Uploaded by pedromdionisio13

Guião Thomas Malthus EA2

advertisement
Guião Introdução à Ciência Económica – Thomas Malthus
First essay on the principle of Population
Índice
1.
2.
3.
4.
5.
6.
Biografia
Introdução à obra
Princípio da população – Thomas Malthus
Fundamentos Capítulos III-IV
Lei dos pobres – Thomas Malthus
Thomas Malthus estava errado?
1.Biografia
Thomas Robert Malthus, nasceu em 1776, na Inglaterra, foi um economista, matemático,
sociólogo, iluminista e clérigo anglicano inglês. Malthus é considerado o pai da
demografia pela sua teoria sobre o controlo do aumento populacional, conhecida como
malthusianismo. Filho de um rico proprietário de terras, terminou os estudos no Jesus
College a partir de 1784, onde obteria um posto de professor em 1793. Malthus tornouse pastor anglicano em 1797 e, dois anos depois, iniciou uma longa viagem de estudos
pela Europa. Em 1798, Malthus pubicou a obra “An Essay on the Principle of Population”,
contudo, em anonimato. Em 1804, foi nomeado professor de história e de economia
política num colégio da Companhia das Índias (o East India Company College), em
Haileybury, ainda nesse ano casou-se com Harriet Eckersall. Faleceu em 1834, na
Inglaterra.
2. Introdução à obra
Escrita nos contextos históricos da Revolução Francesa e da Revolução Industrial, em
1798 é publicada a obra “First essay on the principle of Population” que apresenta um
ponto de vista diferente associado à evolução, lançada pela primeira vez em anonimato,
apenas em 1803 Malthus assumiria a autoria do Ensaio. Na obra está explicito o
pessimismo do autor em relação ao progresso científico da época, afirmando que este
provavelmente seria afetado pelo crescimento da população. Malthus apontou que
perante condições ótimas, qualquer tipo de população biológica, incluindo obviamente
os humanos, é capaz de crescer a um nível exponencial. Afirmava que a população iria
dobrar a cada 25 anos, quadruplicar a cada 50 anos octuplicar a cada 75 anos e assim
sucessivamente. Malthus utilizou então estes cálculos juntamente com exemplos para
justificar a ideia principal que defende no livro, onde afirma que seria impossível a
produção alimentar, que crescia de forma linear, satisfazer as necessidades da
população que crescia de forma exponencial, o que consequentemente iria gerar fome e
miséria.
O ambiente cultural do iluminismo parece ter conduzido olhares sobre o tema à aceitação
da tese de que a população e a riqueza caminham juntas. Malthus não seria o primeiro
a discordar dessa visão, mas sim o propagandista mais eficiente da tese contrária. Esta
obra foi de tal maneira polémica, que captou não só a atenção dos populares como
também do próprio Parlamento da Grã-Bretanha, levando à prática o Census Act de
1800.
Saliento as que considerámos serem as palavras-chave do princípio defendido por
Malthus e que vão estar presentes ao longo do trabalho, população, produção e pobreza.
3. Princípio da população – Thomas Malthus
"Population, when unchecked, increases at a geometrical ratio. Subsistence increases
only in an arithmetical ratio. A slight acquaintance with numbers will show the immensity
of the first power in comparison with the second."
Malthus defende na sua tese que a população quando não é controlada, cresce em
progressão geométrica e que os meios de subsistência, isto é a produção agrícola cresce
segundo uma progressão aritmética.
Basicamente se escolhermos Portugal como caso de estudo, a população portuguesa
iria aumentar sobre a forma de uma progressão geométrica 1,2,4,8,16,32,64, 128, (…)
enquanto que os meios de subsistência da população iriam aumentar a um rácio de
1,2,3,4,5,6,7,(…). Assim sendo, se os meios de subsistência de Portugal triplicassem, a
população Portuguesa passaria de 10 milhões para 40 milhões, o que faria com que os
meios de subsistência não conseguissem acompanhar o aumento da população. O que
originaria escassez de bens alimentares, que por consequência resultaria em fome e
conflitos sociais.
