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Síntese 2

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LC TP3 | Síntese 2
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Síntese das apresentações [pasta Aula_apresentações]
11 de outubro
Linguagem na comunicação:
“Numa situação de comunicação, o falante tem a possibilidade de comunicar algo diverso ou
que vai para além daquilo que as palavras que usa significam.”
Lima, J. P. (2006). Pragmática Linguística. Lisboa: Caminho. p.14]
“O sentido de uma palavra é o seu uso.”
Ludwig Wittgenstein, Philisophical Investigations (1953)
Uma palavra desligada do contexto poderá suscitar interpretações erradas.
John L. Austin (1961) “The Meaning of a Word”
Dimensões da linguagem verbal: referencial, prgamática, afetiva, social e cognitiva
A socialização na aquisição da linguagem verbal e a expressão linguística da munidivdência
Excerto para comentar:
“Today man has developed extensions for practically everything he used to do with his
body. The evolution of weapons begins with the teeth and the fist and ends with the atom
bomb. Clothes and houses are extensions of man's biological temperature-control
mechanisms. Furniture takes the place of squatting and sitting on the ground. Power
tools, glasses, TV, telephones, and books which carry the voice across both time and
space are examples of material extensions. Money is a way of extending and storing
labor. Our transportation networks now do what we used to do with our feet and backs.
In fact, all manmade material things can be treated as extensions of what man once did
with his body or some specialized part of his body.”
“The vocabulary of Culture” in The Silent Language, de Edward T. Hall (1959, p. 79)
15 de novembro
Relacionar os excertos 1, 2 e 3 com o da apresentação anterior (“The vocabulary of Culture”, de
Edward Hall):
1.
“Through language we are able to move in time and space, discuss past events and
speculate about the future, disclose beliefs and dreams. (...) Language is a
conventionalized code, agreed upon in the speech society, which each human child
spends the first years of life in learning. The basis is the use of words: spoken, written or
signed words, which are joined together by grammatical rules.”
Håkansson & Westander (2013) Communication in Humans and other Animals
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2. Beyond Culture, de Edward T. Hall (1976, p. 1) — Introduction
3. Bauman, Zygmunt (1999). Search of Politics, Polity Press, p. 202
NOTAS:
1. A descrição das sequências textuais poderá auxiliar o trabalho relativo à leitura crítica à
análise de uma situação comunicativa. Os tópicos no âmbito da revisão de bibliográfica,
bem como da voz autoral poderão igualmente fazer parte da textualização da leitura crítica.
20 de novembro
Variação linguística e contexto cultural/multicultural
Episódios comunicativos
Língua padrão e língua correta: códigos escrito e oral
Globalização no mundo laboral e o entendimento multicultural
Excerto para comentar:
Como as nossas perceções variam muito de cultura para cultura, há o risco de
assumirmos que os sinais recebidos dos outros podem ser interpretados como o faríamos
no lugar deles, o que, tanto nos contextos diádicos como nos coletivos, provoca
desentendi- mentos sérios. Contrariamente ao que acontece a nível verbal, a
comunicação não verbal e para-verbal são as que mais desencontros suscitam, quanto
mais não seja porque, se a diferença linguística é evidente — sabemos que não nos
entendemos se não falarmos a mesma língua —, a diferença comportamental não o é
(Cameron 2001: 107-108).
Cameron, Deborah (2001). Working with Spoken Discourse. Sage Publications
Quadros de referências na configuração da nossa identidade e dos nossos papéis (Mercer 2000:
37-43, esp. 42)
Mercer, Neil (2000). Words and minds — How we use language to think together. Routledge
Parâmetros fundamentais [ver Santos, 2011, p. 134]
Culturas high-context versus low-context
Culturas enquanto construções discursivas
Organização social da diferença (segundo Steven Vertovec (2021) «The social organization of
difference». Ethnic and Racial Studies 44:8: 1273- 1295. DOI:
10.1080/01419870.2021.1884733)
Metáfora para explicar o conceito de ‘cultura’: ‘bagagem’ ou ‘chip’ ou ‘concerto, uma sessão
jazzística de improvisação’?
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06 de dezembro
Retoma do tópico da comunicação e pragmática linguística
Máximas conversacionais versus implicaturas e inferências
Princípio de cooperação subjacente a cada falante
Retoma de tópicos: dimensões da linguagem verbal; socialização e aquisição da linguagem
verbal
Linguagem e mente: funcionamento do cérebro e desempenho; aquisição da linguagem verbal
e período crítico; processamento da linguagem verbal
Teoria da modularidade de Chomsky versus teoria interacionista de Vygotski
Língua e cultura: caráter articulado da linguagem verbal humana; representação em línguas
Comunicação multimodal: contributo de Herbert Marshall McLuhan
Enunciados de provas anteriores
Tópicos para a segunda frequência
A. Língua e cultura
Visão do papel da linguagem no pensamento
Características das práticas culturais
Edward Sapir e de Benjamin Lee Whorf – línguas e realidade
A língua que falamos condiciona a nossa experiência e as nossas relações sociais? A nossa
interpretação do mundo é configurada pelo discurso?
