Índice Resumo.......................................................................................................................................... 2 Introdução ..................................................................................................................................... 3 Identificação do problema ............................................................................................................ 4 Proposta de solução ...................................................................................................................... 4 Sistema geral ................................................................................................................................. 4 TELEVISÃO DIGITAL ....................................................................................................................... 4 Digital Vídeo Broadcasting (DVB) .................................................................................................. 5 Transmissão DVB-S ........................................................................................................................ 6 Receptor DVB-S ............................................................................................................................. 7 Sistema MPEG-2 ............................................................................................................................ 8 DVB-S2 ........................................................................................................................................... 9 Conclusão .................................................................................................................................... 11 Referencias Bibliográficas ........................................................................................................... 12 Resumo A pesquisa para elaboração deste trabalho teve como propósito agrupar de forma simplificada uma vasta gama de informação técnica sobre o sistema de transmissão de televisão digital via satélite. O conteúdo usado neste trabalho é proveniente de bibliotecas da área das telecomunicações e eletrónica, internet e apresentações da cadeira de comunicação de áudio e vídeo. Desta forma começa-se por expor a estrutura global do serviço de televisão por satélite, particularizando cada etapa específica e caracterizando seguidamente a norma internacional reguladora deste tipo de aplicação. Na fase final deste trabalho procede-se a uma análise sobre a evolução sofrida por este sistema ao longo do tempo ate a atualidade. Palavras-chave Televisão, satélites, multiplexagem, compressão, codificação. 2 Introdução A primeira transmissão de imagens televisivas a longa distância ocorreu a 9 de Abril de 1927, entre as cidades americanas de Washington D.C. e New York City, sob a orientação da Bell Telephone e do U.S. Department of commerece. O potencial da televisão como meio de difusão de conhecimento, informação e entretenimento foi imediatamente reconhecido. O processo eleito para a transmissão de conteúdos televisivos foi a radio difusão por modulação de portadoras de muito alta frequência, bandas VHF (30 a 300MHz) e UHF (0.3 a 3GHz). A radiação do sinal é proporcionada por meio de antenas propiás. Este sistema de transmissão tem sido o mais popular ao longo dos tempos devido a sua facilidade de manipulação por parte do utilizador comum. O sistema de transmissão de televisão digital via satélite foi desenvolvido para melhorar a qualidade de serviço, uma vez que as comunicações a grandes distâncias sofriam reflexões no solo, atenuação, distorção do sinal por existência de obstáculos. Este sistema, ao utilizar antenas posicionadas no espaço como elemento difusor da informação, diminui o problema da limitação da linha de vista e simultaneamente os obstáculos intermédios, possibilitando maiores áreas de cobertura do serviço (comunicação transatlânticas).Este tipo de serviço veio também possibilitar melhorias significativas de qualidade. 3 Identificação do problema Conceptualmente, televisão por satélite é bastante semelhante a uma transmissão televisiva normal, na medida em que ambas se definem como um sistema sem fios que permite entregar um serviço televisivo direitamente ate as casas dos utilizadores. Em ambos os sistemas, as estações e distribuidores televisivos utilizam sinais radio para difundir a sua programação. Para tal as estações de transmissão utilizam antenas de grande potência. Porem os utilizadores apenas necessitam de uma antena de menor potencia para captar tais ondas. A principal limitação da transmissão televisiva é o alcance. As ondas radio utilizadas na transmissão são radiadas pela antena de tal forma que é necessário estar na zona de alcance da antena para captar a emissão. Pequenos objetos como arvores ou casas não são grande problema, mas um grande obstáculo como