ABNT/CB-043 PROJETO DE REVISÃO ABNT NBR 10476 FEV 2016 Revestimentos de zinco eletrodepositados sobre ferro ou aço — Especicação APRESENTAÇÃO 1) Este Projeto de Adequação à Diretiva ABNT, Parte 2 foi confirmado pelo Comitê Brasileiro de Corrosão (ABNT/CB-043); a) É previsto para cancelar e substituir a edição anterior (ABNT NBR 10476:1988), quando aprovado, sendo que nesse ínterim a referida norma continua em vigor; 2) Aqueles que tiverem conhecimento de qualquer direito de patente devem apresentar esta informação em seus comentários, com documentação comprobatória; © ABNT 2016 Todos os direitos reservados. Salvo disposição em contrário, nenhuma parte desta publicação pode ser modicada ou utilizada de outra forma que altere seu conteúdo. Esta publicação não é um documento normativo e tem apenas a incumbência de permitir uma consulta prévia ao assunto tratado. Não é autorizado postar na internet ou intranet sem prévia permissão por escrito. A permissão pode ser solicitada aos meios de comunicação da ABNT. NÃO TEM VALOR NORMATIVO ABNT/CB-043 PROJETO DE REVISÃO ABNT NBR 10476 FEV 2016 Revestimentos de zinco eletrodepositados sobre ferro ou aço — Especicação Electroplated zinc coating on iron or steel — Specifcation Prefácio A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais (ABNT/CEE), são elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas pelas partes interessadas no tema objeto da normalização. Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras da Diretiva ABNT, Parte 2. A ABNT chama a atenção para que, apesar de ter sido solicitada manifestação sobre eventuais direitos de patentes durante a Consulta Nacional, estes podem ocorrer e devem ser comunicados à ABNT a qualquer momento (Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996). Ressalta-se que Normas Brasileiras podem ser objeto de citação em Regulamentos Técnicos. Nestes casos, os Órgãos responsáveis pelos Regulamentos Técnicos podem determinar outras datas para exigência dos requisitos desta Norma. A ABNT NBR 10476 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Mineração e Metalurgia (ABNT/CB-001), pela Comissão de Estudo de Eletrodos de Zinco e Cádmio Eletrodepositados (CE-001:095.002). Esta Norma teve seu conteúdo técnico conrmado e adequado à Diretiva ABNT, Parte 2:2011, pelo Comitê Brasileiro de Corrosão (ABNT/CB-043). O seu Projeto de adequação circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº XX, de XX.XX.XXXX a XX.XX.XXXX. Esta segunda edição cancela e substitui a edição anterior (ABNT NBR 10476:1988), sem mudanças técnicas. O Escopo em inglês desta Norma Brasileira é o seguinte: Scope This Standard provides guidelines for the application, manufacture and supply of zinc electroplated coatings on the base metal, iron or steel with corrosion protective purpose. This Standard does not apply to: a) coating applied over threads; b) coatings applied on plates, strips or wires in the non-conical shape or on coil springs. NÃO TEM VALOR NORMATIVO ABNT/CB-043 PROJETO DE REVISÃO ABNT NBR 10476 FEV 2016 Revestimentos de zinco eletrodepositados sobre ferro ou aço — Especicação 1 Escopo 1.1 Esta Norma fornece diretrizes para o pedido, a fabricação e o fornecimento de revestimentos de zinco eletrodepositado sobre o metal-base, ferro ou aço, com nalidade protetiva contra corrosão. 1.2 Esta Norma não se aplica a: a) revestimentos aplicados sobre roscas; b) revestimentos aplicados sobre chapas, tiras ou arames na forma não cônica ou sobre molas espirais. 