Estrutura Atómica. Tabela Periódica. Ligação Química. Trabalho realizado por: Fábio Nóbrega, 4234, MIA 20.23 João Oliveira, 4239, MIA 20.23 Rafael Dias, 4248, MIA 20.23 Índice: • Evolução da Tabela periódica, para que ser serve e sua importância. • Como varia o raio atómico, raio iónico e a energia de ionização dos elementos ao longo da Tabela Periódica. • Escolher um elemento dos grupos 1, 2, 17 e 18 e faça o seguinte estudo: características de cada elemento /substância elementar (número atómico, raio atómico, tipo de ligação química, energias de ionização, pontos de fusão e de ebulição,...); substâncias em que se encontra e propriedades destas; utilização destas substâncias na indústria e implicações para o ambiente. Evolução da Tabela periódica, para que ser serve e sua importância. O modelo de tabela periódica que conhecemos atualmente, foi proposto pelo químico russo Dmitri Mendeleiev (1834-1907), no ano de 1869. A finalidade fundamental de criar uma tabela era para facilitar a classificação, a organização e o agrupamento dos elementos químicos conforme suas propriedades. Muitos estudiosos já tentavam organizar estas informações e, portanto, muitos modelos anteriores foram apresentados. Como varia o raio atómico, raio iónico e a energia de ionização dos elementos ao longo da Tabela Periódica. Os átomos no estado fundamental possuem a mesma quantidade de protões (cargas positivas) e de eletrões (cargas negativas), ou seja, são neutros. Mas na formação das ligações iônicas, ocorre a extração de um ou mais eletrões da camada de valência do átomo, que são transferidos para outro átomo, resultando na formação de iões. O átomo que perdeu os eletrões transforma-se em uma (espécie carregada positivamente). Para “arrancar” esses eletrões do átomo isolado ou de um iao, é necessário aplicar uma determinada quantidade de energia, que é chamada de energia de ionização (porque houve a formação de iões) ou potencial de ionização. Assim, podemos fazer a seguinte definição: “Energia de ionização ou potencial de ionização é a energia aplicada para retirar um eletrão do átomo (ou do ião) isolado no estado gasoso.” X(g) → X+(g) + e- I = E(X+) - E(X) Os valores das energias de ionização podem ser expressos em eletrovolts (eV), mas de acordo com o SI (Sistema Internacional de Unidades), eles devem ser expressos em kJ/mol. Como varia o raio atómico, raio iónico e a energia de ionização dos elementos ao longo da Tabela Periódica. Quando se retira o primeiro eletrão de um átomo neutro, há a primeira energia de ionização (I1). Já a energia necessária para retirar o segundo eletrão que foi formado é chamada de segunda energia de ionização (I2) e assim por diante. A primeira energia de ionização é sempre menor que a segunda energia de ionização e assim sucessivamente. Isso acontece porque, no primeiro caso, o eletrão está na camada mais externa ao núcleo e, como está mais longe dos protões, a atração entre eles é menor, sendo mais fácil retirar o eletrão. Por exemplo, consideremos um átomo de cobre (Cu(g)) que possui quatro níveis de energia no estado fundamental e um eletrão no subnível mais externo (4s1): 29Cu +785 kJ/mol → 29Cu+ + e29Cu + 1955 kJ/mol → 29Cu2+ + eA segunda energia de ionização foi maior do que a primeira. Isso nos mostra que a energia de ionização é uma propriedade periódica, que varia conforme o número atômico dos átomos dos elementos da Tabela Periódica. Podemos notar também que essa propriedade segue um padrão de variação relacionado com o do raio atômico, pois depende da distância que os eletrões estão do núcleo, ou seja, quanto maior o raio atômico, menor a energia de ionização e vice-versa. Como varia o raio atómico, raio iónico e a energia de ionização dos elementos ao longo da Tabela Periódica. Isso quer dizer que os valores das energias de ionização dos elementos crescem no sentido oposto ao crescimento do raio atômico, ou seja, aumenta de baixo para cima e da esquerda para a direita. Os valores das energias de ionização são medidos experimentalmente e podemos comparar esses valores para confirmarmos esse padrão de variação mencionado: Como varia o raio atómico, raio iónico e a energia de ionização dos elementos ao longo da Tabela Periódica. Considerando os elementos em uma mesma família: A primeira energia de ionização aumenta de baixo para cima. Isso acontece porque, conforme vai descendo, os níveis de energia e o raio atômico