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EQUAÇÕES DIFERENCIAIS PARCIAIS

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EQUAÇÕES DIFERENCIAIS PARCIAIS E
PROBLEMAS DE VALOR DE CONTORNO
PROF.WILLIAM REIS SILVA
Referências Bibliográficas :
Equações Diferenciais - volume 2 - Zill & Cullen
Equações Diferenciais e Problemas de Valor de Contorno - Boyce & Diprima
Anotações de Aula do Prof. Cornetti
1. EQUAÇÕES DIFERENCIAIS PARCIAIS
Estudaremos agora processos utilizados para resolver equações de derivadas
parciais que ocorrem com frequência em problemas de Física e Engenharia relacionados
com distribuições de temperatura, vibrações e potenciais. Tais problemas são chamados
de problemas de valor de contorno (ou problemas de condições de contorno) e são
descritos, em geral, por equações de derivadas parciais (EDP) lineares de 2ª ordem não
homogêneas, tais como:
πœ• 2𝑒
πœ• 2𝑒
πœ• 2𝑒
πœ•π‘’
πœ•π‘’
𝐴
+ 𝐡 2+ 𝐢
+ 𝐷
+𝐸
+ 𝐹 𝑒 = 𝐺(π‘₯, 𝑦)
2
πœ•π‘₯
πœ•π‘¦
πœ•π‘₯πœ•π‘¦
πœ•π‘₯
πœ•π‘¦
(1)
ou, na forma geral:
𝐹 (π‘₯, 𝑦, 𝑒, 𝑒π‘₯ , 𝑒𝑦 , 𝑒π‘₯π‘₯ , 𝑒𝑦𝑦 , 𝑒π‘₯𝑦 ) = 0
sendo : 𝑒 = 𝑒(π‘₯, 𝑦) e A, B, C, D, E, F e G funções de x e y.
Quando G(x,y) = 0 temos a equação diferencial parcial (EDP) homogênea. A
ordem da EDP é definida pela maior ordem da derivada parcial envolvida na EDP.
Exemplos:
πœ• 2𝑒 πœ• 2𝑒
+
+ 𝑒=0
πœ•π‘₯ 2 πœ•π‘¦ 2
πœ• 2 𝑒 πœ•π‘’
−
= π‘₯2
2
πœ•π‘₯
πœ•π‘¦
πœ• 2𝑒
πœ•π‘’
𝑦
− π‘₯
=0
2
πœ•π‘₯
πœ•π‘¦
EDP Homogênea de 2ª ordem com
coeficientes constantes.
EDP não homogênea de 2ª ordem com
coeficientes constantes.
EDP homogênea de 2ª ordem com
coeficientes variáveis.
Notas de Aula - Prof. William Reis Silva
A solução de uma EDP de 2ª ordem é uma função u(x,y), que possui derivadas
parciais de 1ª e 2ª ordens em x e y e que satisfaz a equação (1), para alguma região do
plano xy. Nosso objetivo é obter soluções particulares para a EDP que satisfaçam certas
condições de contorno. A maioria das EDP´s, mesmo com coeficientes constantes, não
possuem uma solução geral.
Determinaremos aqui soluções particulares de equações lineares importantes que
surgem em muitas aplicações da Física e da Engenharia.
EXEMPLOS
I - EQUAÇÃO DE CALOR
𝐾
πœ• 2𝑒 πœ• 𝑒
−
=0
πœ•π‘₯ 2 πœ• 𝑑
0ο‚£xο‚£L
𝐾 >0
na qual x indica comprimento e t indica tempo.
Esta equação aparece na teoria de transferência de calor, sendo a constante K
associada à condutividade térmica e ao calor específico do material.
II - EQUAÇÃO DA CORDA
π‘Ž2
0ο‚£xο‚£L
πœ• 2 𝑒 πœ•2 𝑒
−
=0
πœ•π‘₯ 2 πœ• 𝑑2
Problemas de vibrações mecânicas resultam em equações deste tipo, sendo que
u(x,t) indica o deslocamento vertical da corda a partir do eixo x, contado a partir do
instante t=0. A constante “a” em geral, depende da tensão nas extremidades da corda e
da densidade linear da mesma.
NOTA : As equações de calor e corda podem ser modificadas para levar em conta
influências internas ou externas do sistema físico, e serem representadas por :
𝐾
πœ• 2𝑒 πœ• 𝑒
−
= 𝐺(π‘₯, 𝑑, 𝑒)
πœ•π‘₯ 2 πœ• 𝑑
𝐾>0
πœ• 2 𝑒 πœ•2 𝑒
π‘Ž
−
= 𝐹 (π‘₯, 𝑑, 𝑒, 𝑒𝑑 )
πœ•π‘₯ 2 πœ• 𝑑2
2
Em geral, termos do tipo 𝑓(π‘₯, 𝑑) representam forças externas, termos do tipo
𝐢 πœ• 𝑑 representam forças de amortecimento e termos do tipo 𝐾 𝑒 representam forças
restauradoras.
πœ•π‘’
2
Notas de Aula - Prof. William Reis Silva
III - EQUAÇÃO DE LAPLACE
∇2 u = 0
πœ• 2𝑒 πœ• 2𝑒
+
=0
πœ• π‘₯2 πœ• 𝑦2
πœ• 2𝑒
πœ• 2𝑒
πœ• 2𝑒
+
+
=0
πœ• π‘₯2 πœ• 𝑦2 πœ• 𝑧2
Laplaciano em 2 dimensões
Laplaciano em 3 dimensões
𝑒 = 𝑒(π‘₯, 𝑦)
𝑒 = 𝑒(π‘₯, 𝑦, 𝑧)
As equações de Laplace surgem em problemas independentes do tempo
(conservativos), que envolvem potenciais eletrostáticos e gravitacionais, além de terem
aplicações em mecânica dos fluidos.
FORMA GERAL DA EDP
Considerando x1 , x2 , ......, xn variáveis independentes e u a variável dependente
temos :
π‘’βˆΆπ· → β„›,
𝐷 ⊂ ℛ𝑛
a forma geral da EDP de ordem n é dada por:
𝐹(π‘₯1 , π‘₯2 , … , π‘₯𝑛 , 𝑒, 𝑒π‘₯1 , 𝑒π‘₯2 , … , 𝑒π‘₯𝑛 , 𝑒π‘₯1π‘₯1 , 𝑒π‘₯2π‘₯2 , … 𝑒π‘₯1π‘₯2 , … , 𝑒π‘₯𝑛π‘₯𝑛 ) = 0
NOTA : RELEMBRAR AS NOTAÇÕES :
πœ• 2𝑓
πœ• πœ•π‘“
πœ•
( 𝑓 ) = 𝑓π‘₯𝑦 = 𝑓𝑦π‘₯
( )=
=
πœ•π‘¦ πœ•π‘₯
πœ•π‘¦ πœ•π‘₯
πœ•π‘¦ π‘₯
EXERCÍCIOS
Resolver as equações diferenciais parciais a seguir:
1)
πœ•π‘’
πœ•π‘₯
=0
π‘ π‘’π‘›π‘‘π‘œ 𝑒 = 𝑒(π‘₯, 𝑦)
Solução:
𝑒 = 𝑓(𝑦) + 𝐢,
2)
πœ•π‘’
πœ•π‘₯
=0
u depende apenas de y
π‘ π‘’π‘›π‘‘π‘œ 𝑒 = 𝑒(π‘₯, 𝑦, 𝑧)
Solução:
𝑒 = 𝑓(𝑦, 𝑧) + 𝐢,
3)
πœ•2 𝑒
πœ•π‘₯πœ•π‘¦
=1
u depende apenas de y e z
π‘π‘œπ‘š 𝑒 = 𝑒(π‘₯ , 𝑦)
3
Notas de Aula - Prof. William Reis Silva
Solução:
πœ•
πœ•π‘₯
πœ•π‘’
(πœ• 𝑦) = 1 ⟹
πœ•π‘’
πœ•π‘¦
= π‘₯ + 𝑓(𝑦)
𝑒 (π‘₯, 𝑦) = π‘₯𝑦 + ∫ 𝑓(𝑦)𝑑𝑦 + β„Ž(π‘₯)
𝑒(π‘₯, 𝑦) = π‘₯𝑦 + 𝑔(𝑦) + β„Ž(π‘₯)
4)
πœ•2 𝑒
πœ•π‘₯πœ•π‘¦
=1
π‘π‘œπ‘š 𝑒 = 𝑒(π‘₯ , 𝑦, 𝑧)
Solução:
πœ•
πœ•π‘₯
πœ•π‘’
(πœ• 𝑦) = 1 ⟹
πœ•π‘’
πœ•π‘¦
= π‘₯ + 𝑓(𝑦, 𝑧)
𝑒 (π‘₯, 𝑦, 𝑧) = π‘₯𝑦 + ∫ 𝑓(𝑦, 𝑧)𝑑𝑦 + β„Ž(π‘₯, 𝑧)
𝑒(π‘₯, 𝑦, 𝑧) = π‘₯𝑦 + 𝑔(𝑦, 𝑧) + β„Ž(π‘₯, 𝑧)
5)
πœ•2 𝑒
πœ•π‘₯πœ•π‘¦
= π‘₯ π‘π‘œπ‘š 𝑒 = 𝑒(π‘₯ , 𝑦)
Solução:
πœ•
πœ•π‘¦
πœ•π‘’
(πœ• π‘₯ ) = π‘₯ ⟹
𝑒 (π‘₯, 𝑦) =
𝑒 (π‘₯, 𝑦) =
π‘₯2
2
π‘₯2
2
πœ•π‘’
πœ•π‘₯
= π‘₯𝑦 + 𝑓(π‘₯)
𝑦 + ∫ 𝑓(π‘₯)𝑑π‘₯ + β„Ž(𝑦)
𝑦 + 𝑔(π‘₯) + β„Ž(𝑦)
2. PROBLEMA DE VALOR DE CONTORNO (PVC) OU PROBLEMA DE
CONDIÇÃO DE CONTORNO (PCC)
Chamam-se condições de contorno (C.C.) as condições que devem ser satisfeitas
pela solução da EDP. Um PVC é caracterizado por EDP + CC.
Exemplos:
1) Resolver o PVC :
𝑒π‘₯𝑦 = 2 π‘₯
𝑒 = 𝑒(π‘₯, 𝑦)
com as condições de contorno:
𝑒(π‘₯, 0) = π‘₯ 2
𝑒
𝑒(0, 𝑦) = 0
4
Notas de Aula - Prof. William Reis Silva
Solução:
πœ•
𝑒π‘₯𝑦 =
πœ•π‘¦
πœ•π‘’
πœ•π‘’
(πœ• π‘₯ ) = 2π‘₯ ⟹
πœ•π‘₯
= π‘₯ 2 𝑦 + 𝑓(π‘₯)
𝑒 (π‘₯, 𝑦) = π‘₯ 2 𝑦 + β„Ž(π‘₯) + 𝑔(𝑦)
Aplicando as condições de contorno:
𝑒(0, 𝑦) = β„Ž(0) + 𝑔(𝑦) ⇒ 𝑔(𝑦) = −β„Ž(0)
𝑒 (π‘₯, 𝑦) = π‘₯ 2 𝑦 − β„Ž(0) + β„Ž(𝑦)
𝑒(π‘₯, 0) = − β„Ž(0) + β„Ž(π‘₯) = π‘₯ 2
𝑒 (π‘₯, 𝑦) = π‘₯ 2 𝑦 + π‘₯ 2 = π‘₯ 2 ( 𝑦 + 1)
2) Resolver o PVC:
𝑒π‘₯ = 1
𝑒 = 𝑒(π‘₯, 𝑦)
sujeita à condição de contorno:
𝑒(0, 𝑦) = 𝑠𝑒𝑛 𝑦
Solução:
πœ•π‘’
πœ•π‘₯
=1
⟹ 𝑒(π‘₯, 𝑦) = π‘₯ + 𝑓(𝑦) + 𝐢
𝑒(0, 𝑦) = 𝑓(𝑦) + 𝐢 = 𝑠𝑒𝑛 𝑦
𝑒(π‘₯, 𝑦) = π‘₯ + 𝑠𝑒𝑛 𝑦
3) Resolver o PVC:
πœ• 2𝑒
=0
πœ•π‘₯ 2
𝑒 = 𝑒(π‘₯, 𝑦)
com as condições de contorno
𝑒(0, 𝑦) = 𝑦 2
𝑒
𝑒(1, 𝑦) = 1
Solução:
πœ•
πœ•π‘’
(
πœ•π‘₯ πœ• π‘₯
)=0
⟹
πœ•π‘’
πœ•π‘₯
= 𝑓(𝑦)
⟹
𝑒(π‘₯, 𝑦) = π‘₯ 𝑓(𝑦) + 𝑔(𝑦)
𝑒(0, 𝑦) = 𝑔(𝑦) = 𝑦 2
𝑒(π‘₯, 𝑦) = π‘₯ 𝑓(𝑦) + 𝑦 2
5
Notas de Aula - Prof. William Reis Silva
𝑒(1, 𝑦) = 𝑓(𝑦) + 𝑦 2 = 1 ⟹ 𝑓(𝑦) = 1 − 𝑦 2
𝑒(π‘₯, 𝑦) = π‘₯ (1 − 𝑦 2 ) + 𝑦 2
4) Resolver:
πœ• 2𝑒
=0
πœ•π‘₯ πœ•π‘¦
𝑒 = 𝑒(π‘₯, 𝑦)
com as condições de contorno:
𝑒(0, 𝑦) = 𝑦 𝑒 𝑒(π‘₯, 0) = 𝑠𝑒𝑛 π‘₯
Solução:
πœ•
πœ•π‘₯
πœ•π‘’
πœ•π‘’
(πœ• 𝑦) = 0 ⟹
πœ•π‘¦
= 𝑓(𝑦)
𝑒 (π‘₯, 𝑦) = ∫ 𝑓(𝑦)𝑑𝑦 + 𝑔(π‘₯) + 𝐢
𝑒(π‘₯, 𝑦) = β„Ž(𝑦) + 𝑔(π‘₯) + 𝐢
𝑒(0, 𝑦) = β„Ž(𝑦) + 𝑔(0) + 𝐢 = 𝑦
𝑦 − 𝑔(0) = β„Ž(𝑦) + 𝐢
𝑒(π‘₯, 𝑦) = 𝑦 + 𝑔(π‘₯) − 𝑔(0)
𝑒(π‘₯, 0) = 𝑔(π‘₯) − 𝑔(0) = 𝑠𝑒𝑛 π‘₯
𝑒(π‘₯, 𝑦) = 𝑦 + 𝑠𝑒𝑛 π‘₯
5) Resolver
πœ•π‘’
=0
πœ•π‘₯
π‘π‘œπ‘š 𝑒(0, 𝑦) = 𝑠𝑒𝑛 𝑦
Solução:
𝑒(π‘₯, 𝑦) = 𝑔(𝑦) + 𝐢
𝑒(0, 𝑦) = 𝑔(𝑦) + 𝐢 = 𝑠𝑒𝑛 𝑦
𝑒(π‘₯, 𝑦) = 𝑠𝑒𝑛 𝑦
6) Resolver:
πœ• 2𝑒
=1
πœ•π‘₯ πœ•π‘¦
𝑒 = 𝑒(π‘₯, 𝑦)
6
Notas de Aula - Prof. William Reis Silva
com as condições de contorno:
𝑒(0, 𝑦) = cos 𝑦 𝑒 𝑒π‘₯ (π‘₯, 0) = 𝑒 π‘₯
Solução:
πœ•
πœ•π‘₯
πœ•π‘’
(πœ• 𝑦) = 1 ⟹
πœ•π‘’
πœ•π‘¦
= π‘₯ + 𝑓(𝑦)
𝑒(π‘₯, 𝑦) = π‘₯𝑦 + β„Ž(𝑦) + 𝑔(π‘₯)
Aplicando as condições de contorno:
𝑒(0, 𝑦) = β„Ž(𝑦) + 𝑔(0) = cos 𝑦 ⟹ β„Ž(𝑦) = cos 𝑦 − 𝑔(0)
𝑒(π‘₯, 𝑦) = π‘₯𝑦 + 𝑔(π‘₯) − 𝑔(0) + cos 𝑦
𝑒π‘₯ (π‘₯, 𝑦) = 𝑦 + 𝑔′ (π‘₯)
𝑒π‘₯ (π‘₯, 0) = 0 + 𝑔′ (π‘₯) = 𝑒 π‘₯
⟹ 𝑔(π‘₯) = 𝑒 π‘₯ + 𝐢 ⟹
𝑔(0) = 1 + 𝐢
𝑒(π‘₯, 𝑦) = π‘₯𝑦 + 𝑒 π‘₯ + 𝐢 − 1 − 𝐢 + cos 𝑦
𝑒(π‘₯, 𝑦) = π‘₯𝑦 + 𝑒 π‘₯ − 1 + cos 𝑦
3. MUDANÇA DE VARIÁVEIS
A idéia básica na determinação da solução de certos tipos de EDP consiste em se
utilizar uma mudança de variáveis conveniente, de modo a reduzir o problema em
estudo a uma EDP que dependa apenas de uma derivada parcial e possa ser facilmente
integrada.
