- E~ PETRÓlEO BRASilEIRO S.A. SEBRAE PETROBRAS CE I I I INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO CEARÁ -IFCE CENTRO DE PESQUISA E QUALIFICAÇÃO TECNOLÓGICA- CPQT INSPETOR DE EQUIPAMENTOS - DISCIPLINA: Noções de Processamento Químicos e Outros PROFESSOR: RINALDO.ARAÚJO ABRIL- 2010 Noções d~ Processamento Químicos e Outros Prof. Rinaldo Araújo UNIDADE I- INTRODUÇÃO À TECNOLOGIA QUÍMICA L 1 -ASPECTOS HISTÓRICOS DA TECNOLOGIA QUÍMICA · · O ~leciillento da QUÍMICA como ciência ocorreu no decorrer do séc. XVI. So~ nesta época é que os homens ea:meçaram a estudar as substâncias·isoladas e as suas . transformações sob a ação do calor e dos reagentes. Com isto, surgiu a idéia de que tais mundanças poderiam ser consideradas como um assunto que requeria uni estudo especial, da mesma forma que o comportamento das estrelas, os números natnrais ou as doenças do corpo humano. Tal fato, porém, não significou que a Quimica não tenha vivido a soa pré história Sabemos que a ·descoberta do fogo ofereceu a primeira oportonidade. de se fazer transformações químicas, o qoe permitiu ao homem aprender a preparar objetos de cobre, bronze e demais materiais trabalháveis atrav~ deste meio. Esta fase, entretanto_, não aprese:irta Denhum registro -escrito e soa constatação só foi possível através da análise das armas e utensUios da época. . Com o desenvolvimento da civilização, através do aperfeiçoamento das artes e artesanatos, m.nítas sUbstâncias químicas foram utilizadas, mas os artesãos ilão revelavam seus métodos, pois guardavam-nos em segredo para si e para 5eus descendentes Desta forma, o conhecimento dqs métodoS (;()Dtinuava na dependência da análise doS ObjetOS prodnzidoS e usados por eles. .· . . . . _ T~s estes ~os são responsáveis pelo cará±er empírico que a Química adquiriu · . nos tempos pré-históricos e nas civilizações airt:igas, impedindo-a de ser considerada como Gência · A instituição da QUÍMiCA MODERNA como Ciência independente se deu . graças ao desenvoivirgento da TECNOLOGIA, que consolidou definitivamente a parte prática da Química; fazendo surgir, a partir daí a parte teórica como forma de elucidar os fenômenos . . observados na prática Foj nesta fase que se manifestaram as ·primeiras descrições de MÉTO:QOS EXPERIMENTAIS de maneira mais clara, já que os tecnologistas qiie se utilizaram de proéessos qaímicos não aderiram à alquimia Estes pioneiros, embora se limitassem a discatir os métodos, . aparelhos e reagentes, sem mn:ita p:reocnpação com a discussão da teoria, apoiavam-se nas idéias de Aristóteles, ligando as observações re2fizadas àquelas constatações já consolidadas. Com certeza estes procedimen:tos furam o sustentáculo que impediu. que a NOVA CIÊNCIA que surgia mergulhasse nas superstiçõ~ e estagnações estéreis, mesmo que os aspectOs teóricos pe.nnanecessem ina:tivos. ·· . As novas descobertas proporcionadas, bem como a visão renovada dos tecnologistas envolviam tantos fatos recentes qÜe novas teoria.S tiveram que ser desenvolvidas para explicá-los, as quais tiveram granãe :impciso no início do séc. XVII. 1 ;; ; :Vkrecem destaque particular as idéias de PAR.-\CELSUS que abandonanáo a antiga iáéia dos qu.arro eiemenros, propõs a REGR.:..... DAS A.FI:NlDADES para tentar exolicar os· mecanismos das reações químicas. Foi eie que Peia primeira vez na história ge~ernfrzou o.s n~ações químicas ao invés cie consiàerar cada processo como um tratamenr; in.ci.iYidual , ;;ara c~ ~llhstãncia. ~"1~recem 't ambém ~ce e~pecial as obra$ sobre Q'LThliCA :..-1ETA.Ll.JRGICA. e QuThliCA ~-liNER..:\LOGIC~ onde as àescrições sobre o tratamento de minerais eram tão fartamente detalhadas que induia até mesmo as téCnicas de preparo dos reagentes além ~ abordar os aspectos quantitativos· dos processos. Com a e."\..-pan.sâo do uso da balança, a emissão do princípio de conservação · da matéria por Lavoisier e a diferenciação entre mistura e combinação por Boyie foram introduzidas na Química as técnicas de e..'Cperimen!ação e de medidas como: as balanças aperfeiçoadas, o termômetro, as bombas; técnicas estas pertencentes a outras ciências.. · Em seguida foram desenvolvidos. :rn~todos de análises e, mais tarde., as sínteses orgânicas desencadeadas por Wõelier através da síntese da uréia. Embora a história das descobertas e .. ~ invenções acomnanhem aHISTÓRIA DA TECNOLOG~· que pOr esta razão acrut~se intimanient~ ligada à Ciência, sua grande evolução ocorreu em meados do séc. :x:rx, com as descobertas básicas a cerca dos constituintes dos materiais, quando o homem passou. a enfrentar mais firmemente o problema da limitação da quantidade e qualidade das matérias-primas na.J:Iliais através da descoberta dos métodos de prodnção de materiais sintéticos e posteriormente pela retomada da produção de matérias-primas na:ttrrais em grande escala; desta vez bem mais orãenada, utilizando-se dos avanços técnicos verificados na agropecuári~ preocupando-se, inclusive., com o controle ambientaL Este grande desenvolvimento da Tecnologia tem dotado as indústrias~ e em especial a Ind:ó.stria Química de possibilidades ilimitadas de ~ novos prodntos por meio ·cia aplicação de métodos, os mais sofisticados, · capazes de influir sobre os fenômenos químicos, como por e."'Ce!D.plo~ o uso de catalisadores, corrente elétrica., etc., possibilitando uma grande diversificação de produtos. . L2 - AS IMPLIC~~ÇÔES DO DESENVOLVIMENTO DA TECNOLOGIA QUÍMICA . . . . . · NA FORMAÇÃO DO_TÉCNICO EM QUÍMiCA. . . ·Os avanÇos · da TECNOLOGIA QvTh1:rC~-\ com o consequente aumento . das Indústrias Quiniicas tem demandado especialistas com amplos conhecimentos técnicos e que estejam familiarizados com as leis gerais e métodos típicos da Tecnologia Química Tal fato ieqUer para a formação destes especialistas um estudo mais abrangente dos fundamentos teórit.os deste campo de estudos. É portanto, de grande importância que o TÉCNICO E.\1 QUÍMIC~ através do estudo da Tecnoiugia Química conheça, mesmo que de modo genéralizado. os processos qci:micos mais típicos com seus :tea:tores correspondentes, visto que mnitos métodos, procedimentos e equipamentos caracteristicos poderão ser usados n.os ·v ários segmentos da ind:ástria qtrimiCa. A partir dai. fica mais acessÍVel a correlação entre os processos, de modo que se conheça e aprenda a base de certas indústrias fundallientais que, embora se _apresentem em mímero rednzido~ têm grande importância para a economia nacional · . .-·Exatamente peio :futo de os TÉCNICOS v1sitmlbrarem.. de nm modo geral. a oportunidade de trabalharem apenas com um tip6 de processo qtrimico entre os vários estudados na Escola, é que devemos nos preocupar ~ma formação de um TÉCNICO 2 GENERALISTA, de modo que dirijamos os estudostecn.ológicos rumo aos princípios gerais presentes na maioria dos processos quími~os. sem uma preocupação e:-ccessiva com os detalhes técnicos específicos. Estas informaçGe5 que integrarão o conhecimento · operativo do técnico. permitir-The-âo a àevida aplicabilidaàe no se~ c.ampo específico de aroaçcio. !:!Xto ada::t:a6 ea != ci:o Mestrado= Ec!:xac:ão Te:::oo'.ã= da Professora~ Eelenace Jesus Vt=. ::~!:tUfada "'O Em= êe !~=i::g~a Q:-'-·::a =s=:.as 'l"éaliczs". = 1.3 - OBJETIVO PRIMORDIAL DA TECNOLOGIA QUÍivllCA: O objetivo primorãial da TECNOLOGIA QUÍMICA é criar as condições ótimas para a realização dos fenômenos químicos em mn processo produtivo, envolvendo controle de fatores, C{')mo temperatu:ra. pressão, concentração de reagentes, tempo, etc., de modo a garantir um elevado rendimento de trabalho e mn custo de produção. o mais bai~o possível, levando em consideração a qualidade e a quantidaOe ,dos produtos previstos na planta industrial. . . . · ,O conhecimento deSte objetivo, bem como o suporte que permite o seu alcance. o ·qna1 estabelece a ligação entre as teorias desenvolvidas e a prática dos processOs químicos realizados nas indústrias; são indispensáveis para definir o papel do técnico que desejamos formar e que conteúdos e métodos de ensino serão mais adequados para atingir tal finalidade. .Não podemos esquecer que a qualificação deste técnico àeve estar vinculada às necessidades do mercado atual., mas principalmente ao desenvolvimento das suas habilidades de CRIATIVIDADE, CRITICIDADE e COMPETÊNCIA, o ~ .J!le permifuá._c onqnistar o espaço que lhe é devido. ·14 - DEFINIÇÃO, CONCEITO E CLA.SSIF1CAÇAO DA TECNOLOGL'\. . QuThrrCA De acordo com a etmoiogia da ~....IECNOI:OGIA significa a CIÊNCIA da MAE~ da ARTE, da HABll.IDADE. É composta de duas palavras gregas: "~echne" que significa maestria ou arte e · "logosn que significa ciência. . .~o esta traduÇão não·· fornece .uma impressão ·corretá · ·sobre o eonteúdo .contemporâneo desta ciência. Daí, definir-se a TECNOLOGiA. como a ciência -que · eStuda. os processos de transformação das ·matérias-primas em produtos de consumo ou meios de produção. A história da Tecnologia é a história milenar dos esforços do homem para dominar, erri. prgveito, o ambiente material Esta tarefa tem siào possibilitada por dois tipos de recursoS: o uso de instrumentos e a aplicação da razão às propriedades da matéria e da enerria. . - A Tecnologia envolve o uso, pelo homem.., de ferramentas,- máquinas, materiais, técnicas e fontes de ~a, C()m a finalidade· de tomar seu. trabalho mais fácil e mais prodn:tivó. Quando se fala em TECNOLOGL'\. nos dias a.toais, refere-se em geral. à TECNOLOGIA INDUSTRIAL; esta qoe vem ajudando o homem a desenvolver a sociedade moderna.. E sob este ponto de ~ a Teénologia divide-se em dois grandes ramos: a TECNOLOGIA !Y!EC..\NICA - que trata do estudo e aplicação das transformações físicas, primordialmente m.ecâ.IUcas; onde estão envolvidas as mudanças de forma, de aspecto e.'Cterior, propriedades físicas dos materiais; e a TECNOLOGIA seu 3 ·. QUÍMICA. - que se preocupa com o estudo e aplicação àas transformações quimi~ onde ocorrem mudanças radicais na composição, propriedades e est:rurnra inrerna dos materiais. L5 -TIPOS DE PRODUÇÕES INDUSTRIAIS QUE COXSTITtE1 OBJETO DA TECNOLOGIA QtTÚVITCA: A TECNOLOGIA QUÍMICA~. no seu desenvolvimento, cresce à proporção que é amnentado qualitativo e quantitativamente o número de produtos químicos e melhorada a int:rumentalização técnica das plantas indnstr:iais, ·ocasionaiido o mrgimento de novos processos tecnológicos e a combinação mnitila:teral dos vários ramos da tecnologia_ Toma-se dificil citar algmna prodnção moderna na qual não se aplique _ reações qtrimica.s.. Denomina~se Prodncão Ooímica Não Exclusiva. aquela na qual as Reações Químicas .constituem a base do processo prodmivo, como por exemplo: Elaboração de ácido sul:fiírico, Produção de Borracha Sintética, etc.. A estas indústrias, juntam-se outras como: a Metalúrgica., a. Petrol~ :1 Siderúrgica, a Têxíil, a de Alimentos, nas quais as reações químicas têxp. papel importante; ·quer-· na obténção de : determinados produtos, quer no tratamento dos produtoS obtidos, sem entretanto, ser . cioal. pnn - As indústrias de Pro.ducão Química Exclusiva. que par.em de matériasprimas naturais obtêm principalmente !