ARQUITETURAS DE REDES DE COMPUTADORES Paulo César Furlanetto Maruques ARQUITETURA DE REDE Conjunto de convenções para interconexão de equipamentos Número, nome, conjunto de funções e serviços e o protocolo de cada nível definem uma arquitetura de rede Há algum tempo os grandes fabricantes desenvolveram soluções proprietárias para a interconexão de seus equipamentos IBM - System Network Architecture (SNA) DEC - Digital Network Architecture (DNA) ARQUITETURA EM CAMADAS (OU NÍVEIS) Princípio do “Dividir para Conquistar” Facilidade de modificação e validação Projetar uma rede como um conjunto hierárquico de camadas cada nível utiliza os serviços oferecidos pelo nível imediatamente inferior para implementar e oferecer os seus serviços ao nível imediatamente superior o projeto de um nível está restrito a um contexto específico e supõe que os problemas fora deste contexto já estejam devidamente resolvidos NÍVEIS, PROTOCOLOS E INTERFACES PADRONIZAÇÃO – VANTAGENS Preservação de investimentos segurança de continuidade segurança de integração com tecnologias emergentes Maior número de fabricantes menor preço maior qualidade maior competitividade PADRÕES DE ARQUITETURAS DE REDES Modelo de Referência OSI Arquitetura IEEE 802 Arquitetura TCP/IP (Internet) ELABORAÇÃO DE PADRÕES ISO Organização nacional submete proposta inicial, denominada WD (Working Document) É formado um WG que gera um DP (Draft Proposal), o DP é divulgado para análise e votação Se o DP for aprovado, transforma-se em um DIS (Draft International Standard) que é divulgado para novo período de análise e votação Se o DIS for aprovado se torna um IS (International Standard) ITU (INTERNATIONAL TELECOMMUNICATION UNION) Organização intergovernamental responsável pela coordenação, desenvolvimento, regulamentação e padronização das telecomunicações, assim como organização de eventos regionais e mundiais Dividido em três setores ITU-R - Radiocommunication Sector ITU-T - Telecommunication Standardization Sector ITU-D - Telecommunication Development Sector MODELO DE REFERÊNCIA OSI Necessidade de padrões para interconexão de sistemas heterogêneos Modelo de referência para interconexão de sistemas abertos Definição da estrutura básica para o desenvolvimento coordenado de padrões MODELO DE REFERÊNCIA OSI O modelo de referência OSI concentra-se apenas na questão de interconexão de sistemas transferência de informação (transmissão) interoperabilidade (ex. representação de dados, integridade, segurança, etc.) O modelo de referência OSI não especifica implementação, tecnologia, interconexão de sistemas particulares MODELO DE REFERÊNCIA OSI Open System Interconnection ISO (International Organization for Standardization) ITU (International Telecommunication Union) ITU-T - Telecommunication Standardization Sector Sete camadas funcionais CAMADAS DO MODELO OSI MODELO DE REFERÊNCIA OSI Estrutura em camadas permite o desenvolvimento simultâneo e independente de padrões Interfaces bem definidas permitem que mudanças no padrão que define uma camada não afetem as demais O RM-OSI é complementado com padrões que especificam o protocolo e o serviço de cada camada SERVIÇOS OSI PROVEDORES E USUÁRIOS DE SERVIÇOS PROVEDORES E USUÁRIOS DE SERVIÇOS PROVEDORES E USUÁRIOS DE SERVIÇOS TRANSMISSÃO DE DADOS NO MODELO OSI UNIDADES DE INTERFACE TRANSMISSÃO DE DADOS NO MODELO OSI UNIDADES DE INTERFACE RELACIONAMENTOS ENTRE PDUS E SDUS RELACIONAMENTOS ENTRE PDUS E SDUS RELACIONAMENTOS ENTRE PDUS E SDUS SERVIÇOS OSI Os serviços OSI podem ser de 3 tipos: sem confirmação (unconfirmed) com confirmação (confirmed) iniciado pelo provedor (provider-initiated) SERVIÇO SEM CONFIRMAÇÃO SERVIÇO COM CONFIRMAÇÃO SERVIÇO INICIADO PELO FORNECEDOR MODOS DE COMUNICAÇÃO Orientado a