AULA 6 – TCC 1 Justificativa Prof. Dra. Elizângela Marcelo Siliprandi Justificativa Pessoal: Deve ser redigida através da utilização de uma linguagem direta e de um ponto de vista pessoal, apresentando uma contextualização do tema, indicando quais os motivos que levaram o aluno à sua escolha, e a delimitá-lo de tal forma. Após deve, ainda, destacar a relevância do tema para o meio científico, ou sua contribuição para o setor que se insere Por fim, deve enaltecer a contribuição teórica que resultará da pesquisa e a sua utilidade uma vez concluída. Assim, para uma melhor compreensão sobre a forma de elaboração da justificativa, haverá, no exemplo seguinte, uma divisão em quatro partes, atendendo-se à seguinte ordem: 1. Contextualização, 2. Motivos para a escolha do tema, 3. Relevância; e, finalmente, 4. contribuição teórica e sua utilidade. Pontos que devem ser salientados no corpo da justificativa: Importância Relevância Originalidade Viabilidadade EXEMPLO JUSTIFICATIVA O ritmo das mudanças que estão acontecendo nas organizações e nas atividades que as mesmas desenvolvem, certamente não tem precedentes históricos. A globalização e intensificação das competências, o avanço tecnológico, o aumento das exigências dos consumidores e as mudanças nas legislações são apenas alguns dos fatores que demonstram o nível atual de competição. É possível observar que dificilmente uma organização, independente de seu tamanho ou posição no mercado, consegue ficar imune a este processo de aceleração. É também visível que a assimilação e geração de inovações são alguns dos fatores que mais têm contribuído para a este processo. Como conseqüência disto, gerase nas organizações uma dinâmica orientada a fomentar sua capacidade de inovação, uma vez que, empresas que incorporam a inovação a seus processos e adotam uma atitude aberta às mudanças, via de regra, conseguem uma melhor posição no mercado (COTEC, 2005). A globalização fez com que as inovações tecnológicas passassem a desempenhar um papel fundamental no aumento da competitividade dos setores produtivos em diversos países. Neste contexto, as incubadoras ganharam espaço como promotoras de desenvolvimento. Atuam como transformadoras de idéias em empreendimentos reais, pois apesar do ambiente, conseguem encontrar condições favoráveis para o crescimento e lucratividade (CIETEC, 2005). Ressalte a importância deste estudo, considerando-se que o tema é pertinente por estar, de alguma forma, ligado a uma questão crucial que polariza e afeta um segmento substancial da sociedade (CASTRO, 1977). Cabe uma reflexão profunda, com medidas concretas, sobre a dificuldade das empresas em se consolidarem no mercado. Nesse contexto, a possibilidade de fazer parte de uma incubadora traz força e alento ao empresário, que vislumbra vantagens, diminuindo suas chances de fracasso. Desta forma, os programas de incubação têm relevância destacada. A taxa de mortalidade das empresas que passam pelo processo de incubação, em estatísticas de incubadoras européias e americanas indica valores de 20%, bem abaixo do detectado para empresas nascidas fora deste ambiente, que lá é de 70%. No Brasil, se pode afirmar que as estimativas já apontam para níveis comparáveis ao americano e europeu para empresas incubadas (SEBRAE, 2005). As incubadoras assumem seu papel, no contexto, como fomentadoras das empresas e como agentes promovedores da inovação, auxiliando no uso de tecnologia. Isto possibilita a transformação de idéias em produtos, processos ou serviços que trazem resultados para a organização. Castro (1977) descreve a originalidade de um tema dizendo que ele deve ter um potencial para surpreender. Este estudo sobre inovação suscita o uso do Modelo de Disruptura, que chega a parecer antagônico, no que se refere ao desenvolvimento de tecnologias, já que pode não significar necessariamente uma melhoria, pois tem o foco em alcançar mudanças que sejam diferentes das que a trajetória normal do mercado convenciona, visando alcançar outros nichos e não apenas os julgados atraentes, mas os que, ao menos em curto prazo, possam parecer ignóbeis. Esta pesquisa pretende, nas empresas selecionadas para estudo, compreender como seus produtos são desenvolvidos enquanto inovações. Por se tratarem de empresas que atuam no desenvolvimento de softwares, estão em um mercado cuja necessidade de atualização se dá de forma mais veloz e intensa que nos demais setores. Neste contexto é importante que se procure entender a capacidade de inovação destas empresas e como conseguem conquistar e manter seus produtos inovadores no mercado. Analisando assim, o Modelo de Disruptura pode ou não ser adotado a partir dos resultados obtidos. Para ser viável, um trabalho precisa, antes de tudo, cumprir com os prazos estabelecidos, desenvolve-se com os recursos disponíveis, ter determinada disponibilidade potencial de informações. Estas entre outras considerações precisam ser satisfeitas, é o que aponta Castro (1977). Portanto, o estudo de multi-caso escolhido para a realização desta pesquisa é propício por se tratar de empresas que fazem parte da última fase do Programa de Incubação e Empresas de Pato Branco (PRINE/PB). Este programa atua vinculado à Universidade Tecnológica Federal do Paraná, instituição que prima pelo desenvolvimento de pesquisas, fator que garante a disponibilização de todos os dados necessários e auxílio nos contatos junto às empresas incubadas. Fica, desta forma, viabilizado o estudo no que diz respeito às informações e ao cumprimento dos prazos. Este Modelo Disruptivo de Christensen e Raynor (2003) se apresenta de forma a valorizar a simplicidade que pode ser acrescida em um produto tornando-o atrativo, bem como a busca por um mercado, por vezes, relegado ao esquecimento, julgado pouco lucrativo. Visualiza a possibilidade da inovação de disruptura trazer para o produto ou serviço uma mudança que acarrete o aumento da possibilidade de um não consumidor passar a fazer uso, e também de um consumidor satisfeito com um produto que já utiliza, incentivado a mudar devido as benesses oferecidas pelo “novo” produto mais simples, mais eficiente ou mais barato. Nas empresas pesquisadas seus produtos e serviços nascem de idéias ou experimentos dos próprios empresários, normalmente egressos das instituições de ensino superior da região, a partir de experiências próprias ou da observação das necessidades do mercado. O presente trabalho tem como temática a análise de como as empresas, que passam pelo sistema de incubação, desenvolvem seus processos de inovação, e se procurou perceber a incidência ou não do Modelo Disruptivo. O ritmo das mudanças que estão acontecendo nas organizações e nas atividades que as mesmas desenvolvem, certamente não tem precedentes históricos. A globalização e intensificação das competências, o avanço tecnológico, o aumento das exigências dos consumidores e as mudanças nas legislações são apenas alguns dos fatores que demonstram o nível atual de competição. É possível observar que dificilmente uma organização, independente de seu tamanho ou posição no mercado, consegue ficar imune a este processo de aceleração. É também visível que a assimilação e geração de inovações são alguns dos fatores que mais têm contribuído para a este processo. Como conseqüência disto, gerase nas organizações uma dinâmica orientada a fomentar sua capacidade de inovação, uma vez que, empresas que incorporam a inovação a seus processos e adotam uma atitude aberta às mudanças, via de regra, conseguem uma melhor posição no mercado (COTEC, 2005). SILIPRANDI, Elizângela Marcelo Análise do modelo de disruptura no desenvolvimento de inovações em empresas incubadoras : caso do Programa de Incubação de Empresas de Pato Branco-PR / Elizângela Marcelo Siliprandi ; orientador Maurício Fernandes Pereira. – UFSC - Florianópolis, 2006.146f.