2 Referências normativas Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento. Para referências datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as edições mais recentes do referido documento (incluindo emendas). ABNT NBR 5426, Planos de amostragem e procedimentos na inspeção por atributos ABNT NBR 8094, Material metálico revestido e não revestido – Corrosão por exposição à névoa salina – Método de ensaio ABNT NBR 8095, Material metálico revestido e não revestido – Corrosão por exposição à atmosfera úmida saturada – Método de ensaio ABNT NBR 8096, Material metálico revestido e não revestido – Corrosão por exposição ao dióxido de enxofre – Método de ensaio ABNT NBR NM 87, Aço carbono e ligados para construção mecânica – Designação e composição química ISO 1463, Mettalic and oxide coatings – Measurement of coating thickness – Microscopical method ISO 2177, Mettalic coatings – Measurement of coating thickness – Coulometric method by anodic dissolution ISO 2178, Non-magnetic coatings on magnetic substrates – Measurement of coating thickness – Magnetic method ISO 2360, Non-conductive coatings on non magnetic electrically conductive basis materials – Measurement of coating thickness – Amplitude-sensitive eddy-current method ASTM B 537, Practice for rating of electroplated panels subjected to atmospheric exposure ASTM G 23, Practice for operating light-exposure apparatus (carbon-arc type) with and without water for exposure nonmetallic materials 3 Termos e denições Para os efeitos deste documento, aplicam-se os seguintes termos e denições. NÃO TEM VALOR NORMATIVO 1/13 ABNT/CB-043 PROJETO DE REVISÃO ABNT NBR 10476 FEV 2016 3.1 superfície signicativa a parte da superfície que é essencial para a aparência ou a funcionalidade da peça e a qual deve ser ou estar recoberta pelo revestimento 3.2 corrosão branca corrosão do zinco manifestada pelo aparecimento de produtos brancos em relevo na superfície zincada 3.3 corrosão vermelha corrosão do metal base manifestada pelo aparecimento de produtos avermelhados da superfície zincada 3.4 marca de contato local com deciência ou ausência de revestimento, devido a contato entre peça e gancheira 4 Requisitos gerais 4.1 Pedidos de revestimentos 4.1.1 Nos pedidos de revestimentos de zinco eletrodepositado devem constar: a) zinco eletrodepositado; b) número desta Norma, bem como classe de serviço e/ou codicação do revestimento; c) tipo de pós-tratamento, caso não seja utilizada a codicação; d) identicação da peça; e) identicação do metal base; f) uso nal da peça; g) requisitos adicionais combinados entre as partes interessadas; h) superfícies signicativas da peça a revestir, indicadas em desenho e/ou amostras; i) quantidade pedida (expressa em massa ou número de peças); j) com ou sem certicado de conformidade. 4.1.2 As informações relacionadas em 4.1.1 devem ser individualizadas para cada item constante em um pedido. 4.2 Aparência A camada de zinco deve ser brilhante, salvo solicitação em contrário do comprador. A superfície signicativa da peça zincada deve estar isenta de defeitos de eletrodeposição visíveis a olho nu à distância de leitura (cerca de 30 cm), como bolhas, asperezas, trincas, áreas sem depósitos ou manchas. 2/13 NÃO TEM VALOR NORMATIVO ABNT/CB-043 PROJETO DE REVISÃO ABNT NBR 10476 FEV 2016 A tolerância de bolhas em superfícies não signicativas deve ser estabalecida por acordo entre as partes interessadas. Em peças nas quais for inevitável a existência de marcas de contato, sua posição e área máxima devem ser estabelecidas por acordo entre as partes interessadas. As peças devem estar limpas e isentas de danos. 4.3 Aderência A camada de zinco deve ser aderente ao metal base, satisfazendo uma ou a mais das vericações do Anexo A. A escolha da vericação é função das características das peças, sendo efetuada por acordo entre as partes interessadas. NOTA O ensaio de dobramento é considerado como sendo o mais severo dos dois procedimentos de vericação. Recomenda-se, por isto, sua escolha preferencial, sempre que possível. 