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Manual Gerdau de Pisos Industriais

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M anual Gerdau de
Pisos
Indust riais
,; /„Jtí.vs ^• •
ti iiCÜtl.-
Públio Penna Firme Rodrigues
Silvia Maria Botacini
Wagner Edson Gasparetto
PÚ H LI O
PEN N A
FI RM E
RO D RI GU ES
Graduado pela Escola dt Engenharia
M au i , com mcslradn pela Escola
Poltldcnlcn da Univorsi<!- i<k* <l*í Silo Paulo
• USPeeur iín de especialização no Brasil
c exterior, alua desde 1979 na Área de
projetos c especificações de pisos e
pavimento* de controlo, curo trHil> allios
lúcnícot publicados 11.1 íirea do concreto,
cimento, pre- fa br içados, pisos t 1 pavimcnios de concrclo, É membro .atuante
do IBRACON c ACI.
SILVIA MARIA BOTACINi
Graduada prla Faculdade de Engenharia de Barrctos, com cípeclal isaçao cm
Engenharia Ambienl.il pela Faculdade dc
Saúde Pública - USP, alua desde 19113 na
área efe coordenação de projelos de engenha ri a rms campos <li> melo arnbtanlc,
drenagem e loneiimcnlo, tendo nos últimos cinco anos dedicados ms trabalhos
de gcronciamcnlo de projetos de pisos e
pavimento» na I.PE Engenharia.
Graduado pola Escola <lv I; ngenh .1 ri.i da
Universidade Macken/ ie, com especialização
Arca dc marketing alua desde "19(15 nu desenvolvimento do merca*
do de pisos v pavimenlos d? con creio,
com trabalhos tícoicos publicados sobre
pisoj e pavimento* de concrclo, Acumula atividades como Diretor da ABE CE Associação ürasileira dc Engenharia c
Consultoria Estrutural e AN AP RE - Associação Nacional do Pisos o Revesti rnenIoí de Alio Desempenho
M anual Gerdau de
Indust riais
ina Firme Rodrigues
a Botacini
Ison Gasparetto
Manual Gerdau de Pisos Industriais
O Copyright Editora Pini Lida.
Todos os direitos de reprodução reservados pela Editora Pini Hda,
Dados Internacionais de Catnloji^tção na Pub l i cad o (Çlf 1 )
(Câmara Brasileira do livro, SP, Brasil)
Rodrigues, Públio Penna firm e
Manual Gerdau (te pisos industriais / Públio
Penna Firme Rodrigues, Silvia Maria Botacinl,
Wagner Edson Gasparetto, — Süo Raulo ; Pini, 2006.
Bibliografia.
ISBN S5- 7266- 165- 4
1. Concreto 2. Construção de concreto
3. Drenagem M. P&vimentos de concreto S. Pisos
de concreto 0, Solos l. Botacini, Silvia Maria.
II. Gasparelto, Wagner Edson. III. Título.
03- 8007
CDD- 6 9 0 .1 6
índices para calílogo sistemático:
I. Pisos industriais de corvcrelo :
Construção civil : Tecnologia &90, Ift
CoordpnaçAo manuais lííenlcos: losiani Sou;sa
Projtiio gr.lflro; M.iy.ir.i I. Pereira
Op a: Serçle Colotio o Mayar.i I.. Pcroira
Kwiüàii! Mf>l1ilLrl lil OrSl.l
I dlloríi Pini l.ldii.
Rua Anhala, 964 • CEP 01130- 900 - Mo Paulo, SP - Brasil
l ísfic: I I 2 173- 2300 - 1'ax:: 2\ 7$-232?
liileriM: www.pioiweb.com ll- iu.iil: mamiiii&Wpiill.rtHTI.Iir
1* edição
2 4 llrajjcm: 1.000 exemplares, dezeoil> rc^2006
:iJ lirajjrm: 1,000 oxompl,ires, sHtmliru/ iOOfl
.„,
«m ™®
I:IHTCIHA A FI I . U D A
agradecimentos
O s au t o r es ag r ad ec em a t o d o s am i g o s e cl i en t es q u e d e m an ei r a d i r et a o u i n d i r et a d e r am su a
i m p o r t an t e c o n t r i b u i ç ão p ar a v i a b i l i z a ç ã o d est e t r ab al h o . No sso s ag r ad ec i m en t o s t am b é m
ao s c o l a b o r a d o r e s d a LPE En g en h ar i a c Cô n s u l t o r i a, e m e s p e c i a l , a Ro s an a Pi n i p el a
c o n t r i b u i ç ão na m o n t ag em e o r g an i z aç ão cio t ex t o e ao En g ° A n t o n i o Car l o s Co r si Lap er u t t a
Fi l h o p el a c o n t r i b u i ç ão n a r evi são d o Cap í t u l o 1 0 .
M .IIUM I
O CKI .U I
(FV
Pisos Intluslrkils
prefácio
A
In t r o d u ção d e n o vas t ecn o l o g i as na indúst ria da co n st r u ção
ci vi l n aci o n al n os u l l ím o s 1 5 an o s reserva cap ít u l o s esp eci ai s
em d et er m i n ad o s segm ent os. Po u co s avan çar am t ant o e c o m
t am an h a vel o ci d ad e q u an t o o m er cad o d e pisos indust riais. Por cont a
d o m aior i n t er câm b i o t ecn o l ó g i co c o m out r os países, da cap aci t ação
cr escen t e d os escr i t ór i os d e p r o j et o e cio em p en h o d os f o r n eced o r es
n aci o n ai s d e co m p o n en t es e ser vi ço s, o m ei o t écn i co n aci o n al
co n seg u i u at ender, co m r ap i d ez o a q u al i d ad e, as n ovas ex i g ên ci as
dos cont r at ant es. Assim , o boom
ind ust r ial, vi vi d o p r i n ci p al m en t e
ap ós a est ab i l i z ação eco n ô m i ca na d écad a d e 1 9 9 0 , n ão en co n t r o u
b ar r eir a t écn i ca na ár ea d c pisos, o r esult ad o d e lat avan ço é u m
m er cad o est i m ad o h o j e em 27 m i l h õ es d e nV an u ai s. A PI N I t em
aco m p an h ad o at en t am en t e essa evo l u ção , em esp eci al a part ir d a
p u b l i cação (íear t i g o s e r ep or t agens nas r evi st asTéch n eeCo n st r u ção
M er cad o . Sent e- se h on r ad a por ter r eceb i d o dos aut ores - Pú b l i o
Pen n a Fi r m e Ro d r i g u es, Si l v i a M ar i a Bo t aci n i e Wa g n e r
Ed so n
Gasp ar et t o - e cio Gr u p o Ger d au a m i ssão d e ed i t ar esl e M an u al
Ger d au d c Pisos In d u st r i ai s, Cl assi f i cação dos pisos, m ecân i ca d os
solos ap l i cad a, d i m en si o n am en t o est rut ural, d r en ag em , p r o p r i ed ad es
d o co n cr et o , m at er i ai s p ar a j u n t as, en d u r eced o r es su p er f i ci ai s,
a c e s s ó r i o s p ar a p o s i c i o n a m e n t o d as a r m a d u r a s , b ar r as d e
t r an sf er ên ci a, t écn i cas d e ex ecu ção , p r even ção e t r at am en t o d e
p at o l o g i as co n st am en t r e os t em as ab o r d ad o s p el o l i vr o, Em t em p o s
d esaf i ad o r es p ar a a co n st r u ção ci vi l , n os q u ai s i m p er a a cor r i d a
(n e m
s e m p r e s a u d á v e l ) p el a
r ed u ção
d e cu sl o s,
t em o s a
o p o r t u n i d ad e d e l an çar um a p u b l i cação t ecn i cam en t e r esp on sável ,
r ed i g i d a p el os d i r et or es d a l.PE En g en h ar i a e aval i z ad a p el o Gr u p o
Ge r d a u ,
co n g l o m er ad o
i n d u st r i al
b r asi l ei r o
de
at u ação
m u l t i n aci o n al e f or t em en t e co m p r o m et i d o c o m o d esen vo l vi m en t o
da área d e pisos ind ust r iais d e co n cr et o , Se co n si d er ar m o s a at u al
l acu n a na lit erat ura t écn i ca sob r e o t em a, co n st at am o s q u e o l i vr o
já n asce co m o r ef er ên ci a p ar a p r of i ssi onai s da ár ea d e p r o j et o e
co n st r u ção , al ém d e est u d an t es e co n t r at an t es d e o b r as. À PI N I
cab er á, p or t ant o, o d esaf i o ao q u al se p r op õe d esd e 1948; t r ab al h ar
p el a d i f u são da b oa i n f o r m ação t écn i ca ao m ai o r n ú m er o p ossível
d e p r o f i ssi o n ai s d a i n d ú st r i a d a co n st r u ção ci v i l . U m
o b j et i v o
f aci l i t ad o p el a q u al i d ad e d e p u b l i caçõ es co m o est e M an u al Ger d au
d e Pisos In d u st r i ai s.
Eric Co i i â
Diretor de Kcdação
PINI
M.mo.il tiiiidiiu (Ff Pisos InilusLrkiis
r,
índice
1
Int rodução
.
2
Classif icação dos Pisos
.
—• • ><
-
.
>•
2.1 Dc acordo com a escola
-
2.2 De acordo com o reforço estruturai • ».
11
-
-
2.3 De acordo com o tipo da fundação
3
4
5
Solos e suas Características ••
*
13
*
15
3.1 Int rodução
3.2 Solo
15
15
3.3 Ensaios de caract erização do solo
16
Aspectos de Drenagem
.
21
4.1 Int rodução
21
4.2 Fase de ex ecução
21
4.3 Pós ex ecução
21
Ti pos e Ap I icações da s Su b- ba ses
23
5.1 Int r od ução,
23
5.2 Funções da sub- base
23
Tecnologia do Concret o
....
.
.
.
„
26
33
6.1 Int rodução
33
6.2 Resistência m ecânica do concret o
34
6.3 Resistência ao desgaste
6.4 Ret ração do concret o
7
11
*
5.3 Tipos d e sub- bases ,,,.„,,,„
6
,9
»
„,......
-
-
-
35
37
6.5 Recom endações para escolha do concret o
41
Materiais Básicos
43
7.1 Cim ent o
43
7.2 Agregados
7.3 Fibra sintética
7.4 Selantes e m ateriais de preenchim ent o d e juntas
44
48
50
7.5 Barra de transferência
.
