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ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
PROF. ERIC AVERSARI MARTINS (ADAPTADO POR PEDRO SORIANO)
SUMÁRIO
1.
1.1.
1.2.
1.3.
1.4.
1.5.
2.
2.1.
2.2.
2.3.
2.4.
3.
3.1.
3.2.
3.3.
3.4.
4.
4.1.
4.2.
4.3.
4.4.
4.5.
5.
5.1.
5.2.
5.3.
5.3.1.
5.3.2.
ANTES DE COMEÇAR
RELATÓRIO DOS AUDITORES
MODELO CONTÁBIL
PRIMEIRA LEITURA ANTES DE FAZER QUALQUER CONTA
NOTAS EXPLICATIVAS
NUNCA ESQUECER
AH E AV
CALCULAR
ANÁLISE HORIZONTAL
ANÁLISE VERTICAL
CONCLUSÃO DA ANÁLISE VERTICAL E HORIZONTAL
LIQUIDEZ
CALCULAR
ANALISAR OS ÍNDICES
ANALISAR AS VARIAÇÕES DAS CONTAS CIRCULANTES
CONCLUIR SOBRE A SITUAÇÃO DE LIQUIDEZ
PRAZOS E DFC
2
2
2
2
2
2
3
3
3
3
3
3
3
3
4
4
4
CALCULAR OS PRAZOS
4
ANALISAR O COMPORTAMENTO DOS PRAZOS
4
ANALISAR A VARIAÇÃO DAS CONTAS QUE COMPÕEM OS PRAZOS
4
ANALISAR A VARIAÇÃO DOS PRAZOS EM RELAÇÃO À GERAÇÃO OU CONSUMO
DE CAIXA
4
CONCLUIR SOBRE A GESTÃO DE PRAZOS E IMPACTO DE CAIXA
5
GERAÇÃO DE CAIXA
CALCULAR
IDENTIFICAR SE FOI GERADO OU CONSUMIDO CAIXA NO PERÍODO
IDENTIFICAR O QUANTO CADA ATIVIDADE GERA/CONSOME DE CAIXA
ATIVIDADE OPERACIONAL
ATIVIDADE DE INVESTIMENTO
5
5
5
5
5
5
5.3.3.
5.3.4.
5.4.
6.
6.1.
6.2.
6.3.
6.4.
7.
7.1.
7.2.
7.2.1.
7.2.2.
7.2.3.
7.2.4.
7.3.
8.
8.1.
8.2.
8.2.1.
8.3.
8.3.1.
8.3.2.
8.3.3.
8.3.4.
8.3.5.
8.4.
9.
9.1.
9.2.
ATIVIDADE DE FINANCIAMENTO
IDENTIFICAR QUEM ESTÁ SUBSIDIANDO QUEM
CONCLUIR SOBRE A GERAÇÃO DE CAIXA DA ENTIDADE
ENDIVIDAMENTO
IDENTIFICAR AS DÍVIDAS
CALCULAR OS ÍNDICES
ANALISAR OS ÍNDICES
CONCLUIR SOBRE A SITUAÇÃO DO ENDIVIDAMENTO
MARGENS
CALCULAR AS MARGENS
ANALISAR AS MARGENS
MARGEM BRUTA
MARGEM EBIT
MARGEM EBITDA
MARGEM LÍQUIDA
CONCLUSÃO SOBRE AS MARGENS
RENTABILIDADE
CALCULAR PARA SUBSIDIAR O CÁLCULO DOS INDICADORES
CALCULAR OS INDICADORES
CUIDADO ESPECIAL
ANATOMIA DA RENTABILIDADE
ROE
ROI
KD E SPREAD
PROPORÇÃO PF/PL
EQUAÇÃO E GAF
CONCLUIR SOBRE A RENTABILIDADE
RELATÓRIO FINAL
RESUMO DA ANÁLISE
SUGESTÕES DE AÇÕES PARA MELHORIA
5
5
6
6
6
6
6
6
6
6
7
7
7
7
7
7
7
7
7
8
8
8
8
8
8
8
8
8
8
9
Prof. Eric Aversari Martins
1
1.
Antes de Começar
1.1. Relatório dos Auditores
Não adianta analisar uma DF sem verificar a opinião dos auditores. Caso haja alguma ênfase ou ressalva, esses
devem ser os primeiros pontos a serem levados em consideração. Em caso de opinião adversa, mais cautela ainda
deve ser considerada, sendo até mesmo o caso de invalidar as análises a serem feitas.
Os Principais Pontos de Auditoria apresentam aspectos importantes e devem ser lidos com cuidado.
1.2. Modelo Contábil
Para o adequado entendimento das DFs de qualquer empresa é sempre necessário que se conheça o modelo
contábil aplicado ao seu setor de atuação. Empresas comerciais são as mais simples. As indústrias apresentam
complexidade um pouco maior no que tange ao processo de produção e seus impactos nos estoques, mas
também não possuem grandes complexidades. Já alguns outros setores possuem especificidades que levam à
necessidade de conhecimento de regras contábeis específicas e seus efeitos.
A seguir, apresenta-se uma lista não exaustiva de modelos específicos:






setores que envolvam atividades agropecuárias tem formas específicas de avaliar os ativos biológicos e seus
produtos;
bancos e seguradoras possuem regras próprias que precisam ser profundamente conhecidas para que se possa
entender suas DFs;
setores de construção de ativos de longo prazo sofrem grandes efeitos no que diz respeito às regras de
reconhecimento de receita;
cooperativas possuem especificidades próprias sobre a forma de registrar seu patrimônio líquido e lucros;
as atividades de locação de imóveis exigem que sejam conhecidas as regras sobre ativos disponibilizados para
aluguel (propriedades para investimento) e sua métrica de avaliação; e
setores que trabalham com concessões públicas possuem regras específicas para o reconhecimento de seus
ativos e receitas.
Sem o conhecimento das regras contábeis aplicadas às atividades realizadas pelas entidades não é possível
realizar uma análise adequada das suas demonstrações financeiras. Portanto, ante de dar início à análise, deve-se
considerar qual modelo contábil é aplicável para a entidade e entender quais são as regras gerais e específicas
que estão sendo utilizadas para a elaboração das demonstrações a serem analisadas.
1.3. Primeira Leitura Antes de Fazer Qualquer Conta
Antes de se iniciar qualquer tipo de conta, deve ser realizada uma leitura atenta das DFs, buscando encontrar os
maiores números e as maiores variações sempre buscando entender as principais contas que compõem a
estrutura de cada DF. Normalmente, as coisas mais relevantes são sempre obtidas de uma leitura atenta e não
com base em cálculos de enormes tabelas de indicadores.
1.4. Notas Explicativas
As notas explicativas nunca devem ser deixadas de lado. Elas trazem detalhamentos que podem ser bastante
importantes no entendimento do que está, de fato, ocorrendo com a empresa analisada. Portanto, sempre devem
ser consultadas para permitir um melhor entendimento de cada aspecto da análise de balanços.
1.5. Nunca esquecer
As DFs são mais importantes do que os indicadores. Indicadores são relevantes pois apresentam uma visão
resumida e esquematizada do que está ocorrendo. Mas eles apontam para onde se deve olhar nas DFs e nunca
devem ser observados isoladamente. Sempre se deve buscar analisar as variações das contas, suas relações e o
que elas representam. Somente olhar os indicadores pode levar à uma análise superficial e potencialmente
incorreta.
Uma boa forma de se olhas as DFs com base nos indicadores é observando as contas que são utilizadas para o
cálculo do indicador que se está analisando. Por exemplo, se o indicador em análise é liquidez corrente, deve-se
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2
observar todas as contas do ativo circulante e todas do passivo circulante, pois são as que compõem o numerador
e o denominador do índice.
Ao analisar indicadores é sempre relevante observar não somente o que eles apresentam em cada período, mas
também a sua evolução ao longo do tempo, que pode indicar tendências relevantes.
Lembre sempre: uma análise não é uma simples lista de indicadores, mas o entendimento da realidade
econômica representada pelas DFs. Uma análise completa não deve considerar partes isoladas e sempre deve ser
realizada com base em uma série histórica de dados, ou seja, sempre devem ser comparados os diferentes
exercícios disponíveis.
Não se desespere e nem desista: uma boa análise também depende de experiência do analista. Se não está
vendo as coisas, tente mais, persevere, com o tempo a habilidade irá se desenvolver.
2.
AH e AV
2.1. Calcular
Montar a planilha com a análise horizontal e vertical. Lembrar sempre que não há uma regra necessariamente fixa
para onde deve ser o 100% da planilha. Tudo vai depender do que se deseja observar. Cuidado quando surgir
divisões por zero na planilha.
2.2.
Análise Horizontal
Essa análise irá demonstrar as contas que mais variaram ao longo do tempo. Isso não implica que as variações
foram necessariamente relevantes. Lembre-se que de 1 para 2 a variação é de 100%, mas uma variação de
100.000.000 para 120.000.000, que dá 20%, é muito mais relevante. Não foque somente nos percentuais, mas eles
são ótimos indicadores do que se observar.
2.3.
Análise Vertical
Essa análise irá demonstrar as contas que mais variaram em relação à estrutura da DF em análise. Da mesma
forma, não foque somente nos percentuais, mas eles são ótimos indicadores do que se observar.
2.4.
Conclusão da Análise Vertical e Horizontal
Verificar quais são as principais contas e as principais variações identificadas. Lembrar que AH e AV também são
muito úteis nas demais análises.
3.
Liquidez
3.1.
Calcular




3.2.
Liquidez Corrente
Liquidez Seca
Liquidez Imediata
CCL
Analisar os índices
Liquidez corrente inferior a 1,0 indica que a empresa não possui ativos circulantes o suficiente para, quando
transformados em caixa, pagarem o passivo circulante existente. Índices muito elevados também podem
demonstrar um excesso de caixa ou que há caixa acumulado para outras utilizações que não a quitação de
passivos circulantes. Essa visão de caixa excessivo deve ser complementada pela liquidez imediata e também por
análises de investimentos, dividendos, capitalizações, empréstimos recebidos etc.
Prof. Eric Aversari Martins
3
Liquidez seca abaixo de 1,0 não necessariamente significa algo ruim, sendo até bastante comum. A diferença entre
a liquidez corrente e a seca é um bom indicador da dependência dos estoques. Essa análise deve ser
complementada pela análise dos prazos de renovação de estoque.
O CCL negativo tem a mesma leitura do que a liquidez corrente. A análise do CCL é mais interessante com outras
análises de capital de giro mais avançadas que não serão vistas nesse curso. Mas o conceito de CCL é
importantíssimo de se ter em mente, pois indica o quanto de recursos a mais a empresa tem no seu ativo circulante
líquidos do passivo circulante.
3.3.
Analisar as variações das contas circulantes
O foco da análise de liquidez deve ser a capacidade de pagamento das dívidas, especialmente as de curto prazo.
Para uma análise mais completa da liquidez, também deve ser considerado o endividamento e a capacidade de
geração de fluxos de caixa.
A liquidez corrente irá demonstrar quais ativos devem virar caixa no prazo de um ano para se pagar as dívidas de
curto prazo. Assim, a análise de todas as contas de ativo e passivos circulantes irá dar uma visão mais completa
da liquidez, podendo indicar quais contas são mais relevantes, tanto no ativo quanto no passivo, indicando
dependências (ativo) e riscos (passivo).
A liquidez seca é similar à corrente, mas demonstra também o grau de dependência que a entidade possui da
transformação de seus estoques em caixa. Por outro lado, indica quais contas precisam ser transformadas em
caixa para que não haja a dependência dos estoques.
A liquidez imediata demonstra o quanto do passivo pode ser pago com o caixa existente. Permite uma análise
mais detalhada da dependência das demais contas que precisam ser convertidas em caixa.
3.4.
Concluir sobre a situação de liquidez
Após a análise dos índices e da variação das contas que os compõem é importante realizar uma conclusão sucinta
com os principais achados sobre a situação da liquidez da empresa.
4.
Prazos e DFC
4.1.
Calcular os Prazos





