26/01/2023 09:50 Protagonismo profissional: 6 coisas que fazem alguém ser coadjuvante Confira como alcançar o protagonismo profissional e como evitar se tornar um coadjuvante nos negócios. Alcançar o protagonismo profissional é o desejo de muitas pessoas. Ao chegar lá, aumentamos nossas chances de sermos valorizados, trabalhar em algo que tenha significado e melhorar a remuneração, entre outros benefícios. Do ponto de vista do RH, ter protagonistas significa um fator de sucesso na busca por talentos. Afinal, o protagonismo está presente nos profissionais que aprendem continuamente, tomam a iniciativa no trabalho e agregam valor para a empresa. São, portanto, talentos desejados pela gestão de pessoas. A seguir, reunimos os 6 erros que tornam as pessoas coadjuvantes nos negócios e impedem o desenvolvimento de carreira. Com esse conhecimento, o RH poderá trabalhar em conjunto com os colaboradores para encontrar soluções e desenvolver protagonistas nas equipes. Confira! 1. Esconder o próprio potencial e não ter iniciativa As transformações para ser protagonista começam pelo plano afetivo. É preciso tomar decisões desconfortáveis, assumir riscos e abrir mão de benefícios de curto prazo em prol de resultados futuros. E tudo isso parte de mudanças de sensibilização e gradação de valores, enquanto objetivos de aprendizado. Não por acaso, muitos profissionais se tornam coadjuvantes por esconderem seus potenciais diante de desafios e oportunidades. Ao não se testarem, mantêm a percepção de que não houve falha, embora isso implique em estar fora dos holofotes. Além dos casos em que a mudança exige tratamento com psicólogos e outros especialistas, o RH pode implementar ações para desenvolver soft skills, como forma de preparar o profissional para ter iniciativa. Veja as competências mais importantes: inteligência emocional — lidar e gerenciar emoções e sentimentos diante das situações; orientação para servir — ter o desejo e proatividade em ajudar os outros; disciplina — conseguir mobilizar o plano afetivo para atividades produtivas e abrir mão de satisfações imediatas; resiliência — conseguir retornar diante de insucessos e falhas. Nesse sentido, as avaliações de desempenho e treinamentos são um excelente começo para construir o protagonismo profissional. Lembre-se de conversar com os colaboradores e torná-los parte da discussão. Até porque, frequentemente, os treinamentos para soft skills se baseiam em exercícios, jogos, dinâmicas e outras ferramentas que exigem dedicação dos envolvidos. 2. Deixar a capacitação profissional em segundo plano https://gptw.com.br/conteudo/artigos/protagonismo-profissional/ 1/4 26/01/2023 09:50 Protagonismo profissional: 6 coisas que fazem alguém ser coadjuvante O mercado de trabalho requer a qualificação como requisito para exercer o protagonismo. O motivo é que mudanças acontecem o tempo todo, e o aprendizado contínuo é essencial para se manter adaptado e aproveitar as diversas oportunidades que acompanham as transformações. Assim, cada vez mais, ganha importância o autogerenciamento de carreira. Em vez de aguardar a iniciativa e os treinamentos das empresas, o próprio profissional deve mapear as necessidades e encontrar alternativas de desenvolvimento. Até porque, o protagonismo profissional requer a capacidade de ser responsável pelo próprio desenvolvimento, entregas e resultados. Isso não quer dizer que o RH deve abrir mão da capacitação. Além de treinamentos para os cargos, é importante pensar no desenvolvimento de pessoas — que qualifica não só pontualmente, mas para todo ciclo de vida do colaborador na empresa. Sem o desenvolvimento, pode ser difícil enfrentar a escassez de talentos e aumentar o fator de permanência dos profissionais. Uma boa medida para combinar a educação oferecida pela empresa com a necessidade do profissional assumir responsabilidades são os benefícios flexíveis. Resumidamente, o RH pode permitir o resgate de vantagens, como cartões recarregáveis para gastos em cultura e educação, oferta de vagas em programas de qualificação e custeio de cursos escolhidos pelo profissional. Além disso, ao escolher fornecedores de educação ou montar os próprios treinamentos, fique atento às etapas de personalização do serviço. Uma tendência, nesse sentido, é o microlearning em que o colaborador recebe pequenas pílulas de conteúdo para as suas necessidades, em vez de participar de aulas longas e padronizadas. 