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AULA 1 Efeitos+da+posição+do+quadril+

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Arquimedes Henrique
medeshenrique@gmail.com
113.242.756-85
Efeitos da posição do quadril na atividade de eletromiografia
individual dos músculos posteriores da coxa durante o exercício stiff.
2020
Introdução
-
Os posteriores da coxa consistem em bíceps femoral
cabeça longa e curta (BFlh e BFsh respectivamente),
semitendinoso (ST) e semimembranoso (SM), e trabalham
como extensores do quadril e/ou flexores do joelho.
-
BFlh e SM possuem uma maior área de secção transversal,
enquanto ST tem fibras mais longas. Portanto BFlh e SM
tem um maior potencial de geração de força, e ST gera uma
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maior velocidade de contração.
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-
O tamanho muscular do ST em velocistas se mostra 54%
maior quando comparado com os não velocistas, e
demonstraram também maior ativação que BFlh com o
incremento da velocidade da corrida.
-
Isso demonstra que ST tem uma maior importância para
velocistas que BFlh, enquanto que as lesões por
estiramento durante corridas máximas e em chutes
ocorrem especialmente no BFlh.
Introdução
-
Esta lesão no BFlh parece ser prevenida com o
fortalecimento e alongamento dos músculos posteriores da
coxa como um todo.
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- É possível
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que um programa de treinamento focado
seletivamente no fortalecimento do BFlh seja mais eficiente
para prevenção de lesões desse musculo comparado com
treinos que buscam um fortalecimento como um todo.
Introdução
-
A atividade de EMG dos posteriores da coxa demonstrou
ser influenciada pela posição do quadril. A atividade do
BFlh durante a flexão de joelho em máxima contração
isométrica foi menor quando o quadril estava fletido a 135º.
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- Uma outra evidência pôde demonstrar que a rotação
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113.242.756-85 medial do quadril durante o exercício de levantamento
terra
unilateral pode promover maiores graus de ativação na
razão medial-lateral dos posteriores da coxa ao comparar
com a rotação lateral quadril, durante toda a amplitude.
Introdução
-
Estes achados sugerem que a rotação interna/externa do
quadril pode afetar a atividade muscular dos posteriores da
coxa.
-
Entre os posteriores de coxa porção medial, a atividade de
ST e SM durante o levantamento terra foi diferente.
-
BFlh cruza a articulação do quadril e do joelho, enquanto a
BFsh cruza apenas a do joelho, portanto é possível que a
posição do quadril possa diferir entre eles.
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Levando em conta que a evidência mencionada não dividiu
os posteriores da coxa mediais em ST e SM e os laterais em
BFsh BFlh, o propósito do estudo foi investigar se as
diferentes posições do quadril poderiam influenciar de
maneira individual entre cada porção muscular no
exercício stiff.
Metodologia
-
A escolha do stiff se deu por conta da vasta prescrição do
movimento por treinadores, para fortalecimento dos
músculos posteriores da coxa, e as posições do quadril
(rotação interna e externa, adução e abdução) são
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facilmente manipuladas pelo posicionamento dos pés.
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Os sujeitos fizeram o stiff com o quadril em 6 posições
diferentes numa ordem randomizada após a máxima
contração voluntária (MVC) de flexão de joelho isométrica.
-
Durante o movimento, os sinais de EMG foram avaliados na
porção proximal e distal do BFlh, ST e SM.
Sujeitos
-
40 homens velocistas universitários com idade de 19,6
anos, massa corporal de 64,5kgs, altura de 175,4cm,
recorde pessoal na corrida de 100m de 11,03 segundos.
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- Eles
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tinham uma experiência mínima de 3 anos como
velocistas e isentos de lesões nos posteriores da coxa até o
momento da investigação.
Intervenção e procedimento de analise.
-
Os eletrodos foram posicionados em 40 e 60% do
comprimento da perna para BFlh, 30 e 50% para ST e 50 e
70% para SM, para avaliar a atividade proximal e distal de
Arquimedes Henrique cada músculo individualmente. (0% = trocanter maior, 100%
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= prega poplítea).
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-
Os sujeitos deitavam na cama de um dinamômetro com o
joelho direito a 45º de flexão, a pelve e o tornozelo direito
eram fixados com cintos. Após a sessão de aquecimento
incluindo 3 contrações submáximas, eles faziam 2 MVCs
por 2 segundos.
Trocânter maior (0%)
-
Os eletrodos foram posicionados em 40 e 60% do
comprimento da perna para BFlh, 30 e 50% para ST e 50 e
70% para SM, para avaliar a atividade proximal e distal de
cada músculo individualmente. (0% = trocanter maior, 100%
= prega poplítea).
-
Os sujeitos deitavam na cama de um dinamômetro com o
tornozelo direito
de aquecimento
incluindo 3 contrações submáximas, eles faziam 2 MVCs
por 2 segundos.
30%
40%
50%
60%
70%
Prega poplítea (100%)
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joelho direito a 45º de flexão, a pelve e o
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eram fixados com cintos. Após a sessão
-
Depois das medições, os sujeitos realizaram o stiff com o
quadril em 6 posições diferentes:
Rotação interna em 20º (IN20)
Neutro (NT)
Rotação externa em 20º (EX20)
Rotação externa em 40º (EX40)
Aduzido (ADD)
Abduzido. (ABD)
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No IN20, EX20 e EX40, a distancia entre os calcanhares era
de 20% da altura do sujeito.
-
No ADD, NT e ABD, os pés eram posicionados
paralelamente e a distância entre o meio dos pés era de 5,
20 e 40% da altura do sujeito, respectivamente.
Eles colocara, os pés
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posição do quadril. O
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em fitas brancas para ajustar a
stiff foi iniciado com a barra em cima,
os indivíduos desciam lentamente até a tuberosidade tibial
com os joelhos estendidos, e depois retornavam.
