INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO ESPÍRITO SANTO LICENCIATURA EM INFORMÁTICA LUÍS SALVADOR POLDI GUIMARÃES PROPOSTA DE IMPLANTAÇÃO DE RECONHECIMENTO DE IMAGEM E BANCO DE DADOS UTILIZANDO REDES NEURAIS ARTIFICIAIS E SUA APLICABILIDADE NA EDUCAÇÃO CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM-ES 2022 LUÍS SALVADOR POLDI GUIMARÃES PROPOSTA DE IMPLANTAÇÃO DE RECONHECIMENTO DE IMAGEM E BANCO DE DADOS UTILIZANDO REDES NEURAIS ARTIFICIAIS E SUA APLICABILIDADE NA EDUCAÇÃO Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Coordenadoria do Curso de Licenciatura em Informática do Instituto Federal do Espirito Santo, Campus Cachoeiro e Itapemirim, como requisito parcial para a obtenção do titulo de professor Licenciado em Informática. Orientador: Prof. Ventorim Nunes CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM-ES 2022 MSc. Daniel José LUÍS SALVADOR POLDI GUIMARÃES PROPOSTA DE IMPLANTAÇÃO DE RECONHECIMENTO DE IMAGEM E BANCO DE DADOS UTILIZANDO REDES NEURAIS ARTIFICIAIS E SUA APLICABILIDADE NA EDUCAÇÃO Monografia apresentada à Coordenadoria do Curso de Licenciatura em Informática do Instituto Federal do Espirito Santo, Campus Cachoeiro de Itapemirim, como requisito parcial para a obtenção do título de professor Licenciado em Informática Aprovado em 26 de abril de 2022. COMISSÃO EXAMINADORA ____________________________________________ Me. Daniel José Ventorim Nunes Instituto federal do Espírito Santo – Cachoeiro de Itapemirim Orientador ____________________________________________ Dr. Edmundo Rodrigues Junior Instituto federal do Espírito Santo – Cachoeiro de Itapemirim ____________________________________________ Dr. Raul de Souza Brandão Instituto federal do Espírito Santo – Cachoeiro de Itapemirim MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO INSTITUTO FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO SISTEMA INTEGRADO DE PATRIMÔNIO, ADMINISTRAÇÃO E CONTRATOS FOLHA DE ASSINATURAS Emitido em 28/04/2022 FOLHA DE APROVAÇÃO-TCC Nº 3/2022 - CAI-CCLI (11.02.18.01.08.02.06) (Nº do Protocolo: NÃO PROTOCOLADO) (Assinado digitalmente em 28/04/2022 15:14 ) DANIEL JOSE VENTORIM NUNES (Assinado digitalmente em 28/04/2022 18:19 ) EDMUNDO RODRIGUES JUNIOR PROFESSOR DO ENSINO BASICO TECNICO E TECNOLOGICO CAI-CCLI (11.02.18.01.08.02.06) Matrícula: 1918045 PROFESSOR DO ENSINO BASICO TECNICO E TECNOLOGICO CAI-CCTI (11.02.18.01.08.02.07) Matrícula: 1670128 (Assinado digitalmente em 28/04/2022 15:52 ) RAUL DE SOUZA BRANDAO PROFESSOR DO ENSINO BASICO TECNICO E TECNOLOGICO CAI-CCSI (11.02.18.01.08.02.13) Matrícula: 2764324 Para verificar a autenticidade deste documento entre em https://sipac.ifes.edu.br/documentos/ informando seu número: 3, ano: 2022, tipo: FOLHA DE APROVAÇÃO-TCC, data de emissão: 28/04/2022 e o código de verificação: 72d139eeb7 RESUMO A identificação de imagens por fotografia junto a um banco de dados é uma atividade complexa como material de análise. Faz-se necessário, então, o uso de ferramentas computacionais e matemáticas para abordar o problema de maneira satisfatória. Neste contexto, o objetivo deste trabalho é avaliar a eficiência na aplicação de redes neurais artificiais como forma de prever e resolver esse problema. Futuramente, caso o estudo se apresente satisfatório, vislumbra-se a possibilidade de desenvolvimento de um equipamento de análise para ser direcionado para a Educação, com o qual a sua utilização poderá ser realizada diretamente na escola ou mesmo no campo de pesquisa de maneira portátil e com baixo custo, agregando mobilidade e agilidade à execução dessa tarefa através de analogias biológicas educacionais. Qual seja, a comparação de pixel de imagem com as imagens retidas nos bancos de dados somados a testes estatísticos de previsão e correlação. Por exemplo, ao se avistar uma jabuticabeira o cérebro humano nos informa que aquela visão trata-se de um pé de jabuticaba. E que o pé de jabuticaba não se confunde com um pé de goiabeira. Como o cérebro identifica estas formas? É o que se deseja fazer com as redes neurais só que agora de forma artificial e não biológica. Como se pode notar a pesquisa deve se direcionar para uma área da heurística, da topologia e da teoria de grupos. Que vão formar o grande grupo denominado de neurocomputação com foco nas técnicas de reconhecimento de padrões, processamento de imagens, sistemas de controle, robótica, análise estatística e identificação e previsão de eventos que vão formar sistemas. A identificação de uma pessoa é mais fácil quando se tem acesso às suas características, cor de olhos, formato de cabeça. No entanto, esse trabalho torna-se menos complexo quando se aplica o seu foco para a educação. Mesmo técnicos especializados possuem dificuldades em distinguir um estudante de outro, visto a enorme variedade de pessoas e caráter existentes. Em geral, no processo de identificação, são analisadas as características macroscópicas (olhos, habilidade da escrita, uso de palavras técnicas, domínio de idiomas etc.) e microscópicas composição dos tatos, tipo e disposição das cabeças, presença de tatuagens, detalhes da pupila entre outras características de silhuetas, exigindo do especialista tempo e conhecimento. Dentre as novas tecnologias que estão sendo utilizadas na identificação de alunos há a comparação de imagens através de imagem de seu rosto, olhos, detalhes, a qual pode fornecer um conjunto de informações de pixels para uma determinada faixa de área. Palavras-chave: Ferramentas computacionais, tratamento de imagens, Rede Neurais Artificiais. ABSTRACT The identification of images by photography in a database is a complex activity as an analysis material. It is therefore necessary to use computational and mathematical tools to satisfactorily address the problem. In this context, the objective of this work is to evaluate the efficiency in the application of artificial neural networks as a way to predict and solve this problem. In the future, if the study proves to be satisfactory, the possibility of developing an analysis equipment to be directed to Education is envisaged, with which its use can be carried out directly at school or even in the field of research in a portable and with low cost, adding mobility and agility to the execution of this task through educational biological analogies. That is, the comparison of the image pixel with the images held in the databases added to statistical tests of prediction and correlation. For example, when seeing a jabuticaba tree, the human brain informs us that that vision is a jabuticaba tree. And that the jabuticaba tree is not to be confused with a guava tree. How does the brain identify these shapes? This is what we want to do with neural networks, only now in an artificial and not biological way. As can be seen, the research should be directed to an area of heuristics, topology and group theory. That will form the large group called neurocomputing with a focus on pattern recognition techniques, image processing, control systems, robotics, statistical analysis and identification and prediction of events that will form systems. Identifying a person is easier when you have