4.4 Embalagem, identicação e armazenamento 4.4.1 O tipo de embalagem, bem como os requisitos de sua massa e dimensões máximas, devem ser estabelecidos por acordo entre as partes interessadas. NOTA É necessário atenção especial às embalagens destinadas ao transporte a longas distâncias. 4.4.2 Cada unidade de embalagem deve ser identicada adequadamente quanto a: a) nome ou símbolo do produtor; b) identicação do conteúdo; c) individualização do lote; d) identicação do acabamento; e) quantidade ou massa das peças. 4.4.3 As peças zincadas devem ser armazenadas em local seco, coberto e livre de agentes corrosivos. 4.4.4 Caso o comprador constate a existência de umidade nas peças, originada durante o transporte, este deve providenciar sua secagem e/ou uso imediato do material. 5 Requisitos especícos 5.1 Metal base Determinadas peças devem ser submetidas a um tratamento térmico como abaixo descrito para reduzir o risco de danos por fragilização por hidrogênio. Cada caso especíco deve ser discutido entre as partes interessadas. Recomenda-se que aços com limite de resistência à tração acima de 1 500 MPa ou de dureza correspondente (45 HRC, 440 HV, 415 HB, aproximadamente) não recebam zinco eletrodepositado. Aços com limite de resistência à tração acima de 800 MPa ou de dureza correspondente (22 HRC, 250 HV, 238 HB, aproximadamente) requerem o tratamento térmico. Aços com limite de resistência à tração entre 500 MPa e 800 MPa somente requerem tratamento térmico se a peça apresentar pontos críticos, como ângulos vivos associados a recalque. NÃO TEM VALOR NORMATIVO 3/13 ABNT/CB-043 PROJETO DE REVISÃO ABNT NBR 10476 FEV 2016 5.1.1 Alívio de tensões antes da eletrodeposição Peças de aço severamente encruadas ou peças confeccionadas com aços cujo limite de resistência seja igual ou superior a 800 MPa (ou de dureza correspondente) ou que foram submetidas à usinagem sob extrema pressão após revestimento, em geral devem ser submetidas a um tratamento de alívio de tensões antes da eletrodeposição. Como indicação, elas podem ser mantidas, preferencialmente na maior temperatura dentro do limite imposto pela temperatura do revestimento, durante 30 min, ou mantidas entre 190 °C e 220 °C, durante um período não inferior a 1 h. NOTA Alguns aços que foram cementados ou endurecidos à chama ou por indução e depois reticados seriam prejudicados pelo tratamento acima indicado, sendo assim submetidos a um tratamento de alívio de tensões à temperatura baixa, por exemplo, a 170 °C, por um período não inferior a 1 h. 5.1.2 Tratamento térmico após eletrodeposição (desidrogenação) Peças de aço severamente encruadas ou peças confeccionadas com aços cuja resistência à tração seja igual ou superior a 800 MPa (ou de dureza correspondente) e sujeitas em serviço a tensões de tração estáticas ou cíclicas devem ser submetidas a um tratamento térmico após a eletrodeposição, para diminuir riscos de danos por fragilização por hidrogênio. NOTA Mesmo em aços cuja resistência à tração seja inferior a 800 MPa, o risco de fragilização por hidrogênio pode ser potencializado pela presença no metal-base ou nos banhos de processamento de As, Se, Te, S, Pb e Bi. A Tabela 1 fornece uma indicação quanto ao tratamento térmico. No caso da faixa de temperatura indicada na Tabela 1 ser prejudicial, por exemplo, em algumas peças com endurecimento supercial, pode ser necessário um tratamento térmico a temperaturas inferiores por períodos mais longos. Tabela 1 – Indicação de tratamento térmico de desidrogenação Limite de resistência à tração MPa 500 a 1 150 a 1 150 a 1 400 Espessura máxima de seção da peça mm Tempo mínimo de tratamento a 190 ºC a 210 °C b h Menor que 12 2 12 a 25 4 Acima de 25 8 Menor que 12 4 12 a 25 12 25 a 40 24 Acima de 40 Requer determinação experimental a Em aços com limite de resistência à tração de 500 MPa a 800 MPa, somente é necessário o tratamento térmico se a peça apresentar pontos críticos tais como ângulos vivos associados a recalque. b O tratamento térmico deve ser iniciado no máximo 2 h após a eletrodeposição. 