\fatérias Intermediárias que servirão de meios de produção para a elaboração de artigos de consumo, como por exemplo: o Ácido Clorídrico, o Carbonato de Sódio, o Hidróxido de Sódio e o Cloro obtidos a partir do · Cloreto de Sódio natnra1 são utilizados na produção de ~.o\luminio, Vidro, Sabão~ Pape4 Tecidos de Algodão, Plásticos, Fibras Sintéticas, etc.. 1.6 -DIVISÃO DOS PROCESSOS 1ECNOLÓGICOS . . --· . Todos os processos -envõlvidos na· Tecnologia Química estão assun divididos: a) Processos Quím.kos, Conversões Qumlicas ou Proces8Qs Un~tários Que, como já sabemos, caracteriza-se pela ocorrência de uma transformação química, portanto envolvendo reações qu:ími.cas. A efetivação destas reações constitui a etapa mais importanie do processo químico-tecnológico. -Para classificar os Proeessos Unitários, é necessário considerar-se os tipos de n~ações envolvidas: Simples ou CompJexa.s (simnltâneas ou con.sectitivas), H' ·moiíticas (óxidoredução) ou Heterolitica5 (ácido-base), Reversíveis ou Irreversíveis, Eudoténnicas ou Exotérmica~ Espm:itâneas ou Não-Espontâneas. · b) Processos Físicos oo Operações Unitárias Qne são caracterizados pela ocorrência de transformações tisicas sem que haja mndanças de esuutw~ composição e proprieAades internas · :JS substâncias enolvidas. A efetivação destas operações:; eStá intimamente relacicnada como o estabelecimento do Regime Tecnológico de tCabaiho que é constitnído pelo conjunto de 4 par:imetros qUI: têm influência na velocidaàe do orocesso e r10 .renàimenío e aualid:1de do produto final _ I.í- IT APAS DO PROCESSO TECNOLÓGICOS Fundamentalmente os processos químico-tecnológicos são, genericamente, .:ompostos das seguintes etapas., as quais estão intimamente relacionaàas entre si: a) Fornecimento dos Componentes Reacioilais à Zona de Reação Nesta etapa., os ~oentes são postos .em contato de modo que interajam o mais satisfatoriamente possÍVeL Para isso, é .necessário que sejam adicionados 3dequadamente ao reatar_ Daí tomar parte neste evento várias operações, como: absorção. adsorção, c<>ndensação, fusão, dissolução, evaporação, sublimação, difusão,· agitaçào, etc. b) Efetivação das Reações Químicas: A.qui, com a concretização das reações ocorre a formação do prodnto principal. Entretanto certas reações paralelas também ocorrem; tanto entre as substâncias principais quanto entre as impurezas, erija presença é inevitável na matéria-prima iriicial originando produtos secundários (de alguma importância econõmica) ou resíduos de produção (de baixa ou nenhnrna importância econômica). -Daí sei necessário atz;ntarpãra a otirnização do processo e potencializar as reações que têm infhiêncía decisiva· na quantidade e qualidade dos produtos deSejáyeis. · Esta otirnização é obtida quando _se consegue as conQiçõ_es ótimas de realização . do proeesso, o que ocorre através do estabeleCimento coerente do regime tecnológico: que ~cre, como já dis-;emos, nma série de parâmetros que norteam .. o curso ideal das reações. São exemplos ·Oestes pmâtõ.etros: a temperãttl@,~ o emprego de cata1isadores, as concentrações dos ·reazentes, o procetlimento e gran de agitação, o tempo de duração da reação, e~. . As condições.~ ~o são .ditas ótin:l.a$ quando ·propiciam u.m máximo rendimento de p:r:odução e uma máxima produtividade do pessoal envolvido. É ner--esSário esclarecer a..iDda que a mudança de ·qualquer dos parâmetros · estabelecidos implica na modificação das condições do sistema como um todo~ Daí escolher-se-parâmetros de influência decisiva no processo para serem tomados como referencial e'projetar-se os reatares com base neles. . '3 · c) R~peração do5Produtos Formados na Zona de Reação Nesta etapa, o produto principal é separado dos derriais através de uma ou mais operações unitárias de modo a obter a maior pureza possíveL 5 -L8 - AV ALIAÇÀO DA viABILIDADE E APLICAÇÃO DOS PROCESSOS . ·TECNOLÓGICOS · O esrabe!ecimento das condições ótimas de realiza.;:ão de um processo tecnotogJco e, por conseguinte · das diretrizes que norteiam a construção dos eqUipamentos a serem uriljzados dependem ciiremmen.te da relação ctrstoJbene:ficio que resultará de tal investimento. A maior velocidade de produção alcançada com a ajuda do progresso técnico deverá aliar~ à alta qualidade da p~dnção obtida a baixos custos , assegurando ao mesmo tempo, boas çmuiiÇões de trabalho para o · pessoal Por isso é necessário considerar-se de modo racional várias c.on.dições ao se projetar a aparelhagem· industrial e ao se determinar os parâmetros do regime tecnológico de trabalho a ser aplicaào. Entre estas condições citamos: o grande aproveitamento útil da matériaprima (quantidade de Matéria-Prima I quantidade de Prodoto), o custo. por uniàade. de prochh:-ão, o gasto de energia. a. quantidade de matérias au."tiliares, o rendimento prodntivo .dos equipamentos, etC. . . · O perfeito planejamento para estabelecer-se estes pal'âmetros faVorece· decisivamente a melhoria da qualidade, um maior rendimento do tra.halho empregado e um redução dos custos do produto final, proprocionandO, sem dúvidas, um maior retoi'DD à empresa. L9- TIPOS FUND&"\1ENTAIS E TÉCNICAS OPERACIONAIS DOS REATORES QUÍMICOS .. Em uma instalação de produção química, o REATOR é o aparelh.o onde ocorre a REAÇÃO QlJÍiv.fiC.A. . O. reator. clássico é .uma. cal~íra com agitador. evoluído por simples ampliação_ de escala dos recipientes com agitadores · utilizados no laboratório. Nos primó"rdios da Indústria Química as reações eram desenvolvidas como nos ensaios de laboratório, sempre de forma descontínua. Com o ~'Oivimen.to posterior, amnentou a tendência do funcioriamentõ.. aos·reatores de forma contínua nas instalãÇães qllÍmicas industriais. Fundamentalmente pode-se 4eStinguir três modos de operação: · ·1. O funcionameDto DESCONTÍ.NUO, també~ chamado ''BATCH" ou por CARG.:~.S; 2. O funcionamento CONI'ÍNuO; 3. O funcionamento SEMI-CONTÍNUO. L9.1- FUNCI€>NAMEN10DESCONTÍNUO, "BATCH" OU POR CARGAS: Neste tipo de fim.cionamento misturam-se desde o inicio, no reatar, todas as substâncias que participam da reação {reagentes, solventes., catalisadon$, ·etc.). A mistura permanece no reator durante o tempo previsto para se completar a reaÇão; seguidamente, ·o conreúdo constituídO peios produtos obtidos na reação, as matérias-primas não transformadas, os solventes, o catalisador e os subprodutos são retirados do reator e tratados de forma adequada Considerando que no funcionamento descont:ÍmiO~ as concentrações ou as pressões parciais (e quase sempre também a presSão total e a temperatma) variam com 6 o tempo no decorrer da reaçãc~ chama-se esta forma ·áe funcionamento de não escadominã. Sob cenas critérios à.e opera,çio e cconõmicos, o funcionamento qesÇonrinuo ainàa continua St!ncio ôÕf·quad.o e necessário. n.a arualid.ade.. Vantagens: a) Obtenção de prodntos em quantidades relafrvamente pequenas, como por exempio~· muitos corantes e medicamentos; b) Obtenção de vários produtos diferentes em um mesmo reator, como por exemplo. diferentes C{)raníes ou variantes de um tipo de plástico, . onde o fun.cionamenm descontinuo e mais fácilm.ente adaptável e bem mais fle.--ável do que o de uma instalação de funcionamento contínuo. c) Quando existem grandes dificuldades na movimentação dos componentes de reação. como por exemplo no caso de snbstâncias sólidas que se aglomeram em massas viscosas e que·facilmente produzem incru.stações com entupimento das tubrilações e dosadores, impedindo assim uma aiimemação regular. d) Para muitas reações biológicas de ·obtenção de antibióticos, enzimas e fermentos, para as quais .ainda hoje o funcionamento descontínuo é mais econormco em virtude de permitir alcançar rendimentos elevados com as curvas de crescimento dos microrganismos. Inconvenientes : a) O iilevitável tempo perdido no enchimento, esvaziamento, aquecimento e resfriamento do reatar. b) O maior consumo de energia por ter de aquecer.e resfriar cáda carga · c) O maior gasto com a mão-de-obra. Tipos de _!.eatores Descontínuos. Como equipamentos de reação para o.funcionamerito descontinuo, empregam-se tanques ~ertos, tanqt;es fe~, calde.iras., autoclayes que em sua maioria têm a.Cessórios . . · para agitação: T,Jtilizãm:.se também cris9is, ~ubas e câmaras: . . · . · .. · · Campo de Aplicação. Aplicado para reações entre substâncias liquidas ou sólidas. ~o caso de ~oen.tes gasosos, deVido a seus grandes volumes, ex.i~cem-se in._<rralações de funcionamento contínuo ou semÍ-\.':OntÍnuo.. · I.9.2 - FUNCIONAME!'I10 CO:N1"llilJO No funcionamento continuo, os reagentes são introduzidos continuamente no espaço de reação jtmto c.om outros componentes (solventes, catalisadores, gás, etc.) e também de mn modo contínuo sai a tnistuia final que contém :lS substâncias resultantes e as matériasprimas não transformadas. subprodntos, solventes, etc. · · · Mantendo-se cantante todas as condições como : as correntes de entrada e saída, tempe.ratmas, pressões. cargas do reator, etc., o sistema continuo tende a alcançar o estado estacionário. ~este caso, ~ncontnuno-nos diante de um funcionamento em regime estacionário. 7 - Vanta~ens: ·- O funcionamento ~onrinuo permite: ;:; a) um alto grau de m~niZ<Jção e automação; b) Uma menor exigência de mão-de-obra; c) Uma maior unifornridade do produto; d.) Uma maior segurnn.ça de funcienamenta; e) Condições de trabalho mais higiênicas. já que é mais racil conseguir a hermeticidade da instalação; f) Também se poupa em energia, pois não existem os aquecúnmtos e os . r~os do funcionamento de sistema batch. ·Além disto, · uma instalação para .:. timc10namento continuo pode ser constrUÍda de forma mais ~mpacta que uma descontinua iguai ~idade. o que reduz cs custos de investimento_ de .Inconvenientes. O elevado custo em · dispositivos. de medir, controlar e dosar :mmentam consideravelmente os custos de investimentos em até 25%. VISto que estes gastos não dependem nmito do tnmanbo da instalação. sempre tende-se a implantar instalações de fim.cionamento continuo de maior capacidade possível Os processos de fabricação contínuos são pouco flexíveis, pois só pai-a uma ~ capacidade de produção podem alcançar um rendimento ótimo em termos econoiDicos. · \ . Assim. uma refinaria modema qtre só funcione com 75% de sua capacidade de produção, já entra em.regime de prejuízo. Tipos de Reatores. As fonnas técnicas características dos reat.ores contínuos são o REATOR TUBuLAR e as CALDEIRAS CONfÍNUAS com agitador, isoladas ou co.nectadas entre si, furmando uma ·série !ie reatares em cascata . . para as ·reações heterogêneas. empregam-s~ TORRES .DE REAÇÃO (Com ou ·. sem monw:en5 Ín!errulS1. FORNOS TUBu"LARES GIRATÓRIOS e REATORES de LEITO · ESTATICÕ, de LEITO,FLUIDIZADO, &; LEITO MÓVEL e de Nu""VDI de PÓ. 1.9.