4.2.
Prazo de Renovação de Estoques
Prazo de Recebimento de Vendas
Prazo de Pagamento de Fornecedores
Ciclo Operacional
Ciclo de Caixa
Analisar o comportamento dos prazos
A análise do comportamento dos prazos é de extrema importância não somente pelos seus valores em cada
período, mas também em relação à sua evolução. Pode ser verificado se os ciclos financeiro e/ou operacional
estão sendo encurtados ou alongados e os possíveis reflexos na geração de caixa operacional e até mesmo na
liquidez. Por essa razão a análise conjunta da liquidez como os prazos e geração de caixa é extremamente
relevante.
4.3.
Analisar a variação das contas que compõem os prazos
A análise do impacto no caixa das políticas de gestão de prazos deve ser realizada em conjunto com as variações
das contas operacionais pertinentes contidas na DFC – Caixa das Atividades Operacionais. A análise das variações
das contas operacionais da DFC permite, conjuntamente com a análise das variações dos prazos
4.4.
Analisar a variação dos prazos em relação à geração ou consumo de caixa
Confirmar na DFC se o impacto foi grande o suficiente ou se a variação do volume compensou a variação dos
prazos
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4
Atenção ao fato de que nem sempre as variações de ativos operacionais implicam em variações de prazo. Muitas
vezes os prazos se mantêm os mesmos em situações de crescimento do volume de operações.
4.5.
Concluir sobre a gestão de prazos e impacto de caixa
Essa conclusão pode ser melhor obtida quando realizada juntamente com a análise de geração de caixa da
entidade, conforme abaixo.
5.
Geração de Caixa
5.1.
Calcular

5.2.
EBITDA
Identificar se foi gerado ou consumido caixa no período
Observar na DFC se o resultado apresentado de geração de caixa foi positivo (caixa gerado) ou negativo
(consumido).
5.3.
Identificar o quanto cada atividade gera/consome de caixa
Verificar qual atividade está gerando/consumindo caixa. Com isso é possível perceber como foi a geração de caixa
da entidade.
5.3.1.
Atividade Operacional
Usualmente positivo pois a operação deve sempre tentar gerar caixa positivo. Caso a geração de caixa operacional
não esteja positiva, é importante tentar analisar qual a razão de não se estar gerando caixa com base na análise
linha a linha da DFC na parte operacional. Com isso se poderá identificar quais operações geram caixa e quais
estão consumindo caixa, o que é extremamente relevante especialmente quando há consumo de caixa
operacional.
A análise da geração de caixa operacional deve SEMPRE ser realizada conjuntamente com a análise da política de
gestão de prazos da entidade. Aqui também pode ser realizada uma comparação da efetiva geração de caixa
operacional com o potencial de geração de caixa operacional indicado pelo EBITDA. Com isso é possível entender
alguns efeitos da utilização do regime de competência.
5.3.2.
Atividade de Investimento
Essa atividade normalmente apresenta consumo de caixa, pois representa os investimentos a longo prazo
realizados pela entidade. Entretanto, venda de ativos de longo prazo irão aparecer como gerando caixa.
Importante verificar se há muita geração de caixa nessa atividade, pois pode estar representando desinvestimento
da empresa.
5.3.3.
Atividade de Financiamento
A geração ou consumo de caixa nessa atividade depende muito da situação da empresa. Caso ela esteja captando
recursos, será positiva. Caso esteja tendo um saldo maior de pagamento de empréstimos e dividendos do que
captando recursos será negativo.
5.3.4.
Identificar quem está subsidiando quem
Qual operações estão gerando caixa? Quais estão consumindo? O caixa operacional é suficiente para pagar os
investimentos ou está sendo também obtido recursos de financiamento? Esses financiamentos são de terceiros
ou próprios?
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5
Essas questões precisam ser analisadas conjuntamente para que se possa entender a relação entre as atividades
e verificar quais estão subsidiando quais.
5.4.
Concluir sobre a geração de caixa da entidade
A análise conjunta da geração de caixa com a de gestão de prazos permite perceber se já algum impacto da
gestão dos prazos na geração de caixa operacional. Ainda, deve ser observada a relação entre as atividades para
identificar como está, de uma maneira geral, a geração e consumo de caixa da entidade.
Uma análise da evolução do EBITDA e a comparação desse indicador com os da concorrência pode também
indicar como está o potencial de geração de caixa operacional da entidade.
6.
Endividamento
6.1.
Identificar as dívidas



6.2.
Calcular os índices







6.3.
Total
Financeira
Operacional
Endividamento
Alavancagem Financeira
Perfil do Endividamento
Dívida Líquida / EBITDA
Cobertura de Juros
Cobertura da Dívida
Custo da dívida
Analisar os índices
Para a análise do endividamento é necessário identificar variações dos indicadores e quais as contas que levaram
à tais variações. Com isso é possível analisar tanto o endividamento total quanto o endividamento financeiro. A
relação entre as dívidas e o EBITDA, a relação entre os juros e o EBITDA indicam a capacidade de pagamento da
entidade de suas dívidas e respectivos juros. O perfil do endividamento indica se houve diminuição ou aumento
do prazo de endividamento. A evolução do endividamento permite perceber se a empresa aumentou ou reduziu
suas dívidas, o que também deve ser realizado não somente para as dívidas totais, mas também individualmente
para as dívidas operacionais e financeiras.
Na análise do endividamento também deve ser analisado do custo da dívida financeira já líquida do imposto de
renda e contribuição social. Essa análise também é importante na observação do desempenho da empresa.
6.4.
Concluir sobre a situação do endividamento
Na conclusão sobre o endividamento devem ser analisadas não somente o total da dívida, mas também o que
ocorreu com a dívida financeira e dívida operacional. Um aspecto relevante das análises de dívidas é a verificação
da evolução do custo da dívida.
7.
Margens
7.1.
Calcular as Margens




Margem Bruta
Margem EBIT
Margem EBITDA
Margem Líquida
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6
7.2. Analisar as Margens
Todas as margens devem ser analisadas não somente com base nas suas variações.
Uma análise completa das margens exige uma análise conjunta das variações das contas que as compõem. Sendo
assim, a análise das margens depende conjuntamente das análises horizontal e vertical sobre os comportamentos
das variáveis tanto no denominador quanto no numerador das fórmulas.
7.2.1.
Margem Bruta
Analisar não somente a margem bruta, mas sim a variação da receita líquida em relação à variação do CMV para
se entender qual a razão do comportamento da margem bruta.
7.2.2.
Margem EBIT
Analisar não somente a margem EBIT, mas sim a variação da receita líquida em relação às variações,
principalmente, das despesas operacionais. A análise da margem EBIT depende de uma boa análise da margem
bruta, pois a variação da margem bruta impacta na variação da margem EBIT.
7.2.3.
Margem EBITDA
Mesmas considerações sobre a margem EBIT, mas incluindo-se uma análise mais detalhada das depreciações e
amortizações.
7.2.4.
Margem Líquida
Mesmas considerações, mas incluindo-se uma análise mais detalhada do impacto do resultado financeiro e do
imposto de renda no resultado final. Um aspecto relevante a ser analisado é se as margens EBIT e Líquida possuem
o mesmo sinal, ou seja, se o resultado financeiro e o imposto de renda não estão “consumindo” todo o EBIT
gerado.
7.3. Conclusão Sobre as Margens
Após a análise conjunta desses indicadores e as respectivas contas, apresentar uma conclusão sobre os principais
achados. Importante considerar nessa conclusão não somente as variações dos indicadores, mas, principalmente,
as causas dessas variações que podem ser obtidas da análise das variações das contas envolvidas.
8.
Rentabilidade
8.1.
Calcular para subsidiar o cálculo dos indicadores




8.2.
Ativo Líquido (Investimento)
Lucro do Ativo
Passivo Financeiro
Despesa Financeira Líquida
Calcular os Indicadores








ROA
ROE
ROI
Kd
Spread
Proporção PF/PL
Contribuição da Alavancagem
GAF
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7
8.2.1.
Cuidado Especial
Na apuração dos indicadores de rentabilidade, sempre utilizar a mesma base. Ou seja, todos eles devem ser
apurados sobre os saldos iniciais, médios ou finais igualmente. Por exemplo, se o ROE é sobre o PL Inicial, ROA,
ROI e Kd devem ser também sobre os saldos iniciais. Se for pelo PL Médio, todos os demais também devem ser
realizados com base no PL Médio. Se isso não for realizado, a anatomia da rentabilidade não dará certo.
8.3. Anatomia da Rentabilidade
8.3.1.
ROE
Ao analisar o ROE, muito cuidado com o PL negativo. Ele pode dar uma falsa impressão de bom retorno quando
pode estar simplesmente piorando a situação da empresa. Ainda, buscar verificar juntamente com a análise das
margens e a análise da variação do PL o que mais afetou o ROE.
Ainda, o ROE somente pode ser considerado como sendo o retorno sobre o capital aplicado na empresa, que está
registrado a custo histórico pelo valor que foi de fato aportado e/ou retido. Não pode ser comparado o lucro
líquido com o valor da empresa no mercado para fins de ROE, deve ser sempre o PL contábil.
8.3.2.
ROI
Analisar o ROI comparando-o com o ROE. Idealmente, o ROI deve ser inferior ao ROE. Isso será também
importante quando da análise da anatomia da rentabilidade.
8.3.3.
Kd e Spread
O custo da dívida deve ser analisado conjuntamente também com o ROI. A comparação dos dois indica o Spread.
Quando o Spread é positivo, a empresa está ganhando dinheiro com recursos de terceiros. Quando o Spread é
negativo, os ativos líquidos (investimento) estão gerando resultado inferior ao custo da dívida, o que implica que
parte do retorno dos ativos que iria para os acionistas estão sendo utilizados para pagar terceiros.
8.3.4.
Proporção PF/PL
Note que essa proporção deve considerar o passivo financeiro sobre o patrimônio líquido, e não o passivo total.
Assim, será evidenciada a proporção de capital de terceiros (financeiro) sobre o capital próprio, demonstrando
uma visão distinta daquela da Alavancagem Financeira mostrada na análise da dívida. Aqui se deve buscar
entender a alavancagem somente pelo ponto de vista do passivo financeiro. Empresas muito alavancadas irão ter
efeitos maiores do Spread. Ou seja, quando maior a alavancagem, mais dinheiro proporcionalmente ganharão
sobre o capital de terceiros (financeiro) se o Spread for positivo. Já se o Spread for negativo, quanto maior essa
proporção, mais a dívida está consumindo retorno dos acionistas.
8.3.5.
Equação e GAF
Unir todos os componentes obtendo a equação: ROE = ROI + (ROI – Kd) X (PF/PL). Com isso é possível verificar o
quanto a relação entre o retorno dos investimentos e o custo da dívida está alavancando o retorno dos acionistas.
8.4. Concluir sobre a Rentabilidade
A conclusão sobre a rentabilidade deve considerar a relação entre o retorno do investimento, custo da dívida,
alavancagem e retorno sobre o patrimônio líquido. Nesse sentido, as análises devem buscar compreender como
está sendo gerado retorno pelo ativo, o quando está sendo consumido pelo custo da dívida e o quanto sobra
para o acionista, observando se a empresa está “ganhando ou perdendo dinheiro com dinheiro dos outros”.
9.
Relatório Final
9.1.
Resumo da Análise