𝑝 = 𝛽π‘₯ + 𝛼𝑦
π‘ž = 𝛽π‘₯ − 𝛼𝑦
(π‘₯, 𝑦) ⟢ (𝑝, π‘ž)
3.1 Equação do tipo
𝛼
πœ•π‘’
πœ•π‘’
±π›½
= 𝑓(π‘₯, 𝑦)
πœ•π‘₯
πœ•π‘¦
π‘π‘œπ‘š 𝛼 𝑒 𝛽 π‘π‘œπ‘›π‘ π‘‘π‘Žπ‘›π‘‘π‘’π‘  𝑒 𝑒 = 𝑒(π‘₯, 𝑦)
Realizando a mudança de variáveis
𝑒 = 𝑒(π‘₯, 𝑦) = 𝑒(𝑝, π‘ž)
Lembrando que:
πœ•π‘’ πœ•π‘’ πœ•π‘ πœ•π‘’ πœ•π‘ž
πœ•π‘’ πœ•π‘’
=
+
= 𝛽( + )
πœ•π‘₯ πœ•π‘ πœ•π‘₯ πœ•π‘ž πœ•π‘₯
πœ•π‘ πœ•π‘ž
7
Notas de Aula - Prof. William Reis Silva
e
πœ•π‘’ πœ•π‘’ πœ•π‘ πœ•π‘’ πœ•π‘ž
πœ•π‘’ πœ•π‘’
=
+
= 𝛼( − )
πœ•π‘¦ πœ•π‘ πœ•π‘¦ πœ•π‘ž πœ•π‘¦
πœ•π‘ πœ•π‘ž
então:
πœ•π‘’ πœ•π‘’
πœ•π‘’ πœ•π‘’
Μ… π‘ž)
𝛽𝛼 ( + ) ± 𝛽𝛼 ( − ) = 𝑓(𝑝,
πœ•π‘ πœ•π‘ž
πœ•π‘ πœ•π‘ž
Para o sinal positivo:
2𝛽 𝛼
πœ•π‘’
= 𝑓̅ (𝑝, π‘ž)
πœ•π‘
πœ•π‘’
1
=
𝑓̅ (𝑝, π‘ž)
πœ•π‘
2𝛽 𝛼
que pode ser integrada em p, mantendo q constante.
Para o sinal negativo:
πœ•π‘’
1
=
𝑓̅ (𝑝, π‘ž)
πœ•π‘ž
2𝛽 𝛼
Exercícios
1) Resolver a equação:
2
πœ•π‘’ πœ•π‘’
+
= 4 𝑒π‘₯−2𝑦
πœ•π‘₯ πœ•π‘¦
π‘π‘œπ‘š 𝑒(0, 𝑦) = 𝑠𝑒𝑛 𝑦
Solução:
𝑓(π‘₯, 𝑦) = 4𝑒 π‘₯−2𝑦
𝛼=2
𝛽=1
𝑝+π‘ž
2
𝑝−π‘ž
𝑦=
4
𝑝 = π‘₯ + 2𝑦
π‘₯=
π‘ž = π‘₯ − 2𝑦
π‘₯ − 2𝑦 =
𝑝+π‘ž 𝑝−π‘ž
−
=π‘ž
2
2
𝑓(π‘₯, 𝑦) = 4𝑒 π‘ž
πœ•π‘’ πœ•π‘’ πœ•π‘’
=
+
πœ•π‘₯ πœ•π‘ πœ•π‘ž
8
Notas de Aula - Prof. William Reis Silva
πœ•π‘’
πœ•π‘’ πœ•π‘’
= 2(
−
)
πœ•π‘¦
πœ•π‘ πœ•π‘ž
2(
πœ•π‘’ πœ•π‘’
πœ•π‘’ πœ•π‘’
) + 2(
) = 4𝑒 π‘ž
+
−
πœ•π‘ πœ•π‘ž
πœ•π‘ πœ•π‘ž
4
πœ•π‘’
= 4𝑒 π‘ž
πœ•π‘
πœ•π‘’
= 𝑒 π‘ž ⟹ 𝑒(𝑝, π‘ž) = 𝑝 𝑒 π‘ž + 𝑔(π‘ž) + 𝐢
πœ•π‘
𝑒(π‘₯, 𝑦) = (π‘₯ + 2𝑦) 𝑒 π‘₯−2𝑦 + 𝑔(π‘₯ − 2𝑦) + 𝐢
𝑔(π‘₯ − 2𝑦) 𝑒 𝐢 são então determinadas pelas condições de contorno.
π‘₯ = 0 ⟹ 𝑝 = 2𝑦 𝑒 π‘ž = −2𝑦 ⟹ 𝑝 = −π‘ž
−π‘ž − π‘ž
π‘ž
𝑒(−π‘ž, π‘ž) = 𝑠𝑒𝑛 (
) = −𝑠𝑒𝑛 ( )
4
2
π‘ž
𝑒(−π‘ž, π‘ž) = −π‘ž 𝑒 π‘ž + 𝑔(π‘ž) + 𝐢 = −𝑠𝑒𝑛 ( )
2
π‘ž
𝑔(π‘ž) + 𝐢 = −𝑠𝑒𝑛 ( ) + π‘ž 𝑒 π‘ž
2
π‘ž
𝑒(𝑝, π‘ž) = (𝑝 + π‘ž) 𝑒 π‘ž − 𝑠𝑒𝑛 ( )
2
𝑒(π‘₯, 𝑦) = 2π‘₯ 𝑒 π‘₯−2𝑦 − 𝑠𝑒𝑛 (
π‘₯ − 2𝑦
)
2
2) Resolver:
πœ•π‘’ πœ•π‘’
−
= 2 𝑠𝑒𝑛 π‘₯
πœ•π‘₯ πœ•π‘¦
π‘π‘œπ‘š
𝑒(π‘₯, 0) = 4 + π‘₯2
Solução:
𝑓(π‘₯, 𝑦) = 2 𝑠𝑒𝑛 π‘₯
𝛼=1
𝛽=1
𝑝+π‘ž
2
𝑝−π‘ž
𝑦=
2
𝑝 =π‘₯+𝑦
π‘₯=
π‘ž =π‘₯−𝑦
πœ•π‘’ πœ•π‘’ πœ•π‘’
=
+
πœ•π‘₯ πœ•π‘ πœ•π‘ž
9
Notas de Aula - Prof. William Reis Silva
πœ•π‘’
πœ•π‘’ πœ•π‘’
=
−
πœ•π‘¦
πœ•π‘ πœ•π‘ž
2
πœ•π‘’
𝑝+π‘ž
πœ•π‘’
𝑝+π‘ž
) ⟹
)
= 2 𝑠𝑒𝑛 (
= 𝑠𝑒𝑛 (
πœ•π‘ž
2
πœ•π‘ž
2
𝑒(𝑝, π‘ž) = −2 π‘π‘œπ‘  (
𝑝+π‘ž
) + 𝑓(𝑝)
2
Aplicando a condição de contorno:
𝑒(π‘₯, 0) = 4 + π‘₯ 2
𝑝=π‘₯ 𝑒 π‘ž=π‘₯ ⟹ 𝑝=π‘ž
𝑒(𝑝, 𝑝) = 4 + 𝑝2
𝑒(𝑝, 𝑝) = −2 cos 𝑝 + 𝑓(𝑝) = 4 + 𝑝2
𝑓(𝑝) = 4 + 𝑝2 + 2 cos 𝑝
𝑝+π‘ž
) + 4 + 𝑝2 + 2 cos 𝑝
𝑒(𝑝, π‘ž) = −2 π‘π‘œπ‘  (
2
𝑒(π‘₯, 𝑦) = −2 π‘π‘œπ‘  π‘₯ + 4 + (π‘₯ + 𝑦)2 + 2 cos(π‘₯ + 𝑦)
3.2 Equação do tipo
𝛼2
πœ• 2𝑒
πœ• 2𝑒
2
−
𝛽
= 𝑓(π‘₯, 𝑦)
πœ•π‘₯ 2
πœ•π‘¦ 2
π‘π‘œπ‘š 𝛼 𝑒 𝛽 π‘π‘œπ‘›π‘ π‘‘π‘Žπ‘›π‘‘π‘’π‘  𝑒 𝑒 = 𝑒(π‘₯, 𝑦)
𝑝 = 𝛽π‘₯ + 𝛼𝑦
π‘ž = 𝛽π‘₯ − 𝛼𝑦
(π‘₯, 𝑦) ⟢ (𝑝, π‘ž)
πœ•π‘’
πœ•π‘’ πœ•π‘’
= 𝛽( + )
πœ•π‘₯
πœ•π‘ πœ•π‘ž
𝑒
πœ•π‘’
πœ•π‘’ πœ•π‘’
= 𝛼( − )
πœ•π‘¦
πœ•π‘ πœ•π‘ž
πœ• 2𝑒
πœ• πœ•π‘’ πœ•π‘ πœ• πœ•π‘’ πœ•π‘ž πœ• πœ•π‘’ πœ•π‘ πœ• πœ•π‘’ πœ•π‘ž
( )
( )
( )
( ) ]
=
𝛽
[
+
+
+
πœ•π‘₯ 2
πœ•π‘ πœ•π‘ πœ•π‘₯ πœ•π‘ž πœ•π‘ πœ•π‘₯ πœ•π‘ πœ•π‘ž πœ•π‘₯ πœ•π‘ž πœ•π‘ž πœ•π‘₯
πœ• 2𝑒
πœ• 2𝑒
πœ• 2𝑒 πœ• 2𝑒
2
=
𝛽
(
+
2
+
)
πœ•π‘₯ 2
πœ•π‘2
πœ•π‘πœ•π‘ž πœ•π‘ž 2
Do mesmo modo
10
Notas de Aula - Prof. William Reis Silva
πœ• 2𝑒
πœ• 2𝑒
πœ• 2𝑒
πœ• 2𝑒
2
=
𝛼
(
−
2
+
)
πœ•π‘¦ 2
πœ•π‘2
πœ•π‘πœ•π‘ž πœ•π‘ž 2
Logo:
πœ• 2𝑒
Μ… π‘ž)
4𝛼 𝛽
= 𝑓 (𝑝,
πœ•π‘πœ•π‘ž
2 2
Exercício : Resolver o PVC:
4𝑒π‘₯π‘₯ − 9𝑒𝑦𝑦 = 144 𝑠𝑒𝑛(3π‘₯ + 2𝑦) π‘π‘œπ‘š 𝑒(0, 𝑦) = 𝑦 𝑒 𝑒(π‘₯, 0) = 0
Solução:
𝑓(π‘₯, 𝑦) =
144 𝑠𝑒𝑛(3π‘₯ + 2𝑦)
𝛼=2
𝛽=3
𝑝+π‘ž
6
𝑝−π‘ž
𝑦=
4
𝑝 = 3π‘₯ + 2𝑦
π‘₯=
π‘ž = 3π‘₯ − 2𝑦
𝑓(π‘₯, 𝑦) = 144 𝑠𝑒𝑛(3π‘₯ + 2𝑦) = 144 𝑠𝑒𝑛 𝑝
4.4.9
πœ• 2𝑒
πœ• πœ•π‘’
( ) = 𝑠𝑒𝑛 𝑝
= 144 𝑠𝑒𝑛 𝑝 ⟹
πœ•π‘πœ•π‘ž
πœ•π‘ πœ•π‘ž
πœ•π‘’
= − cos 𝑝 + 𝑓(π‘ž) + 𝐢
πœ•π‘ž
𝑒(𝑝, π‘ž) = −π‘ž cos 𝑝 + β„Ž(π‘ž) + πΆπ‘ž + 𝑔(𝑝) + 𝐷
Aplicando a condição de contorno:
𝑒(0, 𝑦) = 𝑦 ⟹ 𝑝 = 2𝑦 𝑒 π‘ž = −2𝑦 ⟹ 𝑝 = −π‘ž
𝑒(𝑝, −𝑝) =
𝑝
2
𝑒(π‘₯, 0) = 0 ⟹ 𝑝 = 3π‘₯ 𝑒 π‘ž = 3π‘₯ ⟹ 𝑝 = π‘ž
𝑒(π‘ž, π‘ž) = 0
𝑒(π‘ž, π‘ž) = −π‘ž cos π‘ž + β„Ž(π‘ž) + πΆπ‘ž + 𝑔(π‘ž) + 𝐷 = 0
β„Ž(π‘ž) + πΆπ‘ž + 𝐷 = π‘ž cos π‘ž − 𝑔(π‘ž)
11
Notas de Aula - Prof. William Reis Silva
𝑒(𝑝, π‘ž) = −π‘ž cos 𝑝 + π‘ž cos π‘ž − 𝑔(π‘ž) + 𝑔(𝑝)
𝑒(𝑝, −𝑝) = 𝑝 cos 𝑝 − 𝑝 cos 𝑝 − 𝑔(−𝑝) + 𝑔(𝑝) =
𝑔(𝑝) − 𝑔(−𝑝) =
𝑝
2
⟹ 𝑔(𝑝) =
𝑝
4
𝑝
2
𝑒 𝑔(−𝑝) = −
𝑒(𝑝, π‘ž) = −π‘ž cos 𝑝 + π‘ž cos π‘ž −
𝑝
4
π‘ž 𝑝
+
4 4
𝑒(π‘₯, 𝑦) = −(3π‘₯ − 2𝑦) cos(3π‘₯ + 2𝑦) + (3π‘₯ − 2𝑦) cos(3π‘₯ − 2𝑦) −
3π‘₯ + 2𝑦
+
4
3π‘₯ − 2𝑦
4
𝑒(π‘₯, 𝑦) = −(3π‘₯ − 2𝑦) [cos(3π‘₯ − 2𝑦) − cos(3π‘₯ + 2𝑦)] + 𝑦
4. MÉTODO DE SEPARAÇÃO DE VARIÁVEIS
Dada uma EDP de 2ª ordem podemos escolher uma solução particular na forma:
𝑒(π‘₯, 𝑦) = 𝑋(π‘₯)π‘Œ(𝑦)
de modo a reduzir a EDP em duas EDO’s.