Ele apoia esta tese, quando diz na sua obra que em um estado de grande igualdade, em
que a produção é muito abundante, ninguém na sociedade teria medo de não conseguir
promover o bem-estar à sua família, e que por essa razão a população iria aumentar,
exatamente por isso iria chegar a uma altura em que essa produção abundante não seria
suficiente para o aumento de população que se verificaria.
Malthus no seu livro apresenta como exemplo o que se verificou nos Estados Unidos,
para explicar que quando a produção é abundante a população aumenta. Nos Estados
Unidos, onde os meios de subsistência eram mais abundantes, verificou-se que a
população duplicou em 25 anos.
3. Princípio da População – Thomas Malthus
O princípio da população de Malthus é basicamente a lei da oferta e da procura aplicada
às relações entre a produção de alimentos e o crescimento populacional, que ele deixa
claro repetidas vezes ao longo do Ensaio. À medida que o suprimento de alimentos
aumenta, os alimentos tornam-se mais baratos e mais crianças são trazidas ao mundo.
Por sua vez, como há mais bocas para alimentar a comida fica mais cara, causando
stress nas famílias, ou sejam mais crianças morrem. À medida que os preços dos
alimentos sobem, mais terra é lavrada, ou maiores esforços são feitos para intensificar a
produção da própria terra.
Embora Malthus reconheça que as relações entre a fertilidade das pessoas e da terra
são bem mais complexas do que essa afirmação simplificada, ele afirma que há uma
relação recíproca recorrente entre as duas. Por causa dessa relação recíproca entre
população e produção, ao longo da evolução sociocultural, tanto a população quanto a
produção de alimentos cresceram paralelamente. Períodos de aumento da produtividade
alimentar, seja pela aplicação de tecnologia ou pela expansão das terras cultivadas, têm
se defrontado com expansões populacionais. Períodos de estabilidade na produção de
alimentos, ou contração da produtividade, foram marcados pelos mesmos fenómenos a
nível populacional.
3. Princípio da População – Thomas Malthus
“By that law of our nature which makes food necessary to the life of man, the effects of
these two unequal powers must be kept equal. This implies a strong and constantly
operating check on population from the difficulty of subsistence.”
Malthus acreditava que a população iria aumentar até a um nível em que os meios de
subsistência não iriam ser suficientes para alimentar toda a população. Quando
chegasse a essa altura, o autor argumentou, que existiriam mecanismos da natureza
para corrigir esse desequilíbrio entre a produção e a população.
Os métodos que o autor refere no seu ensaio são o positive check e o preventive check.
O positive check incluía as mortes prematuras por doença, as catástrofes naturais, a
guerra, a fome, epidemias, entre outros. Estas catástrofes segundo Malthus iriam ter
como objetivo diminuir a população e assim manter o equilíbrio desejado entre os meios
de subsistência e a população.
Os preventive check que diminuiriam a taxa de natalidade, incluem, o controlo do número
de filhos, o celibato, o uso de métodos contracetivos (na atualidade) entre outros.
Na atualidade, podemos considerar o Covid 19, como um dos mecanismos da natureza
que Malthus previu, pois é uma epidemia que já causou inúmeras mortes, não só em
idades avançadas como noutras idades.
4. Fundamentos Capítulos III-IV
Malthus afirmou que a sua posição era baseada numa teoria, teoria essa que se
subdividia em três argumentos:
“That population cannot increase without the means of subsistence, is a proposition so
evident, that it needs no illustration.”
(Que a população não pode aumentar sem meios de subsistência, é uma proposição tão
evidente, que não precisa de ilustração)
“That population does invariably increase, where there are the means of subsistence, the
history of every people that have ever existed will abundantly prove.”
