IFES - Instituto Federal do Espírito Santo
Disciplina: Sistemas Operacionais
Professor: João Paulo de Brito Gonçalves
GARUDA LINUX
SILVA, Pedro Gomes Roberte
MOREIRA, Pedro Lucas Brito
CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM
2023
RESUMO
Os dispositivos eletrônicos na atualidade são difusos por todo espaço,
servem tanto para tarefas simples, como para a coordenação de sistemas que
influenciam diretamente na vida das pessoas. Para tanto, os sistemas operacionais
são a ponte que liga os usuários à máquina, fazendo a tradução da “linguagem de
máquina” para uma língua compreensível. Sendo assim, o presente trabalho tem o
objetivo de esclarecer o funcionamento dos SO’s (Sistemas Operacionais), em
específico a distribuição Garuda Linux, de modo a elucidar conceitos básicos e
avançados do funcionamento e aplicação.
Palavras-chave: Sistema Operacional. Internet. Mundo. Garuda. Aplicação.
ABSTRACT
Electronic devices, currently are essential around the world, being used for
simple works, but in jobs like coordination of systems that influence the life of many
people too. Therefore, the operational systems are the key between the user and the
machine translating the language inserted by the user for the machine to
understand. So, this work has the objective of explaining how this process occurs, by
the study of Garuda Linux, one of many OS’s (Operational Systems), clarifying basic
and advanced concepts of this application and operation.
Keywords: Operational System. Internet. World. Garuda. Application.
2
1.
INTRODUÇÃO
O advento da internet facilitou diferentes aspectos da vida cotidiana, como as
comunicações e as relações entre as pessoas, por exemplo. Consoante ao afirmado
por Netto (2018), a Rede Mundial de Computadores - ou WWW - está presente em
atividades diárias dos cidadãos, empresas e, até mesmo, governos ou Estados.
Essas diversas manipulações feitas com dispositivos e máquinas têm
influência sobre a vida das pessoas, suas rotinas, sua produtividade. Para que toda
essa operação em cadeia aconteça, os Sistemas Operacionais têm seu valor, sendo
a forma de simplificar a utilização dos dispositivos, pois caso contrário, o usuário
teria que entender toda a programação e linguagem de máquina para operá-la.
Portanto, a abrangente utilização de SO’s (Sistemas Operacionais) trás a
necessidade de um trabalho ao qual aborda esses softwares, tanto para leigos,
quanto para técnicos da área que utilizarão esse documento em favor de
conhecimento. Logo, o presente trabalho tem em vista apresentar o Garuda Linux,
uma das diversas distribuições Linux existentes no mercado, mas que possui
características específicas relacionadas à diferentes áreas e aplicações, que
também serão abordadas na obra.
Pensando nisso, esse artigo tem como objetivo realizar uma abordagem
acerca do Garuda Linux. Com o fim de informar esses profissionais da área de
infraestrutura de redes de computadores quanto ao assunto, contribuindo na
maximização dos impactos positivos da sua utilização.
Assim, os objetivos específicos deste artigo são:
● Resumir brevemente o Histórico do Garuda Linux;
● Apresentar o funcionamento do sistema de arquivos;
● Determinar o suporte para multiprogramação e threads;
● Explanar a gestão de memória e usuários.
● Apresentar a interface com o usuário.
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Este trabalho foi construído a partir de análises bibliográficas e testes práticos
sobre o Garuda Linux, seu kernel e funcionamento. Os testes práticos envolveram a
criação de máquinas virtuais através do software Oracle VM Virtual Box para o
entendimento das informações de interface com usuário. A obra foi dividida em
capítulos segregados com o objetivo de abordar os tópicos escolhidos de forma
mais organizada e coesa.
2.
CRIAÇÃO E BASE
Segundo GERMAIN (2021), o Garuda Linux, sediado na Índia, foi criado com
base no sistema Arch em 2020. As distribuições Linux, possuem duas formas de
manutenção, a primeira, que seria o lançamento contínuo de versões, sendo
necessário a reinstalação, ou então o Arch, que de acordo com as atualizações vai
somando àquela instalada inicialmente, diz GERMAIN (2021).
De acordo com DISTROWATCH (2022), o Garuda Linux, diferentemente do
Arch Linux, possui uma interface de instalação gráfica, o Calamares, esse sendo
uma das grandes diferenças entre os dois sistemas, mas não a única. Outras
dessas seriam o sistema de backup nativo, TimeShift, e a grande capacidade de
customização e adaptabilidade do sistema, por exemplo, o Garuda permite ao
usuário controlar exatamente como quer dispor de recursos como CPU, GPU, e
RAM, diz DISTROWATCH (2022).
“Garuda Linux também inclui uma ferramenta GUI chamada Garuda
Assistant para lidar com várias tarefas comuns, como gerenciamento
de drivers e kernels e outras ferramentas GUI para gerenciar opções
de inicialização GRUB e criação de rede e hotspot.” (GERMAIN,
2021)
Sendo assim, o Garuda se diferencia da grande maioria das distribuições
Linux, mas, principalmente, do Arch Linux, por possuir ferramentas de auxílio ao
usuário baseadas em interfaces gráficas, deixando seu uso mais intuitivo e fácil para
os iniciantes.
