ESTRUTURA DE PROJECTO E RELATÓRIO DE PESQUISA 03/04/2015 MEIC- UP/B. Bandeira 1 Estrutura do Projecto de Pesquisa Estrutura do Relatório de Pesquisa Elementos pré-textuais (Capa, ContraElementos pré-textuais (Capa, Contracapa, índice geral, índice de figuras, índice capa, índice geral, índice de figuras, índice de tabelas) de tabelas, Declaração de honra, Dedicatória, Agradecimentos, Resumo) Elementos Textuais 1. Introdução 1.1. Objectivos (Geral e Específicos) 1.2. Problema de Pesquisa 1.3. Justificação 1.4. Questões Científicas 1.5. Hipóteses da Pesquisa Elementos Textuais 1. Introdução 1.1. Objectivos (Geral e Específicos) 1.2. Problema de Pesquisa 1.3. Justificação 1.4. Questões Científicas 1.5. Hipóteses da Pesquisa 2. Revisão Bibliográfica 2. Revisão Bibliográfica 3. Metodologia 3. Metodologia 4. Cronograma 4. Resultados 5. Orçamento de Pesquisa 5. Discussão dos Resultados 6. Referências Bibliográficas 6. Conclusões Elementos Pós-textuais (Anexos Apêndices) 7. Recomendações 8. Referências Bibliográficas 03/04/2015 Pós-textuais (Anexos, Apêndices)2 MEIC- UP/B. Elementos Bandeira CAPA Deve conter: Nome do autor Título (e subtítulo, se houver) do trabalho, se houver mais de um volume, a especificação do respectivo volume Instituição onde o trabalho foi executado Cidade e ano de conclusão do trabalho 03/04/2015 MEIC- UP/B. Bandeira 3 Augusta Eugénia Mabote A Utilização do Mapa de Conceitos no Ensino da Biologia – Estudo da 8ª Classe na Escola Secundária Francisco Manyanga, Cidade de Maputo. Licenciatura em Ensino de Biologia Universidade Pedagógica Maputo 2018 03/04/2015 MEIC- UP/B. Bandeira 4 CONTRA CAPA OU FOLHA DE ROSTO Deve conter: As mesmas informações contidas na Capa As informações essenciais da origem do trabalho 03/04/2015 MEIC- UP/B. Bandeira 5 Augusta Eugénia Mabote A Utilização do Mapa de Conceitos no Ensino da Biologia – Estudo da 8ª Classe na Escola Secundária Francisco Manyanga, Cidade de Maputo Monografia apresentada ao curso de ensino de Biologia, Faculdade de Ciências Naturais e Matemática UPMaputo, para a obtenção do grau académico de Licenciatura em Ensino de Biologia. Supervisor: Prof. Doutor Benjamim Bandeira Universidade Pedagógica Maputo 2018 03/04/2015 MEIC- UP/B. Bandeira 6 Índice geral Índice de figuras Índice de tabelas Resumo 03/04/2015 7 1. TEMA É o assunto que se deseja desenvolver. Génese: Dificuldade prática Curiosidade científica Financiador da pesquisa 03/04/2015 MEIC- UP/B. Bandeira 8 03/04/2015 MEIC- UP/B. Bandeira 9 TEMA (CONT.) O tema é um aspecto ou uma área de interesse de um assunto que se deseja provar ou desenvolver. Escolher um tema significa eleger uma parcela delimitada de um assunto, estabelecendo limites ou restrições para o desenvolvimento da pesquisa pretendida. A definição do tema pode surgir com base na sua observação do cotidiano, na vida profissional, em programas de pesquisa, em contato e relacionamento com especialistas, no feedback de pesquisas já realizadas e em estudo da literatura especializada. Você deverá levar em conta, para a escolha do tema, sua actualidade e relevância, seu conhecimento a respeito, sua preferência e sua aptidão pessoal para lidar com o tema escolhido. Definido isso, você irá levantar e analisar a literatura já publicada 10 03/04/2015 MEIC- UP/B. Bandeira sobre o tema. DELIMITAÇÃO DO TEMA O tema deve ser dotado de um sujeito e um objecto. Tem em conta a sua limitação geográfica e espacial. O objecto da pesquisa inclui o problema, hipóteses e variáveis. 03/04/2015 MEIC- UP/B. Bandeira 11 DELIMITAÇÃO DO TEMA (CONT.) Exemplo Avaliação da implementação da passagem semi-automática no primeiro ciclo: estudo de caso da Província de Niassa. Problema: Existência de crianças no fim do primeiro ciclo (1ª e 2ª classe) sem saber ler nem escrever. 03/04/2015 MEIC- UP/B. Bandeira 12 OBJECTIVOS O objectivo duma pesquisa responde a questões: para que? e para quem? 03/04/2015 MEIC- UP/B. Bandeira 13 OBJECTIVOS Nesta etapa você pensará a respeito de sua intenção ao propor a pesquisa. Deverá sintetizar o que pretende alcançar com a pesquisa. Os objetivos devem estar coerentes com a justificativa e o problema proposto. O objetivo geral será a síntese do que se pretende alcançar, e os objetivos específicos explicitarão os detalhes e serão um esdobramento do objetivo geral. 03/04/2015 MEIC- UP/B. Bandeira 14 OBJECTIVOS Os enunciados dos objetivos devem começar com um verbo no infinitivo e este verbo deve indicar uma ação passível de mensuração. Determinar estágio cognitivo de conhecimento: os verbos apontar, arrolar, definir, enunciar, inscrever, registrar, relatar, repetir, sublinhar e nomear; Determinar estágio cognitivo de compreensão: os verbos descrever, discutir, esclarecer, examinar, explicar, expressar, identificar, localizar, traduzir e transcrever; Determinar estágio cognitivo de aplicação: os verbos aplicar, demonstrar, empregar, ilustrar, interpretar, inventariar, manipular, praticar, traçar e usar; 03/04/2015 MEIC- UP/B. Bandeira 15 OBJECTIVOS Determinar estágio cognitivo de análise: os verbos analisar, classificar, comparar, constatar, criticar, debater, diferenciar, distinguir, examinar, provar, investigar e experimentar; Determinar estágio cognitivo de síntese: os verbos articular, compor, constituir, coordenar, reunir, organizar e esquematizar; Determinar estágio cognitivo de avaliação: os verbos apreciar, avaliar, eliminar, escolher, estimar, julgar, preferir, selecionar, validar e valorizar. 