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EBOOK+MARINHA+RM2+final

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RESUMO
PARA
CONCURSO
PÚBLICO
MILITAR TEMPORÁRIO
MARINHA DO BRASIL
CONTEÚDO COMPLETO
FORMAÇÃO MILITAR-NAVAL
Apresentação
OLÁ!
Meu nome é Leilane Leal.
Sou Nutricionista formada pela Universidade Federal do
Rio Grande do Norte. Mestra em Nutrição pela mesma
Universidade. Especialista em Terapia Intensiva pelo
Programa de Residência Multiprofissional do Hospital
Universitário Onofre Lopes, também da UFRN. Pósgraduada em Nutrição Esportiva.
Comecei minha trajetória em Concursos Públicos mesmo
antes de entrar na Universidade, fazendo provas de nível
médio.
Desde então, já foram dezenas de provas, por todo o País.
Provas no âmbito da saúde e de Tribunais. Foram muitas e
muitas reprovações, frustrações, dúvidas... Mas eu não desisti
e sempre fui buscando chegar em um lugar melhor. Foi a
persistência que me fez alcançar resultados positivos como
estes:
1º lugar na Seleção para Residência Multiprofissional em Saúde –
Terapia Intensiva do HUOL/UFRN em 2014
1º lugar na Seleção para Oficial – SMV (Serviço Militar Voluntário) da
Marinha – Nutricionista do Comando do 3º Distrito Naval em 2016
1º lugar no Concurso para Nutricionista do Hospital Universitário
Onofre Lopes da Ebserh, sendo 13ª colocada geral na classificação
nacional em 2020
Hoje sou Empregada Pública Federal.
Ao
longo
das
aprovações,
e,
principalmente,
das
reprovações, aprendi e desenvolvi técnicas de estudo que
me fizeram otimizar o meu tempo e facilitar o
entendimento das matérias.
Para o Concurso da Marinha, eu sabia que a quantidade de
material para leitura e releitura, e a densidade de
informações, dificultaria o processo de revisão.
Então, durante o estudo fui desenvolvendo um resumo
estruturado para facilitar esse processo de revisão. Estudar
sem saber como seria o perfil de cobrança foi uma tarefa
extremamente difícil. Foi esse material que me ajudou a
obter a aprovação na primeira prova que a Marinha aplicou
nesse formato de seleção.
Anos depois,
repaginado.
o
material
foi
totalmente
atualizado
e
O produto final é este Resumo Completo para Concurso de
Militar Temporário da Marinha, totalmente atualizado para o
Edital de 2023, contendo todo o conteúdo programático da
Área de Formação Militar-Naval em páginas esquematizadas,
de forma a facilitar o entendimento e otimizar o seu tempo
até a aprovação.
Boa sorte e bons estudos! Nos vemos no Diário Oficial!
Leilane Leal
O conteúdo presente neste resumo corresponde ao programa para a prova objetiva
do Processo Seletivo Unificado de Oficiais da Marinha do Brasil - RM2-2023.
ÁREA DE CONCENTRAÇÃO II - FORMAÇÃO MILITAR-NAVAL
Sumário
Forças Armadas (FFAA)................................................................................................. 4
Legislação Militar-Naval ............................................................................................. 20
Doutrina de Liderança da Marinha .............................................................................. 28
Tradições Navais ........................................................................................................ 34
História Naval ............................................................................................................ 47
@nutri.passei l Por Leilane Leal
3
Forças Armadas (FFAA)
Constituição da República Federativa do Brasil de 1988
TÓPICOS GERAIS:
Art 5º - Direitos e Garantias:
É livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos
termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens.
Ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado
Democrático é crime inafiançável e imprescritível.
A prisão por transgressão militar ou crime propriamente militar depende de lei própria  Lei nº
6.880, de 9 dezembro de 1980 – Estatuto dos Militares.
O cargo de oficial das Forças Armadas é PRIVATIVO de brasileiro NATO  não pode brasileiro
naturalizado.

Ministro de Estado da Defesa também é privativo de brasileiro nato.
Curiosidade: Os miliares das forças armadas são divididos em PRAÇA e OFICIAL. Oficial são os tenentes,
capitães, generais... Perceba que a lei é clara em dizer que apenas os oficiais devem ser brasileiros
natos. Cuidado com pegadinhas!
Competências:
 Compete à União (ou seja: o Presidente da República):
 Declarar a guerra e celebrar a paz  não é função de comandantes de forças armadas.
 Permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças estrangeiras transitem pelo
território nacional ou nele permaneçam temporariamente.
Atenção: Isso tudo depende de autorização exclusiva do Congresso Nacional.
Guerra, paz e forças estrangeiras
em território nacional
Presidente pede
Congresso Nacional
autoriza
 Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da República, dispor sobre fixação
e modificação do efetivo das Forças Armadas.
 É iniciativa privativa do Presidente da República iniciar leis que tratem sobre o assunto.
 Tudo que trate sobre militares das Forças Armadas (regime jurídico, provimento de cargos,
promoções, estabilidade, remuneração, reforma e transferência para a reserva) cabe ao
Presidente da República iniciar a legislação correspondente.
@nutri.passei l Por Leilane Leal
4
 Compete privativamente ao Presidente da República:
 Exercer o comando supremo das Forças Armadas
 Nomear os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica
 Promover seus oficiais-generais e nomeá-los para os cargos que lhes são privativos
CAPÍTULO II: DAS FORÇAS ARMADAS
Forças Armadas: Marinha, Exército e Aeronáutica (Força Aérea Brasileira – nova nomenclatura)
 São instituições nacionais permanentes e regulares
 Organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente
da República
 Objetivo: defesa da Pátria, garantia dos poderes constitucionais e da lei e da ordem
 São subordinadas ao Ministro do Estado de Defesa
Patentes:
 Conferidas pelo Presidente da República
 Asseguradas aos oficiais da ativa, da reserva ou reformados
-=
Militar em atividade que toma posse em cargo ou emprego público civil permanente é
transferido para a reserva.
 Exceto: profissionais de saúde podem ter dois cargos ou empregos públicos (na mesma área),
SE HOUVER COMPATIBILIDADE DE HORÁRIO.
Observações sobre os militares:
É proibido a sindicalização e a
greve.
Não pode estar filiado a partidos
políticos (enquanto em serviço
ativo).
As mulheres e os eclesiásticos são isentos do serviço militar
OBRIGATÓRIO em tempo de paz, sujeitos, porém, a outros
encargos que a lei lhes atribuir.
O serviço militar é obrigatório nos termos da lei.
 Às Forças Armadas compete, na forma da lei, atribuir serviço alternativo aos que, em tempo
de paz, após alistados, alegarem imperativo de consciência, entendendo-se como tal o
@nutri.passei l Por Leilane Leal
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decorrente de crença religiosa e de convicção filosófica ou política, para se eximirem de
atividades de caráter essencialmente militar.
o Essa lei é a LEI Nº 8.239, DE 4 DE OUTUBRO DE 1991. Ela diz que o Serviço Alternativo são
atividades de caráter administrativo, assistencial, filantrópico ou mesmo produtivo, em
substituição às atividades de caráter essencialmente militar; prestadas em organizações
militares da ativa e em órgãos de formação de reservas das Forças Armadas ou em órgãos
subordinados aos Ministérios Civis, mediante convênios.
o Deve haver interesse recíproco e atendidas as aptidões do convocado.
Atenção: As Forças Armadas não fazem parte das instituições de segurança pública do
Estado. Não confundir com Polícia Militar ou Bombeiro Militar.
Ao ex-combatente que participou da segunda guerra, é assegurado pensão especial
correspondente à deixada por segundo-tenente das Forças Armadas.
O oficial só perderá o posto e a patente se for julgado indigno do oficialato ou com ele
incompatível, por decisão de tribunal militar de caráter permanente, em tempo de paz, ou de
tribunal especial, em tempo de guerra.
Atenção: é errado a afirmativa que o militar NÃO PODE perder o posto. Ele pode perder
apenas nessa hipótese, por decisão permanente de TRIBUNAL MILITAR!
De forma geral, desses tópicos gerais da Constituição Federal
saem boa parte das cobranças em provas. Já caiu quase 20
questões sobre isso, uma média de 3 questões por prova. Ou
seja, é uma cobrança certa!
É um tópico para ler e reler até o dia da prova.
Já caiu em prova!
Prova SMV 2020
De acordo com o Art. 142 da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, que disserta
sobre as Forças Armadas, é correto afirmar que:
(A) ao militar é permitida a sindicalização e proibido o direito de fazer greve.
(B) o militar, enquanto em serviço ativo, pode estar filiado a partidos políticos.
(C) o oficial só perderá o posto e a patente se for julgado indigno do oficialato ou com ele
incompatível, por decisão de seu comandante superior apenas.
(D) o oficial condenado na justiça comum ou militar à pena privativa de liberdade superior a dois
anos, por sentença transitada em julgado, será automaticamente excluído da Força.
(E) não caberá habeas corpus em relação a punições disciplinares militares.
@nutri.passei l Por Leilane Leal
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Gabarito: E
Comentário: É o Art. 142, § 2º “Não caberá habeas corpus em relação a punições disciplinares
militares”. Alternativa C, a decisão é de tribunal militar; Alternativa D não existe qualquer menção
a isso na CF; Alternativas A e B, não são permitidos.
Prova SMV 2017
Segundo a Constituição da República Federativa do Brasil (1988), coloque F (falso) ou V (verdadeiro)
nas afirmativas abaixo, com relação às disposições aos membros das Forças Armadas, assinalando
a seguir a opção correta.
( ) Ao militar são proibidas a Sindicalização e a greve.
( ) O militar, enquanto em serviço ativo, pode estar filiado a partidos políticos.
( ) O oficial nunca perderá o posto e a patente, mesmo sendo julgado indigno ao oficialato.
( ) As patentes, com prerrogativas, direitos e deveres a elas inerentes são asseguradas em plenitude
apenas aos oficiais da ativa, sendo-lhes privativos os títulos e postos militares e o uso dos uniformes
das Forças Armadas.
(A) V F V F
(B) V V V F
(C) F V V V
(D) V F F F
(E) F V F V
Gabarito: D
Comentários: O militar NÃO tem direito a sindicalização, greve e fialiação a partidos políticos
enquanto na ativa. O militar pode perder o posto por decisão de tribunal militar em caráter
permanente. O oficial na inatividade não perde a sua patente. Resposta é a letra D.
Prova SMV 2018
A Constituição da República Federativa do Brasil (1988) e o Estatuto dos Militares (lei nº 6.880, de 9
de dezembro de 1980) contemplam várias disposições relativas aos membros das Forças Armadas.
A par dessas disposições, é correto afirmar que:
(A) todo militar em atividade que tomar posse em cargo ou emprego público civil permanente será
transferido para a reserva.
(B) os membros das Forças Armadas são denominados militares federais.
(C) nenhum oficial das Forças Armadas poderá exercer atividade técnico-profissional no meio civil,
enquanto estiver em serviço ativo.
(D) as patentes das Forças Armadas são conferidas apenas aos oficiais.
(E) a todo militar é proibida a filiação a partidos políticos.
Gabarito: D
Comentários: Quanto à A e C, área da saúde podem ter dois vínculos, se tiver compatibilidade de
horário. E: militar na inatividade pode estar filiado sim a partido político. B: a denominação militar
federal não existe. Correta é a letra D.
@nutri.passei l Por Leilane Leal
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Lei complementar nº 97, de 9 de junho de 1999
O Presidente da República, na condição de Comandante Supremo das Forças Armadas, é
assessorado pelos:
I - Conselho Militar de Defesa  sobre emprego de meios militares
II - Ministro de Estado da Defesa  sobre demais assuntos pertinentes à área militar.
Conselho Militar de Defesa: composto pelos Comandantes da Marinha, do Exército e da
Aeronáutica e pelo Chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas.
 O Ministro da Defesa preside quando tratar de emprego de meios militares.
Ministro da Defesa: direção SUPERIOR das Forças Armadas.
 É assessorado pelo Conselho Militar de Defesa (órgão permanente de assessoramento) e pelo
Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas; e por demais órgãos, conforme definido em lei.
 É o responsável pela implantação do Livro Branco de Defesa Nacional  documento público
que esboça o amplo contexto da Estratégia de Defesa Nacional.
 Compete ao Ministério da Defesa formular a política e as diretrizes referentes aos produtos de
defesa empregados nas atividades operacionais, inclusive armamentos, munições, meios de
transporte e de comunicações, fardamentos e materiais de uso individual e coletivo, admitido
delegações às Forças.
Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas:
 Órgão de assessoramento permanente do Ministro de Estado da Defesa.
 Chefe: oficial-general do último posto, da ativa ou da reserva (Ministro da Defesa indica e o
Presidente da República nomeia).
o Se o chefe estiver na ativa, ele é transferido para a reserva remunerada para assumir o cargo.
o Ele vai ter o mesmo grau hierarquico dos comandantes de cada força. Vai ser mais antigo que os
demais oficiais-generais das 3 (três) Forças Armadas.
o O tempo em que estiver na chefia conta como tempo de serviço, apesar de estar na reserva.
Cada força tem um comandante:
Indicado pelo
Ministro de Estado da
Defesa.
Nomeado pelo
Presidente da
República.
Tem a função de gestão
e direção da respectiva
força.
 Só pode ser um oficial-general de último posto e vai ser mais antigo que os demais quando
assumir.
o Também é transferido para a reserva remunerada para assumir o cargo.
@nutri.passei l Por Leilane Leal
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Perceba: sempre que tem algum cargo importante, de chefia, de compor algum conselho, a indicação
é do Ministro da Defesa e o Presidente da República que nomeia.
Poder Executivo: define a competência dos Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica
para a criação, a denominação, a localização e a definição das atribuições das organizações
integrantes das estruturas das Forças Armadas.
 O Poder Executivo encaminha para o Congresso Nacional, de 4 (quatro) em 4 (quatro) anos, os
seguintes documentos com atualizações: Política Nacional de Defesa, a Estratégia Nacional de
Defesa e o Livro Branco de Defesa Nacional.
O Comandante da Força entrega ao Ministro da defesa a Lista de Escolha para a promoção aos
postos de oficiais-generais e propor-lhe os oficiais-generais para a nomeação aos cargos que lhes
são privativos  o Presidente da República nomeia.
Já caiu em prova!
Prova SMV 2018
Sobre o Livro Branco de Defesa Nacional, que é o mais completo e acabado documento acerca das
atividades de defesa do Brasil, assinale a opção INCORRETA.
(A) A implantação do Livro Branco de Defesa Nacional compete ao Ministro de Estado da Defesa.
(B) O Livro Branco de Defesa Nacional foi institucionalizado pelo decreto nº 6.703, de 18 de
dezembro de 2008, que aprova a Estratégia Nacional de Defesa.
(C) O Livro Branco de Defesa Nacional é um documento de caráter público.
(D) Por meio do Livro Branco de Defesa Nacional permitir-se-á o acesso ao amplo contexto da
Estratégia de Defesa Nacional.
(E) O Livro Branco de Defesa Nacional deverá conter dados estratégicos sobre as Forças Armadas.
Gabarito: B
Comentário: A Estratégia Nacional de Defesa não institucionalizou o Livro Branco, a Estratégia
Nacional de Defesa faz parte do Livro Branco.
Prova SMV 2018
A Lei Complementar nº 97, de 9 de junho de 1999, ao tratar da organização das Forças Armadas e
da sua direção superior, estabelece a competência de alguns órgãos e autoridades. Considerando
as disposições dessa lei complementar sobre esse assunto, assinale a opção correta.
(A) Ao Ministro de Estado da Defesa compete promover os oficiais-generais das Forças Armadas.
(B) Ao Ministro de Estado da Defesa compete nomear os oficiais-generais das Forças Armadas para
os cargos que lhes são privativos.
(C) Ao Ministro de Estado da Defesa compete exercer a direção superior das Forças Armadas.
(D) Ao Ministério da Defesa compete elaborar o planejamento do emprego conjunto das
@nutri.passei l Por Leilane Leal
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Forças Armadas.
(E) Ao Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas compete formular a política e as diretrizes
referentes aos produtos de defesa empregados nas atividades operacionais.
Gabarito: C
Comentários: Ministro da Defesa: direção SUPERIOR das Forças Armadas. Letra C.
@nutri.passei l Por Leilane Leal
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Política Nacional de Defesa
TRECHOS IMPORTANTES DO DOCUMENTO:
O Estado tem como pressupostos básicos: território, povo, leis e governo próprios e independência
nas relações externas.
 A expressão militar do País fundamenta-se na capacidade das Forças Armadas e no potencial dos
recursos nacionais mobilizáveis.
A defesa externa é a destinação precípua das Forças Armadas.
Segurança é a condição que permite ao País preservar sua soberania e integridade territorial,
promover seus interesses nacionais, livre de pressões e ameaças, e garantir aos cidadãos o exercício
de seus direitos e deveres constitucionais.
Defesa Nacional: conjunto de medidas e ações do Estado, com ênfase no campo militar, para a
defesa do território, da soberania e dos interesses nacionais contra ameaças preponderantemente
externas, potenciais ou manifestas.
Atenção a possíveis disputas por áreas marítimas, pelo domínio aeroespacial e por fontes de água
doce, de alimentos e de energia, cada vez mais escassas.
Para que o desenvolvimento e a autonomia nacionais sejam alcançados é essencial o domínio
crescentemente autônomo de tecnologias sensíveis, principalmente nos estratégicos setores
espacial, cibernético e nuclear.
Lembre bem desses 3 setores
estratégicos!
Buscando aprofundar seus laços de cooperação, o País visualiza um entorno estratégico que
extrapola a região sulamericana e inclui o Atlântico Sul e os países lindeiros da África, assim como a
Antártica. Ao norte, a proximidade do mar do Caribe impõe que se dê crescente atenção a essa
região.
O planejamento de defesa deve priorizar a Amazônia e o Atlântico Sul.
Convenção das Nações Unidas sobre Direito do Mar: possibilidade do Brasil estender os limites da
sua Plataforma Continental e exercer o direito de jurisdição sobre os recursos econômicos em uma
área de cerca de 4,5 milhões de quilômetros quadrados, uma verdadeira “Amazônia Azul”.
O controle do espaço aéreo e a sua boa articulação com os países vizinhos, assim como o
desenvolvimento de nossa capacitação aeroespacial, constituem objetivos setoriais prioritários.
O Brasil atribui prioridade aos países da América do Sul e da África, em especial aos da África
Ocidental e aos de língua portuguesa, buscando aprofundar seus laços com esses países.
Nos termos da Constituição, as Forças Armadas poderão ser empregadas pela União contra ameaças
ao exercício da soberania do Estado e à indissolubilidade da unidade federativa.
@nutri.passei l Por Leilane Leal
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Objetivos Nacionais de Defesa
I. garantir a soberania, o patrimônio nacional e a integridade territorial;
II. defender os interesses nacionais e as pessoas, os bens e os recursos brasileiros no exterior;
III. contribuir para a preservação da coesão e da unidade nacionais;
IV. contribuir para a estabilidade regional;
V. contribuir para a manutenção da paz e da segurança internacionais;
VI. intensificar a projeção do Brasil no concerto das nações e sua maior inserção em processos
decisórios internacionais;
VII. manter Forças Armadas modernas, integradas, adestradas e balanceadas, e com
crescente profissionalização, operando de forma conjunta e adequadamente desdobradas no
território nacional;
VIII. conscientizar a sociedade brasileira da importância dos assuntos de defesa do País;
IX. desenvolver a indústria nacional de defesa, orientada para a obtenção da autonomia em
tecnologias indispensáveis;
X. estruturar as Forças Armadas em torno de capacidades, dotando-as de pessoal e material
compatíveis com os planejamentos estratégicos e operacionais; e
XI. desenvolver o potencial de logística de defesa e de mobilização nacional.
Já caiu em prova!
Prova SMV 2021
Para que o desenvolvimento e a autonomia nacionais sejam alcançados é essencial o domínio
crescentemente autônomo de tecnologias sensíveis. De acordo com o Ambiente Internacional da
Política Nacional de Defesa, quais são os setores estratégicos essenciais para o desenvolvimento
nacional?
(A) Espacial, cibernético e nuclear.
(B) Industrial, de serviço e nuclear.
(C) Serviço, segurança e cibernético.
(D) Espacial, nuclear e industrial.
(E) Espacial, de serviço e segurança.
Gabarito: A
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Estratégia Nacional de Defesa
FORMULAÇÃO SISTEMÁTICA
O povo brasileiro não deseja exercer domínio sobre outros povos  não busca hegemonia.
As FFAA são subordinadas ao poder político constitucional  caracteristica de Estado
republicano.
Objetivos Nacionais de Defesa:
 Garantia da soberania, do patrimônio nacional e da integridade territorial.
 Estruturação de Forças Armadas com adequadas capacidades organizacionais e
operacionais.
 Criação de condições sociais e econômicas de apoio à Defesa Nacional no Brasil.
 Contribuição para a paz e a segurança internacionais e a proteção dos interesses brasileiros
nos diferentes níveis de projeção externa do País.
Estratégia nacional de defesa é inseparável de estratégia nacional de desenvolvimento.
 É o vínculo entre a independencia nacional e as Forças Armadas.
É indispensável para as Forças Armadas manter, em meio à paz, o impulso de se preparar para o
combate e de cultivar, em prol desse preparo, o hábito da transformação.
Atenção: essa é a palavra-chave de todo esse tópico: TRANSFORMAÇÃO.
Princípios de um projeto forte de defesa:
 Independência nacional efetivada pela mobilização de recursos físicos, econômicos e
humanos;
 Independência nacional alcançada pela capacitação tecnológica autônoma, inclusive nos
estratégicos setores espacial, cibernético e nuclear;
 Independência nacional assegurada pela democratização de oportunidades educativas e
econômicas.
Esse assunto caiu algumas vezes!
Preste atenção nas palavras-chaves!
DIRETRIZES:
 Dissuadir a concentração de forças hostis nas fronteiras terrestres e nos limites das águas
jurisdicionais brasileiras;
o Impedir-lhes o uso do espaço aéreo nacional;
 Organização pelo trinômio monitoramento/controle, mobilidade e presença;
 Monitorar e controlar o espaço aéreo, o território e as águas jurisdicionais brasileiras;
 Responder prontamente a qualquer ameaça ou agressão: mobilidade estratégica;
@nutri.passei l Por Leilane Leal
13
 Garantir o vinculo entre tecnologia e mobilidade operacional;
 Fortalecer os três setores: o espacial, o cibernético e o nuclear (garantia da FLEXIBILIDADE);
o O Brasil tem compromisso – decorrente da Constituição e da adesão a Tratados
Internacionais – com o uso estritamente pacífico da energia nuclear.
 Unificar e desenvolver as operações conjuntas das três Forças, muito além dos limites
impostos pelos protocolos de exercícios conjuntos (instrumentos: o Ministério da Defesa e o
Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas);
 Reposicionar os efetivos das três Forças: regiões preocupantes são Norte, Oeste e Atlântico
Sul:
 Marinha: deve ser mais presente na região da foz do Rio Amazonas e nas grandes bacias
fluviais do Amazonas e do Paraguai-Paraná.
 Adensar a presença de unidades da Marinha, do Exército e da Força Aérea nas fronteiras –
TAREFA DE VIGILÂNCIA;
 Priorizar a região amazônica: CENSIPAM deverá atuar integradamente com as FFAA na
defesa do território;
 Desenvolver a capacidade logística, para fortalecer a mobilidade, sobretudo na região
amazônica;
 Flexibilidade no combate: monitoramento/controle, mobilidade e presença;
 Práticas e de capacitações operacionais dos militares (combatentes): atuar em rede, dispor
de tecnologia e ser treinado para o combate;
 Atenção ao efetivo militar: política de otimização do emprego de recursos humanos;
 Organizar as Forças Armadas em torno de capacidades, não em torno de inimigos
específicos;
 Cumprimento de missões de garantia da lei e da ordem, nos termos da Constituição;
 Estimular a integração da América do Sul: cooperação militar regional;
CUIDADO COM PEGADINHA: É AMÉRICA DO SUL, NÃO AMÉRICA LATINA!
 Desenvolvimento de operações internacionais de apoio à política exterior do Brasil;
 Ampliar a capacidade de atender aos compromissos internacionais de busca e salvamento;
 Capacitar a Base Industrial de Defesa para que conquiste autonomia em tecnologias:
desenvolvimento de materiais que tenham uso dual;
 Manter o Serviço Militar Obrigatório: mobilização do povo brasileiro.
O militar brasileiro precisa reunir qualificação e rusticidade. Precisa dominar as tecnologias e as
práticas operacionais exigidas pelo conceito de flexibilidade.
Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas: chefiado por um oficial-general de último posto, e
terá a participação de um Comitê, integrado pelos Chefes dos Estados-Maiores das três Forças.
 Subordinado diretamente ao Ministro da Defesa.
A formulação e a execução da política de obtenção de produtos de defesa serão centralizadas
no Ministério da Defesa, sob a responsabilidade da Secretaria de Produtos de Defesa (SEPROD).
@nutri.passei l Por Leilane Leal
14
Cada força tem um Comandante:
Indicado pelo Ministro da
Defesa
Nomeado pelo Presidente
da República
O Chefe-de-Estado-Maior é subordinado ao Comandante da Força:
 Função: Agentes da formulação estratégica
Função: direção, gestão e
formulação da política e
doutrina da sua força
Cada força tem um
Chefe-de-Estado-Maior
EIXOS ESTRUTURANTES:
São três eixos:
 Organização e orientação das Forças Armadas
 Reorganização da Industria Nacional de Material de Defesa
 Composição do efetivo das Forças Armadas e serviço militar obrigatório
o A base da defesa nacional é a identificação da Nação com as Forças Armadas e das Forças
Armadas com a Nação.
o Critérios: combinação do vigor físico com a capacidade analítica e representação de todas as
classes sociais e regiões do País.
Objetivos estratégicos das Forças Armadas
Marinha do Brasil (MB)
1.
A MB se pautará por um desenvolvimento DESIGUAL E CONJUNTO: as tarefas serão em
determinada ordem e sequência  relação entre as tarefas estratégicas de negação do uso do mar,
de controle de áreas marítimas e de projeção de poder.
Prioridade: Negar o uso do mar às
forças inimigas para organizar a
estratégia de defesa marítima.
o
Depois: Projeção de poder.
A projeção de poder se subordina, hierarquicamente, à negação do uso do mar.
o
Áreas litorâneas de atenção especial para controle do acesso marítimo: faixa que vai de
Santos a Vitória e a área em torno da foz do rio Amazonas.
@nutri.passei l Por Leilane Leal
15
A negação do uso do mar, o controle de áreas marítimas e a projeção de poder devem ter por foco,
sem hierarquização de objetivos e de acordo com as circunstâncias:
(a) defesa proativa das plataformas petrolíferas;
(b) defesa proativa das instalações navais e portuárias, dos arquipélagos e das ilhas
oceânicas;
(c) prontidão para responder ameaças às vias marítimas de comércio;
(d) capacidade de participar de operações internacionais de paz, fora do território e das
águas jurisdicionais brasileiras, sob a égide das Nações Unidas ou de organismos
multilaterais da região.
Estratégicas de acesso marítimo ao Brasil  áreas do litoral continuarão a merecer atenção
especial, do ponto de vista da necessidade de controlar o acesso marítimo ao Brasil: a faixa que vai
de Santos a Vitória e a área em torno da foz do Rio Amazonas.
2.
A doutrina do desenvolvimento desigual e conjunto tem implicações para a reconfiguração
das forças navais.
–
Implicação mais importante é que a Marinha se reconstruirá, por etapas, como uma arma
balanceada entre o componente submarino, o componente de superfície e o componente
aeroespacial.
3.
Para assegurar o objetivo de negação do uso do mar, o Brasil contará com força naval
submarina de envergadura, composta de submarinos convencionais e de submarinos de propulsão
nuclear.

