Uploaded by Guilherme Marques

Aplicação das técnicas de gerenciamento de projeto no planejamento de atividade turística proposta para elaboração de uma viagem à Europa - Andrea L. dos Santos

advertisement
UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE
ESCOLA DE ENGENHARIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
PÓS-GRADUAÇÃO DE GERENCIAMENTO DE PROJETOS
ANDREA LIMA DOS SANTOS
APLICAÇÃO DAS TÉCNICAS DE GERENCIAMENTO DE PROJETO NO
PLANEJAMENTO DE ATIVIDADE TURÍSTICA: PROPOSTA PARA
ELABORAÇÃO DE UMA VIAGEM À EUROPA
NITERÓI
2018
ANDREA LIMA DOS SANTOS
APLICAÇÃO DAS TÉCNICAS DE GERENCIAMENTO DE PROJETO NO
PLANEJAMENTO DE ATIVIDADE TURÍSTICA: PROPOSTA PARA
ELABORAÇÃO DE UMA VIAGEM À EUROPA
Monografia apresentada ao Curso de MBA –
Gerenciamento de Projetos da Universidade
Federal Fluminense como requisito parcial para
obtenção do grau de Especialista em
Gerenciamento de Projetos.
Orientador:
Profª ISA GOMES DA COSTA AZEVEDO, M.Sc.
Niterói
2018
S237
Santos, Andrea Lima dos
Aplicação das técnicas de gerenciamento de projeto no
planejamento de atividade turística: proposta para elaboração de uma
viagem à Europa. / Andrea Lima dos Santos – Niterói, RJ: [s.n.], 2015.
70f
Monografia (Especialização em Gerenciamento de Projetos) –
Universidade Federal Fluminense, 2018.
Orientador: Isa Gomes da Costa Azevedo.
1. Gerenciamento de projeto. 2. Planejamento de Viagens. 3.
Produção Intelectual. I. Título.
CDD 658.3
ANDREA LIMA DOS SANTOS
APLICAÇÃO DAS TÉCNICAS DE GERENCIAMENTO DE PROJETO NO
PLANEJAMENTO DE ATIVIDADE TURÍSTICA: PROPOSTA PARA
ELABORAÇÃO DE UMA VIAGEM À EUROPA
Monografia apresentada ao Curso de MBA –
Gerenciamento de Projetos da Universidade
Federal Fluminense como requisito parcial para
obtenção do grau de Especialista em
Gerenciamento de Projetos.
Aprovada em 8 de dezembro de 2018.
BANCA EXAMINADORA
________________________________________________
Profª Isa Gomes da Costa Azevedo, M.Sc. – Orientadora
________________________________________________
Prof. Luiz Carlos Brasil de Brito Mello, D.Sc.
________________________________________________
Prof. Sandro Alberto Vianna Lordelo, M.Sc.
________________________________________________
Profª Sara Monaliza Sousa Nogueira, M.Sc.
DEDICATÓRIA
À DEUS, pois sem ELE nada seria possível.
À minha mãe CRISTALINA, a luz da minha vida, que sempre está ao meu lado, me
apoiando, me dando forças para lutar pelos meus sonhos. Sem ela, nada valeria a pena. Te
amo, mãe.
E a minha orientadora ISA GOMES DA COSTA DE AZEVEDO, pelo seu apoio,
seus ensinamentos, sua amizade e, principalmente, pela paciência que teve comigo em cada
etapa deste trabalho. Obrigada mesmo, por tudo.
“Viajar! Perder países!
Ser outro constantemente,
Por a alma não ter raízes
De viver de ver somente!
Não pertencer nem a mim!
Ir em frente, ir a seguir
A ausência de ter um fim,
E da ânsia de o conseguir!
Viajar assim é viagem.
Mas faço-o sem ter de meu
Mais que o sonho da passagem.
O resto é só terra e céu.”
Fernando Pessoa
RESUMO
Este trabalho se propõe a verificar a aplicabilidade dos princípios do Gerenciamento
de projeto no planejamento de uma viagem à Europa. Seu objetivo é elaborar um plano de
gerenciamento para um projeto pessoal (atividade turística) aplicando as boas práticas de
gerenciamento de projetos no planejamento de escopo e aquisições sob o enfoque da
elaboração de um roteiro de viagem, quebrando o paradigma de que o gerenciamento de
projetos é aplicável somente no âmbito empresarial. Para a condução da monografia foram
realizadas pesquisas a respeito do tema, por meio de revisões bibliográficas; consultas em
plataformas de pesquisa de conteúdo acadêmico como: Google Academic e Sielo; consulta a
livros especializados sobre Gerenciamento de Projeto e de Elaboração de Roteiro de Viagens.
Para a coleta de dados foram realizadas pesquisas exploratórias qualitativas, visando obter
insights e ideias, bem como, dar suporte à construção dos conceitos e hipóteses iniciais para
esta viagem proposta. Para tanto, foram realizadas consultas a blogs de viagens de relevância
para viajantes deste nicho de atividade turísticas. Com base no objetivo proposto, a pesquisa
permitiu concluir que a fase de planejamento é crucial para que a elaboração de uma viagem.
Uma viagem bem planejada pode usufruir dos mesmos benefícios que um projeto bem
planejado possui.
Palavras-chave: Planejamento de viagens. Gerenciamento de projetos. Boas práticas.
ABSTRACT
This paper proposes to verify the applicability of the principles of Project
Management in the planning of a trip to Europe. Its purpose is to develop a management plan
for a personal project (tourism activity) applying good project management practices in scope
planning and procurement under the approach of developing a travel roadmap, breaking the
paradigm that project management is applicable only in the business scope. In order to
conduct the monograph, research was done on the subject, through bibliographic reviews;
queries on academic content research platforms such as: Google Academic and Sielo; consult
specialized books on Project Management and Elaboration of Road Map. For the data
collection, qualitative exploratory researches were carried out, aiming to obtain insights and
ideas, as well as, to support the construction of the initial concepts and hypotheses for this
proposed trip. To that end, consultations were held with travel blogs of relevance to travelers
in this niche of tourism activity. Based on the proposed goal, research has led to conclude that
the planning phase is crucial in order to make a trip. A well-planned trip can enjoy the same
benefits a well-planned project.
Keywords: Travel Planning. Project Management. Good practices.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1: Variação (em %) e Rendimento (em Milhões) com a chegada de turistas
internacionais. ........................................................................................................................... 11
Figura 2: Chegada de turistas internacionais por blocos. ......................................................... 12
Figura 3: Previsão para o turismo internacional por destinação. .............................................. 13
Figura 4: Representação Genérica de um Ciclo de Vida do Projeto. ....................................... 19
Figura 5: Impacto de Variáveis ao Longo do Projeto. .............................................................. 19
Figura 6: Mapeamento entre os Grupos de Processos do Gerenciamento de Projetos............. 23
Figura 7: Interrelação entre Ciclo de Vida do projeto, os grupos de processos e as áreas de
conhecimento. ........................................................................................................................... 23
Figura 8: Mapa Mental do Gerenciamento de Escopo. ............................................................ 25
Figura 9: Exemplo de EAP. ...................................................................................................... 28
Figura 10: Visão Geral Detalhada do Gerenciamento do Escopo do Projeto. ......................... 31
Figura 11: Processos do Gerenciamento das aquisições do Projeto. ........................................ 32
Figura 12: Visão Geral Detalhada do Gerenciamento das Aquisições do Projeto. .................. 37
Figura 13: Contribuição Total do Setor de Turismo para o crescimento do PIB. .................... 38
Figura 14: Contribuição Total (Direta e Indireta) do Setor de Turismo para o crescimento PIB.
.................................................................................................................................................. 38
Figura 15: Contribuição Direta do Turismo para geração de empregos na economia inteira. . 39
Figura 16: Contribuição Direta do Turismo para geração de empregos diretos e indiretos. .... 39
Figura 17: Chegada de turistas estrangeiros ao Brasil. ............................................................. 40
Figura 18: Mapa do fluxo turístico internacional para o Brasil – 2016. ................................... 40
LISTA DE QUADROS E TABELAS
Quadro 1: Plano de Gerenciamento do Projeto e Documentos do Projeto. .............................. 15
Quadro 2: Grupo de Processos do Gerenciamento de Projetos e mapeamento das áreas de
conhecimentos .......................................................................................................................... 24
Quadro 3: Abordagem 5W2H. ................................................................................................. 33
Quadro 4: Matriz de risco. ........................................................................................................ 46
Quadro 5: Critério de Sucesso. ................................................................................................. 49
Quadro 6: EAP. ........................................................................................................................ 52
Quadro 7: Critério de Aceitação. .............................................................................................. 53
Quadro 8: Cronograma da Viagem. .......................................................................................... 53
Quadro 9: Plano de Gerenciamento das Aquisições. ................................................................ 62
Tabela 1: Pesquisa dos preços das passagens de trem. ............................................................. 65
Tabela 2: Pesquisa dos preços para Hospedagem. ................................................................... 66
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 10
1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO .................................................................................................. 10
1.2 SITUAÇÃO PROBLEMA ................................................................................................. 13
1.3 OBJETIVOS DO TRABALHO ......................................................................................... 14
1.3.1 Objetivo geral ................................................................................................................. 14
1.3.2 Objetivos específicos ...................................................................................................... 15
1.4 DELIMITAÇÃO DO TRABALHO ................................................................................... 15
1.5 JUSTIFICATIVA DO TRABALHO ................................................................................. 16
1.6 QUESTÕES DO TRABALHO .......................................................................................... 16
1.7 METODOLOGIA............................................................................................................... 16
1.8 ORGANIZAÇÃO DO ESTUDO ....................................................................................... 17
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .......................................................................................... 18
2.1 DEFINIÇÃO DE PROJETO .............................................................................................. 18
2.2 CICLO DE VIDA ............................................................................................................... 18
2.3 GERENCIAMENTO DE PROJETO ................................................................................. 20
2.3.1 Áreas de conhecimento em gerenciamento de projetos ............................................. 20
2.3.2 Grupos de processos de gerenciamento de projeto .................................................... 22
2.4 GERENCIAMENTO DO ESCOPO DO PROJETO .......................................................... 25
2.5. GERENCIAMENTO DAS AQUISIÇÕES DO PROJETO .............................................. 31
2.6 ATIVIDADE TURÍSTICA NO BRASIL .......................................................................... 37
2. 7 PLANEJAMENTO GENÉRICO PARA UM ROTEIRO TURÍSTICO ........................... 41
2.8 MAPEAMENTO DOS RISCOS MAIS FREQUENTES EM VIAGEM .......................... 44
3. APRESENTAÇÃO DA PROPOSTA ............................................................................... 48
3.1 DECLARAÇÃO DE ESCOPO .......................................................................................... 48
3.1.1 Descrição do projeto ...................................................................................................... 48
3.1.2 Objetivo do projeto........................................................................................................ 48
3.1.3 Critérios de sucesso do projeto ..................................................................................... 49
3.1.4 Premissas e restrições .................................................................................................... 50
3.1.5 Exclusões ........................................................................................................................ 52
3.2 EAP (ESTRUTURA ANALÍTICA DO PROJETO ........................................................... 52
3.3. CRITÉRIOS DE ACEITAÇÃO ....................................................................................... 53
3.4 CRONOGRAMA DA VIAGEM PROPOSTA .................................................................. 53
3.5 PROPOSTA DE ROTEIRO DETALHADO PARA AS ATIVIDADES DIÁRIAS ......... 54
3.6 APLICANDO O GERENCIAMENTO DAS AQUISIÇÕES PARA A VIAGEM ........... 61
3.6.1. Objetivo do Plano de Aquisições ................................................................................. 61
3.6.2. Controle das Aquisições e Reservas ............................................................................ 64
4. CONCLUSÃO..................................................................................................................... 67
4.1 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................. 67
4.2. RESPOSTA AS QUESTÕES DO ESTUDO .................................................................... 67
4.3. PROPOSTA DE ESTUDOS FUTUROS .......................................................................... 68
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................. 69
1. INTRODUÇÃO
Viajar? Para viajar basta existir.
Viajar? Para viajar basta existir. Vou de dia para dia, como de estação para
estação, no comboio do meu corpo, ou do meu destino, debruçado sobre as ruas e
as praças, sobre os gestos e os rostos, sempre iguais e sempre diferentes, como,
afinal, as paisagens são.
Se imagino, vejo. Que mais faço eu se viajo? Só a fraqueza extrema da imaginação
justifica que se tenha que deslocar para sentir.
«Qualquer estrada, esta mesma estrada de Entepfuhl, te levará até ao fim do
mundo.» Mas o fim do mundo, desde que o mundo se consumou dando-lhe a volta, é
o mesmo Entepfuhl de onde se partiu. Na realidade, o fim do mundo, como o
princípio, é o nosso conceito do mundo. É em nós que as paisagens têm paisagem.
Por isso, se as imagino, as crio; se as crio, são; se são, vejo-as como às outras.
Para quê viajar? Em Madrid, em Berlim, na Pérsia, na China, nos Pólos ambos,
onde estaria eu senão em mim mesmo, e no tipo e gênero das minhas sensações?
A vida é o que fazemos dela. As viagens são os viajantes. O que vemos, não é o que
vemos, senão o que somos. (FERNANDO PESSOA)
1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO
O turismo é um fenômeno social, cultural e econômico que implica no movimento de
pessoas para países ou lugares fora do seu ambiente habitual para fins pessoais, comerciais
e/ou profissionais. Essas pessoas são chamadas de turistas ou excursionistas (residentes ou
não residentes). Turismo remete a ideia de viagens realizadas, por lazer ou negócios, a lugares
que despertam interesse. Formalmente, a OMT (Organização Mundial de Turismo), agência
especializada das Nações Unidas responsável pela promoção do turismo responsável,
sustentável e universalmente acessível, em 2018, define academicamente a atividade do
viajante como sendo: “Atividade do viajante que visita uma localidade fora de seu entorno
habitual, por período inferior a um ano, e com propósito principal diferente do exercício de
atividade remunerada por entidades do local visitado”.
A partir dos anos 90, com a expansão nos transportes (ferroviário, rodoviário,
hidroviário, marítimo e aéreo) e, principalmente, com o aumento dos serviços de
telecomunicações (telefone, internet, telefonia celular, etc.), o turismo cresceu e hoje existe
um fluxo internacional grande de turistas que gastam e consomem, incrementando ainda mais
esta atividade. As pessoas já incluem as viagens turísticas como sendo objetivos pessoais e/ou
profissionais, constituindo parte integrante do estilo de vida para um número crescente da
população mundial. O que se percebe mais ainda é que se para o indivíduo viajar é
importante, então é certo de que ele encontrará uma maneira de fazer acontecer essa viagem.
11
Ele se perguntará como prefere se sentir, ou seja, optará pela satisfação de levar uma
vida cheia de sonhos realizados e experiências ou arcará com a decepção de deixar o tempo
passar e continuar sempre na mesma rotina.