03/04/2015 MEIC- UP/B. Bandeira 16 OBJECTIVO GERAL Reflecte a visão geral do tema. Relaciona-se com os conteúdos a serem estudados, quer sejam fenómenos ou eventos. Exemplo: Conhecer a qualidade da água do Vale do Infulene. 03/04/2015 MEIC- UP/B. Bandeira 17 OBJECTIVOS ESPECÍFICOS É de carácter mais concreto. Tem funções intermediária e instrumental permitindo por um lado alcançar o objectivo geral e por outro lado aplicá-los a situações particulares. 03/04/2015 MEIC- UP/B. Bandeira 18 OBJECTIVOS ESPECÍFICOS Determinar os parâmetros físico-químicos da água do Vale do Infulene; Comparar os níveis dos parâmetros físico-químicos da água do Vale do Infulene com os padrões recomendáveis; Comparar os parâmetros físico-químicos das águas do Vale do Infulene entre os locais onde há e onde não há interferências de sistemas de drenagem de efluentes industriais e domésticos; Verificar a relação entre os parâmetros. 03/04/2015 MEIC- UP/B. Bandeira 19 JUSTIFICATIVA Nesta etapa você irá refletir sobre “o porquê” da realização da pesquisa procurando identificar as razões da preferência pelo tema escolhido e sua importância em relação a outros temas. Pergunte a você mesmo: o tema é relevante e, se é, por quê? Quais os pontos positivos que você percebe na abordagem proposta? Que vantagens e benefícios você pressupõe que sua pesquisa irá proporcionar? A justificativa deverá convencer quem for ler o projeto, com relação à importância e à relevância da pesquisa proposta. 03/04/2015 MEIC- UP/B. Bandeira 20 Como Montar Uma Justificativa do TCC Com Apenas 4 Perguntas Pode-se afirmar que, em razão de não haver uma regra para a elaboração da Justificativa do TCC esta se torna uma das partes mais complexas de se orientar, uma vez que cada tutor apresenta um método diferente. Porém, é necessário exaltar o tema e dar a devida importância ao projeto 03/04/2015 MEIC- UP/B. Bandeira 21 Foi criada recentemente, uma fórmula, que pode auxiliar os alunos nesta fase de seu trabalho. Lendo o artigo “Como fazer um TCC: 4 regras valiosas que todos desconsideram“, será possível entender a fundo cada item desse. . Quando quiser dar um salto no seu cronograma, então clique aqui. A justificativa respeita 4 regras valiosas que são: 1.o porquê (motivo pelo qual este tema foi escolhido), 2.o que (qual a função do projeto), 3.quem (público alvo da obra) 4.e base (fonte de informações onde seu trabalho está baseado). 03/04/2015 MEIC- UP/B. Bandeira 22 A FÓRMULA MÁGICA PARA MONTAR A JUSTIFICATIVA TCC Uma mente brilhante sempre produz muito mais que resultados, eles vão alem, produzindo método ou fórmulas para facilitar seu calculo sobre algo maior, essas formulas devem ser usadas para que possamos ganhar tempo na hora de realizar o trabalho. Em resumo, siga a formula que uma boa Justificativa do TCC deve responder claramente a quatro simples questões: o que vai ser feito, por que será feito, a quem se destina e qual a base será utilizada para a sustentação e validação das ideias propostas. Estas por sua vez, podem ser aplicas a seguinte fórmula: por que + o que + quem + base. (formula do Monografis Orientador de TCC ) Esta fórmula é demonstrada seguir com o tema Mudança de Marca, feita por Douglas Tybel no livro TCC, uma escrita em blocos e em seu canal no YouTube, Guia da Monografia 03/04/2015 MEIC- UP/B. Bandeira 23 Veja um exemplo abaixo: 1.Por que: para compreender que este processo é árduo e pode não ser bem sucedido; 2.O que: apresenta conceitos, definições e ferramentas necessárias às decisões dessa mudança; 3.Quem: para quem pretende mudar a marca; 4.Base: nos princípios do Marketing Moderno voltados às estratégias ligadas diretamente a Gestão de Branding. 03/04/2015 MEIC- UP/B. Bandeira 24 JUSTIFICATIVA Fórmula: por que + o que + quem + base Resultado: Entender que o processo de mudança de marca é árduo e que pode até não ser bem sucedido apresentando conceitos, definições e ferramentas necessárias às decisões de manutenção e/ou alteração da marca da organização para quem pretende mudar a marca da sua empresa com base nos princípios do Marketing Moderno voltados às estratégias ligadas diretamente a Gestão de Branding. Completa: O que impulsionou a realização deste trabalho foi entender que o processo de mudança de marca é árduo e que pode até não ser bem sucedido apresentando conceitos, definições e ferramentas necessárias às decisões de manutenção e/ou alteração da marca da organização para quem pretende mudar a marca da sua empresa com base nos princípios do Marketing Moderno voltados às estratégias ligadas diretamente a Gestão de Branding. 03/04/2015 MEIC- UP/B. Bandeira 25 BIBLIOGRAFIA ANDRADE, M. M. D. Introdução a metodologia de trabalho científico : elaboração de trabalhos na graduação. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2010. BARBAN, A . M.; CRISTOL, S. M.; KOPEC, F. J. A essência do planejamento de m ídia. São Paulo: Nobel, 2001 . BRITO, D. O que é público alvo. Disponível em < http://www.inpn.com.br/Materia/Opinioes/ 724 >. Acesso em: 16 Junho 2015. KAHLMEYER-MERTENS, R. S. E. A . Como elaborar projetos de pesquisa. Rio de Janeiro: FGV, 2007. LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. D. A . Metodologia científica . 3. ed. São Paulo: Atlas, 2000. SANTOS, G. D. R. C. M.; MOLINA , N. L.; DIAS, V. F. Orientação e dicas práticas para t rabalhos acadêmicos. Curitiba: Ibepex, 2007. https://guiadamonografia .com.br/como-montar-justificativa -dotcc/#A_formula_magica_para_montar_a_Justificativa_TCC 03/04/2015 MEIC- UP/B. Bandeira 26 JUSTIFICAÇÃO DA PESQUISA Responde a pertinência da pesquisa. É muito importante para a aceitação da pesquisa pelos financiadores. Consiste na apresentação bem resumida mas completa das razoes, das motivações teóricas e práticas, dão relevância a realização da pesquisa. 03/04/2015 MEIC- UP/B. Bandeira 27 JUSTIFICAÇÃO DA PESQUISA (CONT.) Deve enfatizar: O estágio em que se encontra a teoria referente ao tema; Importância do tema de forma geral; Importância do tema para casos específicos; Possibilidades de sugerir modificações do ponto de vista de atitudes por exemplo; e Descoberta de soluções para casos gerais…. 03/04/2015 MEIC- UP/B. Bandeira 28 JUSTIFICAÇÃO DA PESQUISA (CONT.) A redação da justificativa baseia-se no conhecimento científico e teórico que o pesquisador possui sobre o tema a pesquisar. Sendo assim, não se faz citação neste ponto. Consiste na criatividade e capacidade que o pesquisador tem de convencer que a pesquisa é importante. 03/04/2015 MEIC- UP/B. Bandeira 29 FORMULAÇÃO DO PROBLEMA Nesta etapa você irá refletir sobre o problema que pretende resolver na pesquisa, se é realmente um problema e se vale a pena tentar encontrar uma solução para ele. A pesquisa científica depende da formulação adequada do problema, isto porque objetiva buscar sua solução. 03/04/2015 MEIC- UP/B. Bandeira 30 PROBLEMA DA PESQUISA (CONT.) Está relacionado a uma dificuldade teórica ou prática existente cuja solução será encontrada através da pesquisa. O problema levantado deve expressar uma relação entre duas ou mais variáveis. A elaboração clara do problema é fruto da revisão da literatura e da reflexão pessoal. 03/04/2015 MEIC- UP/B. Bandeira 31 PROBLEMA DA PESQUISA (CONT.) Na verdade, o problema é o primeiro passo da pesquisa pois: É a partir do problema que se delimita o tema; delimita com exactidão o tipo de resposta a procurar; leva o pesquisador a uma reflexão benéfica e proveitosa sobre o assunto; fixa frequentemente, roteiros para o início do levantamento bibliográfico e da colheita de dados; e discrimina com exatidão os apontamentos que serão tomados, isto é, apenas aqueles que respondem às perguntas. 03/04/2015 MEIC- UP/B. Bandeira 32 PROBLEMA DA PESQUISA (CONT.) Para melhor formular o problema, supõem-se que o pesquisador tenha conhecimentos prévios sobre o tema, além de uma imaginação criadora que, em grande parte, é responsável pelo progresso das ciências. 03/04/2015 MEIC- UP/B. Bandeira 33 HIPÓTESES DA PESQUISA Depois de delimitar o que pesquisar o pesquisador deve perguntar-se quais são as prováveis respostas ao problema, escolher as que lhe parecem as mais adequadas ou possíveis a fim de proceder a seu teste, utilizando informação colectada. Essas prováveis, possíveis, supostas respostas do problema são as hipóteses da pesquisa. 03/04/2015 MEIC- UP/B. Bandeira 34 HIPÓTESES DA PESQUISA (CONT.) As hipóteses consistem em supor uma verdade que se pretende encontrar. Cientificamente as hipóteses equivalem à provável suposição, que pode ser comprovada ou não pelos factos. As hipóteses têm função prática quando orientam o pesquisador, colocando-o na direcção da causa provável ou da lei que se procura, ou função teórica, quando coordenam e completam os resultados já obtidos, agrupando-os em um conjunto completo de factos e fenómenos, a fim de facilitar o seu estudo. 03/04/2015 MEIC- UP/B. Bandeira 35 HIPÓTESES DA PESQUISA (CONT.) Podemos obter hipóteses por dedução de resultados já conhecidos ou pela experiência. Nesse caso as hipóteses podem ser indutivas, se a suposta causa do fenómeno for um dos seus antecedentes, que parece apresentar todas as características de antecedentes casual; São analógicas, quando são inspiradas por certas semelhanças entre o facto ou fenómeno que se quer explicar e outro já conhecido. 03/04/2015 MEIC- UP/B. Bandeira 36 HIPÓTESES DA PESQUISA (CONT.) Nas hipóteses, os conceitos utilizados não devem ter base empírica. Assim, não devem incluir conceitos morais e transcendentes, pois seus elementos não podem ser observados empiricamente. Exemplos: Quem pratica boas obras ganha o céu. As hipóteses devem ser específicas. No caso de serem muito gerais devem possibilitar a formulação da sub-hipótese. 