O Brasil manterá e desenvolverá sua capacidade de projetar e de fabricar esses submarinos.
4.
Para projeção de poder: Fuzileiros Navais  meios em permanente condição de pronto
emprego.

Nas vias fluviais, serão fundamentais para assegurar o controle das margens durante as
operações ribeirinhas.

O Corpo de Fuzileiros Navais consolidar-se-á como a força de caráter expedicionário por
excelência.
5.
Importância dos Navios de grande e menor porte e trabalho conjunto com a força aérea.

Serão preferidos os navios-aeródromos convencionais e de dedicação exclusiva.

A Marinha contará, também, com embarcações de combate, de transporte e de patrulha,
oceânicas, litorâneas e fluviais.

Serão concebidas e fabricadas de acordo com a mesma preocupação de versatilidade
funcional que orientará a construção das belonaves de alto mar.

A Marinha adensará sua presença nas vias navegáveis das duas grandes bacias fluviais, a do
Amazonas e a do Paraguai-Paraná, empregando tanto navios-patrulha como navios-transporte,
ambos guarnecidos por helicópteros, adaptados ao regime das águas.

A presença da Marinha nas bacias fluviais será facilitada pela dedicação do País à
inauguração de um paradigma multimodal de transporte. Esse paradigma contemplará a
@nutri.passei l Por Leilane Leal
16
construção das hidrovias do Paraná-Tietê, do Madeira, do Tocantins-Araguaia e do Tapajós-Teles
Pires.

As barragens serão, quando possível, providas de eclusas, de modo a assegurar franca
navegabilidade às hidrovias.
6.
O monitoramento da superfície do mar, a partir do espaço, deverá integrar o repertório de
práticas e capacitações operacionais da Marinha.
7.
A constituição de uma força e de uma estratégia navais que integrem os componentes
submarino, de superfície e aéreo, permitirá realçar a flexibilidade com que se resguarda o objetivo
prioritário da estratégia de segurança marítima: a dissuasão com a negação do uso do mar ao
inimigo que se aproxime, por meio do mar, do Brasil.

Em amplo espectro de circunstâncias de combate, sobretudo quando a força inimiga for
muito mais poderosa, a força de superfície será concebida e operada como reserva tática ou
estratégica.

Preferencialmente, e sempre que a situação tática permitir, a força de superfície será
engajada no conflito depois do emprego inicial.

Força submarina atuará de maneira coordenada com os veículos espaciais (para efeito de
monitoramento) e com meios aéreos (para efeito de fogo focado).
8.
Aviação Naval, embarcada em navios: elo entre a força submarina e a força naval de
superfície.

A Marinha trabalhará com a indústria nacional de material de defesa para desenvolver um
avião versátil, de defesa e ataque, que maximize o potencial aéreo defensivo e ofensivo.
9.
A Marinha iniciará os estudos e preparativos para estabelecer, em lugar próprio, o mais
próximo possível da foz do rio Amazonas, uma base naval de uso múltiplo, comparável, na
abrangência e na densidade de seus meios, à Base Naval do Rio de Janeiro.
10.
A Marinha acelerará o trabalho de instalação de suas bases de submarinos, convencionais e
de propulsão nuclear.
Os setores estratégicos: o espacial, o cibernético e o nuclear  essenciais para a defesa nacional.
Prioridades:

Setor espacial: Projetar e fabricar veículos lançadores de satélites e desenvolver tecnologias
de guiamento; Projetar e fabricar satélites, sobretudo os geoestacionários; Desenvolver tecnologias
de comunicações, controle e comando; Desenvolver tecnologia de determinação de
posicionamento geográfico a partir de satélites.

Setor cibernético: Usos industriais, educativos e militares. Fortalecer o Centro de Defesa
Cibernética; Aprimorar a Segurança da Informação e Comunicações (SIC), Fomentar a pesquisa
científica; Desenvolvimento de sistemas de uso dual; Desenvolver tecnologias que
@nutri.passei l Por Leilane Leal
17
permitam o planejamento e a execução da Defesa Cibernética no âmbito do Ministério da Defesa;
Capacitação para uso dos poderes cibernéticos; Estruturar a produção de conhecimento oriundo da
fonte cibernética.

Setor nuclear: Só pode para FINS PACÍFICOS  desarmamento nuclear das potências
nucleares. Desenvolvimento do ciclo do combustível (inclusive a gaseificação e o enriquecimento) e
da tecnologia da construção de reatores, para uso exclusivo do Brasil; Acelerar o mapeamento, a
prospecção e o aproveitamento das jazidas de urânio. Brasil não aderirá a acréscimos ao Tratado de
Não Proliferação de Armas Nucleares.
Nos três setores, as parcerias com outros países e as compras de produtos e serviços no
exterior devem ser compatibilizadas.
A defesa do Brasil requer a reorganização da Base Industrial de Defesa (BID) – formada pelo
conjunto integrado de empresas públicas e privadas, e de organizações civis e militares.
Reorganização da Base Industrial de Defesa Brasileira – Principais Diretrizes
• Dar prioridade ao desenvolvimento de capacitações tecnológicas independentes;
• Subordinar as considerações comerciais aos imperativos estratégicos;
• Evitar que a Base Industrial de Defesa polarize-se entre pesquisa avançada e produção
rotineira; e
• Usar o desenvolvimento de tecnologias de defesa como foco para o desenvolvimento
de capacitações operacionais.
Já caiu em prova!
Prova SMV 2017
De acordo com a Estratégia Nacional de Defesa (Decreto nº 6.703, de 18 de dezembro de 2008), a
construção de meios para exercer o controle de áreas marítimas terá como focos as áreas
estratégicas de acesso marítimo ao Brasil. Duas áreas do litoral continuarão a merecer atenção
especial, do ponto de vista da necessidade de controlar o acesso marítimo ao Brasil. Quais são essas
áreas?
(A) A faixa que vai de Fortaleza a Natal e a área que contém os afluentes do rio Amazonas.
(B) A faixa que vai da Bahia ao Rio de Janeiro e a área em torno da foz do Rio da Prata.
(C) A faixa que vai de Santos a Vitória e a área em torno da foz do rio Amazonas.
(D) A faixa que vai do Rio de Janeiro a Florianópolis e a área que contém os afluentes do rio Paraguai.
(E) A faixa que vai de Porto Alegre ao Chuí e a área em torno da hidrovia do Paraná-Tietê.
Gabarito: C
Comentário: “Duas áreas do litoral continuarão a merecer atenção especial, do ponto de vista da
necessidade de controlar o acesso marítimo ao Brasil: a faixa que vai de Santos a Vitória e a área em
torno da foz do rio Amazonas”.
Prova SMV 2017
@nutri.passei l Por Leilane Leal
18
De acordo com as Diretrizes da Estratégia Nacional de Defesa (Decreto nº 6.703, de 18 de dezembro
de 2008), a organização das Forças Armadas está baseada sobre que égide?
(A) Deslocamento, concentração e permanência.
(B) Surpresa, preparo e unidade de comando.
(C) Manobra, prontidão e segurança,
(D) Monitoramento/controle, mobilidade e presença.
(E) Simplicidade, flexibilidade e mobilidade.
Gabarito: D
Comentário: Segunda Diretriz: Organização pelo trinômio monitoramento/controle, mobilidade e
presença.
Prova SMV 2018
Com base nas disposições do decreto nº 6.703, de 18 de dezembro de 2008, assinale a opção que
NÃO contempla diretriz da Estratégia Nacional de Defesa.
(A) Adensar a presença de unidades do Exército, da Marinha e da Força Aérea nas fronteiras.
(B) Manter o Serviço Militar Obrigatório.
(C) Ampliar a capacidade de atender aos compromissos internacionais de busca e salvamento.
(D) Individualizar e setorizar a operação das Forças Armadas.
(E) Preparar efetivos para o cumprimento de missões de garantia da lei e da ordem, nos termos da
Constituição Federal.
Gabarito: D
Comentário: Sempre que visualizar a palavra NÃO ou INCORRETA, já grife e leia com atenção. Todas
as 4 são diretrizes, exceto a alternativa D: não se fala sobre individualizar e setorizar operações.
Prova SMV 2016
De acordo com as diretrizes da Estratégia Nacional de Defesa, assinale a opção INCORRETA.
(A) Priorizar a região amazônica.
(B) Dissuadir a concentração de forças hostis nas fronteiras terrestres, nos limites das águas
jurisdicionais brasileiras, e impedir-lhes o uso do espaço aéreo nacional.
(C) Fortalecer três setores de importância estratégica: o social, o cibernético e o nuclear.
(D) Estruturar o potencial estratégico em torno de capacidades.
(E) Preparar as Forças Armadas para desempenharem responsabilidades crescentes em operações
de manutenção de paz.
Gabarito: C
Comentário: Os três setores de importância estratégicos são NUCLEAR, CIBERNÉTICO e ESPACIAL.
@nutri.passei l Por Leilane Leal
19
Legislação Militar-Naval
ESTATUTO DOS MILITARES
É a Lei nº 6.880, DE 9 DE DEZEMBRO DE 1980.
É desse tópico que saem boa parte das questões de prova. Sempre cai cerca de 2 a
4 questões do Estatuto na prova. Dê atenção ao estudado aqui.
1.
Disposições Preliminares:
Militares podem ser:
 Da ativa: de carreira, temporários (TEMPORÁRIO PODE SER OBRIGATÓRIO OU VOLUNTÁRIO),
componentes da reserva, alunos de órgao de formação militar e EM TEMPO DE GUERRA, TODO
CIDADÃO BRASILEIRO MOBILIZADO PARA O SERVIÇO ATIVO NAS FORÇAS ARMADAS.
 Da inatividade: da reserva remunerada, reformados ou os da reserva remunerada e,
excepcionalmente, os reformados, que estejam executando tarefa por tempo certo, segundo
regulamentação para cada Força Armada (são os militares que continuam trabalhando depois da
reserva).
São considerados reserva das Forças Armadas:
I - individualmente:
a) os militares da reserva remunerada; e
b) os demais cidadãos em condições de convocação ou de mobilização para a ativa.
II - no seu conjunto:
a) as Polícias Militares;
b) os Corpos de Bombeiros Militares.
Policiais militares e corpo de bombeiros militares são considerados reserva das Forças Armadas.
o A marinha mercante e aviação civil também são, mas o pessoal só é considerado militar quando
convocado para as forças armadas.
A carreira militar é caracterizada por atividade continuada e inteiramente devotada às finalidades
precípuas das Forças Armadas, denominada atividade militar.
2.
Do Ingresso nas Forças Armadas
É facultado: por INCORPORAÇÃO, MATRÍCULA ou NOMEAÇÃO.
Se for conveniente, pessoa com notória competencia tecnico-profissional ou cultura científica
poderá ser convocado  serviço ativo de caráter transitório.
@nutri.passei l Por Leilane Leal
20
Em tempo de paz e independentemente de convocação, os integrantes da reserva poderão ser
designados para o serviço ativo, em caráter transitório e mediante aceitação voluntária.
A incorporação às Forças Armadas de deputados federais e senadores, embora militares e ainda que
em tempo de guerra, dependerá de licença da Câmara respectiva.
3.
Da Hierarquia Militar e da Disciplina
A hierarquia e a disciplina são a base institucional das Forças Armadas. Deve ser mantidos na ativa
ou na reserva.
o A autoridade e a responsabilidade crescem com o grau hierárquico.
Hierarquia: ordenação (posto ou graduação) de autoridade.
Disciplina: rigorosa observância e o acatamento integral das leis, regulamentos, normas e
disposições que fundamentam o organismo militar.
Círculos hierárquicos: âmbitos de convivência entre os militares da mesma categoria, para
desenvolver o espírito de camaradagem, sem prejuízo do respeito mútuo.
Grau-hierárquico do OFICIAL
Conferido por ato do Presidente
da República
Ministro de Força Singular PODE
CONFERIR e ser confirmado em
Carta Patente
Almirante, Marechal e Marechaldo-Ar somente existem em tempo
de guerra
GRADUAÇÃO
POSTO
Grau-hierárquico da PRAÇA
Conferido pela autoridade militar
competente
Guardas-Marinha, os Aspirantes-aOficial e os alunos de órgãos de
formação de militares são
denominados praças especiais
A precedência entre militares da ativa do mesmo grau hierárquico, ou correspondente, é assegurada
pela antigüidade no posto ou graduação, salvo nos casos de precedência funcional estabelecida em
lei.
o
Antiguidade é contada a partir da data da assinatura do ato da respectiva promoção,
@nutri.passei l Por Leilane Leal
21
nomeação, declaração ou incorporação.
Praças especiais:
 Guardas-Marinha e os Aspirantes-a-Oficial são hierarquicamente superiores às demais praças.
 Aspirantes (Escola Naval), Cadetes (Agulhas Negras e FAB) e alunos do ITA e IME (institutos
tecnológicos) são hierarquicamente superiores aos Suboficiais e aos Subtenentes.
 Alunos de Escola Preparatória de Cadetes e do Colégio Naval têm precedência sobre os
Terceiros-Sargentos, aos quais são equiparados.
 Alunos dos órgãos de formação de oficiais da reserva, quando fardados, têm precedência sobre
os Cabos, aos quais são equiparados.
4.
Do Cargo e da Função Militares
Cargo: conjunto de atribuições, deveres e responsabilidades cometidos a um militar em serviço
ativo.
Função militar: exercício das obrigações inerentes ao cargo militar.
Obrigações compatíveis ao grau hierárquico devem ser respeitadas.
 O provimento de cargo militar far-se-á por ato de nomeação ou determinação expressa da
autoridade competente.
 CARGO VAGO: é o cargo no ato da sua criação até que um militar assuma; e aqueles cujo o
ocupante tenha:
Falecido
Considerado
extraviado
Sido prisioneiro
Considerado
desertor
A remuneração do militar será calculada com base no soldo inerente ao seu posto ou à sua
graduação, independentemente do cargo que ocupar.
5.
Ética e Valor Militar
Maioria das cobranças em prova é sobre esse assunto!
Aqui não tem jeito: é ler e decorar palavras-chave!
Manifestações essenciais do Valor Militar:
I – Patriotismo: vontade inabalável de cumprir o dever militar; pelo solene juramento de fidelidade
à Pátria até com o sacrifício da própria vida;
II - O civismo E o culto das tradições históricas;
III - A fé na missão elevada das Forças Armadas;
IV - O espírito de corpo, orgulho do militar pela organização onde serve;
V - O amor à profissão das armas e o entusiasmo com que é exercida; e
VI - O aprimoramento técnico-profissional.
@nutri.passei l Por Leilane Leal
22
Uso das cores para ser mais fácil de decorar:
Azul: o que deve fazer
Vermelho: o que não deve fazer
Preceitos da Ética Militar:
I - amar a verdade e a responsabilidade como fundamento de dignidade pessoal;
II - exercer, com autoridade, eficiência e probidade, as funções que lhe couberem em decorrência
do cargo;
III - respeitar a dignidade da pessoa humana;
IV - cumprir e fazer cumprir as leis, os regulamentos, as instruções e as ordens das autoridades
competentes;
V - ser justo e imparcial no julgamento dos atos e na apreciação do mérito dos subordinados;
VI - zelar pelo preparo próprio, moral, intelectual e físico e, também, pelo dos subordinados, tendo
em vista o cumprimento da missão comum;
VII - empregar todas as suas energias em benefício do serviço;
VIII - praticar a camaradagem e desenvolver, permanentemente, o espírito de cooperação;
IX - ser discreto em suas atitudes, maneiras e em sua linguagem escrita e falada;
X - abster-se de tratar, fora do âmbito apropriado, de matéria sigilosa de qualquer natureza;
XI - acatar as autoridades civis;
XII - cumprir seus deveres de cidadão;
XIII - proceder de maneira ilibada na vida pública e na particular;
XIV - observar as normas da boa educação;
XV - garantir assistência moral e material ao seu lar e conduzir se como chefe de família modelar;
XVI - conduzir-se, mesmo fora do serviço ou quando já na inatividade, de modo que não sejam
prejudicados os princípios da disciplina, do respeito e do decoro militar;
XVII - abster-se de fazer uso do posto ou da graduação para obter facilidades pessoais de qualquer
natureza ou para encaminhar negócios particulares ou de terceiros;
XVIII - abster-se, na inatividade, do uso das designações hierárquicas:
a) em atividades político-partidárias;
b) em atividades comerciais;
c) em atividades industriais;
d) para discutir ou provocar discussões pela imprensa a respeito de assuntos políticos ou militares,
excetuando-se os de natureza exclusivamente técnica, se devidamente autorizado; e
e) no exercício de cargo ou função de natureza civil, mesmo que seja da Administração Pública; e
XIX - zelar pelo bom nome das Forças Armadas e de cada um de seus integrantes, obedecendo e
fazendo obedecer aos preceitos da ética militar.
No intuito de desenvolver a prática profissional, é permitido aos oficiais titulares dos Quadros ou
Serviços de Saúde e de Veterinária o exercício de atividade técnico-profissional no meio civil, desde
que tal prática não prejudique o serviço.
6.
Compromisso militar
Todo militar presta compromisso de HONRA (aceitação consciente das obrigações e deveres) e
manifesta a firme disposição de bem cumpri-los.
 Compromisso de caráter SOLENE
 Prestado sob a forma de juramento à Bandeira na presença de tropa ou guarnição formada
 É feito quando o militar adquire grau compatível com o perfeito entendimento de seus deveres
como integrante das Forças Armadas
@nutri.passei l Por Leilane Leal
23
 Cada força regula o compromisso dos seus oficiais
O compromisso de Guarda-Marinha/Aspirante-a-Oficial é prestado no local de formação.
7.
Comando e subordinação
Comando: soma de autoridade, deveres e responsabilidades do militar ao conduzir homens ou
dirigir uma organização militar.