Pegar todas as conclusões parciais e resumir
Prof. Eric Aversari Martins
8





9.2.
Buscar relações entre cada uma as análises parciais
Liquidez X Prazos
Margens X Rentabilidade
ROE X Endividamento
Etc.
Sugestões de ações para melhoria
Com base no resumo da análise, verificar onde estão os principais problemas e/ou vantagens. Considerando os
principais problemas identificados, buscar apresentar soluções que possam eliminar ou minimizar os problemas
focando na melhoria do desempenho e da situação financeira e patrimonial da empresa analisada.
Prof. Eric Aversari Martins
9
RESUMO DOS INDICADORES MAIS RELEVANTES
Liquidez
Liquidez Corrente
Ativo Circulante
Passivo Circulante
Liquidez Seca
Ativo Circulante - Estoques
Passivo Circulante
Liquidez Imediata
Disponibilidades
Passivo Circulante
CCL
Ativo Circulante – Passivo Circulante
Prazos
PMPF
Fornecedores Inicial + Fornecedores Final
(
)
2
×360
Compras
Compras
Compras = SF Forn – SI Forn + CMV
PMRE
Estoques Inicial + Estoques Final
(
)
2
×360
|CMV|
PMRV
(
Contas a Recever Inicial + Contas a Receber Final
)
2
×360
Receita de Vendas
Ciclo Operacional
PMRE + PMRV
Ciclo Financeiro
Ciclo Operacional - PMPF
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10
Margens
Margem Bruta
Lucro Bruto
Receita Líquida
Margem EBIT
EBIT
Receita Líquida
Margem Líquida
Lucro Líquido
Receita Líquida
Margem EBITDA
EBITDA
Receita Líquida
Análise da Dívida
Alavancagem Financeira
Ativo Total
Passivo Total
Endividamento
Passivo Total
Patrimônio Líquido
Perfil da Dívida
Passivo Circulante
Passivo Total
Passivo Financeiro
Emp. e Fin. CP + Emp. e Fin. LP
Passivo Operacional
Passivo Total – Passivo Financeiro
Desp. Fin. Líquida
Desp. Financeira X (1 - Alíquota IR/CS)
Custo da Dívida (Kd)
Desp. Fin. Líquida
Passivo Financeiro
Dívida Líquida
Passivo Financeiro – Caixa e Equivalentes de Caixa
Cobertura de Juros
Desp. Financeira
EBITDA
Cobertura da Dívida
Passivo Financeiro
EBITDA
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11
Análise da Rentabilidade
ROE (s/ PL Inicial)
Lucro Líquido
PL Inicial
ROE (s/ PL Final)
Lucro Líquido
PL Final
ROE (s/ PL Médio)
Lucro Líquido
PL Inicial+PL Final
(
)
2
ROA
Lucro Líquido
Ativo Total
Investimentos
Ativo Total – Passivo Operacional
Lucro dos Investimentos
Lucro Líquido - |Desp. Fin. Líquida|
ROIC (s/ Inv. Final)
Lucro dos Investimentos
Investimentos
Spread
ROI - Kd
Proporção Capital de Terceiros
versus Capital Próprio
PF/PL
Contribuição da Alavancagem
Spread X P/PL
ROE s/ PL Final = ROI + Contribuição da Alavancagem
Anatomia da Rentabilidade
(ROE s/ PL Final)
Grau de Alavancagem
Financeira (GAF)
ROE = ROI + [ (ROI – Kd) X (P/PL)]
ROE
ROI
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12
1 - Índices de liquidez
Segundo Martins, Miranda e Diniz (2014), os índices de liquidez apresentam a situação
financeira de uma empresa frente aos compromissos financeiros assumidos, ou seja,
demonstram sua capacidade de arcar com as dívidas assumidas, o que, em última instância,
sinaliza a condição de sua própria continuidade. Basicamente, temos 4 índices, conforme
demonstrado abaixo:
Índice
Fórmula
Ativo Circulante
Liquidez Corrente
Passivo Circulante
Caixa e equivalentes de caixa
Liquidez Imediata
Passivo Circulante
Ativo Circulante (-) Estoques
Liquidez Seca
Passivo Circulante
Função
Mostra o quanto a empresa
possui de recursos de curto
prazo (Ativo Circulante) para
cada real de dívidas de curto
prazo (Passivo Circulante).
Liquidez corrente inferior a 1,0
indica que a empresa não possui
ativos circulantes o suficiente
para, quando transformados em
caixa, pagarem o passivo
circulante existente.
Mostra a parcela das dívidas de
curto prazo (Passivo Circulante)
que poderiam ser pagas
imediatamente por meio dos
valores relativos a caixa e
equivalente de caixa (disponível).
Geralmente, a liquidez imediata é
inferior a 1, pois é mais comum a
empresa deixar recursos
aplicados do que disponível em
caixa.
Mostra a parcela das dívidas de
curto prazo (Passivo Circulante)
que poderiam ser pagas pela
utilização de itens de maior
liquidez no ativo circulante,
basicamente, disponível e contas
a receber.
Liquidez seca abaixo de 1,0 não
necessariamente significa algo
ruim, sendo até bastante comum.
A diferença entre a liquidez
corrente e a seca é um bom
indicador da dependência dos
estoques. Essa análise deve ser
complementada pela análise dos
prazos de renovação de estoque.
O foco da análise de liquidez deve ser a capacidade de pagamento das dívidas, especialmente
as de curto prazo. Para uma análise mais completa da liquidez, também deve ser considerado
o endividamento e a capacidade de geração de fluxos de caixa.
2 – Ebit e Ebitda
Ebit é a sigla em inglês para “Earnings Before Interest and Taxes”. Em português, significa
“lucro antes dos juros e tributos”, que acabou gerando a sigla: LAJIR. É o lucro operacional da
empresa.
Ebitda também é uma sigla em inglês, dessa vez para “Earnings Before Interest, Taxes,
Depreciation and Amortization” que, em português, significa LAJIDA: lucro antes dos juros,
impostos, depreciação e amortização.
Índice
Ebit
Fórmula
Lucro Antes Resultado Financeiro
Lucro Antes Resultado Financeiro +
Depreciação + Amortização
Ebitda
Função
Demonstra o lucro operacional
da empresa, sem incluir
despesas ou receitas financeiras.
Indica o potencial geração de
caixa que a empresa tem,
considerando itens que não
afetam caixa, como depreciação
e amortização.
3 – Índices de estrutura de capital e endividamento
Para Borinelli e Pimentel (2022) índices de estrutura de capital e endividamento mostram como
está composto o patrimônio da organização, pois seu principal objetivo é demonstrar os
grandes caminhos das decisões financeiras em termos de obtenção e aplicação de recursos.
Via de regra, do ponto de vista da análise de crédito, quanto menores os indicadores de
endividamento, melhor.
Índice
Composição do
capital próprio
Composição do
capital de terceiros
Composição do
Endividamento (Perfil
da Dívida)
Composição do
Endividamento (Perfil
da Dívida
Operacional)
Fórmula
Patrimônio Líquido
Passivo Circulante + Passivo não
Circulante + Patrimônio Líquido
Passivo Circulante + Passivo não
Circulante
Função
Revela qual o percentual de
participação do capital próprio
em relação ao capital total.
Revela qual o percentual de
participação do capital de
terceiros em relação ao capital
total.
Passivo Circulante + Passivo não
Circulante + Patrimônio Líquido
Passivo Circulante
Indica quanto a empresa possui
de dívidas de curto prazo em
relação ao total de dívidas.
Passivo Circulante + Passivo não
Circulante
Passivo Circulante Operacional
Passivo Circulante Operacional
+ Passivo não Circulante Operacional
Passivo Circulante Financeiro
Indica quanto a empresa possui
de dívidas operacionais de curto
prazo em relação ao total de
dívidas operacionais.
Indica quanto a empresa possui
de dívidas financeiras de curto
Composição do
Endividamento (Perfil
da Dívida Financeira)
Imobilização do
Patrimônio Líquido
Passivo Circulante Financeiro
+ Passivo não Circulante Financeiro
Ativo não Circulante (-) Realizável a
Longo Prazo
prazo em relação ao total de
dívidas financeiras.
Mostra qual a porcentagem dos
recursos próprios que está
imobilizada ou que não está em
giro.
Patrimônio líquido
Apenas para conhecimento. Esse
indicador não será apresentado
durante a disciplina.
Imobilização dos
Recursos não
Correntes
Passivo Financeiro
Passivo Operacional
Dívida Líquida (At.
Financeiro)
Dívida líquida sobre
Ebitda
KD (Custo da Dívida)
Ativo não Circulante (-) Realizável a
Longo Prazo
Patrimônio líquido + Passivo não
Circulante
Empréstimos e Financiamentos de Curto
Prazo e Longo Prazo
Passivo Total (–) Passivo Financeiro
Empréstimos e Financiamentos de Curto
e Longo Prazo (–) Caixa e Equivalentes
de Caixa
Dívida Líquida
Ebitda
Despesa Financeira Líquida
Financiamento
Passivo Financeiro Médio