4/13 NÃO TEM VALOR NORMATIVO ABNT/CB-043 PROJETO DE REVISÃO ABNT NBR 10476 FEV 2016 5.2 Revestimentos 5.2.1 Classe de serviço São estabelecidas quatro classes de serviço (CS4, CS3, CS2 e CS1), conforme a severidade das solicitações a que as peças estarão expostas, devendo a escolha da classe de serviço ser feita por acordo entre as partes interessadas. Como orientação, é dada a seguir a descrição das classes de serviço, juntamente com alguns exemplos: a) CS4 – muito severa: — exposição a condições de alta agressividade ou exposição frequente a alta umidade, a produtos de limpeza ou soluções salinas, além dos riscos de danos mecânicos e/ou abrasão (chumbadores, ferragens de redes elétricas); b) CS3 – severa: — exposição a condensação, a transpiração, a exposição ocasional de chuvas e a produtos de limpeza (móveis tubulares, ferragens de construção civil, peças de lavadora, motocicletas e bicicletas); c) CS2 – moderada: — exposição a ambientes externos sujeitos a condensações ocasionais, desgaste e abrasão (ferramentas, zíperes, puxadores e peças de máquinas); d) CS1 – branda: — exposição a ambientes internos onde a condensação, abrasão e desgaste são raros (botões e prendedores). 5.2.2 Codicação dos revestimentos A codicação dos revestimentos compreende: a) o símbolo químico do ferro, Fe (indicando ferro ou aço como metal base), seguido de barra (/); b) o símbolo químico do zinco, Zn; c) o número indicativo da espessura mínima (em micrômetros ( µm)) do revestimento de zinco; d) a sigla indicadora de pós-tratamento (ver 5.2.3). 5.2.3 Pós-tratamento A cromatização por formação de camada de conversão de cromato, incolor ou colorido melhora a resistência à corrosão da camada de zinco eletrodepositado e deve ser aplicada, exceto quando houver acordo em contrário entre as partes interessadas. O fornecedor pode ainda utilizar outros pós-tratamentos adicionais, como selagem, para alcaçar as exigências de resistência à corrosão e/ou solidez à luz desta Norma, desde que isso não afete as características de uso nal requeridas. Por acordo entre as partes interessadas, outras camadas de conversão, como fosfatização e oxidação, podem ser aplicadas. NOTA A solidez à luz é exigível exclusivamente para cromatização preta, por solicitação explícita do comprador. NÃO TEM VALOR NORMATIVO 5/13 ABNT/CB-043 PROJETO DE REVISÃO ABNT NBR 10476 FEV 2016 Caso seja necessário o tratamento de desidrogenação, este deve ser efetuado antes do pós-tratamento. 5.2.3.1 Codicação do tipo de pós-tratamento O pós-tratamento das peças zincadas é codicado de acordo com a Tabela 2. Tabela 2 – Codicação do tipo de pós-tratamento Sigla T0 T1 T2 T3 T4 T5 T6 T7 T8 T9 T10 5.2.3.2 Pós-tratamento Nenhum Cromatização azul Cromatização azul eletrolítica Cromatização amarela iridescente Cromatização amarela eletrolítica Cromatização preta Cromatização preta eletrolítica Cromatização verde-oliva Fosfatização Fosfatização seguida por oleamento Oxidação Constatação da presença da película de cromatização As peças zincadas com pós-tratamento T0, T1 e T2 podem ser diferenciadas entre si através do ensaio descrito no Anexo B. 5.2.3.3 Resistência à abrasão das películas de cromatização As películas de cromatização devem ser aderentes e compactas, resisitindo ao ensaio de abrasão do Anexo C. Este ensaio só pode ser executado após decorridas no mínimo 24 h do tratamento de cromatização. 