-
52
7.6 Distanciadores
7.7 Tela soldada
53
••• •
-
•
55
7.8 Líquido endurecedor de superf ície—...
7.9 Agregado mineral
M .M HM I
G EI D FT U
CN> I* ÍSOÜ
Imluslri.ils
-
57
-
57
7
índice
8
Dim ensionam ent o e Det alham ent o
59
0 .1 Int rodução
59
a.2 Tipos de carregam ent o
8.3 Esforços atuantes
..
»
-
68
8.5 Pavim ent o estruturalmente ar m ad o
73
)untas
79
9 .1 Int rodução
79
9.2 Função das juntas
79
9.3 Tipos d e juntas
10
.»• • 8 0
9.4 Mecanism os d e transferência d e carga
82
9.5 Dim ensionam ent o das barras d e transferência
83
9.6 Sei ar t es para junt as
86
Ex ecução.....
.
89
10.1 In t r od u ção.
...» 89
10.2 Ex ecução da f undação do piso
10.3 Cond i ções am bient ais na concr elagem
10.4 Fôrm as
89
-
90
»
90
10.5 Posicionam ent o da arm adura
10.6 Seqüência da concret agem
91
..
91
»
92
10.7 Lançam ent o do concret o
10.8 Adensam ent o
91
10.9 Acab am ent o superficial
92
10.10 Cura do concret o
93
10.11 Cort e das juntas
11
n
...» 95
Cont role da Qu al i d ad e dos Pavim ent es Industriais
11.1 Int rodução
12
62
66
8.4 Pavim ent o industrial co m arm adura distribuída
9
•
-
.
97
»
97
11.2 Cont role d o subleit o e sub- base
99
11.3 Concret agem da placa d e concr et o
99
11.4 Juntas
100
11.5 Tolerâncias superficiais
100
Ref erências Bibliográf icas
103
Manual (iiTtlau dc Pisos Industriais
1
Int rodução
Os pisos e pavim ent os d e concret o têm ex perim ent ado no Brasil, principalm ent e na década passada,
im portante evo l u ção t ecnológica nos processos de dim ensionam ent o o ex ecução das obras, que foi
im pulsionada pelas novas ex igências do m ercado d o const rução civil, pelas necessidades das empresas
de sistema logíst ico e arm azenagem , incluind o arm azenagem frigorífica da, d e dist ribuição e produção,
em preendim ent os industriais ou com erciais, al ém tias pavim ent ações urbanas e rodoviárias.
Nest e cenár io, um a m udança concei t uai d as esp ecif icações t écnicas, m inim am ent e ex igidas para o
desenvolvim ent o responsável d e uma obra de p avim ent ação d e concr et o, tem evoluíd o e, para isso,
uma m aior f orm alização técnica desta docum ent ação tem ocor r id o em nosso m eio, através da elaboração d e projetos específ icos que cont em plem t odas as necessidades ex ecut ivas da obra, at endendo às
ex igências operacionais, seja do ponto de vista das tensões oriundas do carregam ent o, seja d o ponto de
vista do desgaste dos pavim ent os decorrent e dos ataques m ecânicos o u quím icos.
O t rabalho tem co m o obj et ivo at end er a uma lacuna ex istente hoj e no m er cado edit orial e ã necessidade im perativa da val or i z ação e evol ução da arte d e projet ar e const ruir os pavim ent os d e concret o, cuj;i
disciplina vem sendo [ratada d e forma secundária ent re as relacionadas co m as estruturas d e concret o.
Esta p u b l i cação abrange especif icam ent e o m er cado d e pisos industriais e com erciais brasileiro, que
hoje p od e ser estim ado em torno do 2 6 m ilhões d e metros quadrados anuais, valor ex pressivo e imjjortante para o m ercado da const rução civil.
Este Man u al tem co m o püblico- alvo os profissionais das áreas d e projeto, const rução e estudantes, e,
dentro das diversas opções cie dim ensionam ent o ex istentes, trata especif icam ent e dos pisos reforçados
com telas soldadas.
No capít ulo 2 é feita uma ex p lanação da classif icação dos pisos com relação a sua co n d i ção de apoio,
escola d e dim ensionam ent o e tipos de reforços possíveis. O capít ulo 3 procura fazer uma breve ex plicação
do solo com o elem ent o de f undação dos pisos e, por ser m atéria m uito específ ica da disciplina de
Mecân i ca dos Solos, buscam os destacar alguns pont os importantes q u e elevem ser considerados, mas
sem esquecer que, devido à com plex idade do com port am ent o d o solo, cada caso ex ige uma abordagem específ ica.
O capít ulo 4, bastante breve, foi colocado para ilustrar que o tema drenagem não pode ser simplesmente
desconsiderado em todos os projetos, f>ois há casos ond e deve ser abordado de forma cuidadosa. Muit as
vezes a
própria Sub- base, matéria
do capítulo
5, indiretamente
leva- a cm consideração, notadamente nas
gra nu lares; esle capít ulo abrange também as funções primárias da sub- base e seus diversos tipos.
O capít ulo 6 ê t ot alm ent e dedicado ao concret o, por ser um m aterial de elevada importância para o
sucesso cios pisos industriais. Trata das principais propriedades de sua aplicação, que freqüentem ente são
negligenciadas, trazendo posteriormente uma série cie patologias.
Já o cap ít u l o 7 apresent a out ros diferent es m at eriais q u e estão à disposição dos projet ist as e ex ecut ores,
co m o os m at eriais para junt as, endureef idores superf iciais, acessórios diversos para posicionam ent o
das arm aduras, et c.
Aiinii.il ticnliiu (tf Pisos Imluslriiiis
O capít ulo 8 irata c!o dim ensionam ent o estrutural, dedicando- se aos m odelos ninis recentes q u eest ào
sendo em pregados m undialm ent e, separando os carregamentos em cargas distribuídas, pont uais e móveis,
O capít ulo 9 é um a ex tensão cio anterior, abordando o tem a d e juntas e aspectos importantes com o o
dim ensionam ent o de barras de transferência.
O capít ulo 10 é d ed i cad o à ex ecução do piso, m ost rando t écnicas ex ecut ivas, enquant o o capít ulo 11
é volt ado aos aspectos de t o m role da qualidade.
Por f im , no capít ulo 12, é apresentada extensa bibliografia dedicada ao tema principal deste m anual; os
pisos industriais.
10
Manual litTil.w (!(-• Pisais Industriais
Classif icação dos Pisos
2
A história da p avim ent ação industriai no Brasil é bastante recent e, co m pouco m ais d e 2 0 anos, sendo
que, antes disso, havia pouca pr eocupação com critérios de projet o (Rodrigues, 2003).
No início, costumava- se dim ensionar os pavim ent os industriais - g er al m en t e d e concret o sim ples - com
base nos crit érios da PCA. A grande popularidade desse m ét odo deve- se à ênfase que a Al i CP (Carvalho
e Pitta, 1 '> 69) deu a ele, q ue se popularizou co m os trabalhos divulgados em sim pósios e cursos promovid os por aquela ent idade,
A partir de 1995 co m eçam a surgir novas t endências d e dim ensionam ent o, agora vindas da Europa,
com o ressurgim ento dos t rabalhos d e Lòsberg (l.õsberg, 1961), e Mcyer h o í (Meyer hof , 1962), em
cont rapont o aos preceit os dos am er icanos Wcst er gar d (West ergard, 1927) Pick el, Ray (Pick et e Ray,
1950) e Packard (Packard, 1976), este co m cont ribuições m ais afeitas ao pavim ent o industrial.
2.1 De acordo com a escola
O fator que difere as duas escolas - a européia e a norte- americana - reside f undam ent alm ent e no fato
de a primeira focar pavim ent os reforçados, em pregando telas soldadas, fibras cie alto m ódulo ou protensão,
enquant o a am ericana trabalha essencialm ent e com concret o sim ples.
A dif erença ent re as estruturas dos d oi s pavim ent os é acent uada: enquant o os crit érios am er icanos
produzem estruturas d e elevada rigidez e placas de pequenas dim ensões, os procedim ent os europeus
cond uz em a pavim ent os esbeltos c placas de grandes dim ensões.
Nota- se q u e nos últim os dez anos o Brasil vem t rilhando o cam inho ineq uívoco da escola européia, e o
grande avan ço das t écnicas de dim ensionam ent o dos pavim ent os estruturalmente arm ados contribuíram para selar essa t endência. O em prego deste tipo d e abordagem leva a pisos econom icam ent e m ais
atraentes, tanto sob o ponto d e custo inicial co m o d e m anut enção, mas, em cont rapart ida, ex igem
ex ecução m ais esm erada.
Co m o prova incont est ável deste f enôm eno é q u e a quase t ot alidade dos pisos industriais emprega algum tipo d e reforço, que tem com o obj et ivo a const rução d e placas d e dim ensões superiores ao concreto sim ples. O grande precursor dessa m et odologia no Brasil foí o IBTS - Instituto Brasileiro d e Telas
Soldadas
advogando o em prego de m enores espessuras em pisos reforçados cont telas d e aço, mas
curiosam ent e em pregando uma m etodologia de cál cu l o elo ex ércit o am er icano.
2.2 De acordo com o reforço estrutural
Ao contrário da década passada, no Brasil encontramos hoje uma larga gama d e opções para os pavimentos
industriais e, o alto grau d e especialização qun os profissionais das áreas de projeto e ex ecução atingiram, f.i/
do Brasil um dos países líderes no dimensionamento cie pavimentos, tirando todo potencial disponível dos
diversos materiais d e reforço e produzindo notáveis ex emplos d e pisos d o tipo joiniless (que emprega placas
de grandes dimensões, geralmente superiores a 250 m z ) com estruturas delgadas e funcionais.
A1HM1ii.iI ticidiiu (ti' Pisos Imluslriiiis
11
Pisos com armadura distribuída
£ com cert eza o m ais popular dos pavim ent os industriais, sendo const it uído por unia estrutura em q u e
a arm adura - geralm ent e uma leia soldada - é posicionada no t erço superior da placa de concret o,
conf or m e mostra a figura 2.1.
Figura 2,1:ftiv)manlo com «umadura distribuída
Secundariam ent e, essa arm adura tem t am bém uma resposta estrutural, com o dem onst ram ensaios de
verdadeira grandeza efetuados co m placas de concret o sim ples e co m arm adura dist ribuída, mas q u e
serão objet o d e análise futura.