Segundo informações apresentadas no Plano Nacional de Turismo 2018-2022,
publicação do Ministério de Turismo, na página 22, em 2017, o turismo mundial superou as
expectativas de crescimento, com mais de 1.3 bilhão de viajantes internacionais, o que
significa um aumento de 7% com relação a 2016, representando o melhor resultado em sete
anos, conforme apresentado na Figura 1. Esses dados confirmam a capacidade do setor, que,
mesmo em meio a desafios econômicos e políticos, movimentou US$ 7,6 trilhões em 2017,
representando 10% de toda a riqueza gerada na economia mundial, conforme dados da Word
Travel & Tourism Council -WTTC- 2017. Além disso, o setor de turismo é responsável por
292 milhões de empregos, o equivalente a 1 em cada 10 na economia global.
O crescimento ocorrido em 2017 foi percebido por vários destinos que vinham se
destacando pelo turismo nos últimos anos e, também, por outros que se recuperaram das
quedas sofridas em anos anteriores. Os resultados foram, em parte, impulsionados pela
recuperação econômica global e pela forte demanda registrada em mercados emissores, tanto
tradicionais como emergentes, destacando aumentos da despesa turística no Brasil e na
Rússia, após anos de queda (OMT, 2018).
Figura 1: Variação (em %) e Rendimento (em Milhões) com a chegada de turistas internacionais.
Fonte: PANORAMA OMT DEL TURISMO INTERNACIONAL, Ed., 2018.
12
Ainda segundo informações apresentadas no Plano Nacional de Turismo 2018-2022,
publicação do Ministério de Turismo, na página 24, em 2017, a Europa, com os destinos
mediterrâneos na liderança, registrou um aumento de 8% (oito por cento) em relação ao ano
anterior, igual ao continente africano, que consolidou a recuperação iniciada em 2016. A Ásia
e o Pacífico contabilizaram 6% de turistas a mais e o Oriente Médio, 5%. Já as Américas
receberam 207 milhões de turistas internacionais, crescimento equivalente a 3%. A América
do Sul (+ 7%) obteve o melhor resultado, seguido por América Central e Caribe (ambos +
4%), com o último demonstrando sinais claros de recuperação após os furacões Irma e Maria.
Na América do Norte (+ 2%), os bons resultados do México e do Canadá contrastaram com
uma diminuição nos Estados Unidos, o maior destino da região.
Figura 2: Chegada de turistas internacionais por blocos.
Fonte: MINISTÉRIO DO TURISMO, 2017.
Para 2018, a expectativa é que o número de turistas continue em expansão, embora
em um ritmo menor, a uma taxa de 4% a 5%, acima do projetado pela OMT para o período
2010-2020 (aumento médio de 3,8%). A Europa e as Américas devem crescer cerca de 3,5% a
4,5%, respectivamente. Ásia e Pacífico devem ter taxas de crescimento na casa dos 5% a 6%,
África em 5% a 7% e Oriente Médio em 4% a 6%. E, até 2030, a OMT prevê que o número
de turistas internacionais atingirá a marca de 1,8 bilhão.
A Figura 3 ilustra a previsão para o turismo internacional por destinação até o ano de
2030, segundo dados do UNWTO Tourism Highlights, 2016.
13
Figura 3: Previsão para o turismo internacional por destinação.
Fonte: UNWTO TOURISM HIGHLIGHTS, 2016.
1.2 SITUAÇÃO PROBLEMA
Projetos geralmente falham por objetivos mal estabelecidos, erros em estimativas de
custo, cronogramas, deficiência na comunicação etc. Férias também pelos mesmos motivos.
Uma viagem não planejada e não gerenciada, faz perder-se tempo e dinheiro. O foco é
estruturar tudo ainda no local de origem e deixar o local de destino apenas para a curtição. Em
consulta aos livros: “Guia Eurotrip, 6 passos definitivos para planejar a viagem do seus
sonhos” de Daniel Ribeiro; “Elaboração de Roteiros e Pacotes” de Alessandro Almeida,
Andréa Kogan e, Rinaldo Zaina Junior; “Elaboração de Roteiros Turísticos” de Monika
Richter, além das consultas aos blogs especializados e experiências pessoais adquiridas em
viagens realizadas, foram levantados os principais problemas que ocorrem em uma viagem.
Limitar a ocorrência de problemas, com a adoção de algumas providências, pode ser
a solução. Por exemplo, mesmo em períodos pequenos de permanência (2 a 3 dias) há
necessidade de reserva de hospedagem, pois além de se obter valores mais atraentes no
tarifário, também se economizaria tempo, que é um dos recursos mais importante da viagem
(às vezes mais importante que o dinheiro). Ou, quando a data de chegada coincide com
alguma data festiva na cidade. Possivelmente, os hotéis estarão cheios, deixando os viajantes
com a questão de encontrar outra hospedagem urgente, a qualquer preço.
14
Outra situação-problema evitada pelo planejamento prévio da viagem é a questão da
entrada nas atrações turísticas mais procuradas naquele destino. Passar horas em uma fila para
entrar em um museu importante, por exemplo, pode “destruir” sua programação de visitação
para aquele dia. A compra, com antecedência, do e-Ticket de entrada, pela internet, poderia
evitar o problema. A compra antecipada oferece a escolha de data e horário da visitação,
permitindo uma melhor programação das atividades do dia que serão visitadas na cidade.
Outra situação-problema seria deixar para comprar na hora as passagens de
deslocamento entre cidades, diretamente no guichê. Dependendo da época do ano (alta
temporada, por exemplo) e para onde se está indo, o preço da compra da passagem na hora,
no guichê, comparada ao preço da passagem comprada antecipada pode ser significativamente
mais alta. Fora que sempre existirá a possibilidade de não haver passagem disponível para o
dia desejado, sendo a próxima data disponível inviável para suas necessidades. Uma
passagem comprada com antecedência no site da empresa sairá mais barato e ainda com a
opção de escolha de data e horário da partida. Portanto, compras com antecedência darão a
oportunidade de se economizar tempo e dinheiro. Ao fazer tudo com antecedência, é possível
obter preços mais vantajosos, poupar montantes maiores. Idealmente, as passagens,
hospedagens e passeios devem ser adquiridos, no mínimo, com seis meses de antecedência.
Esta estratégia poderá gerar economias de 30 a 70% no custo final.
Em linhas gerais, será necessário, para fins de planejamento de viagem:
• Traçar o perfil de sua viagem
• Comprar as passagens (aéreas, trens, etc..)
• Escolher sua hospedagem e fazer a reserva
• Checar os documentos exigidos, necessidade de vistos e as reservas
• Planejamento Financeiro
• Informar-se sobre os transportes públicos locais
• Elaborar o seu roteiro de atividades e visitação para cada local
1.3 OBJETIVOS DO TRABALHO
1.3.1 Objetivo geral
O objetivo deste trabalho é elaborar um plano de gerenciamento para um projeto
pessoal (atividade turística) aplicando as boas práticas de gerenciamento de projetos, através
15
do uso das boas práticas de gerenciamento de projetos no planejamento de escopo e
aquisições sob o enfoque da elaboração de um roteiro de viagem.
1.3.2 Objetivos específicos
• Mapear os principais problemas e restrições enfrentados por quem faz uma
viagem.
• Levantar os requisitos para a elaboração de uma viagem.
• Apresentar o planejamento do escopo e de aquisições do projeto da viagem.
1.4 DELIMITAÇÃO DO TRABALHO
O trabalho se limitará ao Gerenciamento de Escopo e de Aquisições para o
planejamento de uma viagem simples, com orçamento limitado previamente e obedecendo as
características solicitadas pelas viajantes. Se fossem utilizadas todas as áreas e todos os
processos do gerenciamento de projetos, a viagem se inviabilizaria se considerarmos, por
exemplo, todos os documentos do projeto gerados considerando o Plano de Gerenciamento do
Projeto, conforme apresentado no Quadro 1
Quadro 1: Plano de Gerenciamento do Projeto e Documentos do Projeto.
Fonte: PMI, 2017.
16
1.5 JUSTIFICATIVA DO TRABALHO
Esse trabalho se justifica na medida em que demonstra que as boas práticas do PMI
para o gerenciamento de projetos não se limitam a aplicação no âmbito corporativo, podendo
sim ser usados nos projetos pessoais, como por exemplo, planejar (por conta própria) uma
viagem e realiza-la com sucesso, sem a contratação de uma agência de viagem.
Inclusive, há vários outros trabalhos de final de curso (TCC) apresentados no MBA
de Gerenciamento de Projetos na UFF, que também demonstram o enlace entre as boas
práticas do gerenciamento de projeto com planejamento de viagens. Assim, este trabalho visa
corroborar com os resultados obtidos nestes trabalhos.
1.6 QUESTÕES DO TRABALHO
É viável a aplicação das boas práticas de gerenciamento de projetos, em projetos de
natureza pessoal, como em uma viagem turística?
1.7 METODOLOGIA
Para a elaboração desse trabalho acadêmico foram realizadas revisões bibliográficas,
com consultas a sites de organizações ligadas as atividades turísticas, tais como: OMT
(Organização Mundial de Turismo) e Ministério do Turismo; Consultas em plataformas de
pesquisa de conteúdo acadêmico como: Google Academic e Sielo, para obtenção de artigos
referentes a área de estudo desenvolvida neste trabalho, além de consulta a livros
especializados, dos autores Ricardo Vargas e Rita Mulcahy, além do próprio Guia PMBOK 6ª
Edição.
Para a coleta de dados foram realizadas pesquisas exploratórias qualitativas. O
principal objetivo desta pesquisa exploratória foi a obtenção de insights e ideias, além de
obter informações que ampliariam a familiaridade com o assunto do projeto e daria suporte à
construção dos conceitos e hipóteses iniciais para esta viagem proposta. Para tanto, foram
realizadas consultas a 8 (oito) blogs de viagens de relevância para viajantes deste nicho de
atividade
turísticas:
www.drieverywhere.net,
www.maodevaca.com.br,
www.viajenaviagem.com.br,
www.turistaprofissional.com.br,
www.matraqueando.com.br,
www.blogvambora.com.br, www.asviajantes.com.br, www.turistaprofissional.com.br, onde
17
foram coletados dados referentes a problemas enfrentados pelos viajantes e suas respectivas
alternativas de solução, além de acesso às informações para montar o roteiro da viagem.
De posse das informações e após análise dos dados, foram definidos a proposta do
gerenciamento do escopo da viagem proposta.
1.8 ORGANIZAÇÃO DO ESTUDO
O presente trabalho será estruturado em seis capítulos que buscam descrever todas as
etapas do estudo desenvolvido.
O capítulo 1 apresenta-se a introdução ao tema, seus objetivos gerais e específicos e
a metodologia da pesquisa.
O capítulo 2 apresenta uma revisão bibliográfica sobre os principais conceitos de
projetos e gerenciamento de projetos, que tratam dos conceitos expostos no PMBOK. As
áreas de conhecimento a serem abordadas serão: Escopo e Aquisições.
O capítulo 3 apresenta o planejamento proposto a elaboração de uma viagem à
Europa, por 21 dias percorrendo alguns países do Leste Europeu, mostrando que o
planejamento desta viagem pode ser encarado como um projeto e ter seus resultados
potencializados através do emprego de conhecimento das boas práticas do gerenciamento de
projeto, das habilidades, das ferramentas e técnicas de gestão de projetos.
Por fim, o capítulo 4, onde se encontra a conclusão sobre o resultado obtido e os
objetivos alcançados para o planejamento da viagem proposta.
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1 DEFINIÇÃO DE PROJETO
O PMI, através do guia PMBOK, 6ª Edição, 2017, define que projeto é um esforço
temporário com o objetivo de criar um produto, serviço ou resultado exclusivo. Sua
característica temporária significa que tem um início e um término definido e isso o distingue
de trabalhos de natureza contínua. Sua característica única indica a singularidade da natureza
de cada projeto. Cada projeto cria um produto, serviço ou resultado único. O resultado do
projeto pode ser tangível ou intangível. Embora elementos repetitivos possam estar presentes
em algumas entregas e atividades do projeto, esta repetição não muda as características
fundamentais e exclusivas do trabalho do projeto. Para Ricardo Vargas (2009), projeto é um
empreendimento não repetitivo, caracterizado por uma sequência clara e lógica de eventos,
com início, meio e fim, que se destina a atingir um objetivo claro e definido, sendo conduzido
por pessoas dentro de parâmetros pré-definidos de tempo, custo, recursos envolvidos e
qualidade.
2.2 CICLO DE VIDA
Para o PMI, ciclo de vida de um projeto fornece uma estrutura básica para o
gerenciamento do projeto, independentemente do trabalho específico envolvido. Para a
estrutura genérica do ciclo de vida, conforme apresentado na Figura 4: Representação
Genérica de um Ciclo de Vida do Projeto., temos:
1. Início do projeto;
2. Organização e preparação;
3. Execução do trabalho do projeto;
4. Encerramento do projeto.
19
Figura 4: Representação Genérica de um Ciclo de Vida do Projeto.
Fonte: PMI, 2017.
A estrutura genérica do ciclo de vida geralmente apresenta as seguintes
características:
• Os níveis de custos e de mobilização (desmobilização) de recursos são baixos no
início, aumentam à medida que o trabalho é executado e caem rapidamente
conforme o projeto é finalizado.
• A capacidade de adequação do projeto a novas necessidades é grande no início,
caindo gradativamente com o passar do tempo. Quanto mais o projeto se
desenvolve, menor é a capacidade de adequação.
• O risco é maior no início do projeto, conforme Figura 5. Esses fatores diminuem
ao longo do ciclo de vida do projeto, à medida que as decisões são tomadas e as
entregas são aceitas.
Figura 5: Impacto de Variáveis ao Longo do Projeto.
Fonte: PMI, 2017.
20
•
capacidade das partes interessadas de influenciarem as características finais do
projeto, sem afetar significativamente os custos e o cronograma, é mais alta no
início e torna-se cada vez menor conforme o projeto continua. O custo das
mudanças e da correção de erros é pequeno nas fases iniciais, crescendo
exponencialmente com o progresso do projeto até chegar ao seu custo total.
O ciclo de vida do projeto é gerenciado através de uma série de atividades de
gerenciamento de projeto, conhecidas como processos de gerenciamento de projetos. Cada
processo de gerenciamento de projetos produz uma ou mais saídas de uma ou mais entradas,
usando ferramentas de gerenciamento de projetos apropriadas. A saída pode ser uma entrega
ou um resultado. Os resultados são um produto final de um processo. O ciclo de vida do
projeto descreve que é feito para fazer o projeto, o processo de gerenciamento do projeto
descreve o que precisa ser feito para gerenciar o projeto.
2.3 GERENCIAMENTO DE PROJETO
O gerenciamento de projeto, segundo o PMI, 2017 é a aplicação de conhecimentos,
habilidades, ferramentas e técnicas nas atividades do projeto a fim de atender aos seus
requisitos. É realizado através da aplicação e integração apropriadas dos 49 (quarenta e nove)
processos de gerenciamento de projetos, logicamente agrupados em 05 (cinco) categorias
conhecidas como grupos de processos de gerenciamento de projetos (ou grupos de processo) e
agrupados em 10 (dez) áreas de conhecimento.
