Psicofarmacologia Ricardo Lugon 2015/2 O que estamos fazendo aqui? • Sobre psicofarmacoterapia: – O que sabemos? – O que esperamos? – Como ela afeta nosso olhar sobre o sujeito? – Quem tem influenciado nossa percepção sobre os psicofarmacos? – Como me sinto ao discutir sobre medicamentos com algum profissional ou colega? Fragmentos de história • Constituição do saber psiquiátrico e instituição asilar coincidem temporalmente mas precisam ser distinguidos (Swain) – Pinel em sua versão original do “Tratado” reconhece no alienado um resto de razão sendo o “sujeito da loucura” a ela irredutível, torna-se possível conceber-se um trabalho dialético e terapêutico; – Loucura como curável loucura sempre como parcial, mesmo nas errâncias mais extremas da razão persistiria sempre um "sujeito" da loucura. Consequentemente, a presença da alienação mental não representava a passagem a um avesso da razão, mas uma contradição possível no seu interior, compatível com a persistência de uma fração subjetiva à qual se dirigia o alienista no seu trabalho terapêutico. Fragmentos de história • Nascimento da Psiquiatria em duas etapas, a descoberta da “curabilidade da loucura” num primeiro momento e sua coletivização e criação do asilo num segundo momento, mas não em justaposição • Esse momento de transferir a clínica do singular para o coletivo foi um ponto bastante crítico nesse nascimento, a expansão do método retroagiu sobre seus princípios • Para fazer face ao desafio do cuidado terapêutico da loucura, há que se reconhecer a complexidade ética e epistemológica da medicina mental e a necessidade de embasá-la nas ciências e nas humanidades. (Serpa, 2011) Fragmentos de história • • • • • O PÊNDULO: A história da Psiquiatria oscila entre o organicismo e o mentalismo. Pinel: o “Tratamento Moral” (“paixões”) opondo-se aos tratamentos físicos (“humores”) Kraepelin e a escola alemã- segunda metade do século XIX busca de lesões cerebrais macroscópicas e microscópicas que pudessem explicar as doenças mentais, psiquiatria “desalmada”. descoberta do substrato neural da psicose sifilítica. Psicanálise ; psiquiatria “descerebrada”. “revolução psicofarmacológica”