access to their characteristics, eye color, head shape. However, this work becomes less complex when its focus is applied to education. Even specialized technicians have difficulties in distinguishing one student from another, given the enormous variety of people and character that exist. In general, in the identification process, macroscopic characteristics (eyes, writing skills, use of technical words, language skills, etc.) and microscopic composition of tacts, type and arrangement of heads, presence of tattoos, pupil details are analyzed. among other characteristics of silhouettes, demanding time and knowledge from the specialist. Among the new technologies that are being used in the identification of students there is the comparison of images through the image of their face, eyes, details, which can provide a set of pixel information for a given area range. Keywords: Computational tools, image processing, Artificial Neural Networks. SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 9 1.1 A APRESENTAÇÃO DO PROBLEMA .............................................................. 9 1.2 OBJETIVOS DO TRABALHO .......................................................................... 10 1.2.1 Objetivo Geral ............................................................................................. 10 1.2.2 Objetivos Específicos ................................................................................ 10 1.3 JUSTIFICATIVA .............................................................................................. 11 2 REDES NEURAIS ARTIFICIAIS ........................................................................ 12 2.1 O NEURÔNIO ARTIFICIAL ............................................................................. 13 2.2 APRENDIZADO ............................................................................................... 15 2.2.1 Aprendizado Supervisionado .................................................................... 16 2.2.2 Aprendizado não-supervisionado............................................................. 17 3 PROCESSAMENTO DE IMAGENS ................................................................... 17 3.1 MÉTODOS DE ANÁLISE DE NITIDEZ ........................................................... 27 4 A APLICAÇÃO NA EDUCAÇÃO ....................................................................... 29 5 RESULTADOS ESPERADOS ........................................................................... 30 REFERÊNCIAS ..................................................................................................... 32 9 1 INTRODUÇÃO 1.1 A APRESENTAÇÃO DO PROBLEMA A correta identificação de pessoas é importante em várias áreas, como na indústria, na construção civil, no comércio, na preservação ambiental, na educação entre outras. Ainda hoje, o reconhecimento é feito por especialistas através de exame manual o que pode ser uma tarefa com alto grau de dificuldade e subjetividade. Dessa forma, a aplicação de ferramentas computacionais para otimizar e minimizar o tempo e apresentar dados confiáveis desse processo tornam-se atraentes para abordar este tipo de problema. A área de visão computacional estuda o desenvolvimento de sistemas cuja meta é analisar e interpretar imagens, visando a obtenção de informações relevantes e confiáveis a partir destas. É uma área ainda em desenvolvimento e que encontra ainda algumas dificuldades para a resolução do problema em pauta. O reconhecimento do grau de curvaturas das lentes usadas nos óculos por sistemas computacionais envolve infinitos problemas, como a dificuldade de obtenção de uma base de imagens; o alto custo de equipamentos para aquisição e análise de amostras; escassez de técnicas computacionais eficientes no reconhecimento de alunos, na correção automática das provas, nas possibilidades estatísticas referentes a notas. No que tange à obtenção de uma base de dados, a escassez de amostras de cada espécie, dada a enorme diversidade, representa um entrave para formar os conjuntos necessários de imagens para treinamento, teste e validação do software. Além disso, estes são geralmente obtidos a partir de equipamentos de alto custo e pouca mobilidade, dificultando, ou mesmo impedindo que amostras sejam adquiridas diretamente em campo. Visando contribuir nessa área de pesquisa, o presente trabalho pretende empregar recursos de visão computacional e redes neurais artificiais para avaliar sua eficiência na resolução do problema no tocante a educação. Procura-se com a descrição deste texto fornecer uma visão geral da área de PDI, tendo como um dos objetivos despertar, por parte de pesquisadores brasileiros de 10 nível técnico e superior, o interesse pela área. Outro objetivo foi o de permitir uma reciclagem ou um primeiro contato de profissionais dos diferentes setores da educação, cujas atividades envolvam alguma informação baseada em imagens e banco de dados. Por se tratar de uma área bastante ampla, não foi possível incluir todos os possíveis tópicos relevantes, mas procurou-se fornecer um mínimo de detalhes associados a cada etapa de processamento em um sistema típico de PDI, da aquisição à classificação. Para aqueles interessados em se aprofundar nos tópicos pouco explorados, e.g. segmentação, extração de características e classificação, ou em outros tópicos igualmente importantes que não puderam ser incluídos neste documento por restrições de espaço, e.g. transformações geométricas, representação no domínio da frequência (transformada de Fourier e Wavelets), técnicas de compressão, dentre muitos outros. 1.2 OBJETIVOS DO TRABALHO Verificar se a utilização de redes neurais artificiais como técnica de reconhecimento de imagens pode ser útil na identificação ou discriminação no tocante a educação através da análise do perfil de cada aluno. 1.2.1 Objetivo Geral Utilizar redes neurais como ferramenta de identificação de alunos procurando selecionar e agrupá-los por agentes psicológicos. Separando-os por comportamentos: agressivos, calmo, inteligente, com dificuldades, uso da visão e óculos, audição, altura, postura entre outras variáveis. 1.2.2 Objetivos Específicos Analisar e comparar o desempenho de diferentes implementações de rede neurais artificiais para classificação dos alunos, como sexo, presença de tatuagens, pircings, e aspectos neurais: inteligência, assiduidade, medição do tempo de concentração de cada um, testes de agilidade e motricidade; Futuramente desenvolver equipamento de baixo custo e alta mobilidade para minimizar o tempo e o custo de análise. 