2.3.1 Áreas de conhecimento em gerenciamento de projetos
Segundo o PMI, 2017, uma área de conhecimento é um conjunto de processos
associados com um tema específico em gerenciamento de projeto. Embora sejam interrelacionadas, as áreas de conhecimento são definidas separadamente do ponto de vista do
gerenciamento do projeto. As 10 (dez) áreas de conhecimento são usadas na maior parte dos
projetos na maioria das vezes. São elas:
1) Gerenciamento da Integração do Projeto: Inclui os processos e as atividades
necessárias para identificar, definir, combinar, unificar e coordenar os vários
processos e atividades de gerenciamento de projetos nos Grupos de processos de
21
Gerenciamento de Projeto. Seu objetivo é estruturar todo o projeto de modo a
garantir que as necessidades dos envolvidos sejam atendidas pelo projeto.
2) Gerenciamento do Escopo do Projeto: Inclui os processos necessários para
assegurar que o projeto contemple todo o trabalho necessário, e apenas o
necessário, para que o mesmo termine com sucesso, sem abandonar nenhuma
premissa estabelecida no objetivo do projeto.
3) Gerenciamento do Cronograma do Projeto: Inclui processos necessários para
gerenciar o término pontual do projeto.
4) Gerenciamento dos Custos do Projeto: Inclui os processos em planejamento,
estimativa, orçamento, gerenciamento e controle de custos, de modo que o
projeto possa ser terminado dentro do orçamento aprovado.
5) Gerenciamento da Qualidade do Projeto: Inclui os processos para
incorporação da política de qualidade da organização com relação ao
planejamento, gerenciamento e controle dos requisitos de qualidade do projeto e
do produto para atender as expectativas das partes interessadas.
6) Gerenciamento dos Recursos do Projeto: Inclui os processos para identificar,
adquirir e gerenciar os recursos necessários para a conclusão bem-sucedida do
projeto.
7) Gerenciamento das Comunicações do Projeto: Inclui os processos necessários
para assegurar que as informações do projeto sejam planejadas, coletadas,
criadas, distribuídas,
armazenadas, recuperadas, gerenciadas, controladas,
monitoradas e finalmente dispostas de maneira oportuna e apropriada.
8) Gerenciamento dos Riscos do Projeto: Inclui os processos de condução de
planejamento, identificação e análise de gerenciamento de risco, planejamento
de resposta, implementação de resposta e monitoramento de risco em um
projeto.
9) Gerenciamento das Aquisições do Projeto: inclui os processos necessários
para comprar ou adquirir produtos, serviços ou resultados externos à equipe do
projeto. Abrange os processos de gerenciamento de contratos e controle de
mudanças que são necessários para desenvolver e administrar contratos por
membros autorizados da equipe. Também inclui a administração de todos os
contratos emitidos por uma organização externa (o comprador) que está
adquirindo os resultados do projeto da organização executora (o fornecedor), e a
22
administração das obrigações contratuais atribuídas à equipe do projeto pelo
contrato.
10) Gerenciamento das Partes Interessadas: Inclui os processos exigidos para
identificar as pessoas, grupos ou organizações que podem impactar ou serem
impactados pelo projeto, analisar as expectativas das partes interessadas e seu
impacto no projeto, e desenvolver estratégias de gerenciamento apropriadas para
o engajamento eficaz das partes interessadas nas decisões e execução do projeto.
A satisfação das partes interessadas deve ser gerenciada como um objetivo
essencial do projeto.
2.3.2 Grupos de processos de gerenciamento de projeto
Este padrão descreve os processos de gerenciamento de projetos utilizados para
cumprir os objetivos do projeto. São agrupados em 05 (cinco) categorias de Grupos de
Processos do Gerenciamento de Projetos, conforme ilustrado na Figura 6:
1) Grupo de Processos de Iniciação: Os processos executados para definir um
novo projeto ou uma nova fase de um projeto existente através da obtenção de
autorização para iniciar o projeto ou fase.
2) Grupo de Processos de Planejamento: Os processos necessários para definir o
escopo do projeto, refinar os objetivos e definir a linha de ação necessária para
alcançar os objetivos para os quais o projeto foi criado.
3) Grupo de Processos de Execução: Os processos realizados para executar o
trabalho definido no plano de gerenciamento do projeto para satisfazer as
especificações do projeto.
4) Grupo de Processos de Monitoramento e Controle: Os processos exigidos
para acompanhar, analisar e controlar o progresso e desempenho do projeto,
identificar quaisquer áreas nas quais serão necessárias mudanças no plano, e
iniciar as mudanças correspondentes.
5) Grupo de Processos de Encerramento: Os processos executados para finalizar
todas as atividades de todos os grupos de processos, visando encerramento.
23
Figura 6: Mapeamento entre os Grupos de Processos do Gerenciamento de Projetos.
Fonte: PMI, 2013.
Os Grupos de Processos não são fases do projeto. Se o projeto estiver dividido em
fases, os processos nos Grupos de Processos interagem dentro de cada fase, conforme
apresentado na Fig. 7. É possível que todos os Grupos de Processos estejam representados em
uma fase.
Figura 7: Interrelação entre Ciclo de Vida do projeto, os grupos de processos e as áreas de conhecimento.
Fonte: PMI, 2017.
O Quadro 2 apresenta os 49 (quarenta e nove) processos mapeados para os Grupos
de Processos e Áreas de Conhecimento.
24
Quadro 2: Grupo de Processos do Gerenciamento de Projetos e mapeamento das áreas de conhecimentos
Fonte: PMI, 2017.
Segundo Vargas (2009), o gerenciamento de projetos proporciona inúmeras
vantagens sobre as demais formas de gerenciamento. Dentre os principais benefícios,
destacam-se os seguintes:
• Evitar surpresas durante a execução dos trabalhos;
25
• Antecipar as situações desfavoráveis que poderão ser encontradas, para que ações
preventivas e corretivas possam ser tomadas antes que essas situações se
consolidem como problemas;
• Agilizar as decisões
• Aumentar o controle gerencial de todas as fases devido ao detalhamento ter sido
realizado;
• Facilitar e orientar as revisões da estrutura do projeto, melhorando a capacidade
de adaptação do projeto;
• Otimizar a alocação de pessoas, equipamentos e materiais necessários;
• Documentar e facilitar as estimativas para futuros projetos.
2.4 GERENCIAMENTO DO ESCOPO DO PROJETO
Segundo o PMI, por meio do PMBOK, 6ª Edição, 2017, o gerenciamento do escopo
do projeto está relacionado principalmente com definir e controlar o que está ou não está
incluído no projeto.
No contexto do projeto, o termo Escopo pode ser referir a:
• Escopo do produto: Características e funções que descrevem um produto, serviço
ou resultado.
• Escopo do Projeto: Trabalho que deve ser realizado para entregar um produto,
serviço ou resultado com as características e funções especializadas.
São 5 (cinco) processos do gerenciamento do escopo, conforme Fig. 8 a seguir:
Figura 8: Mapa Mental do Gerenciamento de Escopo.
Fonte: O autor.
26
1º) Planejar o Gerenciamento do Escopo: Criação de um plano de gerenciamento
do escopo que documenta como os escopos do projeto e do produto serão definidos, validados
e controlados. É o processo responsável por formalizar a existência de um projeto ou que o
mesmo deva continuar na próxima fase. O principal benefício deste processo é o fornecimento
de orientação e instruções sobre como o escopo será gerenciado ao longo de todo o projeto.
Entradas
1. Plano de Gerenciamento do Projeto
2. Termo de Abertura do Projeto (TAP): Documenta o objetivo do projeto, a
descrição de alto nível do projeto, as premissas, as restrições e os requisitos de
alto nível que o projeto pretende satisfazer.
3. Fatores ambientais da empresa: Cultura da organização, infraestrutura e condições
de mercado que podem influenciar o processo.
4. Ativos de processos organizacionais: Políticas, procedimentos e diretrizes que
poderiam afetar o modo como o escopo do projeto é gerenciado.
Ferramentas & Técnicas
1. Opinião especializada: Informações sobre o setor, bem como, o modo de como
projetos equivalentes realizaram o gerenciamento do escopo.
2. Análise de dados: Diversas formas de coletar os requisitos, elaborar o escopo,
validar e controlar o escopo são avaliados.
3. Reuniões:
Saídas
1. Plano de Gerenciamento do Escopo: É um componente do Plano de
Gerenciamento do Projeto que descreve como o escopo será definido,
desenvolvido, monitorado, controlado e validado.
2. Plano de Gerenciamento dos Requisitos: É um componente do Plano de
Gerenciamento do Projeto que descreve como os requisitos de projeto e de
produto serão analisados, documentados e gerenciados.
2º) Coletar os Requisitos: O processo de determinar, documentar e gerenciar as
necessidades e requisitos das partes interessadas a fim de atender aos objetivos do projeto.
Entradas
1. Termo de Abertura do Projeto
2. Plano de Gerenciamento do Projeto (considerando os Planos de Gerenciamento do
Escopo, dos Requisitos e das Partes Interessadas)
27
3. Documentos do Projeto
4. Documentos do Negócio
5. Acordos
6. Fatores ambientais da empresa
7. Ativos de processos organizacionais
Ferramentas & Técnicas
1. Opinião especializada
2. Coleta de dados (Entrevistas, Brainstorming, Benchmarking, Pesquisas)
3. Análise de dados
4. Tomadas de decisões (Votação, análise de decisões)
5. Representação de dados
6. Habilidades Interpessoais e de equipe
7. Diagrama de contexto
8. Protótipos
Saídas
1. Documentação dos requisitos
2. Matriz de rastreabilidade dos requisitos
3º) Definir o Escopo: O processo de desenvolvimento de uma descrição detalhada
do projeto e do produto. O principal benefício deste processo é que ele descreve os limites do
projeto, serviços ou resultados e os critérios de aceitação.
Entradas
1. Termo de Abertura do Projeto
2. Plano de Gerenciamento do Escopo
3. Documentação do projeto
4. Ativos de processos organizacionais
5. Fatores ambientais da empresa
Ferramentas & Técnicas
1. Opinião especializada
2. Análise de dados
3. Tomada de decisões
4. Habilidades interpessoais e de equipe
5. Análise de produto
28
Saídas
1. Especificação do escopo do projeto
2. Atualizações de documentos do projeto
4º) Criar a EAP (Estrutura Analítica do Projeto): O processo de subdivisão das
entregas e do trabalho do projeto em componentes menores e mais facilmente gerenciáveis. A
EAP é a base do projeto e é orientada para entregas. A EAP (Estrutura Analítica do Projeto),
conforme Fig. 9, é uma decomposição hierárquica orientada à entrega do trabalho a ser
executado pela equipe do projeto, para atingir os objetivos do projeto e criar as entregas
requeridas. A EAP organiza e define o escopo total do projeto em uma visão estruturada do
que deve ser entregue e seus componentes auxiliam as partes interessadas a visualizar as
entregas do projeto. Ela é utilizada para:
• Estimar os recursos para as atividades
• Estimar os custos / orçamento
• Planejar a qualidade
• Identificar os riscos
• Planejar as aquisições
• Definir as atividades
Figura 9: Exemplo de EAP.
Fonte: O autor.
29
Entradas
1. Plano de Gerenciamento do Escopo
2. Especificação do escopo do projeto
3. Documentação do projeto
4. Fatores ambientais da empresa
5. Ativos de processos organizacionais
Ferramentas & Técnicas
1. Decomposição
2. Opinião especializada
Saídas
1. Linha de base do escopo
2. Atualizações nos documentos do projeto
5º) Validar o Escopo: O processo de formalização da aceitação das entregas
concluídas do projeto. Proporciona objetividade ao processo de aceitação e aumenta a
probabilidade de aceitação do produto, serviço ou resultado, através da validação da entrega.
Entradas
1. Plano de Gerenciamento do Escopo
2. Documentação dos requisitos
3. Matriz de Rastreabilidade dos requisitos
4. Entregas verificadas
5. Dados de desempenho do trabalho
Ferramentas & Técnicas
1. Inspeção
2. Técnicas de tomada de decisão em grupo
Saídas
1. Entregas aceitas
2. Solicitações de mudanças
3. Informações sobre o desempenho do trabalho
4. Atualizações nos documentos do projeto
6º) Controlar o Escopo: O processo de monitoramento do andamento do escopo do
projeto e escopo do produto e gerenciamento das mudanças feitas na linha de base do escopo.
O sistema inclui a documentação, os sistemas de acompanhamento e os níveis de aprovação
30
necessários para autorizar mudanças. O aumento sem controle do produto ou escopo do
projeto sem ajustes de tempo, custo, e recursos é chamado de scope creep. A mudança é
inevitável; assim sendo, algum tipo de processo de controle de mudança é obrigatório para
todos os projetos.
Entradas
1. Plano de Gerenciamento do Escopo
2. Documentação dos requisitos
3. Matriz de Rastreabilidade dos requisitos
4. Dados de desempenho do trabalho
5. Ativos de processos organizacionais
Ferramentas & Técnicas
1. Inspeção
2. Tomada de decisão: Votação
Saídas
1. Entregas aceitas
2. Informações sobre o desempenho do trabalho
3. Solicitações de mudanças
4. Atualizações nos documentos do projeto
A Figura 10 apresenta uma visão global detalhada do Gerenciamento de Escopo do
projeto, considerando os 5 processos com suas respectivas Entradas/Ferramentas e
Técnicas/Saídas.
31
Figura 10: Visão Geral Detalhada do Gerenciamento do Escopo do Projeto.
Fonte: PMI, 2017.
2.5. GERENCIAMENTO DAS AQUISIÇÕES DO PROJETO
É a área de conhecimento que inclui os processos necessários de compra de produtos,
de serviços ou de resultados necessários de fora da equipe do projeto, para realizar o trabalho.
A decisão de realizar uma contratação ou uma aquisição dentro de um projeto é geralmente
realizada na etapa de planejamento. Nessa etapa, vários fatores são levados em consideração,
dentre eles o planejamento estratégico da organização e as restrições orçamentárias e de
prazo.
32
Figura 11: Processos do Gerenciamento das aquisições do Projeto.
Fonte: MONTES, 2018.
Os processos de gerenciamento das aquisições do projeto são:
1º) Planejar o Gerenciamento das Aquisições: É processo de documentação das
decisões de compras do projeto, especificando a abordagem e identificando fornecedores em
potencial. Identifica as necessidades do projeto que podem ser mais bem atendidas com a
aquisição de produtos, serviços ou resultados. É composto pelas seguintes etapas:
• Definir o que fazer ou adquirir e gerar lista das aquisições do projeto
• Especificar o produto/serviço
• Estabelecer critérios de avaliação
• Elaborar minuta do contrato
• Preparar pedido (RFP, RFQ, RFI):
✓ RFI (Request for Information) – Usado para solicitar informação sobre a
empresa que poderia fornecer um serviço ou produto.
✓ RFQ (Request for Quote) – Usado para solicitar orçamento para compra de
produtos padrão que não requerem personalização.
✓ RFP (Request for Proposal) – Quando a compra requer algum tipo de pesquisa,
desenvolvimento ou engenharia por parte do fornecedor.
• Solicitar Propostas.
• Definir como os processos de aquisições serão executados, monitorados e
encerrados e quem serão os responsáveis.
• Documentar as decisões de compra - abordagem 5W2H (What, Why, When,
Where, Who, How e How Much), conforme Quadro 3.
33
Quadro 3: Abordagem 5W2H.
What?
O que adquirir?
