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Síndrome de Patau

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Eem Prof Henrique da Silva Fontes.
Nomes: Thiago Venturini de Almeida e Gustavo Lamim Ayroso.
Turma: 32.
Data: 26/06/2023.
Trabalho de Biologia:
Síndrome de Patau
A Síndrome de Patau, também chamada de Trissomia 13, é uma síndrome genética
que ocorre quando todas ou algumas células do corpo contêm uma cópia extra do
cromossomo 13. Os cromossomos são estruturas microscópicas localizadas no
núcleo das nossas células que abrigam os genes e, consequentemente, as instruções
completas para o desenvolvimento humano. Uma cópia extra do cromossomo 13
perturba a correta formação e desenvolvimento do embrião.
A síndrome de Patau foi reconhecida em 1960 por Klaus Patau, médico geneticista
que publicou artigo pioneiro através da Universidade de Wisconsin-Madison, onde
relatava a observação de um caso de malformações múltiplas em um neonato.
Essa anomalia também pode ser conhecida como síndrome Bartholin-Patau, pois o
médico, matemático e teólogo dinamarquês Thomas Bartholin chegou a descrevê-la
em 1956, pelo quadro clínico de algumas crianças que tinham malformações.
Todavia, foi através dessa investigação que Klaus Patau evidenciou a presença de
um terceiro cromossomo 13 como etiologia para os achados, o que marca um
importante avanço para o conhecimento acerca das cromossomopatias.
A Trissomia 13 é uma das alterações cromossômicas mais comuns, tem como
prevalência estimada em 1 caso afetado a cada 20.000-29.000 nascidos vivos, sendo
discretamente mais comum no sexo feminino. Trata-se de uma condição
relativamente frequente e recorrente, sendo considerada a terceira trissomia mais
comum dos cromossomos autossômicos, ficando atrás apenas da síndrome de Down
(trissomia do cromossomo 21) e da síndrome de Edwards (trissomia do cromossomo
18).
Por se tratar de uma importante cromossomopatia, essa síndrome é uma das
principais causas de aborto espontâneo – cerca de 67% dos fetos com síndrome de
Patau são abortados espontaneamente ou apresentam morte intrauterina.
Daqueles que chegam vivos ao nascimento, 50% acabam indo a óbito na primeira
semana de vida e somente 9% alcançam o primeiro ano e somente menos de 5% dos
casos sobrevivem mais de 3 anos. Na literatura, a maior sobrevivência relatada de um
paciente acometido por essa síndrome foi de 10 anos de idade.
Na maioria das vezes essas alterações não são hereditárias, mas o risco dessa e
outras cromossomopatias (como a síndrome de Down) aumenta com o avanço da
idade materna.
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1 em cada 10 casos da Síndrome de Patau é hereditário
Esses casos são uma consequência de alterações balanceadas de cromossomos
presentes no pai ou na mãe da criança que será gerada. As alterações chamadas
translocações não causam sintomas em seus portadores, mas podem afetar os
descendentes. O exame cariótipo bandas G realizado antes da gravidez pode
identificar as translocações nos pais e como consequência o risco para os
descendentes.
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1 em cada 20 casos da Síndrome de Patau afeta parte das células, porém
não todas
Essa manifestação é chamada mosaicismo e pode ser mais grave ou moderada
dependendo da porcentagem de células do corpo afetadas pela trissomia.
Os estudos mostram que as principais malformações descritas são: holoprosencefalia
(39%), outras anormalidades do SNC (58%), anormalidades faciais (48%), renais
(33%) e cardíacas (48%). É comum o registro de defeitos cardíacos (CIV), onfalocele
em aproximadamente 40% dos casos de trissomia 13 e dentre as malformações
renais, os rins displásicos acometem 48% dos pacientes.
