Probabilidade & Variáveis Aleatórias Introdução Table of Contents 1 Introdução 2 Variáveis Aleatórias Vetoriais 3 Distribuição Conjunta e suas Propriedades 4 Função Densidade de Probabilidade Conjunta e suas Propriedades 5 Independência Estatı́stica 6 Introdução 7 Valor Esperado de uma Função de Variáveis Aleatórias Probabilidade & Variáveis Aleatórias Introdução Introdução Nos capı́tulos anteriores, vários aspectos da teoria de uma variável aleatória única são estudados. O conceito de variável aleatória permite que muitos problemas realı́sticos sejam descritos de um modo probabilı́stico. Não raro, desejamos analisar em conjunto diversas variáveis aleatórias (como direção e força do vento). Este capı́tulo estende a teoria pregressa para contemplar diversas variáveis aleatórias. Neste capı́tulo, enfocamos o caso bidimensional. Probabilidade & Variáveis Aleatórias Variáveis Aleatórias Vetoriais Table of Contents 1 Introdução 2 Variáveis Aleatórias Vetoriais 3 Distribuição Conjunta e suas Propriedades 4 Função Densidade de Probabilidade Conjunta e suas Propriedades 5 Independência Estatı́stica 6 Introdução 7 Valor Esperado de uma Função de Variáveis Aleatórias Probabilidade & Variáveis Aleatórias Variáveis Aleatórias Vetoriais Variáveis Aleatórias Vetoriais Suponha que duas variáveis aleatórias X e Y são definidas em um espaço amostral S, onde valores especı́ficos de X e Y são denotadas por x e y, respectivamente. Logo, qualquer par ordenado de números (x, y) podem ser convenientemente considerado como um ponto aleatório no plano xy. Tal ponto pode ser entendido como um valor especı́fico de uma variável aleatória vetorial ou um vetor aleatório. Probabilidade & Variáveis Aleatórias Variáveis Aleatórias Vetoriais Variáveis Aleatórias Vetoriais O conjunto de todos os pontos (x, y) nas faixas de X e Y podem ser considerados um novo espaço amostral. Trata-se, em verdade, de um espaço vetorial no qual os componentes de qualquer vetor são os valores das variáveis aleatórias X e Y. O novo espaço é por vezes chamado de espaço combinado bidimensional. Doravante, nós iremos chamá-lo de espaço amostral conjunto, dando a ele seu o sı́mbolo SJ . Probabilidade & Variáveis Aleatórias Variáveis Aleatórias Vetoriais Variáveis Aleatórias Vetoriais Como no caso de uma variável aleatória única, definamos o evento A como A = {X ≤ x}. Um evento similar B pode ser definido para Y: B = {Y ≤ y}. Os eventos A e B se referem ao espaço amostral S, enquanto os eventos {X ≤ x} e {Y ≤ y} se referem ao espaço amostral conjunto SJ . Probabilidade & Variáveis Aleatórias Variáveis Aleatórias Vetoriais Variáveis Aleatórias Vetoriais O evento A corresponde a todos os pontos em SJ para os quais os valores da coordenada X não são maiores do que x. Similarmente, o evento B corresponde aos valores da coordenada Y em SJ que não excedem y. É de especial interesse observar que o evento A ∩ B definido em S correspondem ao evento conjunto {X ≤ x e Y ≤ y} definido em SJ , o qual nós escrevemos {X ≤ x, Y ≤ y}. No caso mais geral onde N variáveis aleatórias X1 , X2 , . . . , XN são definidos em um espaço amostral S, nós as consideramos quais componentes de uma variável aleatória vetorial N-dimensional ou, simplesmente, uma variável aleatória N-dimensional. Neste contexto, o espaço conjunto SJ é agora N-dimensional. Probabilidade & Variáveis Aleatórias Variáveis Aleatórias Vetoriais Variáveis Aleatórias Vetoriais Mapeamento do espaço amostral S para o espaço amostral conjunto SJ (plano xy) Probabilidade & Variáveis Aleatórias Distribuição Conjunta e suas Propriedades Table of Contents 1 Introdução 2 Variáveis Aleatórias Vetoriais 3 Distribuição Conjunta e suas Propriedades Função de Distribuição Conjunta Propriedades da Distribuição Conjunta 4 Função Densidade de Probabilidade Conjunta e suas Propriedades 5 Independência Estatı́stica 6 Introdução Probabilidade & Variáveis Aleatórias Distribuição Conjunta e suas Propriedades Introdução Sejam as probabilidades dos eventos A = {X ≤ x} e B = {Y ≤ y} definidas como funções de x e y, respectivamente. Neste caso, temos as seguintes funções de distribuição: FX (x) = P{X ≤ x} FY (y) = P{Y ≤ y} Agora, cabe-nos introduzir um novo conceito, de modo a incluir a probabilidade do evento conjunto {X ≤ x, Y ≤ y}. Probabilidade & Variáveis Aleatórias Distribuição Conjunta e suas Propriedades Função de Distribuição Conjunta Definição Definimos a probabilidade do evento conjunto {X ≤ x, Y ≤ y}, a qual é uma função de x e y, como uma função de distribuição conjunta de probabilidade e denotamo-la pelo sı́mbolo FX,Y (x, y). Logo: FX,Y (x, y) = P{X ≤ x, Y ≤ y}. Deve estar claro que P{X ≤ x, Y ≤ y} = P(A ∩ B), onde o evento conjunto A ∩ B está definido em S. Para ilustrar uma distribuição conjunta, iremos fornecer um exemplo no qual ambas as variáveis aleatórias (X e Y) são discretas. Probabilidade & Variáveis Aleatórias Distribuição Conjunta e suas Propriedades Função de Distribuição Conjunta Variáveis Aleatórias Vetoriais Comparações de eventos em S com relação aos eventos em SJ . Probabilidade & Variáveis Aleatórias Distribuição Conjunta e suas Propriedades Função de Distribuição Conjunta Exemplo Enunciado Assuma que o espaço amostral conjunto SJ possui apenas três elementos possı́veis: (1,1), (2,1) e (3,3). As probabilidades destes elementos são: P(1,1) = 0.2 P(2,1) = 0.3 P(3,3) = 0.5 Encontre FX,Y (x, y). Probabilidade & Variáveis Aleatórias Distribuição Conjunta e suas Propriedades Função de Distribuição Conjunta Função de distribuição conjunta Função de distribuição conjunta e sua respectiva função de densidade conjunta, relativas ao exemplo. Probabilidade & Variáveis