conexão Não orientado a conexão COMUNICAÇÃO ORIENTADA A CONEXÃO Fases estabelecimento da conexão transmissão da informação encerramento da conexão Negociação dos parâmetros e opções que governam a transmissão Identificador da conexão (redução do overhead de endereçamento) Relacionamento lógico entre as unidades de informação seqüenciação controle de fluxo COMUNICAÇÃO NÃO ORIENTADA A CONEXÃO Transmissão de uma única unidade de dados Toda informação necessária é enviada junto com a unidade de dados PRIMITIVAS DE SERVIÇO DO MODO ORIENTADO A CONEXÃO PRIMITIVAS DE SERVIÇO DO MODO ORIENTADO A CONEXÃO PRIMITIVAS DE SERVIÇO DO MODO ORIENTADO A CONEXÃO PRIMITIVAS DE SERVIÇO DO MODO ORIENTADO A CONEXÃO PRIMITIVAS DE SERVIÇO DO MODO ORIENTADO A CONEXÃO PRIMITIVAS DE SERVIÇO DO MODO ORIENTADO A CONEXÃO PRIMITIVAS DE SERVIÇO DO MODO ORIENTADO A CONEXÃO PRIMITIVAS DE SERVIÇO DO MODO ORIENTADO A NÃO CONEXÃO PONTOS DE ACESSO (SAPS) ADJACENTES PONTOS DE ACESSO (SAPS) ADJACENTES PONTOS DE ACESSO (SAPS) ADJACENTES – MULTIPLEXAÇÃO Oferecer vários pontos de acesso quando o nível imediatamente inferior só oferece um único ponto de acesso Tornar mais eficiente ou mais econômica a utilização dos serviços oferecidos pelo nível imediatamente inferior PONTOS DE ACESSO (SAPS) ADJACENTES – SPLITTING PONTOS DE ACESSO (SAPS) ADJACENTES – SPLITTING Melhorar a confiabilidade quando mais de um ponto de acesso no nível imediatamente inferior está disponível Oferecer o desempenho desejado quando o nível imediatamente inferior não oferece um ponto de acesso com os requisitos de vazão necessários CAMADAS DO MODELO OSI NÍVEL FÍSICO Transmissão de bits através de um canal de comunicação Características do meio físico e da transmissão do sinal características mecânicas características elétricas características funcionais características procedurais NÍVEL DE ENLACE Detecta e opcionalmente corrige erros que por ventura ocorram no nível físico Transmissão e recepção de quadros (delimitação) Se optar por corrigir correção de erro controle de fluxo NÍVEL DE REDE Roteamento Controle de congestionamento Serviços circuito virtual datagrama NÍVEL DE TRANSPORTE Fornece uma comunicação fim-a-fim verdadeiramente confiável detecção e recuperação de erros fim-a-fim controle de fluxo fim-a-fim Segmentação e remontagem de mensagens Blocagem e desblocagem de mensagens Multiplexação e Splitting de conexões NÍVEL DE TRANSPORTE NÍVEL DE SESSÃO Controle de Diálogo pontos de sincronização recuperação da sessão em caso de falhas Gerenciamento de Token half-duplex em conexões fullduplex Controle de Atividade agrupamento lógico de diálogos cada atividade corresponde a uma tarefa que pode ser interrompida e posteriormente retomada NÍVEL DE APRESENTAÇÃO Permite a interoperabilidade de sistemas heterogêneos Coordena a conversão de dados e suas representações tradução de códigos compactação de dados criptografia NÍVEL DE APLIAÇÃO Oferece serviços aos processos de aplicação: funções de gerenciamento mecanismos genéricos para construção de aplicações distribuídas associação entre um ou mais usuários (ACSE) chamadas a procedimentos remotos (ROSE) transferência confiável de dados (RTSE) mecanismos específicos para construção de aplicações distribuídas transferência de arquivos (FTAM) serviço de diretórios (DS) Correio eletrônico (MHS) PERFIL FUNCIONAL Grupos de opções de serviços e protocolos padronizados MAP e TOP MAP -Manufacturing Automation Protocols TOP - Technical and Office Protocols GOSIP (Government OSI Profile) POSIG (Perfil OSI do Governo Brasileiro) PERFIS FUNCIONAIS MAP E TOP ARQUITETURA IEEE 802 IEEE - Institute of Electrical and Electronics Engineers Conjunto de Padrões para Redes Locais LAN – Local Area Networks estações estão a poucos