É vinculado ao grau hierárquico
 Militar é definido como chefe

Comando é IMPESSOAL
A subordinação não afeta, de modo algum, a dignidade pessoal do militar e decorre,
exclusivamente, da estrutura hierarquizada das Forças Armadas.
Cabe ao militar a responsabilidade integral pelas decisões que tomar, pelas ordens que emitir e
pelos atos que praticar.
8.
Violação das Obrigações e dos Deveres Militares
Existe CRIME, CONTRAVENÇÃO e TRANSGRESSÃO disciplinar.
A violação da ética é mais grave quanto mais elevado for o grau hierárquico de quem a cometer.
Em caso de concurso de crime, contravenção e transgressão DE MESMA NATUREZA, sempre se
aplica a pena relativa ao mais grave  CRIME.
Não observância dos deveres
militares
Falta de exação no cumprimento
das tarefas
Responde por responsabilidade:
Funcional
Disciplinar
Pecuniária
Poderá resultar na incompatibilidade do militar com o cargo ou pela
incapacidade para o exercício das funções militares a ele inerentes.

É afastado do cargo.
São competentes para determinar o imediato afastamento do cargo ou o impedimento do exercício
da função:
a) o Presidente da República;
b) os Comandantes de cada Força e o Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas; e
c) os comandantes, os chefes e os diretores, na conformidade da legislação de cada Força.
O militar que for afastado do cargo, fica privado do exercício de qualquer função militar até a
solução do processo ou das providências legais cabíveis.
São proibidas quaisquer manifestações coletivas, tanto sobre atos de superiores quanto as de
caráter reivindicatório ou político.
9.
Crimes, contravenções e transgressões
@nutri.passei l Por Leilane Leal
24
O Código Penal Militar classifica os crimes militares, em tempo de paz e em tempo de guerra, e
dispõe sobre a aplicação aos militares das penas correspondentes aos crimes por eles cometidos.
Os regulamentos disciplinares das Forças Armadas especificarão e classificarão as contravenções ou
transgressões disciplinares e estabelecerão as normas relativas à amplitude e aplicação das penas
disciplinares e recursos cabíveis.
As penas disciplinares de IMPEDIMENTO, DETENÇÃO ou PRISÃO
não podem ultrapassar 30 (TRINTA) DIAS.
Já caiu em prova!
Prova SMV 2016
Segundo o Estatuto dos Militares (Lei nº. 6.880, de 9 de dezembro de 1980), as penas disciplinares
de impedimento, detenção ou prisão não poderão ultrapassar:
(A) dez dias.
(B) vinte dias.
(C) trinta dias.
(D) quarenta dias.
(E) cinquenta dias.
Gabarito: C
Gabarito: Tá no quadrinho no início da página, grifado e em negrito para não esquecer: 30 dias.
Prova SMV 2020
Assinale a opção que corresponde a uma manifestação essencial do valor militar, de acordo com o
Estatuto dos Militares.
(A) Cumprir deveres de cidadão.
(B) Observar as normas da boa educação.
(C) Empregar todas as energias em benefício do serviço.
(D) Ser justo e imparcial no julgamento dos atos e na apreciação do mérito dos subordinados.
(E) Amar a profissão das armas e entusiasmar-se com o que exerce.
Gabarito: E
Gabarito: São 6 manifestações. Decore as palavras-chave: patriotismo, civismo, fé, espírito de
corpo, amor à profissão e aprimoramento. Com as palavra-chave, você já percebe que não são
verbos, o único verbo é o amar. Logo, letra E.
Prova SMV 2018
O Estatuto dos Militares (lei nº 6.880, de 9 de dezembro de 1980) define posto e graduação dos
militares. Considerando as disposições dessa lei que tratam sobre o posto e a graduação, assinale
a opção correta.
(A) Os Guardas-Marinha têm o menor posto na Marinha do Brasil.
@nutri.passei l Por Leilane Leal
25
(B) Todo posto é confirmado em Carta-Patente.
(C) O posto de Almirante existe em tempo de paz na Marinha do Brasil.
(D) A graduação é um círculo hierárquico conferido pela autoridade competente.
(E) O merecimento no posto ou graduação é um dos critérios para assegurar a precedência entre
militares.
Gabarito: B
Gabarito: Guarda-Marinha é praça especial, logo não tem posto; Almirante só existe em tempos
de paz; graduação é grau e não círculo hierárquico; não existe grau de merecimento no posto
para antiguidade. Logo: letra B.
Prova SMV 2017
De acordo com o Estatuto dos Militares, assinale a opção que completa corretamente as lacunas
da sentença abaixo.
Todo cidadão, após ingressar em uma das Forças Armadas mediante incorporação, matrícula ou
nomeação, prestará compromisso de ___________, no qual afirmará a sua aceitação __________
das obrigações e dos ____________ militares e manifestar a sua firme disposição de bem cumprilos.
(A) honra / voluntária / valores
(B) honra / consciente / deveres
(C) sangue / consciente / deveres
(D) honra / consciente / valores
(E) sangue / voluntária / valores
Gabarito: B
Comentários: Repetição do texto exato das páginas anteriores: “Todo militar presta compromisso
de HONRA (aceitação consciente das obrigações e deveres) e manifesta a firme disposição de bem
cumpri-los”.
Prova SMV 2020
Considerando o Art. 16 do Estatuto dos Militares, o qual dispõe sobre os círculos hierárquicos e a
escala hierárquica nas Forças Armadas, bem como a correspondência entre os postos e as
graduações da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, assinale a opção correta.
(A) Graduação é o grau hierárquico do oficial, conferido por ato do Presidente da República ou do
Ministro de Força Singular e confirmado em Carta Patente.
(B) Almirante, Marechal e Marechal do Ar podem alcançar a promoção em tempo de paz.
(C) Posto é o grau hierárquico da praça, conferido pela autoridade militar competente.
(D) Os Guardas-Marinha, os Aspirantes a Oficial e os alunos de órgãos específicos de formação de
militares são denominados praças especiais.
(E) Os graus hierárquicos inicial e final dos diversos Corpos, Quadros, Armas, Serviços,
Especialidades ou Subespecialidades são fixados de forma única nas Forças Armadas.
Gabarito: D
Comentários: Oficial tem POSTO e não graduação; não é promoção, é um posto em tempos de
@nutri.passei l Por Leilane Leal
26
guerra; Praça tem GRADUAÇÃO e não posto; não são de forma única. Correta é a letra D.
Prova SMV 2017
A responsabilidade integral pelas decisões que tomar um militar, pelas ordens que emitir e pelos
atos que praticar cabe ao
(A) seu superior direto.
(B) comandante de sua Unidade.
(C) comando de sua Força.
(D) grupo que lidera.
(E) próprio militar.
Gabarito: E
Comentário: O militar é o único responsável pelos seus atos.
Prova SMV 2021
Conforme o Art. 4º do Estatuto dos Militares, são considerados reserva das Forças Armadas
individualmente:
(A) os Corpos de Bombeiros Militares e os demais cidadãos em condições de convocação ou de
mobilização para a ativa.
(B) as Polícias Militares e os militares da reserva remunerada.
(C) os Corpos de Bombeiros Militares e os militares da reserva remunerada.
(D) as Polícias Militares e os demais cidadãos em condições de convocação ou de mobilização para
a ativa.
(E) os militares da reserva remunerada e os demais cidadãos em condições de convocação ou de
mobilização para a ativa.
Gabarito: E
Comentários: O que mata a questão é a palavra INDIVIDUALMENTE. Polícia Militar e Corpo de
Bombeiro Militar são reserva das FFAA no seu conjunto. Individualmente são os citados na letra E.
Só esse conhecimento já resolve a questão.
Prova SMV 2016
Salvo nos casos de precedência funcional estabelecidos em lei, como é assegurada a precedência
entre militares da ativa do mesmo grau hierárquico?
(A) Pela responsabilidade.
(B) Pela antiguidade.
(C) Pelo respeito.
(D) Pelo posto.
(E) Pela graduação.
Gabarito: B
Comentários: Uma das bases institucionais da Marinha é a hierarquia. Por hierarquia se entende
uma relação com ANTIGUIDADE. Sempre que se falar em precedência, a hierarquia vai prevalecer.
Na MB sempre se fala em “mais antigo”, “mais moderno”. Letra B a resposta.
@nutri.passei l Por Leilane Leal
27
Doutrina de Liderança da Marinha
Pelo menos 2 questões sobre Liderança são certas na prova. De todas as provas, mais
de 10% das questões foi sobre esse assunto.
CHEFIA E LIDERANÇA
Chefia, comando ou direção: conjunto de ações e decisões tomadas pelo mais antigo, com
autoridade para tal, na sua esfera de competência.
Autoridade advinda da responsabilidade
da função
Chefe
É associada ao posto ou graduação
(antiguidade)
O mais antigo
pode ser:
Atributo de líder
Condutor de
homens
Capacidade individual de influenciar e
liderar subordinados
Comandar é exercer CHEFIA E LIDERANÇA  são processos simultâneos e complementares.
Os melhores resultados no tocante à liderança ocorrem quando ela é desenvolvida, não sendo
impositiva.
A liderança deve ser um processo dinâmico e progressivo de aprendizado, desenvolvido nos cursos
de carreira e no dia a dia das OM (organizações militares).
@nutri.passei l Por Leilane Leal
28
ASPECTOS FUNDAMENTAIS DA LIDERANÇA
LIDERANÇA: processo que consiste em influenciar pessoas no sentido de que ajam,
voluntariamente, em prol do cumprimento da missão.
1.
Aspectos filosóficos
Desenvolver o senso crítico, que fornece ao indivíduo bases metodológicas para efetuar,
permanentemente, o exame corrente da situação, favorecendo o processo de tomada de decisões.
2.
Aspectos psicológicos
Importância da personalidade e as mudanças psicológicas oriundas de processos de influenciação e
de aprendizagem são importantes para o processo de liderança.
3.
Aspectos sociológicos
A liderança envolve líder, liderados, e contexto (ou situação), constituindo, fundamentalmente, uma
relação. Visão da atuação de um líder sobre grupos humanos.
FATORES DA LIDERANÇA
O LÍDER: O líder deve conhecer a si mesmo, para saber de suas capacidades, características e
limitações, evitando atribuir aos seus liderados falhas ou restrições.
O LIDERADO: O conhecimento dos liderados é fator essencial para o exercício da liderança e
depende do entendimento claro da natureza humana, das suas necessidades, emoções e
motivações.
A SITUAÇÃO: necessidade exaustiva da prática da liderança, para o sucesso do líder, levando sempre
em conta a cultura e/ou a subcultura organizacional da instituição.
A COMUNICAÇÃO: processo essencial à liderança, que consiste na troca de ordens, informações e
ideias, só ocorrendo quando a mensagem é recebida e compreendida.
@nutri.passei l Por Leilane Leal
29
ESTILOS DE LIDERANÇA
Quanto ao grau de
centralização de
poder:
Quanto ao tipo de
incentivo:
Quanto ao foco do
líder:
@nutri.passei l Por Leilane Leal

Liderança autocrática: a autoridade formal, aceita como
correta e legítima pela estrutura do grupo; Disciplina rígida e
relacionamentos formais;

Liderança participativa/democrática: opinião do grupo
(participação dos subordinados) e decisão final do líder; ambiente de
respeito, confiança e entendimento recíprocos. Ex: estado-maior.

Liderança delegativa: natureza técnica; líder atribui a
assessoria a tomada de decisões específicas. Importância de saber
delegar sem perder o conttrole da situação.

Liderança transfromacional: indicado para situações de
pressão, crise e mudança, que requerem elevados níveis de
envolvimento e comprometimento dos subordinados.

Liderança transacional: o líder trabalha com interesses e
necessidades primárias dos seguidores, oferecendo recompensas de
natureza econômica ou psicológica, em troca de esforço para alcançar
os resultados.

Liderança orientada para a tarefa: o líder focaliza o
desempenho de tarefas e a realização de objetivos, transmitindo
orientações específicas.

Liderança orientada para o relacionamento: o foco do líder é
a manutenção e fortalecimento das relações pessoais e do próprio
grupo. O líder demonstra sensibilidade às necessidades pessoais dos
liderados, concentra-se nas relações interpessoais, no clima e no
moral do grupo.
30
ATRIBUTOS DE UM LÍDER
Entusiasmo
Determinação
Exemplo
Iniciativa
Comunicação
Integridade
ética
Competência
Fkexibilidade
Respeito
LÍDER
Autocontrole
Lealdade
Humildade
Autoconfiança
Caráter
Capacidade de Relacionamento
Interpessoal
@nutri.passei l Por Leilane Leal
Coragem
Altruísmo
Capacidade
decisória
Senso de justiça
31
NÍVEIS DE LIDERANÇA
Três níveis funcionais: operacional, tático e estratégico, discriminando as características desejáveis
para um Líder nos três níveis, de acordo com suas habilidades.
Três níveis de liderança: direta, organizacional e estratégica.
Atributos da liderança direta:
• Comunicação, exemplo, espírito de equipe, tomada de decisão, aprendizagem, supervisão,
motivação, desenvolvimento pessoal, pensamento crítico, criatividade, responsabilidade
moral, flexibilidade, objetividade, conhecimento profissional.
Atributos da liderança organizacional:
• Comunicação, formação de uma acessória criativa, tomada de decisão supervisão,
orientação aos subordinados, filtragem das informações, pensamento sistêmico,
gerenciamento de recursos, previsão de efeitos, sincronização de ações.
Atributos da liderança estratégica:
• Visão, comunicação, formação de equipe, tomada de decisão, aprendizagem, negociação,
estabelecimento de consenso, motivação, desenvolvimento de referências, capacidade de
lidar com incertezas e ambiguidades, capacidade de desenvolver a instituição, pensar
estrategicamente, conhecer as vantagensestratégicas da tecnologia, transmudar objetivos
políticos em militares, planejamento estratégico.
Já caiu em prova!
Prova SMV 2017
Quais são os níveis de liderança?
(A) Direta e indireta.
(B) Estratégica e organizacional.
(C) Estratégica, organizacional e indireta.
(D) Operativa, direta e organizacional.
(E) Direta, organizacional e estratégica.
Gabarito: E
Comentários: São três níveis de liderança: direta, organizacional e estratégica.
Prova SMV 2018
Segundo esclarece a publicação EMA-137 do Estado- Maior da Armada, a Doutrina de Liderança
@nutri.passei l Por Leilane Leal
32
da Marinha adota certos níveis de liderança que definem com precisão toda a abrangência da
liderança. Quanto a esse assunto, considere as afirmativas abaixo.
l- Os líderes organizacionais planejam, preparam, executam e controlam diretamente os resultados
dos seus trabalhos, que são frequentemente visíveis e imediatos.
II - Os líderes estratégicos exercem a sua liderança no âmbito dos níveis mais elevados da instituição
e sua atuação não pode extrapolar o âmbito interno da organização.
III - A liderança estratégica militar é aquela exercida nos níveis que definem a política e a estratégia
da Força. É um processo empregado para conduzir a realização de uma visão de futuro desejável e
bem delineada.
IV - A liderança organizacional desenvolve-se em organizações de maior envergadura, normalmente
estruturadas como Estado-Maior.
V - Os líderes diretos devem estimular ao máximo o desenvolvimento de líderes subordinados.
Assinale a opção correta.
(A) Apenas as afirmativas I, II e III são verdadeiras.
(B) Apenas as afirmativas II, III e IV são verdadeiras.
(C) Apenas as afirmativas III, IV e V são verdadeiras.
(D) Apenas as afirmativas I e II são verdadeiras.
(E) Apenas a afirmativa II é verdadeira.
Gabarito: C
Comentários: A liderança organizacional é focada em comunicação, gerenciamento, orientação. Não
há a informação de que líderes estratégicos exercem a sua liderança no âmbito dos níveis mais
elevados. Logo, alternativa C.
Prova SMV 2021
Assinale a opção que apresenta os fatores de Liderança citados na Doutrina de Liderança da
Marinha (EMA137).
(A) O Lider, os Subordinados, a Disciplina e a Hierarquia.
(B) O Lider, os Liderados, a Situação e a Comunicação.
(C) O Comando, os Liderados, o Tempo Disponível e o Diálogo.
(D) O Comando, os Subordinados, o Tempo Disponível e Hierarquia.
(E) Os Subordinados, a Situação, a Disciplina e a Comunicação.
Gabarito: B
Comentários: Lembrar que o módulo de liderança é dividido em ASPECTOS, FATORES, NÍVEIS e
ESTILOS: Não confundir. Sempre que se falar em LÍDER, se presume a presença de um LIDERADO.
Não existiria liderança sem as duas figuras. Então a única a alternativa que contem os dois é a B.
Lembre-se: você não vai decorar tudo. Porque isso é quase humanamente impossível. São muitos
detalhes. Mas aí entra a preparação de prova. A lógica também ajuda a resolver a questão. Faz parte
do conhecimento.
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Tradições Navais
CONHECENDO O NAVIO
Navegar: vem do latim navigare, navis (nave) + agere (dirigir ou conduzir).

A bordo: estar por dentro da borda de um navio.

Aportar: chegar a um porto.

Abordar: chegar à borda para entrar (à força).

Amarrar: afastar-se de terra para o mar.

Fundear: prender o navio ao fundo.
o
Se for feito com uma âncora: ancorar.
ATENÇÃO: NA MARINHA, ÂNCORA SE CHAMA FERRO! DAÍ VEM O TERMO
FUNDEAR.

Arribar: entrar em um porto que não seja de escala, ou voltar ao ponto de partida; é,
também, desviar o rumo na direção para onde sopra o vento.
Proa – é a parte FRONTAL do barco.
Popa – é a parte TRASEIRA do barco.
Bombordo – é a parte esquerda do barco.
Estibordo – é a parte direita do barco.
Alhetas – é a parte curva que fica entre a popa e a meia-nau do barco.
Meia-nau – é a parte entre a popa e a proa do barco.
Belonave: navio de guerra (bellum = guerra). São construídos em arsenais.
 A unidade de combate naval é o navio.
Navio mercante: navio de comércio (mercans = comerciante).
Batimento da quilha: cerimônia no estaleiro, na qual a primeira peça estrutural que integrará o
navio é posicionada no local da construção.
Lançamento: Quando o navio está com o casco pronto, na carreira do estaleiro, e ele é “lançado ao
mar”.
 Se lança O NAVIO pela POPA (traseira).
 É batizado por uma madrinha e recebe um nome oficial.
Baixa: quando um navio é desincorporado, é o fim da vida do navio.
 Há, então, uma cerimônia de “desincorporação”, com “mostra de desarmamento”.
 Diz-se que o navio foi “desarmado”.
Américo Vespucci: Um dos mais conhecidos armadores do mundo (= armar um navio, provê-lo do
necessário à sua utilização – NÃO TEM A VER COM ARMAS).
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O nome do navio é gravado usualmente na proa, em ambos os bordos, local chamado de
“bochecha”, e na popa.
 Nos navios de guerra, usualmente, é gravado só na popa.
Cor do navio:
Antigamente: eram pintados na cor preta. O costume vinha dos fenícios, que tinham facilidade em
conseguir betume, e com ele pintavam os costados de seus navios.
Atualmente: cinza ou azul acinzentado, cores que procuram confundir-se com o horizonte ou com
o mar das zonas em que navegavam.
A bandeira fica na POPA, identifica a nacionalidade do navio, país que sobre ele tem soberania.
 “Jeque” (do inglês jack): tipo de bandeira que fica na PROA; identifica, dentro de cada nação
soberana, quem tem a responsabilidade sobre o navio.
 Marinha do Brasil: o jeque é uma bandeira com 21 estrelas - “a bandeira do cruzeiro”.
Flâmula de Comando: flâmula com 21 estrelas e fica no mastro. Indica que o navio é comandado
por um Oficial.
 Pode ser substituída pela Flâmula de Fim de Comissão, ao término de comissão igual ou superior
a seis meses; e por ocasião da Mostra de Desarmamento do Navio.
Posições Relativas a Bordo
POPA: parte do navio mais respeitada que as demais.
 Ao entrar no navio, cumprimenta-se a Bandeira Nacional na popa, com o navio no porto.
Os lados do navio são os “bordos” e o de boreste é mais importante que o de bombordo.
 Boreste: onde era feito o governo do navio por uma estaca de madeira em forma de remo.
Câmara: local principal do navio. Aloja o Comandante do navio ou oficial mais antigo presente a
bordo, com autoridade sobre o navio, ou ainda, um visitante ilustre.
Capitânia: navio onde embarca o Comandante da Força Naval  chamado “Capitão de Bandeira".
Camarote: aloja oficiais
Camarim: para uso operacional ou administrativo
Coberta: alojamento de praças
Praça d’armas: sala de estar e onde os oficiais fazem refeição
 As refeições de oficiais são presididas pelo Imediato ou, na sua ausência, pelo oficial mais antigo
presente, o qual convida os demais a sentarem-se à mesa.
 Para sair ou entrar precisa pedir permissão ao mais antigo.
Mestre do Navio: preside as refeições dos suboficiais e sargentos.
Compete ao Mestre d'Armas presidir as refeições dos Cabos e Marinheiros.
Nos navios grandes, o local onde fica o Oficial de Serviço, no porto, é o “convés da tolda à ré”.
 Nele não é permitido a ninguém ficar, exceto o Oficial de Serviço e seus auxiliares.
O navio tem agulha, não bússola.
Na Marinha não existe corda – EXISTE CABO. Exceções: a corda do sino e a dos relógios.
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Já caiu em prova!
Prova SMV 2021
Diante das Tradições Navais, diz-se que na Marinha não há “corda”, a nomeclatura é “cabo”.
Entretanto, existem duas exceções, que são:
(A) cordas finas e cordas fixas.
(B) cordas grossas e cordas finas.
(C) cordas fixas e cordas de laborar.
(D) corda do sino e cordas de laborar.
(E) corda do sino e cordas dos relógios.
Gabarito: E
Comentários: A resposta está no final desse tópico. As excessões são a corda do sino e a dos relógios.
Prova SMV 2020
Qual é o significado do termo “aportar”?
(A) Chegar a um porto.
(B) Aproximar-se de terra.
(C) Fazer entrar pelo porto.
(D) Afastar-se da terra para o mar.
(E) Fazer sair pelo porto.
Gabarito: A
Comentários: A resposta está no início deste módulo de Tradições Navais. Portar lembra Porto. Já
exclui B e D. O correto é chegar a um porto. “Importar” é fazer entrar pelo porto; “exportar” é fazer
sair pelo porto. O conceito aplica-se geralmente à mercadoria, e não ao navio.
Prova SMV 2018
Segundo as Tradições Navais da Marinha do Brasil, a Bandeira do Brasil, um dos símbolos nacionais,
tem tratamento especial por parte de todos os militares. Sobre esse assunto, assinale a opção
correta.
(A) Os navios da Marinha do Brasil, quando atracados, fundeados ou amarrados, arvoram a Bandeira
Nacional no mastro principal.
(B) Na Marinha do Brasil, o Cerimonial de arriar a Bandeira Nacional é feito todos os dias,
exatamente na hora do pôr do sol.
(C) Nos navios da Marinha do Brasil, todos que entram a bordo pela primeira vez no dia, ou que se
retiram de bordo pela última vez no dia, cumprimentam a Bandeira Nacional no mastro principal,
com o navio no porto.
(D) Os navios da Marinha do Brasil arvoram a Bandeira do Cruzeiro no pau de jeque, localizado na
popa, a qual sempre acompanha os movimentos da Bandeira Nacional.
(E) A Bandeira do Cruzeiro, em dias de luto, não acompanha a Bandeira Nacional, a meio-pau.
Gabarito: B
Comentários: A: Os navios da Marinha do Brasil, quando em contato com terra (atracados,
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fundeados ou amarrados), arvoram a Bandeira Nacional no “pau da bandeira” (não é mastro), na
popa. C: mais uma vez, não é mastro. D: quem fica na POPA é a bandeira nacional, o jeque fica na
PROA. E: A Bandeira do Cruzeiro sempre acompanha os movimentos da Bandeira Nacional. Correta
é a letra B.
Prova SMV 2020
A bandeira, na popa, identifica a nacionalidade do navio, país que sobre ele tem soberania.
Entretanto, há uma bandeira na proa, chamada “Jeque”( do inglês JACK), que identifica, dentro de
cada nação soberana, quem tem responsabilidade sobre o navio. Na nossa Marinha, o jeque,
também conhecido como “a bandeira do cruzeiro”, é composto por quantas estrelas?
(A) 18
(B) 18
(C) 20
(D) 21
(E) 22
Gabarito: D
Comentário: Curiosidade: na Marinha, acredita-se que múltiplos de 3, 5 e 7 sempre tiveram
significado místico. São 21 estrelas, 21 salvas de canhão... Lembrar dessa curiosidade às vezes é mais
fácil que decorar a informação em si. Resposta é a letra D.
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GENTE DE BORDO
O “Comandante” é a MAIOR AUTORIDADE a bordo.
 “Imediato”: “Oficial executivo do navio”; é o substituto eventual do Comandante: seu
substituto imediato (como se fosse um vice – vice-diretor, vice-presidente).
Gente de bordo: Comandante e Tripulação.
 O Imediato e Oficiais constituem a “oficialidade”.
 Os demais tripulantes constituem a Guarnição.
Escola Naval: estabelecimento de formação de oficiais do Corpo da Armada, de Intendentes e de
Fuzileiros Navais – alunos são Aspirantes e saem como Guarda-Marinha.
Escolas de Aprendizes-Marinheiros: local de formação dos praças. Saem Marinheiros.
Pertencem à Marinha também: As Escolas responsáveis pela formação de pessoal da Marinha
Mercante; funcionam nos Centros de Instrução Almirante Graça Aranha, no Rio de Janeiro, e
Almirante Braz de Aguiar, em Belém.
1º Sargento
2º Tenente
PRAÇAS
Capitão-Tenente
1º Tenente
ORDEM DECRESCENTE DE ANTIGUIDADE
OFICIAIS
Suboficial
2º Sargento
3º Sargento
Cabo
Marinheiro
Navios menores que as corvetas, em geral, são comandados por Capitães-Tenentes.
Marinha Mercante:

Hierarquia dos Oficiais de Convés: - capitão de longo curso - capitão de cabotagem - 1º
oficial de náutica - 2° oficial de náutica.

