Cálculo de probabilidade de gravidez após o acidente de 27 de setembro de 2022 Seja Θ = {π, ¬π} o conjunto dos eventos possíveis referentes à presença de um óvulo fora do período fértil, onde se π = πππ’π não há a presença de um óvulo e se ¬π = πππ’π então há a presença de um óvulo, onde ¬ é o operador de negação, ou seja, ¬π é a negação do evento π, e vice-versa (π = πππ’π → ¬π = πΉπππ π, π = πΉπππ π → ¬π = πππ’π). Seja Φ = {π, ¬π} o conjunto dos eventos possíveis referentes ao funcionamento da pílula, onde se π = πππ’π a pílula funcionou e se ¬π = πππ’π a pílula não funcionou. Os eventos π e ¬π são mutualmente exclusivos entre si, assim como π e ¬π. Seja β: Ω → [0,1] a função probabilidade, que pega os elementos de um conjunto Ω de eventos possíveis e retorna a probabilidade de os mesmos ocorrerem, valor entre 0 e 1 (0% e 100%). Como os elementos de Θ e Φ são eventos mutualmente exclusivos dentro de seus respectivos conjuntos, tem-se que: β(π) + β(¬π) = 1 β(π) + β(¬π) = 1 Em ambos os casos, um dos eventos vai, necessariamente ocorrer, embora não se saiba qual deles. Portanto, somando a probabilidade de o primeiro ocorrer com a do segundo ocorrer, deve-se obter o valor 1, como descrito nas expressões acima. Considere, agora, o conjunto Σ = Θ × Φ = {π ∧ π, π ∧ ¬π, ¬π ∧ π, ¬π ∧ ¬π}, que engloba os eventos compostos, onde ocorre primeiramente um evento do conjunto Θ e então um evento do conjunto Φ em sequência. A tabela a seguir explica os 4 eventos compostos descritos por tal conjunto. π ¬π π π∧π Não há a presença de um óvulo e a pílula funcionou ¬π ∧ π Há a presença de um óvulo e a pílula funcionou ¬π π ∧ ¬π Não há a presença de um óvulo e a pílula não funcionou ¬π ∧ ¬π Há a presença de um óvulo e a pílula não funcionou Por fim, seja πΈ = {π, ¬π} o conjunto dos eventos possíveis em relação à gravidez, onde se π = πππ’π ocorrerá a gravidez e se ¬π = πππ’π ou π = πΉπππ π não ocorrerá a gravidez. O valor verdade dos elementos desse conjunto depende do valor verdade dos elementos do conjunto Σ, como segue na tabela abaixo: π π ¬π T F T F T π = πΉπππ π π = πΉπππ π π = πΉπππ π π = πΉπππ π ¬π F π = πΉπππ π π = πππ’π π = πππ’π π = πΉπππ π T π = πΉπππ π π = πππ’π π = πππ’π π = πΉπππ π F π = πΉπππ π π = πΉπππ π π = πΉπππ π π = πΉπππ π Assim, π = πππ’π ↔ (¬π = πππ’π ∧ ¬π = πππ’π). Calcularemos agora a probabilidade de ocorrer a gravidez. Sabemos que β(π) + β(¬π) = 1 e β(π) + β(¬π) = 1. Multiplicando as duas expressões, obtemos: (β(π) + β(¬π))(β(π) + β(¬π)) = 1 β(π)β(π) + β(π)β(¬π) + β(¬π)β(π) + β(¬π)β(¬π) = 1 β(π) + β(¬π)β(π) + β(¬π)β(¬π) = 1 Como β(π) = β(¬π)β(¬π), a probabilidade de a gravidez ocorrer depende total e exclusivamente do último termo da expressão. Agora, sabendo que β(π) = 0.85 e que β(¬π) = 0.15, podemos supor valores para β(π) e estimar a chance de gravidez em cada caso. β(π) = 1 − β(π) − β(¬π) β 0.85 • • • Se houver, de certeza um óvulo (β(π) = 0): 15% Se houver 50% de chance de haver um óvulo (β(π) = 0.5): 7.5% Se houver 20% de chance de haver um óvulo (β(π) = 0.8): 3% Deve-se levar em conta que, em teoria, se a mulher não estiver no período fértil, a chance de haver a presença do óvulo é bem reduzida.