Relatório realizado no âmbito da UC Economia Comportamental por: Afonso Cunha nº104932 Francisco Grego nº104685 Manuel Clemente nº105913 Pedro Dionísio nº104774 Rodrigo Mar nº104847 1. Importância da análise do Comportamento Irracional em Mercados Financeiros A economia comportamental é uma disciplina científica que desafia o modelo tradicional de homo economicus. Este estudo explora a influência de fatores psicológicos, sociais e emocionais sobre a tomada de decisões económicas de indivíduos e instituições, bem como os impactos dessas decisões nos mercados financeiros, nas estratégias de definição de preço, nas políticas públicas e na economia de uma forma mais abrangente. Uma figura de destaque neste domínio é Robert J. Shiller, cujas pesquisas sobre âncoras psicológicas são amplamente reconhecidas. O trabalho deste autor servirá como uma base fundamental na nossa análise para compreender a irracionalidade subjacente aos mercados financeiros. A importância de estudar a irracionalidade dos mercados financeiros torna-se evidente ao desafiar as premissas de racionalidade dos modelos económicos tradicionais, que assumem que os agentes agem de maneira racional para maximizar a sua utilidade ou lucro. No entanto, as contribuições de Shiller demostram que os investidores frequentemente baseiam-se em âncoras psicológicas — pontos de referência morais e numéricos utilizados para tomar decisões — que podem levar a avaliações de mercado que se desviam dos fundamentos económicos. Essas âncoras podem contribuir para a volatilidade excessiva dos preços dos ativos, bolhas especulativas e colapsos do mercado, ilustrando como as perceções e expectativas são moldadas por fatores além das informações concretas. Esse entendimento aprofundado da irracionalidade dos mercados e o papel das âncoras psicológicas nos mesmos, ressaltam a necessidade de desenvolver modelos económicos e financeiros mais realistas, que contemplem a complexidade do comportamento humano. Tal abordagem não apenas desafia a noção tradicional de mercados eficientes, mas também abre caminho para a criação de políticas públicas e regulamentações financeiras mais efetivas, que considerem a natureza muitas vezes irracional dos participantes no mercado. Além disso, reconhecendo os desvios comportamentais dos investidores, é possível inovar em produtos financeiros e estratégias de investimento que melhor se alinhem às tendências comportamentais dos investidores, promovendo uma educação financeira que enfatize a importância de superar vieses comportamentais. Esta abordagem também sugere que políticas e intervenções bem desenhadas podem ajudar a mitigar as irracionalidades do mercado induzidas por âncoras psicológicas, contribuindo para mercados mais estáveis e eficientes. A integração dos insights de Robert J. Shiller no estudo da economia comportamental é crucial para aprimorar teorias económicas tradicionais, desenvolver políticas públicas mais eficazes, criar ferramentas financeiras e educacionais alinhadas com o comportamento real dos agentes e promover a eficiência e justiça dos mercados financeiros. 2. Contextualização Teórica As teorias comportamentais fornecem uma base crucial para o estudo do comportamento irracional nos mercados financeiros, desafiando noções tradicionais de racionalidade e eficiência. Um ponto de partida fundamental para essa discussão é a Hipótese dos Mercados Eficientes (HME), proposta por Eugene Fama na década de 1970. Segundo a HME, os preços dos ativos em mercados financeiros refletem todas as informações disponíveis, assumindo que todos os participantes agem de forma racional, têm acesso às mesmas informações e procuram maximizar a sua utilidade. Isso implicaria que é impossível, consistentemente, obter retornos superiores ao mercado através da análise de ativos, pois qualquer nova informação seria imediatamente incorporada aos preços dos ativos. No entanto, a economia comportamental surge como uma crítica à HME, destacando a irracionalidade frequentemente observada no comportamento dos investidores. Várias teorias dentro deste campo exploram como vieses cognitivos, emoções e limitações psicológicas afetam as decisões de investimento, levando a desvios da racionalidade perfeita e, por vezes, a resultados de mercado