Uploaded by Mariana Monofloor

Sistema de Impermeabilização na Construção Civil - TCC

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Sistema de impermeabilização na construção civil com ênfase
em fundação – Estudo de caso
Danilo Henrique Gonçalves
Diego Amadeus Raimundo dos Santos
William Oliveira Ferreira
Danilohenri.eng@gmail.com
Diegoamadeussantos@gmail.com
Wof02@yahoo.com.br
Laísa Cristina Carvalho
Orientadora
Resumo
O presente artigo tem o propósito de apresentar um estudo de caso referente ao
sistema de impermeabilização na construção civil voltado para fundação. Para a
impermeabilização é necessário atenção durante a execução desta etapa, pois a falta
de conhecimento pode ocasionar em manifestações patológicas e para que isso não
ocorra, é necessário a execução correta da impermeabilização durante o trabalho na
fundação. As manifestações patológicas relacionadas a infiltrações de água
encontradas nas edificações sendo elas as principais, infiltração por capilaridade,
fissuras, manchas, eflorescências e até corrosão de armaduras, devido à execução
de maneira incorreta é o fator que mais gera problemas em uma edificação onde, à
presença de um responsável técnico da área de impermeabilização, fazendo o
acompanhamento técnico, pode prever com antecedência em projeto as
manifestações patológicas que poderiam ser apresentadas evitando que a estrutura
tenha a sua durabilidade reduzida. O estudo relata a execução de uma obra na cidade
de Pouso Alegre, feito a análise dos métodos utilizados na execução nesta obra
referente ao sistema de impermeabilização onde será comparada a diferença
conforme as normas técnicas - NBR 9574/2008 sobre a execução de
impermeabilização e NBR 9575/2010 seleção de projeto – impermeabilização,
juntamente com artigos científicos sobre fundações, impermeabilização e
manifestações patológicas.
Palavras-chaves: Impermeabilização. Fundação. Manifestações patológicas.
1.Introdução
A técnica de impermeabilização é utilizada na construção de edificação tem por
objetivo a aplicação de produtos com a função de proteger as áreas que possuem
porosidade e assim evitar a infiltração de fluidos. Sua finalidade é agir como um
isolante para dificultar a propagação de infiltração e umidades.
Em se tratando da fundação que é a parte essencial em relação à estabilidade
e segurança da estrutura, é responsável pela transferência do peso para o solo,
2
levando mais segurança, e assim dificultando o surgimento de rupturas, rebaixamento
da estrutura e futuros surgimentos de patologias.
Devido à exposição diretamente da umidade vinda do solo, torna-se necessário
a devida impermeabilização de vigas baldrame, fundação radier e sapatas tem a
necessidade de serem devidamente impermeabilizadas.
A NBR 9575 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS) sobre a
impermeabilização. “Produto resultante de um conjunto de componentes e elementos
construtivos (serviços) que objetivam proteger as construções contra a ação deletéria
de fluidos, vapores e da umidade: produto (conjunto de componentes ou o elemento
resultante).
No desenvolvimento da edificação, a impermeabilização desde a base é
essencial para evitar futuros problemas de patologias, onde o principal objetivo é
proteger de infiltração da água e as manifestações patológicas que podem também
provocar danos diretos a estrutura.
Em relação à impermeabilização utilizada em fundações, será apresentado
nas próximas etapas as informações sobre uma pesquisa feita em campo referente a
execução em uma obra e os materiais utilizados para impermeabilização da fundação.
Este trabalho tem por objetivo apresentar a execução de impermeabilização da
fundação de acordo com as normas da NBR 9575/2010 e NBR 9574/2008, onde estas
normas
estabelecem
os
parâmetros
necessários
para
execução
de
impermeabilização para que os requisitos sejam seguidos e assim proporcionar a
proteção necessária para a construção contra a infiltração dos líquidos.