a terra causa efeitos atenuadores. O outro grande problema da transmissão televisiva, deve-se ao facto de que o sinal é regularmente distorcido, mesmo na zona de alcance. Proposta de solução A televisão via satélite resolve os problemas de alcance e distorção através da transmissão de sinais a partir de satélites que se encontram na orbita. Uma vez que os satélites se encontram a altitudes elevadas (cerca de 36000 Km). Existe um número bastante superior de utilizadores que se encontram na linha de alcance da transmissão. Os sistemas de televisão via satélite, transmitem e recebem os sinais utilizando antenas especiais, denominadas antenas parabólicas. Sistema geral Atualmente a maioria dos clientes de televisão via satélite obtém este serviço diretamente de um distribuidor de transmissão por satélite, o qual forma pacotes de vários canais com diferentes programações e conteúdos. Os conteúdos produzidos são enviados para um satélite, propriedade de uma outra empresa, a qual aluga bandas de frequência ao distribuidor, para possibilitar a comunicação. Atualmente a transmissão da informação para o satélite é realizada no formato digital, utilizando-se tipicamente a banda de frequências Ku (12GHz a 14GHz). A informação é retransmitida para a terra, onde os utilizadores a podem captar com antenas e receptores eletrónicos próprios para o efeito. TELEVISÃO DIGITAL A TV Digital é um sistema de televisão com transmissão, recepção e processamento de sinais digitais, podendo no receptor do Utilizador Final, os programas serem exibidos por meio de equipamentos totalmente digitais ou através de aparelhos analógicos acoplados a Unidades Conversoras / Descodificadoras. Estas Unidades são genericamente conhecidas por Set-Top Box (STB). 4 O padrão de TV digital é composto pelas seguintes camadas: Conteúdo e Aplicação: camada responsável pela captura e formação dos sinais de áudio e vídeo, bem como o desenvolvimento de aplicativos interativos. Compressão: camada responsável pela remoção de redundâncias nos sinais de áudio e vídeo, reduzindo assim a taxa de bits necessária para transmitir essas informações. Middleware: camada de software que realiza a integração de todas as subcamadas do sistema. O middleware permite que os aplicativos gerados pelas emissoras sejam compatíveis com todas as plataformas de recepçao desenvolvidas para o padrão de TV digital. Multiplexagem: camada responsável por gerar um único feixe de dados contendo o vídeo, áudio e aplicações dos diversos programas a serem transmitidos. Transmissão/Recepçao: também denominada de camada física, é a camada responsável por levar as informações digitais do estúdio da emissora ate a casa do utilizador. Canal de interatividade: é o canal por onde o utilizador pode solicitar e receber informações específicas ou enviar dados para a emissora. Digital Vídeo Broadcasting (DVB) O sistema de TVD definido pelas normas DVB, é constituído por codificadores de áudio e vídeo, multiplexagem e transmissão digital dos dados multiplexados. Estes últimos constituem um fluxo de dados designado por Transport Stream (TS). Um único TS pode incluir vários programas de TVD, áudio HiFi, etc. A estrutura sintáctica e a semântica dos dados comprimidos de áudio, vídeo e TS são definidas num conjunto de normas conhecidas por MPEG-2 e desenvolvidas e pelo grupo de normalização MPEG (Movie Pictures Expert Groups). É de referir que o sistema DVB especifica todos os elementos da cadeia ainda que nas partes de codificação e multiplexagem sejam adoptadas especificações desenvolvidas por outro grupo, neste caso o MPEG. 5 O DVB, adotou o MPEG-2 (vídeo) como sinal de banda base antes de ser distribuído. Esta opção teve em conta que a estrutura do sinal MPEG: Permite sincronização fácil e a mistura de todos os componentes (vídeo, áudio e dados) num só TS; É passível de ser armazenado (gravado) no receptor visto que a trama de bits contém toda a informação necessária para posterior recuperação do sinal; É o sistema que melhor cobre as exigências dos diferentes meios de transmissão (satélite cabo e terrestre) A transmissão digital de um sinal, desde a fonte analógica até ao utilizador analógico, pode ser dividida nas seguintes áreas: Digitalização do sinal analógico, com codificação e multiplexagem para obter o MPEG TS Proteção de erros e Modulação do sinal TS antes de ser emitido. Canal de transmissão (satélite, terrestre ou cabo). Desmodulação e Correção de erros na recepção. Desmultiplexagem e descodificação do MPEG TS, para obter o sinal analógico. O DVB mantém para os canais digitais exatamente a mesma largura de banda que a utilizada pelos canais analógicos (27 a 36MHz para satélite e 8 MHz para cabo e terrestre). Transmissão DVB-S Dispersão de energia: tem como objetivo distribuir a energia do sinal de entrada em toda a largura de banda disponível. Codificação externa: introduz redundâncias que permitem ao descodificador no receptor corrigir erros introduzidos pelo canal de comunicação. 