Why?
Por quê? (Análise de fazer ou comprar)
When?
Quando? (Início e Término do Contrato)
Where?
Onde?
Who?
Quem participa e como? (Matriz de Responsabilidade)
How?
Como? (Tipo de Contrato, Termos e Condições)
How much?
Quanto custará? (Tipo de Contrato, Incentivos)
Fonte: O Autor.
Entradas
1. Termo de Abertura do Projeto
2. Documentos do projeto
3. Plano de gerenciamento do projeto
4. Documentação do projeto
5. Fatores ambientais da empresa
6. Ativos de processos organizacionais
Ferramentas & Técnicas
1. Análise para seleção de fontes
2. Pesquisa de mercado
3. Análise de fazer ou comprar
4. Opinião especializada
5. Reuniões
Saídas
1. Plano de gerenciamento das aquisições
2. Estratégia da aquisição
3. Documentos de licitação
4. Especificação do trabalho das aquisições
5. Critérios para seleção de fontes (fornecedores)
6. Decisões de fazer ou comprar
7. Estimativas de custos independentes
8. Solicitações de mudança
9. Atualizações dos documentos do projeto
10.
Atualizações de ativos de processos organizacionais.
34
2º) Conduzir as Aquisições: É o processo de obtenção de respostas de fornecedores,
seleção de um fornecedor e adjudicação de um contrato. Dá continuidade ao processo planejar
as aquisições. Nesse processo, a equipe receberá licitações ou propostas e aplicará critérios de
seleção previamente definidos para escolher um ou mais fornecedores que sejam qualificados
pra realizar o trabalho e sejam aceitáveis como fornecedor. O Plano de Gerenciamento das
Aquisições serve como um guia para a equipe em relação as aquisições, descrevendo de forma
detalhada como serão executados todos os processos de aquisição. As principais etapas do
processo são:
• Decidir quais pacotes de trabalho será adquirido externamente;
• Especificar o item a ser adquirido através da declaração de trabalho;
• Estabelecer critérios de avaliação, requisitos contratuais e cria-se a solicitação da
proposta (RFP);
• Enviar a RFP para os fornecedores qualificados.
A condução das aquisições inicia-se após o envio da RFP e tem como principais
etapas:
• Obter respostas das solicitações (RFP, RFQ, RFI)
✓ Use as Reuniões com licitantes para garantir que o fornecedor entenda
corretamente sua necessidade
✓ Use a Publicidade para ampliar sua lista de fornecedores em potencial.
✓ Use a Pesquisa na internet principalmente para aquisição de produtos. Sites de
comparação de preços ajudam a comprar pelo melhor preço com menor
esforço.
✓ Saída: Propostas/Cotações Recebidas
• Classificar as propostas / Selecionar fornecedores
✓ Use os Critérios para seleção de fontes para classificar as propostas
✓ Para aquisições mais complexas, Técnicas de avaliação de propostas, como a
criação de um comitê de avaliação pode evitar uma seleção indevida.
✓ Para validar os valores das propostas, use estimativas independentes. Caso
exista grandes diferenças, pode ter sido gerado por uma declaração de trabalho
mal redigida e com ambiguidades.
✓ A Opinião especializada é muito usada para validar o conteúdo das propostas
recebidas, principalmente, nas áreas que sua empresa conhece mesmo.
✓ Saída: Proposta Classificada / Fornecedor selecionado
35
• Negociar contrato
✓ Negociações das aquisições
• Redigir contrato
✓ Opinião especializada
• Assinar contrato/acordo
✓ Saída: Assinatura do contrato de aquisição
Entradas
1. Plano de gerenciamento do projeto
2. Documentação do projeto
3. Documentação das aquisições
4. Propostas dos vendedores
5. Fatores ambientais da empresa
6. Ativos de processos organizacionais
Ferramentas & Técnicas
1. Opinião especializada
2. Publicidade
3. Avaliação das propostas
4. Negociação
Saídas
1. Vendedores selecionados
2. Acordos
3. Solicitações de mudança
4. Atualizações do plano de gerenciamento das aquisições
5. Atualizações de documentos do projeto
6. Atualizações de ativos de processos organizacionais
3º) Controlar as Aquisições: É o processo de gerenciar as relações de aquisição,
monitorar o desempenho do contrato e fazer mudanças e correções conforme necessário.
Tanto os compradores como os fornecedores administram o contrato de aquisição para
objetivos semelhantes. O processo garante que o desempenho do fornecedor cumpra os
requisitos da aquisição e que o comprador cumpra os termos do contrato legal. Nesse
processo, o gerente de projeto é responsável por:
• Gerenciar as relações de aquisição.
36
• Monitorar o desempenho do contrato.
• Fazer mudanças e correções conforme necessário.
Entradas
1. Plano de gerenciamento do projeto
2. Documentação do projeto
3. Acordos
4. Documentação das aquisições
5. Solicitações de mudanças aprovadas
6. Dados de desempenho do trabalho
7. Fatores ambientais da empresa
8. Ativos de processos organizacionais
Ferramentas & Técnicas
1. Opinião especializada
2. Administração de reivindicações
3. Análise de dados
4. Inspeção
5. Auditorias
Saídas
1. Encerrar aquisições
2. Informações sobre o desempenho do trabalho
3. Atualizações na documentação de aquisições
4. Solicitações de mudança
5. Atualizações do plano de gerenciamento do projeto
6. Atualizações de documentos do projeto
7. Atualizações de ativos de processos organizacionais
A Figura 12 apresenta uma visão global detalhada do Gerenciamento das Aquisições
do projeto, considerando os 3 processos com suas respectivas Entradas,/Ferramentas e
Técnicas e Saídas.
37
Figura 12: Visão Geral Detalhada do Gerenciamento das Aquisições do Projeto.
Fonte: PMI, 2017.
2.6 ATIVIDADE TURÍSTICA NO BRASIL
A WTTC (World Travel & Tourism Council), principal consultoria independente do
setor no mundo, através do estudo publicado na TRAVEL & TOURISM ECONOMIC IMPACT
2017 BRAZIL, estimou que a contribuição direta do Turismo para o PIB brasileiro em 2016
foi de R$ 198,0 bilhões (3,2% do PIB). A previsão é de um aumento de 0,5%, para R$ 199,0
bilhões em 2017. Isso reflete principalmente a atividade econômica gerada por setores como
hotéis, agências de viagem, companhias aéreas e outros serviços de transporte de passageiros
(excluindo serviços de transporte público). Mas também inclui, por exemplo, as atividades das
indústrias de restaurantes e lazer diretamente apoiadas pelos turistas.
38
A contribuição direta do Turismo para o PIB deverá crescer 3,2% a.a., para R$ 273,3
bilhões (3,4% do PIB) até 2027. A contribuição total do Turismo para o PIB (incluindo os
efeitos mais amplos do investimento, da cadeia de suprimentos e do rendimento induzido) foi
de R$ 530,5 bilhões em 2016 (8,5% do PIB) e deverá crescer 0,5% para R$ 533,0 bilhões
(8,5% do PIB) em 2017. A previsão é de alta de 3,3% a.a. para R$ 73,9 bilhões até 2027
(9,1% do PIB),. Tais dados estão apresentados nas Figura 13 e Figura 14.
Figura 13: Contribuição Total do Setor de Turismo para o crescimento do PIB.
Fonte: TRAVEL & TOURISM ECONOMIC IMPACT 2017 BRAZIL.
Figura 14: Contribuição Total (Direta e Indireta) do Setor de Turismo para o crescimento PIB.
Fonte: TRAVEL & TOURISM ECONOMIC IMPACT 2017 BRAZIL.
Quanto ao nível de emprego no país, segundo dados da WTTC, apresentados na
Figura 15, o setor do Turismo gerou 2.530.500 empregos diretamente em 2016 (2,8% do
emprego total) e prevê-se que aumente em 1,6% em 2017 para 2.570.500 (2,8% do emprego
total). Isso inclui o emprego de hotéis, agentes de viagens, companhias aéreas e outros
39
serviços de transporte de passageiros (excluindo serviços de transporte público). Inclui
também, por exemplo, as atividades das indústrias de restaurantes e lazer diretamente
apoiadas por turistas. Até 2027, as Viagens & Turismo serão responsáveis por 3.272.000
empregos diretamente, um aumento de 2,4% ao ano nos próximos dez anos.
Figura 15: Contribuição Direta do Turismo para geração de empregos na economia inteira.
Fonte: TRAVEL & TOURISM ECONOMIC IMPACT 2017 BRAZIL.
A contribuição total do Turismo para o emprego (incluindo os efeitos mais amplos
do investimento, conforme Fig. 16, a cadeia de suprimentos e os impactos da renda induzida)
foi de 7.003.000 empregos em 2016 (7,8% do emprego total). Prevê-se que este valor
aumente em 1,3% em 2017, para 7.094.000 postos de trabalho (7,8% do emprego total). Até
2027, o setor de Turismo deva suportar 8.912.000 empregos (8,6% do total de empregos), um
aumento de 2,3% aa no período.
Figura 16: Contribuição Direta do Turismo para geração de empregos diretos e indiretos.
Fonte: TRAVEL & TOURISM ECONOMIC IMPACT 2017 BRAZIL.
40
Uma série de ações vem sendo desenvolvidas pelo Ministério do Turismo para
fortalecer a atividade no país como a facilitação de vistos para turistas americanos,
canadenses, australianos e japoneses; o financiamento de obras de infraestrutura; a
qualificação profissional para garantir o melhor atendimento aos nossos visitantes e a abertura
do país para o mercado internacional. Todas essas ações combinadas são o diferencial que
colocará o Brasil entre os grandes destinos mundiais.
Em relação à demanda internacional, conforme Figura 17 e Figura 18, as chegadas de
turistas ao Brasil não têm se alterado substancialmente em relação aos anos anteriores, mas
atingiram o maior patamar já registrado – 6,57 milhões de chegadas em 2016. Verifica-se, que
a Argentina é o maior emissor de turistas internacionais para o Brasil seguido pelos Estados
Unidos, o que representou, respectivamente, 34,9% e 8,7% do total de turistas em 2016.
Figura 17: Chegada de turistas estrangeiros ao Brasil.
Fonte: MINISTÉRIO DE TURISMO, 2017.
Figura 18: Mapa do fluxo turístico internacional para o Brasil – 2016.
Fonte: MINISTÉRIO DE TURISMO, 2017.
41
2. 7 PLANEJAMENTO GENÉRICO PARA UM ROTEIRO TURÍSTICO
Conforme verificado tanto no livro “Guia Eurotrip, 6 passos definitivos para planejar
a viagem do seus sonhos” de Daniel Ribeiro, quanto no livro “Elaboração de Roteiros e
Pacotes” de Alessandro Almeida, Andréa Kogan e, Rinaldo Zaina Junior, planejar itinerários
exige muito tempo e esforço. Deve-se saber previamente sobre:
• Perfil dos viajantes. Ou seja, separar as pessoas em grupos com características
homogêneas. Alguns exemplos: famílias, terceira idade, viajantes jovens,
viajantes maduros, viajantes solteiros, viajantes estudantes, membros de
associações (religiosas, por exemplo), amantes de arte e arquitetura, professores
e advogados, conhecedores de vinhos e comidas, etc..
• Necessidades, interesses e gostos dos viajantes. Ou seja, para sermos capazes de
customizar com sucesso os roteiros de viagens precisamos conhecer quais as
necessidades, objetivos e interesses dos viajantes. Com isso pode-se classificá-los
em tipos específicos de turismo como: ecoturismo, turismo cultural, turismo de
negócios, entre outros.
• Pesquisar sobre o destino que se escolheu;
• Planejar os itinerários turísticos com o maior cuidado e seriedade possível.
Passo 1 – Definindo os Destinos: Fazer uma lista onde serão colocados os locais que
se gostaria de conhecer. Separe por ordem de prioridade, comece com os lugares que você
com certeza quer ir e vá classificando. Então quando for elaborar o roteiro, já se saberá quais
os locais a viajar.
Passo 2 – Definindo o período da viagem: Nesse exato momento não é necessário
que você tenha as datas específicas da sua viagem, mas que, pelo menos, tenha em mente a
época do ano ou o mês, e também quantos dias no total pretende passar por lá. Entendendo as
temporadas na Europa:
• Alta temporada – a temporada mais movimentada na Europa vai de meados de
junho até início de agosto. O clima quente traz muitos turistas para o continente.
• Baixa temporada – De novembro até início março. Conforme as temperaturas
caem, o mesmo acontece com os turistas e com os preços. Essa época pode ser
difícil para quem não está acostumado com o frio, além dos dias serem bem mais
42
curtos. As cidades pequenas no inverno, sem turistas muitas vezes ficam como
cidades fantasmas.
• Média temporada – Vai de março até meados de junho e de setembro até
novembro. A temperatura está mais amena, ainda não tem tantos turistas e os
preços ainda não estão tão altos.
Passo 3 – Brainstorm: Com os lugares e as datas em mente é hora de começar a
pensar no que fazer e quando. Abra o Google Maps, por exemplo, e comece a se familiarizar
com o mapa da Europa, com os países e as cidades que você pretende conhecer.
Passo 4 – Definindo quantos dias ficar em cada cidade: Antes de qualquer coisa,
para fins de cálculo, desconsidere o dia de viagem como se fosse um dia no local. O dia de
viagem de um lugar para outro pode ser conturbado (Check-in, check-out, transfers...), esse
processo pode tomar um dia inteiro. Comece a preencher quantos dias pretende ficar em cada
lugar, acrescente os dias de viagem entre elas. Infelizmente, não dá tempo para tudo. Apertar
muito esse roteiro pode prejudicar sua viagem. Em regras gerais, use o seguinte cálculo:
• Principais capitais: 5-7 dias (Paris, Roma, Londres, Viena...)
• Cidades grandes: 3-4 dias (Budapeste, Bélgica, Lisboa, Amsterdam...)
• Cidades médias: 2-3 dias (Porto, Cracóvia, Sevilha, Munique...)
• Cidades pequenas: 1-2 dias (Bruges, Toledo, Ronda...)
• Regiões: 5-7 dias (Costa Amalfitana, Toscana, Rota Romântica etc.)
.
Passo 5 – Definindo o Modal que será utilizado para se chegar a cada cidade:
Uma vez que você tem em mente os lugares que quer visitar e quanto tempo ficar em cada
um, é hora de ligar os pontos. Tem-se basicamente 5 opções – avião, trem, carro, ferry ou
ônibus. Cada um tem suas vantagens e desvantagens e entendê-las pode fazer grande
diferença, tanto no orçamento quanto no tempo gasto de viagem. Não esqueça: aqui seu
tempo é tão importante quanto seu dinheiro! Por exemplo, um trem regional de Paris para
Marselha, apenar de bem barato, pode levar até 13h para completar a jornada, enquanto, se
utilizarmos um trem de alta velocidade, com um valor um pouco mais alto, que faz o percurso
em apenas 3h.
Passo 6 – Contabilidade e reserva: Agora é começar a fazer a contabilidade e
reservas. Volte em todos os transportes escolhidos no passo anterior e confira os preços. Veja
se todos estão dentro do seu orçamento. Comece sua reserva com o voo do Brasil para
43
Europa, e na ordem, vá reservando os transportes. Só depois passe para as hospedagens.
