Vírus Profa. Dalila Teles Leão Martins Vírus ➢Do latim – significa veneno; ➢Ora possuem comportamento de seres vivos, ora possuem comportamento de seres inertes; ➢Não estão incluídos em nenhum dos reinos; Vírus Principais características dos vírus ➢ São acelulares: NÃO possuem organização celular; ➢ NÃO possuem metabolismo próprio; ➢ Quando estão livres, em geral, podem se cristalizar por tempo indeterminado, como os minerais; ➢ Quimicamente são constituídos por proteínas e ácidos nucleicos. Alguns também possuem carboidratos e lipídeos; ➢ Seu material genético (DNA ou RNA) podem sofrer mutações; Vírus Principais características dos vírus ➢ São capazes de reproduzir quando estão no interior de uma célula viva; ➢ São parasitas intracelulares obrigatórios, já que só conseguem reproduzir quando estão no interior de uma célula; ➢ Possuem dimensões ultramicroscópicas; ➢ Possuem morfologia diversificada. Não existe um padrão de forma para todas os vírus. Vírus Componentes dos vírus Independente da forma, os vírus possuem: - Capsídeo: invólucro proteico que permite o vírus reconhecer a célula que deve parasitar; - Cerne (miolo): onde fica o material genético; - Envelope: formado por glicoproteínas e/ou lipídeos, envolve o capsídeo. Vírus Material genético dos vírus ➢Vírus que possuem DNA: Desoxivírus ➢Vírus que possuem RNA: Ribovírus ➢Quando estão fora das células, os vírus: - Nunca apresentam atividade metabólica; - Não tem capacidade de reprodução; - Pode ser cristalizado e armazenado por longos períodos de tempo. Reprodução dos Vírus ➢Ao longo da evolução, os vírus adquiriram mecanismos para se utilizar dos mecanismos da célula hospedeira e se reproduzir a custas dela; ➢ O vírus utiliza todo o metabolismo da célula hospedeira, inclusive a matéria prima para fabricar cópias idênticas a si mesmo; ➢ Etapas: - Duplicação do material genético viral; - Síntese das proteínas do capsídeo; - Montagem de novas partículas virais no interior da célula hospedeira. Reprodução dos Vírus de DNA Exemplo: Bacteriófago ➢ São vírus que parasitam bactérias, como as intestinais Eschericha coli. ➢ Ao entrar em contato com a bactéria, ocorre a fixação do fago a parede celular bacteriana. ➢ Essa fixação só ocorre numa região onde exista afinidade entre as proteínas da cauda do fago e os receptores da parede celular bacteriana. Reprodução dos Vírus de DNA ➢ Ocorre a penetração - ativação de enzimas da cauda do bacteriófago que atuam sobre a parede celular bacteriana, enfraquecendo-a. Reprodução dos Vírus de DNA ➢ O passo seguinte é a injeção - a cauda do bacteriófago perfura a membrana e permite a introdução do DNA viral na célula bacteriana. ➢ No caso dos bacteriófagos, apenas o ácido nucleico viral penetra na célula hospedeira. O seu capsídeo permanece fora, fixado na parede celular. ➢ Certos vírus que infectam células eucariotas penetram inteiros na célula hospedeira. Reprodução dos Vírus de DNA DNA bacteriano no interior da célula bacteriana CICLO LÍTICO CICLO LISOGÊNICO Reprodução dos Vírus de DNA Ciclo lítico (multiplicação lítica) ➢O DNA viral contém os genes que determinam todas as características do vírus. ➢No interior da bactéria, o DNA viral começa a ser produzido. ➢Os genes virais são semelhantes aos genes da célula hospedeira, assim as enzimas da bactéria não distingue o que é do vírus e o que é da bactéria. Reprodução dos Vírus de DNA ➢A bactéria começa a produzir DNA viral, RNA viral e proteínas virais (capsídeo). ➢Em seguida, ocorre uma montagem - cada capsídeo envolve uma molécula de DNA viral, formando, assim, uma nova partícula viral. Reprodução dos Vírus de DNA ➢Após 30 ou 40 minutos da infecção inicial, cerca de 200 novos bacteriófagos já estão completamente formados no interior da célula bacteriana. ➢Nesse momento, são produzidas as enzimas que destroem a parede da célula bacteriana - liberação dos vírus no meio extracelular. ➢Esses vírus poderão infectar outras bactérias e repetir todo o processo. ➢ No ciclo lítico, o material genético invasor se apossa de todo o sistema celular bacteriano, que passa a funcionar única e exclusivamente na produção de novos vírus. ➢Nesse ciclo, o vírus é denominado virulento. Reprodução dos Vírus de DNA Ciclo lisogênico (multiplicação lisogênica) ➢Ao penetrar na célula bacteriana, o DNA do fago incorpora-se ao cromossomo bacteriano, passando a se comportar como se fosse parte integrante dele e não interferindo no metabolismo da célula hospedeira. ➢Nesse caso, a bactéria continua com suas atividades metabólicas normais Reprodução dos Vírus de DNA Ciclo lisogênico (multiplicação lisogênica) ➢Durante a reprodução da bactéria, o DNA viral vai sendo duplicado junto com o DNA bacteriano e transmitido às novas bactérias. ➢Assim, o DNA viral vai sendo reproduzido, sem causar a lise das células bacterianas. ➢Nesse ciclo, o vírus é chamado de não virulento. Reprodução dos Vírus de DNA Viroses ➢Os vírus são agentes causadores de várias doenças, tanto em plantas como animais; ➢O modo de transmissão das viroses humanas é bastante diversificado. - Algumas têm um agente vetor, como é o caso da dengue e da febre amarela; - Aids e o herpes genital, podem ser transmitidas por meio das relações sexuais; - Em muitas, os vírus penetram em nosso organismo junto com o ar que inspiramos ou pela água e alimentos ingeridos. - Transfusões sanguíneas e o contato com sangue de pessoas contaminadas também podem transmitir certas viroses. - Existem ainda situações em que ocorre a transmissão vertical, em que a partícula viral infecciosa passa ao feto através da placenta Viroses