Aleatórias Distribuição Conjunta e suas Propriedades Função de Distribuição Conjunta Considerações O exemplo precedente pode ser usado para identificar o formato da função de distribuição conjunta para duas variáveis aleatórias discretas, em geral. Sejam N o número de possı́veis valores de xn e M o número de possı́veis valores de yn . Logo: FX,Y (x, y) = N X M X P(xn , yn )u(x − xn )u(y − ym ), n=1 m=1 onde P(xn , yn ) é a probabilidade do evento conjunto {X = xn , Y = ym } e u(·) é a função degrau unitário. Alguns pares (xn , ym ) pode ter probabilidade nula de ocorrência. Em alguns casos, N ou M, ou mesmo ambos, podem ser infinitos. Probabilidade & Variáveis Aleatórias Distribuição Conjunta e suas Propriedades Função de Distribuição Conjunta Funções de Distribuição Conjunta Contı́nuas Se FX,Y (x, y) é plotada para variáveis aleatórias contı́nuas X e Y, o mesmo comportamento geral (em relação ao exemplo anterior) é observado, exceto pelo fato de que a superfı́cie se torna suave e de que não há descontinuidades do tipo degrau. Para N variáveis aleatórias Xn , n = 1, 2, . . . , N, a generalização é direta. A função de distribuição conjunta, denotada por FX1 ,X2 ,...,XN (x1 , x2 , . . . , xN ) é definida como a probabilidade do evento conjunto {X1 ≤ x1 , X2 ≤ x2 , . . . , XN ≤ xN }: FX1 ,X2 ,...,XN (x1 , x2 , . . . , xN ) = P{X1 ≤ x1 , X2 ≤ x2 , . . . , XN ≤ xN }. Probabilidade & Variáveis Aleatórias Distribuição Conjunta e suas Propriedades Propriedades da Distribuição Conjunta Propriedades Uma função de distribuição conjunta para duas variáveis aleatórias X e Y apresentam algumas propriedades que se seguem, de pronto, de sua definição. Ei-las: Probabilidade & Variáveis Aleatórias Distribuição Conjunta e suas Propriedades Propriedades da Distribuição Conjunta Propriedades Uma função de distribuição conjunta para duas variáveis aleatórias X e Y apresentam algumas propriedades que se seguem, de pronto, de sua definição. Ei-las: 1 FX,Y (−∞, −∞) = 0, FX,Y (−∞, y) = 0, FX,Y (x, −∞) = 0 Probabilidade & Variáveis Aleatórias Distribuição Conjunta e suas Propriedades Propriedades da Distribuição Conjunta Propriedades Uma função de distribuição conjunta para duas variáveis aleatórias X e Y apresentam algumas propriedades que se seguem, de pronto, de sua definição. Ei-las: 1 2 FX,Y (−∞, −∞) = 0, FX,Y (−∞, y) = 0, FX,Y (x, −∞) = 0 FX,Y (∞, ∞) = 1 Probabilidade & Variáveis Aleatórias Distribuição Conjunta e suas Propriedades Propriedades da Distribuição Conjunta Propriedades Uma função de distribuição conjunta para duas variáveis aleatórias X e Y apresentam algumas propriedades que se seguem, de pronto, de sua definição. Ei-las: 1 2 3 FX,Y (−∞, −∞) = 0, FX,Y (−∞, y) = 0, FX,Y (x, −∞) = 0 FX,Y (∞, ∞) = 1 0 ≤ FX,Y (x, y) ≤ 1 Probabilidade & Variáveis Aleatórias Distribuição Conjunta e suas Propriedades Propriedades da Distribuição Conjunta Propriedades Uma função de distribuição conjunta para duas variáveis aleatórias X e Y apresentam algumas propriedades que se seguem, de pronto, de sua definição. Ei-las: 1 2 3 4 FX,Y (−∞, −∞) = 0, FX,Y (−∞, y) = 0, FX,Y (x, −∞) = 0 FX,Y (∞, ∞) = 1 0 ≤ FX,Y (x, y) ≤ 1 FX,Y (x, y) é uma função não decrescente de x e de y Probabilidade & Variáveis Aleatórias Distribuição Conjunta e suas Propriedades Propriedades da Distribuição Conjunta Propriedades Uma função de distribuição conjunta para duas variáveis aleatórias X e Y apresentam algumas propriedades que se seguem, de pronto, de sua definição. Ei-las: FX,Y (−∞, −∞) = 0, FX,Y (−∞, y) = 0, FX,Y (x, −∞) = 0 FX,Y (∞, ∞) = 1 0 ≤ FX,Y (x, y) ≤ 1 FX,Y (x, y) é uma função não decrescente de x e de y 5 FX,Y (x2 , y2 ) + FX,Y (x1 , y1 ) − FX,Y (x1 , y2 ) − FX,Y (x2 , y1 ) = P{x1 < X ≤ x2 , y1 < Y ≤ y2 } ≥ 0 1 2 3 4 Probabilidade & Variáveis Aleatórias Distribuição Conjunta e suas Propriedades Propriedades da Distribuição Conjunta Propriedades Uma função de distribuição conjunta para duas variáveis aleatórias X e Y apresentam algumas propriedades que se seguem, de pronto, de sua definição. Ei-las: FX,Y (−∞, −∞) = 0, FX,Y (−∞, y) = 0, FX,Y (x, −∞) = 0 FX,Y (∞, ∞) = 1 0 ≤ FX,Y (x, y) ≤ 1 FX,Y (x, y) é uma função não decrescente de x e de y 5 FX,Y (x2 , y2 ) + FX,Y (x1 , y1 ) − FX,Y (x1 , y2 ) − FX,Y (x2 , y1 ) = P{x1 < X ≤ x2 , y1 < Y ≤ y2 } ≥ 0 6 FX,Y (x, ∞) = FX (x) FX,Y (∞, y) = FY (y). 1 2 3 4 Probabilidade & Variáveis Aleatórias Distribuição Conjunta e suas Propriedades Propriedades da Distribuição Conjunta Propriedades As primeiras cinco propriedades são apenas extensões bidimensionais das probabilidades de uma variável aleatória unidimensional, previamente vistas. As propriedades 1, 2 e 5 podem ser usadas como teste para determinar se uma determinada função é uma função de distribuição conjunta válida para duas variáveis aleatórias X e Y. Iremos tratar da propriedade 6 com mais detalhes a seguir. Probabilidade & Variáveis Aleatórias Distribuição Conjunta e suas Propriedades Propriedades da Distribuição Conjunta Funções de Distribuição Marginal A propriedade (6) preconiza que a função de distribuição de uma variável aleatória pode ser obtida por meio da “atribuição” de um valor infinito à outra variável em FX,Y (x, y). As funções FX (x) e FY (y) obtidas deste modo são chamadas de funções marginais de distribuição. Para justificar a propriedade (6), é fácil retornar aos eventos básicos A e B, definidos por A = {X ≤ x} e B = {Y ≤ y}, e observar que FX,Y (x, y) = P{X ≤ x, Y ≤ y} = P(A ∩ B). Agora, se impusermos a condição y → ∞, isto se torna equivalente a tornar B um evento cuja ocorrência é certa; ou seja, B = {Y ≤ ∞} = S. Adicionalmente, como A ∩ B = A ∩ S = A, então nós temos