1
Cobertura de Juros
ICJ
1
Indica o percentual de recursos
de longo prazo alocados em
imobilizados, intangíveis e
investimentos.
Ebit
Despesa Financeira
Indica o valor que a empresa
possui de dívidas financeiras.
Indica o valor que a empresa
possui de dívidas operacionais.
Indica o quanto a empresa tem
de recursos financeiros
(disponibilidades) para quitar
suas dívidas financeiras de curto
e longo prazos.
Revela a quantidade de período
(anos) que a empresa levaria
para pagar sua dívida líquida,
considerando o cenário de
Ebitda inalterado.
Mostra o quanto (em percentual)
o banco cobra de juros de
empréstimo por ano.
Veja item 8.3 - Esclarecimentos
adicionais.
Indica a capacidade que a
empresa tem de honrar o
pagamento dos juros de
empréstimos tomados
Na fórmula, também é possível usar o Ebitda como numerador, ficando Ebitda / Despesa financeira.
4 – Índices de Lucratividade e Rentabilidade
Segundo Borinelli e Pimentel (2022) os índices de lucratividade e rentabilidade evidenciam
qual foi a rentabilidade dos capitais investidos na empresa, bem como qual foi a lucratividade
(resultado) das operações realizadas no período.
Índice
Fórmula
Receita Líquida
Função
Mostra quanto a entidade vendeu
em relação ao seu investimento
total.
Giro do Ativo
Ativo Total Médio
Receita Líquida
Mostra quanto a entidade vendeu
em relação ao seu investimento
líquido.
Giro do Ativo Líquido
Ativo Líquido Médio
Capital investido
Ativo Total (-) Passivo Operacional
São os ativos próprios da
companhia à vista, ou seja, os
ativos depois de se pagar as
dívidas operacionais.
Veja item 8.3 - Esclarecimentos
adicionais.
Margem Bruta
Lucro Bruto
Revela o quanto a empresa teve
de lucro bruto, em relação às
vendas.
Receita Líquida
Ebitda
Margem Ebitda
Receita Líquida
Ebit
Margem Ebit
Receita Líquida
Lucro Líquido
Margem Líquida
Receita Líquida
Lucro do Ativo
Mostra o quanto a empresa
ganha com toda a sua atividade
operacional antes dos juros,
impostos, depreciação e
amortização, em relação a sua
receita líquida.
Revela o quanto a empresa
ganha com toda a sua atividade
operacional (considerando não
só a atividade principal, mas
também as despesas
administrativas, com vendas,
etc.) com relação à receita
líquida.
Revela o quanto a empresa
ganha com toda a sua atividade,
envolvendo as despesas
financeiras e o pagamento de
impostos, com relação à receita
líquida.
Revela o quanto a empresa
ganha com toda a sua atividade,
considerando o lucro do ativo,
ajustado pela despesa financeira
Margem Líquida
Ajustada
Lucro do capital
investido (ou Lucro
dos ativos)
Receita Líquida
líquida, com relação à receita
líquida.
Indica o lucro oriundo dos ativos
da empresa, sem levar em conta
a despesa financeira.
Lucro Líquido (-) Desp. Finan. Líquida
Lucro Líquido
ROA2 – Rentabilidade
do Ativo
ROE3 – Retorno do
Patrimônio Líquido
ROIC4 – Retorno
sobre Capital
Investido
Obs.: Despesa financeira líquida
é obtida com a fórmula despesa
de juros x (1-0,34), onde o valor
de 34% é a alíquota de imposto
de renda e contribuição social
vigente para a maioria das
empresas no Lucro Real no
Brasil.
Demonstra o quanto a empresa
lucrou em relação ao seu
investimento total.
Ativo Total Médio
Lucro Líquido
Patrimônio líquido Médio
Indica o retorno sobre o capital
próprio dos
investidores/acionistas.
Lucro do Ativo (Lucro do Capital
Investido)
Demonstra o quanto a empresa
conseguiu gerar de retorno
sobre todo o capital investido.
Capital investido Médio
5 – Índices de Gestão e Prazos Médios
Segundo Martins, Miranda e Diniz (2014), esses índices permitem que seja analisado o
desempenho operacional da empresa e suas necessidades de investimento de giro.
Índice
PMRE – Prazo Médio
de Renovação de
Estoques
Fórmula
Função
5
Estoques Médio
x 365
CMV
PMRV6 – Prazo Médio
de Recebimento de
Vendas
Contas a Receber Médio
x 365
Receita Líquida
PMPF7 - Prazo Médio
de Pagamento de
Fornecedores
2
Fornecedores Médio
x 365
Representa o tempo médio
consumido entre a compra de
estoques e sua venda.
Quanto menor o tempo for,
melhor.
Representa o tempo médio entre
a venda a prazo e recebimento
do pagamento dos clientes.
Quanto menor o tempo for,
melhor.
Representa o tempo médio do
pagamento das compras a prazo
realizadas pela empresa.
Return On Asset
Return On Equity
4
Return On Invested Capital
5
Índice também chamado de PME – Prazo Médio de Estocagem
6
Índice também conhecido como PMR – Prazo Médio de Recebimento
7
Índice também apresentado como PMP – Prazo Médio de Pagamento ou Prazo Médio de Pagamento Compras
3
Compras
Compras
(–) Estoques Iniciais + CMV em módulo +
Estoques Finais
Ciclo Operacional
Ciclo Financeiro
Quanto maior o tempo for,
melhor.
PMRE + PMRV
Ciclo Operacional (–) PMPF
Mostra o valor das compras do
período.
Mostra quantidade de tempo
entre a aquisição do estoque e o
recebimento da venda
Mostra quantidade de tempo
entre o momento do pagamento
dos estoques e do recebimento
das vendas.
6 – Indicadores de Contribuição do Passivo Financeiro
Índice
Fórmula
Passivo Financeiro Médio
Alavancagem com
dívida
Patrimônio Líquido Médio
GAF (Grau de
Alavancagem)
ROE
ROIC
Função
Também chamado de
alavancagem dos passivos
financeiros.
Revela o quanto o sócio ganha
por ter passivo financeiro.
Mostra se a empresa está sendo
beneficiada em relação aos
empréstimos tomados (>1) ou se
os juros pagos estão
consumindo o capital (<1).
Mostra a diferença entre retorno
do capital investido e o custo da
dívida.
Spread
ROIC (-) KD
Quando o Spread é positivo, a
empresa está ganhando dinheiro
com recursos de terceiros.
Quando o Spread é negativo, o
capital investido está gerando
resultado inferior ao custo da
dívida.
7 – Fórmula DuPont
Martins, Miranda e Diniz (2014), apresentam a fórmula Dupont, a qual objetiva demonstrar a
rentabilidade do investimento desmembrada em Giro do Ativo e Margem, sob uma ótica de
vários componentes. A seguir, duas visões do modelo: tradicional e ajustada.
Fórmula DuPont Tradicional
Índice
Fórmula
Lucro Líquido
Margem Líquida
Função
É a fórmula tradicional da
margem líquida. Revela o quanto
a empresa ganha com toda a sua
atividade, envolvendo as
despesas financeiras e o
Receita Líquida
Giro do Ativo
Receita Líquida
Média Ativo Total
ROA “Errado”
Margem Líquida x Giro
Média Ativo Total
“Alavancagem”
Média Patrimônio Líquido
ROA “Errado” x “Alavancagem”
ROE
pagamento de impostos, com
relação à receita líquida.
Demonstra a geração de receita
com base nos ativos totais, ou
seja, mostra o quanto a empresa
vendeu para cada real que está
investido.
Demonstra o quanto a empresa
lucrou em relação ao seu
investimento total, dessa vez,
sendo gerado pelo produto da
margem e do giro.
Revela o quanto a empresa tem
no ativo, para cada real investido
no Patrimônio Líquido.
Indica o retorno sobre o capital
próprio dos
investidores/acionistas, dessa
vez, sendo o produto do ROA
“Errado” x “Alavancagem”.
Fórmula DuPont Ajustada
Índice
Giro do Ativo
Fórmula
Receita Líquida
Média Ativo Líquido
ROIC – Retorno
sobre Capital
Investido
Contribuição da
Alavancagem
ROE – Retorno do
Patrimônio Líquido
Margem Líquida Ajustada x Giro
Spread x Alavancagem
ROIC + Contribuição da Alavancagem
Função
Demonstra a geração de receita
com base nos ativos líquidos, ou
seja, mostra o quanto a empresa
vendeu para cada real (líquido do
passivo operacional) que está
investido.
Demonstra o quanto a empresa
conseguiu gerar de retorno
sobre todo o capital investido,
dessa vez, considerando a
margem líquida ajustada.
Demonstra quanto o sócio ganha
por ter passivo financeiro.
Indica o retorno sobre o capital
próprio dos
investidores/acionistas, dessa
vez, sendo o produto ROIC x
Contribuição da Alavancagem
8 – Informações Complementares
8.1 - Nomenclaturas
Algumas nomenclaturas podem modificar entre autores. Por essa razão, apresentamos alguns
sinônimos e/ou esclarecimentos, para facilitar o entendimento dos termos:

Fornecedores estão sempre associados ao evento compras de estoques.

Ativo circulante + Ativo não circulante = Ativo total.

Passivo circulante + Passivo não circulante = Passivo total.

Clientes = Contas a Receber.

Média de estoque = (Exemplo: Saldo inicial + Período 1) / 2, ou outro período.

Média de fornecedores = (Exemplo: Período 1 + Período 2) / 2, ou outro período.

Média de clientes = (Exemplo: Saldo inicial + Período 1) / 2, ou outro período.
8.2 – Outras maneiras de calcular o ROE
Há ainda mais 2 formas de calcular o ROE:

Margem líquida x giro do ativo total x alavancagem financeira

Margem líquida ajustada x giro do ativo líquido + contribuição da alavancagem
8.3 – Esclarecimentos adicionais.

Capital investido
Também pode ser chamado de investimento, ou seja, aquele aportado pelos sócios. Outra
expressão utilizada é ativo líquido.

KD (Custo da Dívida)
Geralmente, nas despesas financeiras também incluem estratégias não relacionadas a
empréstimos e financiamentos, como venda de ativos (cessão de crédito sem direito de
regresso), variação cambial, tarifas e derivativos, então, nem sempre o resultado do
indicador resultará no custo da dívida. Por essa razão, se faz necessário observar sua
composição e excluir aquilo que não está associado diretamente com a dívida.
Disciplina: CONTABILIDADE FINANCEIRA
Professora: Camila Pereira Boscov
APOSTILA DE DEMONSTRAÇÃO DE FLUXO DE CAIXA
SUMÁRIO ..................................................................................................................................................
1. Apresentação da Demonstração dos Fluxos de Caixa ....................................................................................... 3
2. Segregação da DFC ........................................................................................................................................ 3
2.1 Fluxo de Caixa Líquido Gerado (Consumido) pelas Atividades Operacionais ............................................ 4
2.2 Fluxo de Caixa Líquido Gerado (Consumido) pelas Atividades de Investimento ........................................ 4
2.3 Fluxo de Caixa Líquido Gerado (Consumido) pelas Atividades de Financiamento ..................................... 5
3. DFC pelo Método Direto e pelo Método Indireto ............................................................................................ 5
4. Diferentes formas de classificação .................................................................................................................10
5. Fluxo de Caixa de Finanças............................................................................................................................10
5.1 Fluxo de Caixa dos Ativos .......................................................................................................................12
5.1.1 Fluxo de Caixa Operacional ...............................................................................................................12
5.1.2 Gastos de Capital...............................................................................................................................12
5.1.3 Variação do Capital Circulante Líquido .............................................................................................12
5.2 Fluxo de Caixa aos Credores ....................................................................................................................13
5.3 Fluxo de Caixa aos Acionistas ..................................................................................................................13
6. Exercícios ......................................................................................................................................................13
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1
LISTA DE SIGLAS ...................................................................................................................................................
BP
Balanço Patrimonial
CCL
Capital Circulante Líquido
CMV
Custos das Mercadorias Vendidas
CPC
Comitê de Pronunciamentos Contábeis
DRE
Demonstração do Resultado do Exercício
DFC
Demonstração dos Fluxos de Caixa
EBITDA
Earnings Before Interests, Taxes, Depreciation and Amortization
FCF
Fluxo de Caixa de Financiamento
FCI
Fluxo de Caixa de Investimento
FCO
Fluxo de Caixa Operacional
LL
Lucro Líquido
LLA
Lucro Líquido Ajustado
PL
Patrimônio Líquido
PMP
Prazo Médio de Pagamento
PMR
Prazo Médio de Recebimento
REP
Resultado de Equivalência Patrimonial
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2
1. Apresentação da Demonstração dos Fluxos de Caixa
A Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC) possui a função de descrever e explicar a variação do saldo
de caixa e equivalentes de caixa em um determinado período. Para isto, apresenta informações relativas
as entradas (recebimentos) e saídas (pagamentos) da entidade. Segundo a norma contábil, CPC03(R2), as
informações sobre os fluxos de caixa de uma entidade são úteis para proporcionar aos usuários das
demonstrações contábeis uma base para avaliar a capacidade de a entidade gerar caixa e equivalentes de
caixa e as necessidades da entidade para utilizar esses recursos.
Exceto para as sociedades anônimas de capital fechado com patrimônio líquido inferior a R$2 milhões, a
divulgação da DFC pelas entidades é obrigatória.
Caixa compreende numerário em espécie e depósitos bancários disponíveis. Equivalentes de caixa são
aplicações financeiras de curto prazo, de alta liquidez, prontamente conversíveis em montante conhecido
de caixa e sujeitas a um insignificante risco de mudança de valor. Os equivalentes de caixa são mantidos
com a finalidade de atender a compromissos de caixa de caixa de curto prazo e não para investimentos
ou outros fins.
Essas informações, quando combinadas com aquelas apresentadas em outras demonstrações contábeis,
auxiliam o usuário a avaliar não só a capacidade dos gestores de gerar lucro, mas também de materializálo em caixa.
Ressalta-se que, uma entidade pode ser lucrativa ao mesmo tempo que pode estar quebrada devido à
insuficiência de caixa. Por outro lado, uma entidade pode ter prejuízo, mas gerar caixa suficiente para
manter o giro da operação.
2. Segregação da DFC
A DFC deve apresentar os fluxos de caixa durante o período classificados por atividades operacionais, de
investimento e de financiamento, conforme apresentado abaixo. A última linha da DFC é o saldo atual do
caixa (mesmo valor do Balanço Patrimonial) da entidade, ou seja, a variação do caixa somada ao saldo
inicial de caixa.
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3
[1] Fluxo de Caixa Líquido Gerado (Consumido) pelas Atividades Operacionais
[2] Caixa Líquido Gerado (Consumido) pelas Atividades de Investimento
[3] Caixa Líquido Gerado (Consumido) pelas Atividades de Financiamento
Aumento (Redução) de caixa e equivalentes de caixa = [1] + [2] + [3] = [4] - [5]
[4] Saldo Inicial: caixa e equivalentes de caixa
[5] Saldo Final: caixa e equivalentes de caixa
2.1 Fluxo de Caixa Líquido Gerado (Consumido) pelas Atividades Operacionais
O Fluxo de Caixa Operacional (FCO) explicita de que forma a operação da entidade gera (ou não) caixa,
em outras palavras, o FCO é uma métrica de geração efetiva de caixa da operação. É imprescindível que
o caixa gerado pela entidade seja originado de sua operação, pois é este que será utilizado em novos
investimentos ou para remunerar sócios e credores. Se assim não for, a entidade quebra; é apenas uma
questão de tempo.
Outra métrica, o Earnings Before Interests, Taxes, Depreciation and Amortization (EBITDA), também,
poderia ser um indicador de potencial de caixa da operação. A limitação desta é o regime de competência
adotado para a contabilização das receitas, dos custos e das despesas. Para que tal pudesse ser um real
indicador de caixa da operação, os saldos contábeis deveriam ser ajustados ao regime de caixa.
A soma da variação dos Ativos e dos Passivos Operacionais transforma as receitas, os custos e as despesas
da Demonstração do Resultado do Exercício (DRE), do regime de competência para o regime de caixa.
Os Ativos e Passivos Operacionais são aqueles demandados pela operação, necessário para seu giro, e.g.
contas a receber, estoques, fornecedores, salários a pagar e impostos a recolher.
2.2 Fluxo de Caixa Líquido Gerado (Consumido) pelas Atividades de Investimento
O Fluxo de Caixa de Investimento (FCI) representa a geração ou o consumo de caixa efetivo das
atividades de investimento. Nesta seção são apresentadas as atividades relacionadas a compras e vendas,
geralmente, de imobilizado e intangível. Outros exemplos podem ser compra ou venda de participações
societárias ou aplicação ou resgate de aplicações financeiras de longo prazo.
Segundo o CPC03(R2), a divulgação em separado dos fluxos de caixa decorrentes das atividades de
investimento é importante porque representam a extensão em que dispêndios de recursos são feitos pela
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4
entidade com a finalidade de gerar lucros e fluxos de caixa no futuro. A análise conjunta do FCI com as
notas explicativas permite inferir sobre a qualidade dos investimentos do período, sobre a relação desses
investimentos com os FCO futuros e sobre as perspectivas de crescimento da entidade.
2.3 Fluxo de Caixa Líquido Gerado (Consumido) pelas Atividades de Financiamento
O Fluxo de Caixa de Financiamento (FCF) indica a captação ou o pagamento de recursos tomados junto
a credores e sócios. Conforme o CPC03(R2), a divulgação separada dos fluxos de caixa decorrentes das
atividades de financiamento é relevante por ser útil para predição de fluxos futuros de caixa por parte de
fornecedores de capital à entidade. Pagamentos de empréstimos e dividendos, captações de empréstimos
e aportes de capital social são exemplos de atividades de financiamento.
3. DFC pelo Método Direto e pelo Método Indireto
A DFC da atividade operacional pode ser apresentada pelo método direto ou pelo método indireto. A
entidade deve divulgar os fluxos de caixa das atividades operacionais, usando:
(a) o método direto, segundo o qual as principais classes de recebimentos brutos e desembolsos brutos
são apresentadas; ou
(b) o método indireto, segundo o qual o lucro líquido ou prejuízo é ajustado pelos efeitos de:
(i) mudanças ocorridas no período nos estoques e nas contas operacionais a receber e a pagar;
(ii) itens que não afetam o caixa; e
(iii) todos os outros itens cujos efeitos sobre o caixa sejam fluxos de caixa decorrentes das atividades
de investimento ou de financiamento.
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5
O método direto registra os recebimentos e os pagamentos das atividades operacionais com as respectivas
entradas e saídas de caixa, como se fosse um “extrato bancário”. Para ilustrar, imaginemos que a empresa
ABC Ltda. recebeu $200 de seu cliente originado de uma venda de mercadoria. Ainda, comprou $170 em
estoque, $500 em imobilizado, tomou emprestado bancário de $120 e recebeu $500 em aporte de capital.
A apresentação da DFC ficaria da seguinte forma:
(+) Caixa Líquido Gerado pelas Atividades Operacionais
Recebimento de Clientes
$30
$200
Pagamento de Fornecedores
$(170)
(+) Caixa Líquido Consumido pelas Atividades de Investimento
$(500)
Compra de Imobilizado
$(500)
(+) Caixa Líquido Gerado pelas Atividades de Financiamento
$620
Captação de Empréstimo Bancário
$120
Aporte de Capital Social
$500
(=) Aumento de caixa e equivalentes de caixa
$150
Saldo Inicial: caixa e equivalentes de caixa
Saldo Final: caixa e equivalentes de caixa
$150
O método indireto, diferente do anterior, possui a finalidade de compreender os prazos médios da
entidade, sendo possível elaborar a DFC utilizando apenas os valores do Balanço Patrimonial (BP) e da
DRE. Permite-se, através deste método, que os usuários das demonstrações financeiras avaliem o quanto
do resultado está se convertendo em caixa.
Por este método, a atividade operacional não é apresentada na forma de “extrato bancário”, mas na forma