2. Referencial Teórico
2.1 História da Impermeabilização:
Desde o tempo em que os humanos viviam em cavernas a umidade está
presente e sempre foi algo em se preocupar. Segundo Felizardo (2013), no início, para
se esconder de chuvas e frio o homem utilizava cavernas como moradia.
Com o tempo, o homem percebeu que devido às chuvas era causado a
penetração da água, subindo a umidade do solo por meio das paredes, percebendo
que, a moradia nas cavernas não era algo viável, pois poderia ser prejudicial à saúde.
Para que o homem tivesse uma vida melhor, foi necessário buscar métodos
3
aprimorados para criação de uma moradia onde, seria possível prevenir as causas
naturais.
Relatando
sobre
os
primeiros
materiais
utilizados
no
sistema
de
impermeabilização, Arantes (2007), diz que foram os betuminosos, asfaltos e
alcatrões, esses produtos eram utilizados em banhos romanos e sua outra função era
proteção das estacas de madeira na antiguidade.
Ainda segundo Arantes (2007), com o início da utilização de impermeabilização
no Brasil, era utilizado de óleo de baleia, misturando junto a argamassa e no processo
de assentamento de tijolo, em obras que era necessário utilizava no revestimento das
paredes.
De acordo com Zanotti (1999), é considerado que as estruturas executadas em
construções devam ser dimensionadas com o intuito de suportar os mais diversos
tipos de movimentações e volumes, nas condições que podem sofrer como, mudanças
de clima, vento, calor, chuva e outras.
Assim, torna necessário a proteção para evitar a infiltração e calor, para
proporcionar maior durabilidade de materiais, qualidade e conforto aos residentes.
Em 1975 foi publicado a primeira norma brasileira, onde surgiu no mesmo ano
o Instituto Brasileiro de Impermeabilização para dar continuidade com as normas
brasileiras de impermeabilização, levando as informações necessárias para mostrar a
real importância de uma obra que segue as recomendações do sistema de
impermeabilização.
Entendendo que, a impermeabilização de acordo com a NBR 9575/2010 e NBR
9574/2008 é obrigatório, porém é visto como um diferencial para área da construção,
devido não ser executado em todas as obras e de forma correta.
2.2 Sistemas de Impermeabilização
É utilizado na construção civil o sistema de impermeabilização com objetivo de
proteger com a aplicação de produtos impermeabilizantes específicos, para gerar
proteção em locais que possui porosidade assim evitar a infiltração de líquidos.
A função é gerar uma barreira de proteção para bloquear a disseminação da
umidade e infiltração, porém, em algumas obras é deixado de lado, para economizar
ou falta de conhecimento onde resulta em manifestações patológicas e prejudicando
a edificação.
4
Devido à importância da impermeabilização é necessário atenção para
execução dessa etapa, pois a falta de conhecimento pode ocasionar em
manifestações patológicas e para que isso não ocorra, é necessário a execução
correta da impermeabilização durante o trabalho da fundação.
De acordo com Picchi (1986) a impermeabilização deve ser executada por
pessoas com conhecimento, onde pequenos erros podem comprometer tudo o que foi
feito.
Figura 1 Representação do sistema de impermeabilização
Fonte: GOOGLE,2021.
Os problemas relacionados a infiltração de água, é devido à capilaridade dos
alicerces e no caso a umidade ascendente do solo, percorre o alicerce e tem a sua
absorção nos rodapés chegando até a parede, podendo atingir diferentes alturas.
A emulsões asfálticas são utilizadas como impermeabilização onde devem ser
aplicadas em fundações, muros de arrimo, vigas baldrames, radier e estruturas que
tenha contato com o solo. Esse material é responsável pelo preparo da superfície e
proporcionar a proteção de infiltração ou umidade criando uma película com alta
aderência.
Em toda parte da viga deve-se aplicar o produto específico para
impermeabilização. A impermeabilização nas vigas baldrames tem a finalidade de
proteção para a fundação, alvenaria e todos os revestimentos, contra a umidade e
infiltrações.