11 1.3 JUSTIFICATIVA Ao presenciar um Conselho de Classe percebi quanta informação são lançadas fora. O professor traça uma anamnese do aluno e esses dados não são registrados através de um banco de dados. Características de comportamento, assiduidade, percepção, inquietude, indisciplinas entre outros nada disso é registrado num banco de dados escolar. A Escola oferece um ambiente para uma anamnese completa. Juntando todas estas informações num banco de dados têm-se infinitas variáveis para análise futura de um caráter. Quais as características de um gênio? De um psicopata, de um engenheiro de um médico? Perde-se tudo isto por não se dispor de um banco de dados e um banco de imagens na Escola. Imagine se tivesse todos os dados do Bolsonaro num banco de dados? Poder-seia estudar o perfil de um aluno que teria chance de ser um Presidente do Brasil. Obter maior agilidade no auxílio à identificação de alunos. Tipo ágeis, mole, espertos, atenciosos, educados, relação com os pais entre outros. Embora a rede neural possa não ser capaz de dar uma resposta exata, uma aproximação, já facilita a análise ao indicar uma maior probabilidade de que uma amostra de alunos possa ser agrupados de acordo com alguma característica. Seja de determinado grupo ético seja de pais separados, pais casados direitinhos, pais empregados, uso de drogas. Destacar semelhanças/padrões entre as amostras analisadas. E como se investiga também a possibilidade de utilização em computadores portáteis para serem usados dentro da sala de aula. Em conjunto com equipamentos que não necessitem de tratamento da amostra, conferindo agilidade na análise bem como mobilidade do instrumental através da aplicação de redes neurais, já que uma RNA possui capacidade de adquirir experiência e aperfeiçoar seu desempenho, baseando-se em dados reais para gerar um modelo genérico, objetivando a identificação de padrões nesses dados. 12 2 REDES NEURAIS ARTIFICIAIS A área de redes neurais artificiais (RNAs), também conhecidas como conexionismo ou sistemas de processamento paralelo e distribuído é uma forma de computação não algorítmica e caracteriza-se por sistemas que aparentam a estrutura do cérebro humano. RNAs são sistemas paralelos distribuídos compostos por unidades de processamento simples (neurônios artificiais) que calculam determinadas funções matemáticas. Tais unidades são dispostas em uma ou mais camadas e interligadas por um grande número de conexões, geralmente unidirecionais. Na maioria dos modelos essas conexões estão associadas a pesos, os quais armazenam o conhecimento adquirido pelo modelo e servem para ponderar a entrada recebida por cada neurônio da rede. Tipicamente, uma RNA é organizada de modo que uma camada seja a de entrada, que recebe entradas a serem classificadas. Essas entradas provocam a ativação de alguns neurônios na camada de entrada e estes neurônios, por sua vez, enviam sinais aos neurônios aos quais estão conectados, alguns dos quais também ativam e assim em diante. Deste modo, um padrão complexo de ativações é organizado pela rede, resultando finalmente, na ativação de alguns neurônios na camada de saída. As conexões entre os neurônios são ponderadas e, ao modificar estes pesos, a rede neural pode ser organizada para realizar tarefas de classificação extremamente complexas, tais como análise de caligrafia e reconhecimento de imagens. A solução de problemas por meio de RNAs é bastante atrativa, pois da forma que estes são representados internamente pela rede e o paralelismo natural inerente à arquitetura das RNAs apresentam a possibilidade de um desempenho superior ao de modelos convencionais. Em RNAs, o procedimento usual na solução de problemas se inicia por uma fase de aprendizagem, na qual um conjunto de exemplos é apresentado para a rede, que extrai as características necessárias para representar a informação fornecida. Posteriormente, estas características são utilizadas para gerar respostas para o problema. As RNAs são capazes de extrair informações não apresentadas de forma explícita através dos exemplos. Além disso, são capazes de atuar como 13 mapeadores universais de funções multivariáveis, com custo computacional que cresce apenas linearmente com o número de variáveis. Outra importante característica é a capacidade de auto-organização e de processamento temporal. Todas estas características fazem das RNAs uma ferramenta computacional atrativa para a solução de problemas complexos. Como se pode então observar dos enunciados acima uma Rede Neural Artificial é um modelo matemático inspirado na neurobiologia, cujo objetivo é representar a cognição humana ou o neurônio biológico de forma generalizada. Considera-se generalização o fato da RNA produzir saídas adequadas para entradas que não estavam presentes no seu treinamento (fase de aprendizagem). Sua principal propriedade é a capacidade de aprender a partir do meio e de aperfeiçoar o seu desempenho de forma ordenada, a fim de atingir um objetivo estabelecido. O processo de aprendizagem ocorre de forma iterativa e consiste nos ajustes aplicados aos pesos sinápticos e níveis de bias, que são análogos às intensidades dos sinais de sinapses dos neurônios biológicos. Esses ajustes fazem com que a rede torne-se mais instruída sobre seu ambiente após cada iteração do algoritmo de aprendizagem. De forma genérica pode-se dizer que aprendizagem é um procedimento onde os pesos e bias são adaptados através de estímulos oriundos do ambiente ao qual a rede está inserida, sendo que o tipo de aprendizagem é determinado pelo modo como ocorre a modificação desses parâmetros (OLIVEIRA et al, 2015). 2.1 O NEURÔNIO ARTIFICIAL As RNAs tentam reproduzir as funções das redes neurais biológicas, buscando implementar seu comportamento funcional e sua dinâmica. Como características comuns entre estes dois tipos de redes, pode-se citar que ambos são baseados em unidades de computação paralela e distribuída que se comunicam por meio de conexões sinápticas, possuem detectores de características, redundâncias, e modularização das conexões. Essas características comuns permitem às RNAs reproduzir com fidelidade várias funções cognitivas e motoras dos seres humanos. O neurônio artificial é um modelo 14 simplificado do neurônio biológico. Tais modelos inspirados a partir da análise da geração e propagação de impulsos elétricos pela membrana celular dos neurônios. São modelo não-lineares, fornecem saídas tipicamente contínuas, e realizam funções simples, como coletar sinais existentes em suas entradas, agregá-los de acordo com a sua função de ativação. Sinais de entrada { X1, X2, …, Xn }: São os sinais externos normalmente normalizados para incrementar a eficiência computacional dos algoritmos de aprendizagem. Pesos sinápticos { W1, W2, …, Wn }: São valores para ponderar os sinais de cada entrada da rede. Combinador linear { Σ }: Agregar todos sinais de entrada que foram ponderados pelos respectivos pesos sinápticos afim de produzir um potencial de ativação. Limiar de ativação { Θ }: Especifica qual será o patamar apropriado para que o resultado produzido pelo combinador linear possa gerar um valor de disparo de ativação. Potencial de ativação { u }: É o resultado obtido pela diferença do valor produzido entre o combinador linear e o limiar de ativação. Se o valor for positivo, ou seja, se u ≥ 0 então o neurônio produz um potencial excitatório; caso contrário, o potencial será inibitório. Função de ativação { g }: Seu objetivo é limitar a saída de um neurônio em um intervalo de valores. Sinal de saída { y }: É o valor final de saída podendo ser usado como entrada de outros neurônios que estão sequencialmente interligados. 