03/04/2015 MEIC- UP/B. Bandeira 37 HIPÓTESES DA PESQUISA (CONT.) Tipos de hipótese Existem vários tipos de hipóteses de pesquisa, porém falaremos apenas da hipótese de pesquisa e da hipótese de nulidade. Hipótese de pesquisa (H1) H1 : X 1 ≠ X 2 As hipóteses formuladas com base em marco referencial que o pesquisador elabora denominam-se hipótese de pesquisa ou hipótese de trabalho. Geralmente o pesquisador acredita que suas hipótese são verdadeiras, á medida que derivam de uma teoria adequada. 03/04/2015 MEIC- UP/B. Bandeira 38 HIPÓTESES DA PESQUISA (CONT.) H1: Os professores usam o material didáctico no PEA Ho: Os professores não usam o material didáctico no PEA H1: Os enc. educação fazem o acompanhamento dos seus educandos Ho: Os enc. Educação não fazem o acompanhamento dos seus educandos H1: O professor usa métodos adequados na transmissão dos conhecimentos Ho: O professor não usa métodos adequados na transmissão dos conhecimentos 03/04/2015 MEIC- UP/B. Bandeira 39 HIPÓTESES DA PESQUISA (CONT.) Como falado anteriormente as hipóteses são afirmações que devem ser testadas empiricamente. O teste significa submeter a hipótese à confirmação ou rejeição. Exemplo: H1: Turmas numerosas contribuem aproveitamento pedagógico. para o baixo H1: A falta de formação psicopedagógica dos professores influencia no aproveitamento escolar no primeiro ciclo. H1: O facto de não existir uma avaliação final na 1ª classe contribui para que os alunos não saibam ler nem escrever no fim do 1º ciclo. 03/04/2015 MEIC- UP/B. Bandeira 40 HIPÓTESES DA PESQUISA (CONT.) Hipótese nula (Ho) H0 : X 1 = X 2 As hipóteses nulas são o inverso das hipóteses de pesquisa e ser vem para rejeitar as hipóteses de pesquisa. Seguindo o exemplo referido o pesquisador pode formular sua hipótese nula da seguinte forma: Exemplo: H0: Turmas numerosas não aproveitamento pedagógico. contribuem para o H0: A falta de formação psicopedagógica dos professores influencia no aproveitamento escolar no primeiro ciclo. baixo não H0: O facto de não existir uma avaliação final na 1ª classe não contribui para que os alunos não saibam ler nem escrever no fim do 1º ciclo. 03/04/2015 MEIC- UP/B. Bandeira 41 HIPÓTESES DA PESQUISA (CONT.) H1: A falta de formação psicopedagógica dos professores influencia no aproveitamento escolar no 1º ciclo. H0: A falta de formação psicopedagógica dos professores não influencia no aproveitamento escolar no 1ºciclo. 03/04/2015 MEIC- UP/B. Bandeira 42 HIPÓTESES DA PESQUISA (CONT.) Porque são necessárias as hipóteses nulas? Existem dois motivos para insistir no uso da hipótese nula: É mais fácil provar a falsidade de algo que sua veracidade. Por exemplo , em processo criminal, a defesa pode argumentar muito e apresentar provas para assegurar a inocência do réu; basta o promotor comprovar a falsidade de uma das provas para que todo o argumento da defesa seja debilitado e até invalidado. O uso da teoria das probabilidades. De acordo com a teoria das probabilidades, as hipóteses podem ser verdadeiras ou falsas. 03/04/2015 MEIC- UP/B. Bandeira 43 HIPÓTESES DA PESQUISA (CONT.) Note que nem a hipótese de pesquisa nem a hipótese nula são verdadeiras ou falsas. A falsidade ou a veracidade delas deve ser testada estatisticamente. A conclusão final é sempre dada com base na hipótese nula. Ou nós rejeitamos H 0 a favor da H 1 mas nunca concluímos rejeitando ou aceitando a H 1 . 03/04/2015 MEIC- UP/B. Bandeira 44 HIPÓTESES DA PESQUISA (CONT.) Quando na conclusão nós não rejeitamos a H0, não significa que a H0 é verdadeira mas sim que não existem evidências suficientes para rejeitar a H0 a favor da H1. No caso em que rejeitamos a H0, sugerimos que a H1 pode estar correcta. 03/04/2015 MEIC- UP/B. Bandeira 45 HIPÓTESES DA PESQUISA (CONT.) Erro do Tipo I Erro do Tipo II No teste de hipóteses o erro do tipo I é cometido quando rejeitamos a H0 quando na verdade ela é verdadeira. Neste caso a H0 é erradamente rejeitada. No teste de hipóteses o erro do tipo II ocorre quando H0 é aceite quando ela é de facto falsa. Exemplo Exemplo Num julgamento rejeitar erradamente a H0, significa que vai-se penalizar alguém inocente. Num julgamento aceitar a H0 quando na verdade ela é falsa, significa não penalizar alguém que é culpado. Na medicina ao estudar o efeito duma droga na cura duma doença, rejeitar erradamente a H0, significa aceitar que a droga cura quando na verdade não cura. Na medicina ao estudar o efeito duma droga na cura duma doença, aceitar a H0 quando na verdade ela é falsa, significa aceitar que a droga não cura quando na verdade cura. 03/04/2015 MEIC- UP/B. Bandeira 46 HIPÓTESES DA PESQUISA (CONT.) O erro do Tipo I é considerado o mais grave, e consequentemente o mais importante de se evitar, do que o erro do tipo II. Para evitar que isso aconteça os testes de probabilidade são feitos com um certo nível de significância que geralmente é de 95% 03/04/2015 MEIC- UP/B. Bandeira 47 INTERVALO DE CONFIDÊNCIA (95%) Ho verdadeira Ho falsa Aceitar Decisão correcta Erro do tipo II (B) Rejeitar Erro do tipo I (a) Decisão correcta Existe 5% de probabilidade de cometer erro do tipo I. P>0.05- aceita-se a H0 P<0.05- rejeita-se a H0 03/04/2015 MEIC- UP/B. Bandeira 48 VARIÁVEIS Vimos que a pesquisa tem como tarefa descobrir e expressar as relações existentes entre as variáveis. Afinal o que são variáveis? Variável é um valor que pode ser dado a uma quantidade, qualidade, característica, magnitude, etc..., que pode oscilar dependendo do caso. 03/04/2015 MEIC- UP/B. Bandeira 49 VARIÁVEIS (CONT.) Tipos de variáveis Dependentes; Independentes; Intervenientes; Intervalares; e Nominais 03/04/2015 MEIC- UP/B. Bandeira 50 VARIÁVEIS (CONT.) Variável independente (X): e aquela que afecta, influencia ou determina outra variável. E o factor que e manipulado pelo investigador, na tentativa de estabelecer relação entre as variáveis. Variável dependente (Y): e aquela afectada pela variável independente. Isto é, ela variara de acordo com as mudanças na variável independente. 