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O Papel da HPE - USP

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aula de microeconomia
O Papel da HPE no Ensino e na Pesquisa em Economia
Roteiro
• A importância da HPE segundo os
pesquisadores da área
• Uma abordagem metodológica: a
epistemologia evolucionária
• Discussão do papel da HPE no ensino e
pesquisa à luz dessa abordagem
A IMPORTÂNCIA DA HPE SEGUNDO
OS PESQUISADORES DA ÁREA
O Problema
• Qual é a importância da história do
pensamento econômico para o ensino e
pesquisa?
• Encontramos algumas respostas na reação
defensiva ao declínio do prestígio da disciplina
O declínio do prestígio
• Blaug (2001) nota duas tendências recentes
– diminuição do número de cursos de HPE
– aumento da quantidade e qualidade de pesquisa em HPE
• Existem pesquisas documentando a tendência
– exemplo 1: Gordon (1965)
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questionários em cursos americanos
anos 60: HPE ainda é importante
matéria obrigatória em 50% dos cursos, existente em 70% deles
mas 40% acha que interesse declina
autor acredita que não precisa saber HPE para entender teoria econômica
deve estudar por curiosidade
– exemplo 2: Cardoso (1995)
• questionários em cursos americanos e europeus
• documenta declínio da quantidade de cursos
• causas apontadas para o declínio:
– positivismo
– especialização na profissão
Evolução da Disciplina
• Goodwin (2008) identifica 5 fases na história da HPE
– Periodo I - Iluminismo
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HPE como retórica
– Periodo II – Economia Clássica
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HPE como cartografia: mapeia áreas da Economia
– Periodo III – Economia Neoclássico e Histórica
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HPE como revisão da literatura
Jevons usa HPE para mostrar progresso na ciência
– Periodo IV – Fase áurea, entre primeira guerra e 1960
• HPE como método de pesquisa: disciplina esclarece pesquisa corrente
• HPE está no centro da disciplina
– Periodo V – Fase atual, a partir de 1960
• HPE como subdisciplina
• Surgem jornais e congressos especializados
• Profissionais aumentam, mas cursos diminuem
Justificativas para a HPE
• Schumpeter (1954) lista três motivos para estudar HPE
– vantagens pedagógicas
– descobertas de “novas” idéias
– Insights sobre os mecanismos da mente humana
• Stigler (1969) se demostra cético
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PMg pequeno: não precisa estudar HPE para entender teoria
não existem falhas no mercado de idéias
uso pedagógico: aprender a ler textos originais
uso importante: discussões metodológicas
• Barber (1990)
– eventos históricos (fim da URSS) impulsionam busca por novas perspectivas teóricas
• Bögenhold (2017)
– eventos históricos (crise de 2008) impulsionam busca por novas perspectivas
teóricas
• Blaug (2001)
– HPE como refúgio para heterodoxos
– ensina desvantagens de especialização excessiva:
• relação da Economia com outras disciplinas
– entendimento de potencial e limites da teoria
Justificativas para a HPE
• Backhouse (1994): economia melhor com HPE
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idéias econômicas seriam historicamente contingentes: vantagem comparativa e corn laws
idéias econômicas são esquecidas por surgirem muito cedo
idéias contemporâneas são fruto de processo histórico
história é útil para estudar metodologicamente os modos de formação de idéias
• Vaughn (1993): HPE deveria ser central na economia
– HPE deveria ser privilegiada em cursos de pós-graduação
– por que? Serve para explorar limites e potencial de teorias
– economia não progride linearmente, de forma cumulativa
• erros permanecem
• acertos morrem
– portanto, HPE serve para recuperar boas idéias do passado
– HPE é quadro de avisos com questões sem respostas
– HPE expõe alunos a sistemas mais amplos, interdisciplinares
• é necessário explorar relações com filosofia, política, história, direito
– ensino puramente técnico torna aluno
• arrogante
• estreito e sem imaginação
• isolado da conversa acadêmica
HPE e a Filosofia da Ciência
• Opiniões sobre o valor da HPE depende das crenças filosóficas do analista
• Duas posturas dominantes
– paradigmas kuhnianos
– positivismo / instrumentalismo
• Metodologia e HPE
– McCloskey (1983)
• abordagem retórica: HPE importante
• metodologia modernista: HPE irrelevante
– Arida (2003)
• soft science: HPE importante
• hard science: HPE irrelevante
– Blaug (2001) e Backhouse (1994) citam Rorty (1984): historiografia da filosofia
• reconstrução histórica – Backhouse associa a relativismo: HPE retrata formas de
argumentar
• reconstrução racional – supõe teoria atual: HPE faz whig history
• Problema: existe alternativa? Meio termo entre relativismo e absolutismo?