Segundo
SABADINI
JÚLIO
(1998)
“existe
um
consenso
que
a
impermeabilização assume um papel importante para durabilidade das edificações”,
essa afirmação é incontestável, pois a água/umidade é a fonte principal de grande
parte das manifestações patológicas mais comuns que atingem as edificações.
5
Em todas as situações são necessárias à aplicação do sistema de
impermeabilização, independente do solo, devido à concentração de líquido vinda do
solo, que podem ocasionar infiltrações, porém para os pavimentos inferiores que
podem ser afetados devido a maior concentração de água da chuva e proximidade do
lençol freático, se torna uma situação onde é essencial a aplicação do sistema de
impermeabilização.
Sobre o lençol freático, além de provocar a umidade ascendente, pode
provocar infiltrações. Onde se faz necessário constante rebaixamento, evitando as
variações no período de chuvas, dependendo do solo, com a saturação da terra pode
ter o risco de acontecer a umidade ascendente (Informe Dois de Impermeabilização
Petrobrás, p. 13).
2.3 NBR 9575/2010 Impermeabilização – seleção e projeto:
Segundo Ripper (1995), em relação às informações que envolvem a
impermeabilização, a falta de elaboração dos projetos específicos pode ser o grande
problema. O projeto de impermeabilização é a junção de todas as informações da
maneira gráfica e descrita que possa definir integralmente as características referente
a todo o sistema de impermeabilização para tal construção, para que assim, seja
possível passar as informações necessárias e executado de forma correta.
2.3.1 Seleção da Impermeabilização
Para selecionar a forma de impermeabilização é necessário seguir de acordo
com cada tipo de solicitação. Sobre a NBR 9575/2010, essa solicitação ocorre de
formas diferentes, sendo elas:
• Devida à água de percolação: A percolação é a forma que está atuando sobre
superfícies mesmo não exercendo pressão. Então, toda a área que entrar em contato
com a água, tem a necessidade de ser protegida.
• Devida à água de condensação: A condensação é a água gerada devido à
condensação do vapor d’água que está presente em um local atuando na parte de
cima do ambiente.
• Devida a umidade do solo: Os elementos construtivos recebem a umidade vinda do
solo por meio da capilaridade. De acordo com Silva (2015) a água vinda do solo afeta
a viga baldrame e percorre na alvenaria, podendo atingir até 1 metro de altura.
6
2.4 Caracterização dos impermeabilizantes
Para cada tipo de impermeabilização recomendada a ser utilizada em cada
localização, pode variar dependendo de cada situação como apresentado. A
diferenciação dos principais tipos de impermeabilização utilizada acontece devido ao
movimento da estrutura e sua exposição pelas mudanças que podem ocorrer pela
temperatura.
Os impermeabilizantes são divididos em dois tipos, o impermeabilizante
flexível e rígido. Segundo Pezzolo (2012) afirma que, tudo que está enterrado no solo
é utilizado o impermeabilizante rígido, e para parte que está exposta é utilizado o
flexível.
2.4.1 Impermeabilização Flexível
Em relação à impermeabilização flexível, é a combinação dos materiais ou
produtos utilizados para aplicação em locais da edificação que podem ser submetidas
a sofrer fissuração (NBR 9575/2010). São adequados para as superfícies que podem
estar sujeitas a vibrações, movimentações e possíveis movimentações térmicas
devido à elasticidade.
Sobre os impermeabilizantes flexíveis pode se afirmar que existe dois tipos:
• Mantas: As mantas, tem a espessura estabelecida, necessitam apenas de
uma camada a ser aplicada, e por ser pré-produzidas, sua aplicação acontece de
forma mais eficaz. Em relação à característica, são recomendadas para áreas
maiores.
Sobre mantas poliméricas, de acordo com Nakamura (2014), a sua produção é
feita por diversos materiais sintéticos e suporta de maneira eficaz ataques químicos e
radiação ultravioleta, relação a forma composta.