Hierarquia dos Oficiais de Máquinas: - Oficial Superior de Máquinas - 1° Oficial de
Máquinas - 2° Oficial de Máquinas.
@nutri.passei l Por Leilane Leal
38
Fonte: https://www.marinha.mil.br/tradicoes-navais/gente-de-bordo
Já caiu em prova!
Prova SMV 2018
Segundo as Tradições Navais da Marinha do Brasil, a hierarquia militar assume importância capital,
sendo um dos pilares da instituição. Sobre esse assunto, é correto afirmar que, na Marinha do Brasil:
(A) a oficialidade do navio é constituída apenas pelo Imediato e pelos oficiais com antiguidade
inferior a dele.
(B) os oficiais-generais, em hierarquia ascendente, são Vice-Almirante, Contra-Almirante e
Almirante de Esquadra.
(C) os Tenentes, em hierarquia ascendente são: 1º Tenente, 2º Tenente e Capitão-Tenente.
(D) as praças do Corpo da Armada, em hierarquia ascendente, são Marinheiro, Cabo, PrimeiroSargento, Segundo-Sargento, Terceiro-Sargento e suboficial ou subtenente.
(E) os comandantes, em hierarquia ascendente, são Capitães de Fragata, Capitães de Corveta e
Capitães de Mar e Guerra.
Gabarito: A
Comentários: A B é intuitiva, Vice sempre vai estar depois da pessoa de maior “importância”; Na
Marinha os números são em ordem decrescente para maior hierarquia – 3º, 2º e 1º é o mais
antigo, essa informação resolve a C e a D. A E também está invertida, a ordem é CORVETA,
FRAGATA e MAR E GUERRA. Correta é a letra A.
Prova SMV 2020
De acordo com as tradições navais vigentes na Marinha do Brasil, os navios são divididos por
classes. Qual é considerado navio de 2º Classe?
(A) Navio de Desembarque.
(D) Navio - Varredor.
(B) Navio-Transporte.
(E) Rebocador de Alto Mar.
(C) Navio- Patrulha Fluvial.
Gabarito: B
Comentários: Aqui não tem jeito: é o decoreba em ação. Minha dica: decore a 1ª, 3ª e 4ª classe,
pois o que sobrar é 2ª classe, que são mais nomes para decorar. Talvez mnemônicos ajudem a
decorar. Ex: 4ª classe – PV (patrulha e varredor).
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A ORGANIZAÇÃO DE BORDO
Organização do navio de guerra:
Todo o pessoal é dividido em QUARTOS DE SERVIÇO, que recebem os nomes de 1° quarto, 2°
quarto e 3° quarto.
 1 quarto está sempre de SERVIÇO
 1 quarto está sempre de FOLGA
 1 quarto é o RETÉM que fornecerá pessoal para cobrir faltas eventuais.
No porto, haverá sempre, em condições normais, pelo menos, um quarto de serviço.
O quarto de 04 às 08 é balizado de "quarto d'alva" (a hora d'alva, do amanhecer).
Oficial de Quarto: usa um apito, com um cadarço preto.
 No porto, o “Oficial de Serviço”, além do apito, usa um cinturão com coldre e pistola.
Contramestre de Serviço: ajudante do Oficial para manobra e aspectos de ordem marinheira do
navio, que tem a graduação de Suboficial ou Sargento e usa um apito com cadarço preto, um
cinturão com coldre e pistola.
Polícia: é um Sargento ou um Cabo, encarregado de auxiliar o Oficial de Serviço na fiscalização da
disciplina e da rotina, usa um cinto especial e um cassetete.
Cabo Auxiliar: usa um apito com cadarço preto e um cinto especial na cintura, com sabre, é o
encarregado de dar os toques (silvos de apito que transmitem informações e ordens), efetuar as
batidas do sino, marcando os quartos, e fazer cumprir a rotina de bordo.
Ronda: é um mensageiro às ordens do Oficial de Serviço e usa um cinto especial.
No período compreendido entre os toques de alvorada e de silêncio, os intervalos dos quartos são
marcados por batidas do sino de bordo, feitas ao fim de cada meia hora.
Fainas: são as tarefas para se fazer a bordo, os trabalhos.
 As fainas são gerais, comuns, especiais ou de emergência.
São formaturas gerais: Parada; Mostra; Distribuição de faxina; Postos de continência; Bandeira; e
Concentração da tripulação.
@nutri.passei l Por Leilane Leal
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CERIMONIAL DE BORDO
Saudar Pavilhão: se presta continência ao Pavilhão Nacional  fica arvorado na popa , das 8 horas
até o pôr do sol.
 Isto se faz ao entrar a bordo pela primeira vez e ao sair pela última vez, no dia.
Saudar o Comandante: se sauda o Comandante pela manhã (quando em viagem ou serviço) e à
noite após o Cerimônial da Bandeira ao pôr do sol.
Saudar o Imediato: para Oficiais, sempre ao entrar e retirar-se de bordo.
Saudação entre Militares: vem do espírito de disciplina.
 A continência é a saudação prestada pelo militar ou pela tropa, sendo impessoal e visando
sempre a Autoridade e não a pessoa.
 A continência parte do militar de MENOR precedência para o mais antigo, e o mais antigo
responde (é obrigado retribuir o gesto).
 Se tiver dúvida quanto à antiguidade, os dois prestam simultaneamente.
 O militar pode prestar continência para um civil, como cortesia.
O militar NÃO PODE prestar continência se estiver em traje civil. É apenas fardado.
Saudação com Espada: O gesto de levar a ponta da espada até o chão é uma antiga demonstração
de submissão a uma autoridade superior.
Cerimonial à Bandeira: Bandeira Nacional fica na Popa (mais uma vez: traseira do navio – DECORE
ISSO).
 A Bandeira do Cruzeiro, que é arvorada no pau do jeque, acompanha os movimentos da Bandeira
Nacional na popa. Ou seja, é içada e arriada junto.
A Bandeira é içada às 08h da manhã.
É arriada na hora exata do pôr do sol
(todo dia muda, os militares de serviço
recebem a informação para saber a hora
de formar para o cerimonial).
 Durante o Cerimonial são dados 7 apitos (chamados de VIVAS) e todos prestam continência.
 Após arriar a Bandeira ao final do dia, dá boa noite ao Comandante ou ao mais antigo à bordo.
 Durante o Cerimonial à Bandeira é vedada a entrada ou saída de pessoas e veículos na OM
que o realiza, salvo se localizada próxima à via pública.
Na Marinha, Mastro se chama PAU. É pau da bandeira e pau do jeque. Ideal que sejam de madeira
e envernizados.
@nutri.passei l Por Leilane Leal
41
Bandeira a Meio-Pau = Bandeira a meio mastro. É sinal de luto.
O navio mercante que passa ao largo de um navio de guerra cumprimenta-o, amando sua Bandeira
Nacional, fazendo o de guerra o mesmo, como resposta.
Salva: é a saudação com canhões utilizada em cerimônias. VINTE E UMA salvas é o máximo que se
usa, porque é um número é múltiplo de três e acredita-se que os números 3, 5 e 7 sempre tiveram
significado místico.
 O intervalo das salvas festivas é de cinco segundos, entre um tiro e outro.
Postos de Continência: toda a guarnição fica distribuída pela borda do navio, no bordo por onde vai
passar a autoridade a saudar, numa demonstração de respeito.
 Em OM (Organização Militar) de terra, também acontece o mesmo.
Vivas: saudação à autoridade que passa perto do navio. É feito tirando o boné e levando ao peito.
Tira-se o boné do peito, com a mão direita, e leva-se para o alto, sete vezes ao som do apito.
Vivas do apito: sete vivas, pelo apito do marinheiro no Cerimonial à Bandeira.
Cerimonial de Recepção e Despedida
Os oficiais ao entrarem e saírem de bordo fazem jus a um cerimonial correspondente à sua patente
– muda o número de apitos e de BOYS (são os marinheiros que ficam ledeando ao oficial, na escada
de portaló e no convés).
 Quando o Comandante é recebido no seu próprio navio, é o Mestre quem executa os apitos do
cerimonial.
 Os toques de apito devem ser dados apenas pelo Mestre ou Contramestre de Serviço.
@nutri.passei l Por Leilane Leal
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UNIFORME E SEUS ACESSÓRIOS
Aqui são muitos detalhes. Esse assunto nunca caiu em prova. Mas não pode ser
negligenciado. Esse pode ser justamente o ano que caia. Não é do perfil da Marinha
colocar figuras e cobrar o nome de cada parte. Mas o concurso tem ficado cada vez
mais concorrido e a tendência é que caiam questões cada vez mais complexas. Cito
aqui apenas os pontos mais relevantes.
Uniforme de Oficiais:
Uniforme “Branco de Verão”
Boné
Platinas –
As listras douradas
são GALÕES
Fonte: https://www.marinha.mil.br/tradicoes-navais/uniformes-e-seus-acessorios
Os sargentos, cabos e marinheiros cursados usam sempre, para distinção de graduação, divisas nos
braços. Os marinheiros-recrutas, aprendizes e grumetes não usam divisas.
Os Cabos e Marinheiros usam uniformes, brancos ou azuis, de gola, e na cabeça, bonés sem pala.
 Uniforme de trabalho são de cor mescla, com chapéus redondos típicos, de cor branca,
chamados caxangá.
Marinheiro: uniforme é universal. Suas características são, principalmente, o lenço preto ao
pescoço e a gola azul com três listras.
 As três listas da gola são reminiscência do costume antigo de se indicar, por meio de fitas,
presas ao pelerine (capa utilizada sobre os ombros), o tempo de serviço do embarcado.
A cor azul é adotada por quase todas as marinhas do mundo.
Gorro de fita: utilizado pelos Fuzileiros Navais  caracteriza o uniforme dos Marinheiros de terra,
soldados do mar.
Apito Marinheiro: preso ao pescoço por um cadarço de tecido e tem utilização para os toques de
rotina e comando de manobras.
 O Oficial de Serviço utiliza um apito, que não é o tradicional, e serve para cumprimentar
@nutri.passei l Por Leilane Leal
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ou responder a cumprimentos dos cerimoniais.
 Tipos de toques de apito: toques de Continência e Cerimonial, Fainas, Pessoal Subalterno,
Divisões e Manobras.
Alamares: é o nome dessa corda presa à farda.
Quem usa são os ajudantes de ordens.
Os Oficiais Chefes de Estado-Maior e Oficiais do Gabinete de uma autoridade
naval também usam esse símbolo, por serem seus ajudantes mais diretos.
O conjunto é usado do lado esquerdo.
 Oficiais do Gabinete Militar da Presidência da República usam os
alamares do lado direito.
Condecorações e Medalhas: são usadas no lado esquerdo do peito.
Já caiu em prova!
Prova SMV 2018
Segundo as Tradições Navais da Marinha do Brasil, o Apito Marinheiro, ao longo dos tempos, tem
sido uma das peças mais características do equipamento de uso pessoal da gente de bordo. Sobre
esse assunto, é correto afirmar que, na Marinha do Brasil:
(A) na época dos navios a vela, a rotina de bordo era marcada com toques de apito, o que não mais
ocorre na atualidade.
(B) o Apito Marinheiro tornou-se uma espécie de distintivo de autoridade e mesmo de honra, sendo
utilizado por todos os oficiais para a transmissão de ordens.
(C) hoje, o Apito Marinheiro continua preso ao pescoço por um cadarço de tecido e tem utilização
apenas para comando de manobras.
(D) os toques de apitos estão grupados, por tipos, em toques de Continência e Cerimonial, Fainas,
Pessoal Subalterno, Divisões e Manobras.
(E) o Oficial de Serviço utiliza o Apito Marinheiro, que serve para cumprimentar ou responder a
cumprimentos dos cerimoniais.
Gabarito: D
Comentários: Está no material: Tipos de toques de apito: toques de Continência e Cerimonial,
Fainas, Pessoal Subalterno, Divisões e Manobras. O apito do Oficial de Serviço não é o tradicional
(marinheiro), logo a E está errada. O apito tem mais funções que apenas comandos de manobras, a
rotina ainda continua sendo feita com auxílio do apito e nem todos os oficiais utilizam, apenas os
de serviço, sendo estes os erros das demais alternativas. Correta é a letra D.
Prova SMV 2018
A farda dos militares não se constitui em uma simples veste, mas, sobretudo, constitui-se em uma
segunda pele, que adere à própria alma, irreversivelmente e para sempre. Nesse sentido, os
uniformes dos militares têm por finalidade principal caracterizá-los, permitindo, à primeira vista,
@nutri.passei l Por Leilane Leal
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distingui-los. Sobre esse assunto, assinale a opção correta.
(A) Os sargentos, Cabos e Marinheiros cursados usam sempre, para distinção de graduação, divisas
nos ombros.
(B) O uniforme típico de Marinheiro é universal. Suas características são, principalmente, o lenço
azul ao pescoço e a gola preta com três listras.
(C) Os Marinheiros-Recrutas, Aprendizes-Marinheiros e Grumetes, em seus uniformes, usam divisas
no braço.
(D) Os Cabos e Marinheiros usam uniformes brancos ou azuis, de gola, e na cabeça sempre chapéus
redondos típicos, de cor branca, denominados caxangá.
(E) O gorro de fita é uma das tradições que foram incorporadas à Marinha do Brasil, caracterizando
de forma impar o uniforme dos Fuzileiros Navais.
Gabarito: E
Comentário: Cabo e Marinheiro não usa divisa no ombro; o uniforme do marinheiro é gola azul;
cabos e marinheiros usam caxangá apenas no trabalho e não sempre. Aprendizes e grumetes não
utilizam divisas. Correta é a letra E.
@nutri.passei l Por Leilane Leal
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EXPRESSÕES CORRIQUEIRAS
SAFO
• Tudo que está
correndo bem
• Ou para tudo que
faz as coisas
correrem bem
PEGAR
• Contrário de safo.
• Significa que não
está dando certo.
• Tá pegando = tá
errado
ONÇA
• Dificuldade
• "Estar na onça" é
estar em apuros
ROSCA FINA
• Quando o superior
é exigente
• = voga picada
SAFA ONÇA
• Significa salvação.
• Safa onça é tudo
que soluciona uma
emergência
VOGA LARGA
• Contrário de voga
picada/rosca fina
Já caiu em prova!
Prova SMV 2021
De acordo com as Tradições Navais, na gíria maruja, muitas expressões externam o universal bom
humor com espirituosidade que caracterizam os "homens do mar”. A expressão “rosca fina”
denomina:
(A) o superior, Oficial ou Praça, que é exigente na observância das normas e regulamentos, bem
como na execução das fainas e tarefas, por si e pelos subordinados. O antônimo é o “voga larga”.
(B) o subalterno, cabo ou marinheiro, que é exigente na observância das normas e regulamentos,
bem como na execução das fainas e tarefas, por si e pelos superiores. O antônimo é o “voga larga”.
(C) o superior, Oficial ou Praça, que é relaxado na observância das normas e regulamentos, bem
como na execução das fainas e tarefas, por si e pelos subordinados. O sinônimo é o “voga larga”.
(D) o subalterno, cabo ou marinheiro, que é exigente na observância das normas e regulamentos,
bem como na execução das fainas e tarefas, por si e pelos superiores, O sinônimo é o “voga larga”.
(E) o superior, Oficial ou Praça, que é displicente na observância das normas e regulamentos, bem
como na execução das fainas e tarefas, por si e pelos subordinados. O sinônimo é o "voga larga”.
Gabarito: A
Comentários: Está no quadro acima. Rosca fina é quando o superior é exigente. Mais fácil de lembrar
fazendo a associação com “fino” é mais difícil passar; “larga” é mais fácil, pois tem mais espaço. Essa
analogia me ajudou a diferenciar. Resposta A.
@nutri.passei l Por Leilane Leal
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História Naval
Esse é um dos assuntos mais densos de todo o conteúdo programático.
São muitas informações, textos longos, muitos nomes próprios (navios e
pessoas importantes) e anos.
Já adianto que a Banca não costuma cobrar esse tipo de informação.
As questões de história que normalmente caem são contextualizando
informações.
É quase impossível lembrar de todos os detalhes.
Então a melhor forma de estudar é focar em palavras-chaves e ligá-las à informação mais
importante daquela história.
Ao longo do material, as questões que foram mais cobradas ao longo dos anos estarão
sinalizadas.
A HISTÓRIA DA NAVEGAÇÃO
1.
NAVIOS DE MADEIRA
Costado rígido: primeiro método de construção de embarcações, utilizado desde a canoa de tábuas.
 Galés: embarcações movidas principalmente por remos, embora pudessem também ter velas.
Foram muito utilizadas por povos navegadores do passado, como os cretenses, os gregos, os
romanos, os bizantinos e os nórdicos.
Esqueleto rígido: foi desenvolvido no litoral do Mar Mediterrâneo (fora de Portugal), e empregado
pelos portugueses para construir os navios que iniciaram, no século XV, as Grandes Navegações.
Primeiro se construía navios de madeira. Somente no século XIX (desenvolvimento industrial)
passou a se utilizar casco de ferro e depois de aço.
2.
O DESENVOLVIMENTO DOS NAVIOS PORTUGUESES
Caravelas: origem com as embarcações de pesca, que já existiam na Península Ibérica (Portugal e
Espanha) desde o século XIII.
 Característica: Velas latinas - próprias para navegar com qualquer vento e, por isso, adequadas
às explorações da costa da África.
 Foi com as caravelas que os portugueses exploraram o litoral africano durante o século XV.
Nau: navio maior destinado à navegação e ao transporte de mercadorias. Eram mal armadas
militarmente, levando poucos canhões para sua defesa e das rotas marítimas que comandavam,
abrindo espaço para a concorrência estrangeira.
Galeão: navio de guerra maior e com mais canhões, para combater os turcos no Oriente e os
corsários e piratas europeus ou muçulmanos no Atlântico.
 Foi a verdadeira origem do navio de guerra para emprego no oceano.
 Foi construído para fazer longas viagens e combater longe da Europa.
@nutri.passei l Por Leilane Leal
47
3.
O DESENVOLVIMENTO DA NAVEGAÇÃO OCEÂNICA
Para saber exatamente a posição em que se está em relação ao globo terrestre, é necessário calcular
a latitude e a longitude do local.
O cálculo prático da longitude, a bordo de navios, depende de se conhecer, com precisão, a hora.
Porém, a inexistência de relógios (cronômetros) que não fossem afetados pelos movimentos do
navio causados pelas ondas fez com que a hora não pudesse ser calculada no mar até o século XVIII.
Bússola: inventada pelos chineses, também chamada de agulha de marear ou agulha magnética.
Objetiva saber a direção em que está o pólo norte magnético.
Latitude: estimativa do quanto o navio tinha se deslocado, não era tão difícil de se calcular. A
localização da estrela polar (no hemisferio norte, marca o pólo norte celeste) ajuda a calcular –
medindo sua altura em relação ao horizonte.
 No Hemisfério Sul, a estrela Polar não é visível.
 A estrela Alfa do Cruzeiro do Sul (a mais brilhante desta constelação) ocupa a posição no céu
mais próxima do pólo sul celeste e não está suficientemente próxima para ser uma referência para
a navegação. Então no Hemisfério Sul se observava o sol.
Nórdicos: Viajando para o Oeste, alcançaram a Islândia e a América do Norte (muitos séculos antes
de Cristóvão Colombo chegar à América em 1492).
Astrolábio: servia para medir o ângulo entre o Sol em sua passagem
meridiana e a vertical.
Cartas náuticas: eram muito imprecisas. As que foram inicialmente elaboradas pelos portugueses
eram conhecidas como portulanos.
 A partir do final do século XVI, passou-se a utilizar a Projeção de Mercator. Esta projeção é
utilizada até os dias de hoje nas cartas náuticas.
Doenças comuns naquela época: beribéri (pela carência de vitamina B) e escorbuto (carência de
vitamina C).
 A dieta dependia apenas de peixe, carne salgada e biscoito (feito de farinha de trigo, o último
alimento que se deteriorava a bordo dos veleiros).
 Por volta de 1800, descobriu-se que esse mal poderia ser evitado acrescentando à dieta suco
de limão, rico em vitamina C, pois sua ingestão diária, em pequenas doses, evita o escorbuto,
tornando mais saudável a vida a bordo dos navios.
@nutri.passei l Por Leilane Leal
48
Já caiu em prova!
Prova SMV 2018
Na época da projeção de Portugal e Espanha na navegação oceânica, no final do século XV, já se
conhecia a bússola e o astrolábio. Naquela época, para o navegante saber exatamente a posição do
navio em relação ao globo terrestre, era necessário calcular a latitude e a longitude do local. Com
base nessas informações, é correto afirmar que, no século XV:
(A) o cálculo prático da longitude a bordo de navios era difícil, pois dependia de se conhecer, com
precisão, a hora.
(B) já existiam cronômetros rudimentares, que possuíam a vantagem de fornecer os rumos e as
marcações de pontos de terra em linhas retas, facilitando a plotagem da latitude e da longitude nas
cartas náuticas.
(C) a latitude era difícil de ser calculada, e era por meio dela e da estimativa de quanto o navio havia
se deslocado que os navegadores da época sabiam exatamente a sua localização no mar.
(D) o quadrante e o sextante mediam os meridianos e os paralelos, representados por linhas retas
que se interceptam formando ângulos de 9O graus, permitindo estimar a hora e o cálculo da
latitude.
(E) a bússola já auxiliava na navegação, por apontar sempre para o norte verdadeiro terrestre, e o
astrolábio era utilizado para o cálculo da latitude e longitude entre o nascer e o pôr do sol.
Gabarito: A
Comentário: Informação está no início do módulo. Como dependia da hora e não existiam
cronômetros que não fossem afetados pelo balanço do mar, o cálculo da longitude não era fácil.
Resposta A.
Prova SMV 2020
De acordo com Bittencourt (2006), em relação aos navios de madeira, qual foi o primeiro método
de construção utilizado desde a canoa de tábuas?
(A) Casco resistente.
(B) Esqueleto rígido.
(C) Costado rígido.
(D) Casco trincado.
(E) Tábuas estruturais.
Gabarito: C
Comentários: a dúvida ficaria entre costado rígido e esqueleto rígido. Mas foi costado rígido foi o
primeiro método de construção utilizado desde a canoa de tábuas. Esqueleto rígido utilizado nos
navios que iniciaram as Grandes Navegações.
@nutri.passei l Por Leilane Leal
49
EXPANSÃO MARÍTIMA
1.
LUSITÂNIA
 Onde é Portugal hoje.
 Em 711, a região foi conquistada pelos muçulmanos.
 Ficou no poder dos Mouros  A guerra deflagrada contra os mouros contou com o apoio de
grande parte da aristocracia européia.
 Participação de D. Henrique de Borgonha na origem do próprio Estado português, no Condado
Portucalense.
 Processo de expulsão dos muçulmanos: importância do aspecto militar; unificação do comando
das forças cristãs.
o O caráter religioso tomado pela Reconquista, identificada com as cruzadas contra os infiéis
muçulmanos, fez com que a Igreja de Roma tivesse grande interesse no sucesso das forças cristãs.
 O Tratado de Zamora, firmado em 1143 entre o Duque portucalense D. Afonso Henriques (11281185), filho de Henrique de Borgonha, e D. Afonso VII, imperador de Leão, determinou o
reconhecimento por parte deste último da independência do antigo condado, agora Reino de
Portugal.
2.
ORDENS MILITARES E RELIGIOSAS
Processo da Reconquista = processo de ocupação territorial
Ordens militares: foram ordens de cavalaria sujeitas a um estatuto religioso e que se propunham a
lutar contra os mulçumanos.
 Em Portugal, as ordens dos Templários, de Avis e de Santiago foram as mais beneficiadas por
tais privilégios.
 Contribuíram significativamente para o povoamento do território português.
 Também teve participação das ordens religiosas cujos membros não atuavam
das lutas militares. Os mosteiros e capelas destas ordens, dentre as quais se
destacou a dos beneditinos, tornaram-se pólos de atração pela segurança que
ofereciam a inúmeras famílias.
3.
PAPEL DA NOBREZA
Ordem de Cristo
Nobreza (proprietários de terra) participou de forma decisiva nas guerras da Reconquista, apoiando
o esforço militar da realeza.
Tinham autonomia concedida pelo poder central aos concelhos (que correspondem aos municípios
nos dias de hoje), onde começavam a ter influência as aspirações de comerciantes e mestres de
ofício.
 O apoio do rei aos concelhos visava a enfraquecer o poder da nobreza fundiária em sua própria
base territorial
Inquirições: responsáveis pela limitação do poder da nobreza também.
 A partir da interrupção nas lutas militares contra os mouros, entre os séculos XII e XIII, a coroa
portuguesa buscou avaliar a situação da propriedade de terras no reino.
 Tal mecanismo se completava com as confirmações: processo pelo qual o rei sancionava não só
a propriedade da terra como o próprio título nobiliárquico do senhor em questão.
@nutri.passei l Por Leilane Leal
50
4.
A IMPORTÂNCIA DO MAR NA FORMAÇÃO DE PORTUGAL
Atividades importantes em Portugal: agricultura, comércio marítimo e pesca (país de solo nem
sempre fértil e produtivo).
Século XII: Marinha portuguesa começou a ser utilizada em caráter militar.
 No reinado de D. Sancho II (1223-1245) podem ser assinaladas as primeiras tentativas de
implantação de uma frota naval pertencente ao Estado, ordenando, inclusive, a construção de locais
específicos nas praias para reparo de embarcações.
5.
DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL
D. Dinis: chamdo de O Lavrador ou Rei Agricultor e ainda Rei Poeta ou Rei Trovador. Foi um monarca
essencialmente administrador e não guerreiro.
 Incentivou o fomento da navegação.
 Intituiu a Marinha Real em 1308 na Inglaterra.
 Nomeou o primeiro almirante (que se tem conhecimento) da Marinha portuguesa: Nuno
Fernandes Cogominho.
o O genovês Pezagno (ou Manuel Pessanha) o sucedeu em 1317.
D. Fernando I (1367-1383): último soberano da dinastia de Borgonha.
 Lei de Sesmarias – causou séria crise de abastecimento de gêneros alimentícios no reino.
 Grande incentivo a construção naval, mediante a isenção de impostos e a concessão de
vantagens e garantias aos construtores navais.
 Em 1380, criou a Companhia das Naus - empresa de seguros destinada a evitar a ruína financeira
dos homens do mar. Como resultado, incrementaram-se o comércio marítimo.
D. Duarte (1433-1438):
 Lei Mental: bens doados pela coroa à nobreza só poderiam ser herdados pelo filho varão
legítimo mais velho. Tal processo de centralização do poder foi o elemento essencial que permitiu
ao reino português lançar-se na expansão ultramarina.
O monopólio exercido pelas cidades italianas de Gênova e Veneza sobre as rotas de comércio com
a Ásia levou os grupos mercantis portugueses a procurar outra alternativa para a realização de seus
negócios e, conseqüentemente, para obtenção de lucros.
D. João II: 1481
 Expansão ultramarina atingiu o auge com os feitos dos navegadores Diogo Cão e Bartolomeu
Dias.
 O negócio das especiarias do Oriente, levadas para a Arábia e para o Egito pelos árabes e dali
transportadas aos países europeus, por intermédio de Veneza – que enriquecera com o tráfico –,
vai se concentrar em novas rotas, deslocando o foco do comércio mundial do Mediterrâneo para o
Oceano Atlântico.
 D. João II morreu em 1495 e coube ao seu sucessor, D. Manuel, dar continuidade ao projeto
expansionista.
@nutri.passei l Por Leilane Leal
51
A expansão marítima portuguesa caracterizou-se por duas vertentes:
• Aspecto imediatista.
• Realizada ao norte do continente
africano
• Visava à obtenção de riquezas
acumuladas naquelas regiões através
de prática de pilhagens.
• Importância da Tomada de Ceuta
(norte da África/Marrocos) --> início
da expansão portuguesa rumo à
África e à Ásia.
• Objetivos a longo prazo.
• Se buscava conquistar pontos
estratégicos das rotas comerciais com
o Oriente, criando entrepostos
(feitorias) controlados pelos
comerciantes lusos.
• Importância da tomada das cidades
asiáticas.
• Marcado pelas Cruzadas (aspecto
religioso) - luta cristã contra os
mulçumanos.
D. Manuel:
 Viagem do Vasco da Gama, que partiu do Rio Tejo em julho de 1497, dobrou o Cabo da Boa
Esperança, transpôs o Rio Infante, e explorou Moçambique, Melinde, Mombaça e, em maio de 1498,
após quase um ano de viagem, chegou a Calicute, na Índia.
 Portugal ficou com monopolio de região das especiarias, do ouro e das pedras preciosas.
Cronologicamente e resumidamente, assim se deu o processo expansionista:

Entre 1421 e 1434, os lusitanos chegaram aos Arquipélagos da Madeira e dos Açores e
avançaram para além do Cabo Bojador. Até esse ponto, a navegação era basicamente costeira.

Em 1436 atingiram o Rio do Ouro e iniciaram a conquista da Guiné. Ali se apropriaram
da Mina, centro aurífero explorado pelos reinos nativos em associação aos comerciantes
mouros, a maior fonte de ouro de toda a história de Portugal até aquela data.

Em 1441, chegaram ao Cabo Branco.

Em 1444, atingiram a Ilha de Arguim, no Senegal, onde instalaram a primeira feitoria
em território africano e iniciaram a comercialização de escravos, marfim e ouro.

Entre 1445 e 1461, descobriram o Cabo Verde, navegaram pelos Rios Senegal e Gâmbia
e avançaram até Serra Leoa.

Entre 1470 e 1475, exploraram a costa da Serra Leoa até o Cabo de Santa Catarina.

Em 1482, atingiram São Jorge da Mina e avançaram até o Rio Zaire, o trecho mais difícil
da costa ocidental africana. O navegador Diogo Cão explorou a costa da África Ocidental entre
1482 e 1485.

No período 1487/1488, Bartolomeu Dias atingiu o Cabo das Tormentas, no extremo Sul
do continente – que passou a ser chamado de Cabo da Boa Esperança – e chegou ao Oceano
Índico, conquistando o trecho mais difícil do caminho das Índias.

Em 1498, Vasco da Gama chegou a Calicute, na costa Sudoeste da Índia, estabelecendo
a rota entre Portugal e o Oriente.
@nutri.passei l Por Leilane Leal
52
Tratado de Tordesilhas (cidade espanhola):
- Assinado em 7 de junho de 1494
- Espanha quis deliberar que a América, descoberta por Cristóvão
Colombo em 1492, lhes pertenciam por direito
- Portugal negociou e garantiu que levasse o credito pela descoberta
Resultado:
Portugal: posse das terras descobertas até 370 léguas a oeste do Arquipélago de Cabo Verde.
Espanha: posse das terras situadas além desse limite.
6.
A DESCOBERTA DO BRASIL
Vasco da Gama:
Em março de 1500, partiu em direção ao oriente  frota com 13 navios (dez provavelmente eram
naus e “três navios menores”, que seriam caravelas)

Pedro Álvares Cabral era o comandante.

Avistou primeiro as Ilhas Canárias; depois avistou São Nicolau, uma das ilhas do Arquipélago
de Cabo Verde.

Perto da foz do Rio do Frade, foi enviado à terra um batel sob o comando de Nicolau Coelho
para fazer contato com os homens da terra - primeiro encontro entre portugueses e indígenas.

Cabral saí em busca de local mais abrigado, chegando em Porto Seguro, hoje Baía Cabrália.
Pedro Álvares Cabral:

Avistaram o Monte Pascoal e depois chegou em Porto
Seguro.

A primeira missa foi no domingo de Páscoa.

Em 1º de maio, assinalou o Rio Mutari com uma cruz.