Pavimento estruturalmente armado
Embora o Brasil tenha um a longa t radição no em prego d o concret o arm ado, a con cei l u ação form al do
pavim ent o estruturalmente ar m ad o no nosso país tem m enos de 10 anos, enquant o, por ex em plo, na
Europa, é em pregado há m ais de 50 anos.
Este tipo de p avi m en t o distingue- se d aq u el e co m arm adura dist ribuída, por possuir uma arm adura
positiva (posicionada na part e inferior da placa d e concret o) destinada a absorver os esforços gerados
pelos carregam ent os (figura 2.2).
Figura 3,2! l\ H'imeino estrutura Immle amnaclo
São pavim ent os em pregados em áreas de carregam ent os elevados e têm of erecido grandes possibilidades no cam p o do jointless.
Reforço com fibras
Na prim eira m et ade da década fie 1990, o brasil passou a cont ar com as fibras d e aço produzidas a
partir d e fios t refilados de alta resistência, q u e são adequadas à ex ecução dos pavim ent os industriais
(figura 2 3 ).
12
Manual
(HHI.UI
dc.1 ÍSsos Industriais
Figura 2,3; 1'iso reforçado com fibra
Co m essas fibras vieram t am bém crit érios do dim ensionam ent o q u e perm itiram ex trair deste m aterial
toda a sua pot encialidade estruturai. Podem os até dizer que a chegada das fibras d e aço prom oveu uma
verdadeira r evolução na engenharia d e pavim ent ação industrial., pois abriu para nós toda a metodologia
dc dim ensionam ent o em pregada na Europa, o que possibilitou o aperf eiçoam ent o das t écnicas de projet o d e out ros tipos de pavim ent o, not adam em e o arm ado.
I loj e tem os t am bém outros tipos d e fibras d e alto m ódulo disponíveis, co m o a fibra de vidro., e tam bém
d evem chegar em futuro próx imo outras fibras plást icas d e alto m ódulo.
Piso pretendido
O pavim ent o prot endido (figura 2.4), que é ut ilizado na área aeroport uária, tem co m o um dos m ais
not áveis ex em plos a pista do aeroporto Tom j obim (antigo Gal eão ) no Rio d e Janeiro, const ruído há
cerca d e 30 anos,
Recent em ent e esse tipo d e pavim ent o ganhou im pulso com a chegada da cordoalha engrax ada e tem
co m o grande atrativo a possibilidade de ex ecu ção de pisos prat icam ent e sem juntas.
Fi^uríi 2,4; Piso protendido
2.3 De acordo com o tipo da fundação
Os pisos podem ser classificados, de acordo co m a f undação, em :
Fundação direta
Corresponde à m aioria dos pisos industriais, e são aqueles q u e se ap oiam diret am ent e sobre o terreno
(subi ei to), podendo o u não haver o em prego d e sub- basos, em bora estas sejam sem pre recom endadas.
Manual íloidau <fv Pisos Imluslrkiis.
13
Nesta solução está im plícit o que a lax a adm issível tio terreno d e f undação é com pat ível co m as cargas
previstas n o piso. Para cargas pont uais e m óveis, a estrutura d o piso é capaz d e transmitir ao solo uma
tensão geralm ent e inferior a 50 kl'a (0,5 kgf/ cm 2}, m as para cargas unif orm em ent e distribuídas, a capaci d ad e d e redist ribuição dos esforços é pequena.
Fundação profunda
Sào os pisos ex ecut ados sobre terrenos sem cap aci d ad e d e suporte com p at ível co m as cargas solicit am os
o u q uand o da presença d e horizont e cont endo solos adensáveís o u em processo de adensam ent o.
Neste caso, a solução passa a ser de uma estrutura de concreto armado com características d e piso. Dent re
as soluções disponíveis, há as lajes apoiadas em vigas, arm adas em duas direções e em um a direção, o u as
lajes planas - sem vigas - com um ent e designadas lajes cogum elo; esias se têm demonstrado bastante
com pet it ivas ant e os outros sistemas,
Co m o os carregam ent os esperados cm pisos industriais são bastante elevados diant e dos observados em
const ruções com er ciais e residenciais, ê com u m a ocor r ência de lajes com espessuras elevadas e modulação d e estacas bem estreita (cerca cie 3 a A m). Estes pisos não serão obj et o deste m anual.
14
Manual (itTil.w (!(-' Pisuís 1iuki>tfi,iis
Solos e suas Caract eríst icas
3
3.1 Introdução
Na engenharia d e p avim ent ação industrial, o estudo do solo acaba sendo um aspect o m uito importante, principalm ent e quando t rabalham os com estruturas delgadas co m o as da escola européia, ond e o
sübleito acaba sendo bem solicit ado; conceit os da engenharia de p avim ent ação e d e f undações precisam ser analisados em conjunt o.
Por ex em plo, a ex istência de solos m oles a uma cen a prof undidade não ê tolerada para f undações
diretas, é desprezível para pavim ent os rodoviários e pode ou não, dependendo da m agnit ude dos carregamentos e propriedades dessa cam ad a, ser aceit a para pavim ent os industriais.
Da mesma forma que u m projelo con ven ci on al de fundações, o pavim ent o industrial irá tam bém transmitir esforços ao solo, co m a dif erença d e q u e á, na grande m aioria das vezes, em f undação diret a, e
denom inam os ao terreno de f undação preparado para receber o piso d e subi ei to
í interessante notar que, no presente caso, ex iste uma ligeira diferença q uand o com param os com as
f undações diretas, pois inex istem as cargas m óveis e, da mesma forma, difere dos pavim ent os rodoviários o u urbanos, onde não há prat icam ent e a ocorrência d e cargas estáticas.
No dim ensionam ent o dos pavim ent os industriais, necessitamos, da mesma forma q ue nas rodovias, ter
o conhecim ent o da cam ada superficial d o solo, obt ido através d e seus índices físicos e da cap acid ad e
(ic suporte, bem com o do conhecim ent o das cam adas m ais profundas, obt idas na sua forma m ais elementar pelas sondagens.
Co m o os solos são m uito diferentes ent re si, respondendo de m aneira var iável às solicit ações aplicadas,
torna- se necessário o estudo sistem ático d e suas propriedades e, principalm ent e, da obser vação t io seu
com port am ent o. Portanto, para cada região em part icular podem os ter caract eríst icas de solos m ais
m arcantes ou importantes d o q u e em outras, f azendo com que essa disciplina seja bastante com plex a,
A prim eira consideração q u e d eve ser feita quando do projet o d e u m pavim ent o industrial, refere- se ao
nível de inf orm ações geot écnicas disponíveis. Eslas, por sua ve;c, d evem ser d e tal m agnit ude que propici em ao projetista o nível d e segurança necessário à elabor ação de um projet o que atinja uma relação
ót im a ent re custo e durabilidade.
3.2 Solo
Os solos sào const it uídos por um conjunt o d e part ículas que retém ar e água nos espaços intermediários; essas part ículas são livres para movimentar- se ent re si, ex cet o em alguns casos em que um a pequena
cim ent ação pode ocorrer ent re elas, m as mesmo assim f icam m uito abaix o dos valores encont rados nos
crist ais d e rocha ou m inerais (Pint o, 1998),
M.imi.il tici< l.ui t li! Cisas Intluslríjis
ir;
Essa caract eríst ica faz com q u e o est udo d o solo não possa ser feito co m base nos conceit os da teoria dos
sólidos, base para o d esenvolvim ent o da teoria cias estruturas, o q u e dif icult a m uit o a cr i ação de modelos t eóricos q ue predigam o seu com por t am ent o,
É f ácil com p r eend er q ue as propriedades m ecân i cas d o soio est arão int im am ent e ligadas não apenas às
caract eríst icas das part ículas sólidas - suas dim ensões e const it uição m inera lógica - , m as t am bém às
quant idades relat ivas de a r e água presentes,
Dimensão das partículas do $ob
A prim eira d if er enciação q u e p od em os f azer ent re os solos é o t am anho d e suas part ículas o u a sua
granulom et ria, isto é, a dist r ibuição d e t am anhos q u e as part ículas apresent am , O espect ro ob ser vad o
na nat ureza é ex t rem am ent e am p lo, h aven d o grãos d e pedregulhos da ordem d e 150 m m cie diâm et r o
at é par t ículas argilosas da ordem d e 1 0 " m m , ou seja, cer ca d e 150 m i l hões d e vezes m enores,
Há solos em q ue a sua granulom et ria é vi sível a o l h o nu, con i o é o caso dos pedr egulhos e areias,
enquant o out ros possuem part ículas t ão finas que, q uand o ad i ci on am os água, se t ornam um a pasta
(co I oi de); ger alm ent e tem os o co n vívi o d e part ículas cie diversos t am anhos, cuj a classif icação p o d e ser
dada co m o (Vargas, 1987):
Escala ABNT
- pcdrcgtilho: até 5 mm
- areia grossa: de 5 mm a 2 mm
- areia média: de 2 min a 0,4 mm
- areia fina: de 0,4 mm a 0,05 mm
- siile: de 0,05 mm a 0,005 mm
- argila: abaixo de 0,005 mm
A granulom et ria é uma ót im a form a de car act er iz ar os solos grossos, co m o pedregulhos e areias, pois,
nestes casos, m at eriais co m cu r vas gr anuiom ét r icas p ar ecid as apr esent am com p or t am ent os t am bém
sim ilares, Rara solos íinos isso p o d e não ser verdade, pois m esm o q uand o a granulom et ria é idênt ica às
pr opr iedades ex ibidas podem ser com p l et am en t e diferent es.
3.3 Ensaios dc caracterização do solo
A classif icação adequada do solo irá aj udar a prever o seu com port am ent o. Um a classif icação bastante
em pregada é a da A STM - American
Socieiy
of Testing Materials, apresent ada na t abela 3.1, q ue mostra os
principais grupos e algum as propriedades im portantes para fins d e pavim ent ação industrial (Farny, 2001).
O com p or t am ent o f ísico d e um solo depende, al ém do seu estado m ed i d o pelos índ i ces físicos, t am bém
das suas propriedades int rínsecas, e tal co n h eci m en t o é obt ido por m ei o d e ensaios laborat oriais co m
am ost ras t rabalhadas1 e são con h eci d os por Ensaios de Caracterização
do
Solo.
Tais ensaios dividem - se em gr anulom ét r icos - peneir am ent o e sedim ent ação - e em índices d e consist ência - t am bém con h eci d os co m o I imites de Atterberg
- , q u e perm it em classif icar os solos em diversos
grupos, d e aco r d o co m suas caract eríst icas físicas.