5.2.4 Espessura de camada apropriada para cada classe de serviço A Tabela 3 mostra a codicação do revestimento e a espessura mínima da camada apropriada para cada classe de serviço. Tabela 3 – Revestimento de zinco sobre ferro ou aço Classe de serviço Codicação do Espessura mínima revestimento µm CS 4 Fe/Zn 40 T... 40 CS 3 Fe/Zn 25 T... 25 CS 2 Fe/Zn 12 T... 12 CS 1 Fe/Zn 5 T... 5 NOTA O poder protetivo de uma camada de zinco em um determinado ambiente especíco é diretamente proporcional à espessura (ressalvada eventual porosidade). Para um requisito de vida útil mais longa, por exemplo em componentes de aço estrutural, são necessárias camadas mais espessas, geralmente aplicadas por imersão a quente ou por aspersão térmica. 6/13 NÃO TEM VALOR NORMATIVO ABNT/CB-043 PROJETO DE REVISÃO ABNT NBR 10476 FEV 2016 5.2.4.1 Em peças com área de superfície signicativa igual ou superior a 100 mm 2, a espessura é o menor dos valores determinados em pontos isolados de medição, indicados na superfície signicativa em desenho ou por acordo entre as partes interessadas, ou em qualquer ponto da superfície signicativa que possa ser trocado por uma esfera de 20 mm de diâmetro. NOTA Se a geometria da peça for tal que não possa ser tocada por uma esfera de 20 mm de diâmetro, a espessura mínima permitida em áreas especicadas é aquela estabelecida por acordo entre as partes interessadas. 5.2.4.2 Em peças com área de superfície signicativa inferior a 100 mm², devem ser ensaiadas peças em número igual a 1/10 da amostra acolhida. É considerado como espessura o menor dos valores encontrados nesta determinação. 5.2.4.3 O método de determinação da espessura do revestimento deve ser escolhido, por acordo entre as partes interessadas, entre os seguintes métodos: a) métodos destrutivos – coulométrico (ISO 2177): microscópio (ISO 1463); b) métodos destrutivos – magnético (ISO 2178); correntes de Foucault (ISO 2360). NOTA Em caso de divergência entre as partes interessadas, é decisivo o resultado obtido pelo método microscópico. Este método, no entanto, não é recomendado para arbitramento para espessuras inferiores a 8 µm. 5.2.5 Resistência à corrosão Os ensaios de resistência à corrosão devem ser escolhidos por acordo entre as partes interessadas, entre os ensaios alternativos de 5.2.5.1, 5.2.5.2 e 5.2.5.3. Podem ser escolhidos um, dois ou todos os ensaios, dependendo das condições a que a peça é exposta em uso. Na falta de acordo prévio, aplica-se a alternativa 5.2.5.1. 5.2.5.1 Resistência ao ensaio de corrosão por exposição ao dióxido de enxofre As peças zincadas e cromatizadas não podem apresentar pontos de corrosão vermelha em quantidade maior do que aquela correspondente ao grau de proteção 9 da ASTM B 537 quando submetidas ao ensaio especicado na ABNT NBR 8096, atmosfera 2,0 s. O número de ciclos a que as peças devem ser submetidas é o da Tabela 4. Tabela 4 – Número de ciclos no ensaio de exposição ao dióxido de enxofre Classe de serviço Número de ciclos CS 4 25 CS 3 6 CS 2 3 CS 1 2 NOTA 1 O ensaio só pode ser iniciado 24 h após a realização da cromatização. NOTA 2 Esta Tabela independe do tipo de cromatização. 5.2.5.2 Resistência ao ensaio de corrosão por exposição à atmosfera úmida saturada Os ensaios de 5.2.5.2.1 e 5.2.5.2.2 são alternativos, sendo escolhidos por acordo entre as partes interessadas. NÃO TEM VALOR NORMATIVO 7/13 ABNT/CB-043 PROJETO DE REVISÃO ABNT NBR 10476 FEV 2016 5.2.5.2.1 As peças zincadas e cromatizadas não podem apresentar corrosão branca nas áreas signicativas ao nal do período de ensaio, como indicado na Tabela 5, quando submetidas ao ensaio especicado na ABNT NBR 8095, com ciclos de 8 h com câmara fechada e ligada a 16 h com câmara aberta e desligada. Tabela 5 – Tempo para aparecimento de corrosão branca Tipo de cromatização Tempo ciclos Cromatização azul 50 Cromatização azul eletrolítico 50 Cromatização amarela iridescente 70 Cromatização amarela eletrolítica 70 Cromatização preta 50 Cromatização preta eletrolítica 50 Cromatização verde-oliva 70 NOTA 1 NOTA 2 O ensaio só pode ser realizado 24 h após a realização da cromatização. Esta Tabela independe da espessura da camada de zinco. 