Foi erguido um altar, onde Frei Henrique de Coimbra
celebrou a segunda missa.
7.
O RECONHECIMENTO DA COSTA BRASILEIRA
Preocupado em realizar o reconhecimento da nova terra, D. Manuel enviou, antes mesmo do
retorno de Cabral, uma expedição composta por três caravelas comandadas por Gonçalo
Coelho e Américo Vespúcio. Chegaram à costa brasileira na altura do Rio Grande do Norte, na
Praia dos Marcos. Foi fincado um marco de pedra, sinal da posse da terra. O périplo costeiro
da expedição teve como limite sul a região de Cananéia, localizada no atual litoral Sul do Estado
de São Paulo.
Foi resultado do arrendamento da Terra de Santa Cruz (nome inicial do Brasil) a um consórcio
formado por cristãos-novos, encabeçado por Fernando de Noronha. Concluiu a navegação em
Porto Seguro.
@nutri.passei l Por Leilane Leal
53
Partiu de Portugal em 10 de junho de 1503. Composta por seis naus e foi comandada por
Gonçalo Coelho. Ao chegarem em Fernando de Noronha, naufragou a capitânia. Dois navios
(num dos quais se encontrava embarcado Américo Vespúcio) rumaram para a Baía de Todos
os Santos.
8.
AS EXPEDIÇÕES GUARDA-COSTAS
A costa do pau-brasil prolongava-se desde o Rio de Janeiro até Pernambuco.
Os franceses frequentavam nosso litoral comercializando o pau-brasil clandestinamente com os
índios.
Portugal procurou, a princípio, usar de mecanismos diplomáticos.
Depois, D. Manuel resolveu enviar o fidalgo português Cristóvão Jaques, com a missão de realizar o
patrulhamento da costa brasileira, contra contrabandistas franceses no Brasil.
9.
A EXPEDIÇÃO COLONIZADORA DE MARTIM AFONSO DE SOUSA
Em 1530, Portugal resolveu enviar ao Brasil uma expedição comandada por Martim Afonso de
Sousa visando à ocupação da nova terra.
 A Armada partiu de Lisboa em 3 de dezembro e era composta por duas naus, um galeão e duas
caravelas que, juntas, conduziam 400 pessoas.
 Tinha a missão de combater os franceses, que continuavam a freqüentar o litoral e
contrabandear o paubrasil; descobrir terras e explorar rios; e estabelecer núcleos de povoação.
 Da Ilha da Madeira, Martim Afonso trouxe as primeiras mudas de cana que plantou no Brasil,
construindo na Vila de São Vicente o primeiro engenho de cana-de-açúcar.
Dom João III: decidiu impulsionar a colonização - O regime de capitanias hereditárias consistiu em
dividir o Brasil em imensos tratos de terra que foram distribuídos a fidalgos da pequena nobreza.
Já caiu em prova!
Prova SMV 2017
Na primeira metade do século XV, a expansão marítima portuguesa caracterizou-se por duas
vertentes. A primeira, de aspecto imediatista, foi realizada ao norte do continente africano, e a
segunda, mais a longo prazo, buscava pontos estratégicos das rotas comerciais com o Oriente.
Assinale a opção que apresenta os objetivos da coroa portuguesa na primeira e segunda vertentes,
respectivamente.
(A) Estabelecer bases para suas futuras ações militares e extrair rendas obtidas com a agricultura.
(B) Explorar a cultura do açúcar naquela região e permitir projetar poder militar a longas distâncias.
(C) Combater os franceses que invadiram suas colônias na África e estabelecer comércio com os
holandeses por meio de trocas (escambo).
(D) Fundar uma povoação naquela região e derrotar definitivamente os franceses.
@nutri.passei l Por Leilane Leal
54
(E) Obter riquezas acumuladas através da prática de pilhagem e criar entrepostos (feitorias)
controlados pelos comerciantes lusos.
Gabarito: E
Comentários: Como bem exposto no esquema, a primeira vertente era responsável pela prática de
pilhagens e a segunda pelo estrepostos. Letra E.
@nutri.passei l Por Leilane Leal
55
INVASÕES ESTRANGEIRAS AO BRASIL
1.
INVASÕES FRANCESAS NO RIO DE JANEIRO E NO MARANHÃO
Importante: Não tiveram o apoio da França.
Rio de Janeiro
 Em 1553, Nicolau Durand de Villegagnon foi nomeado vice-almirante da Bretanha e desenvolveu
um plano para fundar uma colônia na Baía de Guanabara (RJ). Construiu o Forte de Coligny.
 Franceses: amizade dos tupinambás. Comércio de escambo - recebiam machados, facas,
tesouras, espelhos, tecidos coloridos, anzóis e outros objetos.
 Portugal atacou em 1560 e venceu. Os franceses fugiram para o continente.
 Mem de Sá mandou o sobrinho Estácio de Sá formar uma força naval e povoar a Baía de
Guanabara e derrotaram definitivamente os franceses.
Maranhão
 Forte de São Luís: construído em 1612 pelos franceses Daniel de la Touche de la Ravardière e
Nicolau de Harlay de Sancy (tenentes-generais do rei da França).
 Jerônimo de Albuquerque: comandou a força naval portuguesa para combater os franceses no
MA. Este grupamento pode ser considerado a primeira força naval comandada por um brasileiro.
o Construíram o Forte de Santa Maria.
 Os portugueses venceram o embate e depois os franceses propuseram uma tregua, que foi
favoravel aos portuguese.
2.
INVASORES NA FOZ DO AMAZONAS
Após a ocupação do Maranhão, os portugueses resolveram dirigir sua atenção para os invasores
da foz do Amazonas, enviando uma expedição que fundou o Forte do Presépio, origem da cidade
de Belém, para servir de base para suas ações militares.
Batalha com ingleses, holandeses e irlandeses  Portugal teve êxito.
3.
INVASÕES HOLANDESAS NA BAHIA E EM PERNAMBUCO
Bahia
 A invasão holandesa de Salvador (BA) foi planejada pela Companhia das Índias Ocidentais com
o propósito de lucro, a ser obtido com a exploração da cultura do açúcar.
 Comando: Almirante Jacob Willekens.
 Portugal soube do ataque e se preparou a tempo, montando uma força composta por 25
galeões, dez naus, dez urcas, seis caravelas, dois patachos e quatro navios menores, tendo a bordo
12.500 marinheiros e soldados. Como comandante-geral, vinha D. Fadrique de Toledo Osório,
Marquês de Villanueva de Valdueza. Era a maior força naval que até aquela data atravessara o
Atlântico.
 Acabou com os holandeses se rendendo.
@nutri.passei l Por Leilane Leal
56
Pernambuco
 A Companhia das Índias Ocidentais resolveu dirigir seus esforços para Pernambuco em vez de
tentar reconquistar a Bahia.
 Comandada por General-doMar Wendrich Corneliszoon Lonck.
 Olinda e Recife (PE) foram conquistadas pela Holanda em 1630.
 Portugal resolveu reagir e daí aconteceram vários embates. Destacam-se:
Combate Naval dos Abrolhos
• Objetivos: desembarcar as tropas que trazia de Pernambuco e da Paraíba; comboiar os
navios mercantes que levariam ao reino a produção de açúcar e outros produtos do Brasil,
até que estivessem livres de ataques das forças holandesas; e alcançar o Caribe para
comboiar a Frota da Prata para a Espanha.
• Nesse combate, morreram ou desapareceram cerca de 700 homens, aproximadamente 280
ficaram feridos e 240 foram aprisionados.
Batalha Naval de 1640
• Portugal foi comandada por Conde da Torre e combateram navios holandeses (inicialmente
30, depois 35) comandados por Willem Loos (morreu na batalha).
• Os holandeses conseguiram manter o domínio do mar e se aproveitaram dele para
bloquear os portos principais e atacar o litoral do Nordeste do Brasil, expandindo sua
conquista.
Ocuparam Sergipe e o Maranhão, no
Brasil, e Angola e São Tomé, na África
A insurreição em Pernambuco:
 Restauração de Portugal: em 1640 ocorreu a separação de Portugal da Espanha, com o fim
da união das coroas ibéricas, e a aclamação do Duque de Bragança como rei, com o nome de D.
João IV.
 Confronto entre Portugal x Holanda pela ocupação de Recife.
o Holanda organizou ataques pelo mar para diminuir a pressão que os insurretos já exerciam
sobre seus principais pontos estratégicos.
o Em fevereiro de 1647, os holandeses atacaram e ocuparam a Ilha de Itaparica, com uma força
naval comandada pelo Almirante Banckert. O propósito era ameaçar Salvador.
 Primeira Batalha dos Guararapes (1648): os holandeses, mais numerosos e com fama de
estarem entre os melhores soldados da Europa de então, foram derrotados no campo de batalha.
 Segunda Batalha dos Guararapes (1649): a Companhia das Índias Ocidentais (da Holanda)
resolveu repetir, em terra, o ataque às forças rebeldes. Novamente os holandeses foram
derrotados.
Após Portugal enviar ao Brasil 4 frotas, chamadas Companhia do Brasil,
pouco a pouco as posições holandesas foram, sucessivamente, sendo
conquistadas e a rendição de Recife finalmente ocorreu no final de janeiro
de 1654.
O longo êxito dos holandeses no Brasil foi resultante do esmagador domínio do mar que
conseguiram manter durante quase todo o período da ocupação. Mesmo quando Recife já
estava cercado e era inviável vencer em terra, ainda conseguiram, por longos anos, suprir a
cidade por mar.
@nutri.passei l Por Leilane Leal
57
4.
CORSÁRIOS FRANCESES NO RIO DE JANEIRO NO SÉCULO XVIII
As riquezas do Rio de Janeiro atraíram a cobiça de dois franceses  Duclerc (foi derrotado, preso
e assassinado) e Duguay-Trouin (conquistou a Ilha das Cobras e Morro da Conceição).
Duguay saqueou o Rio de Janeiro e somente o deixou após receber um resgate.
5.
GUERRAS, TRATADOS E LIMITES NO SUL DO BRASIL
TRATADO DE LISBOA (1681)
TRATADO DE UTRECHT (1715)
TRATADO DE MADRI (1750)
Em 1680, a Colônia de Sacramento foi atacada e
reconquistada aos espanhóis pelo governador de
Buenos Aires, sendo devolvida aos portugueses
em 1683, após a assinatura do Tratado de Lisboa.
A Guerra de Sucessão da Espanha teve início com
a morte do Rei da Espanha Carlos II, em
novembro de 1700. Durou 15 anos.
Embates entre Portugal x Espanha.
O Tratado de Utrecht – celebrado em 1715 entre
as duas nações – legitimou a presença
portuguesa na região do Prata com a restituição
aos lusos da Colônia de Sacramento.
Mais um embates entre Portugal x Esspanha pela
Colônia de Sacramento.
O Tratado de Madri foi um acordo diplomático os
dois países assinaram em 13 de janeiro de 1750.
Ele redefiniu as fronteiras entre as posses das
duas nações na América e foi realizado para
encerrar as disputas de terra travadas pelos
colonos das duas nações.
Por meio desse acordo, parte considerável das
fronteiras do Brasil foi delimitada.
Colônia do Sacramento ficou com Espanha.
Portugal ficou com a posse de regiões na
Amazônia, sul e oeste do Brasil.
As Guerras Guaraníticas foram uma das
principais consequências desse tratado.
Sete Povos das Missões para Portugal.
O acordo do tratado não foi cumprido pelos
indios e os portugueses ocuparam a região das
Missões à força.
TRATADO DO PARDO (1761)
@nutri.passei l Por Leilane Leal
Celebrado entre portugueses e espanhóis, anulou
os efeitos do Tratado de Madri e estabeleceu
que a Colônia de Sacramento voltasse a ser de
Portugal.
58
TRATADO DE SANTO
ILDEFONSO (1777)
TRATADO DE BADAJÓS (1801)
Foi uma tentativa de resolver as questões de
limites entre Portugal e Espanha.
Ficou estabelecida a restituição a Portugal da Ilha
de Santa Catarina, porém os lusos perderam a
Colônia do Santíssimo Sacramento e a região dos
Sete Povos das Missões.
Este tratado deixou os espanhóis com o domínio
exclusivo do Rio da Prata.
O Tratado de Badajós pôs fim à guerra de França
e Espanha contra Portugal, tendo a Espanha por
direito de guerra, conservado a praça de
Olivença, na Europa, e a Colônia de Sacramento.
Portugal recuperou no sul da América o território
dos Sete Povos das Missões.
O Tratado de Badajós já caiu 2x em prova.
Já caiu em prova!
Prova SMV 2021
A fronteira do Sul do Brasil demorou a ser definida devido à ferrenha disputa travada entre Portugal
e Espanha, que tinham interesse em dominar a estratégica região platina. De acordo com
Bittencourt (2006), qual Tratado foi assinado em 1750 entre Portugal e Espanha, que foi fruto do
trabalho de Alexandre de Gusmão, secretário de D. João V, e que, dentre outras medidas,
estabeleceu a posse da Colônia de Sacramento para a Espanha e a de Sete Povos das Missões para
Portugal?
(A) Tratado de Utrecht.
(B) Tratado de Madri.
(C) Tratado do Pardo.
(D) Tratado de Santo Ildefonso.
(E) Tratado de Badajós.
Gabarito: B
Comentários: Apesar de na tabela não ter tantas informações quanto no enunciado, existem
palavras-chaves que entregam a questão: Sete Povos das Missões foi mencionada apenas no
Tratado de Madrid. Resposta B.
Prova SMV 2018
De acordo com Bittencourt (2006), e com relação às invasões francesas no Rio de Janeiro e no
Maranhão, é correto afirmar que:
(A) foram iniciativas do governo da França, cuja estratégia estava voltada para seus interesses
@nutri.passei l Por Leilane Leal
59
no Brasil, afirmando que o mundo não estava dividido entre Portugal e Espanha.
(B) a colonização do Brasil foi interesse de Portugal, que pretendia proteger a rota de seu
comércio com toda a América do Sul.
(C) Portugal não disponibilizou recursos para expulsar os invasores e proteger os núcleos de
colonização portuguesa, tendo esse país que recolher mais impostos da Colônia para suportar os
custos com armas e navios.
(D) a reação portuguesa no Rio de Janeiro ocorreu quando o Governador Tomé de Souza, em
1560, atacou o Forte de Copacabana com uma força naval (soldados e índios) que trouxera da
Bahia.
(E) em 1614, uma força naval comandada por Jerônimo de Albuquerque chegou ao Maranhão para
combater os franceses. Esse grupamento pode ser considerado a primeira força naval comandada
por um brasileiro.
Gabarito: E
Comentários: A transcrição exata do encontrado no resumo deste capítulo. Foi ressaltado que as
invasões não tiveram apoio da França, que Portugal pretendia proteger a rota de seu comércio
com a Índia, que Portugal disponibilizou recursos para combater as invasões e o apoio relevante
no Rio de Janeiro foi a Baía de Guanabara. Resposta letra E.
Prova SMV 2020
Diversos intrusos desafiaram os interesses ultramarinos de Portugal durante os séculos XVI e XVII.
Qual foi o primeiro povo que teve seus navios na costa brasileira comercializando com os nativos da
terra, forçando Portugal a reagir, enviando expedições guarda-costas e iniciando a colonização no
Brasil?
(A) Italiano.
(B) Inglês.
(C) Holandês.
(D) Espanhol,
(E) Francês.
Gabarito: E
Comentários: Foram os franceses os responsáveis pelo escambo com os índios nativos. Letra E.
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FORMAÇÃO DA MARINHA IMPERIAL BRASILEIRA
1.
A VINDA DA FAMÍLIA REAL
Foco foi no Rio de Janeiro.
D. João: instalação do Ministério dos Negócios da Marinha e Ultramar
o Repartições necessárias ao funcionamento do Ministério da Marinha, tais como: Quartel-General
da Armada, Intendência e Contadoria, Arquivo Militar, Hospital de Marinha, Fábrica de Pólvora e
Conselho Supremo Militar.
Primeiro estabelecimento de ensino superior no Brasil: Academia Real de Guardas-Marinha,
instalada nas dependências do Mosteiro de São Bento.
2.
POLÍTICA EXTERNA DE D. JOÃO E A ATUAÇÃO DA MARINHA: A CONQUISTA DE CAIENA E A
OCUPAÇÃO DA BANDA ORIENTAL
D. João: declarou, em 1808, guerra à França diante da invasão do território continental português
pelas tropas do General Junot.
o Isso anulou todos os tratados que o imperador dos franceses o obrigara a assinar, principalmente
o de Badajós e de Madri, ambos de 1801, e o de neutralidade, de 1804.
Portugal ocupou militarmente as margens do Rio Oiapoque.
França: O governador de Caiena, Victor Hughes, tratou, em vão, de preparar a resistência à
invasão portuguesa. As forças de ataque foram ganhando terreno, apertando cada vez mais o
cerco à capital Caiena, até sua rendição final, a 12 de janeiro de 1809.
A importância dessa operação recai na condição de ter sido o primeiro ato consistente de
política externa de D. João realizada por meio militar, contando com forças navais
e terrestres anglo-luso-brasileira.
Fatos importantes para a política externa:
 Ocupação portuguesa da Guiana Francesa  importância para a fixação dos limites do País.
 Ocupação da Banda Oriental (atual Uruguai)  papel importante da Marinha.
o Incorporação da Banda Oriental à Coroa portuguesa, fazendo parte do domínio do Brasil com o
nome de Província Cisplatina.
3.
GUERRA DA INDEPENDÊNCIA
Elevação do Brasil a Reino Unido: a transferência para o Brasil da sede do reino português foi
motivada pela ameaça representada pelo expansionismo francês na Europa.
 Com a queda de Napoleão e o movimento de restauração das monarquias absolutistas
encabeçado pelo Congresso de Viena, os portugueses esperavam que seu rei retornasse para
Portugal e trouxesse a Corte de volta para Lisboa, mas ele permaneceu no Brasil.
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61
Retorno de D. João VI para Portugal:
 Início com movimento revolucionário liberal na Cidade do Porto. Logo a revolução se espalhou
por todo o Portugal, fomentando a instalação de uma Assembléia Nacional Constituinte
denominada de “Cortes”, que visava a instaurar uma monarquia Constitucional.
 D. João VI voltou para Portugal e seu filho D. Pedro ficou no Brasil como Príncipe Regente.
 A pressão das Cortes pela restauração do pacto colonial levou D. Pedro a defender a autonomia
brasileira perante a restauração da condição de colônia pretendida pelas Cortes.
A Independência
 Em 7 de setembro de 1822, o Príncipe D. Pedro declarava a Independência do Brasil. Porém, só
as províncias do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais atenderam de imediato à conclamação
emanada das margens do Ipiranga.
 As capitais das províncias ao Norte do País mantiveram sua ligação com a metrópole, pois as
peculiaridades da navegação a vela e a falta de estradas as punham mais próximas desta do que do
Rio de Janeiro.
 Observou-se uma resistência de Salvador, com guarnição militar mais forte  desfavorável ao
processo de Independência.
 Importância do mar  o mar era uma via aberta para o recebimento de reforços.
o Por esta via, Portugal aumentou sua força com tropas, suprimentos e navios de guerra à
guarnição de Salvador comandada pelo Governador das Armas da Província Brigadeiro Inácio Luís
Madeira de Melo.
A Formação de uma Esquadra Brasileira:
 Formação da Marinha de Guerra nacional: a única forma de manter a unidade territorial
brasileira era tendo o domínio do mar.
 Papel da Marinha na Independência: privou as guarnições portuguesas de mais soldados e
armas vindos por mar, bombardeando com canhões embarcados e transportando soldados
brasileiros  permitindo que do território da colônia portuguesa na América emergisse um só país,
com um grande território.
 O nascimento da Marinha Imperial, portanto, se deu nesse regime de urgência, aproveitando
os navios que tinham sido deixados no porto do Rio de Janeiro pelos portugueses, que estavam em
mal estado de conservação, e os oficiais e praças da Marinha portuguesa que aderiram à
Independência.
 Governo imperial brasileiro contratou Lorde Thomas Cochrane, um brilhante e experiente
oficial de Marinha inglês, como Comandante-em-Chefe da Esquadra.
OPERAÇÕES NAVAIS:
 Em 1823, a Esquadra brasileira comandada por Cochrane, deixou a Baía de Guanabara com
destino à Bahia, para bloquear Salvador e dar combate às forças navais portuguesas – o Brasil
perdeu.
 Cochrane reorganizou suas forças e colocou Salvador sob bloqueio naval, capturando os
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62
navios que provinham o abastecimento da cidade, que já se encontrava sitiada por terra pelas forças
brasileiras - Brasil ganhou.
 Importancia do Esquadra brasileira, destacando-se a atuação da Fragata Niterói, comandada
pelo Capitão-de-Fragata John Taylor, que, apresando vários navios, atacou o comboio português
até a foz do Rio Tejo.
Cochrane: objetivo agora era expulsar os portugueses do Norte-Nordeste brasileiro  batalha no
Maranhão
 Nau Pedro I era a sua capitânia.
 As operações navais na Cisplatina assemelharam-se às realizadas na Bahia, sendo empreendido
um bloqueio naval conjugado com um cerco por terra a Montevidéu, isolando as tropas portuguesas
comandadas por D. Álvaro Macedo.
 A batalha que se seguiu, embora violenta, terminou sem a vitória de nenhum dos oponentes,
mas configurou-se como uma vitória estratégica das forças brasileiras com a manutenção do
bloqueio.
Confederação do Equador: A Marinha atuou contra a Confederação do Equador a partir de abril de
1824, que congregou, no seu ápice, também as províncias da Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará.
Com a Marinha e o Exército atuando conjuntamente, as forças rebeldes de Recife foram derrotadas
em 18 de setembro.
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63
A ATUAÇÃO DA MARINHA NOS CONFLITOS DA
REGÊNCIA E DO INÍCIO DO SEGUNDO REINADO
CONFLITOS INTERNOS
Primeira sublevação ocorrida no período regencial. Foi no Grão-Pará, que se generalizou em 1835 com a
ocupação da capital da província, Belém. Durante o conflito, as forças militares atuaram contra focos
rebeldes espalhados pela floresta amazônica (até então, bem desconhecida). O desgaste que as forças
militares impuseram aos cabanos levouos ao abandono da capital em maio de 1836 continuando a resistir
no
1.interior. A luta se estendeu até 1840, com a ação conjunta da Força Naval e das tropas do Exército
debelando a resistência dos cabanos por todo o Pará.
Rebelião no sul do Império que durou dez anos, de 1835 a 1845. A Marinha atuou em cooperação com o
Exército no transporte e abastecimento das tropas e apoiando ações em terra com o fogo dos canhões
embarcados. Navios de guerra estiveram envolvidos em pequenos combates navais com os farroupilhas.
Os combates não ocorreram em mar aberto, mas em águas restritas, como as Lagoas dos Patos e Mirim.
Foi vencida pela Marinha em um combate no porto de Laguna. Foi neste conflito regional que pela
primeira vez a Marinha brasileira empregou um navio movido a vapor em operações de guerra.
A Sabinada, revolta que eclodiu contra a autoridade da Regência na Bahia, em novembro de 1837, foi
combatida pela Marinha Imperial com um bloqueio da província e o combate a uma diminuta Força Naval
montada pelos rebeldes com navios apresados.
Foi nas Províncias do Maranhão e do Piauí, entre 1838 e 1841; reuniu a população pobre e os escravos
contra as autoridades constituídas da própria província. Em agosto de 1839, seguiu para o Maranhão o
Capitão-Tenente Joaquim Marques Lisboa, futuro Marquês de Tamandaré, nomeado comandante da
Força Naval em operação contra os insurretos. A união dos futuros patronos das forças singulares de mar
e terra no combate à Balaiada simboliza uma situação recorrente em todos os conflitos internos durante a
Regência e o Segundo Império: a atuação conjunta da Marinha e do Exército na manutenção da ordem
constituída e da unidade do Império.
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64
A Revolta Praieira estourou em Pernambuco em novembro de 1848. Iniciada na capital, tomou corpo nas
vilas e engenhos da zona da mata e interior pernambucanos. Contingentes de marinheiros e fuzileiros
navais desembarcaram dos navios para reunir-se aos defensores da capital na batalha, enquanto os
canhões da Marinha fustigaram as investidas dos revoltosos. A atuação da Marinha nesta revolta, embora
breve, evitou que a capital provincial caísse nas mãos dos rebeldes.
CONFLITOS EXTERNOS
Esses dois conflitos já
caíram em prova!
 O Brasil recém-independente envolveu-se numa guerra com as Províncias Unidas do Rio da
Prata, atual Argentina, pela posse da então Província brasileira da Cisplatina, atual República
Oriental do Uruguai.
 Nos séculos XVII e XVIII, o centro da disputa era a Colônia de Sacramento, o enclave português
na região. No início do século XIX, com os movimentos de independência na América espanhola e
portuguesa, a conflagração atingiu o Brasil e a Argentina, no conflito conhecido como Guerra
Cisplatina.
 O objetivo era o controle do Rio da Prata, área geográfica de suma importância estratégica
desde o início da colonização européia na América do Sul  estuário do Rio da Prata foi o principal
palco dessa guerra.
 No estuário do Rio da Prata desembocavam dois grandes rios (Uruguai e Paraná), que
constituíam o caminho natural para a penetração no continente sul-americano.
 A batalha mais significativa da Guerra Cisplatina, a Batalha do Passo do Rosário, ou Ituzaingó,
ocorrida em 20 de fevereiro de 1827, que resultou com nenhum dos lados impondo-se sobre o
outro, não sendo possível apontar vitoriosos nem derrotados.
 A Marinha Imperial brasileira na Guerra Cisplatina lutou com a Força Naval argentina, mas
também atuou contra os corsários que, com Patentes de corso emitidas pelas Províncias Unidas do
Rio da Prata e pelo próprio Exército de Lavalleja, atacavam os navios mercantes brasileiros por toda
a nossa costa.
A operação ofensiva que a Marinha Imperial brasileira realizou com o bloqueio naval no Prata
coexistiu com a ação defensiva na vigilância das extensas águas territoriais brasileiras,
defendendo nosso comércio marítimo dos corsários.
Exemplos da ação da Marinha Imperial no combate aos corsários foram as duas incursões da
Esquadra sediada no Rio da Prata às bases corsárias de Carmen de Patagones e San Blas, na
região da Patagônia. Ambas ocorreram em 1827 e pretendiam destruir esses verdadeiros ninhos
de corsários e recapturar alguns dos navios mercantes que estes tinham tomado.
O término da Guerra Cisplatina não seria o fim dos conflitos na região.
A Marinha Imperial brasileira permaneceria guarnecendo a segurança do Império do Brasil no
Rio da Prata.
@nutri.passei l Por Leilane Leal
65
 Mesmo com o fim da Guerra Cisplatina e a independência da República Oriental do Uruguai,
as lideranças políticas argentinas continuavam com a pretensão de restituir o mando de Buenos
Aires sobre o território do Vice-Reinado do Prata.
 Em 1851, o Governo brasileiro procedeu uma aliança com o governo uruguaio e com um
oposicionista de Rosas, o governador da Província argentina de Entre Rios, Justo José de Urquiza,
para defender o Uruguai do ataque das forças de Rosas e Oribe.
A Força Naval brasileira, composta por quatro navios com propulsão a vapor e três navios a vela,
tinha como obstáculo o Passo de Tonelero, nas proximidades da Barranca de Acevedo, onde o
inimigo instalara uma fortificação guarnecida por 16 peças de artilharia e 2.800 homens.
Tonelero foi vencida em 17 de dezembro de 1851, com as tropas desembarcando em Diamante
com sucesso.
O Exército de Buenos Aires foi derrotado pelas tropas brasileiras e de seus aliados platinos, em
fevereiro de 1852.
A Passagem de Tonelero representou a única operação ofensiva realizada pela Marinha Imperial
naquele conflito.
Sob o ponto de vista naval, o fato mais importante do conflito foi a Passagem de Tonelero pela
Esquadra brasileira.
A passagem havia sido fortificada com 16 peças de artilharia e 2 mil homens.
Para que as forças brasileiras, provenientes da Colônia de Sacramento, pudessem chegar a
Diamante, no Rio Paraná, e daí atacar as forças de Rosas, seria necessário transportá-las além de
Tonelero.
Já caiu em prova!
Prova SMV 2018
O período regencial foi marcado por diversas revoltas e rebeliões, nas quais a atuação da Marinha
do Brasil, então Marinha Imperial, foi marcante para a resolução dos conflitos. Em qual embate o
então Capitão-Tenente Joaquim Marques de Lisboa, futuro Marquês de Tamandaré, foi nomeado
comandante da Força Naval em operação contra os insurretos?
(A) Guerra dos Farrapos.
(B) Balaiada.
(C) Sabinada.
(D) Cabanagem.
(E) Revolta Praieira.
Gabarito: B
@nutri.passei l Por Leilane Leal
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Comentários: Balaiada: Em agosto de 1839, seguiu para o Maranhão o Capitão-Tenente Joaquim
Marques Lisboa, futuro Marquês de Tamandaré, nomeado comandante da Força Naval em
operação contra os insurretos. Letra B.
Prova SMV 2017
Durante a Guerra Cisplatina, a Marinha Imperial brasileira lutou com a Força Naval argentina e com
corsários que atacavam os navios mercantes brasileitos por toda a nossa costa. Assinale a opção
que apresenta a primeira ação de guerra da Força Naval brasileira na Guerra Cisplatina.
(A) Estabelecimento de um bloqueio fluvial no Rio da Prata.
(B) Abordagem e captura de uma Fragata Argentina.
(C) Conquista de uma praça fortificada na margem esquerda do Rio da Prata.
(D) Corte do abastecimento por mar da capital argentina.
(E) Resgate de dois navios mercantes capturados por corsários.
Gabarito: A
Comentários: Apesar de no material não estar claro a informação da assertiva correta, é falado que
o objetivo era o controle do Rio da Prata. Naquela época, controle era controle efetivo do mar. Por
exclusão, basta uma leitura rápida do material, que observa-se que nenhuma outra assertiva
causaria confusão. Correta é a letra A.
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67
A ATUAÇÃO DA MARINHA NA GUERRA DA TRÍPLICE
ALIANÇA CONTRA O GOVERNO DO PARAGUAI
Contexto:
A Guerra do Paraguai foi o maior conflito armado internacional ocorrido na América Latina. Foi
travada entre o Paraguai e a Tríplice Aliança, composta pelo Império do Brasil, Argentina e
Uruguai. Ela se estendeu de dezembro de 1864 a março de 1870. É também chamada Guerra
da Tríplice Aliança.
Coube quase que exclusivamente ao Brasil a responsabilidade pela condução das operações navais.
Paraguai – estava entre os defensores
Brasil – estava entre os aliados (Argentina, Brasil e Uruguai)
BATALHA NAVAL DO RIACHUELO
Início: Paraguai quis invadir o Sul do Brasil pelo
Rio Paraná.
11 de junho: É considerada a Data
Magna da Marinha. É comemorada
todos os anos.
Brasil:
 Comandante da Força Naval: Almirante Joaquim Marques Lisboa, Visconde de Tamandaré.
 Estratégia: bloquear o acesso ao mar pelos paraguaios.
 O Chefe-deDivisão Francisco Manoel Barroso da Silva partiu na Fragata Amazonas e atacaram
a Cidade de Corrientes, que estava sob comando paraguaio, e deteve o avanço da invasão para o
Sul.
Paraguai:
 Objetivo era destruir o bloqueio do Rio Paraná.
 Solano López planejou a ação que levaria à Batalha Naval do Riachuelo.
o Plano: surpreender os navios brasileiros fundeados, abordá-los e, após a vitória, rebocá-los para
Humaitá.
o Assentaram canhões nas barrancas da Ponta de Santa Catalina, que fica imediatamente antes
da foz do Riachuelo, e reforçar com tropas de infantaria o Rincão de Lagraña.
O canal navegável era estreito e tortuoso, com risco de
encalhe em bancos submersos, o que forçava as
embarcações a passarem próximo à margem esquerda.
Na noite de 10 para 11 de junho de 1865, a Força Naval brasileira comandada por Barroso,
constituída pela Fragata Amazonas e mais 8 Vapores, estava a fundeada ao sul da Cidade de
Corrientes, próximo à margem direita. E assim avistaram os Paraguaios chegando.
A batalha começou Às 09:25h da manhã. O ataque liderado por Barroso com a Fragata Amazonas
foi finalizado às 12:10h, concluindo a primeira fase da batalha. Mas o resultado ainda era
insatisfatório: O Belmonte estava fora de ação, o Jequitinhonha estava encalhado e o Parnaíba
sendo abordado e dominado pelo inimigo.
Embora a Fragata Amazonas, capitânia brasileira, de propulsão mista a roda, não dispusesse de
aríete, o almirante brasileiro adotou a tática de abalroar os navios paraguaios, e decidiu a
@nutri.passei l Por Leilane Leal
68
sorte da batalha, ao afundar dessa forma três dos navios paraguaios e uma das chatas.
Barroso venceu a batalha usando da vantagem do porte da Amazonas e contando com a perícia de
um prático argentino que tinha a bordo.
Antes do pôr-do-sol de 11 de junho, a vitória era brasileira.
A Esquadra paraguaia foi praticamente aniquilada. Estava garantido o bloqueio que impediria que
o Paraguai recebesse armamentos e, até mesmo, os navios encouraçados encomendados no
exterior.
Apesar da esmagadora vitória brasileira em Riachuelo, a Esquadra não pôde prosseguir rio acima
porque, antes do conflito, os paraguaios haviam feito construir modernas fortalezas, entre as quais
Humaitá.
Conclusão da Batalha: Evidência de que o Brasil necessitava de navios encouraçados para o
prosseguimento das ações de guerra.
NAVIOS ENCOURAÇADOS E A INVASÃO DO PARAGUAI
Os navios encouraçados começaram a chegar à frente de combate em dezembro de 1865. O
Encouraçado Brasil, encomendado após a Questão Christie na França, foi o primeiro que chegou a
Corrientes em dezembro de 1865.
No Arsenal de Marinha da Corte, no Rio de Janeiro, iniciara-se a construção de outros navios
encouraçados.
Durante a guerra, foram incorporados à Armada brasileira 17 navios encouraçados.
Brasil resolveu invadir Paraguai:
A ofensiva aliada para a invasão do Paraguai necessitava de apoio naval.
Passo da Pátria foi uma operação conjunta de forças navais e terrestres.
 Marinha: fazer os levantamentos hidrográficos, combater as chatas paraguaias e bombardear
o Forte de Itapiru e o acampamento inimigo.
Em março de 1866, já estavam disponíveis nove navios encouraçados, inclusive três construídos no
Brasil: Tamandaré, Barroso e Rio de Janeiro.
Houve, depois, perfeita cooperação entre as forças, na grande operação de desembarque que
ocorreu em 16 de abril de 1866.
Enquanto parte da Força Naval bombardeava a margem direita do Rio Paraná, de modo a atrair a
atenção do inimigo, os transportes avançaram e entraram no Rio Paraguai.
Fortes Curuzu e Curupaiti
Curuzu:
General Manoel Marques de Souza, o Barão de Porto Alegre, desembarcou na margem
esquerda para atacar Curuzu e, no dia seguinte, os navios começaram a bombardear a
fortificação.
Curuzu foi conquistada pelo Barão de Porto Alegre, apoiado pelo fogo naval, em 3 de
setembro.
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69
Curupaiti:
O Presidente argentino, General Bartolomeu Mitre, comandante das Forças da Tríplice
Aliança, assumiu pessoalmente o comando da operação. Apesar do intenso bombardeio
naval, o ataque aliado, ocorrido em 22 de setembro, levou à maior derrota da Tríplice
Aliança nessa guerra.
Caxias e Inhaúma
O Marquês de Caxias, General Luís Alves de Lima e Silva, empregou a Força Naval de Inhaúma, para
apoiar sua ofensiva ao longo do Rio Paraguai, até a ocupação da cidade de Assunção; bombardeando
fortificações; fazendo reconhecimentos pelo rio; transportando tropas de uma margem para a
outra, para contornar o flanco inimigo; e fazendo o apoio logístico necessário.
Passagem de Curupaiti
A Força Naval bombardeava diariamente Curupaiti, tentando diminuir seu poder de fogo e abalar o
moral dos defensores.
Joaquim Ignácio comandou a Passagem de Curupaiti, enfrentando o fogo das baterias de terra e
obstáculos no rio. Pelo feito, recebeu, logo depois, o título de Barão de Inhaúma.
Para apoiar o material das forças em combate, construíra-se um arsenal em Cerrito, próximo à
confluência dos Rios Paraguai e Paraná. Graças a ele, foi possível fazer essa estrada de ferro.
Marquês de Caxias ocupou Tayi, no Rio Paraguai, acima de Humaitá, que serviria depois para apoiar
os navios.
Passagem de Humaitá
Na madrugada de 19 de fevereiro de 1868, iniciou-se a Passagem de Humaitá.
A passagem foi forçada pelos navios encouraçados (ironclad) Barroso, Bahia e Tamandaré, cada um
levando a contrabordo, por bombordo, um monitor couraçado, respectivamente, o Rio Grande, o
Alagoas e o Para; as consequências da rendição da fortaleza de Humaitá pouco depois, em julho,
foram quase imediatas.
Após a passagem, três dos seis navios tiveram que ser encalhados, para não afundarem devido às
avarias sofridas no percurso.
Estava, no entanto, vencida Humaitá, que aos poucos seria desguarnecida pelos paraguaios.
O recuo das forças paraguaias
Na madrugada de 3 de março de 1868, López se retirou de Humaitá com cerca de 12 mil homens.
O avanço aliado e a Dezembrada
Superado o obstáculo de Humaitá, Caxias pôde avançar para o norte  alcançou Palmas e iniciou
seus planos para atacar a nova posição do inimigo, em Piquissiri.
Piquissiri:
 Operação em que a Força Naval exerceu um papel relevante.
 Foi construída uma estrada pelos pântanos do Chaco, ultrapassando diversos cursos d’água,
para que as tropas, que cruzaram o rio nos navios, avançassem pela margem direita até um ponto
em que podiam embarcar novamente, para serem transportadas para a margem esquerda, acima
das posições inimigas.
O ataque de Caxias para o Sul é conhecido como a Dezembrada.
Ocorreu uma sucessão de combates terrestres, dos quais se destacam Itororó, Avaí e Lomas
Valentinas. Ao final, as forças paraguaias estavam derrotadas e López fugiu.
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A ocupação de Assunção e a fase final da guerra
Como não havia mais obstáculos até Assunção, ela foi ocupada pelos aliados e a Força Naval fundeou
em frente à cidade, em janeiro de 1869.
Ficaram no Paraguai os navios de MENOR CALADO, mais úteis para atuar nos afluentes.
Em 1870, o Paraguai estava derrotado e seu povo dizimado.
A Guerra foi muito importante para a consolidação dos Estados Nacionais na região do Rio da Prata.
Foi durante o conflito que a unidade da Argentina se consolidou.
Para o Brasil, foi um grande desafio que mobilizou o País e uniu sua população.
Já caiu em prova!
Prova SMV 2020
Durante a Guerra da Tríplice Aliança contra o governo do Paraguai, os meios navais do Brasil, para
avançar ao longo do Rio Paraguai, tiveram que vencer diversas passagens fortificadas, destacandose entre elas:
(A) Cuevas, Curupaiti e Corrientes.
(B) Riachuelo, Curuzu e Araquari.
(C) Araquari, Corrientes e Humaitá.
(D) Curuzu, Mercedes e Cuevas.
(E) Curupaiti;, Humaitá e Curuzu.
Gabarito: E
Prova SMV 2017
O dia 11 de junho é considerado a Data Magna da Marinha, pois marcou, em 1865, uma vitória
decisiva da Força Naval brasileira na Guerra da Tríplice Aliança contra o Governo do Paraguai. "O
Brasil espera que cada um cumpra o seu dever" e "Sustentar o fogo que a vitória é nossa" foram os
dois sinais de Barroso, Chefe de Divisão, no comando das duas divisões navais brasileiras no Conflito.
Essas informações se referem a que Batalha?
(A) Tomada da Fortaleza de Curuzu.
(B) Guerra Cisplatina.
(C) Batalha Naval do Riachuelo.
(D) Batalha do Forte de Humaitá.
(E) Dezembrada.
Gabarito: C
Comentários: Apenas em dizer, no ínicio da quetão, que se trata da Data Magna da Marinha, já se
sabe que o assunto é sobre a Batalha Naval do Riachuelo, como está bem evidenciado no material.
Apesar de não conter as falas de Barroso, todas as informações pertinentes à batalha estão
relatadas no texto. Resposta é a letra C.
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71
A MARINHA NA REPÚBLICA
Antecedentes
Primeira Revolução Industrial: invenção da máquina a vapor.
Segunda Revolução Industrial: a eletricidade foi o mecanismo que revolucionou os meios de
produção, além do aumento da disponibilidade de ferro e aço.
1914: vigorava a Paz Armada  todas as nações procuravam se armar para inibir o adversário de
atacá-las. Duas grandes alianças político-militares predominavam:
 Tríplice Aliança: Império AustroHúngaro, Itália e Alemanha
 Tríplice Entente: França, Inglaterra e Rússia.
De 1914 até o seu final, a guerra assumiu seu lado mais cruel.
Milhões de vidas foram ceifadas na chamada GUERRA DE TRINCHEIRAS, quando as tropas limitavamse a defender determinadas posições estratégicas.
Em 1917, os Estados Unidos da América (EUA) entraram no conflito. No mesmo ano, eclodiu a
revolução socialista na Rússia e seus dirigentes assinaram com a Alemanha o Tratado de BrestLitovsky, se retirando da guerra.
Brasil:
 Entrou na guerra em 1917, quando a campanha submarina alemã atingiu seus navios
mercantes, afundados em razão do bloqueio alemão a Grã-Bretanha.
 O Brasil enviou então uma Divisão Naval para operar com a Marinha britânica entre Dakar e
Gibraltar em 1918.
A Alemanha, depois de uma fracassada ofensiva no teatro de operação ocidental, se viu exausta
com as perdas sofridas, vindo a assinar o Armistício com os aliados no mês de novembro de 1918.
O preparo do Brasil
Inicialmente o objetivo era se manter neutro. A neutralidade foi a marca brasileira nos três primeiros
anos de guerra, mesmo quando Portugal foi a ela arrastada em março de 1916.
Brasil dependia do mar para escoar a produção de CAFÉ PARA A EUROPA E OS ESTADOS UNIDOS,
nossos principais compradores. Ademais, importávamos muitos produtos da Inglaterra.
Ponto crucial: afundamento do Navio Mercante Paraná ao largo de Barfleur, na França, apesar de
ostentar a palavra Brasil pintada no costado e a Bandeira Nacional içada no mastro.
Seguiu-se então o rompimento das relações diplomáticas com o governo alemão em 11 de abril de
1917.
No mês de maio, o segundo navio brasileiro, o Tijuca, foi torpedeado nas proximidades de Brest na
costa francesa. Seis dias depois seguiu-se o Mercante Lapa.
 Esses três ataques levaram o Presidente Wenceslau Braz a decretar o arresto de 45 navios dos
impérios centrais aportados no Brasil e a revogação da neutralidade.
Brasil repassou 30 navios por afretamento para a França.
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72
Vapor Tupi (navio brasileiro) foi atacado e afundado nas mediações do Cabo Finisterra; o
Comandante e o despenseiro foram aprisionados por um submarino alemão e nunca mais se teve
notícia de seus destinos.
Brasil declara guerra contra o Império Alemão: 26 de outubro de 1917
Grande vulnerabilidade estratégica: Não existiam estradas ligando o Sul e Sudeste com o Norte e
Nordeste. Todas as comunicações entre essas regiões eram feitas por mar.
Papel importante da Marinha Mercante: modesta mas bem aparelhada.
Nossa Marinha de Guerra era centrada na chamada Esquadra de 1910, com navios relativamente
novos construídos na Inglaterra sob o Plano de Construção Naval do Almirante Alexandrino Faria de
Alencar, Ministro da Marinha.
Eram ao todo dois encouraçados tipo dreadnought, o Minas Gerais e o São Paulo, dois cruzadores
tipo scouts, o Rio Grande do Sul e o Bahia, que viria a ser perdido tragicamente na Segunda Guerra
Mundial, e dez contratorpedeiros de pequenas dimensões. Esses meios eram todos movidos a
vapor, queimando carvão.
Contribuição significativa: designação de 13 oficiais aviadores, sendo 12 da Marinha e um do
Exército para se aperfeiçoarem como pilotos de caça da RAF no teatro europeu.
Principal porto do país: Rio de Janeiro  centro econômico e político mais importante. Instituiuse uma linha de minas submarinas cobrindo 600 metros entre as Fortalezas da Laje e Santa Cruz.
Duas ilhas oceânicas preocupavam as autoridades navais devido a possibilidade de serem utilizadas
como pontos de refúgio de navios inimigos:
 TRINDADE: ocupada militarmente em maio de 1916 com um grupo de cerca de 50 militares.
Uma estação radiotelegráfica mantinha as comunicações com o continente e freqüentemente
Trindade era visitada por navios de guerra para o seu reabastecimento.
 FERNANDO DE NORONHA: Lá existia um presídio do Estado de Pernambuco. A Marinha, então,
passou a assumir a defesa dessa ilha, destacando um grupo de militares para guarnecê-la. Não
houve nenhuma tentativa de ocupação por parte dos alemães.
Desde o início do conflito, a participação da Marinha no confronto baseou-se no patrulhamento
marítimo do litoral brasileiro com três divisões navais: portos de Belém, Rio de Janeiro e São
Francisco do Sul. Esse serviço tinha por finalidade colocar a navegação nacional, a aliada e a neutra
ao abrigo de possíveis ataques de navios alemães de qualquer natureza nas nossas águas.
Divisão Naval em Operações de Guerra  DNOG
Governo de Wenceslau Braz: enviou uma divisão naval para operar sob as ordens da Marinha
britânica.
@nutri.passei l Por Leilane Leal
73
Navios do Brasil estavam relativamente obsoletos devido aos avanços tecnológicos da própria
guerra.
Brasil ia lutar contra Alemanha.