~ -. FUNCIONA~ffiN!O SEMI-CONTÍNUO G Em m:uibs reações iru:h:Istriais s5o utilizados reatores que apresentam ao mesmo tempo as caracteristicas próprias das operações em Batch e das Operações ContinmlS. . , A este grupo perten.cem.. por exemplo, os reatores para esterificações, onde introciuz-se primeiro o ácido e o álcool (caracteristica da operação em batch). porém "ai ret:ir.mrio-se conrinnamente a li:,aua. que vai se formando para deslocar o má."rimo possível o equilíbrio em favor do éster. ákooi + ácido orgânico ___:=~·ia~·~ éster +água 8 - :;~.- No sentido restrito, uma operação é semi-continna. quando em uma reação participam duas fases de densidades diferentes e a totalidade das fases mais derisa, é introduzida nQ reator de maneira descon.t:ÍII.tla (operação em batch), enquanto que a-fase mais leve se adiciona e também se retira de fonna continua Citemos como exemplo a cloração de hidrocaroonetos líquidos e a fàbricação de pentacloreto de fósforo : em ambos os casos _as matérias-primas (hidrocarbonetos liquídos e tricloreto de fósforo) são ÍIItrodllZidos descontinnamente na caldeira e depois injeta-se continuamente mna conente de cloro até atingir o nível de transformação desejável Na cloração de hidrocaibon.eto ~ácido clorídrico que se extrai cantimwnente; · O que caracteriza a operação semi~ é que não se alcança o regime estacionário em todo o transcmso do processo. O esquema abaixo mostra de fonna ·simplificada o desenho dos principais reatores em uso na indústria química genérica. (bJ (c) Produto Tré:, tipo:> de r::2torcs ideais: (ui r;!ator d::s::ontinuo. 01.: inte~nente . (i?,:rd: ·reucrorr : (bl rl!:.ltor t~:>uhr tpir!g .now reucron e t~·l r~::.tor . çie m!stur.t tm!xed _no"· :-c,Kton 11 O -FLUXOGRAMAS Os fluxogramas apresentam ·-uma seqüência. coon:Ienada dos processos-e -operações unitárias, expondo desta fonna, os aspectos básicos de um Processo Químico. São constituídos .de desenhos feitos sem escala e com representação esquemática do processo. . . Os fluxogramas .jndjCAJD. . os. pontos de .entrada das matérias-primas .e . da energia neCeSsária, como tainbém os p~s ·de remoção ~ prodil:tos e sUbproti:tos. . . Na avaliação geral de um processo · químico, desde a concepção inicial até o detdbamento do projeto e operação da planta instalada, é preciso df>.senhar · nmitos fluxogramas. . . mms Nas etaPas ini~ serão de um tipo grosseiro, na fonna de um DIAGRAMA DE BLOCOS sem nmjta.s in::rorma~ passando por debdhanJento e dimensionamentos posteriores à medida que .aumentam o mímero de infonnações; conseqcência do desenvolvimento do processo no sistema Caracteristico de uma indó:stria modema. Neste sentido, os diagramas de blocos vão ganhando maior volmne de infunnações, de modo que os fluxogramas evoluem passandn de QUALITATIVOS, sem maiores demlhamentos das etapas do processo, a QUANTifATIVOS, qwmdo dão informações mais de-falhadas, inclusive sobre as capacidades dos equipamentos e cfetalhameoto das openu;ões do processamento. Um fluxograma. bem programado constitui a descrição mais concisa de um processo qa:ímico, sendo extremamente revelador no . qae se refere a equipam# dus, de-falhes operacionais e de reações, além de incluirem também informações sobre os tipos de~ as exigências de mão-d.e-OOra e utilidades gerais. · 9 :j ,.,. t~ . .. .- MILHO ~ SILOS TANOUES ·OE MACERAÇÂO ~ ~ · 1~MOAOEM f- ' ~ 'I HIDROCLON&S ~ (GE~MEI 2! MOAGEM ~ I , CENTR(PUOAS _.. CSNTR(fiUOAt : I _t ·. ·t I i: f- I ~ I (CASCAI (OLÚT&NI j: .,. ..__. CONC&N:TftADOR CENTRfFUGO l· '-+ SECAGEM I - ACIDIFIÇAÇAO f - ~ ENSACAMENTO f- CENTR(FUGAS ..__. PU RI FICAOORAS . .. PRODUTO COMIRCIAL t· ------··-·"''" .......... ... . AMIDO ' (.': Figura 1 ~Fluxograma em DiagramR de Blocos da Obtenção do Amido,de Milho · ,, - s Soja $jbra 1 1 Descascamepto [ 7:~cinrenro t---·~1 Moagem grãos quebrados Condicionamento i Flocos com gordura integral Extração por solveqtes Remoç_ão_ cio so~vente Remoção do ::solvente·- · · Branco Cozido .. .Lecitina de grau natiual Flocos desengordurados ou farelo (mínimo 50 % de proteína) Figm:a 2 -Fluxograma em Diagrama dr! Blocos do Processamento de Soja 11 je""~ "J!!• eJ 40 - -;_.....;:;t,tm:==---' ·cu· I ... ! - i Figura 3 - Fluxograma Qu.anritatrvo Integrado em Diagrama ãe Blocos do Processamento de Leite 12 .l :) 'I Alimentador continuo f]' ,' Centrifuga · Centrifuga Lhdvla Borra para sabão Tanque de arma· zenamento •. Secador I a vécuo M1sturador Misturador I Vécuo prensa . Agua aaponécea HIDROGENAÇÃO DESODOAIZAÇÂO rn J. ~ Vácuo Colunas do ACONDICIONAMENTO htdrogenaçào Sacador a vácuo Vapor---+--' injetado > Filtro· ptdnsa ,I Usuário ! : Propano liquido Vapor de égua ... / ... Figurn 4- fi1uxograma da Refinação Contínua de Óleos Comesú~·eis, Vegetais ou Anin\ais, lncluirido-se a Neutralização. a Cliuiftcaç5o, a Hidrogenação e a Desodorimção . .. 'J ~·· ESTOCAOEM R E BFRIAME NTO ORDENHA ......·-·-·-·- ·-·-·-·-·- ·-. -·-·-·-·-·-·-·-·- ·~·-·-·-:·-· r--------------. '"~KM~ f Jp :··-.+M; ~_yl c ·· . . . , ·I I fOI· ···) "--·- $ ... ••tNttA o i"'C "1.-:'r.t' r---------------------------------------------------~-----------------------~ _:~~~~~-l-c----------~·~~~~~"--------r-------~~~~:·~~·!~-----------------I . I -ll<'-'-- _ I· I I ,-·-·-l-·-·-·-·.1...·-·-·-·-·-·-·-·-·-'·-·-·-·-·-·-·-·-·-·-·-·-·- y I I ' • ·. I Ir ---~-------~ I I l ............ ···-~ Figura 5- Fluxograma Quantitativo da Obtenção de ~eite Pasteurizado ,, I I "1·. I I I .... ~ •:: !{!' Salmoura Salmoura ou :Y HrO Salde mina Torre da soluçlio Torre de soluçao concentrado de NH. dllulda, Amónia de reposlç4o ~ · ·tI ',, i~ Coque-..,_-.., \ '"' Armozenamento e empacotamento do oortionato de a6dlo Cloreto de ct11clo / Soluçêo de NH 4C/ 'f) ~ .. Cloielo dá s6dlo Calcário Coque CarvAo (nos caldeiras) Perda de NH, CO, Na,S - Agua de r~lrlgeraçêo Mêo-de-obra dlreta R.eparos e manulençlio 1,50·1, 76 -tonelada 1, 10·1,35 tonelada 0.095·0, 11 tonelada 0;25·0,5 tonelada . . 2 11 -1 kg, como (NH.).SO. >-Por tonelada de barrllho 8 56% 30 8 37m' o.bot-0.002 tonelada 62·76 m' 1 homem-hora O, 7·4,0 homens-hora \': Figura 6- IrluxogrHma Quantitativo da Fabricação de Barrllhn pelo Processo Solvay •' ,........_ ~ ~ ~ ~ ,--.... r ~ ~ --... ....-... ..- ............... ,...., --..... --.... -....... ,.--.. -'""" - - ,.-- ---.... ... .,...........__ ..._ .--... --LEGENDA ~- -- ITEMfDE1 --.. ,.-- ...--.... , --., OEICIRIOÃO ]~i · '!" ~!ii~~~~1~ n~!~là"i~--------ll ')' • ~r -i~i ··i ·~:~:~Oi:;i~!"~iiro·-··-------· ·-· • • o "'o ooo ••••-•···• , •• ,_____ I 1041 I PAITEUIUJAOOII A PLACAI ---·........................ - .... .. .... _.......... -·~· 1 ~ . - ..!~! ~~- ~~~~~~~-~.f!~~~!!~I_IO~ _ A_O'!~~~~-~~-- J!!! - ·I IL!'~!~!!!1~D_9.L_ 107 VALVULA AUTONAT. IIET. ZIPHV:.;R::.__ _ _ _ Toi 108 .i~~~HÍUD~iiA Of;!rrllfiÜÕà lot I I !.~INIL DE COHTROLE - ,LINIIA P/ PRODUTO I 1 - - - - LINIIA P/IUI·PRODUTO - ·· LINIIA P/ VAPOR _ , _ LINHA P/ A'OUA OUENTII! t8 j:l _,,_ LINHA P/loOVA QII,AOA - -..- LINHA PI ELifTRIU _...,... LIOAçlO PNEUMiifiCA WP: o:> w <li-o .2 !2 ~ ... _J4. VÁLVUlA CONTROLADORA DI PREeêlo >-L-tl ~ REGISTRO 1- ~ ~ 3 VIAS 81.1 VÁLVULA OLODO ..f:kl. Ri!OIBIRO IIAVET/1 "9 FILTRO P/ VAPOR -(}- PUROAOOII Dll OONDI!NSADO -rO IIEOI!ITRO fiRAOEM AMOSTRA --, A 106 ~ ... r- €~:~~:o~n3E /I 102 J I -ff- REITRIÇÃO l~jl~ I @ 888,,8 88 , 109 i INDICADOR DI PRIIIÃO INIJICADOR DE TtMPERAfUIIJ\ fl:RNO EUNEHTO IHDIOAOOII CUHTftOLADOit PIIUdO TIIINO fti818TRAOOII vAlVULA AUTONATIOA I I I Flgurn 7- lfluxogruma em PcrRpectlvu cJn 'l'ubulução .Envolvida em um J•roeesso de PnHteut1zaçiio de Leite --:... .- . LISTA ! ~· DE PEÇAS IT~M~QD!.m-~~~~!!!!~--~~i~~~~;~_··!~---~~=~~~!~- i ~ . fi!C!I.~&-!!~- ~l- J.!'!~t!~'!.~-0!!!!~ -~--!!'!!. !J_Z· !~~!!'~~-!.'!_~..~.~!~.~!.::.J!!,!.!!tlo<?_ __. --~- --ll,.L~-e~~~~!!!'!Ç\!!,~!L !:·-·-·-·-----·- !~~­ _!_e! T~!~~~-~!~~~~~~- ! vz• - - ·-- ·- !!! . e i I PORCA CIRCULAR 2" · III -;--:tã §"iiiPLE "l!êPÃHiiiõ"z;~-.- ··---·eie· -iTi' iiiiõi:liiiPÃitilõ. ã·--------"iiiã. _!]_!.. ~!~~E""i~f:.~~~~!!~~:'. !...!: __ ..... -_J.!~- ·f HIPLE EKP. RED. a" 21/1" 8/8 ~·--i-h~i:trc~~ m~t~t~~- tr);. a:ftr--==t~· ·,.------··-·--. ·- .. -··- .. --·----··..-- ........ 'o I I 1 118 15 I 11 I NACIIO [ICI'AHdO 2" .i.4Tõ]"MÃciiõ 'iii>õ. iói:iià 2...-· ---·-·:-··--·--ati 1 a-piTMÃciio iii>õ àiii.iJA ·;··------·---ati +~ · !j~t!~!~~stij~~5 i~~-~~· . :-~=----= !~: ~!!'!!1~ 2.~~-----·-4·-· · ---~(.~. :fE· ·.. 1-~ 1 _____........ ·-- -· ., - - - - -··---- .. ..!! _! .. '!!.!!! .. ... ... . I fi 2 I ANEL OE BORRACHA P/ CONEKAO a" hO'"I to"t"iõ--ÃiiÍ!i. Õi: •oiiiiÂoHÃPioõNiido iilii;' . . ···~onn -i 1 1iT"Ãiiii:õi iiõiinãciiià iõiôõtiu~o-.•--:--ao.iii 'lt. l!~~~Y!:!~o ~~ ·fv.r·:~ :=~~-~-~-=-=-~f ~! . .!~j-~!!~Y,~!0°fo!HP ~1/2" . . . • ~! -~!- -~~~~~~~~~ ~~p _2_~ ••. • ·--.- . - · - -- -·--· !(! 211 t 1 OURY. 90° 2 HP IIEO. 2112" a 2 8,-, :i!: i~f-!~~~~~!iii~ ~~r!ç· P/ !~!~·Iv~· :·. .-.::::~:!1'! .H. 4 ,!_ .~! . B!!~P.~.!.I~!!I~ ~!lt!C: !'1.!!/!!!>. ..l"_............, B/~ I_ .!lH~I!I !'LP.Q"O~ !l!ftCIJLM! ~~·-··--···-·· · .• ! fJ ._1 . -~!!~'!~~!~O~~~ ~!!!~u~~~ ~Y.:l~--- ---· . H~ rt !~~~~IRC~~~!! ..~: .._..- ...... -·-1 fE. :~- ! -i~~n~i ~;;"!-!~~~ :/,. ;o~!~à --···--·· .. o/~ ·-· - · "i"iilrii!M ... i ti/"ÃNóit'RA"- ·- ··- ·- · - ·1 ;,, !~ .. J ..~~~V~ 2 ·-i~ :::! ..:tA~~~~~TpÕ :~!~~y 0/MÊ~B'!~If~ : .. -~ ___ . -~~c·-~.! a ..~' !.~!'1~ .•c~·.o~P.....-.. -·· ·-- .. . 34 I - - · .... . PLUI OALVANIUDO a/4 81P -·· ..... ... • . - •• i .GALY -· -- - ·· ---. -··--- · · - .;_~ ".!.~ . !~~~ ~(~ -~0;4 ~.!!'~.~~~~~~!..!:.!.'!!~-- .. I ·IEioll POL. UT. IJECAPADO INT. t ti/S ·;• ;., ,uiici-iiti iõ4 ·~ ;• ~ i>A"ii!õÊ-i:iD·..;;,; ··-· : • ·· I -- -. Õnil- ~~~ ~!!,~Ji~cAPAO!Li.!Ú~:_ ... ·- l~ti ... ) :( ) '----------.----------· ....-- ... i: • \ . - Fi~urn 8 · Fluxograma em l,erspcctiva isomHrica da Tubulaç§o Envolvida ·em ~m Procegso de fasteua·lzaçllo de Leite ' ' ~ i'. ~ I~ .1· Flgurn 9.- Fluxograma em Perspccth•a Isométrica, dos processos a 11eco c a Úmido de Fabricação de Cimento Portland ,, t Lll -LEIS QUE GO\'ERNA.'\f OS FENÔMENOS EM TECNOLOGIA Ql.7Í7\HCA L 11.1 - Introduçao - O Processo Químico A figura 9 representa um processo ~co genérico. ..:\.o observannos o am.bien.te de uma indústria química, .podemos destacar três fases fundamentais que objetivam rran.sÍonnar as matérias-primas cm produtos~ Estas fases estão represen:tad<ls àe forma ~squemárica na figura abaixo. RECICLO OPERAÇÕES .~s SEPARAÇ.:\.0 DOS ~fATERIA-PRIMA ·· PRODt.i"TOS PRODUTOS SU"BPRODtrrOS E.FLUEN"I"Es . . ... t.