03/04/2015 MEIC- UP/B. Bandeira 51 VARIÁVEL DEPENDENTE E INDEPENDENTE 03/04/2015 MEIC- UP/B. Bandeira 52 VARIÁVEIS (CONT.) Variável interveniente (W): é a que modifica a variável dependente sem que tenha havido modificação na variável independente. Exemplo: A taxa fotossintética (X) varia ao longo do dia(Y) por causa da intensidade luminosa(W). 03/04/2015 MEIC- UP/B. Bandeira 53 VARIÁVEIS (CONT.) Variáveis nominais: é o tipo de variáveis mais simples . Os elementos do conjunto original são agrupados em classes ou categorias distintas, obedecendo a determinado critério. Ex: sexo (feminino, masculino) e estado civil (solteiro, casado, divorciado, outro). Essas variáveis são tidas como nominais porque as categorias apenas servem para nomear seres, atributos ou coisas. 03/04/2015 MEIC- UP/B. Bandeira 54 VARIÁVEIS CATEGÓRICAS Número de habitantes nalguns distritos de Maputo 9000 8000 Numero de habitantes 7000 6000 5000 Feminino Masculino 4000 3000 2000 1000 0 Matola 03/04/2015 Marracuene MEIC- UP/B. Bandeira Manhica 55 VARIÁVEIS CATEGÓRICAS (CONT.) Aproveitamento pedagógico annual na EPFSM 70 >10 <10 Aproveitamento pedagogico (%) 60 50 40 30 20 10 0 1o trimestre Homens 03/04/2015 2o trimestre Mulheres Homens 3o trimestre Mulheres MEIC- UP/B. Bandeira Homens Mulheres 56 VARIÁVEIS (CONT.) Variáveis intervalares: estas variáveis possuem as características das escalas nominais e ordinais. Além disso apresentam distâncias iguais entre os intervalos que se estabelecem. Ex: 5000-10000, 10000-15000, 1500020000,...... 03/04/2015 MEIC- UP/B. Bandeira 57 VARIÁVEIS INTERVALARES Altura média em diferentes idades 1,6 1,4 Altura (cm) 1,2 1 0,8 0,6 0,4 0,2 0 5 - 7 anos 8- 10 anos 11-13 anos Idade 03/04/2015 MEIC- UP/B. Bandeira 58 MATERIAL Listagem do material usado durante a pesquisa. No caso de objectos biológicos (animais e plantas), estes devem ser classificados e caracterizados. No caso de instrumentos, deve sempre apresentar detalhes como precisão (no caso de balança), marca do instrumento, ano de fabrico, local de fabrico e a marca. 03/04/2015 MEIC- UP/B. Bandeira 59 MATERIAL (CONT.) Caneta Pás Enxadas Fita métrica Sutas Bloco de notas 03/04/2015 MEIC- UP/B. Bandeira 60 METODOLOGIA 03/04/2015 MEIC- UP/B. Bandeira 61 ELEMENTOS DA METODOLOGIA 3.1. Descrição da área de estudo 3.1.1. Localização geográfica (apresentação do mapa sempre que fôr possível) 3.1.2. Infra-estruturas 3.1.3. Clima ( temperatura, precipitação,...) 3.1.4. Vegetação 3.1.5. Agro-pecuária 03/04/2015 MEIC- UP/B. Bandeira 62 ELEMENTOS DA METODOLOGIA 3.2. Apresentação detalhada de todos os passos seguidos na fase de recolha dos dados da pesquisa. 3.3. Análise de dados Apresentação das equações usadas para fazer os cálculos; e Apresentação e explicação dos pacotes estatísticos usados para fazer a análise estatística dos dados. 03/04/2015 MEIC- UP/B. Bandeira 63 4. TÉCNICAS DE RECOLHA DE DADOS 03/04/2015 MEIC- UP/B. Bandeira 64 4.1. OBSERVAÇÃO INDIRECTA Pesquisa documental- documentos oficiais, publicações parlamentares, documentos jurídicos, fontes estatísticas. Pesquisa bibliográfica 03/04/2015 MEIC- UP/B. Bandeira 65 4.2. OBSERVAÇÃO DIRECTA 4.2.1. Pesquisa de campo Consiste na observação de factos e fenómenos tal como ocorrem; Registam-se variáveis para análise; e Conta com estabelecimento de unidades de controle. 03/04/2015 MEIC- UP/B. Bandeira 66 4.2. OBSERVAÇÃO DIRECTA (CONT.) 4.2.2. Pesquisas experimental Estabelecem a relação de causa-efeito; Criam-se grupos experimentais e controle; Selecção das amostras por técnicas probabilísticas… 03/04/2015 MEIC- UP/B. Bandeira 67 ENSAIO DE PRODUTIVIDADE DO MILHO Bloco 1 Bloco 2 Bloco 3 3m 30m Ferti Cont ADU ADU Ferti Cont Cont ADU Ferti 3m Fer ti= fer tilizante ADU= adubo Cont.= Controle 8m 3m 03/04/2015 20 m 3m 9m MEIC- UP/B. Bandeira 68 4.2. OBSERVAÇÃO DIRECTA (CONT.) 4.2.3. Pesquisa de laboratório É mais exacta São efectuadas em recintos fechados ou abertos; Em ambientes reais ou artificiais; Tem em conta algumas manipulações; Deve-se considerar o objecto, objectivo, instrumento e técnicas; e O pesquisador observa, mede e pode chegar a resultados. 