1 IJciKimln.i- síí amoslr.i Irah.illiad.i a< |uHd í|m- r dt'Storn»,ida c seca rm laboratório, prrdrndo suas carartíTÍsliras ítí* volume dc
vazios, ;;r,Hi de compaclaçila ou nutras raraclcrístir.is da solo in jífu,
16
Manual lifrd.w dtí Pisos Industriais
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Solos altamente orgânicas
CH
OH
PT
Nomes Típicos
Pedregullio bem
graduado ou misturas (te
pedregulho, com pouco
ou nenhum finos
Pedregullio mal
graduado, ou mistura dc
pedregulho com areia,
com pouco ou nenhum
finos
Pedregulho si 1 toso,
misturas de
si Ite- arc ia- pod resu 1 ho
PtKl regu 1 ho argi loso,
misturas de
aruila- areLi- pedre^ulli»
Areia bem graduada e
areia com pedrçgulho,
pouco ou sem finos
Areia mal graduada, ou
areia com pedregulho,
com pouco ou sem finos
Areia si 1 tosa, misturas de
síl te- areia
Are ia argilOM, misturas
de argila- areia
Si) te Inorgânico, areia
muito fina, areia siltosa
ou argilosa
Argila inorgânica com
baixa a média
plasticidade, argila com
pedregulhos, argila
arenosa, at ilas magras
Sitie orgânico, argila
orgânica slllosa de baixa
plastii idade
Silte inorgânico, areia ou
si lie micáceo ou
dlalomado.
Argila inorgânica, de alta
plasticidade
Argila orgânica de média
e alia plasticidade
Turfa e outros solos
a lia monte orgânicos
Capacidade
de Carga
Estimada
íkPaí
Coeficiente de
Recalque
Estimado
(MPa)
50
> 80
50
> ao
25
50 a 80
20
50 a 00
35
50 a 110
30
50 a 80
20
50 a 80
20
50 a 80
to
25 a 50
10
23 a 50
-
25 a 50
10
2S a 50
10
25 aso
•
12 a
20
12 a 30
Tabela 1.11 Classificação dot Mim de acordo com a ASTM
Os, Limites de Alterberg
classif icam o solo com relação a sua consist ência, válidos, portanto, para solos
plást icos e baseiam- se no fato d e que os solos argilosos apresentam aspectos bem distintos em f unção de
sua um idade, podendo variar d e lam a a pé, em f unção deste parâm etro. A figura 3.1 (Pint o, 2002)
apresenta de m odo sim plif icado as m udanças da consist ência d o solo:
Casagr ande (Vargas, 1967) observou q u e os valor es d e LL (lim it e de liq uid ez ) e d o t P (ín d i ce de
plast icidade = LL - LI1) var iam conjunt am ent e, isto é, um solo é tanto m ais plást ico quant o m aior for o
Manii,il Geidau de Pisos Industriais
17
Estado
Estado
IU Líquido
1
•o
I
D
LL - Limite de liquidez
Ptàstlco
IP • índice do Plasticidade
Quebfadiço
LP = Limite de Plasticidade
figura 3.1; Umiies de Attcrliefj»
seu lim it e d e liquidez. Verificou- se ainda que, dispondo- seem uin gráf ico os valores tio LL v IP determinados para uni m esm o depósit o d e argila, o resultado é um gráf ico linear, d en om i n ad o gráfico
j>lasticidade
do
(figura 3.2),
Co m base nesse gráfico, observa- se quí? a linha A apar ece co m o unia fronteira em pír ica ent re as argilas
inorgânicas, q u e se siluam acim a dessa linha, v os solos plásticos, q u e cont êm colóiifos orgânicos.
Situam- se t am bém abaix o da linha A os siltes e siltes argilosos, ex cet o quando o LL ó Inferior a 30, casos
em que os siltes inorgânicos podem situar- se p ouco acim a da linha A.
O índ ice d e plast icidade t am bém p od e fornecer qualit at ivam ent e o com port am ent o do solo relat ivo à
sua ex pansão quando submerso, co m o podem os ver na t abela 3 2 (PCA, 2002),
Grau de Expansão
Expansibil idade (%>
Não- Expansivo
Menor (|ue 2
Moderadamente
Expansivo
Altamente Expansivo
índice <lc Plasticidade
2 a4
maior que 4
(aproximado)
0«i 10
10 a 20
maior nue
20
Talida 3.2: Expando \ - etm plasticidade
Medindo a resistência do solo
Para fins d e p avi m ent ação d e concr et o, o p r incip al parâm et ro do solo em pregado diret am ent e no
dim ensionam ent o é o coef icient e d e recalque k, podendo ser det erm inado diret am ent e no subleito ou
no sistema subleito & sub-base.
Define- se coef icient e d e r ecalque ou m ódulo d e reação k pela eq uação:
í;
, eni MPa/ m
ond e:
P ê a pressão unitária aplicada sobre uma placa rígida em MPa e
R é o r ecalque o u a deflex ão correspondent e, em metros.
Na det erm inação do m ódulo d e reação, observa- se que (Souza eTh om ás, 1976);
i»
Manual tieixl.m de Pisos Industriais
Aumenta: tenacidade e reslstôntía do solo seco
Diminui: permeabilidade e variação de volume
COMPARAÇÃO E
SOLOS DE IGUAL L k L
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Diminui; tenacidade e resistência do solo seco
Aumenta: permeabilidade e variação de volume
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Argilas arenosas
Siltes inorgânicos de baixa pfasückfade |
Areias muito íinas- siUosas
Areias argitosas
^Argila s inorgânicas
Areias argilosas
. de mediana
plasticidade
- Argilas orgânicas
Siltes orgânicos
o siltes- ofgilíis
altamente elásticos
Siltes orgânicos e inorgânicos
o siites- argllgs
Limite de liquidez (LL%)
Figura 3,3: Gráfico de plasticidade
a) em uma prova fie carga, para grandes var iações cie pressão, o diagram a cie pressão & def orm ação
não ê linear, e o valor de k depende da def orm ação o u r ecalque que se t om ou co m o referência;
b) a m edida do r ocf i ci ei Ue de rct alq ue é sensível ao diâm et ro da placa em pregada, e as variações
só deix am de ter signif icação para ensaios efetuados com placas de diâm et ro igual ou superior a
76 cm ; e
c) o valor do coef icient e de r ecalque depende da um idade d o solo.
Rira uma boa correlação com a t eoriade Weskvgard (Yoder e Wi te za k, 1975), quegoverna o dimensionamento
dos pavimentos rígidos, o coeficiente de recalque deve ser determinado com placas de no m ínim o 76 cm de
diâmetro, tomando- se com o referencia o recalque d e 0,127 cm . Dessa forma, tem- se:
r.
1
~
Pi.»J2Ti
0,127
em kgf/ ctn'/ cm
ond e;
Pl 0 ) i r i é a pressão aplicada em uma placa de 76 cm d e diâmetro, necessária para produzir um recalque de
0,127 cm .
O valor d e k varia ent re limites am plos, dependendo do solo, da sua densidade e um idade. Solos muito
plást icos podem apresentar um valor da ordem d e 1,4 kgf/ cm 2/ cm (14 MPa/ m), enquant o pedregulhos e
solos arenosos bem graduados atingem valores da ordem de 14,0 kgí/ cm Vcm (140 MPa/ rn) o u mais.
JV L H H L I I
Geid.iu de Cisas Industrial»
í<l
O m esm o en sai o p o d e ser em p r eg ad o para d et er m inar o coef i ci en t e d e r ecal q u e no t op o d o sistem a
subteito & sub-bãíe,
índice de Suporto Califórnia
Co m o alt ernat iva ao coef i ci en t e d e r ecal q ue, pode- se em pregar o índice de Suporte
d o co m u m en t e p el as letras CBR (Califórnia
Õeadng Ratio),
Califórnia,
indica-
Este en sai o m ed e co m p ar at i vam en t e a resis-
t ência ao ci sal h am en t o d e um solo, aval i ad o pela p enet r ação d e u m cilindro- pacirão na am ost ra, usand o co m o p ad r ão um a brita graduada d e boa q u al i d ad e,
Assim , os result ados serão sem pre com p ar at i vos ao r ef er encial; u n i solo co m CBR d e 1 0 % apresent a
resist ência dez vezes m en or d o q u e a brita gr ad uad a, O CBR p od e ser associado ao coef i ci en t e d e
r ecal q u e k p o r m ei o d a cor r el ação apresent ada na figura 3.3, A resist ência d o solo d o subieít o, m edida
por m ei o d o CBR, inf luenciará d ir et am ent e na espessura f inal da p l aca; esse parâm et ro 6 largam ent e
em p r eg ad o para o d i m en si on am en t o d e p avi m ent os f lex íveis.
Figura 3,3: CarMiçào k ít CUK
21)
Manual (nnl.ui di> Pisos linliJf.lri.iis
Aspectos de Drenagem
4
4.1 Introdução
As questões de drenagem dos pisos industriais são freqüent em ent e negligenciadas o podem constituir- se
em um problem a estrutural em algum as sit uações específ icas, principalm ent e q uand o a sub- base ficar
saturada em f unção da entrada d e água.
Sob o ponto d e visia técnico, o pavimento deve ficar afastado pelo menos 1,5 metros do lençol freático
(Medina, 1997}, embora possa haver situações onde ele fique mais próximo, com o no caso dos pisos de
garagem que naturalmente se aprox imam do nível da água ou até ficam abaix o dele, ocorrendo então a
necessidade da incorporação de drenagem sub- superficial, Em pavimentos industriais isso raramente acontece.
Este capít ulo é, na realidade, volt ado principalm ent e a alertar o projetista co m relação aos cuidados
q u e d evem ser t om ados e buscar as soluções cab íveis em cad a caso. A entrada d e água no sistema
subleito/ sub- base pode se dar em duas fases distintas.
4 . 2 Fas e d e e x e c u ç ã o
Pr i m ei r am en t e, a sat ur ação p od e se dar d u r an t e a fase d e ex ecu ção , em f unção da ocor r ênci a de
ch u vas ant es da ex ecu ção do p iso, q u an d o n ão há cober t ur a e p r o t eção lat er al. Nest e caso, é
r eco m en d ável q ue sej am previst os dr enos p r ovisór ios d u r an t e a fase da ex ecu ção , para perm it ir o
escoam en t o da água.