5.2.5.2.2 As peças zincadas e cromatizadas não podem apresentar corrosão branca nas áreas signicativas após seis ciclos de ensaio baseados no ABNT NBR 8095, nas seguintes condições: a) 16 h a (96 ± 2) % de umidade relativa a (55 ± 3) °C; b) interrupção do aquecimento, deixando-se cair a temperatura a (28 ± 2) °C; c) manutenção durante 5 h a (98 ± 2) % de umidade relativa a (28 ± 2) °C. NOTA O ensaio só pode ser executado 24 h após a realização da cromatização e independe da espessura da camada de zinco. 5.2.5.3 Resistência ao ensaio de corrosão por exposição em câmara de névoa salina As peças zincadas e cromatizadas não podem apresentar corrosão branca durante o período de tempo conforme a Tabela 6, quando submetidas ao ensaio em câmara de névoa salina, segundo ABNT NBR 8094. Tabela 6 – Tempo mínimo para aparecimento de corrosão branca no ensaio em câmara de névoa salina Tipo de cromatização 8/13 Tempo h Cromatização azul 24 Cromatização azul eletrolítica 48 Cromatização amarela iridescente 96 NÃO TEM VALOR NORMATIVO ABNT/CB-043 PROJETO DE REVISÃO ABNT NBR 10476 FEV 2016 Tabela 6 (continuação) Tempo h Tipo de cromatização Cromatização amarela eletrolítica 144 Cromatização preta 72 Cromatização preta eletrolítica 120 Cromatização verde-oliva 144 NOTA 1 NOTA 2 O ensaio só pode ser realizado 24 h após a realização da cromatização. Esta Tabela independe da espessura da camada de zinco. Por acordo entre as partes interessadas, o ensaio de corrosão, segundo a ABNT NBR 8094, pode prosseguir até o aparecimento de pontos de corrosão vermelha. O número mínimo de horas de ensaio deve ser estabelecido por acordo, por depender das características do metal-base e/ou da peça. Como orientação, pode ser utilizada a Tabela 7. Tabela 7 – Tempo mínimo orientativo da corrosão vermelha no ensaio em câmara de névoa salina Tipo de pós-tratamento Tempo mínimo por classe de serviço h CS 1 CS 2 CS 3 CS 4 Nenhum 48 96 144 264 Cromatização azul 72 120 216 336 Cromatização azul eletrolítica 72 120 216 336 Cromatização amarela iridescente 96 144 240 360 Cromatização amarela eletrolítica 120 168 264 384 Cromatização preta 240 480 960 1 900 Cromatização preta eletrolítica 240 480 960 1 900 Cromatização verde-oliva 144 192 384 770 NOTA 1 NOTA 2 O ensaio só pode ser realizado 24 h após a realização da cromatização. Sugere-se como critério de avaliação o grau de proteção 9 da ASTM B 537. 5.2.6 Solidez à luz de peças zincadas, cromatizadas pretas e seladas Quando for exigida solidez à luz de peças zincadas, cromatizadas pretas e seladas, estas devem resistir a 200 h, no mínimo, sem alteração de cor quando, ensaiadas segundo método 3 da ASTM G 23, independentemente da espessura da camada de zinco. NÃO TEM VALOR NORMATIVO 9/13 ABNT/CB-043 PROJETO DE REVISÃO ABNT NBR 10476 FEV 2016 6 Inspeção 6.1 Condições de inspeção A menos que seja especicado de outra forma, por contrato ou ordem de compra, o fornecedor é responsável pela inspeção relativa aos requisitos constantes do pedido de revestimento. 6.1.1 Para executar os ensaios pedidos, o fornecedor pode usar seus próprios laboratórios e equipamentos, ou então outros laboratórios aceitos pelo comprador. 6.1.2 No caso de o comprador desejar acompanhar, por meio de inspetor credenciado e qualicado, a inspeção e os ensaios executados pelo fornecedor, isto deve ser objeto de acordo prévio entre as partes, devendo ser feita referência a este acordo no pedido do revestimento. Neste caso o fornecedor deve colocar à disposição do inspetor o local e as facilidades necessárias e sucientes à vericação, sem que haja interrupção do processamento ou atraso na produção. 