Uploaded by Raquel Lopes Teixeira

Questionários metodologia

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Questionários
Processos de elaboração e escalas
ROTEIRO
Questionários
Escalas
Processos de validação
QUESTIONÁRIO
Questionário é um instrumento de coleta de dados, constituído por
uma série ordenada de perguntas.
É composto por uma série de questões que são colocadas para um
grupo de sujeitos, e pode ser conduzido como uma entrevista oral ou
como um questionário escrito ou eletrônico.
(Portney & Watkins, 2009)
QUESTIONÁRIO
São auto administrados usando caneta e papel ou formatos eletrônicos.
(Portney & Watkins, 2009)
QUESTIONÁRIO
Questionários são particularmente úteis como método de pesquisa
para o exame de fenômenos que podem ser avaliados por meio da
auto-observação, como atitudes e valores.
(Portney & Watkins, 2009)
QUESTIONÁRIO
Questionários em pesquisas clínicas estão frequentemente
preocupados em descrever práticas, atitudes e valores, ou
características de grupos específicos.
(Portney & Watkins, 2009)
VANTAGENS
Os respondentes as completam em seu próprio tempo.
Os dados podem ser coletados de uma grande amostra, em uma
ampla distribuição geográfica, em um período relativamente curto
de tempo.
Os formulários escritos são padronizados, de modo que todos são
expostos às mesmas perguntas da mesma maneira.
(Portney & Watkins, 2009)
DESVANTAGENS
O potencial para entender mal ou interpretar erroneamente as
perguntas ou respostas;
Precisão desconhecida ou motivação do entrevistado.
(Portney & Watkins, 2009)
AUTORRELATO
Os dados coletados usando uma entrevista oral ou um
questionário escrito são baseados em uma forma de autorrelato.
Há sempre algum potencial de parcialidade ou imprecisão nos
autorrelatos, particularmente se as perguntas se referirem a
questões pessoais ou controversas.
O fenômeno do viés de memória pode ser um problema quando
os entrevistados são solicitados a lembrar de eventos passados.
(Portney & Watkins, 2009)
ELABORAÇÃO
1. Definir perguntas norteadoras
2. Pesquisar instrumentos existentes (São aplicáveis ou adaptáveis ao
estudo?)
3. Esboço do questionário
4. Versões preliminares
5. Testes piloto e revisões
(Portney & Watkins, 2009)
QUESTÃO DO ESTUDO
• A primeira consideração é a delineação da questão
geral da pesquisa.
O problema de pesquisa deve ser identificado com referência a uma
população alvo. Essas decisões formarão a estrutura para decidir o
desenho apropriado.
• Um questionário é apropriado quando a pergunta requer obter
informações a partir de assuntos em vez de medir o desempenho.
(Portney & Watkins, 2009)
ELABORAÇÃO
ELABORAÇÃO
FORMATO DAS RESPOSTAS
A escolha do formato das respostas mais adequado deve levar em
conta as vantagens e desvantagens, de cada tipo, para o objetivo da
pesquisa.
As respostas podem ser:
• abertas,
• múltipla escolha,
• dicotômicas,
• mistas.
QUESTÕES ABERTAS
VANTAGENS
DESVANTAGENS
Boas para questionamentos
sobre a percepção do
entrevistado
Exercem pouca influência nas
respostas
Mais difíceis de codificar e
interpretar resultados
Permitem explicações
Maior possibilidade de influência
do entrevistador
Problemas com as respostas de
entrevistados com dificuldade de
expressão
QUESTÕES FECHADAS
VANTAGENS
São mais fáceis de responder
Exigem menos tempo do
entrevistado
São mais fáceis de codificar,
processar e analisar os dados
DESVANTAGENS
Podem influenciar o entrevistado
pelas alternativas apresentadas
Exigem mais tempo na
elaboração do questionário
Podem apresentar erros de
medida caso as opções de
resposta não sejam adequadas
REDAÇÃO DAS QUESTÕES
Cada palavra de uma pergunta pode influenciar a validade e a
reprodutibilidade das respostas.