6 Entrelaçador externo: tem como função evitar que os erros em rajada introduzidos no canal sejam apresentados em rajada no descodificador externo. Codificação interna: tem função de aumentar a robustez do sistema frente as intempéries do canal através da inclusão de redundâncias. Modulação: As modulações permitidas pela norma para a transmissão são QPSK, 8PSK,16APSK, e 32 APSK. As duas primeiras são usadas geralmente para difusão enquanto, as outras, são geralmente utilizadas para as aplicações profissionais, devido à maior exigência de qualidade de sinal requeridas por essas modulações. Transmissor: é o responsável por transladar o sinal de banda-base para a frequência de canal e também por fornecer o ganho de potência para que a cobertura desejada seja alcançada. Receptor DVB-S Os receptores exercem a função inversa do transmissor, portanto os seus circuitos executam o processo exatamente inverso do que ocorre no transmissor. O nível de sinal recebido pela antena é extremamente baixo 30�� é necessário amplificar com baixo ruido térmico na ordem dos 30Db, passa para o circuito sintonizador de canal que seleciona o canal de interesse. O demodulador executa as funções exatamente inversas as que ocorrem no modulador. O sinal demodulado antes de ir para o display passa pelo processo de descompressão do sinal MPEG2. Diagrama de blocos do receptor DVB-S Para melhor compreensão das partes constituintes dum receptor DVB-S, é interessante reparar que o “coração” do sistema é um microprocessador responsável por todo o controle e gestão do processo de recepção e descodificação do sinal. A tendência atual é fazer o receptor DVB-S com um único circuito integrado (one chip receiver) que efetua todas as funções. Estes integrados podem ter mais do que 200 pinos e são o resultado da miniaturização que a eletrónica hoje permite. 7 Sistema MPEG-2 MPEG-2 (normalizado em 1994) visa à codificação de vídeo com qualidade de televisão digital CCIR 601: 720x480 pixels com 30 quadros por segundo na taxa entre 2 a 10 Mbps. O padrão MPEG-2 é usado pelos padrões de broadcast para TV-Digital ATSC e DVB e é também o padrão utilizado pelo sistema de compressão de DVD. MPEG-2 é utilizado por muitas aplicações devido sua capacidade de transportar streams, inclusive para o transporte de dados MPEG4 e MPEG-7. A taxa de transmissão de MPEG-2 pode variar de 4 Mbits/s a 300 Mbits/s. Camada Sistema MPEG-2 em DVB - S Elementary Stream (ES) – Designa um fluxo isolado de Áudio ou Vídeo Codificado ou qualquer outro tipo de dados. Um ES é transportado em pacotes PES (Packetised Elementary Stream), de comprimento variável, com um identificador único (Stream-ID). Um programa contém vários ES; Program Stream (PS) – Consiste na combinação de diversos ES, com uma base de tempo comum, que resulta num único fluxo binário. Gravação / Reprodução digital de programas em meios de transmissão com pouca probabilidade de ocorrência de erros; Transport Stream (TS) – Designa um fluxo destinado à transmissão de um ou diversos programas em simultâneo através de canais de comunicação / difusão onde a probabilidade de ocorrência de erros pode ser significativa. Um TS contém diversos ES os quais estão agrupados formando programas distintos; Program Specific Information (PSI) – Informação geralmente normalizada que é necessária para desmultiplexar e descodificar correctamente os diversos fluxos de informação multiplexada. Pode incluir também informação adicional (Ex. Métodos de Encriptação). A norma MPEG-2 especifica 4 (quatro) tipos de informação contidos nas seguintes tabelas: PAT (Program Association Table); PMT (Program MAP Table); NIT (Netwotk Information Table); CAT (Conditional Access Table). Transport Stamp – Marcas de temporização inseridas nos fluxos, associadas a referências de relógio, estas são usadas pelos receptores de modo a assegurar o sincronismo e reprodução correcta da informação. As principais referências temporais utilizadas na norma MPEG-2 são: PCR (Program Clock Reference) – TS; SCR (System Clock Reference) – PS; PTS (Presentation Time Stamp) – PES; DTS (Decoding Time Stamp) – PES. 8 DVB-S2 O Padrão Digital Video Broadcasting - Satélite - Segunda Geração (DVB - S2) é uma tecnologia relativamente Nova desenvolvida em 2003 e ratificada pelo ETSI em Março de 2005 (ETSI EN 302 31.2.1). Por isso podemos dizer que ele é um dos desenvolvimentos de decodificação de canais e modulação mais utilizado, que permite um acréscimo de 30% na capacidade de transporte de sinais em relação à tecnologia DVB-S. Como não poderia deixar de ser o DVB-S2 baseiase na tecnologia DVB-S para ampliar a flexibilidade e melhorar o desempenho nos serviços oferecidos, mesmo com os satélites já existentes. Dois novos recursos-chave que foram adicionadas em comparação