4
3.
SISTEMA DE ARQUIVOS
O Garuda Linux é um sistema operacional muito novo, desse modo, diversas
tecnologias recentes foram empregadas nele para que suas ferramentas
funcionassem como esperado. Um exemplo disso é o modo como ele trata os
arquivos aos quais o usuário manipula, diferentemente da grande maioria das
distribuições Linux que utilizam o formato EXT4, o Garuda faz sua gravação e leitura
através do formato BTRFS, diz GERMAIN (2021).
A diferença prática entre os dois formatos está no fato de que o primeiro
propõe um sistema de arquivo local simples, enquanto o BTRFS foi desenvolvido
para servidores de alta capacidade e desempenho de gravação e leitura, dispondo
de ferramentas não presentes no EXT4, continua.
Figura 1 - Relação de versões e respectivo sistema de arquivos
FONTE: (DISTROWATCH 2022)
5
4.
MULTIPROGRAMAÇÃO E GESTÃO DE RECURSOS
O Garuda Linux é um sistema operacional com diversas imagens diferentes,
cada uma tendo uma aplicação prática distinta da outra, porém o que (em maioria)
não destoa entre as versões é seu kernel base (o núcleo originário do SO), diz REIS
(2021). Tendo em vista disso, fatores como o funcionamento de processos, ou
multiprogramação está presente em todas as versões, ou seja, mais que uma tarefa
(seja em primeiro ou segundo plano) consegue ser realizada e atualizada através da
divisão do “tempo de processamento” do CPU (Central Processing Unit Processador), continua.
Com relação à gestão de recursos, temos outro componente importante ao
sistema multitarefa, a memória RAM, sendo essa responsável direta pelo
funcionamento da CPU. De acordo com REIS (2021), os requisitos mínimos em
questão de memória para o funcionamento do SO são de cerca de 4GB, o
recomendado está na casa dos 8GB de RAM, ou seja, no geral é um sistema
operacional pesado à maioria das máquinas de entrada, tendo em vista que o
Windows em sua versão 11, recomenda 4GB de RAM.
Com relação aos fatores técnicos da alocação de memória dentro do sistema,
o Garuda segue os parâmetros básicos do kernel Linux, sendo dividida em dois
componentes: gerente primário (alocação e liberação) e gerente secundário
(memória virtual).
4.1.
GERENTE PRIMÁRIO
Conforme GARCIA E SILVA apud. SILBERSCHATZ (2000) o gerente primário
de memória do Linux, é o responsável pela alocação e liberação de espaços e
intervalos na memória para o funcionamento das aplicações, ele funciona através do
algoritmo buddy-heap o qual encontra esses intervalos capazes de alocação ou
liberação de memória.
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“Nesse tipo de alocação, as regiões alocáveis possuem uma
parceira adjacente e sempre que duas regiões parceiras são
liberadas, estas se combinam para construir uma região maior.
Solicitações de pequenos blocos de memória que não puderem ser
satisfeitas por não existir uma pequena região disponível, resultam
na divisão de uma região maior em duas outras parceiras de
tamanho igual, repetindo o processo, se necessário, até que se
consiga uma região do tamanho desejado[...]” (GARCIA E SILVA
apud. SILBERSCHATZ 2000).
Tendo em vista essa informação, o que é possível compreender é que o
algoritmo buddy-heap através de seus cálculos realizará a quebra de unidades
grandes de memória para a execução de processos menores, ou a soma de
pequenas unidades de memória para a execução de processos maiores.
Figura 2 - Funcionamento do buddy-heap
FONTE: (GARCIA, SILVA, 2017)
4.2.
GERENTE SECUNDÁRIO
O gerente secundário é aquele que manipula a memória virtual. “A criação
das páginas de memória virtual sob demanda e a gerência do carregamento dessas
páginas para o disco, ou o descarregamento de volta para o disco, é
responsabilidade desse sistema”(GARCIA, SILVA, 2017) Ou seja, a memória virtual
é aquela que faz a ponte entre os processos em andamento na memória principal
(gerente primário) e os dados gravados em disco permanente, seja para entrada ou
saída.
4.3.
GESTÃO DE USUÁRIOS
De acordo com HOSTMIDIA (2023), os usuários podem ser manipulados de
formas semelhantes aos ambientes Windows, ou seja, mais de um usuário (exceto o
super-usuário “root”, característico do Linux) e criar um grupo de usuários
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(semelhante aos Windows Servers e seus domínios), remetendo ao fato de que o
Garuda foi criado com elementos de SO’s servidores, não clientes.
5.