Se isso não for feito, fica m uito dif ícil a saída da água ap ós a ex ecução d o piso, que acaba impermeabilizando a sub- base, e a água, não t endo co m o sair, traz co m o conseqüência a saturação d o subleito,
ocorrendo a possibilidade d e bom beam ent o e cont am inação da sub- base, Al ém disso, haverá uma forte
redução no coef icient e de recalque. Out ra conseqüência é que a secagem d o concret o ficará muito
lenta, causando problem as no caso do em prego d e revestimentos sensíveis à um idade.
Nest e caso, devem os prever a ut ilização d e dr enos provisórios q u e perm it am a cap t ação da água;
multas vezes, a infilt ração Iimita- se h sub- base que, no caso da granular, f unciona co m o um reservatório, enquant o geralm ent e o subleito apresenta caract eríst icas de im perm eabilidade. A retirada dessa
água pode ser bastante sim ples pela abertura d e pequenos poços aux iliares e a ut ilização de bom bas
submersas ou, quando o terreno permitir, criando alguns sum idouros no subleit o,
4.3 Pós- execução
No segund o m od o da ocor r ên ci a d e água na sub- base, a p enet r ação da água p od e acon t ecer dep ois d o p avi m en t o ex ecut ad o, quer pela i nf i l t r ação nas j unt as cio p avi m ent o, q uer pela ex ist ência
d e ár eas p er m eávei s ci r cu n d an t es e, neste caso, p od em os ter o pr oblem a present e m esm o em pavim ent os cobert os,
JV L H H L I I
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Cisas Imluslri.iis
21
A abordagem d o problem a p od e ser feita d e duas formas; im pedindo q u e a água penet re sob o piso ou
perm it indo que a água escoe rapidam ent e. A op ção a ser adot ada, d ep end e basicam ent e das característ icas d o piso, d o subi ei to, do m icroclim a e da sua im plant ação. Em algum as sit uações é necessário
adot ar os dois sistemas.
Evitar q u e a água sim plesm ente penet re na sub- base torna- se sem pre uma sit uação d e risco, pois essa
ação acab a sendo transferida para a m anut enção do piso ao longo da sua vida útil e a ent rada da água
passa a ocorrer pelas juntas. Co m o a selagem das juntas, ponto vulner ável para a entrada de água, já é
uma op er ação rotineira no pavim ent o, é r ecom endável q u e em áreas d e p r ecip it ação elevada sejam
cr iados drenos horizontais sob o pavim ent o interligados aos sistemas de drenagem superficial. No caso
t ias vi as d e cir culação, com o esta sem pre existe, a providência d e ligar os drenos nas galerias pluviais
torna- se um a m edida econôm ica e ef icient e,
Qu an d o se trata d e áreas cobertas, devem os prim ordialm ent e com bat er a entrada da água, que j> odo
ocorrer d e inf ilt rações d e jardim ou quando ex istem terrenos circundant es mais el evad os do que o piso
ex istente, Nest e caso, é convenient e adotar drenos do tipo t rincheira, f azendo sem pre uma aval i ação do
flux o d e água no t erreno.
Em solos porosos (argilas porosas), o escoam ent o das águas é m uito rápido, m as a sua caract eríst ica de
eolap sib ilid ad e não perm it e q u e haja uma sat uração d o terreno, sob pena d e recalques ex pressivos,
d even d o esses locais ser objet o cie estudo det alhado d e drenagem ,
22
Maiiu.il C ,1 nl.ui di.1 1'ímds Industriais
Tipos e Aplicações das Sub- bases
5
5.1 introdução
I- com u m a ocorrência do cer ia conf usão com r elação ã nom enclat ura das cam ad as do pavim ent o
rígido, pois geralm ent e é associada ã d o pavim ent o flex ível, cuj as cam adas estruturais são: revestim ento
(capa asf ált ica), base e sub- base. Para o pavim ent o rígido, considera- se q u e a placa de concret o assume
sim ult aneam ent e a f unção d e base a revestim ento e, portanto, abaix o dela, vem a sub- base; em bora no
íürasil sigamos esta nom enclat ura, alguns autores cost um am em pregar os termos base e sub- base indist int am ent e para pavim ent os d e concret o (Yoder e Wít cz ak , 1975).
As sub- bases são elem ent os estruturais int erm ediários ent re as placas d e concret o e o subi ei to, form ado
p elo terreno natural o u por solo trocado, devidam ent e com pact ado, e são d e im port ância prim ordial
ao desem penho do piso,
A importância da sub- base I fácil de compreender quando se imagina o sistema estrutural de uma placa de
concreto ( E( . 2 6 0 0 0 MPa), apoiada sobre um solo de boa qualidade (E,,« 60 MPa): a relação entre os
módulos acaba sendo muito elevada,
JÍ O Í S
o m ódulo de deform ação da placa acaba sendo 430 vezes mais
alta do que o do solo. Se entre os dois materiais for colocada uma cam ada de, por ex emplo, brita graduada
(ES| I e= 200 MPa), a relação E^ E^ passa a ser aprox imadamente de 130 e entre CS| / CS, próxima a 3.
Ob vi am en t e que a rigidez das diversas cam adas não é f unção apenas do m ódulo d e elast icidade delas,
mas t am bém da espessura1 , m as p ar ece razoável que, q uand o int roduzim os um a cam ada d c rigidez
int erm ediária ent re a placa e o solo, o sistema passa a ser m ais harm ônico, cont rolando principalm ent e
as deform ações.
No passado, muitas rodovias d e concret o apresentaram sérios problem as peta ausência de sub- base,
sendo mais percept ível o form ado pelo bom beam ent o, q ue é a perda de m at erial fino da cam ada de
suporte, ex pelido junto com água peta junt a. O m esm o f enôm eno ocorre em pisos.
Ex cetuando- se os casos m uit o part iculares em que ocorra a concom it ância ent re baix as solicit ações de
cargas, subleit o hom ogêneo, com boa cap acid ad e d e suporte, co m ausência de m at erial fino plást ico e
clim a seco, é fundam ent al a presença da sub- base para se obter um produto final d e ótima qualidade,
Para tanto, são def inidos neste capít ulo os principais requisitos e tipos d e sub- bases,
5.2 Funções da sub- base
As sub- bases possuem quat ro f unções fundam ent ais [Pitta, 13Í17);
Eliminar a possibilidade da ocorrência do bombeamento de solos finos plásticos.
O processo d o bom beam ent o, o u pumping,
1
é a ex pulsão dos finos plást icos d e um solo at ravés das
A rlgkleü de tirtiii c<im<Hlii v,<r.i,i coro d cubo tU turi es|)essiirii.
M.mual Oeidíiu (Fe Pisos Imluslri.iis
juntas, bordas o u t rincas d e u m pavim ent o, d i m i nui nd o drast icam ent e a cap aci d ad e de suporte do
subleit o, uma vez que o f enôm eno provoca profundas alt erações no esquelet o sólido do solo; a falta de
suporte adequado induz a maiores def orm ações tia placa, l evand o a níveis crít icos as tensões de iraçào
na flex ão do piso, redundando na sua ruptura. O bom beam ent o está ligado a;
- ex istência de finos plásticos n o subleito;
- sat uração do subleit o;
- juntas ou trincas no pavim ent o;
- cargas intensas m óveis.
A fim d e prevenir o bom beam ent o, não são necessárias grandes espessuras de sub- base, i lá registros de
pavim ent os d e concret o co m sub- base d e apenas 5 0 m m d e espessura, apoiados em subi ei tos extremam ent e f avoráveis à ocorrência d o bom beam ent o, em que, mesmo após dez anos d e t rabalho sob condições severas de tráfego, o f enôm eno não se m anifestou.
O Brasil õ rico em ex em plos negat ivos d e co m o a ausência da sub- base p od e reduzir drast icam ent e a
vida útil d e um pavim ent o rígido a, m uito em bora na grande m aioria dos casos os pavim ent os industriais encontrem- se em áreas cobert as, ainda assim é r ecom endável o seu em prego, pois durant e a fase
ex ecut iva há presença massiva d e água, ad vind a, por ex em plo, da cura do concret o o u mesmo das
próprias operações de eoncreiagcm , Ou t r o dado importante ê q ue a ex istência do cam ad a granular
im põe restrição à um idade ascendent e, q u e é crít ica quando o piso for revestido,
h) Evitar variações excessivas do material do subleito,
Os m ateriais d e subleito, quando form ados por solos ex pansivos, podem , em presença d e água ou em
sua ausência, sofrer f enôm enos de ex pansão o u ret ração, que p od em vi r a induzir a unif orm idade do
suporte do piso, p r ovocand o def orm ações de tal ordem que, se não houver colapso, o rolam ent o ficará
bastante prejudicado ant e as def orm ações.
Nu caso em q u e o subleit o é subm etido ao processo d e escarif cação e com pact ação, é fundam ent al a
ad oção de um rígido sistema de cont role d e um idade, que d eve ser igual ou ligeiram ent e superior à
ót im a, resultando em uma cam ada cuja espessura final com pact ada seja d e pelo m enos 3 0 cm ,
A tabela 3.2 (ver capít ulo 3} apresenta a correlação ent re o IP - índice d c Plast icidade, porcent agem de
incham ent o e grau d e ex pansibilidade.
cf Uniformizar o comportamento mecânico da fundação ao longo do piso.
A presença da sub- base int roduz d oi s novos aspect os ao com p or t am en t o m ecân i co do con j u n t o
pavimento& fundação:
prim eiro, unif orm izando o com port am ent o da f undação e, segundo, aumentan-
do a resistência. Ao cont rário d o que se poderia imaginar, a unif orm idade é o aspecto mais im portante,
sendo a m elhoria da resistência apenas uma vant agem acessória, Tal fato origina- se a partir do seguinte
princípio: a f unção d o conj unt o pavim ent o e terreno d e f undação (Rodrigues e Cassara, 1998) é absorver as tensões d e cisalham ent o oriundas do tráfego d e veícu l os o u d e carregam ent os estáticos.