03/04/2015 MEIC- UP/B. Bandeira 69 4.3. ENTREVISTA A entrevista é uma conversa entre duas ou mais pessoas (o entrevistador e o entrevistado) em que perguntas são feitas pelo entrevistador para obter informação do entrevistado A entrevista é um instrumento usado pelos pesquisadores em ciências sociais e psicológicas. Eles recorrem a entrevista sempre que não podem encontrar informação necessária nos registos e fontes documentais mas que esta informação pode ser fornecida por pessoas; e sempre que não houver fontes mais seguras para as informações desejadas Deve-se adoptar os seguintes critérios para a preparação e realização da entrevista: 03/04/2015 MEIC- UP/B. Bandeira 70 4.3. ENTREVISTA (CONT.) O entrevistador deve planejar a entrevista, delineando cuidadosamente o objectivo a alcançar; Obter sempre que possível, algum conhecimento prévio acerca do entrevistado; Marcar com antecedência o horário e local da entrevista. Qualquer transtorno poderá comprometer a pesquisa; Criar condições para a entrevista, pois será mais fácil obter informações espontâneas de uma pessoa isolada do que de uma pessoa acompanhada ou em grupo; 03/04/2015 MEIC- UP/B. Bandeira 71 4.3. ENTREVISTA (CONT.) O entrevistador deve ter em conta os factores culturais e de género (mulheres do campo não falam na presença do Homem); Escolher o entrevistado de acordo com a sua familiaridade ou autoridade em relação ao assunto escolhido; Fazer uma lista importantes; e de questões destacando as mais Assegurar um número suficiente de entrevistados; 03/04/2015 MEIC- UP/B. Bandeira 72 4.3. ENTREVISTA (CONT.) O entrevistador deve obter e manter a confiança do entrevistado, evitando ser inoportuno, não interrompendo as actividades de seu interesse, nem entrevistando-o quando estiver cansado ou irritado. É sempre bom marcar a entrevista com antecedência de forma a permitir que o entrevistado se prepare; Durante a entrevista o que interessa é o que o entrevistado diz, portanto deve-se ouvir mais do que falar. É conveniente apresentar primeiro, perguntas que tenham menores probabilidades de provocar recusa ou produzir qualquer forma de negativismo. 03/04/2015 MEIC- UP/B. Bandeira 73 4.3. ENTREVISTA (CONT.) Finalmente, o entrevistador não demasiadamente na sua memória. deve confiar Deve fazer cuidadosamente o apontamento dos dados, registando-os de forma resumida durante a entrevista e completando as suas anotações imediatamente após a mesma ou o mais breve possível. 03/04/2015 MEIC- UP/B. Bandeira 74 4.4. QUESTIONÁRIO Questiona-se com base num leque de perguntas escritas e neste caso o informante é que escreve as respostas. É necessário que se identifique as questões mais importantes a serem propostas de acordo com os objectivos. O uso de perguntas abertas permite obter respostas livres. Exemplo: O que você gosta mais na cidade? 03/04/2015 MEIC- UP/B. Bandeira 75 4.4. QUESTIONÁRIO (CONT.) As perguntas fechadas permitem obter respostas mais precisas. Exemplo: Seu nível de escolaridade é: ( ) Secundário ( ) Médio ( ) Licenciado As perguntas fechadas são padronizadas, de fácil aplicação, fáceis de codificar e analisar. As perguntas abertas, destinadas à obtenção de respostas livres, embora possibilitem recolher dados ou informações mais ricas e variadas, são codificadas e analisadas com mais dificuldades. 03/04/2015 MEIC- UP/B. Bandeira 76 4.5. FORMULÁRIO E um documento pré-impresso onde são preenchidos os dados e informações, que permite a formalização das comunicações, o registo e o controle das actividades das organizações, como empresas ou instituições estatais. Neste caso não importando preenchidos os dados. 03/04/2015 MEIC- UP/B. Bandeira por quem são 77 4.5. FORMULÁRIO Vantagens - Participação directa do investigador, possibilidade de acomodar perguntas mais complexas, garantia da uniformidade na interpretação dos dados e dos critérios pelos quais são fornecidos . - O formulário pode ser aplicado a grupos heterogéneos, inclusive analfabetos o que não acontece no questionário . 03/04/2015 MEIC- UP/B. Bandeira 78 4.5. FORMULÁRIO Uma vez recolhidos os dados duma forma científica, isto é, por meio de técnicas de observação controlada, passa-se à apresentação dos mesmos através de gráficos, mapas, e quadros estatísticos. Somente então, serão analisados e interpretados em função das perguntas formuladas no início ou das hipóteses levantadas. 03/04/2015 MEIC- UP/B. Bandeira 79 INQUÉRITO POR QUESTIONÁRIO/FORMULÁRIO Número do quetsionário ______ ___ Número do entrevistado__ _____ Data: ___/___/ ____ A - informação administrativa Província: _________________ Distrito: _________________ Localidade: _________________ B-Inform ação d o e ntrevistado 1 . Nome: ___________________________________ ______ ______ ______ _ 2. Sexo: 1 . masculino 2. feminino 3.Estado civil: 1 .casado 2. solteiro 3. divorciado 4.viuvo 4. Ocupação: ___________________ 5.Quem é o chefe da família? 1 .homem 2.mulher 03/04/2015 MEIC- UP/B. Bandeira 80 5. MÉTODOS CIENTÍFICOS (Indutivo e Dedutivo) 03/04/2015 MEIC- UP/B. Bandeira 81 5.1. CONCEITO As ciências caracterizam-se pela utilização de métodos científicos… Mas nem todos os ramos que usam métodos científicos são científicos. 