INTERFACE DE USUÁRIO
A edição XFCE do Garuda Linux usa o ambiente de desktop XFCE, que é
conhecido por ser leve e rápido. O XFCE oferece uma interface gráfica de usuário
completa, incluindo um gerenciador de janelas, um painel com um menu de
aplicativos, uma área de trabalho com ícones e uma série de aplicativos úteis e
ferramentas de configuração, diz ALECRIM (2021). No geral, a interface XFCE é
leve e direcionada ao uso corporativo, pois gerencia bem os recursos como
memória e processamento.
A interface do XFCE é bastante modular e minimalista por padrão, mas é
altamente personalizável. Ela é composta por uma barra de tarefas na parte inferior
(ou superior, dependendo da configuração) que contém um menu de aplicativos,
uma lista de janelas abertas e uma bandeja do sistema. O menu de aplicativos é
semelhante ao menu Iniciar do Windows, permitindo que os usuários naveguem por
suas aplicações instaladas e configurações do sistema. O XFCE também inclui um
gerenciador de janelas, chamado XFWM, que controla a aparência das janelas de
aplicativos, fornece decoração de janelas e manipula como as janelas são
organizadas e exibidas.
Além disso, o XFCE vem com uma série de aplicativos próprios que seguem
a filosofia de serem leves e rápidos. Isso inclui o Thunar (um gerenciador de
arquivos), o XFCE Terminal, o Ristretto (um visualizador de imagens), e o Mousepad
(um editor de texto), entre outros.Um dos principais pontos fortes do XFCE é a
capacidade de personalizar quase tudo ao seu gosto.
6.
DESCRIÇÃO DE ESCOPO DO EXPERIMENTO
Este capítulo apresenta o passo-a-passo feito para os testes práticos do
funcionamento do Garuda Linux, para tal os testes consistiam em abrir o sistema
operacional e testar suas funcionalidades. O experimento foi realizado com uma
máquina virtual simples, como pode ser observado na Figura 3.
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Figura 3 - Tela inicial do Garuda Linux
FONTE: Autoria Própria, 2023
Na Figura 4, é possível visualizar o menu iniciar do Garuda e seus elementos
e ferramentas “standard”, ou seja, que vem como padrão na instalação.
Figura 4 - Menu iniciar do Garuda Linux
FONTE: Autoria Própria, 2023
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Foi realizado, por último, a aplicação do comando "FastFetch", no terminal do
SO, esse comando tem por razão informar ao usuário as configurações e definições
que o dispositivo têm, bem como o hardware da máquina, podendo ser visto na
Figura 5.
Figura 5 - Aplicação e resultado do comando "FastFetch"
FONTE: Autoria Própria, 2023
7.
CONCLUSÃO
Em suma, tendo em vista os conteúdos discutidos durante o trabalho, é
perceptível que puderam ser atingidos os objetivos estabelecidos de explanar sobre
o sistema operacional Garuda Linux.
Sendo assim, como conclusão temos o fato de que o Garuda é um software
inovador, pois com sua recente formulação, implementou diferentes ferramentas,
não só de SO’s clientes, mas também de servidores, o que em questão de
gerenciamento leva à uma vantagem de desempenho sobre outras distribuições
Linux, ou outras vertentes. Outro fator, é que o Garuda diversifica sua aplicação de
forma inteligente, ou seja, por possuir diferentes versões, é possível selecionar de
maneira específica àquela que atende à sua demanda.
Ademais, para bem ilustrar as comprovações teóricas, foi aplicado um
cenário prático, ao qual as ferramentas foram expostas e comprovadas, para isso foi
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utilizado o programa VMWARE VIRTUAL BOX, o qual foi criada uma máquina virtual
com o intuito de realizar essas comprovações.
Portanto, espera-se que esse trabalho sirva de apoio para apresentar o
Garuda Linux aos usuários, explicando-o brevemente, bem com uma rápida
elucidação a respeito de suas funções, também sua viabilidade, bem como sua
estrutura e importância na aplicabilidade nas redes, assim auxiliando o leitor a
compreendê-lo, e ser capaz de aplicá-lo. Além disso, as questões abordadas neste
trabalho podem servir de base, como material, para futuros trabalhos nessa área,
como trabalhos acadêmicos, e/ou a reprodução da prática apresentada em um
cenário real.
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REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
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<https://tecnoblog.net/noticias/2021/03/02/xfce-ambiente-grafico-desktop-linux-melh
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<https://distrowatch.com/garuda> Acesso em: 17/06/2023
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Aplicação no Sistema. Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC).
Criciúma-SC, 2017. Disponível
em:<https://periodicos.unesc.net/ojs/index.php/sulcomp/article/download/2079/1970/
6276> Acesso em: 17/06/2023
GERMAIN, Jack M. Garuda Desktops Put a New Spin on Linux Looks. ECT
News Network, Estados Unidos, 2021. Disponível em:
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HOSTMIDIA.Tudo sobre ambientes gráficos Linux: KDE, Gnome, XFCE. Brasil,
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NETTO, Ricardo Hey. Internet protocol version 6 (IPv6). Universidade Tecnológica
Federal do Paraná, Curitiba, 2018. Disponível em:
<http://repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/13204/1/CT_CEREC_I_2018_0
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