A manta asfáltica é composta por asfalto modificado, polímeros e revestido com
estruturantes essenciais. Na composição da manta, o asfalto modificado é o
encarregado pela impermeabilização (VEDACIT, 2009).
• Membranas: As membranas são elaboradas no local e a sua execução é feita
por várias demãos do impermeabilizante em forma líquida, após secar é formada uma
camada flexível que não possui emendas. As áreas a serem utilizadas são locais
pequenos ou de difícil acesso. A forma de aplicação deve ser controlada e na
quantidade correta, as informações para aplicação são fornecidas pelos fabricantes.
7
2.4.2 Impermeabilização Rígida
A impermeabilização rígida é o agregado dos materiais ou produtos para
serem aplicados em locais da edificação onde não ocorrem fissuração (NBR 9575,
2010). Resumidamente, sua função é proporcionar a proteção das partes estáveis do
imóvel, para os locais que tendem a se movimentar, vibrações e exposição solar, esse
tipo de impermeabilização não é recomendado. Em se tratando de impermeabilização
rígida, a mistura do revestimento de argamassa, proporciona a característica de
impermeabilizante na estrutura. Sendo assim, seu resultado é de acordo,
principalmente, com a qualidade do sistema (FERREIRA, 2012). Sobre os produtos,
cada um tem uma propriedade diferente, por isso é necessário seguir corretamente
as indicações passadas pelo fabricante em relação aos materiais e período de
secagem.
2.5 Execução de impermeabilização NBR 9574/2008
A NBR 9574/2008 trata-se sobre a execução da impermeabilização, ou seja,
define os procedimentos que devem ser feitos para se ter um sistema
impermeabilizante. A norma estabelece exigências com relação à execução para que
as condições de proteção contra a passagem de fluidos sejam alcançadas.
2.5.1 Condições específicas
Entre as condições específicas, o executante deve obedecer às determinações
do projeto. É necessário tratar trincas e fissuras de maneira compatível ao sistema de
impermeabilização. As superfícies devem estar secas e livres de qualquer tipo de
sujeira. Deve ser executado com cautela observando os detalhes como, as passagens
de tubulações, os ralos, rodapés e entre outros. Depois que for aplicado a
impermeabilização é necessário fazer um teste para verificar o sistema aplicado, com
a duração mínima exigida de três dias.
2.6 Projeto de sistema de impermeabilização
Em relação ao projeto de impermeabilização sua formação é a junção de dois
projetos: o primeiro é o projeto básico e segundo o projeto executivo (NBR 9575/2010).
O projeto básico é definido pela NBR 9575/2010 como sendo o projeto de
compatibilização junto aos outros. Neste projeto básico, é definido as soluções
8
necessárias para as impermeabilizações para que assim, seja garantido maior
durabilidade da construção contra as manifestações patológicas causadas por
umidade, vapores e fluidos.
O projeto executivo é baseado em cima do projeto básico e também faz o
detalhamento de todos os sistemas de impermeabilização que serão utilizados na
construção. As informações necessárias para elaboração de cada projeto são
definidas pela NBR 9575/2010.
• Projeto Básico: O projeto básico apresentado junto ao projeto arquitetônico
possibilita prever futuras interferências que podem ser chave, apontadas antes possui
chances maiores de obter uma solução. É necessário ser apontado os locais
específicos onde será necessário a impermeabilização na construção, assim é
possível atender as exigências relacionado a estanqueidade e ter durabilidade na
edificação contra possíveis infiltrações devidas a vazamento de água e outras
possíveis ações que podem ser gerados pela umidade.
As informações que devem estar no projeto básico são:
•
Planta de localização e determinar as impermeabilizações
•
Informações sobre a construção para descrever graficamente os recursos
aderidos
•
•
Memorial descritivo com os impermeabilizantes escolhidos
Projeto Executivo: Para o projeto executivo, é apresentado as informações de
maneira mais aprofundada apresentando, memorial descritivo, detalhando as
camadas de impermeabilização juntamente com a forma que será executado e quais
medidas tomar para a segurança dos colaboradores. Todo esse processo é utilizado
no processo de compatibilizando com o conjunto de projetos, arquitetônico, estrutural
elétrico, hidrossanitário.