Para isso temos que:
πœ•π‘’
= 𝑋′π‘Œ
πœ•π‘₯
π‘ π‘’π‘›π‘‘π‘œ 𝑋 ′ =
𝑑𝑋
𝑑π‘₯
πœ• 2𝑒
= 𝑋 ′′ π‘Œ
πœ•π‘₯ 2
πœ•π‘’
= 𝑋 π‘Œ′
πœ•π‘¦
π‘ π‘’π‘›π‘‘π‘œ π‘Œ ′ =
π‘‘π‘Œ
𝑑𝑦
πœ• 2𝑒
= 𝑋 π‘Œ′′
πœ•π‘¦ 2
e
πœ• 2𝑒
= 𝑋′ π‘Œ′
πœ•π‘₯πœ•π‘¦
Na determinação destas soluções aparece um novo parâmetro, denominado de
CONSTANTE DE SEPARAÇÃO, o qual dependerá das condições iniciais e/ou das
condições de contorno e também da própria característica física do problema em estudo.
12
Notas de Aula - Prof. William Reis Silva
EXEMPLO:
πœ• 2𝑒
πœ•π‘’
=4
2
πœ•π‘₯
πœ•π‘¦
Solução:
𝑒(π‘₯, 𝑦) = 𝑋(π‘₯)π‘Œ(𝑦)
πœ• 2𝑒
= 𝑋 ′′ π‘Œ
πœ•π‘₯ 2
πœ•π‘’
= 𝑋 π‘Œ′
πœ•π‘¦
𝑒
𝑋 ′′ π‘Œ = 4 π‘‹π‘Œ′
𝑋′′
⏟
𝑋
π‘Œ′
4
⏟
π‘Œ
=
𝑑𝑒𝑝𝑒𝑛𝑑𝑒 𝑑𝑒 π‘₯
= 𝐾 = π‘π‘œπ‘›π‘ π‘‘π‘Žπ‘›π‘‘π‘’ 𝑑𝑒 π‘ π‘’π‘π‘Žπ‘Ÿπ‘Žçãπ‘œ
𝑑𝑒𝑝𝑒𝑛𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝑦
𝑋′′
=𝐾
𝑋
4
𝑋 ′′ − 𝐾𝑋 = 0
⟹
π‘Œ′
=𝐾
π‘Œ
π‘Œ′ =
⟹
𝐾
π‘Œ
4
sendo possível 3 casos:
I) 𝐾 = 0
𝑋 ′′ = 0
⟹ 𝑋′ = 𝐢
π‘Œ′ = 0
⟹ 𝑋(π‘₯) = 𝑐1 π‘₯ + 𝑐2
⟹ π‘Œ(𝑦) = 𝑑1
𝑒(π‘₯, 𝑦) = 𝑑1 (𝑐1 π‘₯ + 𝑐) = 𝐷1 π‘₯ + 𝐷2
II) 𝐾 > 0 , 𝐾 = 𝑀 2 , 𝑀 > 0
𝑋 ′′ − 𝑀 2 𝑋 = 0
que é uma EDO de 2ª ordem.
πœ†2 − 𝑀 2 = 0
⟹ πœ† = ±π‘€
𝑋(π‘₯) = 𝑐3 𝑒 𝑀π‘₯ + 𝑐4 𝑒 −𝑀π‘₯
π‘Œ′ =
𝑀2
π‘Œ
4
π‘Œ(𝑦) = 𝑑3 𝑒
𝑀2
𝑦
4
13
Notas de Aula - Prof. William Reis Silva
𝑒(π‘₯, 𝑦) = 𝑑3 𝑒
𝑒(π‘₯, 𝑦) = 𝑒
𝑀2
𝑦
4
𝑀2
𝑦
4
(𝑐3 𝑒 𝑀π‘₯ + 𝑐4 𝑒 −𝑀π‘₯ )
(𝐷3 𝑒 𝑀π‘₯ + 𝐷4 𝑒 −𝑀π‘₯ )
III) 𝐾 < 0 , 𝐾 = − 𝑀 2 , 𝑀 > 0
𝑋 ′′ + 𝑀 2 𝑋 = 0
πœ†2 + 𝑀 2 = 0
⟹ πœ†2 = − 𝑀 2 ⟹ πœ† = ±π‘€π‘–
𝑋(π‘₯) = 𝑐5 cos 𝑀π‘₯ + 𝑐6 𝑠𝑒𝑛 𝑀π‘₯
π‘Œ′ =
−𝑀 2
π‘Œ
4
π‘Œ(𝑦) = 𝑑4 𝑒
𝑒(π‘₯, 𝑦) = 𝑒
−
𝑀2
𝑦
4
−
𝑀2
𝑦
4
(𝐷5 cos 𝑀π‘₯ + 𝐷6 𝑠𝑒𝑛 𝑀π‘₯)
OBSERVAÇÕES:
a) Em PVC a constante de separação é determinada pelas condições de contorno e pelas
características físicas do problema. É necessário assegurar a existência da constante de
separação K.
b) Uma solução particular poderia também ser obtida na forma:
𝑒(π‘₯, 𝑦) = 𝑋(π‘₯) + π‘Œ(𝑦)
a qual é recomendada para EDP’s não homogêneas ou EDP’s não lineares.
c) o método de separação de variáveis pode ser estendido para EDP de ordem “n”, ou
seja:
𝑒(π‘₯1 , π‘₯2 , … , π‘₯𝑛 ) = 𝑋1 (π‘₯1 )𝑋2 (π‘₯2 ) … 𝑋𝑛 (π‘₯𝑛 )
ou
𝑒(π‘₯1 , π‘₯2 , … , π‘₯𝑛 ) = 𝑋1 (π‘₯1 ) + 𝑋2 (π‘₯2 ) + β‹― + 𝑋𝑛 (π‘₯𝑛 )
Exercícios
1) Resolver a EDP
𝑒π‘₯2 + 𝑒𝑦2 = 1
Solução:
Essa é uma EDP não homogênea e não linear. Assim:
𝑒(π‘₯, 𝑦) = 𝑋(π‘₯) + π‘Œ(𝑦)
14
Notas de Aula - Prof. William Reis Silva
𝑒π‘₯ = 𝑋 ′
𝑒𝑦 = π‘Œ ′
𝑒
𝑋′2 + π‘Œ′2 = 1
𝑋′2 = 1 − π‘Œ′2 = 𝐾 = π‘π‘œπ‘›π‘ π‘‘π‘Žπ‘›π‘‘π‘’ 𝑑𝑒 π‘ π‘’π‘π‘Žπ‘Ÿπ‘Žçãπ‘œ
I) 𝐾 = 0
𝑋′2 = 0
⟹ 𝑋′ = 0
⟹ 𝑋(π‘₯) = 𝑐1
1 − π‘Œ′2 = 0 ⟹ π‘Œ′2 = 1 ⟹ π‘Œ ′ = 1 ⟹ π‘Œ(𝑦) = 𝑦 + 𝑑1
𝑒(π‘₯, 𝑦) = 𝑦 + 𝐷1
II) 𝐾 ≠ 0
𝑋′2 = 𝐾
⟹ 𝑋 ′ = √𝐾
⟹ 𝑋(π‘₯) = √𝐾 π‘₯ + 𝑐2
1 − π‘Œ′2 = 𝐾 ⟹ π‘Œ′2 = 1 − 𝐾 ⟹ π‘Œ ′ = √1 − 𝐾 , 0 < 𝐾 < 1
π‘Œ(𝑦) = √1 − 𝐾 𝑦 + 𝑑2
𝑒(π‘₯, 𝑦) = √𝐾 π‘₯ + √1 − 𝐾 𝑦 + 𝐷2
2) Resolver:
1
4 𝑒π‘₯π‘₯ − 𝑒𝑑 = 0
2
π‘π‘œπ‘š 𝑒 = 𝑒(π‘₯, 𝑑)
Solução:
Esta é uma EDP homogênea e linear:
𝑒(π‘₯, 𝑑) = 𝑋(π‘₯)𝑇(𝑑)
1
4 𝑋 ′′ 𝑇 − 𝑋 𝑇′ = 0
2
8 𝑋 ′′ 𝑇 = 𝑋 𝑇′
𝑋 ′′
𝑇′
8
=
=𝐾
𝑋
𝑇
I) 𝐾 = 0
𝑇′ = 0
⟹ 𝑇(𝑑) = 𝑐1
15
Notas de Aula - Prof. William Reis Silva
8
𝑋 ′′
= 0 ⟹ 𝑋 ′′ = 0
𝑋
⟹ 𝑋 ′ = 𝑑1
⟹ 𝑋(π‘₯) = 𝑑1 π‘₯ + 𝑑2
𝑒(π‘₯, 𝑑) = 𝐷1 π‘₯ + 𝐷2
II) 𝐾 > 0 , 𝐾 = 𝑀 2 , 𝑀 > 0
𝑇′
= 𝑀2
𝑇
⟹ 𝑇′ = 𝑀2 𝑇
8
𝑋 ′′
= 𝑀2
𝑋
⟹ 𝑋 ′′ −
𝑀2
πœ† −
=0
8
2
𝑋(π‘₯) =
⟹ 𝑇(𝑑) = 𝑐2 𝑒 𝑀
𝑀2
𝑋=0
8
⟹ πœ†=±
𝑀
π‘₯
√8
𝑑3 𝑒
2𝑑
+ 𝑑4 𝑒
−
𝑀
√8
𝑀
π‘₯
√8
ou
𝑋(π‘₯) = 𝑑̅3 cosh
𝑒(π‘₯, 𝑑) = 𝑒 𝑀
2𝑑
𝑀
√8
π‘₯ + 𝑑̅4 π‘ π‘’π‘›β„Ž
𝑀
(𝐷3 cosh
√8
𝑀
√8
π‘₯ + 𝐷4 π‘ π‘’π‘›β„Ž
π‘₯
𝑀
√8
π‘₯)
III) 𝐾 < 0 , 𝐾 = − 𝑀 2 , 𝑀 > 0
𝑇′
= − 𝑀2
𝑇
⟹ 𝑇′ = − 𝑀2 𝑇
𝑋 ′′
8
= − 𝑀2
𝑋
πœ†2 +
2
2𝑑
𝑀2
βŸΉπ‘‹ +
𝑋=0
8
′′
𝑀2
=0
8
𝑋(π‘₯) = 𝑑5 cos
⟹ 𝑇(𝑑) = 𝑐3 𝑒 −𝑀
⟹ πœ†=±
𝑀
√8
𝑀
√8
π‘₯ + 𝑑6 𝑠𝑒𝑛
𝑒(π‘₯, 𝑦) = 𝑒 −𝑀 𝑑 (𝐷5 cos
𝑀
√8
𝑖
𝑀
√8
π‘₯
π‘₯ + 𝐷6 𝑠𝑒𝑛
𝑀
√8
π‘₯)
3) Resolver a EDP
πœ• 2 𝑒 πœ•π‘’
−
=π‘₯
πœ•π‘₯ 2 πœ•π‘¦
16
Notas de Aula - Prof. William Reis Silva
A EDP é não homogênea, então:
𝑒(π‘₯, 𝑦) = 𝑋(π‘₯) + π‘Œ(𝑦)
𝑋 ′′ − π‘Œ ′ = π‘₯
𝑋 ′′ − π‘₯ = π‘Œ ′ = 𝐾 = π‘π‘œπ‘›π‘ π‘‘π‘Žπ‘›π‘‘π‘’ 𝑑𝑒 π‘ π‘’π‘π‘Žπ‘Ÿπ‘Žçãπ‘œ
I) 𝐾 = 0
π‘Œ′ = 0
𝑋 ′′ − π‘₯ = 0
⟹ 𝑋 ′′ = π‘₯
⟹ π‘Œ(𝑦) = 𝑐1
⟹ 𝑋′ =
π‘₯2
+ 𝑑1
2
⟹ 𝑋(π‘₯) =
π‘₯3
+ 𝑑1 π‘₯ + 𝑑2
6
π‘₯3
𝑒(π‘₯, 𝑦) =
+ 𝑑1 π‘₯ + 𝐷
6
II) 𝐾 ≠ 0
π‘Œ′ = 𝐾
𝑋 ′′ − π‘₯ = 𝐾
⟹ π‘Œ(𝑦) = 𝐾 𝑦 + 𝑐2
⟹ 𝑋 ′′ = 𝐾 + π‘₯
𝑋(π‘₯) = 𝐾
⟹ 𝑋 ′ = 𝐾π‘₯ +
π‘₯2
+ 𝑑3
2
π‘₯2 π‘₯3
+ + 𝑑3 π‘₯ + 𝑑4
2
6
π‘₯2 π‘₯3
Μ…
𝑒(π‘₯, 𝑦) = 𝐾 𝑦 + 𝐾 + + 𝑑3 π‘₯ + 𝐷
2
6
4) Resolver:
1
𝑒π‘₯π‘₯ − 𝑒𝑑𝑑 = 0
4
Solução:
1
𝑋 ′′ 𝑇 − 𝑋 𝑇 ′′ = 0
4
𝑋 ′′
1 𝑇′′
=
=𝐾
𝑋
4 𝑇
𝑋 ′′ − 𝐾𝑋 = 0
𝑇 ′′ − 4𝐾𝑇 = 0
I) 𝐾 = 0
17
Notas de Aula - Prof. William Reis Silva
𝑋 ′′ = 0 ⟹ 𝑋 ′ = 𝑐1
⟹ 𝑋(π‘₯) = 𝑐1 π‘₯ + 𝑐2
𝑇 ′′ = 0 ⟹ 𝑇 ′ = 𝑑1
⟹ 𝑇(𝑑) = 𝑑1 𝑑 + 𝑑2
𝑒(π‘₯, 𝑑) = 𝐷1 π‘₯ 𝑑 + 𝐷2 π‘₯ + 𝐷3 𝑑 + 𝐷4
II) 𝐾 > 0 , 𝐾 = 𝑀 2 , 𝑀 > 0
𝑋′′
= 𝑀2
𝑋
⟹ 𝑋′′ − 𝑀 2 𝑋 = 0
πœ†2 − 𝑀 2 = 0
⟹ πœ† =±π‘€
𝑋(π‘₯) = 𝑐3 𝑒 𝑀π‘₯ + 𝑐4 𝑒 − 𝑀π‘₯
𝑇′′
= 4 𝑀2
𝑇
⟹ 𝑇′′ − 4 𝑀 2 𝑇 = 0
πœ†2 − 4 𝑀 2 = 0
⟹ πœ† =±2𝑀
𝑇(𝑑) = 𝑑3 𝑒 2𝑀𝑑 + 𝑑4 𝑒 − 2𝑀𝑑
𝑒(π‘₯, 𝑑) = 𝐴1 𝑒 𝑀π‘₯+2𝑀𝑑 + 𝐴2 𝑒 𝑀π‘₯− 2𝑀𝑑 + 𝐴3 𝑒 −𝑀π‘₯+2𝑀𝑑 + 𝐴4 𝑒 −𝑀π‘₯− 2𝑀𝑑
III) 𝐾 < 0 , 𝐾 = − 𝑀 2 , 𝑀 > 0
𝑋′′
= − 𝑀2
𝑋
⟹ 𝑋 ′′ + 𝑀 2 𝑋 = 0
πœ†2 + 𝑀 2 = 0
⟹ πœ† =±π‘€π‘–
𝑋(π‘₯) = 𝑐5 cos 𝑀π‘₯ + 𝑐6 𝑠𝑒𝑛 𝑀π‘₯
𝑇′′
= − 4 𝑀2
𝑇
⟹ 𝑇 ′′ + 4 𝑀 2 𝑇 = 0
πœ†2 + 4 𝑀 2 = 0
⟹ πœ† = ±2𝑀𝑖
𝑇(𝑑) = 𝑑5 cos 2𝑀𝑑 + 𝑑6 𝑠𝑒𝑛 2𝑀𝑑
𝑒(π‘₯, 𝑑) = (𝑐5 cos 𝑀π‘₯ + 𝑐6 𝑠𝑒𝑛 𝑀π‘₯)(𝑑5 cos 2𝑀𝑑 + 𝑑6 𝑠𝑒𝑛 2𝑀𝑑)
cos 𝐴 cos 𝐡 =
1
[cos(𝐴 + 𝐡) + cos (𝐴 − 𝐡)]
2
sen 𝐴 sen 𝐡 =
1
[cos(𝐴 − 𝐡) − cos (𝐴 + 𝐡)]
2
sen 𝐴 sen 𝐡 =
1
[sen(𝐴 − 𝐡) + sen (𝐴 + 𝐡)]
2
18
Notas de Aula - Prof. William Reis Silva
𝑒(π‘₯, 𝑑) = 𝐡1 [cos(𝑀π‘₯ + 2𝑀𝑑) + cos(𝑀π‘₯ − 2𝑀𝑑)]
+ 𝐡2 [sen(2𝑀𝑑 − 𝑀π‘₯) + sen( 2𝑀𝑑 + 𝑀π‘₯)]
+ 𝐡3 [sen(𝑀π‘₯ − 2𝑀𝑑) + sen( 𝑀π‘₯ + 2𝑀𝑑)]
+ 𝐡4 [cos(𝑀π‘₯ − 2𝑀𝑑) − cos(𝑀π‘₯ + 2𝑀𝑑)]