ineficientes. Da obra de Robert J. Shiller - Irrational Exuberance, retiramos insights importantes que mais tarde identificamos nos casos, nomeadamente âncoras psicológicas, excesso de confiança, heurísticas como a da representatividade e o pensamento mágico. Estas teorias comportamentais não apenas desafiam a HME, mas também proporcionam explicações para o surgimento de bolhas especulativas, a volatilidade excessiva dos mercados e outros fenómenos que não podem ser facilmente explicados por modelos baseados em racionalidade pura. 2.1. Âncoras Psicológicas Esta teoria sugere que os investidores dependem e recorrem excessivamente a pontos de referência, ou "âncoras", ao tomar decisões de investimento. Estas âncoras subdividem-se em quantitativas e morais, influenciam as expectativas futuras dos intervenientes no mercado e potencialmente levam a avaliações de mercado distorcidas. 2.1.1. Âncoras Quantitativas Indicações numéricas sobre o nível apropriado do mercado, por onde os indivíduos acabam por se guiar para perceberem se os ativos estão sobre ou subvalorizados e consequentemente se é uma boa altura para os comprar. São exemplos das mesmas: preços recentes, preços antigos, milestones próximas de um index prominente (p.e. Dow Jones Industrial Average) e o valor redondo mais próximo. 2.1.2. Âncoras Morais Robert J. Shiller aborda o conceito de âncoras morais, destacando-o como um elemento crucial na avaliação entre o impulso emocional ou intuitivo para manter ações e a urgência de gastar a riqueza simbolizada por esses investimentos. Subjacente a esta noção de âncora moral está o princípio psicológico de que grande parte do pensamento humano que resulta em ação não é quantitativo, mas assume antes a forma de storytelling e justificação. 2.2. Excesso de Confiança O excesso de confiança entre investidores, caracterizado pela superestimação das próprias habilidades de análise e previsão do mercado, pode induzir a decisões de investimento arriscadas e um volume de negociação elevado. Esta perceção distorcida do risco favorece a formação de bolhas especulativas, pois os investidores, embalados pela crença da sua capacidade de antecipar movimentos futuros do mercado, contribuem para a elevação artificial dos preços de ativos. Eventualmente, a correção de mercado para esses preços inflacionados pode causar perdas significativas aos investidores e instabilidade financeira, evidenciando a importância de reconhecer e mitigar o excesso de confiança para proteger a saúde dos mercados financeiros. 2.3. Viés da Retrospetiva, Heurística da Representatividade e Pensamento Mágico Viés da Retrospetiva: tendência dos investidores e analistas de acreditarem, após um evento ocorrer, que eles poderiam ter previsto ou antecipado esse evento com precisão antes de ele acontecer. Este viés pode levar a uma perceção distorcida da previsibilidade e da capacidade de controlo sobre os mercados financeiros. Heurística da Representatividade: é um atalho cognitivo em que investidores e analistas avaliam a probabilidade de ocorrência de um evento ou a validade de uma hipótese pela sua conformidade ou semelhança com um padrão ou modelo já conhecido. Pensamento Mágico: refere-se à crença de que certos rituais, símbolos, ou ações específicas, que não têm uma base lógica ou científica, podem influenciar os resultados dos investimentos ou prever as direções do mercado. 3. Enquadramento em Casos Nesta seção do relatório iremos conduzir uma análise de casos/acontecimentos marcantes nos mercados financeiros, procurando reconhecer nestes, algumas das teorias supramencionadas e consequentemente justificar a importância da economia comportamental para interpretar e justificar este tipo de eventos. 