•.FASE - . . i .. . TFASE - · ·J· · ·· J•F.ASE __ . _Fi? 9. ~~:Pre:'~ esquemática de um processq qtrimico genérico ---- - -· - · -- --- ·· -- --· - · ------.... ----Na figÚra acima podemos observar que a fase inicial representa a fase preparatória das matérias-primas, qôe tem por obj_etivo adequar as propriedades destas às n~sidades do Processo Quínrico. Nesta primeira fàse, em geraL-a grande maioria Qps tranSformaçõ~ sãO de natu..:eza física como: reduç3o de. tamanho, classificação, transporte, concen~ão, diSsolUçãO,: aqlÍecimentQ, etC. É · poss!vel aconteCer transformações químicas nesta fase, tais càmo:· . combustão, ataque ácido, craqueamento, ·etc. Todas «:!stas preparações têm por objetivo ~ - - -- ~ - facilitar as transf~ões químicas posteriores, otinúzando o processo químico. Após o adec[tiado prepara das matérias-primas, estas podem ser submetidas às transformações quimicai que conãa:zirão aos produtos desejados, correspondendo, neste caso, ã segunda~ do esquema representado na figura 9. Nesta fase, !Illiitas vezes são necessárias etlpaS de reaçõ~ p:ua se conseguir o produto; as quais necessitam: de operações de aquecimento, resfriamento, nristuração, .etc., para serem executadas em condições õtimas. Esta segunda fase represema. o "coração" do processo químico. ·· Na terceira fase, a mistura de produtos, subproàutos e resíduos da reação, é submetida a mna série de operações de separação, classificação e pmiiicação, que objetivam adeqtW a composiÇão dos produtos aos padrões especificados de pureza. e qualidade, bem como permitir a reciclagem dos materiais qae não reagiram. Como podemos observar, existem transfunnações.. .tisicas e transformações químicas um processo químico, todas integradas para atender os objetivos da produção. ,,.árias auxiliares em 19 U 1.2 - tNTRODUCÀO AO BALA'\CO DE ;\L.:\SSÁ E DE 2-l""ERGL-'\. DE Liv! PROCESSO QtiÍMICO . ~ . . Os b3lanços de mass.l e de energia de um processo qü:ínllco têm por objetivo avaiiar n. quantidade de materiai que en:t:rn e sai, bem como àetermmnr a energia consumida ou gerada pelo processo. Tais balanç.os estão fimdamentados ~as leis de CONSERVAÇÃO DA MASSA e DA 8-t'"ERGIA O dimensionamento dos equiprunentos utilizados nos processos quúnicos tem por base o balanço da quantidade de mmerial que entra e sai do equipamento. Para. se calcular a quantidade de material que entra e sai em um sistema, basta tàzer um inventário do fluxo de _ massa que ent:ra, menos · o fluxo de massa que sai dilS fronteiras do sistema. De modo semeihanre, o balanço de energia. é realizado observando a energia que. entra e sai das fronteirns do sistema A ~ão. geral ~ um balanço está indicada m equação -1 e, resumidamente na eqtl3Ção :! : · ·- f~ \)U ma..c:sa -· ·· · l r Energia OU massa ; sistema J L ~ _ · - fEm:rgia \'11 ma= ! :rmtml:!cb no . = I que e:attaliO ~~-l L · ques:li. do smma l + [EDergia . J ·- l -lc:onsumida ; OU massa gcnd3no - Energia OU massa mtema sistema J no l Eq.l . J [Acttmula} = (Entra] - (Sai] + [Gerado] - [Consumido) Eq.2 Os termos de geração e consumo estão diretamente relacionados às reações químicas. Lll.3- TE&\10DINkvfiCA/TEfuv10QT.JÍlvfiCA A termodinâmica fornece dois .impo:mmr.es subsídios necessários ao projeto de um processo qo.:ímico : o calor liberado ou absorvido durante a n~ação e o rendimento máximo <F ~ poderá obter da tn~ É partinPo-se de dados tennod~âmicos como a energia _livre de Çibbs (G) que se poderá calculai: a constante ·c:Ie equilíbrio das reaç~es químicas, e por sua vez,- poderemos calcular o gr.m de conversão do equilíbrio. COIIl:O limite nláxinio ·da reação . ._A energia livre de Gibbs relaciona-se com a Constante de equihõrio através da ~ção 3 abaixo : · Eq.3 onde: A.GO 4 Variação da energia livre de Gibbs em c:ond.ições padrões · R 4 Constante universal dos gases perfeitos T 4 Temperatura absoluta (em Kelvin) K 4 Constante de ~hôrio ) 20 ) ) ) -Oatro ponto importante são os parâmetros termodinâmicos das reações como o calor liberado ou absorvido,' calculado a partir da variação de entalpia (Mi) e do calor de reaçjo. • L 11.4- CINÉTICA QUÍMICA A química estada as reações, soa. forma. e mecanismos, a ·maior ou menor filcilidade com qne ocorrem, a5 transformações :li$icas e energéticas envolvidas no processo ou produtos que serão ·o btidos e, finalmente, o rendimento apresentado.. A cinética química, de modo geral. piocma car.acterizar e analisar os :&tores qae influenciam a velocidade de mna reação química. Na tecnologia quúnica, a cinétic2. de uma reação precisará. ser conhecida se queremos projetar ~ente o ·equipamento em que vão se efetuar essas reações em escala imiustria1. É claro qoe, se a · reação for suficienremente rápida, a ponto de ser considerada em equilibrio, o projeto será mais simplificado. Neste caso, as ·informações cinéticas não serão necessárias, bastando para o projeto, infOrmações temwdmâmicas.. . . A cinética qttimica. é· fim~amentalmente e:~erimental, e a partir dos dados eXPerimentris lev;mtados em laboratórios estabelece-se a equação da velocidade ou a taxa de reação, obtendo-se um gráfico da taxa de conversão cautra o tempo de reaçãa. A taxa de reação ~ é representada de foona genérica como..sesegue: Rt =~=número de moles de i formado V At volume x variação do tempo Eq.4 . 111.5 - C~OLE E INSTRUMENTAÇÃO DOS PRoa;:Ssos QUÍMICOsl . Nos Estados Unidos e em outros países o pmo'SS3mento de dados e os iiiSt:ruinentOs~de eoriipatàçãO:eitâo.:asC:nminâó a-pledominância e o controle"-das:_siStemas dê~ento. É~iiiipo~ desta fon:na; -rião sOmente escolher os instrumentos para registrar tempetatmas ou pressões, mas principalmente ter os dispositivos confiáveis para manter e controlar as condições operacionais d.esejádas. . . . . · Umà ·caracteristica que. é qUa,se. universal na plan.1a química modeiDa é a insttmnentação iiuii<A'dora, oontrolador:i e· registradora das variáveis de processo. Neste contexto os pontos básicos a serem atingidos envolvem: · . 1. Informação irzstamân.ea.- envolvendo os instmmentos indicadores, para a temperatmà (termômetros e tennopares), pam a medição de massas (balanças convencionais), paia a pressão (manô.metros). 2. Registros contipuos: de instrumentos especiais, para registrar te.mperatma, . pressão, massa, vismsidade e muitos ontros dados fisiC<HpiÍmicos. 3. Automação integral ou controle por computador: as reações' sensíveis, as novas disposições de equipamentos e os esquemas de controle constituem sistemas complicados onde é praticamente impossível ao homem calcalar (defenninar) o comportamento do processo dmante a partida ou depois de peLturbado em relação à condição de estado permanente A facilidade com que o computador pode ser prograrilado, a velocidade e a exatidão na resolução das eqnações difeteuciais que modelam o processo e a ·visão que ele fornece sobre o comportamento global do>Sistema em estDdo são as prin~ razões qoe demandam o grande emprego destas máqlrinas na indúsma modema 21 Ii L Lll.6- QUESTÕES BÁSICAS DA TECNOLOGIA QUÍMICA A implantação de mn processo químico requer a resolução ãas seguintes questões fundamentais : *Quais as reações que podemos esperar ? *Com qae '\Tel~ ~erão ocorrer? *Como serão implantadas as reaçõ~? * Qoal o impacto ambiental do processo ? • Qwd.a viabilidade econômica do processo ? .. 112 -REFERÊNCIAS BffiiLIOGRÁFICAS L EPSH I EIN, D., Fundamentos de Tecnologia Química, V. I; Editorial Mir. - . . 2 MUJLIONOV, IP., AVE.RBUJ, A· Y., · FUR.MER, I.E., TIJMARKINA, RS~,. . Tecnologia · Química General, V.l, Editorial Mir, 2.ed, 1979. 3. SHREVE, R.N., BRINK, IR, JOSEPH, A, Indústria de Processos. Químicos, Ed. Guanabara. Dois, 4.ed, 1980. 4 . . SANJUÁN, F.; FERRER, F., Processos Químicos Industria/es -Rama Química, 1980, Ediciones Don Bosco, Barcelona, 1980. ·. " ) ) ) 22 ) ) ) ) ) UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ CENTRO DE TECNOLOGIA ANP- PRH-31 NOTA DE AULA DISCIPLIN•A: INTRODUÇÃO AO REFINO DO PETRÓLEO PROF. RINALDO ARAÚJO O PETRÓLEO, SUA ORIGEM E COMPOSIÇÃO BÁSICA O petróleo não é uma substância uniforme e suas características variam grandemente de acordo com o campo produtor, em funÇão de sua constituição, isto ocorrendo dentro do próprio campo. A American Society for Testing and materiais (ASTM) o define como: " Uma mistura de ocorrência natura~ consistindo predominantemente de hidrocarbonetos e derivados orgânicos sulfurados, nitrogenados e oxigenados, o qual é ou pode ser, removido da terra no estado líquido". " O petróleo bruto está comumente acompanhado por quantidades variáveis de substâncias estranhas como água, matéria inorgânica e gases'. Conforme o tipo de hidrocarboneto predominante: parafínicos, naftênicos ou aromáticos, as propriedades físicas dos diferentes petróleos encontrados na natureza variam bastante~ Pode-se ter desde óleos muito fluidos e claros, com grandes proporções de destilados leves até óleos muito viscosos e escuros, ricos em destilados pesados .. O petróleo é encontrado acumulado em regiões cujo subsolo seja constituído de grande número de rochas sedimentares, que se caracterizam por sua alta permeabilidade,· possibilitando condições de armazenamento. A teoria mais aceita sobre a origem do petróleo é atribuída ã Eng ler e Hoter. Segundo estes cientistas, o petróleo seria oriundo de substâncias orgânicas, restos de animais e vegetais (principalmente ·plânctons) que se depositaram em grandes quantidade~ no fundo do mar e lagos. Esta massa de detritos orgânicos sob ação do calor e da pressão e bactérias, ao longo do tempo, se transformou em gases, compostos solúveis em água e um material semi-sólido(pastoso) remanescente. Finalmente, o material semi-sólido através de um craqueamento catalítico(200°C), tendo como catalisador os complexos organo-metálicos formados, se transformou em líquido(petro-líquido ). As densidades dos petróleos podem variar entre 0,80 a 1,00; em geral, ele é inflamável a temperatura ambiente. Seu odor pode apresentar características agradáveis, típicos de compostos aromáticos, até os fortemente desagradáveis produzidos pelos compostos sulfurados. Composição centesimal média do petróleo ELEMENTO 'Yo EM PESO 83,00 a 87,00 Carbono 11,00 a 14,00 Hidrogênio 0,06 a 8,00 Enxofre 0,11 a 1,70 Nitrogênio Oxigênio 0,50 Metais(Fe, V, Ni, etc) 0,30 I CONSTITUIÇÃO DO PETRÓLEO (PRINCIPAIS FRAÇÕES) A alta propqrção de carbono e hidrogênio, existente no petróleo, mostra que os hidrocarbonetos são seus principais constituintes, podendo chegar até 90'Yo de sua composição. Os outros elementos aparecem sob a forma de compostos orgânicos, compostos organometálicos e sais de ácidos orgânicos. A figura abaixo mostra a distribuição global dos constituintes do petróleo. -··-- ---- - -----.. ; HIDROCARBONETOS (C,H) • ______L_ - - ~ - - - - ~-[~-:~ - ~~ ~-~~-- · -•.: ALIFÁTICOS ! ______ ~---_:_·~---1-~--~ - - ·: _ - -·i ·- ______________L____________________ _i ,_ _ _____[::~~~-~~- I --~=~~~: _1_ _ ___________________L ______ ____ --' -- --------------'--------------- ! AROMÁTICOS OLEFINAS (TRAÇOS) CADEIAS RAMIFICADAS ,__ ____ _ _ __ _ _ _ _ _ _ __ __ __j CADEIAS LINEARES CADEIAS CÍCLICAS ! l L..