𝑒(π‘₯, 𝑑) = 𝐡̅1 cos(𝑀π‘₯ − 2𝑀𝑑) + 𝐡̅2 cos(𝑀π‘₯ + 2𝑀𝑑) + 𝐡̅3 sen (2𝑀𝑑 − 𝑀π‘₯)
+ 𝐡̅4 sen (2𝑀𝑑 + 𝑀π‘₯)
5. PRINCÍPIO DA SUPERPOSIÇÃO
Se 𝑒1 , 𝑒1 , … , π‘’π‘˜ são soluções particulares de uma EDP linear e homogênea
então, a combinação linear
𝑒 = 𝑐1 𝑒1 + 𝑐2 𝑒2 + β‹― + π‘π‘˜ π‘’π‘˜
com 𝑐𝑖 , 𝑖 = 1,2, … , π‘˜ constantes, é também solução.
Assim será admitido que sempre que existir um conjunto infinito de soluções
(𝑒1 , 𝑒1 , … , π‘’π‘˜ ), da equação linear homogênea, pode-se obter outra solução através de:
∞
𝑒 = ∑ π‘’π‘˜
π‘˜=1
6. TIPOS DE EQUAÇÕES E CONDIÇÕES DE CONTORNO
Seja a equação diferencial parcial de 2ª ordem linear:
𝐴 𝑒π‘₯π‘₯ + 𝐡 𝑒π‘₯𝑦 + 𝐢 𝑒𝑦𝑦 + 𝐷 𝑒π‘₯ + 𝐸 𝑒𝑦 + 𝐹𝑒 = 𝐺
com A,B,C,D,E,F constantes ou funções das variáveis independentes x e y.
Em um domínio no plano (x,y), esta equação é:
𝐡2 − 4 𝐴 𝐢 > 0
𝐡2 − 4 𝐴 𝐢 = 0
𝐡2 − 4 𝐴 𝐢 < 0
Hiperbólica se
Parabólica se
Elíptica se
Estes 3 tipos de EDP requerem diferentes tipos de condições de contorno para
determinar uma solução. Dependendo do tipo de EDP os métodos numéricos a serem
utilizados para solucioná-las também serão diferentes.
EXEMPLOS:
1) Equação de Laplace
πœ• 2𝑒 πœ• 2𝑒
∇ 𝑒= 2+ 2=0
πœ•π‘₯
πœ•π‘¦
2
𝐴 = 1, 𝐡 = 0, 𝐢 = 1 ⟹ 𝐡 2 − 4 𝐴 𝐢 < 0 ⟹ π‘’π‘žπ‘’π‘Žçãπ‘œ 𝑒𝑙íπ‘π‘‘π‘–π‘π‘Ž
19
Notas de Aula - Prof. William Reis Silva
São necessárias 4 condições de contorno para determinar a solução do PVC. Em
geral, estas equações exigem pelo menos 2 condições de contorno em derivadas
(condições de Newmann).
2) Equação da Corda ou da Onda
π‘Ž2
πœ• 2𝑒 πœ• 2𝑒
−
=0
πœ•π‘₯ 2 πœ•π‘‘ 2
𝐴 = π‘Ž2 , 𝐡 = 0, 𝐢 = −1 ⟹ 𝐡 2 − 4 𝐴 𝐢 = 4 π‘Ž2 > 0 ⟹ π‘’π‘žπ‘’π‘Žçãπ‘œ β„Žπ‘–π‘π‘’π‘Ÿπ‘óπ‘™π‘–π‘π‘Ž
Esta equação precisa de 4 condições de contorno, que também podem envolver
condições de contorno nas derivadas (condições de Newmann).
3) Equação do Calor
π‘Ž2
πœ• 2 𝑒 πœ•π‘’
−
=0
πœ•π‘₯ 2 πœ•π‘‘
𝐴 = π‘Ž2 , 𝐡 = 0, 𝐢 = 0 ⟹ 𝐡 2 − 4 𝐴 𝐢 = 0 ⟹ π‘’π‘žπ‘’π‘Žçãπ‘œ π‘π‘Žπ‘Ÿπ‘Žπ‘óπ‘™π‘–π‘π‘Ž
A equação precisa de 3 condições de contorno, que em geral não envolvem
derivadas (condições de Dirichlet).
Em um PVC a solução da EDP deve satisfazer as condições de contorno do
problema. Estas condições podem ser do tipo:
1) Condições de Dirichlet: quando é especificado o valor da função para um certo
valor de π‘₯ = π‘₯0 ou 𝑦 = 𝑦0 , ou seja:
𝑒(π‘₯0 , 𝑦) = 𝛼(𝑦) π‘œπ‘’
𝑒(π‘₯, 𝑦0 ) = 𝛽(π‘₯)
 e  conhecidos, constantes ou 𝛼(𝑦) e 𝛽(π‘₯).
2) Condições de Neumann : nas quais são dados os valores das derivadas da função
para um certo valor de π‘₯ = π‘₯0 ou 𝑦 = 𝑦0 , ou seja:
𝑒π‘₯ (π‘₯0 , 𝑦) = 𝛼̅ π‘œπ‘’
𝑒𝑦 (π‘₯, 𝑦0 ) = 𝛽̅
𝛼̅ e 𝛽̅ conhecidos, constantes ou 𝛼̅ = 𝑓(𝑦) e 𝛽̅ = 𝑔(π‘₯).
3) Condições de Cauchy-Robin : as quais fornecem o valor de:
𝑒π‘₯ (π‘₯0 , 𝑦) + β„Ž 𝑒(π‘₯0 , 𝑦) = 𝛾1 π‘œπ‘’
𝑒𝑦 (π‘₯, 𝑦0 ) + β„Ž 𝑒(π‘₯, 𝑦0 ) = 𝛾2
com β„Ž ≠ 0, 𝛾1 𝑒 𝛾2conhecidos.
Em problemas com 2 variáveis independentes, quando a variável t está associada
ao tempo, as condições de contorno para t=0 são denominadas de condições iniciais.
20
Notas de Aula - Prof. William Reis Silva
As condições de contorno do tipo 𝑒(π‘₯0 , 𝑦) = 0 𝑒 𝑒(π‘₯, 𝑦0 ) = 0 são chamadas de
condições de contorno homogêneas e as do tipo 𝑒(π‘₯0 , 𝑦) = 𝑓(𝑦) 𝑒 𝑒(π‘₯, 𝑦0 ) =
𝑔(π‘₯) π‘œπ‘’ πΆπ‘œπ‘›π‘ π‘‘π‘Žπ‘›π‘‘π‘’ são condições não homogêneas.
OBS: Exercícios propostos : Zill & Cullens 12.1 : 1-26, 28
A partir de agora vamos estudar aplicações do método de separação de variáveis
em problemas de valor de contorno, definidos em coordenadas cartesianas.
7. EQUAÇÃO DO CALOR
Vamos agora analisar o problema ideal de calor em uma barra homogênea de
comprimento L, cujas extremidades são mantidas em uma temperatura de 0ºC, sabendose que a distribuição inicial de temperatura na barra é dada por 𝑓(π‘₯) em [0,L], tal
que𝑓(0) = 𝑓(𝐿) = 0.
Problema: Resolver a equação do calor:
πœ• 2 𝑒 1 πœ•π‘’
=
πœ•π‘₯ 2 𝑐 πœ•π‘‘
0≤π‘₯≤𝐿
𝑑>0
𝑐>0
sujeita às condições de contorno:
𝑒(0, 𝑑) = 0
𝑒(𝐿, 𝑑) = 0
e à condição inicial:
𝑒(π‘₯, 0) = 𝑓(π‘₯) ≠ 0
0<π‘₯<𝐿
𝑓(0) = 𝑓(𝐿) = 0
sendo u a temperatura ao longo da barra.
𝑒(π‘₯, 𝑑) = 𝑋(π‘₯)𝑇(𝑑)
𝑒π‘₯π‘₯ = 𝑋 ′′ 𝑇
𝑒
𝑋 ′′ 𝑇 =
𝑒𝑑 = 𝑋 𝑇′
1
𝑋 𝑇′
𝑐
𝑋′′ 1 𝑇′
=
= 𝐾 = π‘π‘œπ‘›π‘ π‘‘π‘Žπ‘›π‘‘π‘’ 𝑑𝑒 π‘ π‘’π‘π‘Žπ‘Ÿπ‘Žçãπ‘œ
𝑋
𝑐 𝑇
𝑋 ′′ − 𝐾 𝑋 = 0
𝑇′ = 𝐾 𝑐 𝑇
21
Notas de Aula - Prof. William Reis Silva
A solução trivial 𝑒(π‘₯, 𝑑) = 0 não satisfaz a condição inicial 𝑒(π‘₯, 0) = 𝑓(π‘₯),
logo não é solução do PVC.
A condição inicial não homogênea só pode ser aplicada após a superposição das
soluções. As condições de contorno homogêneas levam às condições de contorno de
X(x) e T(t). Neste caso:
𝑒(0, 𝑑) = 0 ⟹ 𝑋(0)𝑇(𝑑) = 0 ⟹ 𝑋(0) = 0
Esta relação pode ser ainda satisfeita se:
𝑇(𝑑) = 0
porém isso implica em 𝑒(π‘₯, 𝑑) = 0 que já foi dito não ser solução do PVC
𝑒(𝐿, 𝑑) = 0 ⟹ 𝑋(𝐿)𝑇(𝑑) = 0 ⟹ 𝑋(𝐿) = 0
Portanto as condições de contorno 𝑋(0) = 𝑋(𝐿) = 0 serão as condições usadas
na solução da EDO para a função X(x).
I) 𝐾 = 0
𝑋 ′′ = 0
⟹
𝑋 ′ = 𝑐1
⟹ 𝑋(π‘₯) = 𝑐1 π‘₯ + 𝑐2
aplicando as condições de contorno:
𝑋(0) = 𝑐2 = 0
𝑋(𝐿) = 𝑐1 𝐿 = 0
𝑋(π‘₯) = 0
⟹ 𝑐1 = 0
𝑒 𝑒(π‘₯, 𝑑) = 0
Logo 𝐾 = 0 não leva a solução viável do PVC. Portanto 𝐾 ≠ 0.
II) 𝐾 > 0 , 𝐾 = 𝑀 2 , 𝑀 > 0
𝑋′′
= 𝑀2
𝑋
⟹ 𝑋′′ − 𝑀 2 𝑋 = 0
πœ†2 − 𝑀 2 = 0
⟹ πœ† =±π‘€
𝑋(π‘₯) = π‘Ž1 𝑒 𝑀π‘₯ + π‘Ž2 𝑒 − 𝑀π‘₯
𝑋(0) = π‘Ž1 + π‘Ž2 = 0 ⟹ π‘Ž1 = − π‘Ž2
𝑋(π‘₯) = π‘Ž1 (𝑒 𝑀π‘₯ − 𝑒 − 𝑀π‘₯ )
𝑋(𝐿) = π‘Ž1 (𝑒 𝑀𝐿 − 𝑒 − 𝑀𝐿 ) = 0
𝑋(π‘₯) = 0
⟹ π‘Ž1 = 0
𝑒 𝑒(π‘₯, 𝑑) = 0
22
Notas de Aula - Prof. William Reis Silva
Solução trivial que não satisfaz o problema.