UMA ABORDAGEM METODOLÓGICA: A
EPISTEMOLOGIA EVOLUCIONÁRIA
O Racionalismo Justificacionista
• BARTLEY (1964): teorias da racionalidade
• Racionalismo
– Justificacionista: todo conhecimento racional deve ser provado,
justificado...
• dedutivamente: Descartes e hipóteses simples inegáveis
• indutivamente: Bacon e observações livres de distorções
– Crítico: todo conhecimento é falível e o conhecimento racional é
definido pelo espírito crítico
• Racionalismo justificacionista criticado em duas frentes
– Niilismo: como provar as premissas? => regresso infinito. Logo nada
pode ser provado racionalmente. => abandono da busca da verdade.
Resta história da ciência, retórica da ciência, lógica da linguagem.
– Fideísmo: certas premissas são verdades a priori => parada dogmática.
O Racionalismo Crítico
• É impossível justificar as teorias, mas isso não torna a ciência irracional ou
arbitrária.
• O conhecimento progride com o apuramento do espírito crítico, ou disposição
para submeter hipóteses a testes.
• Testes não são definitivos (tese Duhen-Quine). Mas isso convida a mais crítica!
• Paralelo com a Economia:
– Popper defende COMPETIÇÃO entre idéias: só a constante sujeição das teorias
a crítica eliminamos erros, só com a “livre entrada” de idéias (diversidade)
podemos aumentar a chance de chegar a algo mais próximo da verdade.
– Kuhn defende MONOPÓLIO de idéias: na ciência normal ocorre algo como o
argumento da indústria nascente. Deve-se proteger de crítica uma teoria
incipiente até que ela se desenvolva.
• Busca-se explicação institucional sobre o crescimento do conhecimento, não
algoritmo decisório que julga valor verdade de proposições
– Teoria da competição perfeita não ensina a identificar oportunidades de lucro
– Teoria do crescimento do conhecimento não ensina a estabelecer verdades
• Explicação institucional assume forma evolucionária
Epistemologia Evolucionária
• Popper:
– conhecimento falível → aprendizado por tentativas e erros (conjecturas e
refutações)
– dois elementos centrais
• liberdade para pontos de vista diversos (variação)
• espírito crítico (seleção)
– racionalismo pancrítico:
• críticas e base empírica compostas de proposições falíveis
• hipóteses criticadas não desaparecem
– análise dos ambientes institucionais: incentivos à crítica
• conhecimento objetivo: teorias como objetos autônomos do mundo 3
– epistemologia evolucionária: aprendizado por variação e seleção
• Natureza: variação e seleção natural
• Mercados: hipóteses empresariais e lucros
• Ciência: conjecturas e refutações
TS1
TS2
P1
TS3
...
TSn
EE
P2
Epistemologia Evolucionária
• Hayek: o valor da liberdade
– descentralização como mecanismo de descoberta de alternativas
• Bartley: caráter insondável do conhecimento
–
–
–
–
teorias possuem infinitas consequências tautológicas
consequências não intencionais das ações e das ideias
Impossibilidade de planificar o crescimento do conhecimento
exploração descentralizada das consequências
• tateamento paralelo
• crítica das tentativas
• Campbell: seletores vicários
– aumento da quantidade de tentativas
– redução dos custos das tentativas
– hierarquia de seletores aninhados
• locomoção direta, bengala do cego, sonar, visão, memória, imitação, linguagem, cultura,
ciência
• Ridley: recombinação de idéias
– criatividade como recombinação de idéias
Refutação descentralizada
• Nos mercados não existe comitê central de decisão sobre
refutações:
– os critérios seletivos dos consumidores são múltiplos e desconhecidos
– isso possibilita a formação de nichos
• na filosofia da ciência:
– temor do erro do tipo I – rejeitar verdade
– hipótese subjacente: existe comitê central de decisão, como
um tribunal popperiano
– mas sob refutação descentralizada em mercado de idéias,
hipóteses rejeitadas não desaparecem
• Exploração paralela do espaço de hipóteses
– Hipóteses menos aceitas sobrevivem em nichos, com menos recursos
alocados a elas
DISCUSSÃO DO PAPEL DA HPE NA
PESQUISA E ENSINO À LUZ DA
EPISTEMOLOGIA EVOLUCIONÁRIA
Por que estudar HPE?