· ----~--------------- _____ji J lltlONONUCLEARES j 1 POLINUCLEARES . ' . i i ~--------------------------------) --·-· ··-···· --------------------- . NÃO HIDROCARBONETOS (S , N, O, Metais) -- ---___ ::_:______L_ ___-- ----------------- ---- _________ ____]________________ ,--------- - 1 ____ __________ _ 1 RESINAS ._ .. l -·-· - . --- -·-··-·-··-· --------·- ·--·-- ___ J ASFALTENOS - 1 CONTAMINANTES ; i ORGÂNICOS ' ;_ _ _ _ _ _ _ _ ___ _ _ _ __ _ _! CLASSIFICAÇÃO DO PETRÓLEO A atual classificação do petróleo é baseada no conteúdo primário do petróleo: parafinas, naftênicos, aromáticos, compostos sulfurados, nitrogenados, oxigenados, asfaltenos e resinas. As principais frações assim distribuídas são: o Classe parafínica: inclui os óleos crus leves, fluidos de alto ponto de fluidez, com densidade inferior a 0,85, teor de resinas e asfaltenos menor que 10%, viscosidade relativamente baixa. Os aromáticos presentes são do tipo mono e dibenzotiofenos. O teor de enxofre é considerado muito baixo. · o Classe pa·r afínica-naftênica: apresentam teor de resinas e asfaltenos entre 5 e 15'Yo, baixo teor de enxofre, aromáticos entre 25-40'Yo, com moderado teor de benzeno e dibenzotiofenos. As densidades e viscosidade são moderadamente superiores aos da classe parafínica. o Classe naftênica: nesta classe enquadram-se poucos óleos. Em geral, se constituem em óleos degradados que contém menos de 20'Yo de parafinas. Apresentam baixo teor de enxofre e se originam de alterações bioquímicas de óleos parafínicos e parafínicos-naftênicos. o Classe aromática intermediária: compreende os óleos freqüentemente pesados, contendo de 10 a 30'Yo de asfaltenos e resinas e teor de enxofre acima de 1'Yo. O teor de monoaromáticos é baixo, em contrapartida, o teor de tiofênicos é elevado. A densidade é usualmente elevada (maior que 0,85). o Classe aromática-naftênica: são derivados dos óleos anteriores por degradação bioquímica, podem conter de até 25'Yo de asfaltenos e resinas e o teor de enxofre oscila entre 0,4 e 1'Yo. o Classe aromática-asfáltico: Compreende os óleos pesados, viscosos, resultantes da alteração de óleos intermediários. O teor de asfaltenos e resinas é elevado (entre 30 e 60'Yo). O teor de enxofre varia entre 1 a 9'Yo. _ Principais estruturas moleculares da composição do petróleo • HHHI-tHH I j I t I 1. H.·c-c-c-c-c=c I i 1 ' ~ H H H H H (b) Hormal Hexeno,C6H~ H I H, ,-c....__ ,H c c I 11 11c~Ç/c'H H (d) f,enzen!! 1 C(IH6 H, H-C-H HHHHHH I I I t I t c-c-e-c-c-c I H I I H H l- H I ~ ~;~ ~ I i;i H-C-C-C ~ C-C-H I O I I I H li H H j.j H • H-C-H HI HI HI H-c- e-cH I I l 1-1 H I H I c- H-C-H I H 2-2 Dimt+hyl butane cf> H,,. ( f) l5omeric li&O·paraffi'n Compoonds FHl. 2-1. StriwliH&I ftwnuallll! flf hyda·or.arooiUI. R -o ........... / Alkyl :sulfa.es Hydro9et1 sulfídl! H~s-H Mtrcoptan~: Methyl H-S-R Bentyf H-S-CH, H-S-::-CeHs p;,ultld•~ Methyl y.................. H-0 R-S-R R-s-s-R (CH2)n ' o o11 Sulfon~s R-S-R 11 o s CH.,-S- S -Ct'ls s< I Q ~-S-R ti CH1-S-CH3 c.. H~~s ~c .. H 9 CHz Cy~:lic sulfide~ ~-ó''õ R o Sulfonlc ocld:s s~,.~tf-oll.ldtt$ SulffdU! Methyl n- Butyl o s Thiop~9nt H-C/ 'c- H li 11 H-C-C-H Fw. 2-4 . Struct\lra.l rormulu or aulfur compounda. The symbol R reren to an alkyl tadical, i.e., a group of earl;on and hydrogf!n &tom!!. ) ) (t.J I H ! H (~IO) i H lhni< co . . ~oe·.· .. N f Belii-I o( II quinohn~t J .. Tabelas Típicas de Composição de Diferentes Amostras de Petróleo o TABI.& 2-3. UI.TIMA'f}J CHEl.UCA.L ANALYSES OF P~TROLEt.JM ' ... Petroleum _ .... .... _,_., .,. . . -- . ~ -· - --- -- ~. - - ... -- Sp At gr o ____... - - - Pennsylva.nia pípcline .. 0.862 Per cent H Per cent c c 1.14 12.9 Baku, U.S.S.R .. . ... :, 0.897 Colombia, South America .......... ·I o .948 ... 86.5 s Baae 11.7 14.2 Mecook, W.Va. . . ...... 0.897 o 83.6 Humbolt, Kans . ... ... . . 0.912 . . . 85.6 Hee.ldton, Okll\ ..... oo. . . . 85.0 Coaliriga, Galif ... . .... 0.951 15 ' S6.4 Beaumont, Tcx ... . . . · . 0.91 ... 8:5.7 Mexico ...... . ... . .. . 0.97 15 83.0 ' o fler cent 12.9 - ~-- 15 85.5 '4 ••• Per cent - - - ·-·--·-...-.----. . ..... Paraffin ..' . Paraffin 3o6 . . . . ... 0.37 Mixed ... 0.76 Mixed- ··- - · -~ Per cent N 12.4 11 .o 11.0 12.0 • • ..... . t. ... 2o6l 1.7 o .... 0 .60 0.70 4.30 Naphthene Naphthene Na.phthenc 1.6 20 85.62 11.91 Oo54 Exemplo de Composição Típica para um Óleo Cru de Base Aromática t ·c - · --- ·-· • .., .,.. .... -... ,,. .._. &UW'-1" .. "' ~ u ô 10 a: g ~s ~ ~ .. :1 ~~- '~IITi~íf~~~r--t--+-~--~~+-~ ~ ' ) ) ) ) NATUREZA DOS HIDROCARBONETOS QUÍMICAS VERSUS PROPRIEDADES FÍSICO- As tabelas a seguir mostram as principais correlações entre as propriedades do petróleo e os hidrocarbonetos que o formam: Principais famílias de hidrocarbonetos e propriedades associadas Massa específica Indice de octano Ponto de congelamento Indice de c etano Craqueamento Variação da viscosidade com a temperatura Resistência à oxidação Parafinas Baixa Isoparafinas Naftênicos Aromáticos Baixa Média Elevada Ruim Bom Médio Muito bom Bom Muito boa Boa Baixo Muito baixo Bom Elevado Médio Médio Baixo Médio Fácil Fraca Fácil Fraca Razoável Média Muito difícil Fácil Elevada Fraca Boa Boa Boa Ruim \, Olefinas Baixa Ruim - 1-U[IRIP/CIIJiTE'. ' 0.U.4Ni/O o P'f<ol?V[O:; UM 01-!iO / / Principais famílias de hidrocarbonetos e características dos produtos derivados Família Parafínicos Naftênicos Aromáticos Produto QAV Diesel Lubrificante '· Característica Combustão limpa Facilidade de ignição Estáveis à variação de temperatura Variáveis em função da composição e da concentração Gasolina Nafta Q AV (bJ.u;;.pggJJf. ~n- 4vJA-c.; oJ. Lubrificante Otima resistência a oxidação Gasolina Solubilização de substâncias Solventes Formação de agregados Asfalto Elevado conteúdo de carbono Coque Influência dos contaminantes nas propriedades do petróleo Sulfurados Efeito XXX Toxidez Poluição XXX Corrosão XXX Acidez XXX Odor XXX Depósitos XX Instabilidade X Danos a fornos XXX Envenenamento catalítico Contaminante Nitrogenados Oxigenados Metálicos XX XXX X XXX XXX XXX XXX XXX X XXX XXX x x x Grande influência x x Média influência · x Pequena influência ESQUEMA GERAL DE FRACIONAMENTO DO PETRÓLEO Feedstock n-Heptane Sllica or .llumlna C.;wbon Olsulflde or F>yridlne 3. BerueneMelhanol Res~ns : (Polars) 2. Benzeoe Of Toluen11 Aromatfea 1. Hept11ne Saturates ) ) ) ) ) ) ) Quadro geral de Distribuição de Propriedades 1. Características de Volatilidade (inclui: pontos de ebulição, pressão de vapor, pontos de fulgor). ' 2. Características de Combustão (inclui: números de octano e cetano, poder calorífico, ponto de .fuligem, etc). 3. Características de Escoamento (inclui: viscosidade, ponto de ·fluidez, pontos de congelamento e névoa, ponto de entupimento, etc)~ 4. Características de Estabilidade Térmica e Química (inclui teor de go'mas ou oxigenados, teor de nitrogenados, resíduo de carbonos, etc). 5. Características de Poluição e Corrosão (inclui: estimativas de acidez e salinidade, teor de sulfurados, corrosividade, etc). Principais metodologias de caracterização do petróleo e seus derivados (combustíveis e lubrificantes). 1. Metodologias para qualificação do petróleo 1.1. Composição via curva de destilação PEV- Ponto de Ebulição Verdadeiro (ASTM D-2892) Princípio: envolve a determinação dos principais cortes ou frações que constituem o petróleo. Os rendimentos para cada fração · são correspondentes aos intervalos de temperatura usados na separação. O procedimento consiste em uma destilação atmosférica e a vácuo do material bruto, recolhendo-se os produtos a temperatura constante ou a volume constante. Asslm·é que se separam: Gás combustível e GLP (entre -44 - 0°C), nafta leve (32 a 90°C), nafta pesada (90-190°C}, querosene (100-270°C), gasóleo leve (270-320°C}, gasóleo pesado (320-390°C), gasóleo leve a vácuo (390-420°C), gasóleo pesado a vácuo (420-550°C}, resíduo de vácuo (> 550°C). Do ponto de vista instrumental aparatos (colunas) de destilação manual ou automática são empregadas. 1.2. Densidade relati va e Grau API . Princípio: refere-se à relação entres as massas específicas do produto e a . de um padrão. No petróleo esta propriedade relaciona-se ao conteúdo de frações leves e pesadas da composição. A forma mais usual de expressar a densidade consiste em se determinar o oAPI da amostra, conforme: a expressão: APJO = 141,5 - 131,5 dl5 ,6 ! 15,6 Do ponto de vista instrumental densímetros manuais (flutuantes) ou automáticos (princípio ótico) são empregados. 1.3. Ponto de fluidez: Princípio: corresponde ao menor valor de temperatura no qual o material (petróleo) ainda flui ou escoa. É um indicativo da parafinicidade da amostra, aumentando com a mesma. Os petróleos com base · nesta propriedade são classificados como BPF (baixo ponto de fluidez) e APF (alto ponto de fluidez). Do ponto de vista instrumental a determinação envolve o uso de aparatos específicos, incluindo banhos, sistemas de oscilação e detectores de nível. Outras propriedades: Teor de Sal Acidez naftênica. - Índices de caracterização (Smith e Watson- PEM, Maxweii-PEM, VGC, IV, Kw- PE x d, BMCI -PEM, API x ponto de fulgor, ponto de anilinaaromaticidade, Huang- refração), ) ) .á 'I" Q, . l .LI... ,.na.tses utmtcas _cromatografia gasosa (para compostos com PE entre PEI-250°C), _ Análise elementar (excitação térmica e detecção ótica): para • compostos com PE entre 200-500°C, _ Cromatografia líquida: para identificação de famílias ou grupos de hidrocarbonetos (para compostos com PE entre 200-600°C). _ metodologias específicas de correlação de índices (análises conjuntas de refração -IR, viscosidade .., .e de enxofre por Raios-X, nos permitem calcular os teores de .carbonos parafínico-P, naftênico-N e aromático-A. EX.. Petróleo . Método SARA (saturados, aromáticos, resinas e asfaltenos) solventes e adsorventes. uso de EX: Derivados tipo frações leves (naftas, QAV, querosene, etc) Método PONA (parafínicos, olefínicos, naftênicos, aromáticos) : uso de adsorção em coluna contendo indicadores fluorescentes, extração seletivas com solventes (frações S, O, A). Análises subseqüentes de refração sobre a fração 5 nos permitem determinar P eN-separadamente. 2. Metodologias para qualificação dos derivados combustíveis e lubrificantes 2.1. Composição via curva de destilação ASTM Princípio: envolve destilação dos derivados (gasolina, QAV, diesel) sób condições controladas e separação de frações a temperatura ou vo1ume controlado. 2.2. Pressãó ·de vapor Reid Princípio: envolve a determinqção da pressão de vapór (barómétrica) no interior de um cilin~'ro apropriado (l 38,7°C. 2.3. Ponto de Fulgor Princípio: envolve o .b.quecitn~nto constaMe da amostra sob a incidência de umo centélhd onifortrie até' que sft jnicit tH1rf5rocesso de queima de duração muito breve (f,f0:$h).  1empei4:h.lr.'d.cCitt~~~cte neste instante é o ponto de fulgor. O pdtfto dt'(utg~ ~ ttrt\(1. ~lrh~fÍrãttrr'átanto menor quanto maior é o teor de tevês da mistura: 2.4. Índice de octano (número de octano) Princípio: Corresponde à porcentagem volumétrica de isoctano (2,2,4trimetil pentano, iso-CsH1s ) e mistura com heptano (n-C7H16), que queima com as mesmas característica s de detonação e intensidade sonora que a amostra em análise. Aplicável para motores segundo o ciclo OTTO. Como se conhece a composição do sistema de hidrocarbonetos (e seus n°s de octarros -NO) é possível, de forma indireta, se determinar o IO da amostra (combustível). Os valores de NO's de hidrocarbonetos puros se encontram devidamente relacionados em tabelas específicas. O índice ou número de octano pode ser de dois tipos: MOTOR (MON) ou Pesquisa (RO.N). A diferença prática entre eles se deve às diversas condições de operação do aparato instrumental usado na análise de cada um (MOTOR padronizado ou de referência). A octanagem cresce com o teor de isoparafinas e de insaturados (estes dentro de certes limites). 