Antecipar os custos, entender as opções e manter tudo dentro do orçamento é fundamental
para uma viagem tranquila. Existem 05 (cinco) pilares de gastos que são os que mais
influenciam na sua viagem, sendo os responsáveis pelos grandes gastos:
1. Passagem aérea Brasil x Europa: Os preços podem variar bastante dependendo
de onde ou para onde se vai. A época do ano também pode influenciar muito. Viajar fora das
altas temporadas, comprar com antecedência e ter flexibilidade, pode fazer toda a diferença.
2. Transportes internos: O transporte entre as cidades costuma ser muito eficiente
na Europa e, se for conhecido todas as alternativas, pode-se ter um custo bem razoável. Trem,
empresas aéreas low-cost, aluguel de carro ou até mesmo o ônibus, se usados na hora e local
certos trazem grandes benefícios. Os sites das companhias férreas, por exemplo, abrem para
compra online das passagens sempre 03 meses antes da data da partida, oferecendo “tarifa
web”, que possuem preço muito atrativo. Saber que tipo de trem opera entre os destinos
escolhidos pode fazer muita diferença na viagem. Muitas vezes tem um trem mais rápido
disponível. A princípio todos os trens de longa distância na Europa são definidos pelas
seguintes categorias:
• Preço da passagem
• Se há descontos disponíveis
• As variações nas regras para os passageiros
• Se os assentos podem ser reservados
• Se a reserva dos assentos é obrigatória
• Se a viagem é parcialmente ou totalmente feita por linha de alta velocidade
• Serviço de bordo e ar condicionado
3. Hospedagem: Pode ser um dos maiores custos e impactar diretamente na sua
experiência se for feita a escolha errada. A hospedagem normalmente é um dos pilares
menosprezados na viagem. Enquanto algumas pessoas viajam desejando os grandes hotéis de
redes internacionais, outras querem “apenas um lugar para dormir”. Sites como
www.booking.com e www.hoteis.com facilitam a busca de hotéis. Tenha bastante atenção aos
comentários feitos por pessoas que já se hospedaram. Lá pode conter dicas importantes. Para
quem tem interesse em se hospedar em albergues, os sites como o www.hostelworld.com,
www.hostels.com e www.hostelbookers.com são ótimas opções para reservar seu albergue.
Caso o interesse seja aluguel por temporada, tem-se o site do www.airbnb.com.
44
4. Alimentação: Sem dúvida a gastronomia é parte importante de se conhecer numa
cultura e não deve ser menosprezada. Saber escolher onde comer faz diferença.
5. Atrações e atividades: O custo médio para as atrações turísticas na Europa fica
entre 8-20 euros. Show, teatro e passeios vão mais além. Essa categoria é a mais importante.
6. Estratégias para visitação das atrações e atividades: Coliseu em Roma, Torre
Eiffel em Paris, Capela Sistina no Vaticano, Museu Anne Frank em Amsterdã, Entrada para
ver “A Última Ceia” de Leonardo Da Vinci em Milão. Nada pior para matar aquela
empolgação toda do que esperar horas na fila para comprar sua entrada. Porém, se fizer o
planejamento de forma inteligente o acesso às atrações dos seus sonhos não irá decepcionar:
• Reserve com antecedência: Muitas atrações estão sempre cheias. Enquanto
centenas de turistas estão na fila aguardando para entrar, você fez sua reserva,
basta ir direto para entrada e pronto.
• City Pass: Principalmente nas maiores cidades, é muito comum encontrar o City
Pass ou Tourist Card, que é um cartão que inclui entrada para a s principais
atrações durante um período específico. Muitos ainda incluem o uso gratuito do
transporte público na cidade. Muitas vezes o pass traz economia de verdade para
sua viagem, outras simplesmente não valem a pena. Sempre faça as contas. Veja o
custo das atrações que se pretende ver, mas leve em consideração que muitos
passes ajudam a furar fila e com isso se ganha tempo.
• Igreja, Sinagogas e Mesquitas: Os lugares de oração na Europa oferecem algumas
das arquiteturas e obras de arte mais sensacionais, além de ser uma ótima forma
de se aquecer no frio e se refrescar no calor. Vista-se de forma discreta para visitar
esses locais religiosos, ou seja, estar de bermuda pode ser motivo de ter sua
entrada barrada no local. Evite visitas durante as orações. Importante também
saber quais são os feriados religiosos. Por exemplo, uma pessoa de religião
católica, por não conhecer os dias de feriados judaicos, pode chegar para visitar
uma Sinagoga e encontrá-la fechada.
2.8 MAPEAMENTO DOS RISCOS MAIS FREQUENTES EM VIAGEM
Todo viajante está sujeito a riscos em suas viagens. É preciso estar atentos, não
apenas para resolver imprevistos, mas, principalmente, investir em prevenção. Um
45
mapeamento identificará os riscos e potenciais impactos da programação da viagem,
indicando as medidas para minimizá-los.
Para a apresentação deste trabalho de “Elaboração de uma viagem à Europa”, foram
mapeados os principais riscos envolvidos, obtidos através de pesquisa em blogs e sites de
viagens / viajantes. De posse das coletas dos itens dos riscos mais frequentes, foi realizada
uma análise, na qual se aplicou os graus para:
• Impacto:
1 - Muito baixo,
2 - Baixo,
3 - Médio,
4 - Alto,
5 - Muito Alto.
• Probabilidade de Ocorrência:
1 - Muito baixa,
2 - Baixa,
3 - Média,
4 - Alta,
5 -Muito Alta.
• Descrição de ações mitigadoras: Prevenir, Mitigar, Transferir, Assumir.
• Severidade: Resultado da multiplicado do “Grau de Probabilidade” pelo “Grau de
Impacto”. Lembrar que um risco é avaliado, racionalmente, em termos de
probabilidade de ocorrência e de impacto sobre os objetivos. Enquanto a probabilidade
está associada a um incidente ou ocorrência potencial (chance de o evento vir a
ocorrer, a partir de fontes internas ou externas), o impacto está associado à
consequência do evento ocorrido (materialização do risco).
A partir dos resultados deste Quadro que foi elaborada a proposta deste trabalho.
Quadro 4: Matriz de risco.
Continua
REF
SEVERI
DADE
DESCRIÇÃO DO
RISCO
PROBABILI
DADE
IMPACTO
DESCRIÇÃO DO
IMPACTO
AÇÃO
DESCRIÇÃO DA AÇÃO
1
10
Pontos Turísticos
Fechados
2-Baixa
5-Muito Alto
Não será cumprido um
dos objetivos do projeto
Prevenir
Verificar com antecedência se não existe
algum impedimento (ex: feriados religiosos,
etc.)
2
5
1-Muito baixa
5-Muito Alto
Inabilidade da viagem
para este viajante
Prevenir
Fazer um checklist de documentos
necessários antes de sair de casa.
3
6
3-Média
2-Baixo
Prevenir
Comprar a passagem com antecedência
4
6
Reservas de
Hospedagens
3-Média
2-Baixo
Prevenir
Pesquisar e Reservar com antecedência
5
12
Voos atrasados/
cancelados
3-Média
4-Alto
6
4
Hospedagens diferentes
das contratadas
2-Baixa
2-Baixo
Não ficar bem
acomodado
Transferir
2-Baixo
Chuva: Atraso de
embarque, check-in em
hotéis e consequente
atraso no cronograma.
Poderá impactar na
execução da viagem.
Prevenir
7
10
Viajante não levar a
documentação necessária
para embarque
Passagens – Valores
Altos
Condições Climáticas
desfavoráveis
5-Muito Alta
Sobrecarregar o
orçamento
Sobrecarregar o
orçamento e Reserva em
hotel ruim
Perder um período da
viagem
Mitigar
Verificar com antecedência se a companhia
aérea enfrenta problemas
-Certificar se o hotel oferece qualidade
buscada.
- Enviar e-mail para o hotel contratado dias
antes do check-in para verificar se está tudo
OK como a reserva.
-Buscar referências sobre os hotéis -Manter
outras opções de hospedagem como
contingência
-Solicitar troca de acomodação
- Escolher corretamente o período que se
realizará a viagem.
- Verificar previsão do clima na semana que
antecede a viagem, tanto no país de origem
como no destino.
- Verificar possibilidade de troca de data ou
reembolso em caso de impossibilidade de
embarque (desde que ocasionado por fator
climático).
- Verificar opções de passeios em caso de
mal tempo.
REF
SEVERI
DADE
DESCRIÇÃO DO
RISCO
Gastar mais do que o
previsto nos passeios e
alimentação
PROBABILIDA
DE
8
10
9
3
Não ter seguro de
viagem
10
12
Bagagem Extraviadas
3-Média
11
15
Perder documentos
pessoais (passagem
aéreas)
3-Média
2-Baixa
1-Muito baixa
Conclusão do Quadro 4.
DESCRIÇÃO DO
IMPACTO
IMPACTO
Comprometer o
5-Muito Alto
orçamento de compras,
etc
Ficar sem assistência
3-Médio
médica e ter problema de
entrada no país destino
Perder tempo acionando
os meios legais para
resolução do problema e
4-Alto
dinheiro comprando
roupas e produtos de
higiene pessoal
Perder tempo com
trâmites legais como
5-Muito Alto
comunicar a embaixada
do país e solicitar um
novo visto
Fonte: O Autor.
AÇÃO
DESCRIÇÃO DA AÇÃO
Prevenir
Levar somente o valor que está reservado
para esta diversão
Prevenir
Solicitar o comprovante do pagamento do
seguro e verificar as cláusulas contratuais
Mitigar
Etiquetar corretamente as bagagens para que
sejam devolvidas ao endereço correto
Prevenir
Andar sempre com o documento em local
seguro e fazer uma cópia e deixar no hotel)
3. APRESENTAÇÃO DA PROPOSTA
3.1 DECLARAÇÃO DE ESCOPO
3.1.1 Descrição do projeto
O trabalho tem a proposta de apresentar um planejamento de viagem de duas amigas
com idades entre 45 e 55 anos, que desejam conhecer o Leste Europeu, numa viagem de 21
dias a ser realizado no mês de junho, início do verão no hemisfério norte. A viagem será por
conta própria, sem nenhum tipo de suporte de agência de viagem ou receptivos locais.
3.1.2 Objetivo do projeto
Este trabalho tem como objeto elaborar um planejamento de viagem para o Leste
Europeu, numa viagem de 21 dias no período no mês de junho, respeitando o máximo
possível o roteiro de atividades pré-definido. Serão contempladas as seguintes cidades:
Bélgica (Bruxelas e Brugges); Luxemburgo; República Tcheca (Praga); Áustria (Viena e
Saltzburg) e Hungria (Budapeste).
Como a viagem será por conta própria, as viajantes sabem de antemão, que devem
ser flexíveis com relação a possíveis alterações da realização das atividades turísticas contidas
no Roteiro Detalhado.
O embarque da viagem no mês de junho foi escolhido por ser início de verão, ou
seja, a temperatura já estar mais quente no hemisfério norte. No mês de Junho, as cidades
ainda não estão cheias de turistas, uma vez que as férias no continente começam em julho.
Deste modo, se evita as filas intermináveis nas atrações turísticas mais famosas e nos
restaurantes.
Todas as passagens internacionais (aéreas ou terrestres) deverão ser adquiridas, com
antecedência, no país de origem. Todas as hospedagens devem ser reservadas com
antecedência também no país de origem, porém, o pagamento será no ato do check-in em
moeda local do país.
49
Como limite de orçamento, as viajantes levarão o total de 2.300,00 EUR (dois mil e
trezentos euros) em espécie para uso na Europa, onde deste montante, aproximadamente 570
EUR (quinhentos e setenta euros) serão usados para pagamento das hospedagens no ato do
check-in. Não serão adquiridos nenhum Travel Checks, ou similares, para uso durante a
viagem. Todos os pagamentos realizados na Europa deverão ser pago em espécie. O uso de
cartões de crédito, apesar de estarem habilitados para uso internacional, somente ocorrerá em
casos excepcionalidade.
Para a compra da passagem aérea para a Europa, a mesma deve ser adquirida com
antecedência, ainda no país de origem, no valor estimado máximo de R$ 3.000.00, sendo
pagas em 10x sem juros no cartão de crédito. Para esta compra deverá ser utilizado um cartão
de crédito internacional de bandeira VISA ou Mastercard para assim aproveitar o benefício
oferecido pelo cartão de crédito de “Seguro Saúde” sem nenhum custo. Esse benefício é
oferecido para quem compra as passagens aéreas internacionais com o Cartão
Visa/Mastercard Platinum Internacional.
Quanto aos tickets de trem, o valor estimado deve ser de no máximo 40 EUR por
trecho. Estas compras também deverão ser adquiridas com antecedência mínima de 03 meses
da data de embarque, ainda no país de origem, no site oficial da Cia Férrea do país, e assim
aproveitar os preços promocionais de “tarifas web” ofertadas pela companhia.
3.1.3 Critérios de sucesso do projeto
O projeto terá sucesso se a viagem for realizada dentro da data escolhida pelas
viajantes, dentro do orçamento previsto e se não ocorrer nenhum problema, como por
exemplo: overbooking, problemas nas hospedagens, problemas de assalto, ataque terrorista,
etc., e se o roteiro das atividades turísticas de visitação sugerida no roteiro detalhado seja
cumprido o máximo possível.
Quadro 5: Critério de Sucesso.
Realização da
viagem
A viagem deverá ocorrer no período estabelecido e com a duração prevista
Voos
Os voos devem ser em categorias selecionadas e adquiridas pelas viajantes, sem
problemas overbooking, ou atrasos maiores que 4 (quatro) horas.
Hotel
As acomodações devem seguir o padrão estabelecido na reserva.
Passeios
Os passeios devem acontecer conforme o roteiro pré-estabelecido
Vouchers
Todas as viajantes devem ter recebido os vouchers de confirmação (via e-mail) no
ato da compra/reserva.
Fonte: O Autor.
50
3.1.4 Premissas e restrições
A) PREMISSAS:
• Condições climáticas da região favoráveis no período a ser visitado
• Uma das viajantes deve falar razoavelmente inglês
• O uso de cartões de crédito deve ser somente em último caso.
• Todas as despesas durante a viagem deverão ser pagas com as moedas que cada
das viajantes levarão para a Europa.
• Seguro de viagem para todos os participantes
• O Seguro Saúde utilizado será aquele disponibilizado pela empresa VISA – SEM
CUSTO. Esse benefício é oferecido pela VISA para quem compra as passagens
aéreas internacionais com o Cartão Visa Platinum.
• As reservas de hotéis, e a compra das passagens aéreas e de trem serão
providenciadas com antecedência ainda no Brasil.
• Toda a locomoção durante a viagem deverá ser feita por TRANSPORTE
PÚBLICO. O uso de taxi somente em casos extremos.
• Passagens de trem entre países devem ser de 1ª classe, com assento reservado.
• As viajantes deverão estar em boas condições físicas
• Não será contratada nenhuma empresa para realizar os serviços de “Transfer IN e
OUT”. As entradas/saídas dos aeroportos e estações de trem serão através do uso
de transportes públicos (ônibus, metrô etc.).
