Amostragem de terra, procedimentos, interpretação e recomendação para correção da reação do solo e adubação para Agricultura de Precisão Disciplina: Avaliação do estado nutricional e da Fertilidade do Solo - CEN 5715 Discente: Lucas Alves de Almeida Docentes: Prof. Dr. Cassio Hamilton Abreu-Junior Prof. Dr. José Lavres Junior 1 Tópicos a serem abordados: • 1. Importância do solo e amostragem • 2. Definição de AP e exemplos • 3. Comparação métodos de amostragem convencional com AP • 4. Processamento e análise de resultados em AP • 5. Geoestatística na pesquisa agronômica • 6. Procedimentos de interpretação e Recomendação de correção • 7. Considerações finais 2 • Adubação e economia • Desenvolvimento das plantas; • Fornecer nutrientes para a população; • Maiores produtores de fertilizantes • Crises decorrentes da guerra 3 1. Importância do solo e amostragem • Solo Agrícola: • Densidade do solo • Densidade da partícula sólida • Porosidade Total • Resistência mecânica à penetração e umidade • Matéria orgânica • Macro e micro nutrientes • pH 4 1. Importância do solo e amostragem • Conceitos básicos de amostragem • Representar um todo (população) com base na avaliação de apenas uma parte dele (amostras); • Pode ser aplicada nos mais diversos fatores de produção 5 1. Importância do solo e amostragem • Procedimentos • Amostras simples e amostra composta; • Separação de subáreas (histórico, textura do solo, relevo, cor do solo, drenagem, manejo, e produtividade); • Ferramentas e materiais para coleta; • Procedimentos para coleta do solo • Entre 15 e 20 amostras; em zigue-zague • Profundidade de amostragem • Amostragem em áreas sob sistemas diferentes de plantio • Frequência de amostragem 6 2. Definição de AP e exemplos • “É uma estratégia de gestão que considera a variabilidade temporal e espacial para melhorar a sustentabilidade agrícola” ISPA • Vertentes: Variabilidade espacial e Tecnologias; • Objetivos da AP: • • • • • • • Otimizar uso de insumos; Otimizar a qualidade do produto; Melhorar a qualidade das operações; Aumentar a lucratividade; Minimizar problemas ambientais e no cultivo; Aumentar a produtividade – como?; Dentre outros... 7 2. Definição de AP e exemplos 8 2. Definição de AP e exemplos 9 3. Comparação métodos de amostragem convencional com AP • • • • • Equipamentos; Mantém-se a divisão por glebas; Quantidade de amostras simples e compostas; Mecanização; Amostragens georreferenciadas -> 3 a 5 ha por amostras; • Determinada a grade amostral -> navegação dos pontos por receptor GNSS • Amostragens pelo dimensionamento entre 0,5 até 2 ha por amostra; • Fator limitante é a interpolação; • Análise Geoestatística para determinação da densidade amostral • Primeira amostragem com alta densidade ou amostragem em transversal 10 2. Definição de AP e exemplos 11 12 4. Processamento e análise de resultados em AP • Identificação na coleta; • Coleta • Em cada ponto da grade amostral, é obtida uma amostra composta de subamostras; • Coletadas ao redor do ponto georreferenciado, dentro de um raio do ponto da mesma magnitude do valor do erro do receptor – em torno de 10 amostras; • Ex P.: alta variação em curtas distâncias = aumentam risco de contaminação. • Densidade da amostragem e tamanho da grade; • Amostragem por ponto; amostragem por pontos aleatórios na célula e adição de pontos próximos. • Amostragem direcionada e por unidades de gestão diferenciada • Avaliação dos parâmetros de interesse e os resultados obtidos; • Tabulação dos resultados com os pontos georreferenciados; 13 4. Processamento e análise de resultados em AP 14 5. Geoestatística na pesquisa agronômica • Correlacionar causas e efeitos a partir de séries históricas de dados e de sua distribuição; • É utilizada para o estudo da variabilidade espacial dos atributos do solo e da planta, auxiliando na escolha, locação de experimentos e interpretação dos resultados • Seu uso requer a coleta de amostras previamente planejadas, com a localização espacial exata de cada ponto amostral; • Exemplos: Diversos estudos afirmaram que o comportamento da produtividade vegetal acompanha a distribuição e a variação espacial dos nutrientes do solo. Gaston et al. (2001), estudando a espacialidade da granulometria, pH e da matéria orgânica do solo, e relacionando com a distribuição de plantas daninhas, concluíram que há uma correlação positiva entre a densidade de tais plantas e as áreas mapeadas com alto teor de matéria orgânica e de textura argilosa. • No entanto, ocorre alguns componentes da análise estatística que necessitam ser atendidos para gerar mapas de krigagem: 15 5. Geoestatística na pesquisa agronômica Semivariograma Expressa o comportamento espacial de