2.5. Índice de cetano (número de cetano) Princípio: Corresponde à porcentagem volumétrica de n-hexadecano (C16H34) em mistura com a...,-metilnaftaleno, que produz um combustível de mesma qualidade de ignição que a amostra. O IC cresce com o teor de carbonos saturados e não ramificados da composição. Semelhante ao observado para o comportamento de octanagem diversas tabelas relatam _os IC's de hidrocarbonetos puros. A determinação experimental pode ser feita em motor apropriado ou via correlações de IP e da T50'Yo ASTM. 2.6. Ponto de fluidez Princípio': segue as mesmas considerações descritas para o petróleo. Neste caso o ensaio é aplicado para combustíveis e principalmente óleos lubrificantes. '" 2.7. Viscosidade Princípio: envolve a medida da resistência do fluido ao escoamento. É aplicável para todos os aerivados do petróleo, a exceção do GPL e gasolina. A determinação envolve o uso de banhos e vidrarias especiais calibradas onde se cronometra o tempo de escoamento da amostra, a diferentes temperaturas, em uma seção previamente definida. 2.8. Teor de enxofre Princípio: envolve a queima da amostra em sistemas fechados para formação dos gases sulfurados (502 503), os quais são absorvidos em água. o ácido formado é então submetido a procedimentos de análise volumétrica (acidimetria) ou gravimétrica (precipitação como BaS04). Outros ensaios envolvem a reação com prata (enxofre mercaptídico), com plumbito de sódio (ensaio doctor para RSH). Para combustíveis é .mais comum o ensaio de corrosividade a lâmina de cobre ou prata. Ne·ste caso, corpos de prova padronizados do metal são contactados com a amostra em tempos prédeterminados. A análise final consiste ria comparação das cores formadas (devidas a prováveis produtos de cçrrosão) com lâminas-padrão. e 2.9. Teor de gomas Princípio: envolve a determinação do resíduo (borra), insolúvel em n-heptano, resultante da evaporação de quantidades definidas de amostras combustíveis. 2.10. Estabilidade térmica Princípio: envolve a análise dos produtos formados quando a amostra é submetida a aquecimento a altas temperaturas (200°C). 2.11. Resíduo de cat'bono Princípio: envolve a determinação do resíduo formado durante a evaporação e pirólise (> 500°C) do material. SAfDA BOMBA DE VÁCUO Figuro 1.37- CURVA DE DESTILAÇÃO PEV DE UM PETRÓLEO ,__ ~ 50 G.IO I 3 u Fl;uro 1.36 • APAR~LHO PE Df;$TII.,A'j=ÁQ P{;V '\ 40 0.15 30 o.to FIGURA 1.42 • DENSfMETRO J ' I [ DESTILAÇÃO ASTM ... I·........ APLICACÕES - .;... .. . •.' ··:··· . ~~i,:.;;~~~;~~::;::~~ T 1 0 % - PARTIDA DO MOTOR T 5 0 % - AQUECIMENTO ~-:-GASOLINA:: . I---+ ~~t%t~~~ ··-·-··1 -·-·--·· .:.··.·· ·~ c. -c. GÁS COMIUnfvfL I { DIFICULDAD~ DE VAPORIZAÇÃO E 1~-v c. o-c c, DE FORMAÇAO DE RESIDUOS -~ PoNro rlNA~ í?'E EevL-I,C/<0 c, NAnA ~-i~~~-:~-:;~.-··:.:~~::~. ~·:f :·.~~· FACILIDADE DE REACENDIMENTO T10% ~E~t~~t:\, PFE ~~:: ':~ ~· . ._ ~-·_:_,_\;:::-,.:;1 p::;.QJE.~E,l:~·.;:;, I - PARTIDA E DIFICULDADE DE vt~ORI-ZAÇÃO E FORMAÇÃO DE RESIDÇJOS 1'15 X ~ PI'IRTIPA P"O Morar<• 'FACILIDADE, PARA fORMAR T 85 ~ DUOS E COQUE NA CÂMARA Vo A I\I; lat)o(; RESI- UVl' ·I :U<K: A l io-c I I TERM0METRO SA(DA DE ÁGUA CONDENSADOR / i I· I li n~c~~ C., l~ - --t-------y----~-~-=:s;;;.:::::;~ ;j .l ! c., 1 - - 1- . . Figuro 3.5 ·APLICAÇÃO A SIGNIFICADO DO ENSAIO OE OESTILAÇ÷::> ASTM ,c, ··~ IINI.l I ( tOH10 DlUUUo,i.l.o t+---1· ............................. ,.........~.~~~-~...... Cu•Cn A I~ DE ~~ G.Lr c, raorANO ECONOMIA · r 90% E PFE ' 'I :r H v c,; COI lU om. A II I IDIO---IIA' · ! ..~., I:~. · 't'ÁCVO I 1 LfVI . I GASólEO INTUMl· DIÁIIO i GASóllO ' .: -r - - t:> I - '' I fu.t.DO i ! -rI TIMrllATUIA Ol UUliÇ.I.O FIGURA 1.39 ·EXEMPLO DE TEMPERATURA~ DE CORTE DAS FRAÇÕES BÁSICAS ÓE REFINO AQUECIMENTO I 1I c: ;> I c:::=:!:::::J Figura 3.6 • APARELHp PARA O TESTE DE DESTILAÇÃO ASTM l'lLTJIO OE: L.( D! VDOlQ 7~ _, i \ VA.i'Ofl -~ wCDIOOfl oc w.zlo ' . .. ·· J I ;., .::/ 11 ~CT'Oft L::~ ~ ~ ..JJ ...... 11 I t: (~ · r 1i:· I ..J--. / TD<NÕMcnto / ----------------- -- --- --- -- -- -- -- --- figura 3.55 ·APARElHO PARA A DETERMINAÇÃO DA GOMA ATUAL NA GASOLINA • . . figura 3.44- APARELHAGEM PARA DETERMINAÇÃO DO PONTO DE FLUIDEZ AGITADOR TAMPA 0€ '\ASBESTOS [@ iil ?IROMETRQ INDICADOR E CONTROLt.DOR.L TEJ.IPERATURA Dt. OPERt.plo ( 550! !5,!5 °C l CORREHTf: VI:!COSÍt,!ETilO { AQliEg:::WEHTO ----, ty I 8.\NHO oc A~ UNIDADE D€ AQUECIMENTO Of 1700 WATT~: ___ j ..._ · ,u&._ J.• "--"'- _,; ....__ ..._..., TERMINAIS 00 AQUECEDOR E • DO PAR TERIIIOEL.ETRICO Figura 3.59 · APARELHO PARA DETERMINAÇÃO DO RESfOUO DE CARBONO CONRADSON . labelo 1.25 ·ANÁLISES QU[MICAS REALIZADAS NO PETRÓLEO E FRAÇ0ES PRODUTOS DOSADOS fRAÇÕES OE PETRÓLEO METODO DE PIE·I40=C Crcmna:ogrof:o em fase gasoso (CG) Todos os compostos químicos existentes no froção, Aí compreendidos os produtos sulfurados .. 140-250-C ·CrQlllT\Otogrofio em fase gasosa (CG) n-Porofinos. produtos sulfurados e nitrogenados 250-350"C e I Anóise Elementar Carbono, · hidrogénio, oxigénio Tot'IIOmelria Medido do mosso molecular . ANÁLISE 350-~C Fratcionomentci por ern fase liquido (CL) enx~fre, ;· nitrogénio e l cromatografia '! Hidrocarbonetos saturados (~nálise em famílias; por CG dos n parafinas produ;tos sulfurados) ;- .. Aromáticos (análise por em; séporoção por CL de mono Di. !ri e polioromáticos) · Resinas (análise elementar e r-jíquel e vanqdio) 500-6500C Fradonomenlo por enm fase líquido (CL) cromatografia C, H, N. O, S e ·Ni. V (tal como;:io coso anterior). A observação de que neste Çaso a separação é muito mais difícil pelo pre}enço de osfoltenos, os. quais sào também separacjos :~. C. H. N, O, S e Ni + V 600+ ~ <!flll- I -l t PONA Figuro 3.52 ·APARELHO FIA d20/4 SATURADOS ORIUNDOS DO FIA GRÁFICO 11 n2o 0 c '' Figura 3.53 • OETEMICAÇÃO DO PONA .. . . . : . . ' . . ... ~ .. . .. -·: ~-= - ~: :_·__ _:_:_ ..:.:... .. :.".:.·,_, _ Tabela 4 .1 ·APLICAÇÕES COMERCIAIS DAS FRAÇÓES OE DéSTll.AÇÃO DO PETRÓLEO fAIXA QE DESIItAªQJ~9 FRAÇÃO 2. . 'I :::s-C8 ulJoix.o· do -44 Gós cornbu)lívol Co mbustí·.,tel . doméstico e in~Jusl.-iol; Petroquímica Gás liquefeito do petróleo t~oflo léve olmmfé:rico 32 o 90 Gn> olin< ,; P<:lroquímico; SoJJt:r.tf:> 90 'o Gm olino; Oblonção da Ato{·nóli..:cJs Ql; C::JAV; ôtoo diesel; Dolcrt-~enltl~ . :zs-c3:;2 Gasóleo lovc do vóctJO Gos61eo pesado de võc:uo Resfduo de Vócuo L.N~õ ~9f'Jt.A. :- IYO 270 320 100 o 62-C~.1-6 Querosene C,16 - ·C:zo Gos61eo leve olmosfé:rico C,:z:L-C28 Gasóleo pesado atmosférico ~C"'o Gós c.on•bus1íve1; Matéria pçJra potroquirnica o a -44 Ca-C:1.2 Nof1o pcsod? otmosft!;rico C32- Ctf< ··--_P~L~CtrAJS APLICAÇÕES CQ!v\E!lE.:!A.IS ---..--1 270 o 320 o 390 3'}() o 4/.0 420 o 5!.i0 Corna <Je: fCC; lubrificoniE:l ocilüo de 550 Ól€' o r.nrnbtJstivel; lubrificohtes: / .~f·:J!Io't Ólu o dilHt:l; Óleo de Aquecjmr.:nlo I Óle o diesE:I; Gasóleo Pelroqi.Jin 1i.-:o I \Jbl •lic• H1lc:~; ótoo diusol . . - . .. ..... ,,.. .. ·I ·.~=------~----------J Tabela -4.2 • Al'liCAÇOES COMI!RCIAIS DAS F.IV\ÇOI!S DI! FCC ->- fõr<tv\11 iJ ~ A-91=A1-T'1&/I FAIXA OE DESTILAÇÃO (°C) --pRINCIPAIS ArLICAÇ6!~- FRAÇÃO Gás cornbuslivel; Matéria por o petroquímica . abaixa de -44 Gós combustível ~ , lnduslriol; domóslico Combustível Obtenção de gasolina de o·.·k1Çch• o -·44 o Gás liquefeito do petróleo .. ~~ Norte do craqueomonlo 32 o Óleo leve de reciclo 220 o 340 Óleo D.aconlado Coque , _, ---------.. r- S' ,ul•t f I ·l • ' • ' • 14 \. ,, .•• , t• Ólec diesel; Óleo Combusliw:I / 3.t(0 em dionl9 P.•'l-;íduo oromólico; Oblenc;.f• o dn coquo - Tola!menlo queimado no reç J•~nerador ' _., _.. __ Go\nlino 220 - ·- -~--~~ Tabela +.3. APUCAÇ0ES COMERCIAIS DAS fRAÇ0t:S DE COQUEAMENTO RETARDADO Y~!~!Ç";~fAIS APLICAÇ0ES CO Mt:RCIAIS" -- ·- - - -·" ""-----! FAIXA OÉ DESTILAÇÃO { 0 C} F-RAÇÃO Gt'l~ c:or~.l.·•.·~livol; otloixo do -44 Gó\ combustível o o Gó~ C:nrnl ;tJ~tivel domôslico e in c1ll:>lriol Gás liq\Jcfcilo do petróleo -44 Noflo de coquecimenlo 32- o 220 Go~olin•J - inditolomenle Gasóleo leve do coque 220 o 340 Dicsc:l· incJirclornente: Óleo Cc·rr Óleo combustível 3·19 em diante Gasóleo pesado de coque - Coque .. Coq\Je verde _;.,.. ·--·.. Tabelo 4 •.f-. APUCAÇ0ES COMERCIAIS DAS FRAÇÕES DE REFORMAÇÃOCATALfriCA ~ rRAÇÃO FAIXA DE DESTILAÇÃO ( 0 C) PRINCIPAIS APLICAS:q.§ S. COM~RCIAIS · abaixo de-·U Gó'i combustível; Matéria p oro petroquímica Gós combuslívet l-lidrolr<llamenlo; H2 Hidrogênio Gasóleo petróleo · liqÚ_ercilo do -44 o o Corr.bustivet doméstico e induslrk!l 1~~~~~o: Oblençco de ar -- __________ ... - 32 o 220 Nofla de reformação ·, ......... --- T~beta 4.5. ETAPAS- 1EPRooup~~ oe.~~~o~~ ~~B·~',~!Cf~ms ~~s~_ços_ (ROTA SOLVENTEJ_________.., OfSASfAlTAÇAO f'I\OCESSO oesARoMÃrJzAcXo DESPARAFINA O HIDROACABAMENTO Corga Roslduo de vácuo Destilados ou dOS· Rofinodo ou desll· Desporc•fi•10do parafinado IÇJdo CJ desosfollo· rofinodo t Jo Prod. principal · Óleo.desosf. ou . Produto secundário Asfalto proprle- Residuo Principal dode alterada bono _ _... ..- ...- ..... de Refinado . Despnrarinodo Exlrofo aromático Parafino oleoso cor- fndlce da de . -. de. -- viscosi· - ~ · --· r•onlt) de fluidez ---- '!< Hidroacobodo • (óleo básico) ') Cor -~·----·· · ' _ _ .. __ __ •• _ -_ _ _ _ · - -- - · · · • • ) ) O PROCESSO DE REFINO DE PETRÓLEO Fonte <http://www.petrobras.com. br> i 1. INTRODUÇÃO O refino do petróleo constitui-se da série de beneficiamentos pelos quais passa o mineral bruto, para obtenção de produtos determinados. Refinar petróleo é, portanto, separar as frações desejadas, processá-las e industrializá-las, transformando-as em produtos vendáveis. O objetivo inicial das operações na refinaria consiste em conhecer a composição do petróleo a destilar, pois são variáveis a constituição e o aspecto do petróleo bruto, segundo a formação geológica do terreno de onde é extraído. Há tipos leves e claros como a gasolina, outros marrons, amarelos, verdes; alguns pretos e outros, ainda, verde-escuros. Petróleos ácidos ou acres são os que possuem composto de enxofre em alta percentagem, tendo cheiro peculiar; já os tipos doces contam com baixo teor de enxofre. Segundo certos autores, os chamados petróleos ácidos contêm gás sulfidrico em concentração acima de 380 mililitros por 100 litros, sendo perigosamente tóxicos . Já os óleos doces não contêm gás sulfídrico. Na refinaria, o petróleo é recolhido aos tanques de armazenamento após ser transportado por via marítima ou terrestre e depois de ter percorrido, às vezes, milhares de quilômetros. Compete aos laboratórios a avaliação do petróleo a ser destilado, bem como a indicação da possibilidade de obtenção dos derivados. Diversas são as refinarias, no entanto, com unidades de processamento projetadas para refinar uma espécie definida de petróleo. Assim, muitas vezes, acentuada · variação de viscosidade ou maior ou menor teor parafínica poderão acarretar distúrbios no funcionamento dessas unidades e mesmo posterior paralisação. Veja aqui o esquema básico de refino do petróleo. fecha r ~~-. GÁS LlQ UEFE:ITÓ DE PETRÓLEO PETRÓLEO GASOLINA QIJE:ROZENE ÓLEO DIESEL ÓLEO COr·1BU5TIVEL 2. NPOS DE HIDROCARBONETOS Saturados: Neste caso, as moléculas contêm quantidade de átomos de hidrogênio suficiente para saturar os átomos de carbono . - Parafínicos (cadeias retilíneas com ligações simples) - Naftênicos (cadeias fechadas com ligações simples) Insaturados: Neste caso, as moléculas não contêm quantidade de átomos de hidrogênio suficientes para saturar os átomos de carbono. -Aromáticos (cadeia fechada , apresentando ligações duplas e simples altern::~das, ou seja, núcleo benzênico) - Diolefinas (cadeias retilíneas com duas ligações duplas) - Acetilênicos (cadeias retilíneas com ligação tripla) . Classificados, usualmente, segundo a base, os petróleos podem ser parafínicos, aromáticos, naftênicos ou mistos. Os petróleos brasileiros têm sido, predominantemente, de base parafínica. 