Transtorno de Pânico e Agorafobia: um estudo de caso Psicopatologia Clínica - A02 Discentes: Bruna Leite e Renata Montes Professora: Paula Resumo Teórico Castigos e coerções são comuns em nossa sociedade. Porém, às vezes elas se tornam excessivas ou insuportáveis, e as pessoas através delas experienciam estados emocionais negativos; O estado corporal sentido nesse caso é a ansiedade. Cabe ao terapeuta demonstrar a ação dos eventos aversivos na vida do cliente e levá-lo a discriminar como eles adquiriram suas funções. Transtorno de Pânico x Agorafobia O DSM (IV TR / V TR) define o transtorno de pânico pela presença de ataques de pânico recorrentes e inesperados seguidos pela preocupação persistente sobre possíveis ataques futuros e implicações comportamentais relacionadas ao ataque. O manual define agorafobia pela ansiedade de estar em locais de onde pode ser difícil fugir ou não haver ajuda disponível no caso de ter um ataque de pânico. Caso Clínico H., M, 53, casada com um adm de empresas desempregado, três filhos; Pai: uma pessoa rígida, verbalmente abusiva, perfeccionista. Mãe: dócil, dependente, passiva, prestativa e sem ambições; Família com dificuldades financeiras; Ligeira tontura, aumento da sua frequência cardíaca, tremores e transpiração excessiva. Caso Clínico Com o agravamento das manifestações, ela deixara de sair de casa. Um dia saiu com carro e teve a sensação de que ia morrer; Realizou exames médicos de rotina e foi diagnosticada com "distúrbio neurovegetativo" Após procurou um cardiologista e um psiquiatra, sem sucesso. Inicia o acompanhamento terapêutico Acompanhamento Terapêutico Queixa inicial: taquicardia, sudorese, tonturas, tremores,sensação de morte, problemas de sono, dificuldade de concentração etc; Terapia Comportamental (técnicas de relaxamento muscular progressivo, hiperventilação como exercício de exposição interoceptiva, treino respiratório etc. Orientada a praticar o relaxamento em casa pelo menos 3x ao dia. Sessão de Terapia Sessão de Terapia Foi solicitado como tarefa de casa, um registro diário de pânico no qual ela deveria relatar datas, eventos antecedentes, seus comportamentos frente a estes eventos e suas conseqüências. De posse desses registros, a terapeuta construiu, juntamente com Helena, os elos entre o evento antecedente, as respostas fisiológicas e o conteúdo de seus relatos verbais sobre suas próprias sensações corporais. Helena foi instruída a se auto observar nas suas atividades diárias. Helena deveria continuar a fazer seu registro diário de pânico no sentido de discriminar seus sinais corporais e a seqüência de seus ataques. Foi instruida a construir uma hierarquia de ansiedade com uma lista de eventos perturbadores relacionados ao trânsito, onde fez uma lista de eventos que causam ansiedade e dá uma nota de 0 a 100 de acordo com o grau de ansiedade que se experimenta diante daquele evento. Considerações Finais No ambiente terapêutico, é possível observar que pessoas que vivenciam ataques de pânico apresentam também medos específicos em relação à saúde. Ilustração dos comportamentos típicos de uma pessoa que evita situações que evocam sensações corporais desagradáveis.