com o padrão DVB-S são: Um poderoso esquema de codificação baseado em um moderno código LDPC . Para baixa complexidade de codificação, os códigos LDPC escolhidos têm uma estrutura especial, também conhecida como códigos Repita-acumulação irregular. VCM (Variable Coding e Modulation) e ACM (Adaptive Coding e Modulation) modos, que permitiriam otimizar a utilização de banda, alterando dinamicamente os parâmetros de transmissão. Outras características incluem o aumento da modulação esquemas até 32APSK , adicionais taxas de código , bem como a introdução de um mecanismo de transporte genérico para dados em pacotes IP, incluindo MPEG4 streams de áudio e vídeo, apoiando ao mesmo tempo a compatibilidade com existentes MPEG-2 TS de transmissão baseado. Principais características Entrada direta de um ou mais fluxos MPEG-2 transporte (TS). MPEG-TS é suportado utilizando um modo de compatibilidade. O formato de fluxo nativo para DVB-S2 é chamado de fluxo genérico (GS), e pode ser usado para executar de forma eficiente os dados baseados em IP, incluindo MPEG-4 AVC serviços / H.264. Compatibilidade com versões anteriores para DVB-S, destinado a usuários finais , e DVB-DSNG, usado para captação eletrônica de notícias . Codificação e modulação Variável (VCM) para otimizar a utilização da largura de banda com base na prioridade dos dados de entrada, por exemplo, SDTV pode ser entregue usando uma configuração mais robusta do que o serviço de HDTV correspondente. Codificação e modulação adaptativas (ACM) para permitir a flexibilidade adaptar parâmetros de transmissão para as condições de acolhimento dos terminais, por exemplo, a mudança para uma taxa de código inferior durante desaparecendo . 9 Quatro modulação modos: QPSK e 8PSK são propostas para aplicações de radiodifusão, e pode ser usado em transponders não lineares acionados perto da saturação. 16APSK e 32APSK são utilizados principalmente para fins profissionais, semi-lineares, mas pode também ser usado para a transmissão embora eles requerem um nível mais elevado de disponíveis de C / N e a adoção de métodos avançados de pré-distorção, na estação de ligação ascendente, a fim de minimizar o efeito de transponder linearidade. Melhoria roll-off : α = 0,20 e α = 0,25, para além do rolo de saída de DVBS α = 0,35. Melhoria da codificação : uma ampla e moderna código LDPC é concatenado com um exterior código BCH para alcançar quase livre de erros(QEF) condições de recepção em um AWGN canal. O código externo é introduzido para evitar pisos de erro em baixas taxas de bits de erro . A única correção de erros ou quadro FEC podem dispor de 64.800 bits (normal) ou 16.200 bits (curtas). Se VCM ou ACM é utilizado, a transmissão pode ser uma combinação de imagens normais e de curta duração. Várias taxas de código para a configuração flexível de parâmetros de transmissão: um quarto, uma terços, 2/5, 1/2, 3/5, 2/3, 3/4, 4/5, 5/6, 8/9, e 9/10. Taxas de código quarto, 1/3, e 2/5 foram introduzidas para as condições de recepção excepcionalmente pobres em combinação com modulação QPSK. Codificação de valores e 8/9 9/10 comportar-se mal em condições marginais de ligação (em que o nível de sinal está abaixo do nível de ruído). No entanto, com alvo local Ku ou Ka banda downlinks essas taxas de código pode ser recomendada para prevenir out-of-região de visualização dos direitos de autor ou por razões culturais. Sincronização fluxo de entrada opcional para proporcionar uma constante atraso ponta a ponta. 10 Conclusão A televisão desempenha, ao longo de décadas, um papel muito importante na sociedade. A rápida evolução tecnológica, com dispositivos eletrônicos cada vez mais velozes e mais baratos vem provocando uma “convergência digital”. Isso não poderia deixar de ocorrer com a difusão de TV, onde a demanda por mais canais, mais qualidade de áudio e vídeo e por serviços interativos envolvendo multiprogramaçao, mobilidade e portabilidade viabilizando ao usuário realizar compras, participar de pesquisas, comentar notícias, acessar programação e outros serviços que deverão surgir de acordo com suas necessidades. Entendese que essa não é apenas uma revolução tecnológica, mas também uma revolução social, na medida em que o usuário pode expressar sua opinião e modificar as informações recebidas através do Canal de Interatividade, sistema que possibilita a cada usuário, individualmente e independente dos demais, interagir encaminhando ou recebendo informações e solicitações das emissoras. 11 Referencias Bibliográficas Receptores e Canal de Interatividade para o Sistema de TV Digital Valério Pereira Etcharte Revista Mackenzie de Engenharia e Computação, Ano 5, n. 5, p. 13-96 Sistema de Transmissão no Padrão Brasileiro de TV Digital - Helio Coelho Junior1 Manual de TV DIGITAL - Paulo Azevedo Sistema de TV Digital Sistema DVB para Transmissão de Televisão Digital - Pedro A. Amado Assunção 12