A cap aci d ad e de absorção desses esforços e a conseqüent e transmissão à cant ada inferior é f unção
direta do m ódulo d e elast icidade d e cada m at erial; o pavim ent o de concret o apresenta m ódulo cie
elast icidade elevadíssim o em com p ar ação aos m ateriais norm alm ent e em pregados co m o sub- base e ao
subleito, absorvendo a m aior parle das tensões. Por ex em plo, uma carga d c 54,5 k N aplicada em uma
24
Miinu.il (. H T Í I . H I (it; I'ÍM)'- Induslri.ifo
placa cir cular d e 730 cm * , sobre uma placa de concret o d e 20 cm de espessura, transm ite cer ca d e
0,022 MPa à f undação {carga no interior da placa), para 0,75 MPa de carga atuante, ou seja, a placa d e
concret o absorveu em torno de 97% das tensões (Chikls, Col l ey e Kapernick , 1957),
Todavia, co m o no Brasil trabalha- se co m pisos delgados, é importante observar que o com port am ent o
do sistema subieilo& sub-base
d eve ocorrer no regim e elást ico, sob pena de danos à placa,
d) Incremento na transferência de carga nas juntas,
Esse efeit o é devido à redução nas def orm ações da placa, pois apesar d e a redução das tensões pela
presença da sub- base nem sem pre ser signif icat iva2 , a d ef l ex i o será sem pre menor, pois varia inversam ente com o coef icient e de r ecalque k,
Em bora o pavim ent o rígido seja cap az d e ex celent e perf orm ance m esm o sobre solos d e baix a capacidade d e suporte, co m o os m ais plást icos com pr eendidos ent re as denom inações A- 5 até A- 7, no caso dos
pavim ent os industriais d eve ser feita uma ressalva relativa aos carregam ent os perm anent es - co m o as
est ant erias em ár eas d e d ep ósit o - , q u e p o d em levar a d ef or m ações, g er and o fissuras nas ár eas
descarregadas, norm alm ent e os corredores, causadas pelo m om ent o negat ivo que ocorre na m udança
de inflex ão da linha elástica da laje,
Esse tipo d e fissura tem causado aborrecim ent os e indignações, pois eias acab am ocorrendo nas áreas
m enos solicit adas - visto q u e o carregam ent o pont ual d e esiant erias supera, co m raras ex ceções, as
ações dinâm icas das em pilhadeiras, Nestes casos, é recom endável a ex ecu ção d e um reforço d o subleito,
em espessura var iável, ex ecut ado co m solo im port ado - o que muitas vezes p od e ser uma ex celent e
alt ernat iva - o u o em prego d e solo- brita,
O solo- brita, com o o nom e sugere, corresponde a um a mistura d e solo com brita em proporções tais
q u e perm it am ganho ex pressivo da cap acid ad e d e suporte e m uit as vezes são em pregados inclusive
co m o base d e p avi m en t o s f lex íveis, d even d o seguir necessar iam ent e um a curva g r an el o m ét rica
prsest abelecida (Yoder e Wi t cz ak , 1975), co m o as propostas pela A A SIIT O.
Em geral, a cap acid ad e de suporte dessas misturas irá variar em f unção d o teor de finos®, pois quando
el e e m uito baix o, ocorrem muitos vazios na mistura, cuja est abilidade depende ex clusivam ent e d o
cont at o ent re part ículas; à m edida que o teor d e finos aum ent a, tanto a massa específ ica seca quant o o
CBR aum ent am , at é que, em det erm inado pont o, as part ículas m aiores perdem o cont at o ent re si,
passando a flutuar nas part ículas finas, levando a um decréscim o tanto da massa específ ica seca co m o
do CBR. f: interessante notar que os m áx im os das duas propriedades cit adas não são coincident es no
teor d e finos da mistura, sendo que o d o CBR 6 obt ido co m teor ligeiram ent e m ais baix o.
Para o ef eit o desejado do apenas reduzir a plastk idade do solo d o subloilo, norm alm ent e não são
respeitadas curvas granulom ét ricas co m muita rigidez, pois adições d e brita - norm alm ent e se em prega
a bica corrida'' - sem pre elevará a cap acid ad e d e suporte do subleit o, sendo freqüent em ent e empregados teores q ue var iam ent re 3 0 % e 5 0 %. C) solo- brita p od e ser em pregado t am bém com sucesso para o
cont role de solos sities ex pansivos.
1
1
I',irii liase* cimentadas, qnr apresentam elevado coçflcienie de recalque, redução das leiisSe* na placa poilrin ser significativas,
Ni» presente caso, considera- se como material fino aquele que passa pela peneira 0,07!i mm (íitXl),
A bic.t cfíffktj (>
' um material resultante da hrilagrm, sem que haja preocupações de classificação grantilomílrica.
M.me.il Oerdaii de Pisos Industriais
25
No pr esent e caso, recom enda- se a ut i l i z ação cie solo- brita co m o b ase apert as em casos especiais, quand o for possível o co n l r o l e da u m i d ad e durant e a fase d e ex ecu ção d a ob r a.
5,3 Tipos de sub- bases
As sub- bases para pavim ent os rígidos p od em ser divididas em dois gru[> os (Pi tia, 1998): sub- bases granuladas
e sub- bases estabilizadas. As gra nu lares podem ser do tipo d e granulom etria aberta ou f echada, sendo esta
últim a a m ais usual em pisos industriais; quanto às estabilizadas, as m ais com uns são o solo m elhorado co m
cim ent o, brita graduada tratada co m cim ent o (BGTC) e concret o com p act ad o com rolo (CCR).
No passado, as sub- bases d e solo ci m en t o f oram bast ant e ut ilizadas, m as h oj e se d á pr ef er ência ao solo
m el h or ad o co m ci m en t o , ou, q u an d o necessária m aior cap aci d ad e d e suport e, à BGT C o u CCR. Ou t r o s
tipos, co m o o solo- cal e as bet um inosas, en con t r am uso p o u co ex pressivo no nosso país.
5 .3 .1 Sub- bases gr an u l ar es
As sub- bases granulares são g er alm ent e com p ost as por m at eriais pét reos, h aven d o t am b ém a possibilid ad e d o em p r ego d e m at er iais diver sos com p ost os a part ir d e uma granulom et ria p ad r ão (Rodrigues e
Cassam , 1998), No s grandes cent ros, o em p r ego rle m at erial brit ado é m ais co m u m e a granulom et ria
d ever á ser d e acor d o co m a t abela 5.1 (D NER, 1997):
% Pjssonriíi
Pereira (mm)
A
B
50
25
100
9,5
C
D
E
F
100
100
100
75 a 90
100
100
30 a £>5
40 a 75
50.185
60 a 100
4,8
2
0,42.1
2 S, i5 5
30 a Ú0
a 05
5 0 a 65
55 a 100
70 a 100
1 5 .1 40
20 íl45
25 a5 0
4 0 a 70
40 a 100
55 a 100
6 a 20
15 a 30
15 a3 0
25 a 45
20 a 50
30 a 70
0,075
2 íi 8
3 a 13
5 a 15
10.125
6 a 20
Oa 25
Tal>cl.i5,1: CraiiLtlomçUia da Siril,igr,u!u,u).i
- a f r ação q u e passa na peneir a n" 4 0 d ever á apresent ar lim it e d e liq uid ez inf erior ou
igual a 2 5 % e ín d i ce d e p l ast i ci d ad e inferior o u igual a 6 %; q u an d o esses lim it es forem
ult rapassados, o eq u i val en t e d e ar eia d ever á ser m aior q u e 3 0 %;
- a p or cent agem do m at er ial q u e passa na p enei r a n ü 2 0 0 n ão d eve ult rapassar 2/ 3 da
p or cent agem q u e passa na peneir a n M O .
A faix a t ipo A é d en o m i n ad a d e g r ad u ação abert a e p er m it e o r áp i d o esco am en t o cias ág u as q u e
p er m ear am o revest im ent o, en q u an t o a li, d e g r ad u ação densa, é m enos p er m eável e tem b om desem p en h o em áreas cobert as ou q u an d o o vo i u m e d e tráfego é baix o.
A espessura d a sub- base a ser adot ada é f unção direta do t erreno t le f u n d ação e d o car r eg am ent o d o
piso, N o caso ap en as d o co n t r o l e d o b om b eam ent o, a espessura p od e ser da o r d em d e 75 m m . Para
p avim ent os indust riais, é r eco m en d ad o no m ín i m o 100 m m , p o d en d o ir at é 2 0 0 m m ,
A t abela 5.2 apresent a o incr em ent o d e k em f unção da presença d e sub- base granular (Rod r igues e
Pit la, 1997).
26
Manual Herdai! de fiüos Industriais»
Valor do suporte do sutil cito
CBR
Coeficiente de recalque no topo do sistema (MPa/ m), para
espessura de sub- base Igual a (em)
n %)
k
(MPa/ m)
1»
1.5
20
3(1
2
16
19
22
27
33
3
24
27
31
37
45
4
30
34
38
44
54
5
34
3a
42
49
59
6
30
42
40
53
65
7
41
45
50
56
69
8
44
40
53
60
72
47
52
50
63
76
10
49
54
58
65
79
11
51
50
00
67
01
12
53
50
62
69
04
13
54
59
63
70
05
14
50
01
05
72
07
15
57
02
60
73
06
16
59
04
68
75
91
17
00
05
09
70
92
10
01
06
70
77
93
10
02
07
71
78
94
20
03
00
72
79
9«
Taliela r> ,2; Sub- bases granukits- incremento do coeficiente de recalque k
5.3.2 Sub- bases 1 rat adas com cim ent o
As sub- bases tratadas com cim ent o incorporam um ganho d e qualidade ao pavim ent o co m o um lodo,
pois q uand o com paradas às sub- bases d e m at erial granular, d im inuem signif icat ivam ent e as tensões
transm itidas ao subleit o e, por conseqüência, as def orm ações do terreno d e f undação.
A ef iciência da sub- base p od e ser, a priori, avaliada pelo m ódulo d e elast icidade ou resilient e dos
m ateriais q u e as formam, Na tabela ,r>,3 (Rodrigues e Pit t a, 1997) é apresentada a faixa de var iação usual
para os diversos m ateriais em pregados.
JVI.IIHM I Oeidau <[<• Cisus LM.lus.lri.iis
27
Solos tratados com cimento - SMC
O solo m el h o r ad o co m ci m en t o nada m ais é d o q u e u m solo- cim ent o co m b ai x o t eor d e ligant e,
var i an d o ent re 3 % e 6 % em vo l u m e, ü SMC é ex ecut ad o c o m solos arenosos e o largo em p r ego desse
m at er ial, por ex em p lo, co m os solos finos arenosos, vem at est ando a sua q u al i d ad e e f aci l i d ad e d e
ex ecu ção .