Determinismo linguístico (a língua codifica as “perspetivas sobre a realidade” e os processos de
pensamento dos falantes) versus Relativismo linguístico (as diferentes línguas comportam
diferentes sistemas de representação, que podem não ser equivalentes).
• Santos, Joana Vieira (2011). Linguagem e Comunicação. Almedina/CELGA. (pp. 30-36; 133143)
• André, João Maria (2012). Multiculturalidade, identidades e mestiçagem: o diálogo
intercultural nas ideias, na política, nas artes e na religião, Palimage (pp. 16-31)
• Damásio, António (2017). A Estranha Ordem das Coisas — a vida, os sentimentos e as culturas
humanas, Temas e Debates (pp. 254-263)
Excertos para comentar:
“No two languages are ever sufficiently similar to be considered as representing the same social
reality. The worlds in which different societies live are distinct worlds, not merely the same world
with different labels attached.” (Sapir, Edward (1929), "The status of linguistics as a science",
Language, 5 (4): 207–214)
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"In the greatest number of daily encounters, where and when we stay with others, we are able
to understand each other in the sense of `knowing how to proceed', as Wittgenstein would say...
The possibility of universalism lies precisely in this common capacity to reach an effective
communication without possessing in advance common meanings and interpretations."
(Bauman, Zygmunt (1999). Search of Politics, Polity Press, p. 202)
“O mundo que hoje percorremos e habitamos proporciona-nos uma vivência contraditória da
familiaridade e do estranahmento que temos ou não temos com as coisas, as pessoas, as culturas
e o seu acontecimento plural no mundo e na história. Ao mesmo tempo que as distâncias se
anulam pelas vias eletróncias da comunicação, tornando vizinhos os que tão longe habitam
nesta aldeia global, apagam-se as referências doadoras de sentido, que permitiam outrora
desenhar os mapas da nossa orientação e reconhecer o céu infinito estrelas privilegiadas como
guias da nossa caminhada. Assim, se a aldeia facilita o (re)conhecimento, a multiplicação ao
infinito das estradas, das ruas e das ágoras potencia o desconehcimento e, se a globalização
parece homogeneizar, tal homogeneização impede a percepção diferenciada da singularidade
inalienável do outor e dos outros, sem q aqul é impossível o diálogo, que pressupõe sempre a
relação entre dois seres em comunicação mas irredutíveis na sua alteridade.” (André, 2012, p.
16).
“(…) promotor do fenómeno da globalização (…) e que estrutura o rosto e a paisagem sóciocultural do mundo contemporâneo: o desenvolvimento da sociedade-rede e dos modos de estar,
produzir, atuar e comunicar que lhe estão associados, de que a internet é atualemtne a forma
mais visível. (…) Dá origem àquilo a que muitos autores têm vindo a chamar Telépolis, a nova
forma da polis, e, consequentemente, uma nova forma do mundo, que não se baseia em recintos
territoriais, com um interior, com fronteirase com o seu exterior, mas em redes abertas de
interconexões, que cobrem o planeta e preenchem mesmo os espaços siderais.” (André, 2012,
p. 23).
“(…) a instabilidade e a plasticidade proteiforme (…) permite a Manuel Castells falar de uma
cultura do efémero, de uma cultura de cada decisão estratégica, de um mosaico de experiências
e de interesses ou mesmo de uma cultura multifacética e virtual (…).” (André, 2012, p. 25).
“Multiculturalismo não designa apenas uma realdiade fixa e homogénea, clara e univocamente
configurável por alguns traços essenciais suscetíveis de serem universalizados a todos os
posicionamentos que o enfrentam e que o tematizam.” (André, 2012, p. 26).
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B. Linguagem e ação
Usos em contexto
O Princípio da Cooperação de Paul Grice e as máximas conversacionais
Pressuposto e subentendido
Os atos ilocutórios de John Langshaw Austin e de John Searle
Contingências formais da comunicação: estratégias para-verbais e não verbais
Comunicação pública, multimodalidade e nova literacias
— uso da linguagem pelos interlocutores, os modos de falar e objetivos do discurso, situados
num tempo e espaços específicos;
— a interpretação requer o conhecimento do seu contexto e do cotexto, constituído pelas
palavras próximas;
— o contexto corresponde a uma situação comunicativa global: a situação física (tanto espacial
como temporal), os conhecimentos do mundo, o relacionamento entre interlocutores;
— além das competências verbais e cognitivas, existem comportamentos adequados aos
objetivos e às situações de comunicação que se refletem nas escolhas linguísticas e na seleção
de formas de comunicação não verbais;
— a comunicação pública exige uma aprendizagem formal (Cameron, 2000: 32).
(Santos, 2011)
— “todo o ato comunicativo implica, em certa medida, uma ação sobre outrem, da qual
podemos estar mais ou menos conscientes. Por extensão, implica o exercício de um poder
discursivo, que se aprende e se refina, mas que também, por outro lado, faz parte da essência
da comunicação.”