Para o projeto executivo é necessário:
•
Planta de localização e determinar as impermeabilizações
•
Informar detalhes simples e específicos sobre a construção para descrever
graficamente os recursos aderidos.
•
Memorial descritivo com os materiais e camadas para impermeabilização
•
Memorial descritivo informando os procedimentos referente a execução
•
Planilha com as quantidades de materiais e serviços
•
Cronograma para controlar e inspecionar os serviços
9
Durante a execução do projeto arquitetônico, é necessário que o responsável
pelo projeto de impermeabilização participe, passando as informações em relação ao
sistema de impermeabilização para o responsável técnico pelo projeto arquitetônico
adequando ambos projetos para ser possível encontrar a melhor forma para execução
do sistema.
Após análise de ambos especialistas e encontrar a melhor forma de
compatibilização dos projetos, são necessárias as marcações corretas de onde será
aplicado a impermeabilização, levando em conta as indicações como, cotas, os níveis,
e os locais de revestimento, esses pontos devem ser apontados antes do início do
projeto de estrutura.
Com os projetos em mãos, inicia a fase de elaboração dos sistemas e corrigindo
os pontos que não se encaixa, assim é possível elaborar o pré-projeto de
impermeabilização.
2.7 Vantagens e desvantagens
Segundo Rodrigues e Mendes (2017) relatam que para se ter vantagens com
os produtos de impermeabilização, é importante que siga corretamente os métodos
de execução.
Os produtos impermeabilizantes tem um crescimento a cada dia mais no
mercado de construção civil, isso permite uma parcela maior de alternativas e
soluções para cada caso.
Entretanto, quando uma obra passa pelo sistema de impermeabilização
corretamente, isso traz para a construção um diferencial em qualidade e segurança,
visto que os problemas de infiltração serão bloqueados. (RODRIGUES E MENDES,
2017).
A
citação
referente
as
desvantagens
sobre
a
implantação
de
impermeabilização, mostra que é necessário relatar sobre a extrema importância
sobre a execução para garantir uma maior durabilidade da construção, porque gera
um bloqueio da degradação que pode ser proporcionada pela umidade.
2.8 Manifestações patológicas:
Sobre as patologias ligadas a umidade em edificações, podem ser resumidas
em degradação da estrutura, a degradação das pinturas e estragos que podem ser
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gerados no revestimento, e também favorecem o surgimento de fungos e bactérias
que podem se proliferar nos ambientes úmidos, se tornando prejudiciais à saúde
(LONZETTI,2010).
2.8.1 Infiltração em armaduras
A NBR 9575/2010 relata que a infiltração é uma manifestação patológica
indesejável de líquidos na construção.
A manifestação da água na edificação é determinada como umidade. A água
age como fator deteriorante e acaba por reduzir a vida útil da edificação. É necessário,
portanto, tomar alguns cuidados prévios quando patologias de infiltração são
identificadas.
De acordo com Cunha e Neumann (1979), as estruturas de concreto armado
com mais de 30 anos que estão expostas diretamente a umidade podem apresentar
início de deterioração de suas armaduras.
A infiltração em armadura pode ocasionar a corrosão devido à falta de
cobrimento da armadura e o contato com o gesso facilita a ação da umidade
possibilitando a corrosão, de acordo com a imagem a seguir.
Figura 2 - Corrosão da Armadura de um Pilar Estrutural devido à Infiltração
Fonte: GOOGLE,2021
2.8.2 Infiltração por capilaridade
A infiltração por capilaridade da água atinge a construção através dos
baldrames e fundações. Dessa maneira, a água percorre os poros do solo até chegar
na fundação da edificação, dando procedimento ao processo caso não tenha as
11
soluções necessárias para evitar, no caso o sistema de impermeabilização, de acordo
com a Figura 3.