uma variável em determinada região; Indica quão diferentes se tornam os pontos quando a distância entre eles aumenta; É calculada a semivariância = média dos desvios quadrados O gráfico do semivariograma é formado por uma série de valores sobre os quais se ajusta a uma função ou modelo matemático (esférico, exponencial e gaussiano) Variáveis utilizadas para cálculos para realização da krigagem: 16 5. Geoestatística na pesquisa agronômica Efeito Pepita (semivariância na distância zero entre as amostras) Alcance (distância a partir da qual as amostras passam a ser independentes – indica a distância mínima exigida entre as amostras) Patamar (período em que a semivariância não aumenta com o distanciamento entre os pontos e se estabiliza – variação entre os pontos é aleatória) Variância = média dos desvios 17 quadrados 5. Geoestatística na pesquisa agronômica • Krigagem e suas formas: • Compreende a um conjunto de técnicas de estimação e predição de superfícies baseadas na modelagem da estrutura e correlação espacial por meio dos semivariogramas; • Nº mínimo de amostras deve ser superior a 50 • Quando o semivariograma não é estacionário, deve-se realizar o tratamento da tendência dos dados: • Ajuste pela função polinomial balizada pelo método dos quadrados mínimos 18 19 5. Geoestatística na pesquisa agronômica • Co-krigagem e kigragem colocalizada • Visam melhorar a estimativa da viariável principal, que é geralmente mais esparsamente amostrada, por meio de variáveis auxiliares, que são mais densamente amostradas e mais fáceis de serem obtidas. • É necessário que a variável principal e as auxiliares sejam espacialmente correlacionadas. • Ex.: estimar valores de uma propriedade do solo de difícil mensuração (como exemplo, a condutividade hidráulica), com base em uma outra medição mais fácil (por exemplo, o teor de argila), desde que sejam correlacionadas espacialmente. 20 Dependência espacial 21 5. Geoestatística na pesquisa agronômica • Validação Cruzada i) Avaliar o melhor modelo de semivariograma e vizinhança para ser utilizado na krigagem (Confrontar os resultados obtidos com as diferentes funções de ajuste de semivariogramas) ii) estimar a eficácia da krigagem Plotar um gráfico dos valores preditos contra os valores reais, verificando sua correlação, inclinação da curva e intercepto. Estimativas de erros: Erro médio (RE); Variância do erro médio (VRE); Quadrado médio do erro (RMSE) -> satisfatórios quando próximos de 0 22 6. Procedimentos de interpretação e Recomendação de correção • Interpretação dos resultados e definição de teores de correção; • Geração dos mapas finais -> limpeza inicial -> Interpolação • Sobreposição do mapa de produtividade esperada ao de fertilidade do solo • Aplicação a partir de mapas de recomendação; • Píxel; • Métodos e níveis de sofisticação das recomendações devem ser estabelecidos de acordo com a gestão de cada usuário 23 24 25 26 27 28 29 7. Considerações finais • Mesmo em solos com alta fertilidade, os mapas obtidos pela AP mostram que há variabilidade de fertilidade nas glebas, apontando a necessidade de corretivos em alguns pontos. • O mapeamento da fertilidade do solo pela AP permite mais segurança na interpretação e reco-mendação de corretivos e fertilizantes, proporcionando economia de recursos financeiros. • A Geoestatística é uma ferramenta importante para a análise de dados no âmbito da Agricultura de Precisão. Pode ser usada no planejamento e o desenho de amostragens do solo e planta, na análise da continuidade espacial de atributos do solo e planta e na obtenção de grades interpoladas através da krigagem; • A amostragem de solos utilizando métodos da agricultura de precisão são onerosos, requerem uma quantidade maior de amostras e conhecimento, principalmente em saber correlacionar as variáveis analisadas. 30 Referências utilizadas • MOLIN, José Paulo; DO AMARAL, Lucas Rios; COLAÇO, André. Agricultura de precisão. Oficina de textos, 2015. • CAON, Diovane; GENÚ, Aline M. Mapeamento de atributos químicos em diferentes densidades amostrais e influência na adubação e calagem. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, v. 17, p. 629-639, 2013. • SOUSA, Saulo Saturnino; MOREIRA, Silvino Guimarães; DE CASTRO, Gustavo Franco. Avaliação da fertilidade do solo por Agricultura de Precisão e Convencional. Revista Agrogeoambiental, v. 8, n. 1, 2016. • MONTANARI, Rafael et al. Aspectos da produtividade do feijão correlacionados com atributos físicos do solo sob elevado nível tecnológico de manejo. Revista Brasileira de Ciência do Solo, v. 34, p. 1811-1822, 2010. • MOLIN, José Paulo. Máquinas para aplicação de fertilizantes em taxas variáveis . ESALQ. 31 Obrigado! 32