15 2.2 APRENDIZADO Uma das características mais importantes das RNAs é sua capacidade de aprender por meio de exemplos. Na abordagem conexionista, o conhecimento não é adquirido através de regras explícitas como na Inteligência Artificial simbólica, mas através de ajuste das intensidades das conexões entre os neurônios. A etapa de aprendizado consiste em um processo iterativo de ajuste de parâmetros da rede, os pesos das conexões, que guardam, ao final do processo, o conhecimento que a rede adquiriu do ambiente externo. Uma definição geral do que vem a ser aprendizado pode ser expresso da seguinte forma [MM70]: Aprendizado é o processo pelo qual os parâmetros livres de uma rede neural são ajustados por meio de uma forma continuada de estímulo pelo ambiente externo, sendo o tipo específico de aprendizado definido pala maneira particular como ocorrem os ajustes dos parâmetros livres. É importante ressaltar que o conceito de aprendizado está relacionado com a melhoria do desempenho da rede segundo algum critério estabelecido. O erro quadrático médio da resposta da rede em relação ao conjunto de dados fornecido pelo ambiente, por exemplo, é utilizado como critério de desempenho pelos algoritmos de correção de erros. Assim quando esses algoritmos são utilizados nos treinamentos de RNAs, espera-se que o erro diminua à medida que o aprendizado prossiga. Os algoritmos de aprendizado diferem basicamente na forma como o ajuste dos pesos é calculado. Há vários algoritmos diferentes para treinamento de redes neurais, podendo os mesmos serem agrupados em dois paradigmas principais: aprendizado supervisionado e aprendizado não-supervisionado. 16 2.2.1 Aprendizado Supervisionado Redes de aprendizado supervisionado aprendem ao serem apresentadas a dados de treinamento pré-classificados. A aprendizagem se dá ao serem modificados os pesos das conexões de suas redes, para classificar mais precisamente os dados de treinamento. Deste modo, em muitas situações, redes neurais são capazes de generalizar, com grande grau de precisão, a partir de um conjunto de dados de treinamento, chegando ao conjunto completo de entradas possíveis. Um dos métodos mais comumente usados para o aprendizado supervisionado é retropropagação. Aprendizado supervisionado exige a existência de um supervisor, ou professor externo, o qual é responsável por estimular as entradas da rede por meio de padrões de entrada e ao observar a saída calculada pela mesma, comparando-a com a saída desejada. Como a resposta da rede é função dos valores atuais do seu conjunto de pesos, estes são ajustados de forma a aproximar a saída da rede da saída desejada. Para cada padrão de entrada, a rede tem sua saída corrente comparada com a saída desejada pelo supervisor, que fornece informações sobre a direção de ajuste dos pesos. A minimização da diferença é incremental, já que pequenos ajustes são feitos nos pesos a cada etapa de treinamento, de tal forma que caminhem, se houver solução possível, para uma solução. O aprendizado supervisionado se aplica a problemas em que se deseja obter um mapeamento entre padrões de entrada e saída. Os exemplos mais conhecidos de algoritmos para aprendizado supervisionado são a regra delta [WH60] e a sua generalização para redes de múltiplas camadas, o algoritmo back-propagation [RHW86]. O aprendizado supervisionado pode ser implementado basicamente de duas formas: off-line e on-line. Para treinamento off-line, os dados do conjunto de treinamento não mudam, e, uma vez obtida uma solução para a rede, esta deve permanecer fixa. Caso novos dados sejam adicionados, um novo treinamento, envolvendo também os dados anteriores, deve ser realizado para se evitar interferência no treinamento anterior. Por sua vez, no aprendizado on-line o 17 conjunto de dados muda continuamente, e a rede deve estar em um contínuo processo de adaptação. 2.2.2 Aprendizado não-supervisionado Métodos de aprendizado não-supervisionado aprendem sem qualquer intervenção humana, não há um professor ou supervisor externo para acompanhar o processo de aprendizado. Neste esquema de treinamento somente os padrões de entrada estão disponíveis para a rede, ao contrário do aprendizado supervisionado, cujo conjunto de treinamentos possui pares de entrada e saída. Durante o processo de aprendizado os padrões de entrada são apresentados continuamente à rede, e a existência de regularidades nesses dados faz com que o aprendizado seja possível. Regularidade e redundância nas entradas são características essenciais para haver aprendizado não-supervisionado. O aprendizado não-supervisionado se aplica a problemas que visam a descoberta de características estatisticamente relevantes nos dados de entrada, em que estes precisem ser classificados ou agrupados em um conjunto de classificações que não são conhecidas previamente. No entanto, neste tipo de aprendizado não existe um supervisor externo, sendo o ajuste dos pesos feito independentemente de qualquer critério de desempenho da resposta da rede, por meio de um mecanismo local às sinapses. 3 PROCESSAMENTO DE IMAGENS Nos últimos anos as RNAs ganharam popularidade como ferramenta alternativa e às vezes complementar as técnicas clássicas de reconhecimento de imagens. Nessa área, a aplicação das RNAs envolvem reconhecimento de caracteres escritos à mão, compactação de dados, análise de componentes independentes, codificação, entre outros. Em reconhecimento de imagens, os problemas requerem o tratamento de imagens de alta definição com uma grande quantidade de informação adicional, como coloração e posicionamento no espaço tridimensional. O tratamento desses problemas com RNAs frequentemente requer a utilização de técnicas convencionais de processamento de imagens para pré-processar os 18 dados e então apresentá-los de uma maneira tratável para a rede. A visão computacional que utiliza RNAs encontra aplicações nas mais diversas áreas: o reconhecimento de faces para sistemas de identificação criminal, e o controle de qualidade em linhas de produção são dois exemplos. Embora abordagens em que a imagem completa é analisada têm sido bastante utilizadas com RNAs, surge o problema da dimensionalidade. Cottrel e Fleming (1990 in CARLOS JÚNIOR, 2011), em seu trabalho utilizam imagens de 64 por 64 pixels, resultando em RNAs com 4.096 entradas. E o número de entradas da RNA cresce de forma quadrática com as dimensões das imagens de entrada. Isso se torna um problema crítico em resoluções mais altas, o que restringe a utilização de RNAs a situações em que há um pré-processamento, para redução de dimensão da informação de entrada. Este é o caso, por exemplo, de abordagens como a de projeção em escala de cinza. Boçois (2012 in OLIVEIRA, 2013) desenvolveu uma Rede Neural com arquitetura de Kohonen para a identificação de seis doenças dermatológicas (Impetigo, Cromoblastomicose, Esporotricose, Herpes Labial, Larva Migrans Cutânea e Leishmaniose Tegumentar) a partir das características da lesão apresentada pelo paciente. Para a identificação dos agrupamentos foi utilizado o método de visualização da U-matriz e o sistema descritor RGB. A rede obteve um acerto geral de 94,5% no conjunto de testes. Demonstrando que o emprego de redes neurais são viáveis