Alemanha: possuía uma frota muito agressiva e motivada  Preferiu a guerra submarina,
que mostrou-se muito mais eficiente.
Marinha brasileira: era dependente de suprimentos vindos do exterior. Não existiam estaleiros
capacitados, nem fábricas de munição e estoques logísticos adequados.
Divisão Naval em Operações de Guerra (DNOG):
• Dificultada por limitações que não eram só da Marinha, mas também do Brasil.
• Participação do contra-almirante Pedro Max Fernando de Frontin.
• Principal tarefa: patrulhar uma área marítima contra os submarinos alemães, compreendida
entre Dakar no Senegal e Gibraltar, na entrada do Mediterrâneo, com subordinação ao
Almirantado inglês.
Combustível: Dava-se preferência a um tipo de carvão proveniente da Inglaterra, o tipo cardiff ou
dos Estados Unidos da América. O carvão nacional, por possuir grande quantidade de enxofre, era
contra-indicado.
 Travessia Fernando de Noronha–Freetown: faina de transferência de carvão em alto mar. Esses
recebimentos aconteciam em quaisquer condições de tempo e de mar e obrigavam a atracação dos
navios ao Cruzador Auxiliar Belmonte e a utilização do Rebocador Laurindo Pitta para auxílio nas
aproximações. Foram manobras perigosas que demandaram muita capacidade marinheira dos
tripulantes.
Durante a viagem até Dakar (Africa), Brasil enfrentou a GRIPE ESPANHOLA.
Dos navios atingidos pelas doenças, o mais afetado foi o Cruzador-Auxiliar Belmonte que, entre
seus 364 tripulantes, contaram-se 154 doentes.
Em 3 de novembro, a DNOG largou de Dakar em direção a Gibraltar. Chegando lá, o Armistício foi
assinado, dando a Grande Guerra como terminada.
Por cerca de seis meses nossos navios permaneceram em águas européias participando das
comemorações pela vitória, e visitando países que tomaram parte naquele grande conflito.
A vitória dos aliados seria confirmada em Paris, em 28 de junho de 1919, quando se reuniram os
representantes de 32 países e assinaram o Tratado de Versalhes, que foi imposto à Alemanha
derrotada.
@nutri.passei l Por Leilane Leal
74
O período entre guerras, que abarcou os anos de 1918 até 1939, caracterizou-se pelo abandono a
que foi submetida não só a Marinha de Guerra como praticamente toda a atividade nacional
relacionada com o mar.
 Criação da Escola Naval de Guerra (depois Escola de Guerra Naval)
 Criação da Flotilha dos Submarinos, com os três pequenos submarinos da Classe F
 Criação da Escola de Aviação Naval.
O programa naval estabelecido em 1932 criou uma Força Naval modesta, um pouco melhor
equilibrada, dentro das possibilidades financeiras e técnicas do País.
Em 1935, foi iniciada uma grande reforma no Encouraçado Minas Gerais, que constou da
substituição de suas caldeiras e do aumento do alcance de seus canhões de 305 mm.
No início da Segunda Guerra Mundial, em 1939, na Europa, o Brasil contava com praticamente os
mesmos navios da Primeira Guerra Mundial.
Antecedentes
Alemanha foi a grande derrotada na Primeira Guerra Mundial.
Medidas impostas pelo Tratado de Versalhes: restituir a Alsácia e a Lorena à França, ceder as minas
de carvão, suas colônias, submarinos e navios mercantes; pagar aos vencedores uma indenização
em dinheiro, ficando proibida de possuir Força Aérea e de fabricar alguns tipos de armas; proibição
de possuir um Exército superior a 100 mil homens.
 Prejudicou a economia e o povo.
 Muitas dessas restrições, sob o comando de Hitler, começaram a ser ignoradas.
Em agosto de 1939, a Alemanha e a União Soviética firmaram entre si um PACTO DE NÃO
AGRESSÃO, que estabelecia, secretamente, a partilha do território polonês entre as duas nações.
Hitler invadiu a Polônia e deu início à Segunda Guerra Mundial.
Início das hostilidades e ataques aos nossos navios mercantes
Marinha Mercante brasileira: pequena e composta de navios antiquados, mas exercia papel
fundamental na economia nacional, não só no transporte das exportações brasileiras, mas também
na navegação de cabotagem que mantinha o fluxo comercial entre as economias regionais, isoladas
pela deficiência das nossas redes rodoviárias e ferroviárias.
 No decorrer da guerra, foram perdidos por ação dos submarinos alemães e italianos 33 navios
mercantes.
Os primeiros ataques à nossa Marinha Mercante ocorreram quando o Brasil ainda se mantinha
neutro no conflito europeu. Alemanha foi a responsável pelos ataques.
Seguiu-se com diversos torpedeamentos a navios brasileiros.
@nutri.passei l Por Leilane Leal
75
Entrada dos EUA na guerra dificultou a vida dos países neutros até então.
Em 28 de janeiro de 1942, o Brasil rompeu relações diplomáticas com os países que compunham o
Eixo e assinou um ACORDO-MILITAR COM OS EUA em maio de 1942.
 Deslocamento da Força-Tarefa 3 da Marinha norte-americana para o Brasil, tendo o governo
Vargas colocado os portos de Recife, Salvador e, posteriormente, Natal à disposição das forças
norte-americanas.
Alemanha resolveu atacar os portos brasileiros: A ação de cinco dias do submarino alemão U-507
levou a pique seis embarcações dedicadas às linhas de cabotagem, vitimando 607 pessoas.
 Motivo: não queria que o Brasil, apesar de ser ainda neutro na Segunda Guerra
Mundial, continuasse a fornecer matérias-primas para seus inimigos.
Governo brasileiro então declarou o ESTADO DE BELIGERÂNCIA.
A Lei de Empréstimo e Arrendamento e modernizações de nossos meios e defesa ativa da costa
brasileira
A Lei de Empréstimo e Arrendamento – Lend Lease – com os Estados Unidos permitia, sem
operações financeiras imediatas, o fornecimento dos materiais necessários ao esforço de guerra dos
países aliados. Ela foi assinada a 11de março de 1941.

