Fluido contido – Condições de serviço (pressão, temperatura…) – Nível de tensões – Natureza dos esforços mecânicos – Custo do material – Segurança – Forma de apresentação do material – Facilidades de fabricação e montagem – Tempo de vida previsto – Experiência prévia – Facilidade de obtenção do material – Variações toleradas de forma ou dimensões – Manutenção Fluido contido ● Corrosão x Contaminação – Natureza e concentração do fluido – Impurezas e contaminantes presentes – Existência de gases dissolvidos ou sólidos em suspensão – Temperatura e pH – Inflamabilidade, ponto de fulgor, toxicidade – Explosividade – Contaminação do fluido pelos resíduos de corrosão Condições de serviço ● Pressão e temperatura – O vaso deve resistir a toda variação de pressão em qualquer temperatura – Flutuações de pressão e temperatura devem ser previstas e o vaso deve suportar as situações mais extremas Nível de Tensões no Material ● Resistência mecânica compatível com o nível de esforços atuantes ● Concentração de tensões ● Fadiga ● Pressão interna pode não ser o esforço dominante Natureza dos esforços mecânicos ● Tração / Compressão ● Torção ● Flexão ● Esforços dinâmicos Custo do material ● ● ● ● Material Fabricação (usinagem, conformação, soldabilidade, tratamentos termoquímicos, revestimentos superficiais…) Custo do ciclo de vida Custo de manutenção e reposição do componente Segurança ● ● Instalações de alto risco ou de grande importância ao processo – Prever ensaios para garantia da qualidade do vaso – Materiais superando com folga os requisitos de resistência, corrosão, entre outros – Análise de modos de falhas no projeto Locais explosivos ou de altas temperaturas ou pressões – Uso de materiais à prova de fogo Forma de apresentação do material ● ● Existem tamanhos e tipos de formas facilmente encontradas no mercado – Chapas grossas ou finas – Tubos para troca de calor – Acessórios de tubulação A fabricação de algum item não existente pode ser trabalhosa e economicamente inviável Facilidade de obtenção, fabricação e montagem ● ● Dificuldade de obter material, importações, prazos, estoque, quantidade mínima de compra, descontinuidade do material... Possibilidade e dificuldade de realizar os processos de fabricação e a montagem – Soldabilidade – Usinabilidade – Conformabilidade – Tratabilidade térmica Tempo de vida ● Natureza da aplicação: equipamento principal ou secundário ● Peças de reposição ● Importância do equipamento ● Tempo de amortização do investimento ● Tempo previsível de obsolescência Experiência prévia ● ● O material é utilizado em cenário semelhante e funciona! Ou não... Variações toleradas das dimensões ● ● Chapas, casco, tampos toleram 1% de variação facilmente Ajustagem mecânica, vedações, peças desmontáveis ou em movimento não tem mesma tolerância Uso de materiais mais nobres ● ● Tubos de trocas de calor, feixes tubulares, serpentinas: tem paredes finas (troca de calor e peso) Peças internas desmontáveis (bandejas, borbulhadores, grades): resistentes à corrosão – ● Não desmontáveis: mesmo material do vaso Materiais de aparafusamento e fixação: sujeitos a grandes esforços, não podem sofrer variação dimensional e devem resistir à corrosão Aços carbono ● ● Limites do teor de carbono para partes soldadas: – Sujeitas à grandes esforços em vasos importantes: 0,26% – Sujeitas à pressão em vasos em geral: 0,30% – Qualquer uma: 0,35% Aços acalmados: adição de até 0,6% Si – Eliminam gases – Uso recomendado para temperaturas acima de 400 ºC ou abaixo de 0 ºC Aços carbono ● Sofrem fluência em temperaturas a partir de 370ºC ● Acima de 530 ºC sofre intensa oxidação ● Limites de temperatura recomendados: – 450 ºC para partes sujeitas a esforços principais, continuamente – 480 ºC para partes secundárias, serviço contínuo – 520 ºC para picos de temperatura de curta duração não coincidindo com a presença de esforços principais Aços carbono ● Transição dúctil-frágil ● Limite de uso: temperaturas de -45 ºC ● Tratamento térmico de alívio de tensões, segundo norma ASME, Seção VIII, Divisão 1 Aços liga e inox ● Não são usados para aumentar a vida do vaso ● Altas ou baixas temperaturas ● Alta corrosão ● ● Exigência de não contaminação (indústria alimentícia e farmacêutica) Segurança: fluidos especiais que exijam o máximo de segurança Aços liga e inox ● ● Aços liga: – Mo e Cr-Mo – Ni – Mn Inox – Austeníticos Fe-Cr-Ni não temperáveis – Ferríticos Fe-Cr não temperáveis – Martensíticos Fe-Cr temperáveis Aços liga e inox Chapas e tubos de aço ● Chapas grossas de acordo com a norma brasileira P-EB-35: Metais não ferrosos x Ferrosos ● Melhor resistência à corrosão ● Mais caros ● Menor resistência mecânica ● Menor resistência à altas temperaturas ● Melhor comportamento à baixas temperaturas Cu e ligas ● ● ● Espelho e tubos de trocas de calor em meios corrosivos Resistência à água salgada, álcalis fracos e ácidos diluídos, entre outros Soldabilidade difícil Al e ligas ● Não contaminação do fluido ● Baixa densidade ● Excelente comportamento em baixas temperaturas ● Baixo custo entre os não ferrosos ● Soldabilidade razoável ● Baixo ponto de fusão (650 ºC) Ni e ligas ● ● ● Alto custo Grande resistência à corrosão, incluindo água salgada Temperaturas desde muito baixas até muito altas Ti ● ● Caro Excelente resistência à corrosão, principalmente em meios fortemente oxidantes ● -60 a 300 ºC ● Difícil soldagem Materiais plásticos reforçados ● Resinas epóxi e poliéster, reforçadas com fibra de vidro ● -54 a 66 ºC ● Baixa resistência mecânica ● Vulneráveis à incêndios ● Excepcional resistência à corrosão Altas temperaturas Materiais criogênicos em vasos de pressão Revestimentos internos ● ● Finalidade: – Evitam contato corrosivo – Evitam contato térmico quente (refratário) – Superfície lisa (antierosivo ou antiabrasivo) Justificativa: – Alto custo do material – Baixa resistência do material Revestimentos internos ● Aços inox austeníticos não sensitizáveis ● Aços inox ferríticos baixo Cr (baixo coeficiente de dilatação) ● Ligas de Ni ● Pb, principalmente para água salgada (??) ● Ti, difícil de aplicar sobre aço carbono ● Materiais plásticos, tanto os termoplásticos e termoestáveis ● Borrachas, ebonite e grafite ● Cerâmica, vidro: frágeis, de alto custo, altamente corrosivo ● Concreto: corrosão moderada e vasos pouco importantes