A trissomia do cromossomo 13, ao contrário da trissomia do cromossomo 18,
apresenta malformações evidentes ao exame físico com maior frequência. Pode ser
facilmente reconhecida pela combinação de fendas orofaciais, microftalmia e/ou
anoftlamia e polidactilia pós-axial de membros. Essa tríade de sinais é observada em
60 a 70% dos casos.
As principais alterações registradas nesta síndrome são:
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Raiz nasal proeminente
Pescoço curto
Episódios de apneia
Anomalias cardiovasculares – como, comunicação interventricular (CIV)
Anormalidades oftalmológicas – como, hipertelorismo ocular e microftalmia
bilateral, podendo chegar a anoftalmia, coloboma da íris… Falta de ganho de
peso
Anormalidades de orelhas – como, malformação anatômica e baixa
implantação
Microcefalia
Micrognatia
Ventriculomegalia
Hérnia umbilical/inguinal
Onfalocele
Polidactilia (+ pós-axial)
Defeitos do escalpo
Sobreposição dos dedos
Hemangiomas capilares
Holoprosencefalia
Fenda labial/palatina
Unhas hiperconvexas
Prega palmar única
Anormalidades renais – como, rins displásicos
Crises convulsivas
Hipotonia
Calcâneos proeminentes
Desordem motora e deficiência intelectual
Anormalidades genitais
Durante o ultrassom morfológico de gravidez, o obstetra pode identificar alterações no
desenvolvimento fetal que levante a suspeita para síndromes genéticas. Essas
suspeitas devem ser confirmadas através de um exame de diagnóstico no qual é
necessária uma amniocentese, procedimento realizado entre a 15ª a 20ª semana de
gestação.
Entretanto, a partir da 10ª semana de gestação é possível rastrear o risco para
Síndrome de Patau e outras alterações cromossômicas com o teste NACE, o NIPT da
Igenomix. Essa triagem genética é realizada a partir de uma coleta de sangue
materno. Em caso de resultado indicando alto risco, é necessário que o profissional
médico faça uma correlação do achado com exames da paciente e teste confirmatório.
A única forma de prevenção seria antes da gravidez através da realização dos Testes
Genéticos Pré-Implantacionais (PGT-A ou PGT-SR). Com esses testes genéticos é
possível fazer um rastreio em todos cromossomos.
Entretanto, para isso é necessário realizar um tratamento de Fertilização in Vitro (FIV)
em uma clínica de reprodução assistida para gerar estes embriões que teriam
algumas células retiradas para a análise pela Igenomix antes da transferência ao útero
materno.
Infelizmente não existe uma cura para a Trissomia 13. Na maioria das vezes essa
síndrome provoca um aborto espontâneo e 90% dos casos de bebês nascidos não
superam um ano de vida.
Pacientes que sobrevivem por mais tempo com síndrome de Patau são menos
propensos a ter malformações cerebrais e cardiovasculares, porém mesmo nesses
casos de sobrevivência aumentada, a incapacidade grave está presente.
O tratamento disponível aos afetados consiste em aliviar o desconforto e facilitar a
alimentação do bebê, e caso sobreviva, os cuidados seguintes baseiam-se nos
sintomas que se manifestarem.
Quando uma família detecta a Síndrome de Patau em seu bebê durante o pré-natal
ou teve um aborto, é fundamental contar com um aconselhamento genético para ter
um apoio para o entendimento e individualização de seu caso, bem como a orientação
sobre o planejamento de gestações futuras.
Referências:
https://www.sanarmed.com/resumo-de-sindrome-de-patau-epidemiologiafisiopatologia-diagnostico-e-tratamento. Acessado: 23/06/2023 das 15:00 ás 15:30.
https://nace.igenomix.com.br/blog/como-surge-sindrome-depatau/#:~:text=%C3%89%20poss%C3%ADvel%20prevenir%20a%20S%C3%ADndr
ome,um%20rastreio%20em%20todos%20cromossomos. Acessado: 23/062023 das
15:00 ás 15:30.
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