III) 𝐾 < 0 , 𝐾 = − 𝑀 2 , 𝑀 > 0
𝑋′′
= − 𝑀2
𝑋
⟹ 𝑋 ′′ + 𝑀 2 𝑋 = 0
πœ†2 + 𝑀 2 = 0
⟹ πœ† =±π‘€π‘–
𝑋(π‘₯) = 𝑏1 cos 𝑀π‘₯ + 𝑏2 𝑠𝑒𝑛 𝑀π‘₯
𝑋(0) = 𝑏1 = 0
⟹ 𝑏1 = 0
𝑋(π‘₯) = 𝑏2 𝑠𝑒𝑛 𝑀π‘₯
𝑋(𝐿) = 𝑏2 𝑠𝑒𝑛 𝑀𝐿 = 0
𝑏2 = 0 que leva à solução trivial ou
𝑠𝑒𝑛 𝑀𝐿 = 0
⟹ 𝑀𝐿 = π‘›πœ‹
𝑀=
𝑛 ∈ β„•∗ π‘π‘œπ‘–π‘  𝑀 > 0
π‘›πœ‹
𝐿
Temos portanto n soluções do tipo
π‘›πœ‹π‘₯
𝑋𝑛 (π‘₯) = 𝑏2𝑛 𝑠𝑒𝑛 (
)
𝐿
𝑀=
π‘›πœ‹
𝐿
𝑒 𝑋𝑛 (π‘₯) são chamados de autovalores e autofunções do problema.
Como 𝐾 = − 𝑀 2
𝑇 ′ = −𝑀 2 𝑐 𝑇
⟹ 𝑇(𝑑) = 𝑑 𝑒 −𝑀
2𝑐
𝑑
Assim, para cada um dos n valores de w existe uma solução para T(t). Então
2
𝑇(𝑑) = 𝑑𝑛 𝑒 −𝑀𝑛𝑐 𝑑
e para cada valor de n, a solução da equação será dada por:
π‘›πœ‹π‘₯
2
𝑒𝑛 (π‘₯, 𝑑) = 𝑏2𝑛 𝑠𝑒𝑛 (
) 𝑑𝑛 𝑒 −𝑀𝑛𝑐 𝑑
𝐿
ou
π‘›πœ‹π‘₯ −
)𝑒
𝐿
𝑒𝑛 (π‘₯, 𝑑) = 𝐡𝑛 𝑠𝑒𝑛 (
𝑛2 πœ‹ 2 𝑐
𝑑
𝐿2
𝐡𝑛 = 𝑏2𝑛 𝑑𝑛
23
Notas de Aula - Prof. William Reis Silva
Como a EDP é linear e homogênea, pelo princípio da superposição, a solução é
dada por:
∞
π‘›πœ‹π‘₯ −
)𝑒
𝐿
𝑒(π‘₯, 𝑑) = ∑ 𝐡𝑛 𝑠𝑒𝑛 (
𝑛=1
𝑛2 πœ‹ 2 𝑐
𝑑
𝐿2
Para se determinar 𝐡𝑛 se utiliza a condição inicial não homogênea:
𝑒(π‘₯, 0) = 𝑓(π‘₯)
∞
π‘›πœ‹π‘₯
𝑒(π‘₯, 0) = ∑ 𝐡𝑛 𝑠𝑒𝑛 (
) = 𝑓(π‘₯)
𝐿
0<π‘₯<𝐿
𝑛=1
A solução equivale à expansão em uma série de Fourier do seno do meio
intervalo da função f(x) e os coeficientes 𝐡𝑛 serão dados por:
2 𝐿
𝑛 πœ‹π‘₯
𝐡𝑛 = ∫ 𝑓(π‘₯)𝑠𝑒𝑛 (
) 𝑑π‘₯
𝐿 0
𝐿
Por exemplo, no caso em que 𝑓(π‘₯) = 100, 𝐿 = πœ‹ 𝑒 𝑐 = 1 tem-se que:
2 πœ‹
𝐡𝑛 = ∫ 100 𝑠𝑒𝑛 (𝑛 π‘₯) 𝑑π‘₯
πœ‹ 0
𝐡𝑛 = −
𝐡𝑛 = −
200 cos 𝑛π‘₯ πœ‹
|
πœ‹
𝑛 0
200
200
(cos π‘›πœ‹ − 1) =
(1 − (−1)𝑛 )
π‘›πœ‹
π‘›πœ‹
∞
𝑒(π‘₯, 𝑑) = ∑
𝑛=1
200
2
(1 − (−1)𝑛 ) 𝑠𝑒𝑛 (𝑛π‘₯) 𝑒 − 𝑛
π‘›πœ‹
𝑑
Quando 𝑑 → ∞ então 𝑒(π‘₯, 𝑑) = 0. Para diversos valores de t observa-se que:
24
Notas de Aula - Prof. William Reis Silva
120
t=0
t = 0,1
t = 0,01
t = 0,35
80
u(x,t)
t = 0,6
t=1
40
0
0
1
2
x
3
4
OBSERVAÇÕES:
1) Um problema do tipo 𝑋 ′′ + 𝑀 2 𝑋 = 0 π‘π‘œπ‘š 𝑋(0) = 0 𝑒 𝑋(𝐿) = 0 que possui
solução não trivial é chamado de problema de valor característico ou auto valor. É o
caso especial do problema de STURM-LIUVILLE.
2) O problema do tipo 𝑋 ′′ + 𝑀 2 𝑋 = 0 π‘π‘œπ‘š 𝑋′(0) = 0 𝑒 𝑋 ′ (𝐿) = 0 também é
chamado de problema de valor característico, mas as condições de contorno são do tipo
Newmann.
3) Problema de STURM-LIUVILLE : Sejam p, q, r, e r’ funções contínuas com valores
reais em [π‘Ž, 𝑏], π‘Ÿ(π‘₯) > 0 𝑒 𝑝(π‘₯) > 0 para todo π‘₯ π‘’π‘š [π‘Ž, 𝑏]. O problema de valor de
contorno de 2 pontos, chamado de Sturm-Liuville é definido como:
𝑑
(π‘Ÿ(π‘₯)𝑦′) + (π‘ž(π‘₯) + πœ† 𝑝(π‘₯)) 𝑦 = 0
𝑑π‘₯
πœ† = π‘π‘œπ‘›π‘ π‘‘π‘Žπ‘›π‘‘π‘’
sujeito às condições de contorno homogêneas:
𝛼1 𝑦(π‘Ž) + 𝛽1 𝑦 ′ (π‘Ž) = 0
𝛼2 𝑦(𝑏) + 𝛽2 𝑦 ′ (𝑏) = 0
com 𝛼1 , 𝛼2 , 𝛽1 , 𝛽2 constantes , com 𝛼1 𝑒 𝛽1 não nulos simultaneamente e também
𝛼2 𝑒 𝛽2 não nulos simultaneamente. A solução trivial satisfaz o problema.
4) As condições iniciais podem ser fixadas por uma distribuição inicial, por exemplo de
temperaturas (𝑒(π‘₯, 0) = 𝑓(π‘₯)) ou, no caso de uma corda vibrante, pode-se especificar
seu deslocamento inicial assim como sua velocidade inicial (𝑒𝑑 (π‘₯, 0) = 𝑔(π‘₯))
25
Notas de Aula - Prof. William Reis Silva
5) As condições de contorno podem ser associadas a temperaturas constantes nas
extremidades ou corda fixa na extremidade 𝑒(0, 𝑑) = 𝑒0 , 𝑒(𝐿, 𝑑) = π‘£π‘œ , 𝑑 > 0. A
πœ•π‘’
condição de contorno pode também ser do tipo Newmann πœ•π‘₯ (𝐿, 𝑑) = 𝑒, indicando um
fluxo de calor na extremidade.
EXERCÍCIOS PROPOSTOS : 12.3 - ZILL & CULLENS
8. EQUAÇÃO DA ONDA OU DA CORDA
Seja o movimento de uma corda vibrante ideal de comprimento L, cujas
extremidades são fixas, sabendo-se que no instante inicial, sua velocidade inicial é 𝑔(π‘₯)
e que sua posição é definida pela função 𝑓(π‘₯)π‘’π‘š [0, 𝐿] tal que 𝑓(0) = 𝑓(𝐿) = 0.
Equações semelhantes ocorrem em vibrações de barras elásticas, propagação de
som em tubos e vibrações torcionais em barras cilíndricas.
𝑒(π‘₯, 𝑑) é o deslocamento vertical da corda em relação a 0x
π‘₯ é a distância horizontal
𝑑 é o tempo
𝐿 comprimento da corda não esticada
πœ• 2𝑒 πœ• 2𝑒
π‘Ž
−
=0
πœ•π‘₯ 2 πœ•π‘‘ 2
2
0<π‘₯<𝐿, 𝑑>0
condições de contorno:
𝑒(0, 𝑑) = 0 𝑒 𝑒(𝐿, 𝑑) = 0 πΆπ‘œπ‘›π‘‘π‘–çõ𝑒𝑠 β„Žπ‘œπ‘šπ‘œπ‘”êπ‘›π‘’π‘Žπ‘ 
condições iniciais
𝑒𝑑 (π‘₯, 0) = 𝑔(π‘₯) 𝑒 𝑒(π‘₯, 0) = 𝑓(π‘₯) πΆπ‘œπ‘›π‘‘π‘–çõ𝑒𝑠 𝑛ãπ‘œ β„Žπ‘œπ‘šπ‘œπ‘”êπ‘›π‘’π‘Žπ‘ 
A solução trivial 𝑒 = 0 não satisfaz o PVC por não satisfazer as condições
iniciais que são não homogêneas.
𝑒(π‘₯, 𝑑) = 𝑋(π‘₯)𝑇(𝑑)
26
Notas de Aula - Prof. William Reis Silva
π‘Ž2 𝑋 ′′ 𝑇 − 𝑋 𝑇 ′′ = 0
π‘Ž2
𝑋 ′′
𝑇′′
=
=𝐾
𝑋
𝑇
π‘Ž2 𝑋 ′′ − 𝐾𝑋 = 0
𝑇 ′′ − 𝐾𝑇 = 0
Das condições de contorno:
𝑒(0, 𝑑) = 𝑋(0)𝑇(𝑑) = 0
⟹ 𝑋(0) = 0
𝑒(𝐿, 𝑑) = 𝑋(𝐿) 𝑇(𝑑) = 0
⟹ 𝑋(𝐿) = 0
Logo, o problema de valor característico é :
π‘Ž2 𝑋 ′′ − 𝐾𝑋 = 0 π‘π‘œπ‘š 𝑋(0) = 𝑋(𝐿) = 0
e
𝑇 ′′ − 𝐾𝑇 = 0
I) 𝐾 = 0
𝑋 ′′ = 0 ⟹ 𝑋 ′ = 𝑐1
⟹ 𝑋(π‘₯) = 𝑐1 π‘₯ + 𝑐2
𝑋(0) = 𝑐2 = 0
𝑋(𝐿) = 𝑐1 𝐿 = 0
⟹ 𝑐1 = 0
𝑋(π‘₯) = 0
que leva à solução trivial, que não satisfaz o problema.
II) 𝐾 > 0 , 𝐾 = 𝑀 2 , 𝑀 > 0
𝑋′′
= 𝑀2
𝑋
⟹ π‘Ž2 𝑋′′ − 𝑀 2 𝑋 = 0
π‘Ž2 πœ†2 − 𝑀 2 = 0
⟹ πœ†=±
𝑀
𝑀
π‘Ž
𝑀
𝑋(π‘₯) = 𝑐3 𝑒 π‘Ž π‘₯ + 𝑐4 𝑒 − π‘Ž π‘₯
𝑋(0) = 𝑐3 + 𝑐4 = 0 ⟹ 𝑐3 = − 𝑐4
𝑀
𝑀
𝑋(π‘₯) = 𝑐3 (𝑒 π‘Ž π‘₯ − 𝑒 − π‘Ž π‘₯ )
𝑀
𝑀
𝑋(𝐿) = 𝑐3 (𝑒 π‘Ž 𝐿 − 𝑒 − π‘Ž 𝐿 ) = 0
⟹ 𝑐3 = 0
27
Notas de Aula - Prof. William Reis Silva
𝑋(π‘₯) = 0
𝑒 𝑒(π‘₯, 𝑑) = 0
que também leva à solução trivial.
III) 𝐾 < 0 , 𝐾 = − 𝑀 2 , 𝑀 > 0
π‘Ž2
𝑋′′
= − 𝑀2
𝑋
⟹ π‘Ž2 𝑋 ′′ + 𝑀 2 𝑋 = 0
π‘Ž2 πœ†2 + 𝑀 2 = 0
𝑋(π‘₯) = 𝑐5 cos
⟹ πœ†=±
𝑀
𝑖
π‘Ž
𝑀
𝑀
π‘₯ + 𝑐6 𝑠𝑒𝑛
π‘₯
π‘Ž
π‘Ž
𝑋(0) = 𝑐5 = 0
𝑋(π‘₯) = 𝑐6 𝑠𝑒𝑛
𝑋(𝐿) = 𝑐6 𝑠𝑒𝑛
𝑐6 = 0
𝑠𝑒𝑛
𝑀
𝐿=0
π‘Ž
⟹ 𝑋(π‘₯) = 0
𝑀
𝐿=0
π‘Ž
⟹
𝑀𝑛 =
𝑀
π‘₯
π‘Ž
π‘ π‘œπ‘™π‘’çãπ‘œ π‘‘π‘Ÿπ‘–π‘£π‘–π‘Žπ‘™
𝑀
𝐿 = π‘›πœ‹
π‘Ž
𝑛 ∈ β„•∗
π‘›πœ‹π‘Ž
𝐿
𝑋𝑛 (π‘₯) = 𝑐6𝑛 𝑠𝑒𝑛
π‘›πœ‹
π‘₯
𝐿
𝑀𝑛 - auto valores do problema
𝑋𝑛 - auto funções
𝑇 ′′ + 𝑀 2 𝑇 = 0
πœ†2 + 𝑀 2 = 0
⟹ πœ†=± 𝑀𝑖
Para cada 𝑀𝑛 :
π‘›πœ‹π‘Ž
π‘›πœ‹π‘Ž
𝑇𝑛 (𝑑) = 𝑏1𝑛 cos (
𝑑) + 𝑏2𝑛 𝑠𝑒𝑛 (
𝑑)
𝐿
𝐿
A solução para cada n é:
28
Notas de Aula - Prof. William Reis Silva
π‘›πœ‹π‘Ž
π‘›πœ‹π‘Ž
π‘›πœ‹
𝑑) + 𝑏𝑛 𝑠𝑒𝑛 (
𝑑)] 𝑠𝑒𝑛 (
π‘₯)
𝐿
𝐿
𝐿
𝑒𝑛 (π‘₯, 𝑑) = [π‘Žπ‘› cos (
Pela superposição das soluções:
∞
𝑒(π‘₯, 𝑑) = ∑ {[π‘Žπ‘› cos (
𝑛=1
π‘›πœ‹π‘Ž
π‘›πœ‹π‘Ž
π‘›πœ‹
𝑑) + 𝑏𝑛 𝑠𝑒𝑛 (
𝑑)] 𝑠𝑒𝑛 (
π‘₯)}
𝐿
𝐿
𝐿
na qual, os coeficientes π‘Žπ‘› e 𝑏𝑛 devem ser obtidos a partir das condições iniciais não
homogêneas.