para o reconhecimento de sistemas por fotografias. Paula Filho (2012) também elaborou um protocolo comparativo entre diversos métodos de classificação, não necessariamente fazendo uso de Redes Neurais, mediante a análise de imagens macroscópicas de madeira cortada. Foram construídas duas bases de imagens (obtidas em campo e em laboratório) a partir de amostras de madeira de espécies florestais encontradas no território nacional. Os atributos extraídos, de acordo com o protocolo proposto, foram avaliados por técnicas como análise de cor, Gray-level Co-occurrence Matrices, histograma de borda, Fractais e filtro Gabor. Os resultados foram de 95,82% de acerto para imagens colhidas em campo e 99,49% para as imagens obtidas em laboratório. Estes resultados demonstram que se pode confiar nos resultados informáticos 19 assistidos por computadores no tocante a reconhecimento de imagens de parênquimas. Pinto Junior et al. (2006) proporam uma RNA para identificar classes de defeitos de madeira serrada de eucalipto em imagens digitais, utilizando-se como características os percentuais das bandas do vermelho, verde e azul detectados por uma câmera especial dotada de filtro RGB. Os resultados variam de 76,6% a 83,1% de acerto, dependendo do tamanho dos blocos de madeira analisados. Labati et al. (2009 in OLIVEIRA, 2013) desenvolveram um mecanismo para classificação de alguns tipos de madeira, utilizadas na fabricação de painéis, a partir dos espectros de infravermelho captados por filtros ópticos de baixo custo acoplados a um conjunto de fotodetectores. A ideia é treinar uma rede para identificar se a madeira utilizada é adequada para a fabricação de painéis e juntála a um sistema de reconhecimento eletrônico. Faz-se incidir um feixe de laser sobre a amostra e fotodetectores com filtros nas cores vermelho, verde e azul captam as frequências de infravermelho associadas. Dentre as duas situações de teste propostas, o melhor desempenho atingiu precisão, no reconhecimento, superior a 97%. Esteban et al. (2009 IN oliveira, 2013) foi utilizada uma Rede Neural do tipo Perceptron com Backpropagation com regularização Bayesiana para a identificação de dois tipos de madeira de árvores nativas das Ilhas Canárias, Juniperus cedrus e J. phoenicea. Como essas duas espécies apresentam características anatômicas similares, a ideia da rede desenvolvida foi utilizar, em conjunto, atributos biométricos e anatômicos para classificação. O percentual de sucesso atingido no reconhecimento foi de 92%. Packianather e Drake (2000 in OLIVEIRA, 2013) aplicaram uma RNA com o objetivo de identificação de falhas em madeira laminada colada (em inglês plywood) produzidas por uma indústria de beneficiamento. A ideia é que um sistema computadorizado possa fazer a identificação de 12 tipos de falhas poupando recursos humanos para tal tarefa. O trabalho resultou numa precisão de 86,5% e numa diminuição no tempo de identificação se comparado com classificadores humanos. 20 Jordan et al. (1998) utilizou as respostas elásticas, devido à excitação ultrassônica da madeira, para treinar uma RNA com o objetivo de classificar sua origem entre os quatro diferentes espécimes de árvores utilizadas. Foi utilizada uma RNA do tipo MLP (Multilayer Perceptron) com 3 camadas. O modelo teve desempenho aproximado de 97% na classificação das espécies. Bremananth et al. (2009) as diferenças nas características presentes nas cascas de espécies distintas de árvores foram utilizadas para treinar uma RNA como ferramenta de classificação. As informações para treinamento da rede foram obtidas pela análise da imagem das suas cascas mediante técnicas como Graylevel Cooccurrence Matrices (GLCM) e passaram por um tratamento estatístico com PCA (Principal Component Analisys). Quatro espécies de árvores, nativas da América do Norte, foram utilizadas no trabalho. O resultado atingiu 97% de precisão. Em fim, de acordo com as várias citações acima se pode concluir que o Processamento Digital de Imagens (PDI) não é uma tarefa simples, na realidade envolve um conjunto de tarefas interconectadas. Tudo se inicia com a captura de uma imagem, a qual, normalmente, corresponde à iluminação que é refletida na superfície dos objetos, realizada através e um sistema de aquisição. Após a captura por um processo de digitalização, uma imagem precisa ser representada de forma apropriada para tratamento computacional. Imagens podem ser representadas em duas ou mais dimensões. O primeiro passo efetivo de processamento é comumente conhecido como pré-processamento, o qual envolve passos como a filtragem de ruídos introduzidos pelos sensores e a correção de distorções geométricas causadas pelo sensor. Concluído esta etapa de processamento de imagens que incorpora fundamentos de várias ciências, como Física, Computação, Matemática. Conceitos como Óptica, Física do Estado Sólido, Projeto de Circuitos, Teoria dos Grafos, Álgebra, Estatística, dentre outros, são comumente requeridos no projeto de um sistema de processamento de imagens. Existe também uma interseção forte entre PDI e outras disciplinas como Redes Neurais, Inteligência Artificial, Percepção Visual, Ciência Cognitiva. Há igualmente um número de disciplinas as quais, por razões históricas, 21 se desenvolveram de forma parcialmente independente do PDI, como Fotogrametria, Sensoriamento Remoto usando imagens aéreas e de satélite, Astronomia e Imageamento Médico (QUEIROZ; GOMES, 2001). Uma imagem monocromática é uma função bidimensional contínua f (x,y), na qual x e y são coordenadas espaciais e o valor de f em qualquer ponto (x,y) é proporcional à intensidade luminosa (brilho ou nível de cinza) no ponto considerado. Como os computadores não são capazes de processar imagens contínuas, mas apenas arrays de números digitais, é necessário representar imagens como arranjos bidimensionais de pontos. Cada ponto na grade bidimensional que representa a imagem digital é denominado elemento de imagem ou pixel. É comum para o armazenamento de imagens a notação matricial usual para a localização de um pixel no arranjo de pixels de uma imagem bidimensional. O primeiro índice denota a posição da linha, m, na qual o pixel se encontra, enquanto o segundo, n, denota a posição da coluna. Se a imagem digital contiver M linhas e N colunas, o índice m variará de 0 a M-1, enquanto n variará de 0 a N-1. Observe-se o sentido de leitura (varredura) e a convenção usualmente adotada na representação espacial de uma imagem digital. Ainda segundo os autores Queiros e Gomes (2001) existem vários modelos de sistemas para processamento de imagens que têm sido propostos e comercializados no mundo inteiro nas duas últimas décadas. Entre meados das décadas de 80 e 90, com a progressiva redução nos custos das tecnologias de hardware, as tendências de mercado voltaram-se para placas projetadas, segundo padrões industriais, para uso em computadores pessoais e estações de trabalho. Assim, surgiram diversas empresas que se especializaram no desenvolvimento de software dedicado ao processamento de imagens. Nos dias de hoje, o extenso uso dos sistemas para processamento de imagens desta natureza ainda é um fato, sobretudo em aplicações de sensoriamento remoto (processamento de produtos aerofotogramétricos e orbitais) e imageamento biomédico (processamento de imagens geradas a partir de MR, CT, PET/ SPEC, tomografia óptica, ultrasonografia e raios X). Todavia, tendências recentes apontam para a miniaturização e integração do hardware especializado para processamento de imagens a computadores de pequeno porte de uso geral. 