Tipo d c Mat erial
Concret o com pact ado com rolo
n = 7,QÜ0 MPa o 14,000 MPa
Perda d c Suporte (PS)
0 a1
Hríla graduada tratada com cimento
ü - 3 . SÜ0 M P. 1 a 7 ,0 0 0 M Pj
Gases iratadas com asfalto
0 a1
0 a1
1; - 2.SOO MPa a 2,100 MPa
Misturas estabiliz adas com asfalto
H = 2 8 0 M Pa a 2 ,1 0 0 M Pa
Solo- cal
R = 140 M Pa a 3 0 0 M Pa
i a3
1 a3
Híises ^ran ti lares
E - 100 M Pa a 3 0 0 M Pa
Material fino ou subleito
ü = 20 M Pa a 2 8 0 M Ri
i a3
2 a3
Tahçla .1,3; Módulos resll lentes cie mnleriais para sub- base de pavimentes rígidos
O solo t rat ado co m ci m en t o t am b ém p o d e ser em p r egad o para o cont r ole d e m at eriais ex pansivos, vist o
q u e o ci m en t o p r o m o ve sensível r ed u ção no ín d i ce d e p last icid ad e, d ep en d en d o d o teor em p r eg ad o q u e para essas sit uações p od e chegar at é p r óx im o a 8 % {Yoder e Wi t cz ak , 107:">>. Cntretanto, o em p r ego
d o ci m en t o, co m esta f i nal i d ad e, acab a f r eqüent em ent e esbar r ando em quest ões eco n ô m i cas e t am bém
op er aci on ai s, vist o q u e solos co m essas car act er íst icas t ornam d i f íci l a ad eq u ad a h om og en ei z ação co m
o ci m en t o sem eq u i p am en t o esp ecíf i co.
Em p r incip io, q u al q u er solo inor gânico p od e ser est ab iliz ad o co m ci m en t o, em b or a seja co n ven i en t e
q u e o solo a ser t rat ado at enda a algum as car act er íst icas esp eci f i cas (Rod r igues e Cassaro, 1998).
G teor d e ci m en t o necessário para est abilizar um solo é f unção d e suas car act er íst icas f ísico- quím ícas e,
na pr át ica, p o d e ser m ai s r ápida a ex ecu ção d e ensaios co m teores d e ci m en t o var iad os, m edindo- se
um a p r op r ied ad e m ecân i ca da m istura, co m o , por ex em p l o, o CBR. A t abela 5.4 {Rod r igues e Pilt a,
1997) apresent a o incr em ent o cie k em f unção d a presença d e sub- base d o t ipo
SMC.
Brila graduada traiada com cimento
Trata- se d e um a sub- base int erm ediária ent r e o solo- cim ent o e o con cr et o co m p act ad o co m rolo (ÍJal b o ,
1993). A brita graduada tratada co m ci m en t o {8CTQ
t em bom d esem p en h o e acei t ação co m o sub- base
d e p avim ent os rfgidos, co m o os pisos indust riais, e é p ar t icular m ent e int eressant e no caso d os pavim entos ref orçados, q u e assum em baix a espessura d e p laca,
Este fato deve- se a q u e bases est abilizadas que apresent am el evad o m ó d u l o d e el ast i ci d ad e, co m o o
co n cr et o co m p act ad o co m rolo o u a BGTC,
acab am t r ab alhand o em conj unt o co m a p l aca d e con cr et o
e m um sistema d e placas d up l as não- aderidas, o n d e a cap aci d ad e d e ab sor ção d e esf orços está ligada à
m at riz d e rigidez d e cad a placa (I luang, 1993),
2IJ
Manual Cicrd.w de Pisos Industriais
Valcir de suporte cio subleito
Coeíicicnle de recalque no lopo do sistema (MPa/ m), para
espessura de sub- base igual a (cm)
CBR
(1 %)
K
<MPa/ m>
10
15
20
2
16
36
S4
69
3
24
50
72
91
4
30
60
84
107
S
34
66
92
117
6
30
73
99
126
7
41
77
105
133
a
44
&2
110
MO
9
47
115
146
10
49
119
151
ii
51
92
122
155
12
53
9S
125
159
13
54
96
127
162
14
56
99
130
166
13
57
101
132
166
16
58
103
135
172
17
60
105
137
174
IS
61
106
139
176
19
62
108
140
I7G
20
63
109
141
190
Tabela M t \ Jgb- basc de SMC - Sncrçmwiio çfe coeficiente de teeal< |ue k
So b o pont o ile vista estrutural, a BCTC
ê considerada um caso part icular d o solo- cim ento e o seu
increm ent o estrutural é avaliado, por falta d e dados m ais apropriados, co m as cur vas d e SMC (Pltta,
1996), com o p od e ser visto na t abela 5.4, que acab a sendo um valor multo conservador; na realidade,
em f unção dos m ódulos resilientes apresentados pela mistura curada e com pact ada, os valores seriam
int erm ediários ent re o SMC e o CCR,
As espessuras usuais situam- se ent re 10 e 20 cm e a resistência à com pressão sim ples aos 7 dias tem que
ser superior a 3,5 MPa. Deve- se atentar para o lim it e superior (ia resistência, que, se for m uito elevado,
indicará que o m õduio d e elast icidade irá ser alto e, neste caso, a base absorverá uma parcela significativa dos esforços, A faixa granulom ét rica pode ser (Balb o, 1993);
M.mu.il Oeidau (Fe Pisus Industriais
Peneira
as
% Passante
100
70 a 100
9,5
50 a 75
4,8
35 a 5 5
0,425
ííaas
0,075
Oa 10
Talitla 5.5: Faixa ^miiutomítrica reeomendíivcl
A A BN T (ABNT, 1990) indica ainda as seguintes (im it ações para a mistura;
*
*
Desgaste por abrasào Los Angeles inferior a 4 0 %;
Dur ab ilid ad e da pedra: perdas inferiores a 3 0 % e 2 0 % no sulfato d e m agnésio e sulfato de
sód Io, respecti va m ente;
*
índ ice de forma inferior a 2;
*
Equivalent e em areia m aior que 3 5 %;
*
Espessura m ínim a da cam ada d e 100 mm e máx ima d e 150 mm;
*
Resist ência ã com pressão sim ples superior a 3,5 MRa e inferior a 0,0 MPa,
Concr et o compactado
com
rolo
O concret o com pact ado com rolo - CCR - é lalvez o m ais recent e m at erial para a conf ecção de subbases, e seu surgim ento decorre d o sucesso q u e o m aterial vem apresentando na conf ecção de barragens, co m sistema ex ecut ivo sim ilar às barragens d e terra,
Pode ser def inido co m o unt concret o d e consist ência seca, q ue no estado fresco permite? ser misturado,
t r ansp or t ad o, l an çad o e ad en sad o co m eq u i p am en t o s u su al m en t e em p r eg ad o s em ser vi ço s d e
t erraplanagem (Andr iolo, 1989).
A dif erença básica ent re a BCTC - ant eriorm ent e definida - e o CCR está no consum o de cim ent o m ais
el evad o deste e na náo- necessidade da observância do uma granulom et ria t ão rigorosa; e, adicionalm ent e, pesquisas têm dem onst rado que a energia de com p act ação é m uito m enos relevant e do que o
teor d e cim ent o, que acaba governando as sua propriedades m ecâni cas {Trichês, 1994),
Muit as vezes conf undido co m o concret o pobre, o CCR pode ter consum os variados, sondo cap az de
atingir resist ências elevad as para diversas aplicações, podendo ser até em pregado com o cam ada de
rolam ent o, com o um pavim ent o rígido,
Na f unção d e sub- base, admitindo- se q u e a faix a d e var iação d o m odulo d e elast icidade (m ód ulo de
def or m ação elást ica) esteja sit uado ent re 7 GPa c> 14 GPa, levaria a consum os aprox im ados ent re 80 e
120 kg/ m- 1, Nesta faixa d e consum o (Trichês, 1994), a massa específ ica seca m áx im a estaria ao redor de
2.250 kg/ m 1 e a resistência à com pressão, ent re 4 MPa e 10 MPa.
O CCR apresenta a f acilidade d e ser fornecido pelas concret eiras em cam i nhões d o tipo be tone ira,
f acilit ando m uito o seu em prego, devendo- se apenas atentar para q u e misturas secas p od em se desagregar durant e a descarga; a tabela 5.6 apresenta o increm ent o do coef icient e d e r ecalque k (Rodrigues e
Pi tia, 1997).
30
Manual
(HHI.UI
ÍSsos Industriais
Valor ric suporte do m b k ilo
Coeficiente de recalque no topo rio sistema íMPa/ ml, para
espessura de sub- base igual a (cm)
CBR
( 1 %)
K
(MPa/ m>
10
12,5
15
2
16
65
77
98
3
24
87
101
126
4
30
101
118
145
S
34
11,
120
158
6
38
120
138
169
7
41
127
145
177
6
44
133
152
186
9
47
140
159
194
to
49
144
164
198
11
51
148
168
204
12
53
152
173
209
13
54
154
175
211
14
56
150
179
216
15
57
160
182
219
16
59
164
186
224
17
60
166
186
226
ia
61
168
190
229
t9
62
170
192
231
20
63
172
194
233
Tabela 5,6; Sub- h.ise de COS incremento <k> coeficiente d® recalque k
Manual Oeidau <fe fisoK Intluslriiils
31
Tecnologia do Concret o
6
6.1 Introdução
Ao buscar elaborar unia especif icação que atenda à necessidade d e concret os para pavim ent os industriais, é necessário que se entenda com o o concret o é tratado no Brasil e quebrar uma série de paradigm as
ex istentes sobre o assunto, q u e acabam sendo fom entados por falta adequada de inf orm ações o u até
muitas vezes em f unção d e ações com erciais.
A nossa at ividade tem trazido a oport unidade de vi venci ar inúm eros casos em q u e há sérias pat ologias
em pavim ent os industriais, ou pisos co m o são com um ent e designados, not adam ent e naqueles em que
não há projeto ou diretrizes especif icas e o concret o d o pavim ent o é tratado cont o um concret o dc
estrutura, cuja ênfase d e suas propriedades se concent ra ex clusivam ent e na resistência.
Ob vi am en t e, para as estruturas, essa t am bém não é a única propriedade im portante, mas para pisos
|n> d{'irnis dizer que essa caract eríst ica sítua- se em im port ância a pat am ares sim ilares à retração hidráulica e resistência ao desgaste.