FX,Y (x, ∞) = P(A ∩ S) = P(A) = P{X ≤ x} = FX (x). Uma prova similar pode ser efetuada, de modo a se obter FY (y). Probabilidade & Variáveis Aleatórias Distribuição Conjunta e suas Propriedades Propriedades da Distribuição Conjunta Exemplo Enunciado Seja a seguinte função de distribuição conjunta: FX,Y (x, y) = P(1, 1)u(x − 1)u(y − 1) + P(2, 1)u(x − 2)u(y − 1) +P(3, 3)u(x − 3)u(y − 3), onde P(1, 1) = 0.2, P(2, 1) = 0.3 e P(3, 3) = 0.5. Encontre as distribuições marginais FX (x) e FY (y). Probabilidade & Variáveis Aleatórias Distribuição Conjunta e suas Propriedades Propriedades da Distribuição Conjunta Exemplo Resolução Se impusermos y → ∞: FX (x) = FX,Y (x, ∞) Probabilidade & Variáveis Aleatórias Distribuição Conjunta e suas Propriedades Propriedades da Distribuição Conjunta Exemplo Resolução Se impusermos y → ∞: FX (x) = FX,Y (x, ∞) = P(1, 1)u(x − 1) + P(2, 1)u(x − 2) + P(3, 3)u(x − 3) Probabilidade & Variáveis Aleatórias Distribuição Conjunta e suas Propriedades Propriedades da Distribuição Conjunta Exemplo Resolução Se impusermos y → ∞: FX (x) = FX,Y (x, ∞) = P(1, 1)u(x − 1) + P(2, 1)u(x − 2) + P(3, 3)u(x − 3) = 0.2u(x − 1) + 0.3u(x − 2) + 0.5u(x − 3) Probabilidade & Variáveis Aleatórias Distribuição Conjunta e suas Propriedades Propriedades da Distribuição Conjunta Exemplo Resolução Se impusermos y → ∞: FX (x) = FX,Y (x, ∞) = P(1, 1)u(x − 1) + P(2, 1)u(x − 2) + P(3, 3)u(x − 3) = 0.2u(x − 1) + 0.3u(x − 2) + 0.5u(x − 3) Usando o mesmo raciocı́nio para encontrar FY (y), temos: Fy (y) = FX,Y (∞, y) = 0.5u(y − 1) + 0.5u(y − 3). Probabilidade & Variáveis Aleatórias Distribuição Conjunta e suas Propriedades Propriedades da Distribuição Conjunta Generalização Para uma função de distribuição conjunta de dimensão N, podemos obter uma função marginal de distribuição de dimensão k, para qualquer grupo selecionado de k das N variáveis aleatórias, arbitrando como infinitos os valores das demais N − k variáveis aleatórias. Aqui, k pode ser qualquer inteiro 1, 2, 3, . . . , N − 1. Probabilidade & Variáveis Aleatórias Função Densidade de Probabilidade Conjunta e suas Propriedades Table of Contents 1 Introdução 2 Variáveis Aleatórias Vetoriais 3 Distribuição Conjunta e suas Propriedades 4 Função Densidade de Probabilidade Conjunta e suas Propriedades 5 Independência Estatı́stica 6 Introdução 7 Valor Esperado de uma Função de Variáveis Aleatórias Probabilidade & Variáveis Aleatórias Função Densidade de Probabilidade Conjunta e suas Propriedades Função Densidade de Probabilidade Conjunta Para duas variáveis aleatórias X e Y, a função densidade de probabilidade conjunta, denotada por fX,Y (x, y), é definida pela segunda derivada da função de distribuição conjunta, onde quer que tal derivada exista: fX,Y (x, y) = ∂2 FX,Y (x, y) . ∂x∂y Iremos frequentemente nos referir a fX,Y (x, y) como a função de densidade conjunta. Probabilidade & Variáveis Aleatórias Função Densidade de Probabilidade Conjunta e suas Propriedades Função Densidade de Probabilidade Conjunta Se X e Y são variáveis aleatórias discretas, FX,Y (x, y) irá possuir descontinuidades do tipo degrau. Derivadas nestas descontinuidades não são, em geral, definidas. Entretando, admitindo-se funções impulsos, é possı́vel definir fX,Y (x, y) nestes pontos. Então, a função conjunta de densidade pode ser encontrada, para duas variáveis aleatórias discretas quaisquer, por meio de: fX,Y (x, y) = N X M X n=1 m=1 P(xn , ym )δ(x − xn )δ(y − yn ). Probabilidade & Variáveis Aleatórias Função Densidade de Probabilidade Conjunta e suas Propriedades Função Densidade de Probabilidade Conjunta Quando N variáveis aleatórias X1 , X2 , X3 , . . . , XN estão envolvidas, a função de densidade conjunta se torna a derivada parcial de N-ésima ordem da função de distribuição de dimensão N: fX1 ,X2 ,...,XN (x1 , x2 , . . . , xN ) = ∂N FX1 ,X2 ,...,XN (x1 , x2 , . . . , xN ) . ∂x1 ∂x2 . . . ∂xN Probabilidade & Variáveis Aleatórias Função Densidade de Probabilidade Conjunta e suas Propriedades Função Densidade de Probabilidade Conjunta Quando N variáveis aleatórias X1 , X2 , X3 , . . . , XN estão envolvidas, a função de densidade conjunta se torna a derivada parcial de N-ésima ordem da função de distribuição de dimensão N: fX1 ,X2 ,...,XN (x1 , x2 , . . . , xN ) = ∂N FX1 ,X2 ,...,XN (x1 , x2 , . . . , xN ) . ∂x1 ∂x2 . . . ∂xN Por integração direta, este resultado é equivalente a: Z xN Z x2 Z x1 FX1 ,X2 ,...,XN (x1 , x2 , . . . , xN ) = ... fX1 ,X2 ,...,XN (ξ1 , ξ2 , . . . , ξN ) −∞ −∞ −∞ Probabilidade & Variáveis Aleatórias Função Densidade de Probabilidade Conjunta e suas Propriedades Função Densidade de Probabilidade Conjunta Propriedades 1 fX,Y (x, y) ≥ 0 Probabilidade & Variáveis Aleatórias Função Densidade de Probabilidade Conjunta e suas Propriedades Função Densidade de Probabilidade Conjunta Propriedades fX,Y (x, y) ≥ 0 R∞ R∞ f (x, y)dxdy = 1 2 −∞ −∞ X,Y 1 Probabilidade & Variáveis Aleatórias Função Densidade de Probabilidade Conjunta e suas Propriedades Função Densidade de Probabilidade Conjunta Propriedades fX,Y (x, y) ≥ 0 R∞ R∞ f (x, y)dxdy = 1 2 −∞ −∞ X,Y Ry Rx 3 FX,Y (x, y) = f (ξ , ξ )dξ1 dξ2 −∞ −∞ X,Y 1 2 1 Probabilidade & Variáveis Aleatórias Função Densidade de Probabilidade Conjunta e suas Propriedades Função Densidade de Probabilidade Conjunta Propriedades fX,Y (x, y) ≥ 0 R∞ R∞ f (x, y)dxdy = 1 2 −∞ −∞ X,Y Ry Rx 3 FX,Y (x, y) = f (ξ , ξ )dξ1 dξ2 −∞ −∞ X,Y 1 2 R x+ R ∞ 4 FX (x) = f (ξ , ξ )dξ2 dξ1 −∞ X,Y 1 2 R−∞ y+ R ∞ FY (y) = −∞ −∞ fX,Y (ξ1 , ξ2 )dξ1 dξ2 1 Probabilidade & Variáveis Aleatórias Função Densidade de Probabilidade Conjunta e suas Propriedades Função Densidade de Probabilidade Conjunta Propriedades fX,Y (x, y) ≥ 0 R∞ R∞ f (x, y)dxdy = 1 2 −∞ −∞ X,Y Ry Rx 3 FX,Y (x, y) = f (ξ , ξ )dξ1 dξ2 −∞ −∞ X,Y 1 2 R x+ R ∞ 4 FX (x) = f (ξ , ξ )dξ2 dξ1 −∞ X,Y 1 2 R−∞ y+ R ∞ FY (y) = −∞ −∞ fX,Y (ξ1 , ξ2 )dξ1 dξ2 R y2 R x2 f (x, y)dxdy 5 P{x1 < X ≤ x2 , y1 < Y ≤ y2 } = y x X,Y 1 1 1 Probabilidade & Variáveis Aleatórias Função Densidade de Probabilidade Conjunta e suas Propriedades Função Densidade de Probabilidade Conjunta Propriedades fX,Y (x, y) ≥ 0 R∞ R∞ f (x, y)dxdy = 1 2 −∞ −∞ X,Y Ry Rx 3 FX,Y (x, y) = f (ξ , ξ )dξ1 dξ2 −∞ −∞ X,Y 1 2 R x+ R ∞ 4 FX (x) = f (ξ , ξ )dξ2 dξ1 −∞ X,Y 1 2 R−∞ y+ R ∞ FY (y) = −∞ −∞ fX,Y (ξ1 , ξ2 )dξ1 dξ2 R y2 R x2 f (x, y)dxdy 5 P{x1 < X ≤ x2 , y1 < Y ≤ y2 } = y1 x1 X,Y R∞ fX,Y (x, y)dy 6 fX (x) = R−∞ ∞ fY (y) = −∞ fX,Y (x, y)dx 1 Probabilidade & Variáveis Aleatórias Função Densidade de Probabilidade Conjunta e suas Propriedades Função Densidade de Probabilidade Conjunta As propriedades 1 e 2 podem ser usadas como teste suficiente para determinar se uma dada função pode ser uma função de densidade conjunta válida. Ambos os testes devem ser satisfeitos. Probabilidade & Variáveis Aleatórias Função Densidade de Probabilidade Conjunta e suas Propriedades Função Densidade de Probabilidade Conjunta Exemplo Enunciado Suponha que b é uma constante positiva. Seja a seguinte função: ( −x be cos(y), 0 ≤ x ≤ 2 e 0 ≤ y ≤ π/2 g(x, y) = 0, no resto Verifique se a função acima é ou não uma função de densidade válida. Probabilidade & Variáveis Aleatórias Função Densidade de Probabilidade Conjunta e suas Propriedades Função Densidade de Probabilidade Conjunta Exemplo Resolução Para os valores permitidos de x e y, a função é não negativa e satisfaz a propriedade 1. Probabilidade & Variáveis Aleatórias Função Densidade de Probabilidade Conjunta e suas Propriedades Função Densidade de Probabilidade Conjunta Exemplo Resolução Para os valores permitidos de x e y, a função é não negativa e satisfaz a propriedade 1. O teste final deve ser feito, então, pela propriedade 2: Z π/2 Z 2 be cos(y)dxdy = b 0 0 Z π/2 Z 2 −x −x e dx 0 0 cos(y)dy = b 1 − e−2 Probabilidade & Variáveis Aleatórias Função Densidade de Probabilidade Conjunta e suas Propriedades Função Densidade de Probabilidade Conjunta Exemplo Resolução Para os valores permitidos de x e y, a função é não negativa e satisfaz a propriedade 1. O teste final deve ser feito, então, pela propriedade 2: Z π/2 Z 2 be cos(y)dxdy = b 0 0 Z π/2 Z 2 −x −x e dx 0 cos(y)dy = b 1 − e−2 0 Logo, para que a função seja válida é necessário que b seja igual a 1−e1 −2 . Probabilidade & Variáveis Aleatórias Função Densidade de Probabilidade Conjunta e suas Propriedades Funções de Densidade Marginais As funções fX (x) e fY (y) da propriedade 6 são chamadas de funções marginais de densidade de probabilidade. Elas são as funções de densidade das variáveis aleatórias unidimensionais X e Y e são definidas como as derivadas das funções marginais de distribuição, da seguinte forma: fX (x) = dFX (x) . dx fY (y) = dFY (y) . dy Probabilidade & Variáveis Aleatórias Função Densidade de Probabilidade Conjunta e suas Propriedades Exemplo Enunciado Seja a seguinte função de densidade conjunta: fX,Y (x, y) = u(x)u(y)xe−x(y+1) Encontre fX (x) e fY (y). Probabilidade & Variáveis Aleatórias Função Densidade de Probabilidade Conjunta e suas Propriedades Exemplo Resolução: fX (x) = Z ∞ −x(y+1) u(x)xe dy = u(x)xe Z ∞ e−xy dy −x 0 0 = u(x)xe (1/x) = u(x)e −x −x Probabilidade & Variáveis Aleatórias Função Densidade de Probabilidade Conjunta e suas Propriedades Exemplo Resolução: fX (x) = Z ∞ −x(y+1) u(x)xe dy = u(x)xe Z ∞ e−xy dy −x 0 0 = u(x)xe (1/x) = u(x)e −x fY (y) = Z ∞ 0 u(y)xe−x(y+1) dx = −x u(y) (y + 1)2 Probabilidade & Variáveis Aleatórias Função Densidade de Probabilidade Conjunta e suas Propriedades Funções de Densidade Marginais Para N variáveis aleatórias X1 , X2 , . . . , XN , a função de densidade marginal de dimensão k é definida como a derivada parcial de ordem k da função de distribuição marginal de dimensão k. Ela também pode ser encontrada por meio da função densidade conjunta por meio da integração de todas as variáveis, exceto as k variáveis de interesse X1 , X2 , . . . , Xk : fX1 ,X2 ,...,Xk (x1 , x2 , . . . , xk ) = Z ∞ −∞ ... Z ∞ −∞ fX1 ,X2 ,...,XN (x1 , x2 , . . . , xN ) dxk+1 dxk+2 . . . dxN . Probabilidade & Variáveis Aleatórias Independência Estatı́stica Table of Contents 1 Introdução 2 Variáveis Aleatórias Vetoriais 3 Distribuição Conjunta e suas Propriedades 4 Função Densidade de Probabilidade Conjunta e suas Propriedades 5 Independência Estatı́stica 6 Introdução 7 Valor Esperado de uma Função de Variáveis Aleatórias Probabilidade & Variáveis Aleatórias Independência Estatı́stica Independência Estatı́stica Relembremos que dois eventos A e B são estatisticamente independentes se, e somente se P(A ∩ B) = P(A)P(B) Esta condição pode ser aplicada em duas variáveis aleatórias X e Y por meio da definição dos eventos A = {X ≤ x} e B = {Y ≤ y} para dois números reais x e y. Então, X e Y são ditas variáveis aleatórias estatisticamente independentes se, e somente se P{X ≤ x, Y ≤ y} = P{X ≤ x}P{Y ≤ y}. A partir desta expressão e das definições de funções de densidade, segue-se que FX,Y (x, y) = FX (x)FY (y), se X e Y são independentes. (1) Probabilidade & Variáveis Aleatórias Independência Estatı́stica Independência Estatı́stica A partir das definições de funções de densidade, a partir de (1) pode-se concluir que: fX,Y (x, y) = fX (x)fY (y), (2) por derivação, caso X e Y sejam independentes. Tanto (1) quanto (2) podem servir como uma definição suficiente, ou mesmo para um teste, de independência entre duas variáveis