3. Ser um péssimo gestor de tempo Um terceiro motivo para o profissional ser coadjuvante é a falta de habilidades para gerir o tempo. Ora, ao não conseguir lidar com as tarefas e responsabilidades atuais, a pessoa terá menos espaço ainda para investimentos de carreira e educação. Sem contar as possibilidades de sobrecarga no trabalho, que minam a motivação e energia disponíveis. Assim como a iniciativa, não podemos esquecer que gestão de tempo é uma competência profissional. Talvez haja até mais soluções no mercado para desenvolver os conhecimentos e habilidades nessa área, como coaching, cursos, livros e métodos específicos. No dia a dia, implemente ações para escutar os colaboradores. Saber se as pessoas estão sobrecarregadas e suas dificuldades para gerir o tempo são os primeiros passos para ter uma equipe mais produtiva. Não saber delegar tarefas, ter distrações excessivas durante o trabalho, estar desmotivado e ter hábitos que afetam tanto seu desempenho profissional quanto na vida pessoal (má alimentação, https://gptw.com.br/conteudo/artigos/protagonismo-profissional/ 2/4 26/01/2023 09:50 Protagonismo profissional: 6 coisas que fazem alguém ser coadjuvante sedentarismo, etc.) são alguns exemplos do que pode ser observado pelos gestores de pessoas ao ouvir os profissionais. Orientar os líderes sobre a gestão de tempo também é importante. O líder pode ser um gargalo do processo, bloqueando todo o fluxo de trabalho, se não souber distribuir as tarefas adequadamente e não for produtivo em suas responsabilidades. Ademais, é quem está mais próximo do dia a dia para enxergar as dificuldades do colaborador. 4. Desconhecer o mercado em que atua Outro erro que prejudica o protagonismo profissional é não conhecer as características e tendências do mercado. O conhecimento é um dos requisitos essenciais para direcionar o desenvolvimento: definir metas, escolher soluções de educação, avaliar o próprio desempenho, etc. Uma forma de incentivar esse conhecimento é investir em entrevistas, palestras, webinars, materiais e outras soluções para orientar os profissionais sobre carreira. Além disso, é importante que o RH se baseie no benchmarking das melhores organizações ao elaborar planos de carreira, planos de sucessão, programas de desenvolvimento e afins. Com isso, o gestor de pessoas leva exigências adequadas às práticas de mercado para o colaborador. 5. Faltar clareza sobre o seu papel na empresa Qualquer profissional terá dificuldades para ser protagonista se não entender o que a empresa espera e como é possível agregar valor para a organização. Assim como o conhecimento do mercado, entender o próprio papel é fundamental para saber os requisitos de desenvolvimento. As empresas adotam diferentes soluções para esclarecer o papel das pessoas, mas geralmente isso está ligado a objetivos e metas. Uma boa prática são os OKRs (Objectives and Key Results, ou Objetivos e Resultados-chave), especialmente se os líderes escutam os colaboradores sobre os resultados-chave antes de decidir. Esse incentivo à participação e ao comprometimento dá protagonismo ao profissional. Os planos de carreira e os planos de sucessão também fazem parte das iniciativas do RH para esclarecer o que esperamos dos profissionais. Ao entender como crescer na empresa, os colaboradores têm condições de traçar uma estratégia e avaliar suas decisões. Outra rotina importante é oferecer feedbacks das avaliações de desempenho e resultados entregues pelos colaboradores. Aliás, é importante saber reconhecer o trabalho, e não abordar o colaborar apenas quando alguma atividade sai do eixo. 6. Deixar de considerar os próprios objetivos e interesses https://gptw.com.br/conteudo/artigos/protagonismo-profissional/ 3/4 26/01/2023 09:50 Protagonismo profissional: 6 coisas que fazem alguém ser coadjuvante O protagonismo profissional requer objetivos. Isto é, o que a pessoa quer ser ou realizar determina majoritariamente a disposição, disciplina, iniciativa e resiliência em suas atividades. Logo, o autoconhecimento é um dos pontos que podem ajudar a desenvolver protagonistas na organização. Uma ferramenta de coaching interessante para autoavaliação é a 6ws, que é uma versão do conhecido 5w2h. Nela, as perguntas a serem respondidas são as seguintes: Onde você está? Onde quer chegar? O que impede você de conseguir? Que recursos e forças você tem à disposição? O que é necessário para você conseguir? O que pode indicar o seu sucesso ou insucesso? Há diversas outras ferramentas complementares, como análise Swot, roda da vida e testes de perfil profissional. A partir delas, a empresa pode abordar o autoconhecimento em materiais educativos para alcançar mais colaboradores. Como são muitos pontos para serem trabalhados, o RH deve ter um plano de ação e analisar os desafios da empresa antes de definir prioridades. Como primeiro passo, as avaliações de desempenho e as pesquisas de clima são uma boa prática para entender as necessidades de melhoria dos colaboradores. Posteriormente, defina metas de melhoria de acordo com as necessidades de treinamento e problemas identificados ao ouvir o colaborador. Lembre-se de ser transparente com os líderes e colaboradores, indicando os objetivos de aprendizado e os suportes que serão oferecidos pelo RH. Por fim, é importante criar um plano de desenvolvimento individual (PDI) para os colaboradores, dando ênfase às soft skills ligadas ao protagonismo. Um roteiro claro servirá para motivar os colaboradores, orientar as mudanças e controlar a evolução dos talentos. Ao lidar com os desafios apresentados e implementar as boas práticas sugeridas, o protagonismo profissional será uma meta atingível. Para iniciar seu projeto rumo ao protagonismo profissional ou ajudar as suas equipes, confira as principais ferramentas de desenvolvimento de pessoas! https://gptw.com.br/conteudo/artigos/protagonismo-profissional/ 4/4