3.1. Crise Económica de 2008 – Grande Recessão A crise económica de 2008, ou Grande Recessão, foi desencadeada por uma bolha imobiliária nos EUA, alimentada por empréstimos hipotecários subprime e taxas de juros baixas. Instituições financeiras criaram e venderam produtos financeiros complexos, como títulos baseados em hipotecas, mascarando os riscos. A queda dos preços dos imóveis erodiu o valor desses títulos e causou grandes perdas às instituições e particulares. Isto gerou uma crise de liquidez, falências bancárias, e necessidade de resgates governamentais. A recessão resultante teve efeitos globais, levando a políticas de estímulo e a uma revisão da regulamentação financeira para prevenir futuras crises. Deste acontecimento retiramos teorias da economia comportamental anteriormente mencionadas que levaram à criação de uma bolha especulativa no mercado. Antes desta “explodir”, os investidores basearam-se em preços históricos de ativos e índices de avaliação para justificar o aumento contínuo dos preços dos imóveis e outros ativos acabando por usar âncoras numéricas para fazer julgamentos e previsões, assumindo implicitamente que os padrões passados continuariam no futuro. Decorreram também práticas de empréstimo e investimento justificadas por promoverem o acesso à propriedade e crescimento económico levando a uma desconexão entre essas justificações morais e consequências reais. O viés comportamental de excesso de confiança não só contribuiu para a criação da bolha especulativa como também exacerbou as consequências quando esta estoirou. Do lado dos investidores individuais e institucionais verificou-se que estes sobrestimaram a sua capacidade de interpretar os sinais do mercado e de prever a direção futura dos preços dos imóveis muito devido ao efeito de âncoras psicológicas. Este excesso de confiança incentivou um maior volume de negociação e assunção de riscos significativamente maiores, sob a falsa premissa de que os investidores poderiam sair do mercado antes de qualquer correção negativa nos preços. Bancos e outras instituições financeiras também exibiram sinais de irracionalidade financeira, nas suas práticas de empréstimo e criação de produtos financeiros complexos. A confiança exagerada na avaliação de riscos de crédito e na eficácia dos modelos financeiros para dispersar ou mitigar riscos resultou na expansão dos empréstimos subprime e na proliferação de títulos baseados em hipotecas e outros derivados. O excesso de confiança verificado por estas instituições, fez com que estas subestimassem gravemente o risco de não cumprimento em massa e a possibilidade de uma desvalorização acentuada dos ativos imobiliários. O resultado desse excesso de confiança foi devastador. Quando os preços dos imóveis começaram a cair, revelando a fragilidade do sistema financeiro construído em torno da especulação imobiliária, muitos investidores e instituições encontraram-se expostos a perdas catastróficas. A incapacidade de prever e preparar-se para o risco de um declínio acentuado no mercado imobiliário evidencia a perigosa combinação de excesso de confiança com uma compreensão inadequada do risco. A lição aprendida com a crise de 2008 destaca a necessidade de uma avaliação mais crítica e realista dos riscos, um entendimento humilde das limitações dos modelos financeiros e uma maior precaução nas decisões de investimento e práticas de empréstimo. Sendo o reconhecimento destes vieses comportamentais essencial para evitar futuras crises financeiras. 3.2. Dot.com Bubble Tal como a crise económica de 2008 a bolha Dot.com resulta de uma elevada atividade especulativa, iniciada entre 1995 e 2000, caracterizada pelo rápido crescimento das empresas com base na Internet. Este fenómeno foi marcado por um aumento exponencial no valor das ações de empresas associadas à Internet, impulsionado pela euforia em torno do potencial da web como nova fronteira para o comércio e comunicação. O investimento nestas empresas sem a preocupação com métodos de avaliação como a receita ou os lucros, fizeram com que os preços das ações aumentassem rapidamente para níveis insustentáveis. Quando muitas destas empresas não cumpriram as suas promessas, a bolha rebentou provocando a quebra do mercado e perdas generalizadas para os investidores. Conseguimos encontrar similitudes comportamentais entre a bolha que despoletou a crise de 2008 e a bolha Dot.com, derivando ambas de âncoras psicológicas, que acabam por levar a um excesso de confiança por parte dos investidores e consequentemente a um efeito manada, onde os investidores seguem coletivamente tendências de compra, sem uma análise das condições subjacentes do mercado. Apoiados por "âncoras", investidores e empreendedores usaram as altas avaliações iniciais e o sucesso rápido de algumas start-ups para justificar expectativas