aleatórias. Probabilidade & Variáveis Aleatórias Independência Estatı́stica Independência Estatı́stica Um caso particular da função de distribuição condicional para eventos independentes pode ser escrito como: FX (x|Y ≤ y) = P{X ≤ x, Y ≤ y} FX,Y (x, y) = P{Y ≤ y} FY (y) Sendo X e Y independentes, a equação acima pode ser simplificada para: FX (x|Y ≤ y) = FX (x). Em outras palavras, a distribuição condicional deixa de ser condicional e simplesmente se equivale à distribuição marginal para variáveis aleatórias independentes. Probabilidade & Variáveis Aleatórias Independência Estatı́stica Independência Estatı́stica Pode também ser demonstrado que: FY (y|X ≤ x) = FY (y). Funções de densidade condicionais, para variáveis aleatórias independentes X e Y, podem ser encontradas via: fX (x|Y ≤ y) = fX (x) fY (y|X ≤ x) = fY (y) Probabilidade & Variáveis Aleatórias Independência Estatı́stica Independência Estatı́stica Exemplo Para a função de densidade: f (x, y) = u(x)u(y)xe−x(y+1) , temos que: fX,Y (x, y) = u(x)u(y)xe−x(y+1) fX (x)fY (y) = u(x)u(y) e−x (y + 1)2 , fX,Y (x, y). Logo, tais variáveis aleatórias não são estatisticamente independentes. Probabilidade & Variáveis Aleatórias Independência Estatı́stica Independência Estatı́stica Exemplo A função de densidade conjunta das variáveis aleatórias X e Y é dada por: 1 fX,Y (x, y) = u(x)u(y)e−(x/4)−(y/3) . 12 Seriam tais variáveis estatisticamente independentes? Probabilidade & Variáveis Aleatórias Independência Estatı́stica Independência Estatı́stica Exemplo A função de densidade conjunta das variáveis aleatórias X e Y é dada por: 1 fX,Y (x, y) = u(x)u(y)e−(x/4)−(y/3) . 12 Seriam tais variáveis estatisticamente independentes? Determinemos as distribuições marginais: Z ∞ fX (x) = (1/12)u(x)e−x/4 e−y/3 dy = (1/4)u(x)e−x/4 0 fY (y) = Z ∞ (1/12)u(y)e−x/4 e−y/3 dy = (1/3)u(y)e−y/3 0 Como fX (x)fY (y) = fX,Y (x, y), então X e Y são independentes. Probabilidade & Variáveis Aleatórias Introdução Table of Contents 1 Introdução 2 Variáveis Aleatórias Vetoriais 3 Distribuição Conjunta e suas Propriedades 4 Função Densidade de Probabilidade Conjunta e suas Propriedades 5 Independência Estatı́stica 6 Introdução 7 Valor Esperado de uma Função de Variáveis Aleatórias Probabilidade & Variáveis Aleatórias Introdução Introdução Após o estabelecimento da teoria básica de variáveis aleatórias multidimensionais, torna-se apropriada, para contemplá-las, a extensão das operações descritas no Cap. 3. Este capı́tulo é dedicado a tais extensões. Em especial, o conceito de valor esperado é ampliado, de sorte a contemplar variáveis aleatórias multidimensionais. Outras operações, como as que envolvem o cálculo de momentos, funções caracterı́sticas e transformações são, todas, casos especiais do valor esperado. Probabilidade & Variáveis Aleatórias Valor Esperado de uma Função de Variáveis Aleatórias Table of Contents 1 Introdução 2 Variáveis Aleatórias Vetoriais 3 Distribuição Conjunta e suas Propriedades 4 Função Densidade de Probabilidade Conjunta e suas Propriedades 5 Independência Estatı́stica 6 Introdução 7 Valor Esperado de uma Função de Variáveis Aleatórias Probabilidade & Variáveis Aleatórias Valor Esperado de uma Função de Variáveis Aleatórias Fórmula Quando mais do que uma variável aleatória encontra-se envolvida, o valor esperado deve ser calculado com relação a todas as variáveis aleatórias. Por exemplo, se g(X, Y) é uma função de duas variáveis aleatórias X e Y, o valor esperado de g(·, ·) é dado por: Z ∞Z ∞ ḡ = E g(X, Y) = g(x, y)fX,Y (x, y)dxdy. (3) −∞ −∞ Para N variáveis aleatórias X1 , X2 , . . . , XN e uma dada função destas variáveis - denotada por g(X1 , X2 , . . . , XN ) - o valor esperado da função torna-se: ḡ = E g (X1 , X2 , . . . , XN ) = Z ∞ Z ∞ ... g(x1 , . . . , xN )fX1 ,...,XN (x1 , . . . , xN )dx1 . . . dxN . −∞ −∞ Probabilidade & Variáveis Aleatórias Valor Esperado de uma Função de Variáveis Aleatórias Considerações Adicionais Logo, em geral o cálculo do valor esperado envolve uma integração múltipla de ordem N quando N variáveis aleatórias encontram-se envolvidas. Deve estar claro para o leitor que o valor esperado da soma de funções equivale à soma dos valores esperados das funções individuais. Probabilidade & Variáveis Aleatórias Valor Esperado de uma Função de Variáveis Aleatórias Exemplo Enunciado Sejam N variáveis aleatórias X1 , X2 , . . . , XN , cujas médias são E [Xi ], para i ∈ {1, 2, . . . , N}. P Caso g (X1 , . . . , XN ) = Ni=1 αi Xi , onde os pesos αi (para i ∈ {1, 2, . . . , N}) são constantes, calcule o valor esperado de g (X1 , . . . , XN ). Probabilidade & Variáveis Aleatórias Valor Esperado de uma Função de Variáveis Aleatórias Exemplo Resolução N X E g (X1 , . . . , XN ) = E αi Xi i=1 Probabilidade & Variáveis Aleatórias Valor Esperado de uma Função de Variáveis Aleatórias Exemplo Resolução N X E g (X1 , . . . , XN ) = E αi Xi i=1 = N Z ∞ X i=1 −∞ ... Z ∞ −∞ αi xi fX1 ,...,XN (x1 , . . . , xN ) dx1 . . . dxN Probabilidade & Variáveis Aleatórias Valor Esperado de uma Função de Variáveis Aleatórias Exemplo Resolução N X E g (X1 , . . . , XN ) = E αi Xi i=1 = N Z ∞ X ... −∞ i=1 = Z ∞ −∞ Z ∞ αi xi fX1 ,...,XN (x1 , . . . , xN ) dx1 . . . dxN −∞ αi xi fXi (xi ) dxi = E [αi Xi ] = αi E [Xi ] Probabilidade & Variáveis Aleatórias Valor Esperado de uma Função de Variáveis Aleatórias Exemplo Resolução N X E g (X1 , . . . , XN ) = E αi Xi i=1 = N Z ∞ X ... −∞ i=1 = Z ∞ Z ∞ αi xi fX1 ,...,XN (x1 , . . . , xN ) dx1 . . . dxN −∞ αi xi fXi (xi ) dxi = E [αi Xi ] = αi E [Xi ] −∞ De modo que: N N X X E αi Xi = αi E [Xi ] i=1 i=1 Probabilidade & Variáveis Aleatórias Valor Esperado de uma Função de Variáveis