quilômetros umas das outras COMITÊ DE PADRONIZAÇÃO DO PROJETO IEEE 802 CAMADAS DA ARQUITETURA IEEE 802 CAMADA FÍSICA Transmissão de bits através de um meio físico cabo coaxial par trançado fibra óptica Método de codificação Taxa de Transmissão CAMADA DE CONTROLE DE ACESSO AO MEIO Organização do acesso ao meio físico compartilhado barra anel wireless Técnicas CSMA-CD (802.3) Token Bus (802.4) Token Ring (802.5) DQDB (802.6) CAMADA DE CONTROLE DE ENLACE LÓGICO Independência da camada MAC LSAPs Multiplexação Controle de erros e de fluxo Tipos de Operação e Classes de Procedimento ARQUITETURA IEEE 802 (REDES LOCAIS DE COMPUTADORES) PADRÕES IEEE 802.X OSI X IEEE 802 ARQUITETURA TCP/IP (INTERNET) Desenvolvido pelo Departamento de Defesa Americano (DARPA) Padrão de fato Evolução da ARPANET Começo do projeto no início dos anos 70 Arquitetura baseada no conceito de interconexão de redes (inter-redes) CONCEITO INTER-REDES POR QUE INTER-REDES? As redes são entidades independentes que se adequam aos interesses de grupos específicos A Internet é um exemplo de inter-rede que interliga várias redes espalhadas pelos cinco continentes PADRONIZAÇÕES NA INTERNET Internet Engineering Task Force (IETF) dividido em grupos de trabalho (Working Groups) documentos propostos e padrões request for comments (RFC) internet-draft http://www.ietf.org CAMADAS DA ARQUITETURA TCP/IP NÓS INTERMEDIÁRIOS NA ARQUITETURA TCP/IP INTERNET PROTOCOL (IP) Esquema de roteamento entre redes Interconexão e roteamento através de Gateways Endereços IP únicos designados por uma autoridade central (ICANN - The Internet Corporation for Assigned Names and Numbers) ENDEREÇOS IP Endereços IP são números de 32 bits (4 bytes) Endereçamento hierárquico composto de parte de rede e parte de host ENDEREÇOS IP: NOTAÇÃO “DE PONTO” ENDEREÇOS IP Um endereço IP identifica um host em uma determinada rede física se uma máquina troca de rede então seu endereço IP muda endereços IP não têm relação com os endereços das estações dentro de cada uma das redes (endereçamento intrarede). DISTRIBUIÇÃO DE ENDEREÇOS NA INTERNET ICANN - Internet Corporation for Assigned Names and Numbers ARIN - American Registry for Internet Numbers Ripe - Ripe Network Coordination Centre APNIC - Asian Pacific Network Information Centre LACNIC - Latin American and Caribean Network Information Center (responsabilidade do Comitê Gestor da Internet no Brasil - www.cg.org.br) AfriNIC - African Network Information Centre Estrutura de distribuição dos endereços é hierárquica ISPs (Internet Service Providers) distribuem endereços para seus usuários, que podem ser outros provedores DISTRIBUIÇÃO DE ENDEREÇOS NA INTERNET No Brasil Top level ISPs: RNP, Embratel, ... INTERNET PROTOCOL (IP) Roteamento baseado no endereço da rede e não do host Serviço sem conexão e não confiável datagrama Estrutura interna da rede “física” transparente CAMADA DE TRANSPORTE USER DATAGRAM PROTOCOL (UDP) Serviço sem conexão e não confiável algumas aplicações não precisam de conexão menor tráfego e maior eficiência Multiplexação (portas) uma aplicação UDP é identificada por uma determinada porta em uma estação Endereço IP + Porta UDP MULTIPLEXAÇÃO E DEMULTIPLEXAÇÃO UDP TRANSMISSION CONTROL PROTOCOL (TCP) Serviço confiável orientado a conexão (Circuito Virtual) seqüenciação detecção e correção de erros fim-afim controle de fluxo Multiplexação ponto terminal = (Estação, Porta) conexão identificada por um par de pontos terminais CONEXÃO TCP APLICAÇÃO Protocolos baseadas em TCP Telnet, FTP, SMTP, HTTP, ... Protocolos baseados em UDP DNS, SNMP, DHCP, ... Interfaces para programação de aplicações TCP/IP Esquema de endereçamento opcional baseado em nomes DNS (ex: www.telecom.uff.br) OSI X TCP/IP OSI X TCP/IP