(A população invariavelmente aumenta, onde há meios de subsistência, a história de
todos os povos que já existiram provará abundantemente)
“(…) that the superior power of population cannot be checked, without producing misery
or vice, the ample portion of these too bitter ingredients in the cup of human life, and the
continuance of the physical causes that seem to have produced them, bear too
convincing a testimony”
(que o poder superior da população não pode ser controlado, sem produzir miséria ou
vício, a ampla porção desses ingredientes muito amargos na xícara da vida humana, e
a continuação das causas físicas que parecem tê-los produzido, dão um testemunho
muito convincente)
Com isto, no fim do capítulo II declara que ao examinar os difeente estados que a
humanidade viveu ao longo do tempo seria possivel justificar e consolidar a sua tese e
estes três pontos antes referidos.
Para isto, no capítulo III, Malthus dá o exemplo dos indios norte americanos, que afirma
serem “the rudest state of mankind”. Sobre este povo, o economista ressaltou a ideia de
que mesmo sendo uma das civilizações com mesnos apatia entre os sexos, quando se
encontram num local onde supostamente é possivel provir alimentos e subsistencia à
sua população e famílias, como por exemplo num local com o solo fértil ou junto a sítios
europeus, estes demonstram um esforço para o aumento da população maior do que os
meios para sutentá-la (“the effort towards population, even in this people, seems to be
always greater than the means to support it”), chegando a ter cinco ou seis filhos por
mulher, ao contrário de quando vivem num estado selvagem, onde acabam por ter no
máximo dois filhos que chegam à maioridade. O autor afirma que este exemplo,
juntamento com o povo dos Hottentots junto ao cabo, demosntra factos que comprovam
o poder superior da população em relação aos meios de subsistencia nas sociedade de
caçadores e que este poder vem sempre ao de cima quando ganha a liberdade para se
mostrar (“These facts prove the superior power of population to the means of subsistence
in nations of hunters; and that this power always shews itseIf the moment it is left to act
with freedom.”). Malthus refere ainda a descrepancia existente entre os homens e as
mulheres que vivem nestas tribos. Afirma que as mulheres vivem numa escravatura para
com os homens, fazendo ainda a analogia em que os homens são os ricos de uma
população e as mulheres podem ser comparadas com os pobre e as crianças. Desta
forma, declara que população de uma sociedade de caçadores é magra pela escassez
de comida, aumenta quando existem meios de subsistencia disponiveis e que o tirando
o vício da equação, a miséria é o que trava o poder de superioridade da população e que
a equala aos meios subsitentes disponiveis.(” misery is the check that represses the
superior power of population, and keeps its effects equal to the means of subsistence”)
No seguinte capítulo, Malthus refere-se as civilizações modernas, na altura, lá está, e
limita-as dizendo que se refere às que se didicam tanto à agricultur como ao pasto. Afirma
que estas civilizações apresentavam-se no seu melhor naquele momento “is much
greater than ever it was in former times”. Justifica eta grandeza populacional com o facto
das industrias dos habitantes da maior parte dos países da Europa terem produzidos
quantiddes bastante uperiores das susistenias humanas. Ainda neste capítulo o
economista que estamos a estudar critica Hume que outrora havia escrito sobre a
populacção das nações, Malths afirma que Humme confundia a taxa de crescimento
populacional com o tamanho certo de uma população e que ao contrario do que
oeconomista declarava, normalmete quando existam incentivs para o crecmento da
população o seu tamamnho era reduzido e os seus recursos abundantes e que quando
ocorria o contrarário, portanto, os incentivos à natalidade eram poucos significava que a
população era grande e os recursos reduzidos. Nete seguimento, Malthus diz que a
população Europeia apresentava um crescimento lento, uma vez que a taxa de
natalidade, em alguns casos, era menor que a taxa de mortalidade. Com isto são
apresentados dois checks que justificam este crescimento lento d população eurpeia, um
Preventive Check, o receio de começar uma família sem ter certeza que existirão
alimentos e condições e um Positive check, como doenças e desnutrição (“that a
foresight of the difficulties attending the rearing of a family, acts as a preventive check;
and the actual distresses of some of the lower classes, by which they are disabled from
giving the proper food and attention to their children, acts as a positive check”). Como
fundamento aos Preventive Checks, Malthus dá o exemplo etraftificado do que ocorria
em Englaterra, mencionando os homens de classe alta “who are prevented from marrying
by the idea of the expences that they must retrench”, os homens com uma educação
porém que apenas ganhava o suficiente para ser considerado de classe alt e que se
casasse sabia que desceria de classe social, os homens filhos de comerciantes e
agricultores são intruidos a não casar e entre outros os homens que servem as famílias
apesar de vierem bem nas casas dos seus “chefes” não teriam capacidade de fornecer
uma vida estável a uma suposta família. Assim, com este caso estratificado de
Englaterra, Malthus conclui este exemplo com a ideia de que este exemplo pode ser
globalizado e genaralizado e por isso o efeito das retrinções referidas anteriormente que
são impostas sobre o casamento são concequentes dos vicos existentes em todo o
mundo vicios estes que clocam constantemente ambos os sexos infelizes.