Aleatórias Considerações Adicionais As fórmulas dos valores esperados para variáveis aleatórias multidimensionais não invalidam quaisquer resultados relativos a variáveis aleatórias unidimensionais. Por exemplo, seja g (X1 , . . . , XN ) = g (X1 ). Usando a definição de valor esperado para variáveis aleatórias multidimensionais e integrando com relação a todas as demais variáveis aleatórias (exceto X1 ), temos: Z ∞ g(x1 )fX1 (x1 )dx1 . ḡ = E g (X1 ) = −∞ Probabilidade & Variáveis Aleatórias Valor Esperado de uma Função de Variáveis Aleatórias Momentos Conjuntos em Torno da Origem Definição Os momentos conjuntos em torno da origem são denotados por mnk , e definidos por: h i Z ∞Z ∞ xn yk fX,Y (x, y)dxdy, mnk = E X n Y k = −∞ −∞ para o caso de duas variáveis aleatórias X e Y. Claramente, mn0 = E [Xh n ] iexpressa os momentos mn de X, enquanto que m0k = E Y k denotam os momentos de Y. A soma n + k é chamada a ordem dos momentos. Logo, m02 , m20 e m11 são, todos, momentos de segunda ordem de X e Y. Probabilidade & Variáveis Aleatórias Valor Esperado de uma Função de Variáveis Aleatórias Momentos Conjuntos em Torno da Origem Considerações Adicionais Os momentos de primeira ordem m01 = E[Y] = Ȳ e m10 = E[X] = X̄ são os valores esperados de Y e de X, respectivamente, sendo as coordenadas do “centro de gravidade” da função fX,Y (x, y). O momento de segunda ordem m11 = E [XY] é conhecido como correlação entre X e Y. A correlação é tão importante que destinamos a ela o sı́mbolo RXY . Logo: Z ∞Z ∞ RXY = m11 = E[XY] = xyfX,Y (x, y)dxdy. (4) −∞ −∞ Caso a correlação possa ser escrita na forma RXY = E[X]E[Y], então as variáveis aleatórias X e Y são ditas descorrelacionadas. Probabilidade & Variáveis Aleatórias Valor Esperado de uma Função de Variáveis Aleatórias Momentos Conjuntos em Torno da Origem Independência Estatı́stica × Descorrelação A independência estatı́stica entre X e Y é suficiente para que se garanta a descorrelação entre tais variáveis aleatórias. O inverso, porém, não é verdadeiro. Ou seja, duas variáveis aleatórias descorrelacionadas não são, necessariamente, estatisticamente independentes. Caso RXY = 0, as variáveis aleatórias X e Y são ortogonais. Probabilidade & Variáveis Aleatórias Valor Esperado de uma Função de Variáveis Aleatórias Momentos Conjuntos em Torno da Origem Correlação Exemplo Seja X uma variável aleatória que possui média X̄ = E[X] = 3 e variância σ2X = 2. Logo, podemos facilmente determinar o segundo momento com relação à origem: E[X 2 ] = m20 = σ2X + X̄ 2 = 11. Então, seja outra variável aleatória Y, definida como: Y = −6X + 22. O valor médio de Y é Ȳ = E[Y] = E[−6X + 22] = −6X̄ + 22 = 4. Probabilidade & Variáveis Aleatórias Valor Esperado de uma Função de Variáveis Aleatórias Momentos Conjuntos em Torno da Origem Correlação Exemplo - continuação A correlação entre X e Y é obtida a partir de (4): RXY = m11 = E[XY] = E[−6X 2 + 22X] = −6E[X 2 ] + 22X̄ = −6(11) + 22(3) = 0. Como RXY = 0, X e Y são ortogonais entre si. Por outro lado, RXY , E[X]E[Y] = 12, de modo que X e Y não são descorrelacionadas. Probabilidade & Variáveis Aleatórias Valor Esperado de uma Função de Variáveis Aleatórias Momentos Conjuntos em Torno da Origem Ortogonalidade e descorrelação Cabe ressaltar que duas variáveis aleatórias podem ser ortogonais entre si mesmo quando uma delas (Y) é relacionada à outra (X), pela função linear Y = aX + b. Pode ser mostrado que X e Y são sempre correlacionadas se |a| , 0, independentemente do valor de b. Elas são descorrelacionadas se a = 0, porém este não é um caso de interesse prático. A ortogonalidade entre X e Y, por sua h vez, i pode ocorrer quando a e b são relacionadas por b = −aE X 2 /E [X], sempre que E[X] , 0. Se E[X] = 0, X e Y não podem ser ortogonais entre si para nenhum valor de a (exceto a = 0), um problema de pouco interesse. O leitor deve conferir tais afirmações, como um exercı́cio. Probabilidade & Variáveis Aleatórias Valor Esperado de uma Função de Variáveis Aleatórias Momentos Conjuntos em Torno da Origem Momentos Conjuntos Centrais Uma outra aplicação importante da Eq. (3) reside na definição de momentos conjuntos centrais. Para duas variáveis X e Y, tais momentos, denotados por µnk , são dados por: µnk = E[(X − X̄)n (Y − Ȳ)k ] Z ∞Z ∞ n k x − X̄ y − Ȳ fX,Y (x, y)dxdy. = −∞ −∞ Os momentos centrais de segunda ordem: 2 µ20 = E X − X̄ = σ2X , 2 µ02 = E Y − Ȳ = σ2Y , são exatamente as variâncias de X e Y. Probabilidade & Variáveis Aleatórias Valor Esperado de uma Função de Variáveis Aleatórias Momentos Conjuntos em Torno da Origem Momentos Conjuntos Centrais O momento conjunto de segunda ordem µ11 é muito importante. Ele é conhecido como covariância de X e Y, a qual é denotada pelo sı́mbolo CXY . Daı́: h i CXY = µ11 = E X − X̄ Y − Ȳ Z ∞Z ∞ x − X̄ y − Ȳ fX,Y (x, y)dxdy. = −∞ −∞ A expansão do produto x − X̄ y − Ȳ , esta integral se reduz à forma: CXY = RXY − X̄ Ȳ = RXY − E [X] E [Y] . Se X e Y são independentes ou descorrelacionadas, então sua covariância CXY é zero. Se X e Y são variáveis aleatórias ortogonais, então CXY = −E[X]E[Y]. Probabilidade & Variáveis Aleatórias Valor Esperado de uma Função de Variáveis Aleatórias Momentos Conjuntos em Torno da Origem Momentos Conjuntos Centrais O momento normalizado de segunda ordem: √ ρ = µ11 / µ20 µ02 = CXY /(σX σY ), dado por: X − X̄ Y − Ȳ , ρ = E σX σY é conhecido como coeficiente de correlação entre X e Y. Pode ser mostrado que: −1 ≤ ρ ≤ 1. Probabilidade & Variáveis Aleatórias Valor Esperado de uma Função de Variáveis Aleatórias Momentos Conjuntos em Torno da Origem Momento Central Conjunto Para N variáveis aleatórias X1 , X2 , . . . , XN , o momento centro