Transistor de Efeito de Campo de Porta Isolada MOSFET - Revisão 1 ENG04055 – Concepção de CI Analógicos – Eric Fabris NMOS: estrutura física • • • NMOS → substrato tipo P Dispositivo simétrico Dispositivo de 4 terminais – Porta, Dreno, Fonte e Substrato (gate, drain, source e Bulk) Tipicamente: • L = 0,065 até 10 µm, • W = 0,1 atéo 100 µm • Espessura da camada de óxido (tox) é na faixa de 2 a 50 nm. ENG04055 – Concepção de CI Analógicos – Eric Fabris 1 Simbologia e terminais do MOSFET Símbolos MOS TERMINAIS G: porta (gate) S: fonte (source) D: dreno (drain) Símbolos PMOS B: substrato (bulk) ENG04055 – Concepção de CI Analógicos – Eric Fabris Funcionamento Sem potenciais aplicados (VGS = 0) •as regiões de dreno e fonte (tipo N) formam junções (diodos) com a região de substrato (tipo P) •envolvendo cada uma das junções surgem zonas de depleção (elétrons livres da região N atravessam a interface e preenchem as lacunas livres da região P, fazendo com que não sobrem cargas livres nessa região) •como a concentração de dopantes das regiões de dreno e fonte é muito maior que a do substrato, a região de depleção para dentro de dreno e fonte é muito pequena ENG04055 – Concepção de CI Analógicos – Eric Fabris 2 Funcionamento - depleção Pequeno potencial aplicado (VGS < Vt) •o potencial VGS aplicado entre porta e substrato atrai elétrons livres e afasta lacunas livres da interface óxido-substrato: surge uma região de depleção entre a interface e o substrato, ligando as regiões de depleção das junções ENG04055 – Concepção de CI Analógicos – Eric Fabris Funcionamento - inversão Aumento do potencial aplicado (VGS > Vt): condição de inversão •se o potencial VGS aumentar, a concentração de elétrons livres aumenta na interface óx-subs •quando a concentração de elétrons livres for maior que a de lacunas fixas (dopantes) ocorre a condição de INVERSÃO •em inversão há o surgimento de um “canal” de material tipo N induzido entre dreno e fonte •o valor de VGS em que ocorre a inversão é chamado de potencial de threshold (Vt) ENG04055 – Concepção de CI Analógicos – Eric Fabris 3 Polarização de MOSFETs • Regiões de operação: – Nível de inversão: tem relação com a densidade de carga de inversão (portadores) que é formada na superfície do substrato e que compõe o “canal” entre dreno e fonte. Esta carga é induzida devido ao efeito “capacitor MOS”, estando relacionada à polarização VGS (ou VGB). Divide-se em 3 níveis: fraca (WI), moderada e forte (SI). ENG04055 – Concepção de CI Analógicos – Eric Fabris Polarização de MOSFETs • Regiões de operação: – Condição de saturação: tem relação com a deformação do canal, provocada pela diferença de potencial aplicada entre dreno e fonte. Em SI, quando o potencial VDS for superior a VGS-VT, ocorre o estrangulamento do canal, o que provoca o aumento súbito da impedância entre dreno e fonte. Divide-se em 2 regiões: “linear” (ou ôhmica ou triodo) e saturação. ENG04055 – Concepção de CI Analógicos – Eric Fabris 4 Funcionamento – região ôhmica Operação do Canal Induzido na Região Ôhmica • vGS > Vt • vDS pequeno (vDS < vGS – Vt’ ) • Dispositivo funciona como um resistor controlado por vGS • A condutância do canal é proporcional a vGS – Vt’ • A corrente iD é proporcional a (vGS – Vt) vDS ENG04055 – Concepção de CI Analógicos – Eric Fabris Região ôhmica – iD x vDS Resistor linear controlado por vGS Condição: vDS deve ser mantido pequeno (vDS << vGS – Vt ) ENG04055 – Concepção de CI Analógicos – Eric Fabris 5 Região ôhmica – canal gradual Dependência de Rcanal em VDS • Aumentando vDS:o nível de inversão varia ao longo do canal, como resultado da diferença de potencial entre a posição no canal e o terminal de porta • O canal assume uma forma gradual. • A resistência do canal aumenta com o aumento de vDS. •o comportamento iD x vDS passa a ser não-linear (vGS é mantido constante em um valor tal que vGS – vDS > Vt )) ENG04055 – Concepção de CI Analógicos – Eric Fabris Região