— “o poder da linguagem, materializado em atos ilocutórios, carece de um contexto que o
valide; decorre, assim, de parâmetros da situação de comunicação, como o estatuto dos
locutores, o tempo e o espaço, a relação interpessoal.”
— “o encadeamento lógico de um raciocínio depende da associação permitida pela línguagem
em que é feito isto analisando as ligações que estabelecemos com conetores como embora, se,
quando ou tendo em conta que, e a forma como o seu posicionamento afeta a construcão da
frase ou até do próprio texto. Uma prova adicional é dada pelo facto de conetores” equivalentes"
em línguas diferentes não possuírem o mesmo peso argumentativo, o que impede uma tradução
automática.”
(Santos, 2011, p. 178, nota de rodapé)
— “A sociedade contemporânea ocidental não questiona sequer a utilidade da educação, mas
não é essa necessariamente a perspetiva de muitas sociedades mais pobres. Mesmo em alguns
países da Europa, incluindo Portugal, não tem sequer um século de desatualização o princípio
de que as crianças são mais úteis a trabalhar no campo do que nos bancos da escola. Mais
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recentes são os princípios de "educação para a cidadania" ou de "educação para a democracia",
que poderiam ter sido considerados subversivos nos anos 60, tal como hoje consideramos
obsoleto educar apenas para acabar com a ignorância. Por outras palavras, seria ingénuo pensarse na objetividade do projeto educativo da escola, ainda que as suas intenções sejam nobres.”
(Santos, 2011, p. 191)
“Muitas destas ocorrências têm como pano de fundo a comunicação de massas, isto é, são
difundidas por meios tecnológicos, como a televisão, a rádio ou a Internet. Contudo, não
devemos esquecer que o contexto distinto, decorrente em parte do caráter diferido imposto por
tais meios, não altera a essência básica desse tipo de comunicação: um só orador ou oradora
fala para uma audiência, isto é, para muitos (Trenholm 2001: 258). O conceito de comunicação
que norteia o presente livro orienta-se pelos atos que estão ao alcance dos indivíduos comuns,
e não pelos dos privilegiados com os seus quinze minutos de fama sob a luz dos holofotes
mediáticos.”
“a comunicação deixou de ser definitivamente a transmissão de informações - algo que os
modelos semióticos há muito assimilaram-, para passar a ser sinónimo de relação com o outro,
numa recuperação simbólica da própria etimologia do termo. (…) tanto o aumento da literacia
das pessoas, como o da participação nas decisões políticas, como, até, o dos seus direitos
enquanto consumidoras são, neste momento, inegáveis.”
• Santos, Joana Vieira (2011). Linguagem e Comunicação. Almedina/CELGA. (pp. 24-30; 177182; 189-192; 223-232; 240)
• Lopes, Ana Cristina Macário (2018). Pragmática: Uma Introdução. Imprensa da Universidade
de Coimbra.
• Marshall McLuhan, Herbert (2002 [1962]). A Galáxia de Gutenberg. A formação do homem
tipográfico
1. Defina o que se entende por princípio de cooperação/cortesia e explique como pode
fundamentar a aplicação das máximas conversacionais e a preferência por atos linguísticos
indiretos em situações de comunicação concretas.
2. Discuta as razões pelas quais as máximas conversacionais podem não ser respeitadas nas
comunicações quotidianas.
3. Explique de que modo os falantes revelam consciência quanto às máximas conversacionais,
mediante exemplos concretos.
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C. Linguagem e mente humana
Inatismo (Darwin) e teoria interacionista (Vygotski)
• Santos, Joana Vieira (2011). Linguagem e Comunicação. Almedina/CELGA (pp. 36-41)
• Clark, Eve (2009). First Language Acquisition. Cambridge University Press
• Pinker, Stephen (1994). The Language Instinct. Perennial Classics, caps. 1 e 3.
1.
Considere
• os erros de linguagem que ocorrem quando estamos cansados ou stressados (troca de
palavras, de sons, de sílabas);
• as situações em que tentamos lembrar-nos de uma palavra ou expressão que está “debaixo
da língua” e produzimos palavras parecidas;
• a maneira como o que já aprendeu ao longo destas primeiras semanas de aulas na sua área
do saber (Línguas, História, Arte, Cultura, Geografia, etc.) mudou a sua forma de ver o mundo.
O que é que isso pode revelar sobre o seu próprio processamento da linguagem?
2. Descreva sucintamente os problemas relacionados com a linguagem verbal que podem
apresentar as chamadas “crianças ferais”.
Excerto para comentar:
“For many years, Chomsky and some of his colleagues assumed that adult speech to young
children offered at best a degenerate version of a language – such speech was full of errors,
hesitations, breaks in construction, retracings, pauses, and other disfluencies, repairs to
vocabulary, to pronunciation, and so on, to the extent that children would necessarily have great
difficulty both in learning what might be systematic in a language and in discerning what the
structures were.” (Clark, 2009: 23)
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