Aluna: Mariana da Costa Rocha Professor: José Weber A,L,S, masculino, 17 anos Paciente trazido pelo SIATE, vítima de acidente automobilístico de alta energia (capotamento) + Ejeção à distância do veículo + Sem relato de uso de cinto de segurança Paciente já foi encontrado inconsciente, com ECG-6 (RO1, RV1, RM4) Durante transporte: realizada IOT + analgesia com Fentanil + reposição volêmica com 1000 mL de Ringer Lactato Admitido com colar cervical e prancha rígida A: sem alterações A/B/C/D/E – NO PACIENTE B: sem alterações. e-FAST negativo para pneumotórax e derrame pleural. C: Estável. Toque retal com esfíncter hipotônico. e-FAST: sem líquido livre em espaços pericárdico, hepatorrenal, esplenorrenal e fundo de saco posterior, D: inconsciente, responde apenas a estímulos dolorosos. Pupilas anisocóricas, midriáticas (6 a esquerda e 4 a direita) e não fotorreagentes. RAAS -5 E: Paciente exposto, com escoriações superficiais em tórax, sem outras alterações, sem sinais de fraturas ou luxações. Coberto para proteção contra hipotermia Realizada reanimação volêmica + estabilização clínica + analgesia . Retirada prancha rígida, mantido colar cervical. Solicitadas: TC de abdomen total, tórax com contraste, crânio, colunas. Solicitada avaliação da Neurocirurgia. Sedado em RAAS -5 Normal: quando a cabeça gira para um lado, os olhos se viram para o lado contrário também chamado reflexo da boneca Contusões e hipodensidades em mesencéfalo Contusão em giro frontal superior a direita e cabeça do caudado a direita Hemoventrículo Sinais de HSA e HSDA laminar parieto occipital a esquerda Ausência de desvio de linha media Cisternas perimesencefálicas apagadas Ausência de fraturas OBS: TC de coluna, abdomen e pelve sem alterações TCE grave – Marshall II – Lesão Axonal Difusa (LAD) grau III – ausência de reflexos de tronco • Contusão em giro frontal superior a direita e cabeça do caudado a direita + • Hemoventrículo CONDUTAS FRENTE A UMA PROVÁVEL MORTE ENCEFÁLICA? Medidas de neuroproteção plenas por 6h testar novamente reflexos de tronco se ausentes desligar sedativos nova avaliação após 5 meias vidas dos sedativos manutenção do quadro abrir protocolo de Morte Encefálica *Fonte: Revista Médica de Minas Gerais, 2020 *Fonte: Revista Médica de Minas Gerais, 2020 A morte encefálica representa o estado clínico irreversível em que as funções cerebrais (telencéfalo e diencéfalo) e do tronco encefálico estão irremediavelmente comprometidas. Dois exames clínicos por profissionais diferentes e não vinculados à equipe de transplantes. É obrigatória a realização de exame complementar compatível com ausência de perfusão cerebral ou de atividade elétrica cortical ou de metabolismo encefálico. O intervalo entre os exames clínicos deve ser de no mínimo seis horas (adulto). MARTINS, Herlon Saraiva; BRANDÃO NETO, Rodrigo Antonio; VELASCO, Irineu Tadeu. Medicina de emergência: abordagem prática. [S.l: s.n.], 2016. Sayan, Halil ErkanAnálise retrospectiva do teste de apneia e exames complementares na determinação de morte cerebral. Revista Brasileira de Terapia Intensiva [online]. 2020, v. 32, n. 3, pp. 405-411. Disponível em: <https://doi.org/10.5935/0103-507X.20200069>. Epub 12 Out 2020. ISSN 19824335. https://doi.org/10.5935/0103-507X.20200069. COMITÊ DE TRAUMA DO COLÉGIO AMERICANO DE CIRURGIÕES; Advanced Trauma Life Suport (ATLS), 9ª Ed 2014.