O objetivo é construir questões simples, livres de ambiguidade e
encorajar respostas precisas e honestas sem embaraçar ou ofender
o entrevistado.
Perguntas devem ser tão claras e específicas quanto possíveis.
(Hulley et al, 2015)
EXEMPLO
EXEMPLO
EXEMPLO
ESCALAS
As escalas foram desenvolvidas para medir atitudes, função,
saúde e qualidade de vida, dor, esforço e outras variáveis físicas,
fisiológicas e psicológicas.
O propósito de uma escala é distinguir diferentes intensidades da
característica que está sendo medida.
Os itens da escala devem representar toda a faixa de valores que
representam a característica sendo medida.
(Hulley et al, 2015)
ESCALAS
Quando se aplica um questionário fechado (múltipla escolha ou
dicotômico) pretende-se medir aspectos como atitudes ou opiniões
do público-alvo, e isso geralmente é possível com a utilização de
escalas.
Os tipos mais comuns:
• Escala de Likert,
• Escala Visual Analógica,
• Escala Numérica.
(Hulley et al, 2015)
ESCALA DE LIKERT
A escala de Likert apresenta uma série de cinco proposições, das
quais o respondente deve selecionar uma, podendo estas ser:
concorda totalmente, concorda, sem opinião, discorda, discorda
totalmente.
É efetuada uma cotação das respostas que varia de modo
consecutivo: +2, +1, 0, -1, -2 ou utilizando pontuações de 1 a 5.
É necessária atenção quando a proposição é negativa. Nestes casos a
pontuação atribuída deverá ser invertida.
(Hulley et al, 2015)
ESCALA DE LIKERT
VANTAGENS
• É uma escala de fácil aplicação e design.
• Você pode usar itens que não têm relação com a expressão.
• Oferece um ranking da opinião das pessoas pesquisadas.
• Muito simples de responder.
ESCALA DE LIKERT
DESVANTAGENS
• Possível viés na escala, já que as respostas positivas tendem a
superar as negativas.
• Os entrevistados tendem a responder “de acordo”, uma vez que
implica menos esforço mental no momento de responder a
pesquisa.
• Dificuldade para estabelecer com precisão a quantidade de
respostas positivas e negativas.
ESCALA VISUAL ANALÓGICA
VAS (Visual Analogue Scales) é um tipo de escala que advém da
escala de Likert apresentando os mesmos objetivos, mas num
formato diferente.
Este tipo de escala baseia-se numa linha horizontal com 10 cm de
comprimento apresentando nas extremidades duas proposições
contrárias.
O entrevistado deve responder à questão assinalando na linha a
posição que corresponde à sua opinião.
(Johnson, 2005)
EVA / ESCALA NUMÉRICA
A Escala Numérica deriva da escala visual analógica na qual a linha se
apresenta dividida em intervalos regulares.
VAS ou escalas numéricas também podem ser usadas para outros
sintomas não apenas dor. Por exemplo: desconforto, rigidez ou
dispneia.
Portanto, se um paciente com asma apresenta dispneia, a dificuldade
na percepção do paciente de respiração pode ser medido usando
estas escalas.
(Johnson, 2005)
EVA / ESCALA NUMÉRICA
(Johnson, 2005)
CONFIABILIDADE
Estudos de confiabilidade avaliam quanto a medida é consistente e livre
de erro.
Confiabilidade = grau em que medidas repetidas, em condições
estáveis, fornecem respostas similares.
• Teste-reteste
• Interexaminador
• Intraexaminador
• Consistência interna
(Portney & Watkins, 2009)
CONFIABILIDADE
(Souza et al, 2017)
VALIDADE
A validade diz respeito à medida em que um instrumento mede o que
se pretende medir.
A validade implica que uma medição está relativamente livre de erros;
isto é, um teste válido também é confiável.
Podemos simplificar a validação como um processo de teste de
hipóteses, determinação de desempenho.