22 A classificação somada a recuperação de imagens por conteúdos têm forte relação com as áreas de sistemas de informação e banco de dados. Uma consulta tradicional a um banco de dados normalmente envolve a utilização de chaves primárias ou estrangeiras textuais ou numéricas como parte de expressões relacionais e lógicas. O próximo passo lógico é justamente incluir campos e operações (e.g. classificação, segmentação, etc.) sobre imagens na consulta. Atualmente existem vários sistemas de banco de dados comerciais (e.g. Oracle) e não-comercias (e.g. Postgres) SQL, Apache que permitem algumas funcionalidades envolvendo imagens. Um sistema para a classificação de imagens coletadas da Web em duas classes semânticas, gráficos e fotografias. O sistema pode utilizar um método de classificação baseado em árvores de decisão (ID 3, um algoritmo de indução de árvores de decisão a partir de exemplos, popular na área de IA). Onde pode ser identificado um conjunto de características adequadas à separação entre as duas classes semânticas escolhidas. Características marcantes de fotografias identificadas no trabalho foram: a) existências de objetos reais com uma tendência a texturas e ausência de regiões com cores constantes; b) pequenas diferenças na proporção (altura x largura); c) poucas ocorrências de regiões com alta saturação de cores; d) presença de um grande número de cores utilizadas. As características identificadas como marcantes de gráficos foram: a) presença de objetos artificiais com bordas bem definidas bem como a presença de regiões cobertas com cores saturadas; b) grandes diferenças na proporção e tendência a serem menores em tamanho do que fotografias. Assim, foram definidas métricas sobre o número de cores, a cor predominante, o vizinho mais distante, a saturação, o histograma de cores, o histograma do vizinho mais distante, a proporção das dimensões e a menor dimensão. 23 Ao ser digitalizada a imagem assume um tamanho adimensional, em pixels. Mas, pode-se conhecer uma medida de qualidade da amostragem, conhecendo-se a razão entre o número de pixels obtido e o tamanho da imagem real no filme ou equivalente. A isso chama-se de resolução da imagem. Em geral, é medida em pontos por polegada ou DPI (dots per inch), mas pode ser também em pontos por centímetro ou DPC, ou ainda em qualquer outra unidade equivalente. Também é simples estabelecer a relação: número de pixels = resolução x tamanho real. Para entender melhor isso, pode-se fazer a seguinte questão: Dado o tamanho da imagem, quantos valores discretos vão ser tomados? Escolhendo-se a resolução a resposta é dada pela equação acima. Veja algumas resoluções típicas: Monitor Comum - 72 DPI; Scanner - 1200 DPI; Impressora Jato de Tinta Popular - 600 DPI. Como se trabalha em duas dimensões, pode-se definir uma resolução horizontal e uma vertical. Quando nada se diz a respeito disso, quer dizer que são iguais (a grande maioria das vezes), caso contrário são necessários dois valores. Uma vez que são diferentes, a razão de aspectos da área entre um pixel e outro não é 1:1 e, portanto não é um quadrado. Isso gera algumas confusões, pois no monitor a razão é 1:1 e esta imagem quando visualizada aparecerá deformada (SCURI, 2002). A utilização da visão computacional para o reconhecimento de imagens de madeira emprega como características relevantes as de cor e textura da imagem. Cada espécie contém um padrão único de textura seja em sua casca ou no plano de corte da madeira. Khalid et al. (KHALID et al., 2008 in: PAULA FILHO, 2012) propuseram um sistema de reconhecimento de espécies de madeira. Foram utilizadas imagens adquiridas em laboratório, utilizando câmeras monocromáticas de padrão industrial e lentes e iluminação apropriadas. O pré-processamento consistiu em um filtro passa-alta e ajustes de contraste e equalização do histograma da imagem. Foi aplicado o método GLCM – Gray-Level Co-ocurrence Matrices para a extração das características de segundo momento angular, contraste, correlação, entropia e momento diferencial inverso. Esses atributos foram aplicados em uma RNA – Rede neural artificial, que classificou 20 espécies diferentes. As taxas de acerto chegaram a 95%. Em (BREMANANTH et al., 2009 IN: PAULA FILHO, 2012) os autores apresentam outro sistema de reconhecimento de espécies de madeira. Inicialmente, foi 24 realizado um pré-processamento para a conversão das imagens coloridas para tons de cinza e redimensionamento para um tamanho padrão. A análise de textura foi utilizada para a extração de características únicas de cada imagem e o método utilizado foi o GLCM. Com o GLCM foram extraídas as características de energia, entropia, homogeneidade, momento diferencial inverso e segundo momento angular. O GLCM é gerado acumulando o número total de pixels cinzas pares da imagem. Na classificação foi utilizada a co-relação da textura, através do GLCM, e as taxas de acerto foram satisfatórias para a classificação de 10 tipos de espécies de madeira. No trabalho de (TOU et al., 2007 in: PAULA FILHO, 2012), é explorada a possibilidade de desenvolver um sistema capaz de reconhecer tipos de madeira baseado em sua anatomia utilizando redes neurais artificiais (RNA). O método GLCM foi utilizado para a extração das características e a rede neural do tipo MLP – Multi Layer Perceptron. A matriz GLCM foi gerada em quadro direções (0o, 45 o, 90 o, 135 o) e as características de textura extraídas foram contraste, co-relação, energia, homogeneidade e entropia. O contraste é utilizado para medir as variações locais da imagem, a co-relação mede a probabilidade da ocorrência de um par específico de pixels, energia pode ser traduzida como a uniformidade do segundo momento angular que é a soma do quadrado dos elementos da matriz GLCM e homogeneidade é a medida da distribuição dos elementos na matriz GLCM relacionando a diagonal e as medidas de entropia. Assim, com as 5 características analisadas nas quatro direções obteve-se 20 características para serem extraídas de cada imagem. No primeiro experimento, essas 20 características foram introduzidas em uma RNA que utilizou 20 neurônios na camada oculta e cinco neurônios na camada de saída e obteve 72% de precisão, sendo que para duas espécies obtiveram 100%. No segundo experimento, a diferença foi que a característica de energia foi retirada nas quatro direções, resultando em 16 neurônios na camada de entrada. Os resultados foram de 60% e uma espécie obteve o reconhecimento de 100% das amostras. Esses experimentos mostraram que as técnicas GLCM e MLP são eficientes para o reconhecimento de madeira. Outra conclusão desse trabalho foi que a característica de entropia não se mostrou muito útil para o reconhecimento das amostras. Resultados