Benefícios para o Brasil: crédito de 200 milhões de dólares, o qual, por ordem do presidente
da República, coube ao Exército 100 milhões e à Marinha e à Força Aérea 50 milhões cada.
o
Da cota destinada à Marinha, um total de 2 milhões de dólares foi despendido com o
armamento dos navios mercantes.
Providências de caráter administrativo:
Foram instalados os Comandos Navais, criados pelo Decreto no 10.359, de 31 de agosto de 1942,
com o propósito de prover uma defesa mais eficaz da nossa fronteira marítima.
Comando Naval do
Norte
• Sede em Belém
• Acre
• Amazonas
• Pará
• Maranhão
• Piauí.
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Comando Naval do
Nordeste
• Sede em Recife
• Ceará
• Rio Grande do Norte
• Paraíba
• Pernambuco
• Alagoas
Comando Naval do
Leste
• Sede em Salvador
• Sergipe
• Bahia
• Espírito Santo.
76
Comando Naval do
Centro
• Sede no Rio de Janeiro
• Rio de Janeiro
• São Paulo
Comando Naval do Sul
• Sede em Florianópolis
• Paraná
• Santa Catarina
• Rio Grande do Sul
Comando Naval do
Mato Grosso
• Sede em Ladário
• Bacias fluviais de
Mato Grosso e Alto
Paraná
Defesas Locais
 A ação do Estado-Maior da Armada estendeu-se ao serviço de carga e descarga dos navios
mercantes nos portos, tendo, para esse fim, coordenado sua ação com a do Ministério da
Viação e Obras Públicas e com a Comissão de Marinha Mercante.
 Preocupou-se com as luzes das praias e edifícios próximos aos portos, ou em regiões que
pudessem silhuetar os navios no mar, alvos dos submarinos inimigos.
Defesa Ativa
Importância dos navios corsários: fator surpresa nos portos, para danificarem suas instalações ou
amedrontarem suas populações.
 Com o advento do submarino, o perigo tornou-se maior, com a possibilidade de
torpedeamento de navios surtos nos portos.
Defesa ativa: atuava em pontos focais da costa, com a finalidade de repelir qualquer ataque aéreo
ou naval inimigo, por meio de ações coordenadas da Marinha de Guerra, do Exército e da
Aeronáutica.
Medidas tomadas:
Instalação de uma rede de aço protetora no alinhamento Boa Viagem – Villegagnon e coordenação
do serviço de defesa do porto com as fortalezas da barra  fiscalizada por lanchas velozes, e a sua
entrada aberta e fechada por rebocadores.
Com o tempo manteve-se apenas a vigilância interna, a cargo de um rebocador portuário.
Em julho de 1943, teve início o serviço de varredura de minas do canal da barra, realizada pelo USS
Flincker, substituído mais tarde pelo USS Linnet  retrato do auxílio direto norte-americano ao
nosso plano de defesa local.
Encouraçado São Paulo: amarrado no interior do arrecife, provia a defesa da artilharia e
supervisionava a rede antitorpédica.
A varredura de minas era feita por navios mineiros varredores norte-americanos.
Estava estacionado no Recife um grupo de especialistas em desativação de minas.
As minas encontradas à deriva eram destruídas pelos navios de patrulha com tiros de canhão.
@nutri.passei l Por Leilane Leal
77
A defesa principal do porto cabia ao Encouraçado Minas Gerais.
Aparelhos de radiogoniometria de alta freqüência cruzavam as marcações com equipamentos
semelhantes no Recife, a fim de localizar submarinos.
Os serviços de proteção do porto estavam a cargo do Comando da Base Naval de Natal.
Também eram acionadas unidades do Exército (que mantinham baterias na barra) e da Força
Aérea Brasileira.
A proteção do porto ficou entregue ao Exército, havendo a Marinha cedido alguns canhões navais
de 120 mm para artilhar a barra.
A defesa do Arquipélago de Fernando de Noronha, situado em ponto focal no Atlântico, ficou
entregue ao Exército, que o artilhou fortemente, levando contingentes em comboios escoltados por
navios da Marinha.
A Força Naval do Nordeste
Marinha do Brasil na Segunda Guerra Mundial: Missão  patrulhar o Atlântico Sul e proteger os
comboios de navios mercantes que trafegavam entre o Mar do Caribe e o nosso litoral sul contra a
ação dos submarinos e navios corsários germânicos e italianos.
Força Naval do Nordeste, criada pelo Aviso n o 1.661, de 5 de outubro de 1942: parte de um rápido
e intenso processo de reorganização das nossas forças navais para adequar-se à situação de conflito.
 Comando: Capitão-de-Mar-e-Guerra Alfredo Carlos Soares Dutra
 Navios: Cruzadores Bahia e Rio Grande do Sul, Navios Mineiros Carioca, Caravelas, Camaquã
e Cabedelo (posteriormente reclassificados como corvetas) e os CaçaSubmarinos Guaporé e
Gurupi.
As perdas brasileiras na guerra marítima somaram 31 navios mercantes e três navios de guerra,
tendo a Marinha do Brasil perdido 486 homens.
A primeira perda da Marinha de Guerra foi a do Navio Auxiliar Vital de Oliveira, torpedeado por
submarino alemão pelo través do Farol de São Tomé, em 19 de julho de 1944.
Pior desastre durante a Segunda Guerra Mundial: perda do Cruzador Bahia, no dia 4 de julho de
1945. Essa tragédia foi exacerbada pelo conhecimento dos terríveis sofrimentos dos náufragos,
abandonados no mar durante muitos dias, por incompreensível falha de comunicações.
Relacionamento Brasil– Estados Unidos: integração operacional entre as duas Marinhas.
 Foram aperfeiçoados procedimentos comuns e táticas eficazes na luta anti-submarino.
Em 7 de novembro de 1945, concluída a sua missão, a Força Naval do Nordeste regressou ao Rio de
Janeiro em seu último cruzeiro, tendo contribuido para a livre circulação nas linhas de
@nutri.passei l Por Leilane Leal
78
navegação do Atlântico Sul.
O navio de guerra que mais tempo passou no mar foi o Caça-Submarinos Guaporé, num total de
427 dias de mar, em pouco mais de três anos de operação, o que perfez uma média anual de 142
dias de mar.
O navio que participou no maior número de comboios foi a Corveta Caravelas , com 77
participações.
Resultado da guerra para o Brasil:
 Maior capacidade para controlar áreas marítimas e maior poder dissuasório.
 Fruto do auxílio norte-americano.
 Mudança de mentalidade na Marinha: assimilação de novas técnicas de combate e a
incorporação de meios modernos para as forças navais.
 Profissionalização da nossa Marinha.
 Oportunidade de a Marinha “sentir o odor do combate”, participar de ações de guerra e adquirir
experiências da refrega, das adversidades, do medo e da dor com a perda de navios e companheiros.
 Fundamental para forjar os futuros almirantes, oficiais e praças da Marinha.
 Percepção de que a logística ocupa lugar de importância na manutenção de uma força
combatente operando eficientemente.
 Aproximação com os norte-americanos.
 Essa associação nos alinhou diretamente com suas doutrinas e com uma exacerbada ênfase
na guerra anti-submarino.
Já caiu em prova!
Prova SMV 2020
Em relação à preparação do Brasil para a 1º Guerra Mundial, a nossa Marinha de Guerra era
centrada na chamada esquadra de 1910, sob o plano de construção do Almirante Alexandrino Faria
de Alencar, Ministro da Marinha. Qual é o nome dos dois cruzadores tipo Scouis que compunham
essa Esquadra?
(A) Minas Gerais e São Paulo.
(B) Pará e Pernambuco.
(C) Rio Grande do Sul e Bahia.
(D) Santa Catarina e Sergipe.
(E) Rio Grande do Norte e Piauí.
Gabarito: C
Comentários: Os encouraçados eram o Minas Gerais e o São Paulo e os dois cruzadores tipo scouts
eram o Rio Grande do Sul e o Bahia. Letra C.
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79
Prova SMV 2016
Qual das missões abaixo representou a principal atuação da Marinha do Brasil durante a Segunda
Guerra Mundial?
(A) Patrulhar a área compreendida entre Dakar-São Vicente-Gibraltar na costa da África.
(B) Realizar o bloqueio naval no Rio da Prata.
(C) Transportar tropas para a Europa e realizar operações anfíbias de desembarque na França
ocupada.
(D) Enfrentar os encouraçados alemães no Atlântico Sul, dentre os quais pode ser citado o
Encouraçado Graf Spee.
(E) Patrulhar o Atlântico Sul e escoltar os comboios de navios mercantes que trafegavam entre o
Mar do Caribe e o litoral sul do Brasil.
Gabarito: E
Comentários: Transcrição do material: Marinha do Brasil na Segunda Guerra Mundial: Missão 
patrulhar o Atlântico Sul e proteger os comboios de navios mercantes que trafegavam entre o Mar
do Caribe e o nosso litoral sul contra a ação dos submarinos e navios corsários germânicos e
italianos. Correta é a letra E.
@nutri.passei l Por Leilane Leal
80
O Emprego Permanente do Poder Naval
Origem do nosso Poder Naval:
Poder Naval
Português
Poder Naval
LusoEspanhol
Pode Naval
Brasileiro
Emprego político do Poder Naval: Dos componentes do Poder Militar, o Poder Naval pode ser
empregado para exercer persuasão armada, em tempo de paz.
Os tipos de persuasão naval, específicos do emprego do Poder Naval em tempo de paz, classificados
quanto aos modos em que os efeitos políticos se manifestam são:
Sustentação
A persuasão se manifesta
em termos de se sentir
apoiado ou contrariado
em suas intenções.
Dissuasão
Os aliados se sentem
apoiados e quem é hostil
se sente inibido de agir,
portanto, dissuadido.
Positiva/Compelente
Quando a uma ação já
iniciada é forçada uma
determinada linha de
ação, modificando-a.
Negativa/Deterrente
Quando inibe uma
determinada atitude,
impedindo que seja
tomada, fazendo o
oponente desistir.
Coerção
No passado, muitas vezes as nações detentoras de Poder Naval utilizaram seus navios de guerra e
forças navais com o propósito de sustentação ou de dissuasão.
A percepção do Poder Naval
Depende das capacidades que são visíveis ao observador.
Enquanto numa guerra preponderam as qualidades reais dos meios empregados, que decidem os
resultados das ações militares, em situação de paz ou conflitos de natureza limitada, as ameaças
são medidas em termos de previsões e comparações.
Os países desenvolvidos têm, em geral, maior capacidade para avaliar as verdadeiras ameaças
resultantes do Poder Militar, inclusive do Poder Naval.
O prestígio de uma Marinha sempre foi um dos atributos mais importantes para a percepção do Poder
Naval. O prestígio está principalmente baseado nas capacidades “visíveis” e pode levar à necessidade de
demonstrar permanente superioridade.
@nutri.passei l Por Leilane Leal
81
As visitas a portos estrangeiros, para reabastecimento, descanso das tripulações, ou mesmo,
específicas de boa vontade, no que se denomina “mostrar a bandeira”, podem transmitir a imagem
do prestígio da Marinha.
O emprego permanente do Poder Naval
A teoria do emprego político do Poder Naval mostra a possibilidade do uso permanente das forças
navais em tempo de paz, em apoio aos interesses de uma nação.
Táticas de persuasão naval:
 Demonstração permanente do Poder Naval;
 Posicionamentos operativos específicos;
 Auxílio naval; · visitas operativas a portos; e
 Visitas específicas de boa vontade.
O auxílio naval inclui a instalação de missões navais, o fornecimento de navios e o apoio de
manutenção.
Emprego do Poder Naval:
– as operações com Marinhas aliadas, como a Operação Unitas, com a Marinha dos Estados Unidos
e de países sul-americanos; a Operação Fraterno, com a Armada da República Argentina; e muitas
outras;
– a participação em diversas missões de paz, transportando as tropas ou através de seus fuzileiros
navais, como em São Domingos, Angola, Moçambique, Nicarágua e Haiti;
– as viagens de instrução do navio-escola e as visitas a portos estrangeiros, “mostrando a bandeira”;
- apoio que a Marinha do Brasil presta a outras Marinhas aliadas, na América do Sul e no continente
africano.
Já caiu em prova!
Prova SMV 2020
Os tipos de persuasão naval, específicos do emprego do Poder Naval em tempo de paz, são
classificados quanto aos modos em que os efeitos políticos se manifestam. Assim qual o tipo de
persuasão pode ser positiva ou compelente, quando uma ação já iniciada é forçada a uma
determinada linha de ação, modificando-a (negativa ou deterrente) quando inibe uma determinada
atitude, impedindo-a de ser tomada?
(A) Poder Militar.
(B) Dissuasão.
(C) Sustentação.
(D) Coerção.
(E) Percepção.
Gabarito: D
Comentários: Aquele tipo de persuasão que faz o oponente desistir da ação, inibindo-o, é a coerção.
Letra D.
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82
A EVOLUÇÃO TECNOLÓGICA NO SETOR NAVAL NA
SEGUNDA METADE NO SÉCULO XIX E AS
CONSEQUÊNCIAS PARA A MARINHA DO BRASIL
TRECHOS IMPORTANTES DO DOCUMENTO:
A Proclamação da República tirou da Marinha poder político, situação que se agravou ainda mais
com a Revolta da Armada de 1893, e, sem poder político, a Marinha perdeu acesso às verbas para
a sua atualização e renovação.
Brasil não acompanhou a verdadeira revolução tecnológica que ocorreu no setor marítimo, na
segunda metade do século XIX.
 Apesar de seu poder de fogo, a Esquadra brasileira de 1870 era tecnologicamente
retardatária:
o A maioria dos navios, desenvolvidos para o cenário típico do Rio da Prata, eram
'"adequados para operar no mar (pequena borda livre);
o Embora alguns dispusessem de Propulsão a vapor, usavam ainda a roda em lugar do
hélice, com todas as desvantagens daí decorrentes;
o A grande maioria era de madeira, apenas poucos levavam couraça;
o Boa Parte da artilharia usada era de canhões de erro montados sobre carretas, atirando,
atraves de aberturas feitas no casco, projetis sólidos não-explosivos.
Com a evolução tecnológica, sua obsolescência foi, pois, muito rápida.
A propulsão mista: da roda ao hélice
As transformações resultantes do desenvolvimento tecnológico no setor naval ocorreram em todas
as áreas: na construção naval, na propulsão dos navios, nos seus equipamentos e, finalmente, nos
seus sistemas de a83rmas.
As Marinhas de todo o mundo, principalmente a da Inglaterra, opunham-se à construção de navios
de guerra a vapor, só aceitando este tipo de propulsão para as pequenas embarcações auxiliares,
como rebocadores, dragas, etc.
 As razões para isso eram várias: a precariedadee pouca confiabilidade das máquinas a
vapor existentes; a dependência ao fornecimento de carvão, nas viagens maiores, sendo
necessário instalar estações de reabastecimento de carvão ao longo da rotas dos navios; o
uso da roda - o único recurso então existente para impulsionar o navio - tornava os navios
extremamente vulneráveis ao fogo dos canhões inimigos, ainda que estes fossem bastantes
primitivos, e tirava o espaço destinado à própria artilharia, reduzindo o poder de fogodo
navio; umacerta hostilidade do pessoal do convés para com os maquinistas e foguistas,
homens rudes, sempre às voltas com óleos e graxas.
Embora as primeiras experiências com o hélice datassem de 1825, só em 1842 os franceses
alcançaram o primeiro navio com hélice, o Aviso Corse, com propulsão mista, que alcançou 12,4 nós
de velocidade.
Na América do Sul, em meados do século XIX, as tentativas argentinas para fazer reviver o Vice@nutri.passei l Por Leilane Leal
83
Reinado do Prata - a Argentina considerava-se herdeira da Espanha - e a forte oposição do Império
do Brasil a essa pretensão, mantinham vivas as tensões no sul do continente. E
 Brasil então procurou fortalecer o seu Poder Naval, não só construindo em estaleiros
nacionais alguns navios com propulsão mista e colocando encomendas no exterior
 Em 1848 é incorporado o primeiro navio de guerra a vapor, a Fragata Dom Afonso, a roda,
construída na Inglaterra.
No Brasil, o Arsenal da Corte construiu, em 1843, a primeira embarcação a vapor feita país, a Barca
Tetis, com deslocamento de 240 toneladas. Os motores e caldeiras foram importadas da Inglaterra.
Em 1857, é iniciada no Arsenal da Corte a construção da Corveta Niterói, até então o maior navio
de propulsão a vapor construído no Brasil; o navio seria dotado com canhões de alma raiada.
No Brasil, é lançada ao mar, no Arsenal da Corte, em 1873, a Corveta Trajano, que assinala o início
de um novo ciclo de construção naval no País.
No Arsenal da Corte, foram construídos dois cruzadores de propulsão mista, idênticos aos
construídos na década de 70; uma canhoneira a vapor [a Iniciadora] que foi o primeiro navio
construído no Brasil com casco de ferro; quatro canhoneiras a vapor com casco de aço.
Os cruzadores
Os cruzadores protegidos não dispunham de couraça lateral; suas partes vitais, situadas abaixo da
linha d'água do navio - praças de máquinas, de caldeiras e os paióis de munição - eram protegidas
por um convés de aço, com espessuras que iam desde 3á" até 6".
 Eram dotados de compartimentagem estanque e, como proteção adicional, suas carvoeiras
foram colocadas junto ao costado do navio.
Os cruzadores encouraçados dispunham de couraça lateral, o que lhes dava uma proteção superior
a dos protegidos.
 O primeiro destes navios apareceu em 1875, o Cruzador Encouraçado HMS Shannon. Eram
também chamados de encouraçados de 2ª classe.
A pólvora inicialmente usada como propelente era a pólvora negra, constituída de grãos pequenos,
e cuja principal característica é liberar toda a energia imediatamente após a ignição.
A pólvora de queima mais lenta, resultante da redução da quantidade de enxofre e aumento da de
salitre e carvão, é a pólvora marrom (ou chocolate); com o seu uso a velocidade inicial do projétil
passou de 1.600 pés/segundo para mais de 2.000.
Em 1887 é iniciada a construção do Cruzador Tamandaré, de 4.537 toneladas, até hoje o maior
navio de guerra construído no Brasil.
@nutri.passei l Por Leilane Leal
84
Brasil procurava compensar o seu atraso tecnológico tanto adquirindo navios no exterior [em 1852,
chega ao Brasil a Fragata de propulsão mista, a roda, Amazonas]; [em 1854, recebia da Inglaterra os
primeiros navios a hélice (quatro canhoneiras); em 1856, mais três:
 Construída no Brasil em 1854: Canhoneira Ipiranga - primeiro navio a hélice construído no
País (projeto de Napoleão Levei, executado no Arsenal da Corte; as máquinas e as caldeiras,
sob a supervisão de Carlos Braconnot, foram construídas também no Arsenal)
 A Ipiranga participou da Batalha Naval do Riachuelo.
O primeiro navio a receber um equipamento de radiotelefonia, que lhe permitia tanto transmitir
como receber, foi o USS New Hampshire, em 1915. 0 seu uso só generalizaria anos mais tarde.
Jerônimo de Albuquerque e o comando da força naval contra os franceses no Maranhão
Jerônimo de Albuquerque (1548-1618): Faleceu em 1593, deixando dezenas de filhos com índias e
com a portuguesa com quem se casou 25 anos depois de chegar ao Brasil, e que veio de Portugal
para ser sua esposa. Foi apelidado de “Adão Pernambucano”, por sua notável contribuição para a
elevada frequência do sobrenome Albuquerque no País.
Os portugueses, ao chegarem ao Brasil em pequenos grupos, precisavam se aliar a uma das tribos,
ganhando, como consequência, muitos inimigos. Isso tornou muito difícil o início da colonização,
trazendo certo insucesso de quase todas as capitanias hereditárias.
Desde as primeiras décadas do século XVI, os franceses se interessaram pelo Brasil, procurando
negociar os produtos da terra com os índios do litoral.
As diversas expedições que empreenderam permitiram o acúmulo de conhecimentos a respeito do
litoral brasileiro, inclusive da região entre o “Mearim e a foz do Amazonas”, que era praticamente
desconhecida pelos portugueses.
Relação com os franceses:
 Para desalojá-los, o capitão-mor de Pernambuco, Manuel Mascarenhas Homem, organizou
uma expedição, em 1597, e escolheu Jerônimo de Albuquerque, o mameluco, para
comandar uma das companhias de infantaria, por suas boas qualidades de líder guerreiro.
 Jerônimo era capaz de articular interesses portugueses com a cultura dos índios.
As vitórias sobre os franceses no Maranhão fizeram com que Jerônimo de Albuquerque fosse
reconhecido pelo reino como capitão-mor da conquista daquela capitania.
Jerônimo de Albuquerque obteve o auxílio de índios, antes um obstáculo à presença lusa na região
Norte, em favor da coroa.
O “brasileiro”, em uma ação pioneira, comandou uma força naval e teve participação relevante na
expulsão de invasores franceses.
A partir da aplicação do Poder Naval, foi capaz de assegurar aos portugueses o domínio do Norte do
futuro Brasil, permitindo que essa área fosse incorporada à atual configuração do Território
Brasileiro.
O mérito da conquista e da vitória “tão digna de memória” sobre os invasores fez com que Jerônimo
@nutri.passei l Por Leilane Leal
85
de Albuquerque acrescentasse em seu sobrenome “Maranhão”, vinculando sua própria identidade
à terra que, “a custa do seu sangue e fazendas”, defendeu.
Já caiu em prova!
Prova SMV 2020
Na segunda metade do Século XIX, o Brasil procurava compensar seu atraso tecnológico tanto
adquirindo navios no exterior como construindo no Brasil. Qual foi o primeiro navio a hélice
construído no país em 1854?
(A) Canhoneira Ipiranga.
(B) Fragata Amazonas.
(C) Corveta Niterói.
(D) Encouraçado Brasil.
(E) Monitor Parnaíba.
Gabarito: A
Comentário: Foi uma das poucas questões que cobrou um decoreba tão direto. Mas tem que estar
preparado para tudo. Canhoneira Ipiranga: Primeiro navio de guerra a hélice construído no Brasil
(Arsenal de Marinha da Corte). Projetado e construído por Napoleão Level.
@nutri.passei l Por Leilane Leal
86
EMBARCAÇÕES:
CARAVELA – navio de casco alto na popa e baixo na proa, de proa aberta ou coberta, arvorando de
1 a 4 mastros de velas bastardas e armado com até 10 peças de artilharia. 60 a 160 toneladas. Foram
usadas nos descobrimentos dos Séculos XV e XVI.
NAU – navio de porte relativamente grande, com acastelamentos à proa e popa, arvorando
geralmente com um só mastro com vela redonda. No século XVII, os naus aumentaram de tamanho,
tornando-se mais bojudas, com 3 mastros, e tinham até 3 ou 4 coberturas com 2 a 3 baterias de
canhões. Foi se modificando o seu velame. Eram dedifícil manejo.
NAVETA – nau pequena.
GALEÃO – embarcação de alto bordo, 2 ou 3 mastros envergando vela redonda e gorupes com velas
de proa. Transporte de ouro e prata. Armado com numerosos canhoes.
BERGANTIM – antiga embarcação à vela e remo, esguia e veloz, de convés corrido, com um ou dois
mastros de galé a 8 ou 10 bancos para remadores. Depois ficou navio a vela de 2 mastros, armado
com 10 a 20 peças de artilharia.
FRAGATA – embarcação menor que o bergantim, com popa menos elevada. Navio de guerra
semelhante à nau, menor e menos armado, porém mais veloz e de melhor manobra. Não tinha
castelo e sua mastreação era de galera. No século XIX houve fragatas mistas, a vela e a vapor.
BRIGUE – navio à vela, com 2 mastros espigando mastaréus e envergando pano redondo, com velas
de entrematro e gurupés e um latino quadrangular no mastro da mezena.
CORVETA – navio de guerra semelhante a nau, porém mais veloz, menor e mais armado que ela,
com 3 mastros, sem acastelamentos, armado apenas com uma bateria de canhões. Apareceu no fim
do século XVII para substituir a fragata e o brigue em missões de reconhecimento ofensivo.
Desempenhava funções de aviso e transporte.
ENCOURAÇADO – navio de combate desenvolvido no século XIX, armado de canhões de grosso
calibre, fortemente protegido por couraças nos pontos vitais, e por subdivisão interna do casco em
compartimentos estanques. Até a 2ª guerra, era o navio de combate mais poderoso, deslocando 30
a 50 mil toneladas, e destinado a constituir a espinha dorsal da linha de batalha, no combate entre
esquadras. Durante a 2ª guerra, os encouraçados foram empregados para canhonear fortificações
costeiras, nas operações anfíbias; depois cederam a primazia aos navios-aeródromos.
MONITOR – navio de combate, de calado reduzido, borda-livre muito pequena, armado com
canhões de médio ou grosso calibre, em geral instalados numa torre giratória na parte de vante e
na mediana, para emprego em operações fluviais ou de bombardeio de costa. A vela fora abolida
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e o casco do monitor era todo de ferro, bastante baixo, com uma borda livre de 40cm apenas.
CRUZADOR – navio de combate, de tamanho médio, grande velocidade, proteção moderada,
grande raio de ação, boa mobilidade e armamento de calibre médio e tiro rápido, destinado a
efetuar explorações, coberturas, escoltas de comboios de superfície, guerra de corso, bombardeios
de costa.
BRULOTE – embarcação carregada de matérias inflamáveis e explosivas destinadas a levar fogos aos
navios inimigos.
CONTRATORPEDEIROS – navio destinado a combater torpedeiras, dotado de maior velocidade do
que estas, e armado com canhões de médio calibre e tubos lançatorpedos. Era chamado de
destróier, caça-torpeiro.
TERMOS NÁUTICOS:
PLOTAGEM – inserção na carta (mapa) náutica da posição da embarcação.
NÓS – unidade de velocidade igual a uma milha marítima por hora (1M/h = 1,852 km/h).
FUNDEAR – lançar a âncora ao mar.
BATEL – pequeno barco usado nas naus e galeões.
GRUMETE – marinheiro que está iniciando a carreira.
PÉRIPLO – navegação à volta de um continente.
CAPITÂNIA – é o navio em que se encontra embarcado o comandante de uma Força Naval.
ARMADA – grupos de navios de guerra.PATACHO – antigo navio à vela de dois mastros.
INVESTIR À BARRA – entrar no rio pela sua foz.
ESQUADRILHA – parcela de navios da esquadra.
AMARRAS – corrente formada por elos que segura a âncora à embarcação.
TRAVÉS – lateral do navio.
RODA – bico de proa (parte avante do navio).
DERROTA – caminho percorrido ou a percorrer por uma embarcação no mar.
CONVESES – nome dado aos pavimentos de bordo.
TORPEDO – os primeiros torpedos surgiram no início do século XIX, sob a forma de uma carga
explosiva rudimentar, que deveria ser transportada por pequenas embarcações para ser colocada
sob o casco de um navio fundeado, onde explodiria com uma espoleta de tempo.
REBATE – ataques possivelmente falsos.
ARQUEAÇÃO – medida de capacidade dos espaços internos de uma embarcação, expressa em tone
ladas de arqueação (1 tonelada de arqueação = 100 f 3 = 2,832 m3).
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LONGO CURSO – navegação realizada em alto mar.
CABOTAGEM – navegação realiza da em águas costeiras de um só país.
ESCOTEIRO – navegação de um único navio.
APARELHO DE RA DIOGONIOMETRIA – equipamento utilizado para informar a direção de uma
comunicação eletromagnética (rádio).
CINTURA ESTREITA DO ATLÂNTICO – estreitamento do oceano Atlântico entre América do Sul e
continente africano.
MOBILIDADE, VERSATILIDADE DE TAREFAS, FLEXIBILIDADE TÁTICA, AUTONOMIA, CAPACIDADE
DE PROJEÇÃO DE PODER, ALCANCE GEOGRÁFICO – características fundamentais do Poder Naval.
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