ôhmica – canal gradual Dependência de Rcanal em VDS ENG04055 – Concepção de CI Analógicos – Eric Fabris 6 Saturação do canal Saturação do canal: • Redução da condutividade local em função de vDS • Quando vDS = vGS – Vt, o canal “descola-se” do dreno (pinch-off) • Aumento vDS acima de vGS – Vt tem pouco efeito na forma do canal (corrente passa a ser independente de vGS ) ENG04055 – Concepção de CI Analógicos – Eric Fabris Saturação - iD x vDS Curva completa iD x vDS : saturação do canal vGS > Vt ENG04055 – Concepção de CI Analógicos – Eric Fabris 7 Polarização de MOSFETs MOS: comportamento iD x vDS SI: WI: ENG04055 – Concepção de CI Analógicos – Eric Fabris Polarização de MOSFETs MOS: iD x vGS em saturação e inversão fraca (WI) Saturação: VDS ≥ 4φt φt = kT / q V W I D = I D 0 exp GS L nφt Id [A] SI n ≅ 1,1 → 1,6; (tip.1,3) Vsub= 0 V Vsub= -2,5 V Vsub= -5 V WI Vds= 2V Vgs [V] ENG04055 – Concepção de CI Analógicos – Eric Fabris 8 Polarização de MOSFETs MOS: iD x vGS erros nas aproximações de WI e SI ENG04055 – Concepção de CI Analógicos – Eric Fabris MOSFET Modelos 18 ENG04055 – Concepção de CI Analógicos – Eric Fabris 9 Modelagem de Dispositivos MOS Comportamento Físico versus Modelo Analítico : – o conhecimento do comportamento físico de um dispositivo é essencial no desenvolvimento de circuitos – modelo é uma representação matemática que se comporta de forma parcialmente análoga a um sistema físico real – o comportamento físico é relacionado ao modelo através de parâmetros elétricos extraídos experimentalmente – o projeto de circuitos eletrônicos depende do modelo dos dispositivos utilizados: • modelos simples (e imprecisos) para cálculo analítico (à mão) • modelos complexos (e precisos) para simulação elétrica ENG04055 – Concepção de CI Analógicos – Eric Fabris Modelagem de Dispositivos MOS O modelo de um dispositivo consiste de equações, circuitos equivalentes e parâmetros que representam seu comportamento elétrico. – Modelo de grandes sinais: • • • • Modelos não-lineares (dispositivos não-lineares) Modelos estáticos: comportamento DC Modelos dinâmicos: comportamento AC (Capacitâncias) Efeitos de segunda ordem: efeito de corpo, modulação do comprimento de canal, efeitos de canal curto, subthreshold... • Componentes parasitas externos: L, R e C. – Modelo de pequenos sinais: modelo linearizado (incremental) – Modelo de ruído – Efeito da temperatura (modelo térmico) – Outros... ENG04055 – Concepção de CI Analógicos – Eric Fabris 10 Modelo Analítico Simples NMOS: curva completa iD x vDS VDS < VGS − Vt Triodo: I D = kn' W L 1 2 (VGS − Vt )VDS − 2 VDS k’n (W/L) = 1.0 mA/V2. Saturação: VDS ≥ VGS − Vt ID = 1 'W 2 k n (VGS − Vt ) 2 L k n' = µ nCox ENG04055 – Concepção de CI Analógicos – Eric Fabris NMOS em Saturação NMOS: curva iD x vGS em saturação Saturação: VDS ≥ VGS − Vt ID = Vt = 1 V, k’n W/L = 1.0 mA/V2 1 'W 2 k n (VGS − Vt ) 2 L ENG04055 – Concepção de CI Analógicos – Eric Fabris 11 Modelo para Grandes Sinais Transistor NMOS Modelo para grandes sinais em saturação ENG04055 – Concepção de CI Analógicos – Eric Fabris Tensões nos Terminais Transistor MOS Níveis relativos de tensão entre os terminais ENG04055 – Concepção de CI Analógicos – Eric Fabris 12 Condutância de Saída Efeito de modulação do comprimento efetivo do canal em função de vDS , em saturação Aumentando vDS além de vDSsat causa o distanciamento do ponto de pinch-off em relação ao dreno, reduzindo o comprimento efetivo do canal por ∆L.