5. A Lei dos Pobres – Thomas Malthus
Já no quinto capítulo, Malthus aborda a lei dos pobres e o segundo “positive check”, o
aumento da taxa de moralidade devido a doenças, entre outros já referidos
anteriormente. A Lei dos pobres foi uma lei instituída na Inglaterra que visava erradicar
ou diminuir a pobreza existente na altura. Malthus apresentou-se contra este conjunto de
leis. Para além de afirmar que as leis dos pobres, no fundo, não estavam a funcionar,
uma vez que, não seria através destes “subsídios” que a comida para alimentar a
população menos favorável iria ser produzida, considera também que estas leis apenas
geravam maiores discrepâncias uma vez que quem era afetado por estas teria mais
poder de consumo ao contrário de quem não teria direito a estes “subsídios”, visto que
acabaria por ficar com menos poder de consumo e com menos comida disponível para
consumir. Neste seguimento, o economista declara que a lei dos pobres acabava por ser
prejudicial a estes de duas formas distintas, sendo a primeira o facto de que a população
com menos capacidades por acreditar que poderia vir a ter o apoio do Estado acabava
por criar famílias mais numerosas e por isso a população começou a crescer de uma
forma mais rápida, e a segunda forma sendo a ideia de que este conjunto de leis
acabavam por afastar os recursos e suplementos de quem realmente os merecia como
a classe trabalhadora, o que no fim do dia acabava por dar um grande poder a quem
estava encarregue de distribuir estas leis. No final da sua opinião Malthus sugeriu a
substituição das leis dos pobres por leis de encorajamento à agricultura, o que faria com
que a produção da comida aumenta em vez dos suplementos serem apenas
redistribuídos.
6. Thomas Malthus estava errado?
Após a realização do trabalho e a leitura da obra podemos concluir que Thomas Malthus
estava errado, uma vez que o cenário catastrófico que predizia para a Humanidade não
ocorreu, embora a população tivesse crescido de forma continua, temos o exexmplo do
“baby boom” no pós segunda Guerra mundial, onde a população chegou mesmo a
aumentar de forma brusca, a evolução nos métodos de produção agrícola demonstrouse suficiente para satisfazer as necessidades da população crescendo também ela de
forma exponencial. Porém, podemos também dizer que Thomas Malthus apenas se
enganou no que toca à natureza dos recursos, hoje fala-se de novo na finitude do
Planeta, nos limites do crescimento, nas alterações climáticas e a forma como estas
afetam os recursos disponíveis, na escassez de recursos hídricos, no pico da energia
fóssil. Se tivermos isso em conta, Malthus não estava completamente errado e assim, se
adaptarmos a sua teoria aos tempos atuais será que estamos perto de atingir o ponto de
rotura?
Trabalho realizado por:
António Nobre, 105029
Catarina Azriel, 104976
Joana D’Água, 105437
Pedro Dionísio, 104774
Download