3. A GASOLINA No Brasil, é utilizada uma gasolina única no mundo, pois trata-se de uma mistura de 80% de gasolina e 20% de álcool etílico (etanol). O teor de álcool na gasolina é especificado pela Agência Nacional do Petróleo- ANP, e é objeto de lei federal. A gasolina que compõe essa mistura é produzida, em sua quase totalidade, pelas dez refinarias da Petrobras. O restante, por duas outras refinarias, ambas privadas: a de Mangüinhos, no Rio de Janeiro, e a de lpiranga, no Rio Grande do Sul. Já o álcool é produzido a partir da cana-de-açúcar em diversas destilarias espalhadas pelo País. A composição final da chamada gasolina brasileira, ou seja, a mistura de gasolina e álcool, é realizada pelas companhias distribuidoras, responsáveis também pela comercialização final do produto nos postos de serviço. Desde janeiro de 1992, a gasolina brasileira é isenta de chumbo . O chumbo era utilizado mundialmente para aumentar a octanagem da gasolina, mas, por questões ambientais, vem sendo gradualmente · eliminado. O Brasil foi um dos pioneiros na eliminação deste componente da gasolina. A octanagem mede a resistência da gasolina à detonação ("batida de pino"), o que leva à perda de potência e pode causar sérios danos ao motor, dependendo de sua intensi?ade e persistência. Atualmente, estão à disposição dos consumidores brasileiros três tipos de gasolina: comum, comum aditivada e premium. Por uma estratégia de marketing, algumas companhias distribuidoras atribuíram nomes fantasia às suas gasolinas aditivadas, mas não existe diferença sensível entre elas. ) ) ) ) ) As gasolinas são classificadas, mundialmente, de acordo com a sua octanagem. A octanagem das gasolinas brasileiras é equivalente à das gasolinas encontradas nos Estados Unidos e na Europa. As gasolinas comum e comum aditivada têm octanagem de 86 [(RON + MON) * /2] e são indicadas para a maioria da frota circulante no Brasil. RON e MON são siglas referentes aos métodos de ensaios utilizados para a determinação da octanagem da gasolina. A gasolina premium possui maior octanagem, 91 [(RON + MON) * /2], e é equivalente às demais gasolinas premium disponíveis no mundo. Pode ser utilizada em qualquer veiculo, mas não trará nenhum beneficio se o motor não . exigir este tipo de combustível. · As gasolinas comum e comum aditivada diferem entre si apenas pela presença de um aditivo, do tipo "detergente dispersante", que tem a função de manter limpo todo o sistema por onde passa a gasolina. Para diferenciá-las, as distribuidoras usam um corante, cuja cor pode variar de uma companhia para outra. Já a gasolina premium pode ou não estar aditivada, a critério da companhia distribuidora que a comercializa. Este "detergente dispersante" é utilizado porque, com o passar do tempo, as gasolinas sofrem um processo de oxidação natural, o que leva à formação de uma goma que, lentamente, se vai depositando no sistema de alimentação do veiculo. O acúmulo dessa goma acarreta aumento do consumo de combustível e mau desempenho do motor, podendo causar falhas em seu funcionamento, como entupimento dos bicos injetores, travamento da borboleta do carburador, etc. A adição deste "detergente" à gasolina é feita pelas companhias distribuidoras, segundo proporções estabelecidas por elas próprias. Ao rodar com gasolina aditivada, os sistemas d~ alimentação dos veículos permanecer2o mais limpos e em condições de bom funcionamento por mais tempo, diminuindo, assim, os gastos com consumo e manutenção do veiculo. 4. UNIDADES DE PROCESSAMENTO 4.1. Destilação Primária Assim se chama o método empregado na destilação do petróleo com a finalidade de separá-lo em seus grupos de hidrocarbonetos. Não se pode afirmar que os modernos métodos de destilação primária tenham sido oriundos da indústria petrolífera; ela apenas os adaptou às suas necessidades. No passado, a destilação era efetuada em simples caldeiras dispostas em cascata, sendo obtida, na primeira, a gasolina; na segunda, o querosene. Recebidos em local que permitisse constante controle de suas características, esses produtos eram, em seguida, dirigidos para os diferentes tanques de estocagem. Nos processos de destilação, o petróleo in natura circula através de tubos em se'rpentina, que se acham numa grande fornalha. Quando atingida uma temperatura determinada, o petróleo bruto passa para a torre de fracionamento. Ai ;; livre dos tubos de petróleo com aquecimento, as partes mais leves são separadas,· sob a forma de vapor, enquanto as frações pesadas continuam líquidas. Para melhor compreensão deste processo de destilação , lembremos que a torre de fracionamento contém certo número de "pratos" com borbulhadores, dispostos , :• horizontalmente, em toda a altura. O petróleo bruto é aquecido e penetra na torre de fracionamento. Os pratos mais altos, à medida que se aproximam da parte superior da torre, vão ficando mais frios. Os vapores, ao se elevarem , condensam-se nos pratos correspondentes à temperatura de condensação. Assim, são obtidas as frações depositadas sob a forma de gasolina, de querosene e de óleo diesel, sujeitas, ainda, a serem processadas e tratadas, cada uma por sua vez. As frações de ponto de ebulição mais elevado são retiradas pelo fundo da torre , na forma de óleo com!Justível ou de cru reduzido. ···········-····· .. .........······............... ..................... ... .............······· ·-······ ···!·~-~=~·.~~-.\~ líquido tan q ue de p e 1r·óleo querozene: _ _ _ _ _ _ _ _ __.cru •• red uzido 4.2. Destilação a Vácuo A partir do resíduo da destilação primana, emprega-se o método da destilação a vácuo para obtenção de asfalto e destilados. Estes poderão ser usados para o craqueamento catalítico ou, ainda, processados para a fabricação de óleos · lubrificantes. ·; .I .... .~ ~ ,.....: ...·-' ! ~= ~:~ :~. 1 : ·l :::, :~~ ;·:·; -.· ' Frações de ól~o lubrific<lnte para refinaç~o adici o nal Cru reduzido proveniente d.a d~~ilaç~o prim.ária (@carga bomba · água bomba 61eo combusti ... el bomba resfriador 4.3 Visco-redução A visco-redução se caracteriza por um tipo de craqueamento realizado a temperaturas mais baixas que os demais processos de quebra de moléculas. Sua finalidade é a diminuição da viscosidade dos óleos combustíveis, bem como maror rendimento de gasóleo, para posterior craqueamento e produção de gasolina. É o primeiro estágio nos processos de craqueamento : a carga a ser visco-reduzida é constituída de óleos residuais pesados, que seriam adicionados aos óleos combustíveis, caso não sofressem o tratamento pela visco-redução. Esse processo permite aumentar o rendimento em derivados leves, como a gasolina, que possui mais elevado valor, à custa de frações pesadas, economicamente menos interessantes: 4.4 eraqueamento Térmico No processo de craqueamcnto as moléculas maiores são quebradas e transformadas em moléculas menores, com um tratamento a alta temperatura. Modernamente, obtém-se uma quantidade adicional de gasolina de melhor qualidade submetendo-se o cru reduzido, obtido pelo processo de destl~ão primária de petróleo, a um processo de visco-redução que produz destilados (gasóleos), os quais podem sofrer posterior craqueamento, visando a produção de gasolina. O gasóleo obtido na destilação primária ou na visco-redução é fracionado e bombeado para a fornalha, onde suas moléculas, pela alta temperatura aí existente, começam a se romper - é o craqueamento que aí se inicia e se completa, mais adiante, na câmara de reação. Saindo pelo fundo da câmara de reação, o óleo craqueado passa através de uma válvula redutora de pressão e vai á câmara de expansão, onde os produtos da reação de craqueamento se vaporizam; o óleo pesado, por sua vez, não tendo sido vaporizado, acumula-se no fundo da câmara, sendo retirado como óleo combustível. Os vapores quentes, ao deixarem a câmara de expansão, pela parte superior, novamente entram pela coluna de fracionamento. As frações mais pesadas que a gasolina se condensam e escoam para o fundo da coluna, aí misturando-se com a nova carga. Os óleos são bombeados continuamente para dentro da fornalha de craqueamento. Da parte superior da coluna saem, ao mesmo tempo, o vapor da gasolina crC!queada e os hidrocarbonetos gasosos: metano, etano, eteno, propano e propeno, butanos e butenos. O vapor da gasolina craqueada tem sua condensação efetuada nos condensadores refrigerados a água. Já os hidrocarbonetos gasosos, que não se condensam às temperaturas ordinárias, nessas pressões, contêm propano e butano, e são utilizados para a produção de gás liquefeito de petróleo, de grande consumo doméstico. São encontrados, também, outros hidrocarbone-tos, que podem ser convertidos em componentes de alto índice de octano, utilizados na produção de gasolína de alta octanagem. q) ' .B .;: <: ... <: .2 .... ... -..... ..!:: <: õ" " 9-i.H)J~,) ~· rOv'!r•i~nto:: do d~5tila ç ~" prim .iria f<nno bomb• de óleo .lqu ecim en tD 4.5 Craqueamento Catalítico As reãções de craqueamento são aceleradas pela presença de catalisadores: substâncias que tomam parte nas reações químicas, não sendo, porém. consumidas nas mesmas. Um catalisador ideal é, assim, uma substância que participa de uma reação para "efeito de presença", e sua composição final permanece idêntica à inicial. São vários os processos de . cragueamento catalítico sendo, 'talvez, de maior emprego, o fluido. O catalisador empregado neste processo é um pó muito fino, cujo comportamento se assemelha ao de um fluido, quar.do em presença de uma corrente de gás. A carga é obtida da destilação atmosférica ou a vácuo; é aquecida e vaporizada. Para o interior do reatar ou câmara de craqueamento catalítico passam, juntos, o catalisador e o vapor. O craqueamento é efetuado no reatar, cuja temperatura atinge, às vezes, 550°C. Da parte mais elevada do reato r os vapores passam à; coluna de fracionamento. No fundo da coluna, para serem recicladas, ficam as frações mais pesadas, que ainda encerram traços do catalisador. 