TÍTULO: Vasos de Pressão TITLE: Pressure Vessel RESUMO O quarto experimento foi feito com o objetivo de medir as deformações em um vaso de pressão, para depois poder analisar as medidas de tensão. Para isso foi utilizado um vaso de pressão de paredes finas e o fluido utilizado foi ar atmosférico. Para a obtenção dos dados foi utilizado extensômetros e os dados foram colocados em tabelas. O ar foi bombeado de forma manual e os dados foram anotados a partir de certos intervalos de tempo. Com esses dados da deformação é possível obter os valores das tensões principais, e sendo assim, depois foi possível comparar os valores teóricos com os valores experimentais. PALAVRAS-CHAVE: vaso de pressão; deformações; medidas de tensão; extensômetros. ABSTRACT The fourth experiment was carried out in order to measure the deformations in a pressure vessel and then analyze the stress measurements. A thin-walled pressure vessel was used and the fluid used was atmospheric air. Strain gauges were used to obtain the data and the data was tabulated. The air was pumped in manually and the data was recorded at certain time intervals. With this deformation data it is possible to obtain the values of the principal stresses, and so it was then possible to compare the theoretical values with the experimental values. KEYWORDS: pressure vessel; deformations; tension measurements; strain gauges. 1 INTRUDUÇÃO Um elemento muito presente na área da engenharia mecânica é o vaso de pressão, sendo um equipamento que tem como objetivo armazenar fluidos à alta pressão em seu interior. Eles podem ser classificados como de paredes finas ou de paredes grossas, no caso experimentado neste experimento, foi utilizado o de paredes finas, pois a relação entre a espessura da parede e o raio interno é menor do que 10%. O objetivo deste experimento foi obter os valores de deformação por meio dos sensores posicionados no dispositivo, e a partir disso, calcular os valores das tensões principais e posteriormente compara-los com os valores teóricos. Para fazer os cálculos, primeiramente foram utilizadas das equações da teoria clássica, primeiramente com a tensão que é distribuída sobre toda a espessura da parede: (R. C. HIBBELER, 2010, p. 301) ππ π1 = π‘ (1) Onde: p é a pressão interna; r é o raio interno do cilindro; t é a espessura da parede. Depois tem-se a tensão longitudinal: (R. C. HIBBELER, 2010, p. 301) ππ π2 = 2π‘ (2) Porém, para projetos reais, é preciso seguir normas de segurança, pois os vasos de pressão podem apresentar sérios riscos à segurança, como explosões. E para isso é utilizado as equações da ASME, onde é aplicado fatores de correção para esses tipos de projeto, que são respectivamente as tensões tangencia e longitudinal: ππ π1 = π‘ + 0,6π (3) ππ π2 = 2π‘ + 0,2π (4) Para os dados experimentais foram utilizadas equações para a roseta retangular: (R. C. HIBBELER, 2010, p. 376) ππ₯ = ππ (5) ππ¦ = ππ (6) πΎπ₯π¦ = 2ππ − (ππ + ππ) (7) E depois foi utilizado o Círculo de Mohr para poder encontrar as tensões. 2 DESENVOLVIMENTO 2.1 MATERIAIS E MÉTODOS No experimento foi utilizado um vaso de pressão de paredes finas de aço comercial SA 516 Gr. 60 (E = 210 GPa, ν = 0,32), as tampas eram soldadas (MIG). Além disso, o equipamento era constituído também de duas válvulas de saída, o dreno e o respiro, a válvula de entrada tanto para ar quanto para água, e por fim uma válvula de segurança, que estava configurada para se abrir caso a pressão interna chegasse a 6 bar. Para a medição da pressão, estava instalada na parte superior do vaso um manômetro. O único fluido utilizado foi o ar atmosférico, e o preenchimento foi feito de forma manual, onde um aluno foi responsável por bombear através de uma bomba manual, e esse processo foi feito em etapas, onde, após atingir uma certa pressão, o processo era interrompido para a obtenção dos dados e logo após o processo era retomado. Para a visualização da pressão no manômetro e o controle de abertura e fechamento da válvula, um outro aluno foi responsável pelo processo. Esse processo de obtenção de dados foi feito em 3 estágios, a primeira pausa foi a 2,2 bar, a segunda foi a 3,2 bar e a última a 4,8 bar. Após todo o experimento concluído, o vaso de pressão foi esvaziado. Os extensômetros utilizados foram posicionados em locais e ângulos específicos para que se possa ter medidas mais completas e com menos interferência. 2.3 RESULTADOS Tabela 1 – Resultados sobre a região 1 Experimental Pressão σmax (MPa) 0,22 0,32 0,48 σmin Classico σmax σmin 4,24 6,17 9,28 ASME Erro σmax 2,12 3,08 4,64 4,372 6,362 9,568 σmin Erro 2,164 3,144 4,736 Fonte: Produção do próprio autor Tabela 2 – Resultados sobre a região 2 Experimental Pressão σmax (MPa) 0,22 0,32 0,48 σmin Classico σmax 6,95 10,1 15,15 σmin ASME Erro σmax 3,47 5,05 7,58 7,082 10,292 15,438 σmin 3,514 5,12 7,67 Fonte: Produção do próprio autor Tabela 3 – Resultados sobre a região 3 Experimental Classico ASME Erro Pressão σmax (MPa) 0,22 0,32 0,48 σmin σmax 6,95 10,1 15,15 σmin Erro σmax 3,47 5,05 7,58 Fonte: Produção do próprio autor 7,082 10,292 15,438 σmin 3,514 5,12 7,67 Erro