• Alguns ingressos para as atrações turísticas serão comprados com antecedência,
diretamente no site e ainda no país de origem. Visando garantir a disponibilidade
dos ingressos para a data desejada e/ou evitando enormes filas.
B) RESTRIÇÕES:
• Possuir passaporte, que é um documento oficial que funciona como uma
identificação pessoal para realização de viagens internacionais, comprovando a
cidadania e capacidade de poder viajar legalmente, com validade mínima de 06
meses. Graças aos acordos do Mercosul, os brasileiros podem viajar por países da
América Latina, utilizando apenas sua carteira de identidade.
• Saber com antecedência se o destino desejado possui ou não a exigência do Visto
e qual o local onde se pode emitir o documento. Em vários países da Europa é
51
necessário apenas o passaporte para entrar, sem necessidade de visto, por até 90
dias.
• Saber com antecedência se o destino desejado possui ou não a exigência do
Certificado Internacional de Vacinação ou Profilaxia, conhecido como CIVP, que
é um comprovante de imunidade contra doenças transmissíveis. Atualmente, a
febre amarela tem chamado atenção de muitos países com relação à saúde de sua
população e dos visitantes.
• Ter um conhecimento intermediário da língua inglesa
• Viagem ocorra no mês de junho.
• Tempo total da viagem: 21 dias
• As reservas de hotéis, a compra das passagens aéreas e de trem serão ser
providenciadas, com antecedência ainda no Brasil. Os vouchers dos comprovantes
das compras deverão ser impressos e levados na viagem pelas viajantes.
• Comprar, com antecedência mínima de 06 meses, as passagens aéreas
internacionais parceladas em 10x sem juros.
• Comprar, com antecedência mínima de 03 meses, ainda no local de origem,
diretamente no site da companhia férrea, as passagens de trens. Não será realizada
a compra de tais passagens em Sites Intermediários.
• Todas as Reservas de hospedagem serão feitas com antecedência, ainda no país de
origem, utilizado sites de reservas, tipo: Booking, Trivago, Expedia, etc.
• Não haver nenhum tipo de pagamento prévio no ato da reserva das hospedagens.
O pagamento deverá ocorrem durante check-in do hotel.
• Todas as reservas de hospedagem ser de “Cancelamento Grátis” e “Alteração de
datas grátis”.
• Todas as hospedagens pesquisadas nos Sites de Reservas deverão ter avaliação
mínima de 7.5 e estar perto das Estações de Metro e da Estação de Trem.
• Todas as reservas de hospedagem serão em Quarto Duplo com banheiro privativo.
• Não está sendo contemplada a hipótese de volta ao Brasil antes da data prevista.
• Não haver visitas a outras cidades não definidas no roteiro.
52
3.1.5 Exclusões
Estão excluídas as despesas com documentação prévia (emissão e visto de
passaportes), compras ou qualquer outra despesa não citada no escopo.
3.2 EAP (ESTRUTURA ANALÍTICA DO PROJETO
Quadro 6: EAP.
Viagem – Europa (21 dias)
1. Pré-Viagem
1.1. Entrar em contatos com as pessoas viajarão
1.2. Roteiro
1.2.1. Pesquisar por meio de leitura de blogs de viagens para definir quais
cidades serão visitadas e quanto tempo ficar em cada uma.
1.2.2. Definir roteiro e aprova-lo.
1.3. Fornecedores
1.3.1. Solicitar e receber orçamentos. Para fins comparativos.
1.3.2. Comparar preço e decidir se contrata agencia de viagem ou faz tudo
por conta própria.
1.3.3. Levantar e aprovar fornecedor / “pacote de viagem”
1.4. “Pacote de viagem”
1.4.1. Comprar passagens aéreas (Voo internacional e Voo Interno).
1.4.2. Comprar passagens de trem.
1.4.3. Reservar de hotel no Site de Reserva. Exemplo: Booking, Trivago,
Expedia, etc.
1.4.4. Compra online dos ingressos de passeios (Exemplo: Parlamento
húngaro e ópera de Viena)
1.4.5. Recebimento dos vouchers de confirmação (por e-Mail) das
passagens aéreas, de trens, atrações e hospedagem.
1.4.6. Comprar EUROS. Checar câmbio. Comprar somente 2.300 EUR.
2. Viagem
2.1. Check-in aeroporto ida
2.2. Check-in hotel
2.3. Passeios
2.4. Check-out hotel
2.5. Check-in aeroporto volta
3. Pós-Viagem
3.1. Fotos e vídeos
Fonte: O Autor.
53
3.3. CRITÉRIOS DE ACEITAÇÃO
Quadro 7: Critério de Aceitação.
EAP
O roteiro de viagem deve estar de acordo com as solicitações das
viajantes
Os voos devem ser em categorias selecionadas e adquiridas pelas
viajantes
1.2
Roteiro
1.4.1
Voos
1.4.2
Transportes
Os transportes devem seguir o padrão estabelecido na reserva
1.4.3
Hotel
As acomodações devem seguir o padrão estabelecido na reserva
1.4.5
Entrega dos
vouchers
2.0
Viagem
Todas as viajantes devem ter recebido os vouchers de confirmação
(via e-mail) no ato da compra/reserva
A viagem deverá ocorrer no período estabelecido e com a duração
prevista
2.3
Passeios
Os passeios devem acontecer conforme o roteiro pré-estabelecidos
Fonte: O Autor.
3.4 CRONOGRAMA DA VIAGEM PROPOSTA
Quadro 8: Cronograma da Viagem.
Dia 1
Dia 2
Dia 3
Dia 4
Dia 5
Dia 6
Dia 7
Dia 8
Dia 9
Dia 10
Dia 11
Dia 12
Dia 13
Dia 14
Dia 15
Dia 16
Dia 17
Dia 18
Dia 19
Dia 20
Dia 21
Ida – Voo Rio de Janeiro (GIG) x Bruxelas (BRU)
Chegada em Bruxelas
Bate Volta (trem) - Bruxelas < > Brugges
Bate Volta (trem) - Bruxelas < > Luxemburgo
Bruxelas
Bruxelas
Voo Interno – Bruxelas (BRU) x Praga (PRG)
Praga
Praga
Praga
Trem - Praga x Viena
Viena
Viena
Viena
Viena
Bate Volta (trem) - Viena <> Saltzburg
Trem - Viena x Budapeste
Budapeste
Budapeste
Budapeste
Volta – Voo Budapeste (BUD) x Rio de Janeiro (GIG)
Fonte: O Autor.
54
3.5 PROPOSTA DE ROTEIRO DETALHADO PARA AS ATIVIDADES DIÁRIAS
Considerando que não adianta querer conhecer todos os pontos turísticos de uma
cidade, uma vez que o tempo disponível é finito, o escopo faz-se tão importante para o
cronograma. Faz parte de um bom escopo de uma viagem listar os passeios que se pretende
realizar. Havendo um bom planejamento, a chance de se perder um passeio é pequena, tendo
como consequência máxima o adiamento de uma atividade pouco prioritária.
Conhecidas as condições de cada atividade presente no escopo, alterações repentinas
no prazo têm influência atenuada nas outras atividades. O risco de se perder uma atração por
causas passíveis de identificação pode simplesmente deixar de existir. Seguir, se propõe um
roteiro detalhamento para cada dia da viagem apresentada para este trabalho.
❖ DIA 1 – RIO DE JANEIRO > BRUXELAS
a) TRANSFER: CASA > AEROPORTO:
Taxi para o aeroporto do Galeão - Preço aproximado: R$ 50,00
b) VOO INTERNACIONAL
Passagem aérea internacional – compra online no site da Cia Alitália ou IBERIA.
E-Ticket (IDA): Rio de Janeiro (GIG) > Bruxelas (BRU)
Ida (horário): 14:35 / 10:30 (+1d)
E-Ticket (VOLTA): Budapeste (BUD) > Rio de Janeiro (GIG)
Volta (horário): 18:15 / 04:45 (+1d)
❖ DIA 2 – BRUXELAS (CHEGADA)
a) TRANSFER AEROPORTO > HOTEL EM BRUXELAS:
Pegar o TREM (Airport City Express), que está localizada no subsolo do terminal do
aeroporto, no piso “-1”. Descer na Estação Bruxelles-Noord (também a chamam de
Gare du Nord ou Noordstation). Preço 9,00 EUR. Intervalo entre os trens: 25 minutos.
Duração: 20 minutos. Maiores informações: Site oficial da Belgium Rail. Distância da
Estação de Trem Bruxelles-Noord até o hotel: 5 min de caminhada (400m).
b) HOSPEDAGEM:
Maxhotel
Endereço: Bd. Adolphe Max 107 - Brussels, 1000, Bélgica
6 diárias – Quarto Duplo (camas de solteiro) com banheiro privativo
c) PASSEIO:
Moof Museum , Mini-Mundo, Atomium e Delirium Cafe
55
❖ DIA 3 – BATE-VOLTA > CIDADE DE BRUGGES
a) TREM (Sem necessidade de compra antecipada. Não tem tarifa diferenciada. Saída de
trem de hora em hora diariamente).
Passagem de Trem (Ida & Volta - 2ª Classe)
E-Ticket: Bruxelas (Estação Bruxelles-Nord / Bruges (Estação Bruges HBF)
Ida: saída às 07:30 com chegada às 08:30 - Volta: saída às 18:30 com chegada às 19:30
b) PASSEIO:
Minnewater Lake (Het Minnewater), Beguinage (Begijnhof), Onze-Lieve Vrouwekerk
(Igreja de Nossa Senhora), a Igreja São Salvador, a Grote Market, Torre Belfort (Belfry
– Ingresso: 8.00 EUR), Praça Burg, Basílica of the Holy Blood (a entrada para a igreja é
gratuita e o museu custa 2,00 EUR) e Passeio de barco pelos canais (Preço: 8 EUR).
❖ DIA 4 – BATE-VOLTA PARA LUXEMBURGO
a) TREM:
Passagem de Trem (Ida & Volta - 1ª Classe) – comprar diretamente no site das Cias de
transporte
ferroviário,
a
CFL
(http://www.cfl.lu/en/home)
ou
Belgian
Rail
(http://www.belgianrail.be/jp/sncb-nmbs-routeplanner/query.exe/en).
E-Ticket: Bruxelas (Estação Bruxelles-Nord) / Luxemburgo (Estação Luxemburg Gare
Centralle)
Ida: saída às 06:20 com chegada às 09:14 - Volta: saída às 19:10 com chegada às 22:17
b) PASSEIO:
Conhecer: City Tour a pé: Avenue de La Liberté (com praças e belas construções),
Ponte Adolphe, Praça da Constituição, Catedral de Notre Dame, Palácio Ducale, Grand
Rue, Rue Du Cure, Rue Phillipe, Rue Guillaume, Place Guillaume II, Place Jan Palach,
Place Clairefontaine, Place des Armes, Corniche, Grund e Casemats (ingresso: 3.00
EUR).
❖ DIA 5 – BRUXELAS
a) PASSEIO:
City Tour A Pé: Quarteirão Europeu (Parque do Centenário e Berlaymont), Parlamento
Europeu, Palácio Real de Bruxelas, Igreja de Saint Jacques-Sur-Coudenberg,
Coudenberg, Place Royale, Mont Des Arts, Parc de Bruxelles Warande, Catedral de
Saint Michel et Gudule (Catedral de São Miguel e Santa Gúdula), Grand Place (Hotel
de Ville, Maison du Roi e Casa dos Duques de Brabant), Les Galeries Royales SaintHubert e Prédio da Bolsa de Bruxelas
56
❖ DIA 6 – BRUXELAS
a) PASSEIO:
Caminhada dos Quadrinhos (The Comic Strip Walk), Estátuas Manekkin Pis e Jeanneke
Pis.
PS1: Para maiores informações sobre estátuas e painéis de quadrinhos com personagens
de HQ nas ruas de Bruxelas, consultar a “List of comic book walls in Brussels”
(http://www.brussels.be/artdet.cfm/5316#a_1). Exemplo:
➢ Painel “The Gaston Lagaffe Wall” (localizado: 7 rue de l'Ecuyer),
➢ Estátua “Le Chatte A Bicyclette” (em frente à cervejaria “À La Mort Subite”).
❖ DIA 7 – IDA PARA PRAGA (REPUBLICA TCHECA).
a) VOO INTERNO:
Passagem aérea (voo interno) – comprar diretamente no site da Cia Brussels Airlines
E-Ticket: Bruxelas (BRU) > Praga (PRG)
Sugestão de horário: 09:20/11:00
b) TRANSFER AEROPORTO > HOTEL EM PRAGA:
No Aeroporto de Praga Václav Havel (PRG), pegar o ônibus nº 119 e descer no ponto
“Nádraží Veleslavín”. Em frente a este ponto de ônibus, está estação de metrô “Nádraží
Veleslavín” - linha A/cor verde. Pegar o metrô nesta estação e descer na estação
“Staromestská”, já na cidade velha. O hostel fica a 05 min de caminhada (350m) desta
estação do metrô.
c) HOSPEDAGEM:
Ritchie's Hostel & Hotel
Endereço: Karlova 9 and 13, Praga, 110 00.
04 diárias – Quarto Duplo.
d) PASSEIO:
Ponte Carlos, o Relógio Astronômico de Praga, a Igreja de Nossa Senhora de Týn, Torre
da Pólvora (Powder Tower), a Casa Municipal (Arquitetura em art-noveau), a Casa da
Virgem Negra.
PS1: Sugestão de Gastronomia: comer o famoso, quase pratzel doce, Trdelnik e Gulash.
❖ DIA 8 – PRAGA
a) PASSEIO:
Centro Histórico (Old Town (Stare Mesto), Ponte Carlos (Karluv Most), Monumento a
Jan Hus, Relógio Astronômico de Praga (Orloj), Torre da Cidade Velha, Igreja de
57
Nossa Senhora de Týn, Igreja de São Nicolau), Museu Kafka e as estátuas de David
Cerny, Bairro Judeu (Josefov) incluindo: Sinagoga Velha Nova, Sinagoga Espanhola,
Sinagoga Klaus e Cemitério, Passeio de Barco pelo Rio Vltava.
❖ DIA 9 – PRAGA
>> Dica: Para saber qual transporte público utilizar, fazer download do mapa no site:
https://pid.cz/en/downloads/?type=maps
>> Curiosidade: Caminhando do Hostel até este ponto do Tram “Narodní Trída”, na rua
Husova, pode-se ver a estátua famosa de Sigmund Freud pendurado por uma mão no alto
de um edifício (Socha zavěšeného Sigmunda Freud). Parece uma cena de suicídio.
a) PASSEIO:
Castelo de Praga (Pražský hrad) com a Basílica De São Jorge (Bazilika Sv. Jirí), a Viela
Dourada (Zlatá Ulicka), Powder Tower (Prasná Vez) e a Catedral de São Vito
(Katedrália Sv. Vita) (Preço: 350 Kc + 50 Kc para tirar fotos / Ticket válido por 02 dias
corridos).
*PS1: O Castelo de Praga é composto por: Catedral de S. Vito (Katedrália Sv. Vita), o
Palácio Real do Castelo de Praga (Starý Královský Palác), Torre Dalibor, Basílica de
São Jorge (Bazilika Sv. Jirí), a Viela Dourada (Zlatá Ulicka) e o Powder Tower (Prasná
Vez).