03/04/2015 MEIC- UP/B. Bandeira 82 5.1. CONCEITO (CONT.) Método- e o conjunto das actividades sistemáticas e racionais que permitem alcançar o objectivo 03/04/2015 MEIC- UP/B. Bandeira 83 5.2. MÉTODO INDUTIVO 5.2.1. Característica Indução e um processo mental por intermédio do qual infere-se uma verdade geral ou universal partindo de dados particulares ou verdades especificas. Na ciência a indução é o raciocínio pelo qual se chega à conclusão de alguns casos observados. A indução é a alma das ciências experimentais. 03/04/2015 MEIC- UP/B. Bandeira 84 5.2. MÉTODO INDUTIVO (CONT.) Exemplo 1 Galinha, pato, avestruz, pombo são aves e tem penas. (verdade específica) Logo: todas as aves tem penas. (verdade geral) 03/04/2015 MEIC- UP/B. Bandeira 85 5.2. MÉTODO INDUTIVO (CONT.) Exemplo 2 Gato, macaco, vaca, são mamíferos e a base da alimentação das crias é o leite “materno”. ( verdade específica) Logo: os mamíferos alimentam as crias com o leite “materno”. (verdade geral) 03/04/2015 MEIC- UP/B. Bandeira 86 5.2. MÉTODO INDUTIVO (CONT.) 5.2.2. Fases do método indutivo a) Observação e análise dos factos ou fenómenos para descobrir as causas da sua manifestação; a) Descobrir a relação entre os factos ou fenómenos através da sua comparação e aproximação; e a) Generalização da relação entre os factos ou fenómenos semelhantes, muitos deles ainda não observados. 03/04/2015 MEIC- UP/B. Bandeira 87 5.2. MÉTODO INDUTIVO (CONT.) 5.2.3. Formas de indução Completa ou formal- estabelecida por Aristóteles. Não se induz de alguns casos mas de todos. Exemplos: 2ª, 3ª, 4ª, 5ª, 6ª, sábado e domingo tem 24 horas. Ora 2ª, 3ª, 4ª, 5ª, 6ª, sábado e domingo são dias da semana Logo, todos os dias da semana tem 24 horas. Este tipo de indução é estéril porque não leva a novos conhecimentos não tem importância para o progresso da ciência. 03/04/2015 MEIC- UP/B. Bandeira 88 5.2. MÉTODO INDUTIVO (CONT.) Incompleta ou cientifica criada por galileu e melhorada por Francis Bacon. Fundamenta-se na causa ou na lei que rege o fenómeno ou facto, constatado em um número significativo de casos (um ou mais) mas não em todos. 03/04/2015 MEIC- UP/B. Bandeira 89 5.2. MÉTODO INDUTIVO (CONT.) Mercúrio, Vénus, Terra, Marte, Júpter, Saturno, Urânio, Neptuno, Plutão não tem brilho próprio. Ora, Mercúrio, Vénus, Terra, Marte, Júpter, Saturno, Urânio, Neptuno, Plutão são planetas. Logo, todos os planetas não tem brilho próprio. 03/04/2015 MEIC- UP/B. Bandeira 90 5.2. MÉTODO INDUTIVO (CONT.) 5.2.4. Regras da indução incompleta Os casos particulares devem ser observados, provados e experimentados na quantidade suficiente. Ex: Analisar a possibilidade de variação provocada por circunstâncias acidentais. Se depois disso a propriedade, acção, facto ou fenómeno continuar a se manifestar da mesma forma é evidente que a causa seja a sua própria natureza. Ex: 03/04/2015 MEIC- UP/B. Bandeira 91 5.3. MÉTODO DEDUTIVO 5.3.1. Característica A dedução é a argumentação que torna explícitas verdades particulares contidas em verdades universais. O processo dedutivo, leva o pesquisador do conhecido ao desconhecido com pouca margem de erro. 03/04/2015 MEIC- UP/B. Bandeira 92 5.3. MÉTODO DEDUTIVO (CONT.) 5.3.2. Regras da dedução Da verdade do antecedente segue-se a verdade do consequente. Ex: Todas as plantas realizam a fotossíntese Ora, a mangueira é uma planta Logo, realiza a fotossíntese 03/04/2015 MEIC- UP/B. Bandeira 93 5.3. MÉTODO DEDUTIVO (CONT.) Da falsidade do antecedente pode seguir-se a falsidade ou veracidade do consequente. Ex: Todos os animais respiram através de pulmões Ora o peixe é um animal Logo, respira através de pulmões (consequente falso) Ex: Todos os animais respiram através de pulmões Ora o boi é animal Logo, respira através de pulmões (consequente verdadeiro) 03/04/2015 MEIC- UP/B. Bandeira 94 5.4. MÉTODO HIPOTÉTICO-DEDUTIVO Etapas do método hipotético-dedutivo segundo Popper e Bunge Popper Bunge Conhecimento prévio (teorias existentes) Problema (formulação do problema) Problema Hipótese Hipóteses Revisão teórica Testagem Teste de hipóteses (prova, interpretação dos dados) Refutação/ corroboração Conclusões (comparação com a teoria, correcção e sugestões) 03/04/2015 MEIC- UP/B. Bandeira 95 CRONOGRAMA DE ACTIVIDADES Meses Actividades Jul Ago Set Out. Nov. Estabelecimento de parcerias e contactos Elaboração do questionário Inquérito com os produtores Inquérito aos grossistas, vendedores e consumidores Redacção do draft do relatório Redacção do relatório final Submissão do relatório final 03/04/2015 MEIC- UP/B. Bandeira 96 ORÇAMENTO Item Combustível e lubrificantes Despesas do pessoal do campo • 1 Investigador principal • 1 Economista • 1 Investigador auxiliar • 1 Técnico • 3 Guias • 1 Motorista Management cost Unidade Custo(USD) 1600 litros /diesel 40 litros /oils 2000 1 x 60 dias x $50 1 x 120 dias x $50 1 x 120 dias x $30 1 x 100 dias x $20 3 x 60 dias x $15 1 x 60 dias x $20 3,000 6,000 3,600 2,000 2,700 1,200 8% 1,500 20,000 03/04/2015 MEIC- UP/B. Bandeira 97 INQUÉRITO As vantagens dos inquéritos estatísticos incluem: É uma forma eficiente de colectar informação de um grande número de respondentes. Grandes amostras são possíveis. Técnicas estatísticas podem ser usadas para determinar a validade, a fiabilidade e a significância estatística. Os inquéritos são flexíveis no sentido em que uma grande variedade de informação pode ser recolhida. Eles podem ser usados para estudar atitudes, valores, crenças e comportamentos passados. Porque eles estão padronizados, eles estão relativamente livres de vários tipos de erros. São relativamente fáceis de ministrar. Há uma economia da colecta dos dados devido à focalização providenciada por questões padronizadas. Apenas questões de interesse para o pesquisador são colocadas, gravadas, codificadas e analisadas. Tempo e dinheiro não são gastos em questões tangenciais. 