• Sob a perspectiva da epistemologia evolucionária, a
história da Economia deve ser valorizada
– HPE é importante para
• pluralismo de explicações
• crítica de explicações rivais
• Sob a perspectiva da epistemologia evolucionária,
escapamos de duas posturas inadequadas
– reconstrução racional: whig history
– reconstrução histórica: relativismo
• A alternativa
– procura minimizar distorções das teses originais
– avalia essas teses à luz dos problemas teóricos
Pluralismo
• HPE fomenta pluralismo, necessário para o progresso científico
• Crescimento do conhecimento fomentado pela multiplicidade de abordagens
– Se conhecimento falível, pluralismo oferece novos pontos de vista e fontes de
críticas
• Popper (1972)
– não falibilismo implica em dogmatismo, exclusão de rivais e estagnação científica
• Hayek (1979)
– crença positivista na posse do método correto implica em dogmatismo, controle e
estagnação científica e econômica
• Positivismo trata diversidade como anomalia, falta de progresso
• Falibilismo trata diversidade como fonte de progresso
Interdisciplinaridade
• HPE ensina que teorias econômicas não são separáveis de
teorias de outros ramos científicos
• Não existe teoria econômica sem pressupostos filosóficos,
políticos, jurídicos ou históricos:
– A escolha é discuti-los explicitamente ou adota-los acriticamente
– Exemplos: filosofia ética utilitarista, positivismo lógico, teoria contratual
do estado, perspectiva mecanicista ou evolutiva
“It may well be that the chemist or physiologist is right when he decides that he
will become a better chemist or physiologist if he concentrates on his subject at
the expense of his general education. But in the study of society exclusive
concentration on a speciality has a peculiarly baneful effect: it will not merely
prevent us from being attractive company or good citizens but may impair our
competence in our proper field—or at least for some of the most important tasks
we have to perform. The physicist who is only a physicist can still be a first class
physicist and a most valuable member of society. But nobody can be a great
economist who is only an economist—and I am even tempted to add that the
economist who is only an economist is likely to become a nuisance if not a
positive danger.”
Hayek, Studies in Philosophy, Politics and Economics
Pluralismo e Interdisciplinaridade
• HPE induz criatividade, pela combinação de idéias de tradições
diferentes
• Economistas devem conhecer teorias econômicas diferentes e
teorias de outras ciências
• Ridley (2010): sexo entre idéias
– “A troca está para a evolução cultural assim como o sexo está para
evolução biológica”
– diferenciação e recombinação: progresso pelo uso adaptado de teorias de
outras áreas
• Exemplos:
– Conceito de circulação sanguínea influencia surgimento de modelos
econômicos no séc. XVIII
– Filosofia empiricista (Locke, Hume, Helvétius, Condillac) contribuiram para
o utilitarismo e para a formação de modelo de agente racional
– Mecânica clássica sugere metáforas de equilíbrio a Jevons
– Filosofia do iluminismo escocês influencia economia de Malthus, que
influencia biologia de Darwin, que inspira economia evolucionária
moderna
– Teoria dos jogos gera ganhos de trocas entre matemática, economia,
biologia, política
Problemas
• HPE fornece o contexto dos problemas enfrentados pelos autores,
algo necessário para o entendimento das teorias
• Educação baseada exclusivamente em livros-textos apresentam só as
ferramentas (respostas), mas não as perguntas
• Popper: ciência como atividade de resolução de problemas
• Estudar o problema nos ensina a entender a escolha das hipóteses e
os trade-offs envolvidos nessas escolhas
Incidentally, almost all creative scientists know a great deal
about the history of their problems, and therefore about
history. They have to: you cannot really understand a
scientific theory without understanding its history.
