Análise comparativa entre Fordismo e Toyotism Aluno: Vinícius de França Nobrega O Fordismo e o Toyotismo são sistemas de produção que tiveram um impacto significativo na indústria, cada um em seu contexto. Eles diferem em vários aspectos, mas também se assemelham em alguns princípios. Ambos são sistemas que vieram para revolucionar a logística da produção em seus respectivos ambientes, com o intuito de otimizar os métodos como seus produtos eram fabricados, trazendo à tona o aspecto da automatização, mas o fazem de maneiras distintas. Em seguida, apontam-se as diferenças entre o Fordismo e o Toyotismo nos diversos aspectos que os constituem: a) Ideal: i) O Fordismo baseava-se na Produção em Massa ao introduzir a ideia de Linha de Montagem para aumentar quantitativamente a produção. ii) O Toyotismo buscava revolucionar a produção com uma Administração Eficiente, focando em dividir o trabalho de maneira inteligente e, ao mesmo tempo, flexibilizar a produção a fim de manter a qualidade. b) Tamanho: i) A linha de montagem do Fordismo tendia à expansão do local de produção, resultando em fábricas de grandíssimo porte. ii) O Toyotismo não tinha essa mesma necessidade, e predominava em empresas de pequeno e médio porte, onde a administração podia ser mais eficiente. c) Programação: i) O Fordismo estabelecia uma programação rígida, onde cada operário tinha sua função e seu posto na linha de montagem, tornando o trabalho bem “robotizado". ii) O Toyotismo estabelecia uma programação mais flexível, uma vez que gerenciava melhor os produtos fabricados para reduzir perdas e custos. d) Qualificação dos operários: i) O Fordismo encabia ao operário uma função altamente específica, tornando-os especializados no processo específico que performavam. ii) Os operários no Toyotismo, embora divididos em estações, exercem uma função mais flexível e são, portanto, mais polivalentes e capazes de realizar mais do que só um simples processo, sem inovação. e) Hierarquia: i) No Fordismo, o operário é limitado à sua função braçal, sendo distante sua relação com o gerente, responsável pela organização da linha de montagem. ii) No Toyotismo, o operário é um agente inteligente no processo e é, logo, mais próximo do gerente na hierarquia de produção. f) Natureza do trabalho: i) No Fordismo, o operário é encarregado de uma tarefa simples, para ser exercida repetidamente e com máxima cadência, visando a maior eficiência da linha de montagem e uma produção padronizada. ii) No Toyotismo, o trabalho era dividido em estações, mas os operários eram responsáveis não só pelo trabalho braçal, mas também eram incentivados a contribuir com melhorias nos processos de produção e a tomar decisões que afetem o trabalho. g) Processo decisivo: i) No Fordismo, a tomada de decisão era reservada e centralizada no gerente de produção. ii) No Toyotismo, os operários faziam parte das tomadas de decisão e inovação, estabelecendo uma descentralização das decisões, o que favorece a otimização dos processos e redução de custos. h) Inovação: i) O Fordismo estabelecia um trabalho repetitivo e padronizado, sem inovação ou criatividade. ii) O Toyotismo prezava pela integração do operário na inovação do método de produção, fundamental para uma maior eficiência do trabalho e redução das perdas e falhas. i) Papel do operário: i) No Fordismo, sendo o operário limitado à uma tarefa simples e repetitiva, ele era visto como um recurso, como um animal produtor, do qual tenta-se extrair a maior quantidade possível de trabalho no menor espaço de tempo. ii) No Toyotismo, como mencionado anteriormente, o operário é um agente inteligente, polivalente e integrado nos processos de inovação e tomadas de decisão da produção. j) Objetivo principal: i) O Fordismo, baseado em tudo explanado anteriormente, tem como objetivo fundamental o aumento da produção, fazendo uso da linha de montagem para otimizar ao máximo o recurso do tempo, e produzir de forma padronizada e em grande escala. ii) O Toyotismo, por sua vez, difere do Fordismo por ter como objetivo principal, o aumento da eficiência da produção por meio de uma administração eficiente, dividindo os operários em estações, incentivando a inovação, reduzindo os custos e desperdícios, mantendo a qualidade do produto final.