irrealistas para outras empresas do setor. Esses vieses também se manifestaram moralmente, na medida em que a crença na "nova economia" impulsionada pela internet era vista como um caminho inevitável para o sucesso, independentemente dos fundamentos tradicionais de negócios. Neste cenário, a "venda de histórias" tornou-se uma ferramenta poderosa, com narrativas convincentes sobre como determinada empresa seria revolucionária na transição para a era digital, prometendo transformações significativas no setor ou até na sociedade como um todo. Estas histórias, muitas vezes amplificadas pelos mídia e pelo marketing das próprias empresas, alimentavam a imaginação dos investidores, levando-os a acreditar que o valor das ações dessas empresas aumentaria exponencialmente. Tal crença incentivava um ciclo de investimentos baseados mais em expectativas futuras alimentadas por narrativas otimistas do que em análises concretas de desempenho ou potencial de lucro. Essa dinâmica contribuiu significativamente para inflar a bolha, pois as valorações das empresas eram frequentemente deslocadas da sua realidade financeira, baseando-se mais na força da história que vendiam do que propiamente nos fundamentos económicos subjacentes. 3.3. NFTs Os NFTs, ou Non Fungible Tokens, são ativos digitais únicos que existem na blockchain e representam a propriedade ou prova de autenticidade de um item específico, seja ele uma obra de arte digital, um colecionável, música, ou até mesmo propriedade virtual. O que os torna únicos é a tecnologia blockchain, que garante a singularidade e a propriedade do item, diferenciando-os de ativos digitais tradicionalmente reproduzíveis. Desde que surgiram, estes ativos captaram a atenção do mercado, levando a um crescimento exponencial em vendas e valorações. Apesar de a bolha não ser tão clara, identificámos alguns comportamentos de irracionalidade por parte dos investidores que podem estar a contribuir para dinâmicas especulativas dentro do mercado. Verificámos a existência de picos de preços e uma euforia de compra em determinados períodos, seguidos por correções acentuadas. Durante esses períodos, alguns NFTs foram vendidos por milhões de dólares, em grande parte das vezes sem uma justificação clara para tais valores, além da especulação e do medo de ficar de fora (FOMO). Esta volatilidade do mercado, com preços altamente inflacionados seguidos por quebras é uma característica comum de bolha. Neste mercado são visíveis comportamentos irracionais por parte dos participantes, verifica-se um excesso de confiança, uma vez que muitos investidores subestimam o risco e a incerteza de um ativo tão volátil, guiando-se muitas vezes por outros investidores ou até mesmo por celebridades e figuras influentes que promovem determinados ativos (efeito manada). A particularidade deste mercado acaba por passar muito pela promoção de NFTs por parte de celebridades e incluencers, recorrendo às redes sociais, aumentam significativamente a visibilidade e o seu valor percetível. Agindo como catalisadores para a irracionalidade do mercado. Assim, a intervenção destas pessoas acaba por levar a uma perceção distorcida do valor real de um NFT, com investidores assumindo que a associação a uma figura pública, por si só, garante valorização. Para um exemplo mais concreto analisámos a coleção de NFTs “The Bored Ape Yacht Club” uma coleção de dez mil NFTs únicos, fortemente divulgada por celebridades como Madonna, Justin Bieber, Snoop Dogg, Neymar, entre outros. A elevada promoção da coleção por parte de celebridades terá tido o objetivo de trazer aos investidores a perceção de “entrar no clube”. No gráfico apresentado, observa-se claramente a crescente euforia dos investidores, intensificada à medida que mais celebridades promoviam a coleção. Contudo, é igualmente evidente a subsequente queda nos preços, reflexo de uma correção de mercado que ocorre quando os investidores reconhecem o valor inflacionado dos ativos. Fonte: https://opensea.io/collection/boredapeyachtclub/activity Atualmente mais de 40 pessoas e empresas são apontadas como rés num processo (das quais grande parte figuras públicas) referente a esta matéria, sendo acusadas de não divulgarem a natureza, fonte e valor de qualquer compensação paga pela empresa emissora da coleção em troca da promoção da mesma. 