∞
𝑒(π‘₯, 0) = 𝑓(π‘₯) = ∑ π‘Žπ‘› 𝑠𝑒𝑛 (
𝑛=1
π‘›πœ‹
π‘₯)
𝐿
0≤π‘₯≤𝐿
Portanto, π‘Žπ‘› é o coeficiente do desenvolvimento em série de Fourier do seno do
meio intervalo da função f(x) :
π‘Žπ‘› =
2 𝐿
𝑛 πœ‹π‘₯
∫ 𝑓(π‘₯)𝑠𝑒𝑛 (
) 𝑑π‘₯
𝐿 0
𝐿
Da segunda condição inicial :
𝑒𝑑 (π‘₯, 0) = 𝑔(π‘₯)
∞
𝑒𝑑 (π‘₯, 𝑑) = ∑ {[− π‘Žπ‘›
𝑛=1
π‘›πœ‹π‘Ž
π‘›πœ‹π‘Ž
π‘›πœ‹π‘Ž
π‘›πœ‹π‘Ž
π‘›πœ‹
sen (
𝑑) + 𝑏𝑛
π‘π‘œπ‘  (
𝑑)] 𝑠𝑒𝑛 (
π‘₯)}
𝐿
𝐿
𝐿
𝐿
𝐿
∞
𝑒𝑑 (π‘₯, 0) = ∑ {[𝑏𝑛
𝑛=1
π‘›πœ‹π‘Ž
π‘›πœ‹
] 𝑠𝑒𝑛 (
π‘₯)} = 𝑔(π‘₯)
𝐿
𝐿
∞
π‘›πœ‹
π‘₯)} = 𝑔(π‘₯)
𝐿
𝑒𝑑 (π‘₯, 0) = ∑ { 𝐡𝑛 𝑠𝑒𝑛 (
𝑛=1
𝐡𝑛 = 𝑏𝑛
π‘›πœ‹π‘Ž
𝐿
⟹ 𝑏𝑛 = 𝐡𝑛
𝐿
π‘›πœ‹π‘Ž
𝐡𝑛 é o coeficiente da série de Fourier do seno de desenvolvimento do meio intervalo da
função g(x).
2 𝐿
𝑛 πœ‹π‘₯
𝐡𝑛 = ∫ 𝑔(π‘₯)𝑠𝑒𝑛 (
) 𝑑π‘₯
𝐿 0
𝐿
𝑏𝑛 =
𝐿
2
𝑛 πœ‹π‘₯
∫ 𝑔(π‘₯)𝑠𝑒𝑛 (
) 𝑑π‘₯
π‘›πœ‹π‘Ž 0
𝐿
29
Notas de Aula - Prof. William Reis Silva
Uma vez conhecidas f(x) e g(x) os coeficientes estão determinados. Se a
velocidade inicial é 𝑔(π‘₯) = 0 então π‘Žπ‘› = 0 e a solução se reduz a :
∞
π‘›πœ‹π‘Ž
π‘›πœ‹
𝑑)] 𝑠𝑒𝑛 (
π‘₯)}
𝐿
𝐿
𝑒(π‘₯, 𝑑) = ∑ {[𝑏𝑛 𝑠𝑒𝑛 (
𝑛=1
Ondas Estacionárias
Quando a tensão nas extremidades da corda é grande, a onda produz um som
musical. Este som é resultado da soma de ondas estacionárias definidas por :
π‘›πœ‹π‘Ž
π‘›πœ‹π‘Ž
π‘›πœ‹
𝑑) + 𝑏𝑛 π‘π‘œπ‘  (
𝑑)] 𝑠𝑒𝑛 (
π‘₯)
𝐿
𝐿
𝐿
𝑒𝑛 = [π‘Žπ‘› sen (
podendo ainda se escrever:
π‘›πœ‹π‘Ž
π‘›πœ‹
𝑑 + πœ™π‘› ) 𝑠𝑒𝑛 (
π‘₯)
𝐿
𝐿
𝑒𝑛 = 𝑑𝑛 sen (
sendo 𝑑𝑛 a amplitude da onda, πœ™π‘› a fase e 𝑀𝑛 =
π‘›πœ‹π‘Ž
𝐿
a frequência da onda.
π‘Žπ‘› = 𝑑𝑛 cos πœ™π‘›
𝑏𝑛 = 𝑑𝑛 sen πœ™π‘›
tal que:
𝑑𝑛2 = π‘Žπ‘›2 + 𝑏𝑛2
𝑑𝑔 πœ™π‘› =
𝑏𝑛
π‘Žπ‘›
𝑀𝑛 𝑛 π‘Ž
=
2πœ‹ 2𝐿
que é a frequência característica.
π‘›πœ‹
Para cada valor de n as ondas estacionárias são os gráficos de 𝑠𝑒𝑛 (
uma amplitude que varia com o tempo dada por:
𝐿
π‘₯) com
π‘›πœ‹π‘Ž
𝑑 + πœ™π‘› )
𝐿
𝑑𝑛 sen (
1ª onda estacionária : 𝑛 = 1
𝑑1 sen (
πœ‹π‘Ž
πœ‹
𝑑 + πœ™1 ) 𝑠𝑒𝑛 ( π‘₯)
𝐿
𝐿
30
Notas de Aula - Prof. William Reis Silva
t1
u(x,t)
t2
t3
L/2
x
L
2ª onda estacionária : 𝑛 = 2
2πœ‹π‘Ž
2πœ‹
𝑑2 sen (
𝑑 + πœ™2 ) 𝑠𝑒𝑛 (
π‘₯)
𝐿
𝐿
t1
u(x,t)
t2
x
t3
L/2
L
3ª onda estacionária : 𝑛 = 3
3πœ‹π‘Ž
3πœ‹
𝑑3 sen (
𝑑 + πœ™2 ) 𝑠𝑒𝑛 (
π‘₯)
𝐿
𝐿
t1
u(x,t)
t3
x
t2
L
Para cada valor fixo de π‘₯, 𝑒𝑛 (π‘₯, 𝑑) representa um movimento harmônico simples
π‘›πœ‹π‘Ž
π‘›πœ‹π‘Ž
com amplitude 𝑑𝑛 sen ( 𝐿 𝑑) e frequência 𝑀𝑛 = 𝐿 . Cada ponto da corda vibra com
uma amplitude diferente mas com a mesma frequência. Os pontos em que
π‘›πœ‹
𝑠𝑒𝑛 ( 𝐿 π‘₯) = 0 correspondem aos nós, nos quais não há movimento.
Exercícios
1) Resolver o problema de onda:
31
Notas de Aula - Prof. William Reis Silva
πœ• 2𝑒 πœ• 2𝑒
π‘Ž
−
=0
πœ•π‘₯ 2 πœ•π‘‘ 2
2
sujeito às condições iniciais:
𝑒(π‘₯, 0) = 𝑓(π‘₯) 𝑒 𝑒𝑑 (π‘₯, 0) = 0
Solução:
Utilizando a mudança de variáveis :
𝑝 = π‘₯ + π‘Žπ‘‘
𝑒 π‘ž = π‘₯ − π‘Žπ‘‘
𝑒π‘₯ = 𝑒𝑝 + π‘’π‘ž
𝑒π‘₯π‘₯ = 𝑒𝑝𝑝 + 2π‘’π‘π‘ž + π‘’π‘žπ‘ž
𝑒𝑑𝑑 = π‘Ž2 (𝑒𝑝𝑝 − 2π‘’π‘π‘ž + π‘’π‘žπ‘ž )
𝑒𝑑 = π‘Ž(𝑒𝑝 − π‘’π‘ž )
𝑒𝑝𝑝 + 2π‘’π‘π‘ž + π‘’π‘žπ‘ž =
4 π‘’π‘π‘ž = 0
π‘Ž2
(𝑒 − 2π‘’π‘π‘ž + π‘’π‘žπ‘ž )
π‘Ž2 𝑝𝑝
⟹ π‘’π‘π‘ž = 0
πœ• 2𝑒
=0
πœ•π‘žπœ•π‘
πœ•π‘’
= 𝐹(𝑝)
πœ•π‘
𝑒(𝑝, π‘ž) = 𝐹(𝑝) + 𝐺(π‘ž)
𝑒(π‘₯, 𝑑) = 𝐹(π‘₯ + π‘Žπ‘‘) + 𝐺(π‘₯ − π‘Žπ‘‘)
Das condições iniciais:
𝑑=0
βŸΉπ‘=π‘ž=π‘₯
𝑒(π‘₯, 0) = 𝑓(π‘₯) = 𝐹(π‘₯) + 𝐺(π‘₯)
𝑒𝑑 (π‘₯, 𝑑) =
πœ•πΉ πœ•π‘ πœ•πΊ πœ•π‘ž
+
πœ•π‘ πœ•π‘‘ πœ•π‘ž πœ•π‘‘
𝑒𝑑 (π‘₯, 0) = 𝐹 ′ π‘Ž − π‘ŽπΊ ′ π‘π‘œπ‘–π‘  𝑝 = π‘ž = π‘₯
𝑒𝑑 (π‘₯, 0) = π‘Ž[𝐹 ′ (π‘₯) − 𝐺 ′ (π‘₯)] = 0
𝐹(π‘₯) − 𝐺(π‘₯) = 𝐾
32
Notas de Aula - Prof. William Reis Silva
Resolvendo a sistema:
𝐹(π‘₯) + 𝐺(π‘₯) = 𝑓(π‘₯)
{
𝐹(π‘₯) − 𝐺(π‘₯) = 𝐾
obtém-se
𝐹(π‘₯) =
𝑓(π‘₯) 𝐾
+
2
2
𝐺(π‘₯) =
𝑓(π‘₯) 𝐾
−
2
2
𝐹(𝑝) =
𝑓(𝑝) 𝐾
+
2
2
𝐺(π‘ž) =
𝑓(π‘ž) 𝐾
−
2
2
Logo:
𝑒(𝑝, π‘ž) =
1
(𝑓(𝑝) + 𝑓(π‘ž))
2
1
𝑒(π‘₯, 𝑑) = [𝑓(π‘₯ + π‘Žπ‘‘) + 𝑓(π‘₯ − π‘Žπ‘‘)]
2
Solução de D’Alambert para a equação da onda:
𝑓(π‘₯) = 𝑠𝑒𝑛 π‘₯
1
𝑒(π‘₯, 𝑦) = [𝑠𝑒𝑛 (π‘₯ + π‘Žπ‘‘) + 𝑠𝑒𝑛 (π‘₯ − π‘Žπ‘‘)]
2
2) Resolver o problema anterior para:
𝑒(π‘₯, 0) = 0 𝑒 𝑒𝑑 (π‘₯, 0) = 𝑔(π‘₯)
Solução:
𝑒(𝑝, π‘ž) = 𝐹(𝑝) + 𝐺(π‘ž)
𝑒(π‘₯, 𝑑) = 𝐹(π‘₯ + π‘Žπ‘‘) + 𝐺(π‘₯ − π‘Žπ‘‘)
𝑒𝑑 (π‘₯, 𝑑) = π‘Ž[𝐹 ′ (π‘₯ + π‘Žπ‘‘) − 𝐺 ′ (π‘₯ − π‘Žπ‘‘)]
𝐹′ =
πœ•πΉ
πœ•πΊ
𝑒 𝐺′ =
πœ•π‘
πœ•π‘ž
𝑒(π‘₯, 0) = 0 = 𝐹(π‘₯) + 𝐺(π‘₯)
π‘₯=𝑝=π‘ž
33
Notas de Aula - Prof. William Reis Silva
𝑒𝑑 (π‘₯, 0) = π‘Ž[𝐹 ′ (π‘₯) − 𝐺 ′ (π‘₯)] = 𝑔(π‘₯)
1 π‘₯
𝐹(π‘₯) − 𝐺(π‘₯) = ∫ 𝑔(π‘₯)𝑑π‘₯
π‘Ž π‘₯0
Resolvendo o sistema de equações:
𝐹(π‘₯) + 𝐺(π‘₯) = 0
2 𝐹(π‘₯) =
⟹ 𝐹(π‘₯) = −𝐺(π‘₯)
1 π‘₯
∫ 𝑔(π‘₯)𝑑π‘₯
π‘Ž π‘₯0
1 π‘₯
𝐹(π‘₯) =
∫ 𝑔(π‘₯)𝑑π‘₯
2π‘Ž π‘₯0
𝐺(π‘₯) = −
1 π‘₯
∫ 𝑔(π‘₯)𝑑π‘₯
2π‘Ž π‘₯0
Logo:
1 𝑝
𝐹(𝑝) =
∫ 𝑔(π‘₯)𝑑π‘₯
2π‘Ž π‘₯0
1 π‘ž
𝐺(π‘ž) = − ∫ 𝑔(π‘₯)𝑑π‘₯
2π‘Ž π‘₯0
𝑒(𝑝, π‘ž) =
𝑝
π‘ž
1
{∫ 𝑔(π‘₯)𝑑π‘₯ − ∫ 𝑔(π‘₯)𝑑π‘₯}
2π‘Ž π‘₯0
π‘₯0
𝑒(𝑝, π‘ž) =
π‘₯0
𝑝
1
{∫ 𝑔(π‘₯)𝑑π‘₯ + ∫ 𝑔(π‘₯)𝑑π‘₯}
2π‘Ž π‘ž
π‘₯0
𝑒(𝑝, π‘ž) =
𝑝
1
{∫ 𝑔(π‘₯)𝑑π‘₯}
2π‘Ž π‘ž
π‘₯+π‘Žπ‘‘
1
𝑒(π‘₯, 𝑑) =
{∫
𝑔(π‘₯)𝑑π‘₯}
2π‘Ž π‘₯−π‘Žπ‘‘
3) Problema de Cauchy: Resolver:
π‘Ž2
πœ• 2𝑒 πœ• 2𝑒
−
=0
πœ•π‘₯ 2 πœ•π‘‘ 2
com as condições iniciais:
34
Notas de Aula - Prof. William Reis Silva
𝑒(π‘₯, 0) = 𝑓(π‘₯) 𝑒 𝑒𝑑 (π‘₯, 0) = 𝑔(π‘₯)
Solução:
Existe uma superposição de soluções de 2 PVC’s:
𝑒π‘₯π‘₯ =
1
𝑒
π‘Ž2 𝑑𝑑
com
𝑒(π‘₯, 0) = 𝑓(π‘₯) 𝑒 𝑒𝑑 (π‘₯, 0) = 0
cuja solução é:
1
𝑒(π‘₯, 𝑑) = [𝑓(π‘₯ + π‘Žπ‘‘) + 𝑓(π‘₯ − π‘Žπ‘‘)]
2
e
𝑒π‘₯π‘₯ =
1
𝑒
π‘Ž2 𝑑𝑑
com
𝑒(π‘₯, 0) = 0 𝑒 𝑒𝑑 (π‘₯, 0) = 𝑔(π‘₯)
cuja solução é:
π‘₯+π‘Žπ‘‘
1
𝑒(π‘₯, 𝑑) =
{∫
𝑔(π‘₯)𝑑π‘₯}
2π‘Ž π‘₯−π‘Žπ‘‘
Como a equação é linear e homogênea, pelo princípio da superposição de
soluções:
π‘₯+π‘Žπ‘‘
1
1
𝑒(π‘₯, 𝑑) = [𝑓(π‘₯ + π‘Žπ‘‘) + 𝑓(π‘₯ − π‘Žπ‘‘)] +
{∫
𝑔(π‘₯)𝑑π‘₯}
2
2π‘Ž π‘₯−π‘Žπ‘‘
Problemas Propostos : Zill e Cullens : 12.4
9. EQUAÇÃO DE LAPLACE
35
Notas de Aula - Prof. William Reis Silva
A equação de Laplace ocorre em problemas que independem do tempo. O
problema agora é determinar a temperatura em regime permanente 𝑒(π‘₯, 𝑦) em uma
placa retangular com as bordas laterais isoladas (ou seja, não existe transferência de
calor pelas bordas laterais).