*PS2: Deixar para conhecer o Palácio Real e seu jardim para o dia seguinte.
❖ DIA 10 - PRAGA
a) PASSEIO:
Castelo (Hradčany) de Praga (com o Palácio Real do Castelo de Praga (Starý Královský
Palác) e o Jardim Real (Královská Zahrada)), Igreja Barroca de São Nicolau (Kostel Sv.
Mikuláse - Preço: 70 Kc), Igreja de Nossa Senhora Vitoriosa (Menino Jesus de Praga),
Prédio Dançante (Tančící dům), Praça Venceslau (Václavské námestí), Museu Nacional
(Narodní museum) e Cidade Nova (Nové Město).
❖ DIA 11 – IDA PARA VIENA (AUSTRIA)
a) TREM:
Passagem de Trem (1ª Classe – Somente Ida) – comprar diretamente no site da rede
nacional austríaca de transporte ferroviário, a OBB (http://www.oebb.at/en/)
E-Ticket: Praga (Estação Praga hl.n) > Viena (Estação Wien HBF)
Sugestão de horário: saída às 10:52 – chegada às 14:51
58
OBS: Para trem que cruzam países, optar para passagens de 1ª classe.
b) TRANSFER ESTAÇÃO DE TREM > HOTEL EM VIENA
Chegada em Viena na Estação de Trem Wien HBF. O Hotel Kolbech é perto da Estação
de Trem. Uns 5 min de caminhada (400m). Ir andando até lá.
c) HOSPEDAGEM
Hotel Kolbech
Endereço: Karlova 9 and 13, Praga, 110 00, República Tcheca.
4 diárias – Quarto Duplo
d) PASSEIO:
Ringstraße ("Ringstrasse") e arredores
❖ DIA 12 – VIENA
>> Dica: Para saber qual transporte público utilizar, fazer download do mapa no site:
https://viennamap360.com/vienna-metro-map
a) PASSEIO:
Catedral de São Pedro, Museu Albertina (Ingresso: 12,90 EUR) e assistir a um
espetáculo de Opera (Wiener Staasoper) (comprar o ingresso com antecedência no site).
❖ DIA 13 – VIENA
>>> Importante: Comprar o ticket combo – SISSI TICKET (Preço: 28,80 EUR), que
inclui: o Grand Tour Schönbrunn Palace; Viena Hofburg (Silberkammer - Câmara de
Prata, Museu Sisi e Kaiserappartements - Apartamentos Imperiais) e a Coleção de móveis
imperiais.
a) PASSEIO:
>>> Fazer o palácio Hofburg em primeiro e depois o palácio Schönbrunn no outro dia
Palácio Imperial de Hofburg (Museu Sissi, Alas dos antigos aposentos da Família
Imperial (Kaiserappartements) e a Câmara de Prata (Silberkammer)); Michaelerplatz,
Hendelplatz, Marie-Theresien Platz, Rathausplatz, Burgtheater, Museu de História
Natural de Viena (Naturhistorisches Museum), Museu de História da Arte de Viena
(Kunsthistorisches Museum), Parlamento, Volksgarten e Parque de Diversões Plater
(Com Sua Roda Gigante - Wiener Riesenrad).
❖ DIA 14 - VIENA
a) PASSEIO:
59
Palácio de Schönbrunn (Schloss Schönbrunn) com seus jardins e a Gloretta, Igreja de
São Carlos (Karlsplatz) e Passeio de Barco pelo Rio Danubio.
❖ Dia 15 - VIENA
a) PASSEIO:
Palácio Belvedere (Belvedere Inferior e Belvedere Superior - Ingresso: 20 EUR) e seus
Jardins, Catedral de Santo Estevão (Stephandom), Parque Stadtpark (incluindo estátua
de Strauss), Museumsplatz, Museum Quartier, Judenplatz e Judenplatz Holocaust
Memorial e rua Graben (à noite).
❖ DIA 16 – BATE-VOLTA PARA A SALTZBURG
a) TREM:
Passagem de Trem (Ida & Volta - 2ª Classe) – comprar diretamente no site da rede
nacional austríaca de transporte ferroviário, a OBB (http://www.oebb.at/en/)
E-Ticket: Viena (Estação Wien HBF) <> Saltzburg (Estação Saltzburg HBF)
Ida: saída às 06:55 com chegada às 09:52
Volta: saída às 20:12 com chegada às 23:05
b) TRANSFER IN/OUT - ESTAÇÃO DE TREM/ CENTRO DA CIDADE:
Chegando à Estação de Trem de Saltzburg HBF, pegar os ônibus nº 120, 140, 150, 160
ou 170 no ponto “Salzburg main station - Südtirolerplatz” (Tem um terminal de ônibus
em frente a Estação de Trem) e descer no ponto “Salzburg Mirabellplatz (Schloss
Mirabell)”. Na volta, pegar o ônibus nº 0, num ponto de ônibus as margens do rio
Salzach, em direção a Estação de Trem Saltzburg Hbf. Retorno para Viena
c) PASSEIO:
Palácio Mirabell e seus Jardins, Praça Markarplatz, Museu Mozart-Wohnhaus, Igreja
Santíssima Trindade (Dreifaltigkeitkirche), Ponte Makartsteg, Rua Geitredegasse,
Elevador “Monchsberg Lift” (preço: 3,60 EUR – subida e descida), Mirante do
Monchsberg, Museu “Mozarts Geburtshaus” (Preço: 10 EUR), Praça do Mercado
Antigo, Praça Mozartplatz, Praça Residenzplatz, Praça Domplatz, Praça Kapitelplatz,
Catedral de Saltzburg (Preço: Gratuito), Cemitério de São Pedro e Fortaleza de
Hohensaltzburg (Ingresso: 12 EUR + 3.60 EUR (Funicular – subida/descida)).
❖ DIA 17 – IDA PARA BUDAPESTE (HUNGRIA)
a) TREM:
60
Passagem de Trem (Somente Ida - 1ª Classe) – comprar diretamente no site da rede
nacional austríaca de transporte ferroviário, a OBB (http://www.oebb.at/en/)
E-Ticket: Viena (Estação Wien HBF) > Budapeste (Estação Keleti)
Sugestão de Horário: saída às 11:42 com chegada às 14:19
b) TRANSFER - ESTAÇÃO DE TREM > HOTEL EM BUDAPESTE:
Na Estação de Trem Keleti, pegar o ônibus nº 5, 7, 8E ou 178, no ponto de ônibus
“Keleti pályaudvar M” (em frente a Estação de Trem) e descer no ponto “Uránia”.
Caminhar uns 300m até o hostel.
c) HOSPEDAGEM:
Maverick City Lodge
Kazinczy utca 24-26.
4 diárias – Quarto Duplo
d) PASSEIO:
Ponte das Correntes (Széchenyi Lanchíd) e arredores, Estátua da Princesa.
❖ DIA 18 – BUDAPESTE
a) PASSEIO:
Parlamento Húngaro (para visitação ao interior, agendar previamente no site
www.jegymester.hu – Ingresso: 5.700 ft), Praça Kossuth Lajos, Memorial ao Massacre
da Praça Kossuth, Monumento da Revolução de 56, Monumento a Kossuth Lajos,
Memorial ao Holocausto -"Sapatos às Margens do Danúbio", Praça da Liberdade
(Szabadság ter), Estátua de Irme Nagy, Memorial da Guerra Soviética, a Estátua do
Presidente Americano Ronald Reagan, Basílica de Santo Estêvão (Szent István Basilika
- preço: 500 Ft), Avenida “Andrassy Utca”, Opera House (Magyar Állami Operaház),
Museu do Terror, Praça dos Heróis (Hõsök Ter), Museu de Belas Artes (Szépművészeti
Múzeum) e Museu de Arte Contemporânea (Kunsthalle Budapest).
❖ DIA 19 - BUDAPESTE
a) PASSEIO:
Grande Sinagoga (Ingresso: 3.700 Ft) e Termas de Széchenyi (Ingresso: 4700 Ft + 2000
Ft para uso do Armário).
❖ DIA 20 - BUDAPESTE
a) PASSEIO:
Castelo de Buda, Citadella e Passeio de Barco pelo Rio Danúbio
61
❖ DIA 21 - RETORNO AO RIO DE JANEIRO (BRASIL)
a) Fim da Viagem. Retorno ao Brasil.
3.6 APLICANDO O GERENCIAMENTO DAS AQUISIÇÕES PARA A VIAGEM
3.6.1. Objetivo do Plano de Aquisições
O plano de gerenciamento das aquisições tem por objetivo o gerenciamento de
aquisições do projeto incluindo os processos necessários para comprar ou adquirir produtos,
serviços ou resultados externos para o projeto deste período programado.
Planejar as aquisições, antes e durante a viagem, pode ser fator decisivo. Gastos
imprevistos e desnecessários durante a viagem podem ter respaldo direto no seu
aproveitamento. Convém pesquisar sobre bens e serviços que se deseja adquirir durante a
viagem, para que os custos destas aquisições sejam planejados e não se transformem em
surpresas desagradáveis. Conhecer os contratos envolvidos em cada um dos serviços
adquiridos, a exemplo do transporte aéreo, por exemplo, ajuda a poupar tempo em diversas
eventualidades, tal como o excesso de peso das bagagens. Em acontecimentos mais sérios, o
conhecimento dos contratos que regem os serviços prestados, ajudam a proteger o seu
patrimônio. Coordenar os gastos que serão realizados em espécie e em cartão de crédito são
fundamentais para planejar a aquisição da moeda. Muitas vezes, o câmbio pode ser adquirido
bem antes da viagem, prevendo eventuais flutuações que possam prejudicar a cotação.
1ª etapa: Planejar o gerenciamento das aquisições
O processo de documentação das decisões de compras do projeto, especificando a
abordagem e identificando fornecedores em potencial.
2ª etapa: Conduzir as aquisições
Pesquisa de fornecedores, solicitação de orçamentos, escolha do fornecedor, O
processo de obtenção de respostas de fornecedores.
Estratégia de Aquisição: Adquirir as aquisições em no máximo dois meses antes da
viagem, pois caso algum item dê problema é possível trocar antes de a mesma ser realizada.
• Nota 1: Observar as condições do local para reserva do hotel. O tempo para a
aquisição obedece a este período.
• Nota 2: Outros produtos podem necessitar de mais/menos tempo para sua
aquisição
62
3ª etapa: Controlar as aquisições
Forma de pagamento, entrega do produto, condições de troca, cancelamento,
prorrogação de reserva, etc.
4ª etapa: Encerrar as aquisições: finalizar todas as aquisições do projeto.
O processo de finalizar todas as aquisições do projeto. Aqui envolve verificar se todo
o trabalho e as entregas são aceitáveis, serve de apoio ao processo de encerramento do projeto
ou a fase.
Quadro 9: Plano de Gerenciamento das Aquisições.
Continua
TRANSFER IN & OUT
•
•
Não será contratada nenhuma empresa para realizar os serviços de “Transfer IN e OUT”. As
entradas/saídas dos aeroportos e Estações de Trem serão por meio do uso de transportes públicos (ônibus,
metrô, etc..).
Não será utilizado nenhum taxi durante toda a viagem.
SEGURO SAUDE
•
O Seguro Saúde utilizado será aquele disponibilizado pela empresa VISA – SEM CUSTO. Esse benefício
é oferecido pela bandeira VISA para compra das passagens aéreas internacionais com o Cartão Visa
categoria Platinum.
PASSEIOS
•
•
•
•
Alguns ingressos para as atrações turísticas mais requeridas serão comprados com antecedência,
diretamente no site e ainda no Brasil, e garantir a disponibilidade dos ingressos para a data desejada e/ou
evitando enormes filas. Exemplo:
*Visita guiada ao interior do Parlamento Húngaro no site oficial.
*Assistir uma ópera na Opera de Viena - site oficial.
Quanto aos demais passeios, os mesmos serão adquiridos diretamente no local, verificando
antecipadamente os dias de funcionamento das atrações turísticas e assim evitar a possibilidade da atração
estar fechada no dia da visita
VOOS
VOO INTERNACIONAL
• Para a compra os voos internacionais: Imprescindível que o pagamento da passagem ser em 10x sem
juros. Dada essa restrição, somente poderão ser compradas passagens aéreas nas Cia. aérea IBERIA
(www.iberia.com.br) ou a ALITALIA (www.alitalia.com.br), pois tais empresas parcelam em até 10x sem
juros e chegam nas cidades de Entrada (Bruxelas/Bélgica) e de Saída (Budapeste/Hungria), cidades essas
definidas no Cronograma.
• Para os voos com conexão, será admitido somente 01 (uma) conexão (com tempo máximo de 02:30) por
trecho.
• A passagem aérea respeitará a seguinte informação:
• Ida: Rio de Janeiro (GIG) x Bruxelas (BRU) com conexão ou em Roma (FCO) ou em Madri (MAD).
• Volta: Budapeste (BUD) x Rio de Janeiro (GIG) com conexão em Roma (FCO) ou em Madri (MAD).
• A confirmação da compra e o bilhete eletrônico serão encaminhados para o e-mail cadastrado no site da
Cia aérea.
63
Continuação Quadro 9.
Continua
VOOS (Cont.)
VOO INTERNO
• Para a compra do voo interno, de Bruxelas (Bélgica) para Praga (Rep. Tcheca), os mesmos devem ser
adquiridos com a máxima antecedência, garantindo assim melhor tarifa web. O voo deve ser direto,
considerando a data e horário escolhido. Escolher a Cia aérea Brussels Airlines. A compra da passagem
será diretamente no site da empresa (www.brusselsairlines.com).
• O e-Ticket (em PDF) será encaminhado para o e-mail cadastrado no site.
TRENS
• Para a compra das passagens de trem:
(a) Comprar diretamente nos sites das Cia. Férreas. Não comprar nos sites distribuidores de produtos
ferroviários europeus (p.ex: Rail Europe (www.raileurope.com.br)) evitando assim o pagamento da taxa
de administração deles, que encarecerá o valor da passagem em quase 50%.
(b) Adquirir as passagens dos trens com 03 (três) meses de antecedência da data da partida e assim
garantir a melhor tarifa web, pois esse é o período que os sites das Cia. abrem as vendas das passagens
para as nossas datas da viagem.
(c) Para as viagens entre dois países, adquirir passagens de 1ª classe e com reserva de assento.
(d) Para viagens dentro do mesmo país, adquirir passagens de 2ª classe. A reserva de assento é opcional.
• Por tratar-se de viagens de trem, pode-se ir direto para o trem, quando aparece o cobrador, mostra-se o eTicket impresso.Toda estação de trem tinha um telão com o número do trem, horário, destino e
plataforma.
• Compra das passagens:
− Passagem (ida e volta) “Bruxelas /Brugges”: adquirir diretamente na bilheteria da Estação de Trem.
Para este caso específico, não há necessidade de compra antecipada e/ou online. Trem saindo de hora
em hora da Estação. Preço fixo (não muda mesmo se comprar com antecedência). Muita oferta de
passagem. O horário para embarque é livre, sendo definido apenas o “dia do embarque” no ato da
compra da passagem.