Figura 3- umidade ascendente
Fonte: GOOGLE, 2021
Segundo Polito (2006) o bolor é caracterizado pela existência de pontos pretos
ou manchas, podendo ser de cor cinza ou marrom sobre a superfície, onde a umidade
presente no solo é direcionada para a parede, resultando em uma mancha que pode
alcançar até 1m de altura em relação ao solo, surgindo bolhas na pintura.
Figura 4- Manchas de bolor
Fonte: GOOGLE 2021
A manifestação patológica de bolor em rodapé é ocasionada devido à umidade
que pode agir por ascendência de capilaridade e ser revelado nas alvenarias, podendo
ocorrer danos à saúde dos moradores e gerando problemas para o imóvel. (BARROS,
2011).
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De acordo com Polito (2006), bolha é uma complicação que resulta na perca
de adesão localizada, e consequentemente o levantamento da área com potencial de
causar umidade por infiltração em paredes.
Figura 5 - Bolhas
Fonte: GOOGLE 2021
2.8.3 Eflorescências
A manifestação patológica denominada eflorescência, normalmente ocorre em
paredes e chão, é possível reconhecer essa manifestação com o aparecer de
manchas esbranquiçadas. A eflorescência pode surgir em materiais como, tijolos
concreto e argamassa, o motivo é a infiltração de água, que faz os sais presentes no
cimento e na cal serem dissolvidos. Entre as causas mais frequentes para o
aparecimento dessa patologia é a capilaridade, processo pelo qual a umidade sobe
pelo solo, pelo interior da alvenaria e atinge a pintura da fachada (SANTOS e SILVA
FILHO, 2008).
Figura 6- Eflorescência
Fonte:GOOGLE,2021
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3. Metodologia
Com a finalidade de apresentar o tema em questão, o estudo foi desenvolvido
em duas fases, para a primeira etapa a ser realizada do trabalho, após a escolha do
tema e objetivo, uma pesquisa bibliográfica foi feita com a finalidade de coletar
informações de acordo com relatórios acadêmicos já publicados, juntamente com
informações descritas nas NBR 9575/2010 e NBR 9574/2008.
Segundo Perovano (2016, p .108) A revisão de literatura em uma pesquisa
bibliográfica tem como objetivo:
Em uma pesquisa científica, a revisão de literatura cumpre um importante
papel: explorar os condicionantes, o estado de evolução conceitual e os
avanços de determinados conhecimentos identificados no problema de
pesquisa e nos elementos estruturantes presentes na introdução.
Para a segunda fase, foram feitas visitas em uma obra para acompanhar a
execução da impermeabilização na fundação. Através da visita buscou-se entender
as técnicas construtivas seguidas sem o conhecimento das normas (NBR 9575/2010
e 9574/2008).
3.1 Coleta de Informações
Os dados coletados para o estudo foram por meio de fotografias
acompanhando o processo de impermeabilização de uma obra, onde o sistema de
impermeabilização foi aplicado na viga baldrame. Analisando o processo na obra foi
possível obter informações referente aos produtos utilizados e as etapas necessárias
até a execução da impermeabilização da viga baldrame.
3.2 Impermeabilização de fundação
A maneira correta de formulação e aplicação de argamassa impermeável de
acordo com o manual do fabricante Vedacit diz que, o Vedacit é sempre dissolvido na
água que será misturada à massa. Para a composição da argamassa impermeável,
deve ser utilizado o traço 1:3, sendo uma parte de cimento e três de areia, deve-se
misturar o material da seguinte forma, 2 kg de Vedacit para cada 50 kg de cimento.
É necessário a aplicação de argamassa impermeável até a terceira fiada de
tijolos e também na fundação com a aplicação de 15 cm nas laterais para que, a
umidade não penetre nos cantos da fundação. Após a secagem é necessário a
14
aplicação da segunda demão de Neutrol onde o fabricante relata o consumo de
500ml/m² para às duas demãos.