importantes que subsidiam esta pesquisa, pois indicou dois métodos que deram resultados 25 satisfatório e desencorajou, nesta pesquisa, o uso das caracterísitcas de entropia no processamento de imagens de parênquimas de madeira. Ainda em Tou et al. (TOU et al., 2009 in: PAULA FILHO, 20012) foi proposto um estudo comparativo de técnicas de classificação de textura para o reconhecimento de madeira, continuando o trabalho proposto em (TOU et al., 2007 já anteriormente citado). Os testes foram realizados para a identificação de seis espécies, utilizando 100 imagens de cada espécie, das quais 90% utilizadas para treinamento e 10% para testes. O classificador escolhido foi o classificador supervisionado dos k vizinhos mais próximos – k-NN. Cinco experimentos foram realizados, utilizando como método de extração de características GLCM, filtros Gabor, combinação GLCM e Gabor, matriz de covariância e verification-based recognition. No experimento usando atributos GLCM a melhor taxa de acerto foi de 76,67% e foram extraídas as características de contraste, correlação, energia, entropia e homogeneidade, nas oito direções, para garantir invariância de rotação. No experimento usando filtros Gabor, o número de características extraídas foi reduzido através do método SVD – Single Value Decomposition, e obteve uma taxa de acerto de 73,33%. Na combinação dos métodos GLCM e filtro Gabor a taxa obtida foi de 76,67%. A matriz de covariância foi gerada utilizando os filtros Gabor e nesse método foi 85% de acerto, a melhor taxa entre os métodos abordados nesse estudo. No último experimento onde foi empregado o método verificationbased recognition usando quatro matrizes de co-ocorrência com distância de 1 pixel em oito tons de cinza, foi obtido 78,33% de taxa de acerto. Em (OLIVEIRA, 2013), foi proposto um método para a detecção de defeitos em tábuas de madeira de Pinus utilizando visão computacional. A otimização do corte de matéria necessita da detecção dos defeitos para maximizar a produção dessa área. O método foi composto por duas câmeras do tipo line scan, computador, iluminação baseada em leds e um transportador. As tábuas percorrem o transportador e a imagem de ambas as faces são capturadas pelas câmeras, que estão sincronizadas com a velocidade do transportador. As imagens são processadas utilizando a extração de características de dois conjuntos principais. O primeiro é baseado em características de cor e utiliza histogramas de percentis cada canal de cor Red, Green e Blue do sistema RGB. Foram extraídas 10 26 características de percentis para cada um dos três canais. O segundo conjunto, relativo à textura das imagens, emprega o método da matriz de co-ocorrência (GLCM) que representa a relação entre os pixels dentro de uma região. Foram escolhidas as características de contraste, energia, entropia e co-relação. Para minimizar o impacto da seleção incorreta de características, como características co-relacionadas e interdependências, foi utilizado o algoritmo genético multiobjetivo NSGA - Non-Dominated Sorting Algorithm. Na fase de classificação foram utilizados os paradigmas de aprendizagem de máquina SVM – Support Vector Machines e RNA do tipo MLP. Utilizando as características de cor, a melhor taxa de acerto com a RNA foi de 98,1% e com a SVM a taxa foi de 98,7%. Obtendo as características través da matriz de co-ocorrência, as melhores taxas foram de 97,5% e 98,0 para RNA e SVM, respectivamente. Foi possível observar que tanto as características de cor quanto as características de textura apresentaram resultados similares. Em (YU et al., 2009) é apresentado um método de recuperação de imagens de madeira que integra as características de cor, textura e informação espacial, baseado nas técnicas de extração de características: HSV, GLCM, modelos LRE, wavelets e algoritmos fractais. Destas técnicas foram extraídas as características: matiz, saturação, valor, contraste, segundo momento angular, soma das variâncias, LRE, dimensão fractal e proporção wavelet de energia horizontal. Para as características relativas a cor, usou-se o modelo HSV – Hue, Saturation, Value, e através do método GLCM foram extraídos contraste, segundo momento angular e soma das variâncias. No aspecto da textura, foi calculado o LRE - long run emphasis, através das técnicas de wavelet foi calculada a proporção de energia da baixa frequência horizontal e por fim foi obtida a dimensão fractal. Foram realizados três experimentos. No primeiro somente as características do modelo HSV foram utilizadas, e propuseram um método de divisão espacial não igualitário descrito em (YU et al., 2009b), no qual o canal H é dividido em nove blocos, e os canais S e V em quatro blocos cada. No final, o vetor de características foi transformado em um histograma unidimensional de 164 elementos para simplificar a complexidade computacional. No segundo experimento foram usadas características de textura. Concluiu-se que o uso de características de cor, ou de textura isoladas não foram suficientes para um resultado satisfatório, o que levou ao último experimento que 27 combinou ambas características. Após o terceiro experimento, concluiu que para o reconhecimento de imagens de madeira, a cor e a textura são as características visuais mais importantes e que apenas uma das mesmas não pode construir uma ferramenta de reconhecimento que tenha resultado satisfatório, e que para um bom índice de precisão deve-se combinar tanto atributos de cor quanto de textura. 3.1 MÉTODOS DE ANÁLISE DE NITIDEZ Em (PECH-PACHECO et al., 2000 IN: barros, 2013) a avaliação de nitidez em imagens é apresentada. A nitidez se refere a clareza de detalhes e é composta pela capacidade da percepção humana e fórmulas matemáticas para dispositivos digitais. Assim, não se constitui tarefa trivial combinar aspectos subjetivos e objetivos para se obter uma avaliação de nitidez. Métricas para quantificar a nitidez fazem análise das bordas dos objetos presentes nas imagens através de algoritmos de detecção de bordas. Utilizando medidas de foco Tenengrad, uma imagem bem focada deve apresentar bordas nítidas. Assim, o uso de imagens de gradiente podem ser utilizadas como um instrumento para determinar uma medida confiável de foco. Em (ANAICE, 2010) os autores propõem quatro métricas de nitidez: Tenengrad e variância do operador Sobel – baseadas no cálculo do gradiente e Operador Laplaciano e Variância do Operador Laplaciano - baseadas no cálculo do Laplaciano. Essas quatro métricas foram usadas no estudo juntamente com os métodos no Reference Blur Metric Gx, No Reference Blur Metric Gy e Global Sharpness. Para se comparar cada métrica é necessário usar de artifícios matemáticos para o estudo da nitidez. Existe uma dificuldade em atribuir um valor que represente quão nítida é uma imagem, visto que essa medida pode ser subjetiva, porém pode-se através da degradação artificial da máscara da média estabelecer uma escala de nitidez relativa. Essa escala não se aplica a degradações reais que são mais complexas, porém pode ser utilizada com ponto inicial para o estudo de métricas em uma base com essa escala. O estudo se baseou