03/04/2015 MEIC- UP/B. Bandeira 98 INQUÉRITO (CONT.) As desvantagens dos inquéritos incluem: Eles dependem da motivação dos sujeitos, sua honestidade, memória e capacidade de resposta . Os respondentes podem não estar conscientes das suas razões para qualquer determinada acção. Eles podem ter esquecidos as suas razões. Eles podem não estar motivados para dar respostas correctas, na verdade, eles podem estar motivados a fornecer respostas que os apresentem numa luz favorável. Inquéritos não são apropriados para estudar fenómenos sociais complexos. O indivíduo não é a melhor unidade de análise nestes casos. Os inquéritos não dão um completo senso dos processos socias e a análise parece super ficial. Inquéritos estruturados, par ticularmente aqueles com repostas fechadas, podem ter baixa validade quando pesquisando variáveis afectivas. As amostras de inquéritos são normalmente auto-escolhidas, e por isso amostras sem probabilidade das quais as características da população não podem ser inferidas 03/04/2015 MEIC- UP/B. Bandeira 99 INQUÉRITO (CONT.) Há várias formas de administrar um inquérito, incluindo: Telefone ▪ taxa de respostas 40% - 60% ▪ relativamente eficiente em termos de custo, dependendo dos custos das chamadas ▪ bom para grandes amostras a nível nacional ou internacional ▪ não pode ser usado para informação não áudio (gráficos, demonstrações, sabor/cheiro) ▪ três tipos: ▪ entrevista por telefone tradicional ▪ discamento assistido por computador (computer assisted telephone dialing) 03/04/2015 MEIC- UP/B. Bandeira 100 INQUÉRITO (CONT.) entrevista assistida por computador (computer assisted telephone interviewing - ver software CATI) Correio ▪ taxa de respostas 5% - 30% ▪ o questionário pode ser entregue aos respondentes ou enviado por correio, mas em qualquer caso, eles retornam ao pesquisador via correio. ▪ custo é muito baixo, uma vez que correio em massa é barato na maioria dos países. ▪ grandes atrasos, por vezes de meses, antes de os inquéritos serem retornados e a análise estatística possa começar. ▪ não apropriado para temas muito complexos ▪ não há enviezamento introduzido pelo entrevistador ▪ grandes quantidades de informação podem ser obtidas: alguns inquéritos por correio têm 50 páginas ou mais ▪ as taxas de resposta podem ser melhoradas pelo uso de painéis de respondentes por correio ▪ membros do painel concordaram em participar ▪ paineis podem ser usados em desenhos longitudinais (longitudinal designs) onde101 os 03/04/2015 MEIC- UP/B. Bandeira mesmos respondentes são inquiridos várias vezes INQUÉRITO (CONT.) Inquéritos online ▪ podem usar a internet ou e-mail ▪ a internet é preferível ao e-mail porque formulários interactivos HTML podem ser usados ▪ as taxas de respostas eram quase 90% antes de 2000, mas têm vindo a baixar desde então (hoje 30% - 60%) ▪ muito barato ▪ resultados muito rápidos ▪ fácil de modificar ▪ as taxas de respostas podem ser melhoradas usando painéis membros dos painéis têm de concordar em participar 03/04/2015 MEIC- UP/B. Bandeira 102 INQUÉRITO (CONT.) Inquérito pessoal em casa ▪ os respondentes são entrevistados em pessoa, nas suas casas, (ou à porta de casa) ▪ custos muito altos ▪ taxa de resposta 40% - 50% ▪ possível de fazer quando estão envolvidas também representações gráficas, cheiros, ou demonstrações ▪ adequado para longos inquéritos 03/04/2015 MEIC- UP/B. Bandeira 103 INQUÉRITO (CONT.) Inquérito por intercepção de passantes no shoping comercial ▪ os passantes num centro comercial são interceptados - eles são entrevistados no local, levados para um quarto e entrevistados ou levados para um quarto onde preenchem um questionário auto-administrado ▪ taxa de respostas é de cerca de 50% ▪ socialmente aceitado - as pessoas acham que um centro comercial é um local mais apropriado do que as suas casas ▪ potencial para enviesamento via entrevistador ▪ rápido [editar] Tácticas usadas para aumentar as taxas de resposta 03/04/2015 MEIC- UP/B. Bandeira 104 INQUÉRITO (CONT.) brevidade - uma única página se possível incentivos financeiros ▪ pagos em avanço ▪ pagos na termo incentivos não monetários ▪ brindes pecuniários (canetas, notepads) ▪ bilhete de loteria, sorteio ou concurso ▪ coupons de desconto ▪ promessa de contribuição para uma obra de caridade notificação preliminar técni cas de pequenos passos (foot-i n-the -door techni ques ) - começar com um pequeno pedido per sonalização do pedido - dirigir-se a indivíduos específicos pedidos de seguimento (follow -up requests) afirmar afiliação com univer sidades, institutos de pesquisa ou caridades apelos emocionais ofer tas de simpatia 03/04/2015 MEIC- UP/B. Bandeira 105