(Portney & Watkins, 2009)
VALIDADE DE CONSTRUTO
(Souza et al, 2017)
VALIDADE DE CONSTRUTO
(Souza et al, 2017)
PROCESSO DE VALIDAÇÃO
Avalia com precisão
determinado
instrumento a partir de
valores estabelecidos
RAYMUNDO, 2009; MOKKINK et al., 2010; PRINSEN et al., 2018
(Ghisi et al, 2018)
(Teixeira et al, 2021)
INTRODUÇÃO
TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO
TRANSCULTURAL
Validade
Transcultural
Diretrizes propostas por
Beaton et al (2000)
BEATON et al., 2000
(Arquivo pessoal)
PERCENTUAL DE RESPOSTAS
1
2
3
3%
4
5
10%
87%
(Arquivo pessoal)
(Arquivo pessoal)
TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO TRANSCULTURAL
Algumas palavras/ expressões tiveram a verificação da compreensão no
contexto da questão. Os itens pouco claros foram ajustados
As figuras e/ou comparações de porções incomuns no Brasil (ex.:
muffins, bolas de beisebol e bolas de golfe) foram substituídos
Material suplementar
Testes adicionais da versão adaptada
O novo instrumento deve manter tanto as características de nível do
item como as correlações item-escala e consistência interna; e as
características de nível de pontuação de confiabilidade, validade de
construto e responsividade.
É possível trabalhar alguns desses testes de confiabilidade e validade
no processo de pré-teste (Fase 5), embora muitas vezes precisem de
amostras maiores.
(Beaton et al, 2000)
Testes adicionais da versão adaptada
Os itens são verificados quanto à distribuição das respostas a eles, e a
correlação de cada um com sua escala.
A etapa final é uma avaliação completa dos atributos do nível de
pontuação. As comparações desses são feitas com os semelhantes do
instrumento original. Espera-se que a versão adaptada funcione de
maneira semelhante
(Beaton et al, 2000)
PROPRIEDADES DE MEDIDA
Consistência
interna
Reprodutibilidade
(teste-reteste)
Efeitos piso
e teto
Validade de
construto
Validade
transcultural
Validade
estrutural
Validade
convergente
Teste de
hipóteses
MOKKINK et al., 2010; PORTNEY, 2009; TERWEE et al., 2007; SOUZA et al., 2017; POLIT, 2015
REFERÊNCIAS
1.
Portney LG, Watkins MP. Foundation of clinical research: applications to practics. 3.ed. New Jersey:
Pearson Prentice Hall, 2009. 892p
2.
Hulley SB, Newman TB, Cummings SR. Delineando a pesquisa clínica. 4. ed. Porto Alegre:
ArtMed, 2015. 400p
3.
Johnson C. Measuring pain, Visual Analog Scale versus Numeric Pain Scale: What is the difference?
Journal of Chiropractic Medicine. 2005;4(1):43-44
4.
Pasquali L. Psicometria: teoria dos testes na psicologia e na educação. 5.ed. Petrópolis: Vozes, 2013.
392 p
5.
Vieira S. Bioestatística: tópicos avançados. 3.ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010. 278p
6.
Souza ACS, Alexandre NM, Guirardello EB. Propriedades psicométricas na avaliação de instrumentos:
avaliação da confiabilidade e da validade. Epidemiol. Serv. Saúde. 2017; 26(3):649-659
7.
Beaton DE, Bombardier C, Guillemin F, Ferraz MB. Guidelines for the Process of Cross-Cultural
Adaptation of Self-Report Measures. Spine. 2000;25(24):3186-91
REFERÊNCIAS
8.
Ghisi GL de M, Mahajan A, da Silva Chaves GS, Rouse V, Brum M, Ajwani F, et al. Validation of a selfadministered version of the Mediterranean diet scale (MDS) for cardiac rehabilitation patients in
Canada. Int J Food Sci Nutr 2018:1–10. https://doi.org/10.1080/09637486.2018.1486392
9.
Teixeira RLL, Jansen AK, Pereira DAG, Ghisi GL de M, Silva LP, Cisneros LL, Britto RR. Brazilian
Portuguese version of the Mediterranean diet scale: Translation procedures and measurement
properties. DMSCRR 2021:102165. https://doi.org/10.1016/j.dsx.2021.06.002
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