− Passagem (ida e volta) “Bruxelas / Luxemburgo”: adquirir diretamente no site da empresa belga ou
Luxemburguesa de transporte ferroviário. O e-Ticket (em PDF) será encaminhado para o e-mail
cadastrado no site.
− Passagem (somente IDA) “Praga / Viena”: adquirir diretamente no site da empresa austríaca de
transporte ferroviário, a OBB (http://www.oebb.at/en/). O e-Ticket (em PDF) será encaminhado para o
e-mail cadastrado no site.
− - Passagem (ida e volta) “Viena /Saltzburg”: adquirir diretamente no site da empresa austríaca de
transporte ferroviário, a OBB (http://www.oebb.at/en/). O e-Ticket (em PDF) será encaminhado para o
e-mail cadastrado no site.
− - Passagem (somente IDA) “Viena /Budapeste”: adquirir diretamente no site da empresa austríaca de
transporte ferroviário, a OBB (http://www.oebb.at/en/). O e-Ticket (em PDF) será encaminhado para o
e-mail cadastrado no site.
HOSPEDAGEM
• Restrições:
(1) Sem pagamento prévio no ato da reserva no site.
(2) “Cancelamento Grátis” e “Alteração de datas grátis” para todas as reservas.
(3) Quarto Duplo Privativo com banheiro privado, independente se é um hostel ou hotel.
(4) Nos sites de reservas foram avaliado somente hotéis com pontuação de 7.5 para cima
• Preferência:
(1) Café da Manhã incluso
64
Conclusão do Quadro 9.
HOSPEDAGEM (Cont.)
•
•
•
Todas as reservas devem ser feitas com bastante antecedência, visando assim garantir o melhor preço para
diárias web.
Escolher um site de reservas. Tais como: www.booking.com, www.trivago.com, www.expedia.com,
www.hostelworld.com.
Selecionar acomodações que tenham avaliações acima de 7.5 no site de reserva.
• Todos hostels e/ou hotel pesquisados devem ser próximos de metrô e/ou da Estação de trem, para facilitar
a locomoção.
• Após o recebimento das confirmações das reservas dos quartos, pelo site de reserva, deve-se enviar e-mail
diretamente para o endereço eletrônico do hotel contratado visando confirmar a reserva, com
aproximadamente 15 (quinze) dias antes do check-in do hotel, para confirmar se está tudo em ordem com
a reserva.
• Para fins de escolha das localizações das hospedagens reservadas, levar em consideração as informações
obtidas por meio de leitura de vários blogs de viagem (tais como: www.viajenaviagem.com.br,
www.matraqueando.com.br,
www.drieverywhere.net, www.maosdevaca.com, www.blogvambora.
com.br, www.asviajantes.com.br, www.turistaprofissional.com.br) que relatam quais são os melhores
bairros para se hospedar em cada localidade.
• O custo total a ser pago por todas as hospedagens não pode ultrapassar $ 550 EUR por pessoa.
CARTÕES DE CRÉDITO
•
Deixá-los desbloqueados, tanto os cartões de crédito quanto os de débito. Os mesmos somente serão
utilizados em caso de emergência, visando retornar sem dívida futura.
• Quaisquer compras feitas devem ser pagas em espécie, com moeda local.
Fonte: O Autor.
3.6.2. Controle das Aquisições e Reservas
a) SEGURO SAÚDE: Contratar diretamente com a VISA – SEM CUSTO.
Benefício oferecido para quem compra as passagens aéreas internacionais com o Cartão Visa.
b) PASSAGENS AEREAS (Voo Internacional e Voo Interno)
• Passagem aérea internacional – compra online no site da Cia Alitália.
E-Ticket (IDA): Rio de Janeiro (GIG) > Bruxelas (BRU)
Ida: 04/06/2016 (14:35 / 10:30 (+1d))
E-Ticket (VOLTA): Budapeste (BUD) > Rio de Janeiro (GIG)
Volta: 24/06/2016 (18:15 / 04:45 (+1d))
Preço: aprox. 3.000,00 REAIS (parcelado em 10x)
• Passagem aérea (voo interno) – comprada diretamente no site da Cia Brussels
Airlines.
E-Ticket: Bruxelas (BRU) > Praga (PRG)
Somente Ida: 10/06/2016 (09:20/11:00)
Preço: 95.83 EUR.
65
c) TICKETS DAS PASSAGENS FÉRREAS: As pesquisas de preços das
passagens de trens apresentadas na Tabela 1 foram realizadas em março de 2016, diretamente
nos sites das companhias férreas europeias, considerando os horários escolhidos e os destinos
“de/para” definidos no roteiro de viagem.
Tabela 1: Pesquisa dos preços das passagens de trem.
PASSAGENS DE TREM
CLASSE
TIPO DE VIAGEM
PREÇO (EURO)
Bruxelas < > Brugge
2ª Classe
round trip
€ 28,60
Bruxelas < > Luxemburgo
2ª Classe
round trip
€ 73,00
Praga > Viena
1ª Classe
one trip
€ 34,00
Viena < > Saltzburg
2ª Classe
round trip
€ 38,00
Viena > Budapeste
1ª Classe
one trip
€ 35,00
€ 208,60
TOTAL
Fonte: O Autor.
• Passagem de Trem (Ida & Volta - 2ª Classe)
E-Ticket: Bruxelas (Estação Bruxelles-Nord / Bruges (Estação Bruges HBF)
Ida: saída às 07:30 com chegada às 08:30
Volta: saída às 18:30 com chegada às 19:30
Preço Total: 28,60 EUR
• Passagem de Trem (Ida & Volta - 1ª Classe)
E-Ticket: Bruxelas (Estação Bruxelles-Nord) / Luxemburgo (Estação Luxemburg
Gare Centralle)
Ida: saída às 06:20 com chegada às 09:14
Volta: saída às 19:10 com chegada às 22:17
Preço Total: 73 EUR
• Passagem de Trem (Somente IDA - 1ª Classe)
E-Ticket: Praga (Estação Praga hl.n) > Viena (Estação Wien HBF)
Somente Ida – Horário: 10:52/14:51
Preço: 34 EUR.
• Passagem de Trem (2ª Classe)
E-Ticket: Viena (Estação Wien HBF) <> Saltzburg (Estação Saltzburg HBF)
Ida & Volta – Horário: Ida: 06:55/09:52 – volta: 20:12/23:05
Preço Total: 38 EUR
66
• Passagem de Trem (1ª Classe)
E-Ticket: Viena (Estação Wien HBF) > Budapeste (Estação Keleti)
Somente Ida – Horário: 11:42/14:19
Preço: 35 EUR.
d) HOSPEDAGENS (Pesquisa de preço: Site do Booking, junho de 2015):
Tabela 2: Pesquisa dos preços para Hospedagem.
PREÇO PARA
VALOR POR
HOSPEDAGEM
QUARTO DUPLO
PESSOA
Bruxelas
€ 280,00
€ 140,00
Praga
€
255,96
€ 127,98
Viena
€
369,00
€ 184,50
Budapeste
€
216,00
€ 108,00
TOTAL
€ 1.120,96
Fonte: O Autor.
€ 560,48
• Bruxelas (Bélgica).
Reserva a ser feita através de algum site de reserva.
Hotel MAXHOTEL – (5 diárias)
Preço Total (quarto Duplo): 280,00 EUR
• Praga (República Tcheca)
Reserva a ser feita através de algum site de reserva.
Hotel RITCHIE’s HOSTEL & HOTEL – (3 diárias)
Preço Total (quarto Duplo): 255,96 EUR
• Viena (Áustria)
Reserva a ser feita através de algum site de reserva.
Hotel KOLBECK – (6 diárias)
Preço Total (quarto Duplo): 369,00 EUR
• Budapeste (Hungria)
Reserva a ser feita através de algum site de reserva.
Hotel MAVERICK CITY LODGE – (4 diárias)
Preço Total (quarto Duplo): 216,00 EUR
4. CONCLUSÃO
4.1 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este trabalho traçou um paralelo, desde o planejamento à execução, entre uma
viagem de férias e algumas das boas práticas de Gestão de Projetos previstas no PMI, por
meio do Guia PMBOK, 6ª Edição, 2017, passando por algumas de suas áreas de
conhecimento.
Em suma, a proposta foi mostrar que “Planejar uma viagem” pode ser perfeitamente
encarado como um projeto e ter seus resultados potencializados através do emprego de
conhecimento, habilidades, ferramentas e técnicas de gestão de projetos.
Uma viagem bem planejada pode usufruir dos mesmos benefícios que um projeto
bem planejado possui. Os passeios e visitas são eficientes, cumprem com os objetivos, sem
frustração; a viagem é concluída dentro do custo programado, às vezes até com alguma sobra
financeira para passeio a mais, quem sabe; os problemas são identificados com antecedência;
os viajantes não se estressam desnecessariamente e todas as contratações atendem às
expectativas.
Os resultados do projeto são evidentes: a viagem vale o investimento, os passeios são
feitos conforme o planejado, se evita muitas surpresas desagradáveis e/ou desnecessárias e a
satisfação é garantida.
4.2. RESPOSTA AS QUESTÕES DO ESTUDO
É viável a aplicação das boas práticas de gerenciamento de projetos, em projetos de
natureza pessoal, como em uma viagem turística? Foi apresentado neste trabalho que sim,
visto que foi possível apresentar a confecção de uma proposta de viagem segundo a
metodologia de projetos, aplicando as boas práticas de gerenciamento de projetos, através do
uso das boas práticas de gerenciamento de projetos no planejamento de escopo e aquisições
sob o enfoque da elaboração de um roteiro de viagem.
Constatou-se que, pela natureza (possui tempo determinado, início e fim) e dinâmica
de um período de viagem, era possível apresentar uma proposta de elaboração de um projeto.
Foram levantados os principais problemas enfrentados pelos viajantes (mostrando que uma
viagem não planejada e não gerenciada, fazia perder-se tempo e dinheiro) e permitindo-se
68
concluir que a fase de planejamento é crucial para que a elaboração de uma viagem. Uma
viagem bem planejada pode usufruir dos mesmos benefícios que um projeto bem planejado
possui.
4.3. PROPOSTA DE ESTUDOS FUTUROS
Ao se considerar o que foi desenvolvido neste trabalho, entende-se que este pode
contribuir para a sequência de estudos na área do gerenciamento de projetos. Propõe-se,
portanto, a elaboração de um plano de viagem voltada para mulheres desacompanhadas à
países islâmicos. Como sugestão, a viagem poderia ser de 25 dias para o Marrocos, Egito, Irã
e Jordânia. A viagem ocorreria por conta própria. Para este plano de viagem, seriam
apresentados:
• Planejamento de escopo e das aquisições para verificar se o planejamento
proposto neste presente trabalho foi eficiente na prática, além de verificar a
eficácia de todas as recomendações e sugestões apresentadas neste trabalho.
• Planejamento de risco, uma vez que precisarão ser levantadas informações muito
relevantes para viagens de mulheres sozinhas, tais como: se o país é ou não é
receptivo a mulheres desacompanhadas de homens; como é a questão do assédio a
mulheres estrangeiras em países islâmicos; como é a questão da segurança nas
ruas; como se comportar e interagir num país islã; como é a questão da
comunicação com a população local, pois o idioma natal é o árabe e pode haver
dificuldades em encontrar pessoas que falem inglês, por exemplo.
• Proposta de roteiro detalhado para as atividades diárias em cada país visitado
• Planejamento dos custos para a realização desta nova viagem proposta,
considerando cada passo do projeto.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALMEIDA, Alessandro. KOGAN, Andrea. ZAINA JR., Rinaldo. Elaboração de roteiros e
pacotes. Curitiba: IESDE Brasil, 2007. Disponível em: http://www2.videolivraria.com.
br/pdfs/23945.pdf. Acesso em: 1 mar. 2018.
ALMEIDA JR. PMBOK - Conceitos Básicos II - EAP, Contas de Controle, Tripla
Restrição, Necessidades x Objetivos e Escopo. Tecnoblog, 2018. Disponível em:
http://www.itnerante.com.br/profiles/blogs/pmbok-conceitos-b-sicos-ii-eap-tripla-restri-o-ne
cessidades-x. Acesso em: 30 out. 2018
BAHL, Miguel. Viagens e Roteiros Turísticos. Curitiba: Protexto, 2004.
BRASIL. Ministério do Turismo. Plano Nacional de Turismo 2018-2022. Mais emprego e
renda
para
o
Brasil.
Brasília
DF.
2018.
Disponível
em:
http://www.turismo.gov.br/images/mtur-pnt-web2.pdf. Acesso em: 26 jun. 2018.
MONTES, Eduardo. Gerenciamento das aquisições do projeto [S. l.: s. n.], 2018.
Disponível em: https://escritoriodeprojetos.com.br/gerenciamento-das-aquisicoes-do-projeto.
Acesso em: 1 out. 2018.
MULCAHY Rita. Preparatório para o exame de PMP. 8ª Ed. EUA: RMC Publication Inc.
2013.
OMT – ORGANIZACIÓN INTERNACIONAL DEL TURISMO. (2018). Panorama OMT
del turismo internacional. Edición 2018. Madrid: OMT. Disponível em: https://www.eunwto.org/doi/pdf/10.18111/9789284419890. Acesso em: 25 jun. 2018.
PMI – PROJECT MANAGEMENT INSTITUTE, Editor. Um Guia do Conhecimento em
Gerenciamento de Projetos (Guia PMBOK®). 6 ed. Newton Square, Pennsylvania: Project
Management Institute, 2017.
PMI – PROJECT MANAGEMENT INSTITUTE, Editor. Um Guia do Conhecimento em
Gerenciamento de Projetos (Guia PMBOK®). 5 ed. Newton Square, Pennsylvania: Project
Management Institute, 2013.
RIBEIRO, Daniel. Eurotrip, 6 passos definitivos para planejar a viagem do seus sonhos.
Rio de Janeiro: 2015.
RICHTER, M.; ROCHA, E. M. F.; CARIS, E. Elaboração de Roteiros Turísticos. Rio de
Janeiro: Fundação CECIERJ, 2016. v. 01. 328p. Disponível em: https://canalcederj.
cecierj.edu.br/122016/45ca7cac2fc685bec77b06eb1aeb6ebb.pdf. Acesso em: 20 mar. 2018.
UNWTO WORLD TOURISM ORGANIZATION, 2016 Edition, UNWTO Tourism
Highlights. Disponível em: https://www.e-unwto.org/doi/pdf/10.18111/9789284418145.
Acesso em: 25 jun.2018.
VARGAS, Ricardo. Gerenciamento de Projetos. Estabelecendo diferenciais competitivos.
7 ed. Rio de Janeiro: Brasport, 2009.
70
WEISSBACH, Paulo Ricardo M. Roteiros turísticos: definindo uma base conceitual. In:
Seminário Interinstitucional de Ensino, Pesquisa e Extensão, 15., 2010, Cruz Alta. Anais...
Cruz Alta: Unicruz, 2010.
WTTC WORLD TRAVEL & TOURISM COUNCIL, 2017 Edition, Travel & Tourism
Economic Impact Brazil. Disponível em: https://www.wttc.org/-/media/files/reports/
economic-impact-research/countries-2017/brazil2017.pdf. Acesso em: 30 out. 2018.
Download