4. Reflexão crítica Através da lente de contribuições de Robert J. Shiller e da análise de eventos significativos como a crise económica de 2008, a bolha Dot.com e a emergência dos NFTs, o relatório pretende evidenciar como os desvios do comportamento racional padrão moldam os mercados financeiros. A obra estudada acaba por desafiar o paradigma de homo economicus, demonstrando como fatores psicológicos, sociais e emocionais desviam os agentes da racionalidade pura. Assim, as teorias comportamentais como as âncoras psicológicas, o excesso de confiança e o efeito manada, oferecem insights valiosos sobre a formação de bolhas especulativas e a volatilidade do mercado, que se verificaram nos três exemplos mencionados. De um ponto de vista político, apercebemo-nos que a necessidade de desenvolver regulamentações e políticas públicas que reconhecem e mitiguem os impactos da irracionalidade dos participantes no mercado. A compreensão que decorre dos desvios comportamentais estudados pode ajudar na criação de ferramentas financeiras e educacionais que promovam práticas de investimento mais racionais e confiram uma maior estabilidade aos mercados. Ao elucidarmos os mecanismos pelos quais a irracionalidade influencia os mercados, destacamos a importância de um diálogo contínuo entre teoria económica, práticas de mercado e políticas públicas. Sendo este necessário para desenvolver um quadro regulatório e educacional que não apenas reconheça a complexidade do comportamento humano, mas que também seja capaz de antecipar e mitigar os efeitos adversos de tais comportamentos nos mercados financeiros. Por fim, salientando em especial o caso dos NFTs, o envolvimento de celebridades na promoção destes ativos ilustra a influência poderosa das redes sociais no comportamento do investidor, reiterando a necessidade de transparência, educação financeira e regulamentação adequada para proteger os investidores de decisões impulsionadas por irracionalidade e euforia. 5. Conclusão A exploração da irracionalidade nos mercados financeiros, conforme delineada pela Economia Comportamental, desvenda perspetivas valiosas sobre o comportamento humano e o seu impacto na economia global. Este relatório, apoiado pelas descobertas de Robert J. Shiller, ilumina conceitos como âncoras quantitativas e morais, além do excesso de confiança, enriquecendo a nossa compreensão do processo decisório dos investidores ao navegarem por novas oportunidades de investimento. Ao aplicarmos esses conceitos a alguns casos históricos - incluindo a crise de 2008, a bolha Dot.com e a ascensão dos NFTs - emergimos com uma compreensão mais profunda das dinâmicas subjacentes a esses eventos. Essa análise acabou por enfatizar a relevância de reconhecer os fatores psicológicos que influenciam as decisões económicas, revelando as limitações inerentes à racionalidade humana e os desvios comportamentais dos modelos económicos convencionais. O estudo da economia comportamental, conforme exemplificado pelo trabalho de Shiller e outros, não apenas enriquece a nossa compreensão dos mercados financeiros, mas também orienta a formulação de políticas mais eficazes e práticas de investimento informadas. Estabelecendo um caminho para um futuro financeiro mais estável e previsível, onde decisões de investimento são feitas com uma compreensão mais completa dos fatores comportamentais que afetam os mercados. Assim, este campo de estudo emerge como um elo vital entre a teoria económica e a realidade complexa das decisões humanas, destacando a importância de adaptar continuamente as nossas abordagens teóricas e políticas à natureza multifacetada do comportamento humano. Referências Bibliográficas “Irrational Exuberance” Shiller R.J , Chapter 7 “Psychological Anchors for the Market” Paluteder, D. (2022, November 8). Dot-com Bubble Explained | The True Story of 1995-2000 Stock Market. Finbold. https://finbold.com/guide/dot-com-bubble/ Kovarsky, P. (2019, January 7). Robert J. Shiller on Bubbles, Reflexivity, and Narrative Economics. 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Available at: https://www.linkedin.com/pulse/economia-comportamental-como-entender-ocomportamento-andr%C3%A9-ven%C3%A2ncio/?originalSubdomain=pt