-
A cadencia foi de 2-0-2-0 e o descanso foi auto sugerido.
Em caso de não conseguirem realizar o movimento com a
posição do quadril correta e a técnica adequada, uma nova
série era solicitada com um intervalo de 3min.
Resultados
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Para a cabeça longa do bíceps femoral, diferenças foram
encontradas na fase concêntrica, principalmente quando o quadril
estava EX40, ou abduzido.
-
Na fase excêntrica, apenas com o quadril em EX40.
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-
Para o semitendinoso, apenas o quadril abduzido demonstrou maiores
ativações, e somente durante a fase concêntrica.
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-
Para o semimembranoso, a posição IN20 teve diferença significativa
apenas quando comparada com EX40, demonstrando que quanto
maior for a rotação externa, menor vai sendo o resultado, tanto na
fase concêntrica quanto na excêntrica (mais pronunciado).
-
E uma leve vantagem para ABD na fase concêntrica.
Discussão
-
Os resultados deste estudo demonstraram que o nível de
atividade muscular do BFlh nas posições EX20 e EX40
foram maiores que na posição NT durante a fase
concêntrica do stiff, enquanto o SM teve maiores níveis de
ativação na posição IN20 que na EX40 durante a fase
concêntrica e excêntrica.
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- Adicionalmente, os níveis de atividade individual na posição
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ABD foi maior que a posição NT em todas as porções,
durante a fase concêntrica. A excêntrica se manteve sem
diferenças notáveis independente da posição.
-
Para o ST não foram encontradas diferenças na posição do
quadril em ambas as fases do movimento, com exceção da
comparação entre NT e ABD na fase concêntrica.
Discussão
-
A magnitude do torque é o produto entre a força muscular e
o braço de momento. É possível que o braço de momento
do BFlh e SM aumentasse quando as posições dos pés
estivessem em seus extremos na rotação externa e interna
respectivamente.
-
Neste caso, o aumento do braço de momento contribuiu
torque muscular, e por isso a alta atividade de
-
Avaliando o conjunto, a possível diferença no braço de
momento na articulação do quadril pode estar relacionada
à diferença no nível de atividade de BFlh e SM nas posições
de rotação interna / externa, respectivamente.
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para gerar
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EMG.
Discussão
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Braço de momento é a menor distância entre a linha da
força Henrique
e a do eixo.
Arquimedes
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Discussão
-
Os níveis de atividade dos músculos posteriores da coxa
individuais foram maiores no ABD do que no NT durante a
fase concêntrica do stiff.
-
Para levantar a barra, os posteriores da coxa no ABD,
devem gerar o torque de extensão do quadril equivalente
ao do NT. No entanto, a geração de força dos posteriores
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individuais para a produção do torque de extensão do
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quadril deveria ser menor no ABD do que no NT.
-
Assim, uma maior ativação pode ser necessária no ABD
em comparação com o NT.
Discussão
-
O nível de atividade não foi diferente ao comparar a porção
distal e proximal entre os músculos posteriores da coxa
individualmente. Esse resultado não corrobora com um
outro estudo anterior, que demonstrou uma maior atividade
na porção distal do BFlh durante o stiff.
-
Existem algumas diferenças metodológicas que podem
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justificar os resultados distintos. No estudo anterior, a EMG
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113.242.756-85 foi avaliada por múltiplos eletrodos, enquanto no presente
estudo, apenas um eletrodo por avaliação.
-
A amplitude de movimento do stiff foi diferente entre os
estudos, no anterior os indivíduos desciam a barra até o
chão, e no presente estudo somente até a tuberosidade
tibial.
Discussão
-
Por fim, a carga durante o stiff pode ter sido maior no
estudo anterior, onde foi usado 80% RM, e no presente
estudo, 60% do peso corporal.
-
Apesar das discrepâncias entre os dois estudos, fica
incerto dizer como esses fatores poderiam afetar o nível de
atividade da parte proximal e distal dos músculos avaliados.
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- Este estudo possui limitações, pois a EMG é suscetível
113.242.756-85 resultados cruzados entre músculos adjacentes. Os
à
investigadores relatam ter cuidadosamente identificado
cada porção muscular via ultrassonofrafia, e que os
sujeitos eram velocistas, possuindo posteriores de coxa
maiores que outras populações.
-
Os autores assumem, portanto, que o resultado cruzado
não trouxe influencia substancial pro estudo.
Conclusão e aplicação prática.
-
O stiff com rotação externa e abdução de quadril pode ter
um grande potencial para prevenção de lesões no BFlh.
-
As lesões no SM são, em grande parte, por estiramentos em
posições de alongamento em extremas amplitudes. O stiff
com rotação interna e abdução de quadril pode prevenir
Arquimedes Henriqueeste tipo de lesão pelo fortalecimento específico.
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Juntando
-
todas essas informações, é recomendado que os
atletas e seus treinadores selecionem com cuidado a
posição do quadril durante o stiff, considerando os níveis
de atividade individual dos posteriores da coxa.
Considerações pessoais
- Fazer o stiff com quadril rotado externamente em 40º pode aumentar o uso do bíceps
femoral porção longa, podendo também modificar fatores estéticos na região lateral
dos posteriores.
- Fazer o stiff com quadril abduzido pode ser uma opção de prescrição viável para o
aumento da ativação muscular das 3 porções estudadas.
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em 20º pode aumentar o uso do
- Fazer o stiff com o quadril rotado internamente
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semimembranoso, podendo também modificar
fatores estéticos na região medial dos
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posteriores da coxa.
- Mudanças na posição de um exercício podem mudar sim o uso do mesmo, a
musculação não se resume à um padrão de movimento para cada exercício.
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