conjunto de ordem (n1 + n2 + . . . + nN ) é definido como: h n1 n2 nN i µn1 n2 ...nN = E X1 − X̄1 X2 − X̄2 . . . XN − X̄N = Z ∞ −∞ ... Z ∞ n1 nN x1 − X̄1 . . . xN − X̄N fX1 ,...,XN (x1 , . . . , xN )dx1 . . . dxn −∞ Probabilidade & Variáveis Aleatórias Valor Esperado de uma Função de Variáveis Aleatórias Momentos Conjuntos em Torno da Origem Covariância Exemplo Seja X uma soma ponderada de N variáveis aleatórias Xi : X= N X αi Xi , i=1 onde αi assume valores reais. Encontremos a variância de X. Para começar: E [X] = N X i=1 αi E [Xi ] = N X i=1 αi X̄i = X̄. Probabilidade & Variáveis Aleatórias Valor Esperado de uma Função de Variáveis Aleatórias Momentos Conjuntos em Torno da Origem Covariância Exemplo De modo que temos: X − X̄ = N X αi Xi − X̄i . i=1 e σ2X = E X − X̄ 2 N N X X = E αi Xi − X̄i αj Xj − X̄j i=1 = N X N X i=1 j=1 j=1 N X N h i X αi αj E Xi − X̄i Xj − X̄j = αi αj CXi Xj . i=1 j=1 Probabilidade & Variáveis Aleatórias Valor Esperado de uma Função de Variáveis Aleatórias Momentos Conjuntos em Torno da Origem Covariância Exemplo Logo, a variância de uma soma ponderada de N variáveis aleatórias Xi (cujos pesos são αi ) é igual à soma pondera de todas as suas covariâncias CXi Xj (com pesos αi αj ). Para o caso especial de variáveis aleatórias descorrelacionadas, onde ( 0, i , j CXi Xj = σ2Xi , i = j é verdadeiro, nós temos: σ2X = N X i=1 α2i σ2Xi . Probabilidade & Variáveis Aleatórias Variáveis Aleatórias Conjuntamente Gaussianas Table of Contents 1 Introdução 2 Variáveis Aleatórias Vetoriais 3 Distribuição Conjunta e suas Propriedades 4 Função Densidade de Probabilidade Conjunta e suas Propriedades 5 Independência Estatı́stica 6 Introdução 7 Valor Esperado de uma Função de Variáveis Aleatórias Probabilidade & Variáveis Aleatórias Variáveis Aleatórias Conjuntamente Gaussianas Introdução Variáveis aleatórias gaussianas são muito importantes porque surgem em praticamente qualquer área da ciência e da engenharia. Nesta seção, o caso de duas variáveis aleatórias gaussianas é examinado em primeiro lugar. Posteriormente, o caso mais geral é introduzido. Probabilidade & Variáveis Aleatórias Variáveis Aleatórias Conjuntamente Gaussianas Duas Variáveis Aleatórias Duas variáveis aleatórias X e Y são conhecidas como conjuntamente gaussianas se sua função densidade de probabilidade conjunta é expressa na forma: fX,Y (x, y) = 1 p 2πσX σY 1 − ρ2 " .e (x−X)2 2ρ(x−X)(y−Y) (y−Y)2 −1 − σ σ + 2 2(1−ρ2 ) X Y σ2 σ X Y a qual é por vezes chamada de densidade gaussiana bidimensional. # , Probabilidade & Variáveis Aleatórias Variáveis Aleatórias Conjuntamente Gaussianas Duas Variáveis Aleatórias Aqui, temos que: X = E[X] Y = E[Y] h i σ2X = E (X − X)2 h i σ2Y = E (Y − Y)2 i h E (X−X)(Y−Y) ρ= σX σY Probabilidade & Variáveis Aleatórias Estimação Table of Contents 1 Introdução 2 Variáveis Aleatórias Vetoriais 3 Distribuição Conjunta e suas Propriedades 4 Função Densidade de Probabilidade Conjunta e suas Propriedades 5 Independência Estatı́stica 6 Introdução 7 Valor Esperado de uma Função de Variáveis Aleatórias Probabilidade & Variáveis Aleatórias Estimação Estimação Engenheiros e cientistas são frequentemente confrontados com o problema de medir uma determinada grandeza. Por exemplo, se nós precisamos medir uma tensão DC, usamos um voltı́metro DC, o qual nos provê uma determinada indicação da tensão. Independentemente do mecanismo usado pelo voltı́metro para gerar sua indicação, uma pessoa usualmente lê a medição para obter um valor, o qual nós dizemos que é a medida da tensão. Em outras palavras, nós amostramos a medição para obter nossa medida. Probabilidade & Variáveis Aleatórias Estimação Estimação Tal medida pode apenas ser considerada como uma estimativa da tensão, devido a flutuações do voltı́metro, tolerâncias, etc. De fato, qualquer medida pode apenas ser considerada como uma estimativa da grandeza de interesse. Em nosso exemplo, nossa estimativa usa apenas uma amostra. Em termos mais gerais, podemos estimar (medir) uma grandeza usando mais do que uma amostra (observação). Probabilidade & Variáveis Aleatórias Estimação Estimação Para esclarecer melhor tal linha de raciocı́nio, considere o problema de medir o valor médio (DC) de alguma tensão ruidosa aleatória. Se nós temos um grande número de amostras desta tensão ruidosa, oriundas de N fontes idênticas, podemos pensar em agregá-las, de modo a formar uma estimativa da tensão DC por meio da média destas amostras. Para N fontes, cada amostra pode ser considerada um valor de uma de N variáveis aleatórias, o que forma as N dimensões de um experimento combinado. Aqui, amostras de cada um dos N subexperimentos são combinados. Probabilidade & Variáveis Aleatórias Estimação Estimação No mundo real nós usualmente devemos adotar outra abordagem porque jamais temos fontes idênticas múltiplas com as quais trabalhar. Procuremos outro modelo. Suponha que obtemos uma sequência de N amostras ao longo do tempo, sob a assunção (modelo) de que as propriedades estatı́sticas da tensão se mantém inalteradas ao longo do tempo. Novamente, cada amostra é entendida como o valor de uma de N variáveis aleatórias estatisticamente independentes, todas apresentado a mesma distribuição de probabilidade. Novamente, nós temos novamente um experimento combinado, porém agora trata-se de N repetições de um experimento básico. Probabilidade & Variáveis Aleatórias Estimação Estimação da Média, da Potência e da Variância Estimação da Média Independentemente da abordagem utilizada, as N amostras xn representam valores de variáveis aleatórias identicamente distribuı́das Xn , n = 1, 2, . . . , N. Assuma que as variáveis aleatórias Xn são independentes