Popper, K. R. (1969) A Pluralist Approach To The Philosophy Of History
Significado das Teorias
• HPE recupera discussões teóricas ignoradas a partir da
revolução formalista
• Formalismo proporciona precisão sintática, não semântica
• o exame da história da disciplina recupera o estudo do
significado dos conceitos e hipóteses
• a filosofia de Popper contraria a tese de Stigler de que não é
necessário conhecer história para entender uma teoria
científica
• Exemplos de discussões relativamente desconhecidas
– sincronização (ou eliminação do tempo) nas teorias do conumidor e
da firma
– controvérsias custos reais x custos de oportunidade
– controvérsia marginalista: significado de racionalidade e maximização
– controvérsias do capital
Hipóteses não articuladas
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HPE ajuda explicitar as hipóteses tácitas utilizadas nas teorias
O exame dos autores originais ajuda a entender o que de fato é suposto
Tese: nenhuma teoria econômica é completamente axiomatizável
Termos conceituais podem apresentar significado diferente
Exemplos:
– teorias do capital sob a letra “K”
– Machovec: a transformação da teoria da competição: processo rival ou equilíbrio
eficiente?
• Georgescu-Roegen: formalização implica no risco de tornar o economista
um “symbol spiner”
“When you are criticizing the philosophy of an epoch, do not chiefly direct your
attention to those intellectual positions which its exponents feel it necessary
explicitly to defend. There will be some fundamental assumptions which
adherents to all the variant systems within the epoch unconsciously presuppose.
Such assumptions appear so obvious that people do not know what they are
assuming because no other way of putting things has ever occurred to them. With
these assumptions a certain limited number of types of philosophic systems are
possible, and this group of systems constitutes the philosophy of the epoch.”
A. N. Whitehead, Science and the Modern World (1925)
Progresso Científico
• HPE nos convida a avaliar metodologicamente o progresso da ciência
• Posturas extremas
– Positivismo: progresso acumulativo
– Kuhn, Feyerabend: incomensurabilidade de paradigmas
• Postura alternativa
– Racionalismo crítico: existe progresso científico, mas ao mesmo tempo
não existem certezas
– falhas no mercados das idéias?
– origem: conhecimento insondável (Bartley)
• Não podemos antecipar todas as consequências de um conjunto de idéias
• Se idéias têm consequências não intencionais, recombinação de idéias
antigas podem gerar frutos cujo valor não podemos apreciar ex ante
– Exemplo:
• Será que a abordagem de complexidade e modelos baseados em agentes
poderá modelar a estrutura do capital de Böhnm-Bawerk?
Hipóteses Rejeitadas
• HPE nos ajuda a recuperar idéias do passado que talvez possam ser
desenvolvidas no futuro
• Se mecanismo seletivo em ciência for descentralizado, hipóteses
rejeitadas não desaparecem, mas sobrevivem em nichos menores
• A atividade científica também é sujeita à escassez e a escolhas
– a maioria dos recursos são alocados às hipóteses mais aceitas
(conservadorismo da ciência)
– mas o caráter descentralizado dos mecanismos seletivos, que se relaciona
com o conceito de liberdade acadêmica, proporciona a possibilidade de
recuperação de alternativas
• Michael Polanyi (2003)
– liberdade acadêmica: direito do pesquisador de escolher livremente seus
problemas de investigação
– mas cientistas apostam sua reputação em suas escolhas
– Instrumentalização política da ciência restringe liberdade e progresso
científico
Conclusão: nem absolutismo, nem relativismo
• HPE é um instrumento útil de pesquisa científica se incluir
simultaneamente pluralismo e crítica
• O pesquisador de HPE não deve examinar a formação de teorias
– preocupado apenas com o contexto, sem criticar as idéias examinadas
– preocupado apenas em saber até que ponto as idéias examinadas
antecipam teorias atuais
• Exemplo: o cientismo como parâmetro para avaliar idéias antigas
Não me agrada nada a tentativa, feita em campos fora das ciências físicas, de imitar as
ciências físicas, praticando os ditos "métodos" destas – a medição e a "indução a partir da
observação". A doutrina segundo a qual há tanta ciência num assunto quanta matemática
nele houver, ou quanta medição ou "precisão" houver nele, assenta numa total
incompreensão. Pelo contrário, a seguinte máxima é valida para todas as ciências: "Nunca
se pretenda mais precisão do que a que é exigida pelo problema que se tem em mãos."
POPPER, K R. O realismo e o objetivo da ciência, pg. 41.
Bibliografia
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