Admite-se que a temperatura na borda inferior é nula e na borda superior é dada
por 𝑓(π‘₯) ≠ 0 π‘π‘Žπ‘Ÿπ‘Ž 0 < π‘₯ < π‘Ž.
A equação de Laplace é
∂2 u ∂2 u
2
∇ u = 0 ou
+
=0 0≤x≤a e 0≤y≤b
∂x 2 ∂y 2
com as condições de contorno:
πœ•π‘’
(0, 𝑦) = 0 ,
πœ•π‘₯
πœ•π‘’
(π‘Ž, 𝑦) = 0
πœ•π‘₯
0≤𝑦≤𝑏
𝑒(π‘₯, 0) = 0 𝑒 𝑒(π‘₯, 𝑏) = 𝑓(π‘₯)
0≤π‘₯≤π‘Ž
e
Como a EDP é homogênea e linear:
𝑒(π‘₯, 𝑦) = 𝑋(π‘₯)π‘Œ(𝑦)
πœ• 2𝑒
= 𝑋 ′′ π‘Œ
πœ•π‘₯ 2
πœ• 2𝑒
= 𝑋 π‘Œ′′
πœ•π‘¦ 2
e a solução trivial não satisfaz o PVC devido à condição de contorno não homogênea
𝑒(π‘₯, 𝑏) = 𝑓(π‘₯) ≠ 0.
Das condições de contorno homogêneas:
𝑒(π‘₯, 0) = 𝑋(π‘₯)π‘Œ(0) = 0 ⟹ π‘Œ(0) = 0
𝑒π‘₯ (0, 𝑦) = 𝑋′(0)π‘Œ(𝑦) = 0 ⟹ 𝑋′(0) = 0
36
Notas de Aula - Prof. William Reis Silva
𝑒π‘₯ (π‘Ž, 𝑦) = 𝑋′(π‘Ž)π‘Œ(𝑦) = 0 ⟹ 𝑋′(π‘Ž) = 0
𝑋 ′′ π‘Œ + 𝑋 π‘Œ ′′ = 0
𝑋′′
π‘Œ′′
=−
=𝐾
𝑋
π‘Œ
𝑋 ′′ − 𝐾𝑋 = 0 π‘π‘œπ‘š 𝑋(0) = 0 𝑒 𝑋(π‘Ž) = 0
π‘Œ ′′ + πΎπ‘Œ = 0 π‘π‘œπ‘š π‘Œ(0) = 0
I) 𝐾 = 0
𝑋 ′′ = 0 ⟹ 𝑋 ′ = 𝑐1
⟹ 𝑋(π‘₯) = 𝑐1 π‘₯ + 𝑐2
𝑋′(0) = 𝑐1 = 0
𝑋′(π‘Ž) = 𝑐1 = 0
⟹ 𝑐1 = 0
𝑋(π‘₯) = 𝑐2
π‘Œ ′′ = 0 ⟹ π‘Œ ′ = 𝑏1
⟹ π‘Œ(𝑦) = 𝑏1 𝑦 + 𝑏2
π‘Œ(0) = 0 = 𝑏2
π‘Œ(𝑦) = 𝑏1 𝑦
𝑒0 (π‘₯, 𝑦) = π‘Ž0 𝑦
II) 𝐾 > 0 , 𝐾 = 𝑀 2 , 𝑀 > 0
𝑋′′
= 𝑀2
𝑋
⟹ 𝑋′′ − 𝑀 2 𝑋 = 0
πœ†2 − 𝑀 2 = 0
⟹ πœ† =±π‘€
𝑋(π‘₯) = 𝑐3 𝑒 𝑀π‘₯ + 𝑐4 𝑒 − 𝑀π‘₯
𝑋 ′ (π‘₯) = 𝑐3 𝑀𝑒 𝑀π‘₯ − 𝑐4 𝑀 𝑒 − 𝑀π‘₯
𝑋′(0) = 𝑀 (𝑐3 − 𝑐4 ) = 0 ⟹ 𝑐3 = 𝑐4
𝑋 ′ (π‘₯) = 𝑐3 𝑀(𝑒 𝑀π‘₯ − 𝑒 − 𝑀π‘₯ )
𝑋 ′ (π‘Ž) = 𝑐3 𝑀 (𝑒 π‘€π‘Ž − 𝑒 − π‘€π‘Ž ) = 0
𝑋(π‘₯) = 0
⟹ 𝑐3 = 0
𝑒 𝑒(π‘₯, 𝑦) = 0
Solução trivial que não satisfaz o problema.
37
Notas de Aula - Prof. William Reis Silva
III) 𝐾 < 0 , 𝐾 = − 𝑀 2 , 𝑀 > 0
𝑋′′
= − 𝑀2
𝑋
⟹ 𝑋 ′′ + 𝑀 2 𝑋 = 0
πœ†2 + 𝑀 2 = 0
⟹ πœ† =±π‘€π‘–
𝑋(π‘₯) = 𝑐5 cos 𝑀π‘₯ + 𝑐6 𝑠𝑒𝑛 𝑀π‘₯
𝑋 ′ (π‘₯) = − 𝑐5 𝑀 sen 𝑀π‘₯ + 𝑐6 𝑀 π‘π‘œπ‘  𝑀π‘₯
𝑋′ (0) = 𝑀 𝑐6 = 0
⟹ 𝑐6 = 0
𝑋 ′ (π‘₯) = − 𝑐5 𝑀 sen 𝑀π‘₯
𝑋 ′ (π‘Ž) = − 𝑐5 𝑠𝑒𝑛 π‘€π‘Ž = 0
𝑐5 = 0 que leva à solução trivial ou
𝑠𝑒𝑛 π‘€π‘Ž = 0
𝑛 ∈ β„•∗ π‘π‘œπ‘–π‘  𝑀 > 0
⟹ π‘€π‘Ž = π‘›πœ‹
o que resulta em n valores para 𝑀 :
𝑀𝑛 =
π‘›πœ‹
π‘Ž
A cada auto valor 𝑀𝑛 existe uma auto função dada por:
π‘›πœ‹π‘₯
)
π‘Ž
𝑋𝑛 (π‘₯) = 𝑐5𝑛 π‘π‘œπ‘  (
Considerando agora a equação em Y:
π‘Œ ′′ − 𝑀 2 π‘Œ = 0
πœ† =±π‘€
π‘Œ(𝑦) = 𝑏5 cosh(𝑀𝑦) + 𝑏6 π‘ π‘’π‘›β„Ž (𝑀𝑦)
π‘Œ(0) = 𝑏5 = 0
π‘Œ(𝑦) = 𝑏6 π‘ π‘’π‘›β„Ž (𝑀𝑦)
Para cada n existe uma solução de Y :
π‘Œπ‘› (𝑦) = 𝑏6𝑛 π‘ π‘’π‘›β„Ž (
π‘›πœ‹
𝑦)
π‘Ž
e
𝑒𝑛 (π‘₯, 𝑦) = π‘Žπ‘› π‘π‘œπ‘  (
π‘›πœ‹π‘₯
π‘›πœ‹
) π‘ π‘’π‘›β„Ž ( 𝑦)
π‘Ž
π‘Ž
38
Notas de Aula - Prof. William Reis Silva
Fazendo a superposição das soluções:
∞
π‘›πœ‹π‘₯
π‘›πœ‹
) π‘ π‘’π‘›β„Ž ( 𝑦)
π‘Ž
π‘Ž
𝑒(π‘₯, 𝑦) = π‘Ž0 𝑦 + ∑ π‘Žπ‘› π‘π‘œπ‘  (
𝑛=1
As constantes π‘Ž0 𝑒 π‘Žπ‘› devem ser determinadas pela condição de contorno não
homogênea.
∞
𝑒(π‘₯, 𝑏) = 𝑓(π‘₯) = π‘Ž0 𝑏 + ∑ π‘Žπ‘› π‘π‘œπ‘  (
𝑛=1
π‘›πœ‹π‘₯
π‘›πœ‹
) π‘ π‘’π‘›β„Ž ( 𝑏)
π‘Ž
π‘Ž
∞
𝑓(π‘₯) = 𝐴0 + ∑ 𝐴𝑛 π‘π‘œπ‘  (
𝑛=1
π‘π‘Žπ‘Ÿπ‘Ž 0 ≤ π‘₯ ≤ π‘Ž
π‘›πœ‹π‘₯
)
π‘Ž
Assim, 𝐴0 𝑒 𝐴𝑛 são os coeficientes da série de Fourier do cosseno do
desenvolvimento do 1/2 intervalo de 𝑓(π‘₯).
2 π‘Ž
𝐴0 = ∫ 𝑓(π‘₯)𝑑π‘₯
π‘Ž 0
2 π‘Ž
π‘›πœ‹π‘₯
𝐴𝑛 = ∫ 𝑓(π‘₯) cos (
) 𝑑π‘₯
π‘Ž 0
π‘Ž
e
π‘Ž0 =
𝐴0
𝑏
𝑒
π‘Žπ‘› =
𝐴𝑛
π‘ π‘’π‘›β„Ž(𝑀𝑛 𝑏)
Logo:
∞
𝐴0
𝐴𝑛
π‘›πœ‹π‘₯
π‘›πœ‹
𝑒(π‘₯, 𝑦) =
𝑦+∑
π‘π‘œπ‘  (
) π‘ π‘’π‘›β„Ž ( 𝑦)
π‘›πœ‹π‘
𝑏
π‘Ž
π‘Ž
𝑛=1 π‘ π‘’π‘›β„Ž(
π‘Ž )
PROBLEMA DE DIRICHLET
É a denominação dada ao PVC em que se procura uma solução para a EDP
elíptica :
∇2 u = 0 ou
∂2 u ∂2 u
+
=0 0≤x≤a e 0≤y≤b
∂x 2 ∂y 2
no interior de uma região, tal que 𝑒(π‘₯, 𝑦) assume valores pré fixados em todo o
contorno da região:
𝑒(0, 𝑦) = 𝐹(𝑦) 𝑒 𝑒(π‘Ž, 𝑦) = 𝐺(𝑦)
0≤𝑦≤𝑏
39
Notas de Aula - Prof. William Reis Silva
𝑒(π‘₯, 0) = 𝑓(π‘₯) 𝑒 𝑒(π‘₯, 𝑏) = 𝑔(π‘₯)
0≤π‘₯≤π‘Ž
Desta forma, todas as condições de contorno são não homogêneas. A solução é
dada pela superposição de solução de 2 problemas:
𝑒(π‘₯, 𝑦) = 𝑒1 (π‘₯, 𝑦) + 𝑒2 (π‘₯, 𝑦)
1º Problema
2º Problema
1º Problema:
𝑒π‘₯π‘₯ + 𝑒𝑦𝑦 = 0
com as condições de contorno:
𝑒(0, 𝑦) = 0 𝑒 𝑒(π‘Ž, 𝑦) = 0
0≤𝑦≤𝑏
𝑒(π‘₯, 0) = 𝑓(π‘₯) 𝑒 𝑒(π‘₯, 𝑏) = 𝑔(π‘₯)
0≤π‘₯≤π‘Ž
40
Notas de Aula - Prof. William Reis Silva
2º Problema:
𝑒π‘₯π‘₯ + 𝑒𝑦𝑦 = 0
com as condições de contorno:
𝑒(0, 𝑦) = 𝐹(𝑦) 𝑒 𝑒(π‘Ž, 𝑦) = 𝐺(𝑦)
0≤𝑦≤𝑏
𝑒(π‘₯, 0) = 0 𝑒 𝑒(π‘₯, 𝑏) = 0
0≤π‘₯≤π‘Ž
A soma das soluções satisfazem todas as condições de contorno
𝑒(0, 𝑦) = 𝑒1 (0, 𝑦) + 𝑒2 (0, 𝑦) = 0 + 𝐹(𝑦) = 𝐹(𝑦)
𝑒(π‘Ž, 𝑦) = 𝑒1 (π‘Ž, 𝑦) + 𝑒2 (π‘Ž, 𝑦) = 0 + 𝐺(𝑦) = 𝐺(𝑦)
𝑒(π‘₯, 0) = 𝑒1 (π‘₯, 0) + 𝑒2 (π‘₯, 0) = 𝑓(π‘₯) + 0 = 𝑓(π‘₯)
𝑒(π‘₯, 𝑏) = 𝑒1 (π‘₯, 𝑏) + 𝑒2 (π‘₯, 𝑏) = 0 + 𝑔(π‘₯) = 𝑔(π‘₯)
logo, a solução do problema é dada por:
∞
𝑒1 (π‘₯, 𝑦) = ∑ {𝐴𝑛 cosh (
𝑛=1
𝐴𝑛 =
π‘›πœ‹π‘¦
π‘›πœ‹π‘¦
π‘›πœ‹π‘₯
) + 𝐡𝑛 π‘ π‘’π‘›β„Ž (
)} 𝑠𝑒𝑛 (
)
π‘Ž
π‘Ž
π‘Ž
2 π‘Ž
π‘›πœ‹π‘₯
∫ 𝑓(π‘₯) 𝑠𝑒𝑛 (
) 𝑑π‘₯
π‘Ž 0
π‘Ž
1
2 π‘Ž
π‘›πœ‹π‘₯
π‘›πœ‹π‘
)}
𝐡𝑛 =
{ ∫ 𝑔(π‘₯) 𝑠𝑒𝑛 (
) 𝑑π‘₯ − 𝐴𝑛 cosh (
π‘›πœ‹π‘ π‘Ž 0
π‘Ž
π‘Ž
π‘ π‘’π‘›β„Ž ( π‘Ž )
∞
𝑒2 (π‘₯, 𝑦) = ∑ {𝐴̅𝑛 cosh (
𝑛=1
𝐴̅𝑛 =
𝐡̅𝑛 =
π‘›πœ‹π‘₯
π‘›πœ‹π‘₯
π‘›πœ‹π‘¦
) + 𝐡̅𝑛 π‘ π‘’π‘›β„Ž (
)} 𝑠𝑒𝑛 (
)
𝑏
𝑏
𝑏
2 𝑏
π‘›πœ‹π‘¦
∫ 𝐹(𝑦) 𝑠𝑒𝑛 (
) 𝑑𝑦
𝑏 0
𝑏
1
2 𝑏
π‘›πœ‹π‘¦
π‘›πœ‹π‘Ž
Μ…
{
π‘›πœ‹π‘Ž 𝑏 ∫ 𝐺(𝑦) 𝑠𝑒𝑛 ( 𝑏 ) 𝑑𝑦 − 𝐴𝑛 cosh ( 𝑏 )}
0
π‘ π‘’π‘›β„Ž (
)
𝑏
Exercícios Propostos : Zill & Cullens : 12.5
41
Notas de Aula - Prof. William Reis Silva
10. EQUAÇÕES E CONDIÇÕES DE CONTORNO NÃO HOMOGÊNEAS
O método de separação de variáveis pode não ser aplicável em um PVC quando
a EDP ou as condições de contorno são não homogêneas. O PVC com EDP não
homogênea pode ser solucionado através de 𝑒 = 𝑋 + π‘Œ se todas as condições de
contorno forem homogêneas.