ao menos por pares; elas apresentam o mesmo valor médio X̄ e variância σ2X devido ao fato de apresentarem distribuições idênticas. Probabilidade & Variáveis Aleatórias Estimação Estimação da Média, da Potência e da Variância Estimação da Média Como desejamos estimar (medir) a média da tensão ruidosa, a intuição indica que devemos formar a média dos valores das amostras, como se segue: N x̄ˆ N = estimativa da média de N amostras = 1X xn . N n=1 (5) A Eq. (5) é uma função do conjunto de amostras especı́ficas {xn }; ela fornece um número que denominamos uma estimativa ou medida da média das variáveis aleatórias. Outro conjunto especı́fico de amostras produziria um número diferente x̄ˆ N . Probabilidade & Variáveis Aleatórias Estimação Estimação da Média, da Potência e da Variância Estimação da Média Quando todos os conjuntos amostrais são considerados, podemos formar a função N X ˆX̄ = 1 Xn (6) N N n=1 para representar o efeito da média efetuada em variáveis aleatórias. A Eq. (6) é um caso particular de um estimador; ela gera uma estimativa especı́fica X̄ para um conjunto especı́fico de amostras. Nos referimos à Eq. (6) como a média amostral. Probabilidade & Variáveis Aleatórias Estimação Estimação da Média, da Potência e da Variância Estimação da Média Uma pergunta de grande interesse é: qual é o desempenho de nosso estimador da média amostral? Para uma resposta, comecemos por estimar a média e a variância do nosso estimador: N N 1 X 1 X h i ˆ E X̄N = E Xn = E [Xn ] = X̄, N n=1 N n=1 para todo N. Qualquer estimador (função de medida) cuja média esperada coincida com a grandeza sendo estimada é chamada de não enviesada (unbiased). Probabilidade & Variáveis Aleatórias Exercı́cios Table of Contents 1 Introdução 2 Variáveis Aleatórias Vetoriais 3 Distribuição Conjunta e suas Propriedades 4 Função Densidade de Probabilidade Conjunta e suas Propriedades 5 Independência Estatı́stica 6 Introdução 7 Valor Esperado de uma Função de Variáveis Aleatórias Probabilidade & Variáveis Aleatórias Exercı́cios Exercı́cio 1 Enunciado Encontre a pdf da soma de X e de Y se ambas as variáveis aleatórias são independentes com a mesma pdf: ( 1 , 0<u<4 fX (u) = fY (u) = 4 0, caso contrário Probabilidade & Variáveis Aleatórias Exercı́cios Exercı́cio 1 Solução R∞ Temos que fS (s) = −∞ fX (s − y)fY (y)dy (veja figura abaixo) Convolução das pdfs (a) 0 ≤ s ≤ 4 e (b) 4 < s < 8. Probabilidade & Variáveis Aleatórias Exercı́cios Exercı́cio 1 Solução Para 0 ≤ s ≤ 4: Z s fS (s) 1 s dy = 16 0 16 Para 4 < s < 8: 1 fS (s) = 16 Z 4 s−4 dy = 8−s 16 Logo: s 0≤s≤4 16 , 8−s , 4<s<8 fS (s) = 16 0, caso contrário Probabilidade & Variáveis Aleatórias Exercı́cios Exercı́cio 1 Solução Pdf de S = X + Y Probabilidade & Variáveis Aleatórias Exercı́cios Exercı́cio 2 Enunciado O tempo X entre tempestades de neves consecutivas no inverno é uma variável aleatória com a pdf ( −λx λe , x ≥ 0 fX (x) = 0, caso contrário Assuma que não houve nenhuma tempestade de neve até agora. Qual é a pdf do tempo U até a segunda próxima tempestade de neve? Assuma que os intervalos entre tempestades de neves consecutivas são estatisticamente independentes e igualmente distribuı́dos. Probabilidade & Variáveis Aleatórias Exercı́cios Exercı́cio 2 Solução fU (u) = Z ∞ fX (x)fY (u − x)dx 0 fU (u) = Z u Z u fX (x)fY (u − x)dx = λe−λx λe−λ(u−x) dx 0 Z u = λ2 e−λu dx = λ2 ue−λu , u ≥ 0. 0 0 A distribuição resultante é conhecida como Erlang-2. Probabilidade & Variáveis Aleatórias Exercı́cios Exercı́cio 3 Enunciado Encontre a pdf de U, o qual é a soma de duas variáveis aleatórias independentes X e Y, cujas pdfs são: fX (x) = λe−λx , x ≥ 0 fY (y) = λ2 ye−λy , y ≥ 0 Probabilidade & Variáveis Aleatórias Exercı́cios Exercı́cio 3 Resolução FU (u) = Z u fX (x)fY (u − x)dx 0 = Z u λe−λx λ2 (u − x)e−λ(u−x) dx = λ3 e−λu 0 " #u " # x2 u2 3 −λu 3 −λu 2 = λ e ux − =λ e u − 2 0 2 = λ3 u2 e−λu λ3 u2 e−λu = ,u ≥ 0 2 2! A distribuição resultante é conhecida como Erlang-3. Z u (u − x)dx 0 Probabilidade & Variáveis Aleatórias Exercı́cios Exercı́cio 4 Enunciado Qual é a soma esperada dos números que são obtidos em 16 lançamentos de um dado de seis lados não viciado? Probabilidade & Variáveis Aleatórias Exercı́cios Exercı́cio 4 Solução Seja X a variável aleatória que denota a soma dos números que surgem em 16 lançamentos do dado. Seja Xk o número que aparece no k-ésimo lançamento. Então X = X1 + X2 + · · · + X16 Logo, como os Xk s são independentes e identicamente distribuı́dos, temos: EX = 1 X k=1 6E [Xk ] = 16E [X1 ] = 16 (1 + 2 + · · · + 6) = 56. 6 Probabilidade & Variáveis Aleatórias Exercı́cios Exercı́cio 5 Enunciado Suponha que a função densidade de probabilidade conjunta para duas variáveis aleatórias seja fXY (x, y) = 8xy[u(x) − u(x − 1)][u(y) − u(y − x)] Encontre E[X|Y = y] Probabilidade & Variáveis Aleatórias Exercı́cios Exercı́cio 5 Resolução A função densidade marginal de Y é fY (y) = 4y(1 − y2 )[u(y) − u(y − 1)] e a função densidade de probabilidade condicional é fX|Y (x|y) = 2x [u(x − y) − u(x − 1)][u(y) − u(y − 1)], y > 0 (1 − y2 ) Então: E X|Y = y = Z 1 " x y # 2x 2(1 + y + y2 ) = [u(y) − u(y − 1)] 3(1 + y) (1 − y2 ) Probabilidade & Variáveis Aleatórias Exercı́cios Exercı́cio 6 Enunciado A função densidade de probabilidade conjunta das variáveis aleatórias X e Y é ( 1 , x 2 + y2 ≤ 1 fXY (x, y) = π 0, caso contrário. Encontre fX (x) fY|X (y|X = x) FY|X (y|X = x) Probabilidade & Variáveis Aleatórias Exercı́cios Exercı́cio 6 Resolução R √1−x2 dy √ fX (x) = − √1−x2 π = 2 1−x π 2 1/π √ fY|X (y|X = x) = fXYfX(x,y) (x) = 2 1−x2 /π = 1 2 2 2 √1−x2 , x + y ≤ 1 . 0, caso contrário Ry FY|X (y|X = x) = √ 2 √ 1 2 dη = − 1−x 2 1−x y √ + 12 2 1−x2