9 o-' 1 . Os vapores craqueados sobem no interior da coluna de fracionamento e pelas saídas laterais~ onde são retirados os gasóleos craqueados, pesados e leves. Pela parte superior da coluna obtêm-se os vapores de gasolina craqueada e mais os hidrocarbonetos gasosos (etano e eteno, propano e propeno, butano e buteno, etc), que constituem matéria-prima para a indústria petroquímica e para a separação de gás liquefeito de petróleo. Graças aos processos de craqueamento, são retirados certos l'f'Oduto-s em muito maior proporção do que aquela normalmente obtida. Eis um exemplo: se tivéssemos que depender da quantidade de gasolina obtida diretamente do petróleo bruto, jamais seria conseguido o rendimento necessário deste combustível para a movimentação da . frota automobilística. O craqueamento soluciona o problema, permitindo a obtenção do · produto em maior escala. O reatar de catálise fluida, onde se processa o craqueamento, é um equipamento que, às vezes, ultrapassa a altura de 80 metros. A aparência impressiona mais· pelo labirinto de .tubos externos e de gigantescos tambores de aço do que pela altura. No seu interior, o gasóleo vaporizado e o catalisador pulverizado circulam, em temperaturas altas, percorrendo quilómetros de tubulações. Poucos homens, instalados nas casas de controle, orientam o funcionamento do gigante, por meio de instrumentos, válvulas e medidores de intrincado manejo. ....._recidod~ sopr~dot de.,,. l® b~orra~ha ;~ciclo d~ 4lllllll:lllt 61~0 PHldO ~arg .~ fr~:;ça ·,:;:,, ' ) 4.6 Reformação Catalítica ' É um processo de refinação com duas principais finalidades: a) conversão de nafta de baixo 10 (índice de octano) em outra de maior 10; b) produção de hidrocarbonetos aromáticos. Dá-se a denominação de nafta ao derivado de petróleo que destila entre 65/220°C, aproximadamente. As naftas são obtidas na unidade de destilação primária (pressão atmosférica). As naftas utilizadas na reformação apresentam as seguintes faixas de destilação, conforme o produto a obter: - ·.:. : :! di} 11 , :1 :. :· . . · . . ," · ; No passado, foram utilizados processos de reformação térmica de naftas, em Cubatão, SP, com a finalidade de: a) melhorar o 10 da nafta e b) obter gases ricos em hidrocarbornetos não-saturados para utilização na indústria petro-química. O processo de reformação térmica é bastante semelhante ao de craqueamento térmico, quanto ao equipamento utilizado, diferindo daquele nas características dos produtos submetidos ao tratamento e dele obtidos e nas condições de operação (temperatura, pressão etc.). Há refinarias que operam simulta-neamente com térmica de naftas. craqueamento térmico de gasóleos e reformação A principal desvantagem do processo de reformação térmica, no entanto, é decorrente dos elevados rendimentos de gás inerentes ao processo e que não podem ser em detrimento de maior rendimento de gasolina. evitados, Os processos de reformação catalítica , de muito maior flexibilidade no que diz respeito aos produtos, e que permitem maiores rendimentos de gasolina, podem ser operados de modo a produzir hidrocarbonetos aromáticos. A produção de ol~finas é impraticável nesse tipo de unidade, porque as reações se passam em 8tmosfera de hidrogêniQ e qualquer olefina porventura formada hidrogena-se logo, passando- a hidrocarboneto saturado. A seguir, uma breve descrição da unidade de reformação catalítica, para produzir gasolina . de alto 10, existente na Refinaria Duque ~e Caxias (RJ): Na seção de pré-tratamento, a nafta é vaporizada e, a seguir, recebe uma corrente de gás, rica em hidrogênio (proveniente de outra seção da unidade); passa por um forno, · onde é aquecida, entrando no reatar de pré-tratamento, destinado á remoção de compostos nocivos ao catalisador de reformação, que é feito à base de platina, de. custo bastan~e elevado. Na seção de pré-tratamento a nafta recebe nova carga de gás rico em hidrogênio e entra na seção de reformação. Aquecida no primeiro forno, vai ao primeiro reator, sofrendo queda de temperatura, porque aí se processam as reações efidotérmicas (que absorvem calor). De novo aquecida no segundo forno, para compensar aquela queda de temperatura, entra no segundo reatar, e assim por diante, até o último. Algumas unidades possuem três reatares, como a da Refinaria Duque de Caxias, e outràs, quatro, como a da Refinaria Presidente Bernardes (SP), projetada para produzir aromáticos e gasolina de alto 10. ' Do último reatar a corrente vai para um tambor de vaporização por expansão brusca, de alta pressão, onde se separa o gás rico em hidrogênio, mencionado anteriormente, indo a parte líquida para a torre de destilação (torre estabili-zadora). Ocorre a separação do reformado - no caso, gasolina de alto 10 - que sai pelo fundo, butano e mais leves que saem pelo topo para se juntarem ou ao gás liquefeito de petróleo ou ao sistema de gás combustível da refinaria. Nas unidades destinadas á produção de aromáticos, a seção final de recuperação e separação dos produtos (depois do último reatar) difere, consideravel-mente, da descrita acima, própria para produzir gasolina de alto 10. A parte referente à seção de reformação tem bastante semelhança com a descrita, diferindo pelo número de reatares e pelas condições de operação (temperatura e pressão). .: ·:, ' '. f~ch-•r ~~ ····--····---- --- t;,mbor de reflu ~:o t::-:tn-lb•)r di!: s~p.)r.:.ç~o d~ •lu press~·) 4.7 Hidrocraqueamento A hidrogenação catalítica é um dos processos mais antigos usados em refinação de petróleo, mas somente nos últimos anos o processo de hidrocragueamento catalítico tem se desenvolvido em grande extensão. ) O cataltsador usado é granulado G fica disposto em camadas, num leito estático, em cada reatar de hidrocraqueamento. A carga pode ser obtida da destilação atmosférica ou a vácuo; é aquecida e, após . vaporizada, injetada concomitantemente com uma corrente de hidrogénio para o interior do reatar, ou câmara de craqueamento catalítico, saindo depois como vapor já craqueado. O craqueamento é efetuado em um estágio único ou em dois estágios, em condições de operação típicas que variam de 260°C 426°C de temperatura € de 70 a 140 kg/cm2 de pressão. A temperatura e a pressão variam com o tempo de vida útil do catalisador, produto desejado e propriedades da carga . a A carga fresca é misturada com o hidrogênio de reposição e gás de reciclo (com alto teor de hidrogénio) e passada, através de um fomo, para o primeiro reator. O primeiro reatar é operado a uma temperatura suficientemente alta para converter 40 a 50% da carga . Após passarem no segundo reatar, onde se completa a conversão, os gases são separados em uma seção de alta pressão, e a seguir condensados e separados, em várias frações, numa coluna de destilação, dando como produtos GLP, gasolina e óleo diesel. fec ha r óX _r=l con\pre s or de tecido I ..."'... . Q "' -~ :<i !l . "' 4.8 l"ratamento de Derivados São aqui tra tados processos de acabamento dos derivados do petróleo ( figura 1 , figura2 ). Os tratamentos, que têm por fim a retirada dos compostos indesejáveis dos derivados já produzidos, podem ser de natureza química ou física. Os de natureza química compreendem o tratamento ácido, o alcalino e ainda o que tmnsforma ou elimina os compostos de enxofre, graças a processos de oxjdação, eliminação, decomposição catalítica e hidrogenação. Se uma gasolina de craqueamento for submetida a um tratamento ácido, serão obtidas melhoria de cor e diminuição do conteúdo de gomas e teor de enxofre. Os óleos lubrificantes, submetidos a tratamento idêntico, sofrem aumento de resistência á oxidação e melhoria de cor. A reação do querosene consiste num me~hor ponto de fuligem, eliminação dos ácidos naftênicos e diminuição do teor de enxofre. Nos processos de transformação çle compostos sulfurados, os mais conhecidos são: Doctor, Coper, Sweetning, Hipoclorito, Merox, Bender e tratamento com hidrogênio. Todos esses processo têm por fim eliminar da gasolina os compostos indesejáveis do enxofre, melhorar o cheiro do combustível e excluir os caracteres corrosivos. No início da indústria de petróleo, os tratamentos mais usados eram os do tipo "adoçamento", isto é, em vez de extrair os compostos de enxofre indesejáveis, transformavam-nos em compostos menos agressivos. Atualmente, com as exigências de proteção ao meio ambiente e a conseqüente redução nos teores :náximos de enxofre permitidos nos derivados de petróleo, a indústria petrolífera optou pela linha de tratamento com hidrogênio. onde os compostos de enxofre são removidos, para, em uma outra unidade, produzirem enxofre sólido para o mercado. Entre os principais tratamentos de natureza física destacam-se os de extração por solventes, de filtração e de absorção. _, .. .. \o Figura 1 ' ·: ,.; ,;i ., .·: ólt.o :~rJtih.J ·:lo Jo.l-.·<tnt• p.ua !ott.:~-.,ff'n Figura 2 '~'upot.r~·;j".;, d'! sok>ottntt •Jo rllin;d<- rhrti/).j~;, 0\1 ~,,<) •J.otrHhln.:J" . s. D "" ~ 2 rteuptr.)ç.i"o -lte !'>l\''lnt~ o10 <I!KtfHO fbtno o»;.~,.,,.r:,. ~--Elllo~rt-m.i':i•:.., 4.9. Produção de Lubrificantes e Parafina ' A produção desses derivados se processa a partir dos gasóleos e do resíduo da destilação a vácuo, opcionalmente à produção de cargas para craqueamento. Os gasóleos de vácuo (spindle, leve, médio e pesado) e o óleo desasfaltado separado na desasfaltação (como descrito no item Desasfaltação a solvente) são introduzidos em uma série de unidades, onde, em operação b"loqueada, passam ·pelos seguintes processos para a obtenção de óleos lubrificantes e parafinas: desaromatização, desparafinação, desoleificação de parafinas e acabamento de óleos e parafi-nas. Na unidade de desaromatização, processa-se a extração com solvente (fenol ou furfural) dos componentes da série aromática dos óleos, com o objetivo de aumentar o .índice de viscosidade dos óleos, ou seja, de conf~rir-lhes maior estabilidade da viscosidade com a variação de temperatura. Na unidade de desparafinação, os óleos sofrem uma separação dos compostos parafínicos de mais alto peso molecular, através do contato com solvente (mistura de tolueno com cetona), refrigeração e filtração da parafina solidificada. Obtêm-se, assim, óleos com baixo ponto de fluidez, Nos óleos originados de petróleos naftênicos, essa etapa é dispensada, devido a seu baixo teor de parafinas. Os óleos lubrificantes passam, finalmente, por um processo de acabamento, em unidade de hidrogenação catalítica destinado a melhorar suas características de cor, estabilidade à oxidação , corrosividade, etc. A pa rafina se~arada por filtração, na -etapa de desparafinação dos óleos, é introduzida em uma planta de desoleificação com solvente, onde algum óleo nela retido, na fase de desparafinação, é separado também por filtração, para garantir características de dureza adequada. A parafina desoleificada sofre também um acabamento em uma unidade de hidrogenação catalítica, para melhorar suas propriedades de cor, estabilidade etc. ) ) )