4. Resultados e Discussão
O estudo de caso é baseado na construção residencial de dois pavimentos com
a área construída de 255,00 m² e terreno de 300m².
As dimensões da fundação são:
•
Estaca hélice continua de 35cm diâmetro;
•
Profundidade da estaca de11m;
•
Barras de ferro de 10mm e 6.3mm estribos;
•
Concreto FCK 25 MPa;
•
Blocos e gaiolas armadas medidas 50cm de largura 1,30m m de
comprimento e 50 cm de altura;
•
Vigas baldrames medias de 20 cm de largura, 30 cm de altura, comprimento
de acordo com o projeto.
Com as informações coletadas será apresentado as etapas até a execução da
impermeabilização das primeiras fiadas de nivelamento sobre a viga baldrame:
Para a fundação desta edificação foi escolhido o tipo de estacas e blocos de
fundação, primeiramente com o projeto de fundação em mãos, foi feito um gabarito
para marcação de todas as estacas, blocos sapatas e vigas baldrames.
Figura 7 - Marcação de blocas de sapata e viga baldrame
Fonte: Autores, 2021
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Para essa etapa já com a fundação escavada com as armações de gaiolas, todas as
armaduras já estavam preparadas para serem descidas nas valas para concretagem.
Figura 8- Armação das gaiolas e viga baldrame
Fonte: Autores,2021
Nessa fase as estacas já concretadas e com o rasamento feito, e com as valas
já escavada com lastro de brita para evitar que as armaduras tenham contato direto
com o solo, isso faz com que o concreto cubra totalmente as armaduras de acordo
com o projeto.
Figura 9- Estaca com as ferragens e brita
Fonte: Autores,2021
Após a concretagem da fundação, é preparado o assentamento das primeiras
fiadas de alvenaria onde será aplicado a impermeabilização.
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Figura 10- Fundação e pilares já concretados
Fonte: Autores,2021
Para o sistema de execução da impermeabilização é necessário utilizar
equipamentos de proteção individual (EPI) como, luvas, óculos e botina de proteção
por quem for executar, também é importante a utilização correta das ferramentas para
aplicação, são elas: desempenadeiras, rolo para pintura, colher de pedreiro e
vassoura.
Nesse processo a alvenaria de nivelamento já está executada, onde será
aplicado o emboço de cobertura com argamassa, para o traço utilizado foram 3:1, ou
seja, três partes de areia, uma parte de cimento e uma porção de 600ml de Vedacit.
Com isso está composta a argamassa impermeável para rebocar a base.
Figura 11- Nivelamento da base para impermeabilização
Fonte: Autores,2021
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Após aplicar a argamassa de cobertura na primeira fiada é feito a aplicação do
impermeabilizante, é necessário aguardar o tempo para secagem de pelo menos 24
horas para começar o assentamento das alvenarias.
Figura 12 - Viga baldrame impermeabilizada
Fonte: Autores,2021
4.1 Comparação do método de execução
Após análise de execução do sistema de impermeabilização realizado na obra
visitada, foi possível fazer uma comparação de acordo com a NBR 9575/2010,
9574/2008 e o manual do fabricante Vedacit e o Neutrol.
A NBR 9575/2010 recomenda sobre a necessidade de orientação de um
responsável técnico, elaboração do projeto básico e projeto executivo para execução
do sistema de impermeabilização, porém a obra acompanhada não possuía o projeto
básico e projeto executivo de impermeabilização e também a falta de uma orientação
de um responsável técnico específico da área de impermeabilização para execução.
De acordo com a NBR 9574/2008 o método de execução de impermeabilização
deve seguir da seguinte forma:
•
Para a aplicação é importante que a alvenaria a ser impermeabilizada esteja
umedecida para receber a aplicação do chapisco de cimento e areia, traço 1:2,
para servir de aderência entre a alvenaria e a argamassa impermeável com
hidrófugo.