em imagens simples nos quesitos contraste, conteúdo e fundo. As imagens foram geradas artificialmente. O uso de imagens reais foi evitado devido as mesmas serem complexas podendo ter diversos objetos diferenciados entre si, e 28 tipos de fundo variados e heterogêneos em contraste e textura. A base foi composta com 15 imagens e para cada uma foi gerada máscaras onde as mesmas foram sendo borradas. No total foram utilizadas 105 imagens. O classificador utilizado foi o k-NN e foram executados dois experimentos sendo o primeiro para medir a nitidez e o outro para medir a falta de nitidez. De acordo com os testes, a métrica de Tenengrad foi a que obteve a melhor taxa de acerto com 81,25% para o reconhecimento das imagens que apresentavam total nitidez. Outra conclusão desse trabalho foi que a taxa de reconhecimento da falta de nitidez foi baixa, portanto o reconhecimento de nitidez foi o que obteve taxas mais promissoras. O foco de uma imagem determina sua qualidade, bem como desempenha um papel significativo em aplicações de visão computacional em diversas áreas, tais como fotografia digital, visão robótica e microscopia (WEE, 2006 in: BARROS, 2013). A percepção da nitidez de uma imagem está relacionada com a clareza de detalhes e as definições das bordas de uma imagem (CAVIEDES, 2002 in: BARROS, 2013). A visão humana é capaz de perceber uma imagem com detalhes, e as áreas de baixa nitidez podem ser identificadas de forma relativamente fácil. Porém ao capturar essa imagem com dispositivos eletrônicos, essa tarefa não é trivial (VU, 2012 in: BARROS, 2013), bem como alguns elementos da mesma podem não ficar claramente visíveis, contendo áreas desfocadas (CHOUDHURY, 2011 in: BARROS, 2013). Assim, identificar essas áreas é uma tarefa necessária e que pode melhorar o reconhecimento dessas imagens através de técnicas computacionais. Métricas de nitidez podem ser utilizadas como parâmetro para a aplicação de algoritmos de melhoria de nitidez, bem como podem ser também utilizadas para estimar o ruído ocasionado na nitidez de uma imagem por alguns algoritmos de compressão (FERZLI, 2009 in: BARROS, 2013). Imagens desfocadas, ou pouco nítidas, tendem a possuir menos informações do que imagens mais nítidas. A qualidade do foco de uma imagem afeta as bordas dos objetos de uma imagem. Uma imagem com bom foco deve possuir bordas bem definidas, assim, o uso de gradientes são instrumentos para determinar uma medida de foco (PECHPACHECO et al., 2000 in: BARROS, 2013). 29 4 A APLICAÇÃO NA EDUCAÇÃO De início vai-se incrementar o banco de dados com as informações sobre o aluno. Inclusive as variáveis psicológicas: grau de beleza, altura, modo de se vestir, tatuagens, pircings, vaidade, situação financeira, pais casados ou separados. Quanto mais variáveis melhor, como nome, data de nascimento, altura, peso, religião, alergias, doenças, grau dos óculos entre outros. Também usar-se-á dados psicológicos do aluno: agressão, comportamento, assiduidade, dificuldade de aprendizagem, entre outros. Também usar-se-á dados familiares: Número de irmãos, religião, incidência de problemas familiares, tudo que o professor detectar ele deve introduzir como variáveis no problema. Como já se disse ao descrever o aluno o ideal é iniciar com uma única variável e a medida que for lecionando o professor vai ampliando as variáveis do banco de dados. Num momento mais evoluído do processo pode-se relacionar o banco de dados escolar com o banco de dados hospitalar, bancos de dados de presídios. E cruzar e avaliar estas informações. Tudo o que for registrado no Conselho de classe pode ser transformado em característica de estudo, imagens são também interessantes. Porque permite avaliar peso, estatura, saúde mental, saúde física entre outros. O ideal é alimentar também com os feedbacks. No futuro este aluno ficou rico, ficou pobre, viveu até que idade, quais os destaques, os problemas encontrados em sua vida. Qual a sua profissão? Foi bem sucedido ou mal sucedido na vida. Quanto tempo viveu? Quanto filhos teve? Quantas vezes se casou? Dados alimentares quanto ao tipo de alimento consumido, hábitos alimentares, quais doenças o aluno desenvolveu após a saída da escola. Saber dos medicamentos que o aluno faz uso, e, deixar o software, através da inteligência artificial agrupando os alunos com o uso das redes neurais. 30 Que matéria teve as maiores dificuldades? Que matéria alcançou o melhor resultado. Qual foi o desenvolvimento do aluno em relação aos colegas de sala, e, qual foi a evolução deste aluno durante os anos escolares. O banco de dados em conjunto com o banco de imagens. Tipo o aluno é bonito? É gordo, é desajeitado? É inteligente? Tem alguma habilidade especial? O professor vai dando notas nestes quesitos e enriquecendo o banco de dados. De posse destes dados a pesquisa está completa e os resultados serão infinitos. Tem-se um diagnóstico completo da vida do aluno. E assim vamos avaliando toda a evolução do aluno. Digamos que num futuro um aluno se torne um estuprador. Quem sabe a inteligência artificial possa identificar ainda na escola uma característica dos estupradores. Poderia se intervir antes que um fenômeno como esse pudesse disparar na consciência de uma criança. Extrapolando esses resultados poder-se ia ter um mundo melhor no futuro. 5 RESULTADOS ESPERADOS Espera-se que este trabalho confirme a eficiência da utilização de redes neurais como ferramenta para identificação futura de alunos através da análise de suas características obtidas de dados sobre sua vida escolar. Com a obtenção de resultados favoráveis, pretende-se proceder no desenvolvimento de equipamento de baixo custo e alta mobilidade que permita maior facilidade e agilidade nos procedimentos de análise, bem como minimizar seus custos. No caso de montar uma Seleção Brasileira para qualquer esporte. Dispondo-se de um banco de dados de todas as escolas brasileiras. Pode-se escolher os alunos com maior potencial em termos de Brasil, localizá-los e identificá-los através de uma consulta inteligente ao banco de dados. Percebam como o Banco de Dados é altamente necessário numa desta situação. Desejo escolher, por exemplo, crianças para participar de uma orquestra ou representar o Brasil em um concurso musical. Não existe um banco de dados para 31 eu selecionar o melhor perfil para esta aptidão, que raramente é trabalhada nas escolas. Deseja-se estudar o perfil de tendência psicopata ou suicida. Não se tem um banco de dados para se fazer uma correlação de que perfil social e psicológico de um indivíduo com estas tendência, esta informação bem analisada poderia salvar muitas vidas. Imagine um banco de dados com todos os estudantes brasileiros, com todas as informações inerentes. Podendo ser analisados por inteligência artificial. As possibilidades de inferências tornam-se infinitas. 32 REFERÊNCIAS ANAICE, R.; FACON, J. Avaliação de Nitidez em Imagens por Aprendizagem. SIBGRAPI – Conferência Gráfica de Modelos e Imagens, 2010. BARROS, L. G. Impacto da Análise de Nitidez em Métodos de Classificação de Imagens de madeiras. Dissertação de Pós-Graduação. 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