vão aumentando e os eletrões ficam mais distantes do núcleo, por isso fica mais fácil retirá-los. Por exemplo, o H (hidrogênio) possui somente uma camada eletrônica, então seu elétron está bem próximo ao núcleo. Já o Cs (césio) possui seis camadas eletrônicas, estando seus eletrões bem distantes do núcleo. É por isso que a energia de ionização do H é bem maior (1312) que a do Cs (376). Como varia o raio atómico, raio iónico e a energia de ionização dos elementos ao longo da Tabela Periódica. Considerando os elementos em um mesmo período: A primeira energia de ionização aumenta da esquerda para a direita. Isso ocorre porque, conforme caminha para a direita, a quantidade de níveis permanece a mesma, mas a quantidade de eletrões vai aumentando, ou seja, a atração pelo núcleo aumenta e seu raio diminui. Com isso, a energia necessária para vencer essa força de atração precisará de ser maior. Por exemplo, o Na (sódio) e o Ar (argónio) pertencem ao terceiro período, o que significa que ambos possuem três camadas eletrônicas, mas o Na possui somente um elétron na sua camada mais externa, enquanto o Ar possui oito eletrões nessa camada. Por isso, a primeira energia de ionização do Ar será bem maior (1521) que a do Na (496). Como varia o raio atómico, raio iónico e a energia de ionização dos elementos ao longo da Tabela Periódica. Isso significa que os maiores valores para a energia de ionização são dos elementos situados próximos ao Hélio, ou seja, na parte superior à direita da Tabela Periódica. Por outro lado, os menores valores são dos elementos situados próximos ao césio, na parte inferior à esquerda da Tabela Periódica. Como varia o raio atómico, raio iónico e a energia de ionização dos elementos ao longo da Tabela Periódica. Isso explica algumas propriedades dos elementos, como o fato de os elementos próximos ao Césio serem metais e os elementos próximos ao hélio serem ametais. Conforme o texto Ligação Metálica mostra, os metais são formados por aglomerados de átomos neutros mergulhados em uma “nuvem” ou “mar” de eletrões deslocalizados. Isso significa que eles devem ter maior facilidade de perder eletrões e, por isso, somente os elementos com baixa energia de ionização podem formar sólidos metálicos. Por outro lado, os elementos no canto superior à direita não possuem essa facilidade de perder eletrões, porque possuem altas energias de ionização e, por essa razão, são ametais. Grupo 1- Césio: Massa atómica: 132,9054519(2) u Raio atómico (calculado): 298 pm Raio covalente: 225 pm Configuração eletrónica: [Xe] 6s1 Estado da matéria: sólido Ponto de fusão: 301,6 K Ponto de ebulição: 944 K Potencial de ionização: 375,7 kJ/mol É obtido dos resíduos produzidos pelos reatores nucleares. O césio tem sido habitualmente utilizado em relógios atómicos de alta precisão. Grupo 2- Estrôncio: Massa atómica: 87,62(1) u Raio atómico (calculado): 200 pm Raio covalente: 192 pm Configuração eletrónica: [Kr] 5s2 Estado da matéria: sólido Ponto de fusão: 1050 K Ponto de ebulição: 1655 K Potencial de ionização: 549,5 kJ/mol O metal encontra-se na natureza combinado com outros elementos formando compostos. Reage rapidamente com a água libertando hidrogênio para formar o hidróxido. Atualmente a principal aplicação do estrôncio é em cristais para tubos de raios catódicos de televisores em cores. Grupo 17- Bromo: Massa atómica: 79,904 u Raio atómico (calculado): 120 pm Raio covalente: 120±3 pm Configuração eletrónica: [Ar] 4s2 3d10 4p5 Estado da matéria: líquido Ponto de fusão: 265,8 K Ponto de ebulição: 332 K Potencial de ionização: 1139,9 kJ/mol Balard encontrou composto de bromo nas cinzas de macroalgas de pântanos de sal em Montpellier. O bromo molecular é empregado na fabricação de uma ampla variedade de compostos de bromo, usados na indústria e na agricultura. Grupo 18- Árgon: Massa atómica: 39,948(1) u Raio covalente: 97 pm Configuração eletrónica: [Ne] 3s2 3p6 Estado da matéria: gasoso Ponto de fusão: 83,80 K Ponto de ebulição: 87,30 K Potencial de ionização: 1520,6 kJ/mol O gás é obtido por meio da destilação fracionada do ar líquido, onde é encontrado numa proporção de aproximadamente 0,94%, eliminando-se posteriormente o oxigénio residual com hidrogénio. É empregado como gás de enchimento em lâmpadas incandescentes, já que não reage com o material do filamento, mesmo em altos níveis de temperatura e pressão. Com isso, prolonga-se a vida útil da lâmpada.