→ pequena variação de iD com vDS . ENG04055 – Concepção de CI Analógicos – Eric Fabris Condutância de Saída Dependência de iD com vDS: o efeito Early VA: tensão de Early ro ≅ VA I DQ • O parâmetro VA depende da tecnologia de processo. • VA é proporcional ao comprimento do canal L. • Quanto maior o L maior a impedância de saída. ENG04055 – Concepção de CI Analógicos – Eric Fabris 13 Condutância de Saída NMOS: modelo para grandes sinais em saturação, incluindo o efeito Early ENG04055 – Concepção de CI Analógicos – Eric Fabris Transistor PMOS PMOS: símbolos e polarização ENG04055 – Concepção de CI Analógicos – Eric Fabris 14 Transistor PMOS PMOS: níveis relativos de tensão entre os terminais ENG04055 – Concepção de CI Analógicos – Eric Fabris Resumo NMOS PMOS ENG04055 – Concepção de CI Analógicos – Eric Fabris 15 MOSFET Polarização 31 ENG04055 – Concepção de CI Analógicos – Eric Fabris Modelos Grandes Sinais MOS PMOS ENG04055 – Concepção de CI Analógicos – Eric Fabris 16 Polarização Região de Saturação: ID = VDS ≥ VGS − Vt 1 'W 2 kn (VGS − Vt ) 2 L VGS + RS I D= VSS VDS < VGS − Vt Região de Triodo: I D = kn' k n' = µ nCox Tensão de Overdrive VOVD = VGS − Vt W L 1 2 (VGS − Vt )VDS − 2 VDS VGS + RS I D= VSS VDS = VDD + VSS − (RD + RS )I D ENG04055 – Concepção de CI Analógicos – Eric Fabris Autopolarização VDS = VGS VDS > VGS − Vt O transistor está sempre em Saturação! Região de Saturação: ID = 1 'W 2 kn (VGS − Vt ) 2 L VGS + RI D= VDD ENG04055 – Concepção de CI Analógicos – Eric Fabris 17 Espelho de corrente Necessita transistores IDÊNTICOS!!! VGS 2 = VGS1 I D 2 ≅ I D1 Desde que ambos estejam saturados! A corrente de dreno de Q2 é resultado da corrente de dreno de Q1. ENG04055 – Concepção de CI Analógicos – Eric Fabris Polarização na região de triodo Dados: VGS = VDD VDS = 0,1V Supondo: Vt = 1V VDS < VGS − Vt Calcular ID e RD . Estime rds. Região de Triodo: I D = kn' W L 1 2 (VGS − Vt )VDS − 2 VDS VGS = VDD VDS = VDD − RD I D ENG04055 – Concepção de CI Analógicos – Eric Fabris 18 Estabilidade de ponto Q ENG04055 – Concepção de CI Analógicos – Eric Fabris Estabilidade de ponto Q – Rs ENG04055 – Concepção de CI Analógicos – Eric Fabris 19 O inversor CMOS – push-pull ível lógico “0” na entrada Tensão intermediária na entrada PMOS – O MOS – OFF ível lógico “1” na entrada PMOS – OFF MOS – O ENG04055 – Concepção de CI Analógicos – Eric Fabris Modelos Simplificados • Os modelos utilizados para o projeto e compreensão do funcionamento do circuito são simples ENG04055 – Concepção de CI Analógicos – Eric Fabris 20 Modelos Elétricos - SPICE ENG04055 – Concepção de CI Analógicos – Eric Fabris O MOSFET como Amplificador 42 ENG04055 – Concepção de CI Analógicos – Eric Fabris 21 Amplificador Básico Amplificador Fonte Comum Topologia Básica Representação Gráfica da Reta de Carga Determinação da Curva de Transferência vO = vDS = VDD − RDiD iD = f (vGS ) → saturado iD = f (vGS , vDS ) → triodo ENG04055 – Concepção de CI Analógicos – Eric Fabris Curva de Transferência Determinação da Curva de Transferência A curva de transferência mostra a operação como amplificador, com o MOST polarizado no Ponto Q. ENG04055 – Concepção de CI Analógicos – Eric Fabris 22 Reta de Carga Influência da Reta de Carga na Excursão de Sinal Ponto Q1 não deixa espaço suficiente para excursão positiva do sinal, muito próximo de VDD Ponto Q2 não deixa espaço suficiente para excursão negativa do sinal, muito próximo da região de Triodo. ENG04055 – Concepção de CI Analógicos – Eric Fabris Pequenos Sinais Circuito conceitual para estudo do modelo de pequenos sinais Fonte de Sinal Fonte de Polarização ENG04055 – Concepção de CI Analógicos – Eric Fabris 23 Pequenos Sinais Aplicação de um sinal de entrada de 150 mVpp ENG04055 – Concepção de CI Analógicos – Eric Fabris Pequenos Sinais ID = 1 'W 2 kn (VGS − Vt ) 2 L gm = dI D dVGS g m = k n' W (VGS − Vt ) = k n' W VOV L L VOV – Tensão de overdrive ENG04055 – Concepção de CI Analógicos – Eric Fabris 24 Pequenos Sinais Resposta de saída do amplificador Fonte Comum ENG04055 – Concepção de CI Analógicos – Eric Fabris Pequenos Sinais Tensões instantâneas vGS e vD no circuito abaixo. ENG04055 – Concepção de CI Analógicos – Eric Fabris 25 Modelo para Pequenos Sinais Modelo Simplificado Modelo Extendido Considerando o efeito de modulação do comprimento do canal (EARLY) que é modelado por ro = |VA| /ID ENG04055 – Concepção de CI Analógicos – Eric Fabris 26