de geração (ou consumo) de caixa pelo lucro líquido e somado com a variação de ativos e de passivos
operacionais. De outra forma, este método concilia o resultado do período, apurado na DRE, e o caixa
gerado pelas operações.
Para elaborá-la (lembrando que vale apenas para a atividade operacional da DFC), utiliza-se o resultado
da entidade como ponto de partida seguido dos próximos três passos:
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6
1. Ajustamento do resultado ao desconsiderar as despesas e as receitas que não impactaram o caixa,
como despesas com depreciações e amortizações, resultado com equivalência patrimonial (dado que
o caixa é impactado pelo recebimento de dividendos), resultados com atualizações financeiras,
impairment, entre outros. Os ajustes são necessários devido ao resultado ter sido apurado de acordo
com o regime de competência.
2. Adição das variações incorridas nos saldos dos ativos operacionais (como contas a receber e estoque),
invertendo seu sinal. De outra forma, considera-se negativo o aumento no saldo de conta ativa, pois tal
representa um impacto negativo no caixa. Para ilustrar, analisemos alguns exemplos. Um aumento do
estoque, mantendo a operação da entidade constante, significa que esta pagou para comprar mais
estoque. Um aumento na conta ativa contas a receber, mantendo a operação constante, significa que a
entidade está vendendo mais a prazo, deixando de receber à vista, a entidade está perdendo caixa.
3. Adição das variações incorridas nos saldos dos passivos operacionais (como fornecedores e aluguel a
pagar), mantendo seu sinal igual. O aumento de um passivo significa que a entidade deixou de pagar
os referidos valores, mantendo a operação constante. A diminuição de um passivo, mantendo a
operação constante, significa que a entidade está liquidando as suas dívidas, impactando o caixa
negativamente. Por este motivo o sinal das variações é mantido.
Desta forma é possível analisar de que maneira a entidade está gerando caixa com seus prazos médios. É
possível verificar se o prazo médio de recebimento vem crescendo ou não, se o prazo médio de pagamento
aos fornecedores está em queda ou em alta, assim como diversos outros prazos. Com isso, a compreensão
da operação da entidade se torna mais clara.
Utilizando os dados das demonstrações contábeis abaixo, elaboremos a DFC das atividades operacionais
pelo método indireto. O exemplo não considera as despesas com imposto de renda e contribuição social.
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7
Balanço Patrimonial
X0
X1
Ativos
Caixa e equivalentes de caixa
X0
X1
X1
Passivos
-
210
Empréstimos bancários
Contas a receber de clientes
30
90
Fornecedores
Estoques
70
20
Salários a pagar
Imobilizado
100
150
(-) Depreciação acumulada
-
(20)
Total dos ativos
DRE
200
-
100
15
12
(-) CMV
5
18
(-) Despesas com salários
Patrimônio Líquido
Capital social
180
200
Reserva de lucros
-
120
200
450
450
Receita de vendas
270
(100)
(30)
(-) Despesas com depreciação
(20)
(=) Lucro Líquido
120
Por esta metodologia, basta recorrer ao Lucro Líquido (LL) da DRE e ajustá-lo, desconsiderando as
despesas que não impactaram o caixa, neste exemplo, desconsideramos as despesas com depreciação de
$20, apresentada na DRE. Com isso, obtivemos o Lucro Líquido Ajustado (LLA), restando calcular as
variações dos ativos e passivos operacionais.
As linhas “estoque” e “contas a receber de clientes” são ativos operacionais, portanto é necessário calcular
as suas variações e inverter o sinal. Feito o cálculo, podemos compreender, de uma maneira simplificada,
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8
como a entidade está gerando seu caixa, com seus respectivos prazos médios. Verificamos que as contas
a receber de clientes aumentaram. Se mantiver tudo o mais constante, podemos inferir que a entidade está
vendendo mais a prazo, ou seja, seu prazo médio de recebimento (PMR) aumentou, gerando uma perda
de caixa, dado que a entidade recebe menos à vista. Por outro lado, o saldo de estoques reduziu. Se
mantiver tudo o mais constante, significa que houve venda de estoques e redução do prazo médio de
estocagem. Isso afeta o caixa de forma positiva.
Por fim, temos que calcular as variações dos passivos operacionais da entidade, no caso utilizaremos as
linhas “fornecedores” e “salários a pagar”, mantendo o sinal das variações positivo. A primeira linha
variou negativamente, deixando claro que neste exercício ela diminuiu o prazo de pagamento dos seus
fornecedores. O prazo médio de pagamento (PMP) de fornecedores quando diminuiu, quer dizer que a
entidade paga mais rápido seus fornecedores, reduzindo, portanto, o fluxo de caixa da atividade
operacional. A segunda linha, em movimento oposto, aumentou em $13, demonstrando que a entidade
ganhou $13 por não realizar o pagamento de salários, assim, o PMP de salários aumentou, logo a entidade,
agora, demora mais tempo para pagar seus funcionários.
Para as atividades de investimento e de financiamento, basta apresentar estas da mesma maneira que é
feita na DFC pelo método direto. O CPC03(R2) recomenda que a DFC seja apresentada pelo método
direto, por ser mais simples a sua compreensão. As entidades, porém, preferem apresentá-la pelo método
indireto. Isso ocorre por dois motivos, em particular.
O primeiro se dá pela dificuldade de os contadores terem acesso às informações de outras áreas da
entidade para elaborarem a DFC pelo método direto. O segundo se dá por uma das normas contábeis, que
diz ser obrigatório a apresentação da DFC pelo método indireto nas notas explicativas, caso a entidade
opte por apresentar a DFC pelo método direto. Entretanto, se a entidade elaborar a DFC pelo método
indireto, não é necessário que apresente uma nota explicativa com o método direto.
A figura abaixo apresenta a integração dos três grupos de fluxos de caixa com o BP:
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Alguns exemplos de transações que não afetam o caixa são: vendas a prazo, despesas com depreciação e
amortização, perda para créditos de liquidação duvidosa, provisão para contingências, conversão de
dívida em aumento do social, bens recebidos em doação e entre outras.
4. Diferentes formas de classificação
Evento
Classificações possíveis
Recomendação CPC
Juros pagos
Operacional ou de Financiamento
Juros recebidos
Operacional ou de Financiamento
Operacional
Dividendos pagos
Operacional ou de Financiamento
Financiamento
Operacional ou de Investimento
Operacional
Dividendos recebidos
Operacional
5. Fluxo de Caixa de Finanças
Considere os dados do BP e da DRE dos anos de 2019 e 2018 da companhia Brasil S.A. para elaborar a
DFC pelo método indireto:
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A DFC pelo Método Indireto elaborada pela companhia seria:
DFC: Método Indireto
2019
(=) Lucro Líquido
412
Ajustes por:
Despesas com depreciação
65
Despesas com juros
70
(=) Lucro Líquido Ajustado ................................................................ 547
Redução das contas a receber
(233)
Redução dos estoques
(2)
Aumento das contas a pagar
34
Redução de títulos a pagar
(73)
Caixa Líquido Gerado pelas Atividades Operacionais
273
Aquisição de imobilizado: instalações
(130)
Caixa Líquido Consumido pelas Atividades de Investimento
(130)
Aporte de capital social
Pagamento de dividendos
40
(103)
Pagamento de empréstimos
(24)
Caixa Líquido Gerado pelas Atividades de Financiamento
(87)
Aumento de caixa e equivalentes de caixa
56
Saldo Inicial: caixa e equivalentes de caixa
104
Saldo Final: caixa e equivalentes de caixa
160
Como já vimos, a DFC visa demonstrar as causas da variação do caixa do período. Os estudos em Finanças
calculam o fluxo de caixa do ativo, credores e acionistas.
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Dessa mesma forma que o valor do ativo da entidade representa a soma do seu valor de passivo e seu
valor do patrimônio líquido (PL), o fluxo de caixa dos ativos da entidade é a soma dos fluxos de caixa
aos credores e dos fluxos de caixa aos acionistas. De outro modo, o fluxo de caixa dos ativos da entidade
é igual aos fluxos de caixa pagos aos fornecedores de capital (acionistas e credores).
5.1 Fluxo de Caixa dos Ativos
O fluxo de caixa dos ativos envolve três componentes: fluxo de caixa operacional, gastos de capital e
variação do capital circulante líquido (CCL), referindo-se ao fluxo de caixa resultante das atividades
diárias de produção e vendas. As despesas associadas ao financiamento de ativos da entidade não são
incluídas, pois não são despesas operacionais.
Fluxo de Caixa dos Ativos = Fluxo de Caixa Operacional − Gastos de capital − Variação do CCL
Fluxo de Caixa dos Ativos = $547 − $130 − $330
Fluxo de Caixa dos Ativos = $87
5.1.1 Fluxo de Caixa Operacional
Fluxo de Caixa Operacional = EBIT + Despesas com depreciação − Despesas com impostos
Fluxo de Caixa Operacional = $694 + $65 − $212
Fluxo de Caixa Operacional = $547
5.1.2 Gastos de Capital
Gastos de Capital = Gastos com ativos imobilizados − Valor recebido por vendas de ativos imobilizados
Gastos de Capital = Imobilizado Final ($1.709) − Imobilizado Inicial ($1.644) + Desp. com depreciação ($65)
Gastos de Capital = $130
5.1.3 Variação do Capital Circulante Líquido
A variação do CCL é medida como a variação líquida do ativo circulante em relação ao passivo circulante
no período examinado.
Variação do CCL
2019
(+) Ativo circulante
(-) Passivo circulante
(=) Capital Circulante Líquido
Variação do CCL
2018
1.403
1.112
389
428
1.014
684
330
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5.2 Fluxo de Caixa aos Credores
Fluxo de Caixa aos Credores = Juros pagos − Captação de novos empréstimos
Fluxo de Caixa aos Credores = $70 − $46
Fluxo de Caixa aos Credores = $24
5.3 Fluxo de Caixa aos Acionistas
Fluxo de Caixa aos Acionistas = Dividendos pagos − Aportes de capital
Fluxo de Caixa aos Acionistas = $103 − $40
Fluxo de Caixa aos Acionistas = $63
6. Exercícios
Questão 1. .................................................................................................................................................................
Considere a DFC pelo método direto e indireto, em 31/12/X1 e 31/12/X2, para responder às questões 14, conforme aplicável a cada questão.
1. Se o saldo das contas a receber em X0 era $100, qual o saldo das contas a receber em X2?
Para responder à questão, faremos a movimentação de saldos seguindo as variações de saldos apresentadas na DFC
pelo método indireto:
Saldo Contas a Receber em X0
100
(-) redução do saldo em X1
(20)
(+) aumento do saldo em X2
30
Saldo em X2 (=)
110
Dessa forma, o saldo das contas a receber em X2 é de $110.
2. Qual pode ter sido a estratégia de recebimentos da entidade no ano de X1?
A entidade pode ter reduzido o PMR ao promover descontos para pagamentos à vista.
3. Qual o valor da Receita da DRE de X2? Basear-se na resposta da questão #1.
O primeiro passo para responder à questão é identificar o saldo das contas a receber em X1. Para isto, nos
basearemos na resposta da questão #1 e na variação de saldo apresentada na DFC pelo método indireto.
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(+) Saldo Contas a Receber em X2
110 - conforme resposta da questão #1
(-) Aumento do saldo em X2
(30) - conforme DFC pelo Método Indireto.
(=) Saldo Contas a Receber em X1
80
O segundo passo é calcular a receita utilizando a fórmula:
𝐶𝑜𝑛𝑡𝑎𝑠 𝑎 𝑅𝑒𝑐𝑒𝑏𝑒𝑟 𝑒𝑚 𝑿𝟐 = 𝐶𝑜𝑛𝑡𝑎𝑠 𝑎 𝑅𝑒𝑐𝑒𝑏𝑒𝑟 𝑒𝑚 𝑿𝟏 + 𝑅𝑒𝑐𝑒𝑖𝑡𝑎𝑠 𝑑𝑒 𝑿𝟐 − 𝑅𝑒𝑐𝑒𝑏𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜𝑠 𝑑𝑒 𝑿𝟐. Isolando a variável
de interesse, temos:
𝑅𝑒𝑐𝑒𝑖𝑡𝑎𝑠 𝑑𝑒 𝑿𝟐 = 𝐶𝑜𝑛𝑡𝑎𝑠 𝑎 𝑅𝑒𝑐𝑒𝑏𝑒𝑟 𝑒𝑚 𝑿𝟐 − 𝐶𝑜𝑛𝑡𝑎𝑠 𝑎 𝑅𝑒𝑐𝑒𝑏𝑒𝑟 𝑒𝑚 𝑿𝟏 + 𝑅𝑒𝑐𝑒𝑏𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜𝑠 𝑑𝑒 𝑿𝟐. Ao substituirmos
os valores conhecidos, identificamos que a o valor das receitas da DRE de X2 é R$ 300.
(+) Saldo contas a receber em X2
110
(-) Saldo contas a receber em X1
(80)
(+) Recebimentos em X2
270 - conforme DFC pelo Método Direto.
(=) Receitas DRE de X2 .......................
300
4. Qual é o PMR de X2? Basear-se na resposta da questão 3 e utilizar saldos médios.
A fórmula de cálculo do PMR é:
Contas a Receber Final + Contas a Receber Inicial
)∗360
2
(
Receitas
.
Substituindo os valores, identificamos que o PMR é de 114 dias.
Questão 2. .................................................................................................................................................................
Suponha que a ABC S.A. seja detentora de 30% das ações da coligada “X”. A participação acionária da
companhia na coligada “X” e o resultado de equivalência patrimonial (REP) são os apresentados no
quadro abaixo. A coligada “X” declarou o pagamento de 60% dos dividendos em X3.
Considerando que no final de X3 a ABC S.A. aumentou sua participação acionária na coligada “X”,
pergunta-se, qual o valor desta compra?
Para responder à questão, considere a fórmula:
𝑆𝑎𝑙𝑑𝑜 𝑒𝑚 𝑿𝟑 = 𝑆𝑎𝑙𝑑𝑜 𝑒𝑚 𝑿𝟐 + 𝑅𝐸𝑃 𝑑𝑒 𝑿𝟑 − 𝐷𝑖𝑣𝑖𝑑𝑒𝑛𝑑𝑜𝑠 𝑅𝑒𝑐𝑒𝑏𝑖𝑑𝑜𝑠 𝑒𝑚 𝑿𝟑 + 𝐴𝑞𝑢𝑖𝑠𝑖çõ𝑒𝑠 𝑒𝑚 𝑿𝟑.
O valor dos dividendos recebidos em X3 é $5 ($15 de REP * 30%). Isolando a variável de interesse (aquisições em
X3) e substituindo os valores conhecidos, identificamos que o valor da compra foi de $90.
Questão 3. .................................................................................................................................................................
1. Considerando as informações do quadro abaixo, responda qual o valor dos custos das mercadorias
vendidas (CMV) de X1?
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O primeiro passo para responder à questão é identificar o saldo das compras de estoques em X1. Para isto,
utilizamos a fórmula: 𝑆𝑎𝑙𝑑𝑜 𝐹𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝐹𝑜𝑟𝑛𝑒𝑐𝑒𝑑𝑜𝑟𝑒𝑠 = 𝑆𝑎𝑙𝑑𝑜 𝐼𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝐹𝑜𝑟𝑛𝑒𝑐𝑒𝑑𝑜𝑟𝑒𝑠 + 𝐶𝑜𝑚𝑝𝑟𝑎𝑠 − 𝑃𝑎𝑔𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜𝑠.
Isolando a variável de interesse (compras), temos: 𝐶𝑜𝑚𝑝𝑟𝑎𝑠 = 𝑆𝑎𝑙𝑑𝑜 𝐹𝑖𝑛𝑎𝑙 − 𝑆𝑎𝑙𝑑𝑜 𝐼𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 + 𝑃𝑎𝑔𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜𝑠. Logo,
o valor total das compras em X1 foi de $20.
Com a total das compras calculado, seguimos para o próximo passo, o cálculo do CMV. A fórmula que nos assiste
é: 𝐸𝑠𝑡𝑜𝑞𝑢𝑒𝑠 𝐹𝑖𝑛𝑎𝑙 = 𝐸𝑠𝑡𝑜𝑞𝑢𝑒𝑠 𝐼𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 + 𝐶𝑜𝑚𝑝𝑟𝑎𝑠 − 𝐶𝑀𝑉. Ao isolarmos a variável de interesse (CMV), temos:
𝐶𝑀𝑉 = 𝐸𝑠𝑡𝑜𝑞𝑢𝑒𝑠 𝐹𝑖𝑛𝑎𝑙 − 𝐸𝑠𝑡𝑜𝑞𝑢𝑒𝑠 𝐼𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 + 𝐶𝑜𝑚𝑝𝑟𝑎𝑠. Assim, podemos responder que em X1 o valor do CMV é
$70.
2. Considerando que a margem bruta era de 65%, qual é o valor da receita de vendas de X1?
Ao dividir o valor do CMV (R$ 70) pela Margem Bruta (65%), identificamos que a Receita de Vendas é R$ 108.
Questão 4. .................................................................................................................................................................
Em quais “Fluxos” da DFC são apresentados:
a) Dividendos pagos: DFC pelo método direto e indireto, dado que não há diferenças na apresentação das
atividades de investimento entre os dois métodos.
b) Dividendos recebidos: DFC pelo método direto e indireto, dado que não há diferenças na apresentação
das atividades de investimento entre os dois métodos.
Questão 5. .................................................................................................................................................................
Considere as seguintes informações, extraídas da DRE e da DFC pelo método indireto:
DFC Método Indireto
Variação no saldo dos estoques
X3
X2
X1
(6)
(7)
(5)
DRE
X3
Receita
100
X2
100
X1
100
O que pode estar acontecendo nesta entidade?
Para a primeira proposição, se considerarmos que a estabilidade da receita nos três anos reflete um mesmo volume
de venda e mesmo preço de venda, as oscilações nos estoques pode refletir oscilações no preço de aquisição dos
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estoques ou redução do volume mantido nos estoques.
Para a segunda proposição, se considerarmos alterações nos preços de vendas e no volume vendas, mas que
coincidentemente resultou no mesmo valor de receitas para os três anos, as oscilações podem estar atreladas a
alteração do prazo de rotatividade dos estoques ou alterações nos preços de aquisição.
Questão 6. .................................................................................................................................................................
Tomando por base o BP em 31/12/X2 e 31/12/X1, parcialmente preenchidos, e a DFC pelo método direto
e indireto, em 31/12/X2, da Comércio S.A., pede-se:
a) Complete as informações faltantes do BP nos dois períodos.
b) Elabore a DRE do período X2.
Balanço Patrimonial
Ativo
X2
X1
Caixa e equivalentes de caixa
Contas a receber de clientes
Dividendos
8
DFC Método Indireto
Passivo
X2
X2
Fornecedores
80
Lucro Líquido
100
Salários a pagar
60
Ajustes por:
-
IR a recolher
10
(+) Despesas de depreciação
Empréstimos a pagar
90
(+) Despesas de impairment marca
Juros a pagar
10
(+) Despesas financeiras
Instalações
100
(-) Juros a apropriar
(-) Depreciação acumulada
(20)
Marca
8
(25)
230
(70)
Fluxo de Caixa Gerado pelas Atividades Operacionais
160
3
5
(-) Ganho de equivalência patrimonial
(10)
(=) Lucro Líquido Ajustado
125
Compra de instalações
(60)
Compra de participação societária
(50)
Fluxo de Caixa Consumido pelas Atividades de Investimentos
(110)
Patrimônio Líquido
Redução das contas a receber
Capital social
Aumento dos estoques
(10)
Pagamento de empréstimos
Redução dos fornecedores
(10)
Pagamento de juros
(7)
Aumento do capital social
10
Pagamento de dividendos
(50)
Reservas
40
30
Aumento dos salários a pagar
Total do Ativo
Recebimento de clientes
Pagamento de fornecedores
10
100
80
X2
117
Participação societária
Estoques
DFC Método Direto
X1
Total do Passivo + PL
20
Aumento do IR a recolher
5
Fluxo de Caixa Gerado pelas Atividades Operacionais
(40)
160
Fluxo de Caixa Consumido pelas Atividades de Financiamentos
(87)
Compra de instalações
(60)
Variação de caixa
(37)
Compra de participação societária
(50)
Fluxo de Caixa Consumido pelas Atividades de Investimentos
(110)
Saldo Inicial: caixa e equivalentes de caixa
87
Saldo Final: caixa e equivalentes de caixa
Pagamento de empréstimos
(40)
Pagamento de juros
(7)
Aumento do capital social
10
Pagamento de dividendos
(50)
Fluxo de Caixa Consumido pelas Atividades de Financiamentos
(87)
Variação de caixa
(37)
Saldo Inicial: caixa e equivalentes de caixa
87
Saldo Final: caixa e equivalentes de caixa
Com base nas informações apresentadas nas DFCs, o BP e a DRE completas são:
Balanço Patrimonial
Ativo
X2
Caixa e equivalentes de caixa
Contas a receber de clientes
Dividendos a receber
Estoques
Passivo
X2
X1
50
87
Fornecedores
70
80
Receita de Vendas
70
100
Salários a pagar
80
60
(-) CMV
(50)
-
IR a recolher
15
10
(=) Lucro Bruto
150
Empréstimos a pagar
50
90
(-) Despesas de depreciação
3
10
(-) Despesas de impairment marca
(3)
(20)
(25)
(+) Ganho de equivalência patrimonial
10
8
90
80
Participação societária
152
100
Juros a pagar
Instalações
160
100
(-) Juros a apropriar
(-) Depreciação acumulada
(30)
(20)
5
8
Marca
Total do Ativo
DRE
X1
505
455
X2
200
(10)
(-) Despesas Financeiras
Patrimônio Líquido
(5)
(=) Resultado antes do IR e da CS
142
Capital social
200
190
(-) Despesas com impostos
(25)
Reservas
107
40
(=) Lucro Líquido do Exercício
117
Total do Passivo + PL
505
455
Compras de Estoques
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60
16
Se a Comércio S.A. dobrasse a sua receita (mantendo os mesmos valores em contas a receber), o que
aconteceria com o prazo médio de recebimento?
Se o total de receitas de X2 dobrasse, o PMR reduziria, conforme apresentado:
Atual
Proj.
Receita de vendas
200
400
Contas a receber
70
70
126
63
(=) Prazo Médio de Recebimento (dias)
Questão 7.
Se a Companhia tivesse, em X1, o mesmo nível de vendas de X2, qual poderia ser a sua estratégia de
recebimento?
Se a empresa registrasse $200 de receitas de vendas em X1 (similar a venda de X2), o PMR para este período seria
de 180 dias, como demonstrado abaixo.
Desde modo, poderíamos inferir que a empresa prolongou a data de seus recebíveis ou algum cliente não está
honrando com as suas obrigações. Não somente, poderíamos concluir que as vendas ficaram concentradas mais
para perto do final do ano. Pela forma como o PMR foi calculado, considera-se que as receitas foram lineares ao
longo do período.
Questão 8. .................................................................................................................................................................
Leia a reportagem publicada pelo Valor Econômico em 26/04/17 e responda as questões:
A Duratex reduziu seu prejuízo líquido no primeiro trimestre de 2017, na comparação anual. A receita líquida
avançou 5,6% no intervalo, para R$ 952 milhões. O custo dos produtos vendidos cresceu 1,3% na mesma base comparativa,
para R$ 629,38 milhões. As despesas gerais e administrativas caíram 10,1%.
As exportações continuam relevantes para a Duratex, embora a participação do mercado externo na receita
consolidada tenha passado de 20%, no primeiro trimestre de 2016, para 16% em igual período deste ano.
No trimestre, a Companhia vendeu fazendas da controlada Duratex Florestal e ainda realizou a renegociação de
prazos com fornecedores, que contribuiu para a melhora do fluxo de caixa.
A alavancagem medida por dívida líquida sobre EBITDA dos últimos 12 meses foi reduzida de 2,99 vezes, no
encerramento de 2016, para 2,81 vezes ao fim de março. A Duratex tem como meta de alavancagem patamar mais próximo
de 2 vezes no fim de 2017.”
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a) Um valor da atividade operacional da DFC do primeiro trimestre de 2017 da Companhia foi,
propositadamente, invertido o sinal. Baseando-se na reportagem, qual é este valor? Variação de
Fornecedores.
b) Explique o raciocínio utilizado para responder à questão anterior, tomando por base os conceitos
da “Demonstração dos Fluxos de Caixa” e a reportagem publicada. Dado que a Companhia
renegociou os prazos com seus fornecedores, o saldo aumentou. Dessa forma, a variação demonstrada na
DFC deveria ser positiva.
Questão 9. .................................................................................................................................................................
Baseado em duas demonstrações contábeis, DRE e DFC, de 1994 e 1995 da Loja Mappin, explique como
o prejuízo de R$19.469 em 1995 se relaciona com o fluxo de caixa operacional positivo de R$38.657 do
mesmo período. Os valores estão demonstrados em milhares de Reais.
Quando analisamos a movimentação na linha “Custo das Mercadorias e dos Serviços Vendidos” da DRE e
comparamos com a variação da linha “Pagamento a Fornecedores” da DFC, nota-se aumento em ambas as linhas,
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todavia, o aumento não foi proporcional. Enquanto a primeira aumentou em 19%, o crescimento da segunda foi de
12%.
Questão 10. Lojas Renner S.A. ................................................................................................................................
Baseando-se na DFC de 2019 consolidada das Lojas Renner S.A., responda:
a) Avalie a geração de caixa da Companhia;
b) Analise o prazo médio de pagamentos a fornecedores da Companhia.
O saldo de caixa e equivalentes de caixa da Companhia aumentou em 21% (R$ 203.382 mil), porém este aumento
não foi observado no lucro líquido. O Fluxo de Caixa Operacional gerado em 2019 foi superior ao do ano anterior,
em R$ 751.469 mil. A este aumento atribuímos ao comportamento inverso da Companhia quando comparado os
dois períodos atinentes às aplicações financeiras. Em 2018, 30% do fluxo de caixa gerado foram aplicados,
enquanto 16% foram resgatados. Apenas nesta linha, percebe-se uma variação de R$ 572.777 mil.
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Deste aumento, parte foi consumido com o aumento nas compras de imobilizado e intangível e, também, pelos
pagamentos a título de contraprestações de arrendamentos.
Questão 11. Karsten S.A. .........................................................................................................................................