•
Comparando com o modo de execução da NBR 9574/2008 e a aplicação do
executor, difere no traço (1:3) onde o mesmo segue as devidas orientações
fornecidas pelo fabricante de Vedacit.
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•
Para a execução da tinta asfáltica deve-se aplicar uma demão do produto
utilizando rolo de forma homogênea e é necessário aguardar a secagem total.
Aplicar as demãos posteriores, obedecendo ao tempo necessário para
secagem, até atingir a aplicação total recobrindo a estrutura. Todas as
informações relacionadas a consumo, secagem e ferramenta, devem seguir as
recomendações do fabricante.
•
Comparando a forma de aplicação da tinta asfáltica de acordo com a NBR
9574/2008 e a aplicada na obra visitada, o responsável pela execução, segue
as informações de acordo com o fabricante sendo assim, o processo
comparado, corresponde, conforme relatado na NBR 9574/2008 deve-se seguir
as recomendações do fabricante.
4.2 Projeto de impermeabilização
Como não tinha um projeto de impermeabilização, foi elaborado o projeto
básico, com a forma em que deveria ser impermeabilizado a fundação.
Figura 13 – Área a ser impermeabilizada
Fonte: Autores,2021
19
Figura 14– Área do projeto
Fonte: Autores,2021
Na figura 13 consta as informações que seriam necessárias para aplicação dos
materiais, onde foi projetado um corte do local, mostrando a aplicação da argamassa
impermeável, aplicação do emboço e a tinta asfáltica. Já na figura 14, mostra o terreno
com a locação das vigas baldrames e pilares.
20
5. Considerações finais
Os produtos que são utilizados têm um ótimo comportamento quando aplicados
de forma correta, ou seja, seguindo as recomendações passadas pelo fabricante,
prevenindo possíveis manifestações patológicas e futuros gastos que seria necessário
para manutenções com correções ou prejuízos que seria gerado devido à umidade na
edificação.
Pode-se observar os problemas que podem ser enfrentados com o
planejamento, e verificação da impermeabilização pode ser diminuída criando um
projeto de impermeabilização adequando a necessidade da obra. Em relação ao
projeto de impermeabilização é necessário a mesma atenção que outros projetos
utilizados, devido que, o projeto bem elaborado exige um estudo de compatibilidade e
inteiração com os outros projetos.
Em casos em que ocorrem vazamentos nas edificações, uma justificativa pode
ser a falta de experiência de quem fez a aplicação ou a falta de um projeto para auxílio.
Comparando o estudo acima com a NBR 9575/2010 o planejamento de um projeto de
impermeabilização é a forma mais correta de concluir com o sucesso a execução da
impermeabilização, mas, a elaboração do projeto não é algo comum.
A execução do sistema de impermeabilização na obra em que foi elaborado o
estudo não tinha um responsável técnico específico da área para elaborar um projeto
para o sistema de impermeabilização e determinar de que forma seria necessário
executar a aplicação, porém, os colaboradores junto com auxílio do engenheiro
responsável pela obra, executaram a aplicação utilizando a experiência obtida em
outros serviços, e seguiram a NBR 9574/2008 sobre a forma de aplicação de acordo
com que se pede no manual do fabricante.
Portanto, o foco do estudo foi somente na área de impermeabilização das vigas
baldrames e, para complementar com os resultados encontrados com a comparação
dos métodos de acordo com as normas regulamentadoras, foi elaborado um projeto
de impermeabilização para a obra acompanhada.
Esses procedimentos não somente aumentam a qualidade das construções,
mas relatando que a obra precisa de um profissional específico da área de
impermeabilização com a capacitação necessária e com conhecimentos técnicos que
auxilia de uma melhor forma possibilitando maior qualidade.
21
6. Referências Bibliográficas
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BRASILEIRA
DE
NORMAS
TÉCNICAS.
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9575
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