6.2 Planos de amostragem Os planos de amostragem para a inspeção são denidos por acordo entre as partes com base na ABNT NBR 5426. Peças danicadas e/ou destruídas em ensaios destrutivos executados pelo fornecedor, em conformidade com o plano de amostragem acordado, correm às custas do comprador. Peças distribuídas em quantidade excedente à do plano de amostragem correm às custas do fornecedor. 6.3 Certicado de conformidade Quando exigido, o certicado de conformidade, detalhando os resultados dos ensaios, deve acompanhar a entrega do material. 7 Aceitação e rejeição 7.1 O fornecimento que estiver de acordo com o pedido de revestimento deve ser aceito. 7.2 O fornecimento que não estiver de acordo com o pedido de revestimento pode ser rejeitado total ou parcialmente. 10/13 NÃO TEM VALOR NORMATIVO ABNT/CB-043 PROJETO DE REVISÃO ABNT NBR 10476 FEV 2016 Anexo A (normativo) Vericação da aderência da camada de zinco ao substrato A.1 Vericação por dobramento Para se vericar a aderência por dobramento, deve-se proceder como a seguir: a) dobrar a peça sobre um mandril até o ângulo de 180° com a face signicativa para fora, devendo o diâmetro do mandril ser de quatro vezes a espessura da peça; b) a camada de zinco deve acompanhar a deformação ou ssuramento do metal base sem se destacar; c) para vericar se houve ou não destacamento da camada de zinco, esfregar suavemente um tecido branco macio ou papel-ltro sobre a face externa da dobra e observar a presença de partículas de zinco soltas. A.2 Vericação por choque térmico Para vericar a aderência por choque térmico, deve-se proceder como a seguir: a) aquecer a peça zincada em banho de óleo mineral no até a temperatura de (150 ± 10) °C durante 10 min; b) mergulhar a peça em água à temperatura ambiente; c) o desprendimento de partículas metálicas ou aparecimento de bolhas é indicativo de aderência insatisfatória. NÃO TEM VALOR NORMATIVO 11/13 ABNT/CB-043 PROJETO DE REVISÃO ABNT NBR 10476 FEV 2016 Anexo B (normativo) Vericação da presença de película de cromato B.1 Reagentes Para se preparar a solução utilizada para vericação da presença de película de cromato, são utlizados, nas devidas proporções, os seguintes reagentes: a) 40 mL de água destilada ou deionizada; b) 60 mL de ácido acético glacial p.a.; c) 1 g de difenilcarbazida; d) 0,1 mL de umectante (álcool sulfonado); e) 15 mL de ácido clorídrico p.a.; f) 30 mL de hipoclorito de sódio a 15 %; g) 5 mL de peróxido de hidrogênio 130 vol. B.2 Preparação da solução A solução deve ser preparada como a seguir: a) adicionar os reagentes na ordem indicada; b) manter a solução em um béquer aberto durante cerca de 24 h para permitir o desprendimento do excesso de cloro. B.3 Vericação Para fazer a vericação deve-se proceder como a seguir: a) as peças a serem ensaiadas devem estar isentas de qualquer oleosidade. Quando necessário, as peças devem ser desengraxadas com solventes não gordurosos; b) colocar uma gota da solução de ensaio sobre a superfície limpa; c) observar em um espaço de tempo de 1 mim o desenvolvimento de uma coloração vermelha a violeta que denota a presença de película de cromato. 12/13 NÃO TEM VALOR NORMATIVO ABNT/CB-043 PROJETO DE REVISÃO ABNT NBR 10476 FEV 2016 Anexo C (normativo) Vericação da resistência à abrasão da película de cromatização Esfregar a superfície cormatizada com uma borracha macia que não contenha abrasivos (borracha de desenhista) por cinco ciclos de ida e volta, sob pressão constante de 8 g/cm², por uma extensão de 50 mm. A película de cromato satisfaz o ensaio se não for removida ou desgastada até o surgimento do depósito de zinco. Sugere-se para a execução deste ensaio um dispositovo similar ao da Figura C.1. Dimensões em milímetros ∅ 25 5 5 1 7 4 ∅ 7 3 150 ∅5 ∅ 10 NOTA Material em aço 1010 – ABNT NBR NM 87. Figura C.1 – Dispositivo para vericação da resistência à abrasão da película de cromatização NÃO TEM VALOR NORMATIVO 13/13