Baseando-se na DFC de 2018 consolidada da Karsten S.A., responda:
a) O que deve estar ocorrendo com a gestão de estoques e vendas a prazo?
b) Em quais condições financeiras a Companhia se encontra?
Gestão dos estoques: podemos inferior com base nas informações apresentadas nesta DFC que os estoques
adquiridos em 2017 não foram vendidos durante o ano de 2018, refletindo possíveis falhas no gerenciamento dos
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estoques. Citamos como exemplos, projeção incorreta do volume de vendas ou entrada de concorrentes que
ofereçam produtos mais baratos. Gestão de vendas a prazo: o aumento das contas a receber pode refletir aumento
no PMR ou aumento de receita.
A Companhia está apresentando recorrentes prejuízos. Pelo fluxo de caixa operacional podemos visualizar a
materialização de perda no imobilizado. A redução do saldo de fornecedores e o aumento das contas a receber,
ambas movimentações em 2018, retrata um provável PMR maior do que PMP. Esse descasamento é maléfico para
a Companhia. No mais, uma baixa rotatividade nos estoques desfavorece sua gestão de caixa, pois além de não ser
imediatamente liquidado, os custos pela estocagem dos produtos podem aumentar os prejuízos da Companhia.
Questão 12. ...............................................................................................................................................................
Considere as seguintes informações financeiras de uma entidade e o não pagamento de dividendos.
Pede-se:
a) Calcule o fluxo de caixa dos ativos.
Fluxo de Caixa dos Ativos = Fluxo de caixa operacional − Gastos de capital − Variação do CCL
Fluxo de Caixa dos Ativos = $4.856 − $430 + $45
Fluxo de Caixa dos Ativos = $4.471
Passo 1. Cálculo do Fluxo de Caixa Operacional:
Fluxo de Caixa Operacional = EBIT + Despesas com depreciação − Despesas com impostos
Fluxo de Caixa Operacional = $5.454 + $1.150 − $1.748
Fluxo de Caixa Operacional = $4.856
Passo 2. Cálculo dos Gastos de Capital:
Gastos de Capital = Gastos com ativos imobilizados − Valor recebido por vendas de ativos imobilizados
Gastos de Capital = Imobilizado Final − Imobilizado Inicial + Desp. com depreciação
Gastos de Capital = $430
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Passo 3. Cálculo da Variação do CCL
Variação do Capital Cirulante Líquido = (AC − PC do período corrente) − (AC − PC do período anterior)
Variação do Capital Circulante Líquido = ($936 − $382) − ($1.015 − $416)
Variação do Capital Circulante Líquido = ($45)
b) Calcule o fluxo de caixa aos credores.
Fluxo de Caixa aos Credores = Juros pagos + Pagamentos de empréstimos
Fluxo de Caixa aos Credores = $314 + $317
Fluxo de Caixa aos Credores = $631
c) Calcule o fluxo de caixa aos acionistas. Houve emissão ou recompra de ações?
Fluxo de Caixa aos Acionistas = Dividendos pagos + Redução de capital
Fluxo de Caixa aos Acionistas = $0 + $448 + LL de 2019
Fluxo de Caixa aos Acionistas = $3.840
Questão 13. ...............................................................................................................................................................
(FGV AFTE) A companhia Atacado Luzia S.A. efetuou as seguintes transações, em 2019:
(i) Integralização de capital social, por meio de um imóvel no valor de R$ 200.000;
(ii) Compra de computadores, para pagamento em agosto de 2020, por R$ 10.000;
(iii) Pagamento de empréstimo bancário, contraído em 2016 no valor de R$ 30.000;
(iv) Pagamento de despesas diversas, no valor de R$ 50.000;
(v) Resgate de debêntures emitidas, no valor de R$ 18.000;
(vi) Pagamento de dividendos, que haviam sido reconhecidos no ano anterior no valor de R$ 15.000;
(vii) Venda de mercadorias à vista, por R$ 300.000;
(viii) Reconhecimento dos custos das mercadorias vendidas, no valor de R$ 200.000;
(ix) Compra de participação em empresa coligada, no valor de R$ 40.000.
Com base nas informações acima, assinale a afirmativa correta.
a) A atividade operacional gerou R$ 50.000.
b) A atividade de investimento consumiu R$ 70.000.
c) A atividade de investimento consumiu R$ 88.000.
d) A atividade de financiamento consumiu R$ 63.000.
e) A atividade de financiamento gerou R$ 185.000.
A alternativa (d) está correta, conforme DFC pelo Método Direto apresentada abaixo:
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DFC Método Direto
2019
Recebimento de clientes por vendas à vista
300.000
Pagamento de despesas diversas
(50.000)
Fluxo de Caixa Gerado pelas Atividades Operacionais
250.000
Investimentos em empresa coligada
(40.000)
Fluxo de Caixa Consumido pelas Atividades de Investimentos
(40.000)
Resgate de debêntures emitidas
(18.000)
Pagamento de empréstimo bancário
(30.000)
Pagamento de dividendos
(15.000)
Fluxo de Caixa Consumido pelas Atividades de Financiamentos
(63.000)
Vejamos o motivo das outras transações não terem sido apresentadas na DFC:
(i) Como o aporte de capital foi por meio de ativo imobilizado, a transação não afetou caixa.
(ii) A compra de computadores foi feita em 2019, porém seu pagamento será no ano seguinte. Logo, a compra
não impactou o saldo do caixa e equivalentes de caixa.
(viii) A informação refere-se ao valor do CMV de 2019, o qual foi adquirido e pago em períodos anteriores.
Assim, a descrição da transação está a relaciona a movimentação dos estoques decorrente das vendas de
mercadorias.
Questão 14. ...............................................................................................................................................................
Dos eventos contábeis a seguir, quais se refletiram na DFC e em qual tipo de atividade (operacional, de
investimento e de financiamento):
a. Compra de imobilizado através de uma operação de financiamento. Sem impacto na DFC.
b. Compra de imobilizado utilizando recurso disponível em caixa. Redução na atividade de investimento.
c. Aumento do prazo de pagamento concedido pelos fornecedores. Sem impacto na DFC.
d. Investimento em títulos da dívida do governo federal. Redução na atividade de investimento.
e. Pagamento de uma dívida de curto prazo. Redução na atividade de financiamento.
f. Aumento de 30% das receitas do período. Sem impacto na DFC.
g. Pagamento de juros de um empréstimo financeiro. Redução na atividade de financiamento ou na atividade
operacional, este último recomendado pelo CPC 03 (R2).
Questão 15. ...............................................................................................................................................................
Os eventos contábeis ocorridos em 2019 da empresa Pegue, Pague e Leve Ltda. foram:
01. Compra a prazo de mercadorias ............................................................................................... R$ 1.200
02. Venda a prazo de mercadorias .................................................................................................. R$ 3.000
03. Custo das mercadorias vendidas .............................................................................................. R$ 1.500
04. Recebimento de clientes ........................................................................................................... R$ 2.700
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05. Pagamento de fornecedores ..................................................................................................... R$ 1.600
06. Aporte de capital ......................................................................................................................... R$ 500
07. Compra de imobilizado com 20% pagos à vista e o restante financiado ................................... R$ 1.500
08. Compra de investimentos em outras entidades com pagamento à vista ...................................... R$ 300
09. Despesas operacionais, sendo que 10% será pago em 2020 ........................................................ R$ 400
10. Despesas com depreciação .......................................................................................................... R$ 140
11. Ganho de equivalência patrimonial ............................................................................................. R$ 100
12. Captação de empréstimos bancários ........................................................................................... R$ 250
13. Despesa com impostos, sendo pagos em 2020 ............................................................................ R$ 220
14. Distribuição de 100% dos dividendos .....................................................................................................
Pede-se:
a. Elaborar a DFC pelo método direto e indireto.
b. Responda:
i. Qual o valor do Fluxo de Caixa dos Ativos? R$ 90.
ii. Qual o valor do Fluxo de Caixa aos Credores? (R$ 250).
iii. Qual o valor do Fluxo de Caixa aos Acionistas? R$ 340.
Balanço Patrimonial
2019
Caixa e equivalentes de caixa
Contas a receber
Estoques
Investimentos
Imobilizado
Total do Ativo
1.550
300
1.400
400
2.360
6.010
2018
1.500
2019
Fornecedores
-
Empréstimos bancários
1.700
Outras contas a pagar
1.000
4.200
DRE
Impostos a recolher
Capital social
Total do Passivo + PL
2018
600
1.000
2019
Receita de vendas
3.000
250
-
(-) CMV
1.240
-
(=) Lucro Bruto
220
-
(-) Despesas operacionais
(400)
(-) Despesas com depreciação
(140)
3.700
6.010
3.200
4.200
1.500
(+) REP
100
(=) LAIR
1.060
(-) Despesas com impostos
(=) Lucro Líquido
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(1.500)
(220)
840
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DFC Método Direto
DFC Método Indireto
2019
Recebimento de clientes
2.700
Pagamento de fornecedores
(1.600)
Pagamento de despesas operacionais
(360)
Fluxo de Caixa Gerado pelas Atividades Operacionais
740
2019
Lucro antes dos Impostos
1.060
Ajustes por:
Despesas com depreciação
140
Despesas operacionais
40
REP
Lucros antes dos importos ajustado
(100)
1.140
Aumento das contas a receber
(300)
Redução dos estoques
300
Redução de fornecedores
(400)
Fluxo de Caixa Gerado pelas Atividades Operacionais
740
Compra de ativo imobilizado
(300)
Compra de ativo imobilizado
(300)
Compra de investimentos
(300)
Compra de investimentos
(300)
Fluxo de Caixa Consumido pelas Atividades de Investimentos
Aporte de capital
(600)
500
Captação de empréstimos bancários
Fluxo de Caixa Consumido pelas Atividades de Investimentos
(600)
Aporte de capital
500
250
Distribuição de dividendos
(840)
Fluxo de Caixa Consumido pelas Atividades de Financiamentos
Aumento (redução) do caxia e equivalentes de caixa
(90)
50
250
Distribuição de dividendos
(840)
Fluxo de Caixa Consumido pelas Atividades de Financiamentos
(90)
Aumento (redução) do caxia e equivalentes de caixa
50
Saldo Inicial: caixa e equivalentes de caixa
1.500
Saldo Inicial: caixa e equivalentes de caixa
1.500
Saldo Final: caixa e equivalentes de caixa
1.550
Saldo Final: caixa e equivalentes de caixa
1.550
i. Fluxo de Caixa dos Ativos:
Fluxo de Caixa dos Ativos = Fluxo de Caixa Operacional − Gastos de Capital − Variação do CCL
Fluxo de Caixa dos Ativos = R$ 880 − R$ 1.800 + 1.010
Fluxo de Caixa dos Ativos = R$ 90
Fluxo de Caixa Operacional
Fluxo de Caixa Operacional = EBIT + Desp. com depreciação − REP − Desp. com impostos
Fluxo de Caixa Operacional = R$ 1.060 + R$ 140 − R$100 − R$ 220
Fluxo de Caixa Operacional = R$ 880
Gastos com Capital
Gastos de Capital = Gastos com imobilizado − Recebimento por venda de imobilizado + Investimento em outras entidades
Gastos de Capital = Imob. Final (R$ 2.360) − Imob. Inicial (R$ 1.000) − Desp. depr. (R$ 140) + Compra Part. Soc. (R$300)
Gastos de Capital = R$ 1.800
ii. Fluxo de Caixa aos Credores:
Fluxo de Caixa aos Credores = Juros pagos − Captação de novos empréstimos
Fluxo de Caixa aos Credores = R$ 0 − R$ 250
Fluxo de Caixa aos Credores = (R$ 250)
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iii. Fluxo de Caixa aos Acionistas:
Fluxo de Caixa aos Acionistas = Dividendos pagos − Aportes de capital
Fluxo aos Acionistas = R$ 840 − R$ 500
Fluxo de Caixa aos Credores = R$ 340
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