É possível resolver alguns problemas que envolvem EDP’s não homogêneas ou
condições de contorno não homogêneas por meio de uma mudança de variável do tipo:
𝑒(π‘₯, 𝑦) = 𝑣(π‘₯, 𝑦) + πœ“(π‘₯)
A ideia consiste em determinar πœ“(π‘₯), que é uma função de uma variável, de tal
forma que 𝑣, que é função de duas variáveis, seja levada a satisfazer uma EDP
homogênea com condições de contorno homogêneas.
Os demais PVC’s são solucionados apenas numericamente.
Exemplo: Considere uma haste de comprimento finito, aquecida através da geração de
calor no seu interior, com uma taxa r constante. A equação do calor neste caso é:
π‘˜
πœ• 2𝑒
πœ•π‘’
+ π‘Ÿ=
2
πœ•π‘₯
πœ•π‘‘
0<π‘₯<1
Considere condições de contorno para o caso em que as extremidades são
mantidas com temperaturas especificadas de 0º e 𝑒0 :
𝑒(0, 𝑑) = 0 𝑒 𝑒(1, 𝑑) = 𝑒0
π‘π‘Žπ‘Ÿπ‘Ž 𝑑 > 0
e que, no instante inicial a distribuição de temperatura é dada por 𝑓(π‘₯), isto é:
𝑒(π‘₯, 0) = 𝑓(π‘₯) π‘π‘Žπ‘Ÿπ‘Ž 0 < π‘₯ < 1
As condições de contorno e inicial são não homogêneas e a EDP é não
homogênea.
Admitindo:
𝑒(π‘₯, 𝑑) = 𝑣(π‘₯, 𝑑) + πœ“(π‘₯)
𝑒π‘₯π‘₯ = 𝑣π‘₯π‘₯ + πœ“π‘₯π‘₯
𝑒
𝑒𝑑 = 𝑣𝑑
obtém-se:
π‘˜π‘£π‘₯π‘₯ + π‘˜πœ“π‘₯π‘₯ + π‘Ÿ = 𝑣𝑑
Esta equação se reduz a uma equação homogênea impondo-se que:
π‘˜πœ“π‘₯π‘₯ + π‘Ÿ = 0
πœ“π‘₯π‘₯ = −
πœ“(π‘₯) = −
π‘Ÿ
π‘˜
π‘Ÿ 2
π‘₯ + 𝑐1 π‘₯ + 𝑐2
2π‘˜
42
Notas de Aula - Prof. William Reis Silva
Das condições de contorno:
𝑒(0, 𝑑) = 𝑣(0, 𝑑) + πœ“(0) = 0
𝑒(1, 𝑑) = 𝑣(1, 𝑑) + πœ“(1) = 𝑒0
Forçando:
𝑣(0, 𝑑) = 0 𝑒 𝑣(1, 𝑑) = 0
então:
πœ“(0) = 0
𝑒 πœ“(1) = 𝑒0
Aplicando estas condições de contorno:
πœ“(0) = 𝑐2 = 0
πœ“(1) = −
π‘Ÿ
+ 𝑐1 = 𝑒0
2π‘˜
⟹ 𝑐1 = 𝑒0 +
π‘Ÿ
2π‘˜
e
πœ“(π‘₯) = −
π‘Ÿ 2
π‘Ÿ
π‘₯ + (𝑒0 +
)π‘₯
2π‘˜
2π‘˜
A condição inicial será então:
𝑒(π‘₯, 0) = 𝑣(π‘₯, 0) + πœ“(π‘₯) = 𝑓(π‘₯)
𝑣(π‘₯, 0) = 𝑓(π‘₯) − πœ“(π‘₯)
O problema de valor de contorno se transforma em:
π‘˜
πœ• 2 𝑣 πœ•π‘£
=
πœ•π‘₯ 2 πœ•π‘‘
com as condições
𝑣(0, 𝑑) = 0 𝑒 𝑣(1, 𝑑) = 0 π‘π‘œπ‘š 𝑑 > 0
e
𝑣(π‘₯, 0) = 𝑓(π‘₯) +
π‘Ÿ 2
π‘Ÿ
π‘₯ − (𝑒0 +
)π‘₯
2π‘˜
2π‘˜
Por separação de variáveis pode-se determinar:
∞
𝑣(π‘₯, 𝑑) = ∑ 𝐴𝑛 𝑒 −π‘˜ 𝑛
2πœ‹2𝑑
𝑠𝑒𝑛 π‘›πœ‹π‘₯
𝑛=1
43
Notas de Aula - Prof. William Reis Silva
1
𝐴𝑛 = 2 ∫ {𝑓(π‘₯) +
0
π‘Ÿ 2
π‘Ÿ
π‘₯ − ( + 𝑒0 ) π‘₯} 𝑠𝑒𝑛 π‘›πœ‹π‘₯ 𝑑π‘₯
2π‘˜
2π‘˜
A solução do problema original será então:
∞
π‘Ÿ 2
π‘Ÿ
2 2
𝑒(π‘₯, 𝑦) = = −
π‘₯ + (𝑒0 +
) π‘₯ + ∑ 𝐴𝑛 𝑒 −π‘˜ 𝑛 πœ‹ 𝑑 𝑠𝑒𝑛 π‘›πœ‹π‘₯
2π‘˜
2π‘˜
𝑛=1
Note que 𝑒(π‘₯, 𝑑) → πœ“(π‘₯) quando 𝑑 → ∞. πœ“ é chamada de solução estacionária e
𝑣(π‘₯, 𝑑) é chamada de solução transitória.
Exercícios propostos: Zill & Cullens : 12.6 - 1 -7.
OBSERVAÇÕES
1) A equação diferencial parcial geral de problemas físicos pode ser do tipo:
πœ• 2𝑒
πœ• 2𝑒
πœ•π‘’
π‘Ž
+
𝑓(π‘₯,
𝑑)
=
𝑏
+
𝑐
+𝐾𝑒
πœ•π‘₯ 2
πœ•π‘‘ 2
πœ•π‘‘
2
sendo:
𝑓(π‘₯, 𝑑) - forças externas atuantes no sistema
𝐾 𝑒 - força restauradora
2) Os problemas de valor de contorno que trabalhamos foram expressos em um sistema
de coordenadas retangulares. No entanto, em muitos problemas, torna-se interessante
utilizar coordenadas polares, cilíndricas ou esféricas. Por exemplo, para determinar a
temperatura em:
- disco circular ⟢ Equação de Laplace em coordenadas polares:
πœ• 2 𝑒 1 πœ•π‘’ 1 πœ• 2 𝑒
+
+
=0
πœ•π‘Ÿ 2 π‘Ÿ πœ•π‘Ÿ π‘Ÿ 2 πœ•πœƒ 2
𝑒 = 𝑒(π‘Ÿ, πœƒ)
- Cilindro Circular ⟢ Equação de Laplace em coordenadas cilíndricas
44
Notas de Aula - Prof. William Reis Silva
∇2 𝑒 =
πœ• 2 𝑒 1 πœ•π‘’ 1 πœ• 2 𝑒 πœ• 2 𝑒
+
+
+
=0
πœ•π‘Ÿ 2 π‘Ÿ πœ•π‘Ÿ π‘Ÿ 2 πœ•πœƒ 2 πœ•π‘§ 2
𝑒 = 𝑒(π‘Ÿ, πœƒ, 𝑧)
- esfera⟢ Equação de Laplace em coordenadas esféricas
∇2 𝑒 =
πœ• 2 𝑒 2 πœ•π‘’
1
πœ• 2 𝑒 1 πœ• 2 𝑒 π‘π‘œπ‘‘π‘”πœ™ πœ•π‘’
+
+
+
+
=0
πœ•πœŒ2 𝜌 πœ•πœŒ 𝜌2 𝑠𝑒𝑛2 πœ™ πœ•πœƒ 2 𝜌2 πœ•πœ™ 2
𝜌 πœ•πœ™
𝑒 = 𝑒(𝜌, πœƒ, πœ™)
Nestes casos são necessárias outras ferramentas matemáticas para solucionar o
problema. O processo é o de separação de variáveis mas:
a) PVC em coordenadas polares envolve a EDO de Cauchy-Euler:
𝑒(π‘Ÿ, πœƒ) = 𝑅(π‘Ÿ) Θ(πœƒ)
π‘Ž π‘Ÿ 2 𝑅 ′′ + 𝑏 π‘Ÿ 𝑅 ′ + 𝑐 𝑅 = 0
cuja solução é do tipo:
𝑅(π‘Ÿ) = 𝑐1 π‘Ÿ πœ† + 𝑐2 π‘Ÿ − πœ†
b) PVC em coordenadas cilíndricas envolve a EDO de Bessel:
π‘Ÿ 2 𝑅 ′′ + π‘Ÿ 𝑅 ′ + (𝑀 2 π‘Ÿ 2 − π‘š2 ) 𝑅 = 0
𝑒(π‘Ÿ, πœƒ, 𝑧) = 𝑅(π‘Ÿ) Θ(πœƒ)𝑍(𝑧)
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cuja solução é dada em termos das funções de Bessel e série de Fourier-Bessel.
c) PVC em coordenadas esféricas (ρ, πœ‘, θ,) envolve equação associada de Legendre nas
variáveis πœ‘ 𝑒 θ, e a equação de Cauchy-Euler na variável ρ , considerando a separação
de variáveis do tipo:
u(ρ, πœ‘, θ) = R( ρ) ) 𝑒̅(πœ‘, θ )
𝑒̅(θ, πœ‘) = 𝑇(θ) 𝐹( πœ‘)
Com duas constantes de separação k= w2 >0
e π‘˜Μ… = − 𝛽 2 < 0, chega-se:
𝜌2 𝑅 ′′ + 𝜌 𝑅 ′ − 𝑀 2 𝑅 = 0 π‘π‘œπ‘š 𝑀 2 = 𝑛(𝑛 + 1)
𝑇 ′′ + 𝛽 2 𝑇 = 0 π‘π‘œπ‘š 𝑇 π‘π‘’π‘Ÿπ‘–óπ‘‘π‘–π‘π‘Ž π‘’π‘š πœƒ, 𝛽 = π‘š ∈ 𝑁 ∗
π‘š2
) 𝐹 =0
𝑠𝑒𝑛2 πœ‘
π‘π‘’π‘—π‘Ž π‘ π‘œπ‘™π‘’çãπ‘œ é π‘‘π‘Žπ‘‘π‘Ž π‘π‘’π‘™π‘œπ‘  π‘π‘œπ‘™π‘–π‘›π‘œπ‘šπ‘–π‘œπ‘  π‘Žπ‘ π‘ π‘œπ‘π‘–π‘Žπ‘‘π‘œπ‘  𝑑𝑒 πΏπ‘’π‘”π‘’π‘›π‘‘π‘Ÿπ‘’ π‘ƒπ‘›π‘š .
(1 − 𝑦 2 )𝐹 ′′ + 2 𝑦 𝐹 ′ + [ 𝑛(𝑛 + 1) −
3) Problemas do tipo:
πœ• 2𝑒 πœ• 2𝑒 πœ• 2𝑒
+
+
=0
πœ•π‘₯ 2 πœ•π‘¦ 2 πœ•π‘§ 2
𝑒 = 𝑒(π‘₯, 𝑦, 𝑧)
a separação de variáveis é feita utilizando:
𝑒 = 𝐻(π‘₯, 𝑦)𝑍(𝑧)
que substituída na equação leva a:
πœ• 2𝐻
πœ• 2𝐻
𝑍
+𝑍
+ 𝐻 𝑍′′ = 0
πœ•π‘₯ 2
πœ•π‘¦ 2
ou
1 πœ• 2𝐻 πœ• 2𝐻
𝑍′′
( 2+
)
=
−
= 𝐾1 = 1ª π‘π‘œπ‘›π‘ π‘‘π‘Žπ‘›π‘‘π‘’ 𝑑𝑒 π‘ π‘’π‘π‘Žπ‘Ÿπ‘Žçãπ‘œ
𝐻 πœ•π‘₯
πœ•π‘¦ 2
𝑍
𝑍 ′′ + 𝐾1 𝑍 = 0
e
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(
πœ• 2𝐻 πœ• 2𝐻
+
) = 𝐻 𝐾1
πœ•π‘₯ 2
πœ•π‘¦ 2
πœ• 2𝐻 πœ• 2𝐻
( 2+
) − 𝐻 𝐾1 = 0
πœ•π‘₯
πœ•π‘¦ 2
Assumindo então:
𝐻(π‘₯, 𝑦) = 𝑋(π‘₯) π‘Œ(𝑦)
chega-se a:
𝑋 ′′ π‘Œ + π‘‹π‘Œ ′′ − 𝐾1 π‘‹π‘Œ = 0
𝑋 ′′ π‘Œ + π‘‹π‘Œ ′′ = 𝐾1 π‘‹π‘Œ
𝑋′′ π‘Œ′′
+
= 𝐾1
𝑋
π‘Œ
𝑋′′
π‘Œ′′
= 𝐾1 −
= 𝐾2 = 2ª π‘π‘œπ‘›π‘ π‘‘π‘Žπ‘›π‘‘π‘’ 𝑑𝑒 π‘ π‘’π‘π‘Žπ‘Ÿπ‘Žçãπ‘œ
𝑋
π‘Œ
𝑋 ′′ − 𝐾2 𝑋 = 0
π‘Œ ′′ − (𝐾1 − 𝐾2 ) π‘Œ = 0
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