Na realidade, sendo at é um pouco mais incisivos, diríam os q u e a ret ração hidráulica lidera com m ais
do 9 5 % o ranking das pat ologias encont radas nos pavim ent os, e dentre estas é assustador o núm ero de
problem as q u e temos encont rado naquelas q u e se referem à ret ração inicial d o concr et o, a qual ocorre
nas prim eiras horas de concret agem .
O m ot ivo disso é q ue essa propriedade, além d e não ser cont rolada, acaba sendo inf luenciada por
alguns paradigm as que cont ribuem fortemente para o seu increm ent o, Dent re eles poderíam os cit ar em
prim eiro lugar aquele q u e diz que, quant o m aior for a resistência m ecânica d o concr et o, m elhor será a
q ualid ad e d o pavim ent o.
Ou t r o paradigm a bastante crít ico e com um de observam os é aquele relativo à especif icação, além da
resistência m ecânica, d e uma relação água/ cim ento m ínim a, f; lógico q u e cm algum as situações crít icas
p od e al é ser im port ant e cont rolar a perm eabilidade d o concret o, mas, por ex em plo, para um cent ro de
dist ribuição, não faz sentido a dupla especif icação. Longe de ser uma especif icação benéf ica, a ad oção
de baix as relações água/ cimento leva a um aum ent o da ret ração hidráulica pelo ex cesso d e pasta de
cim ent o na mistura, t ornando o concret o suscept ível à retração autógena (í lolt, 2000),
í f echando a lista dos grandes paradigm as, tem os o consum o m ín i m o d e cim ent o, sendo adot ados
valores elevados, acim a d e 350 kg/ m', co m o just ificat iva para im p lem ent ar a resistência ao desgaste do
concret o, muito em bora não haja trabalhos cient íf icos dem onst rando a direta cor r elação ent re os dois
fatores, Na realidade, com o verem os mais adiant e, a resistência m ecânica, principalm ent e à t ração, é
q u e governa essa propriedade e, co m o é d e conhecim ent o geral, esta é inf luenciada pela relação a/ c e
não pelo consum o d e cim ent o,
Mas, afinal, qual é o concret o ideal para pisos? É aq u el e que apresent e as resistências - abrasSo, compressão e t ração na f l ex ào - ex igidas em projeto, possua alta cap acid ad e d e def orm ação e alongam ent o
M.IIHI.II ticrdiiu (tf Pisos ImlusLri.iis
na ruptura, perm it indo q ue el e se def orm e e dissipe as tensões geradas pela retração e def orm ações
t érm icas a q u e o pavim ent o estará sujeito ao longo da sua ut ilização.
No m undo real, este concret o ideal não existe, t alvez algum concret o d e cim ent o m odif icado com
polím ero possa chegar próx im o, mas a t endência é que, co m o em prego d e cim ent os cada vez m ais
finos, o concret o real se afaste do ideal- Nossa busca é evit ar que isso ocorra,
6.2 Resistência mecânica do concreto
Ü concret o em pregado fiara pavim ent os d eve ter a resistência necessária, q u e é a especif icada em
projeto, Embora esta d eclar ação seja ób via, na realidade o que querem os enfatizar é que o em prego de
concret os com resistências m uito mais elevadas não trazem benef ícios estruturais ao pavim ent o.
Por ex em plo, um increm ent o do 7 0 % traria u m aum ent o na cap aci d ad e estrutural do piso em apenas
1 2 % (Ri n g o e Anderson, 1992), e mesmo essa vant agem com certeza estaria sendo of uscada pela probab ilid ad e d o aum ent o de patologias,
Para q ue possam os ent ender esse ef eit o, é necessário com preender os esforços envol vi d os em uma
placa d e concret o apoiada em um m eio elást ico e que tem certa liberdade d e m ovim ent ação, durante
as prim eiras sem anas da ex ecução, O concret o retraindo, irá prom over o encurt am ent o da placa o este
tende a ser im pedido pelas f orças d e atrito que se desenvolvem com a sub- base,
Nest e processo, quant o m enor for o m ódulo d e elast icidade d o concret o, m ais essas deform ações elást icas poder ão com pensar o atrito e, m ais im portante, m aior será a íluência ã t r ação 1 , perm it indo o
alívio das tensões geradas. Ou t r o f enôm eno associado co m a retração é o em penam ent o do concret o,
que será tratado m ais adiant e, que t ende a ser mais elevad o e danoso quando o m ódulo d e elast icidade
do concret o é maior.
Embora esses fatores sejam relativamente simples d e ser compreendidos, surgiu no Brasil a idéia disseminada
que o CAD-concreto
de alto desempenho que é um concreto de resistências elevadas, embora não seja apenas
essa a sua grande característica, poderia ser empregado em pavimentos com grandes vantagens, e o que se
observou foram experiências desastrosas pelas elevadíssimas retrações experimentadas por esses concretos.
Mai s q u e nas estruturas, a resistência m ecânica d o concret o d eve ser ot im izada para perm it ir a sua
obt enção com valores m ais adequados d e m ateriais ci m en t i d o s e, para isso, a análise dos agregados
t am bém é m uito im portante.
A resistência d o concret o está int im am ent e relacionada à resistência da pasta de cim ent o, d o agregado
e da interface pasta- agregado, sendo esta bastante crít ica no caso de esforços á t ração na flex ão.
O prim eiro fator a ser analisado é a r elação água/ cimento, a/ c, ([Lie representa seguram ente o principal
parâm et ro da resistência do concret o. Trabalhos ex perim ent ais indicam que a relação a/ c ex plica, em
m édia, 9 5 % das variações da resistência à com pressão; q uand o se trata d o m odulo d e ruptura - resistência à t ração na flex ão
tem- se observado que a Lei de Abrams,
quando considerada isoladam ente, é
insuf icient e para ex plicar as parcelas mais ex pressivas dessa resistência {Bu ch er e Rodrigues, 1983),
de vendo- se lançar m ão d e outros fatores, principalm ent e da aderência pasta- a grega do, q u e é fruto não
só da resistência da pasta, m as t am bém da textura e forma do agregado graúdo.
1
34
I ItiôricLi (í ,i deforma- lo COT1 o teniiMi qoe u concreto ajiresenla, devida a uin,i carga atuando [íefmüntJnlemiJfittV
Manual Cleid.ni de 1'ÍMÍS Industriais
Os agrega cios af et am not adam ent e a resistência à t ração na flex ão, d evi d o principalm ent e à natureza
minera lógica, forma geom étrica e textura das part ículas, Ensaios com parat ivos com seix o rolado, q u e
possui superf ície lisa, e calcár io brit ado indicaram que nesie a resistência à t ração na flex ão p od e ser at é
2 5 % m aior para a mesma relação a/ c (Kaplan, 1963), O m esm o estudo indica que, quant o m aior f o r o
vol u m e do agregado graudo co m relação ao total, m enor será o m ódulo d e ruptura, devido ao aum ent o
da dim ensão m édia do agregado total.
Qu an t o à form a, agregados com part ículas que se afastam da form a esférica conf erem ao concr et o
maior m ódulo d e ruptura, pelo sim ples fato cie apresentarem maior área d e cont at o com a argamassa e
um m elhor engaste, Esse afastam ento d eve ocorrer dentro de cert os limites, sendo q u e a forma ideal 6 a
cúb i ca. Concret os com agregados disform es (form a d e disco) ou aci cul ar es (forma d e agulha) apresentam baix a resistência à flex ão, além d e facilit arem a f orm ação d e bolsòes, por dif icult arem a saída da
água ex sudada, dim inuindo a aderência matriz- agregado (Bu ch er e Rodrigues, 1983),
6.3 Resistência ao desgaste
Embora a resistência ao desgaste devesse estar t am bém enquadrada no item precedent e, pois não deix a
de fazer part e das propriedades resistentes d o concret o, preferim os tratá- la Isoladam ent e em f unção da
sua im port ância no t em a,
Podem os def inir co m o resistência ao desgaste ou à abrasão a cap aci d ad e d e o concret o resistir a esforços abrasivos, d e c.tráler superfk ial, ,i que ele estará subm etido ao loií^ o cie sua vicia útil. Sr nos concretos estruturais essa propriedade não é pratic am ent e ex igida, nos pavim ent os ela acaba assum indo muita
im port ância, vist o q u e estes sem pre estarão sujeitos a algum t ipo d e ação abrasiva.
Estas solicit ações p od em ser d e diversas m agnitudes, desde as m ais brandas, co m o o tráfego d e veículos
leves, at é solicit ações m ais severas, co m o o tráfego intenso d e pedestres, em pilhadeiras industriais d e
rodas rígidas, veículos co m rodas m et álicas, arrastes d c cargas ou peças m et álicas, que podem ser ainda
mais increm ent adas dependendo da quant idade d e part ículas abrasivas deposit adas sobre o piso.
í interessante observar que, nos dois últimos anos, temos observado, com mais intensidade na região Sudeste
do Brasil, o aumento ex pressivo dc problemas de desgaste ex cessivo, principalm ente em áreas que no passado eram imunes a esse tipo d e ocorrência, com o as garagens d e edifícios residenciais e comerciais,
Um dos m ot ivos que poderiam ex plicar essas ocorrências é o baix o crescim ent o da resistência d os
concret os após os 1V> dias de idade: no passado, um concret o com pr ado co m resistência de 1 5 MPa
podia f acilm ent e atingir pat am ares bastante elevados, co m idades m ais avançadas, devido a característ icas de finura que o cim ent o apresent ava; eesse falo acab ava por com pensar uma especif icação inicial
mal- feita para o concret o. At ualm ent e há p ouco acréscim o na resistência em idades m ais avançadas.
Ou t r o fator im portante são os agregados hoje disponíveis, muitos deles co m ex cesso d e finos que, por
possuírem massa específ ica m ais baix a, acab am af lorando na superf ície durant e o processo d eex su d ação
e tornando- a m enos resistente, O m esm o pode ser dito com r elação às ad ições do cim ent o.
No estudo dessa propriedade im portante, norm alm ent e esbarram os em uma dif iculdade operacional,
q u e ê a falta d e m ét odos d e ensaio que perm it am a aval i ação precisa tanto d o concret o co m o d os
produtos d e endurecim ent o freqüent em ent e em pregados nos pavim ent os industriais, O m ét odo d e ensaio hoj e disponível no Brasil (ABNT, 1992) foi conceb id o para argamassas d e alta resistência, que eram
polidas, deix ando os agregados aparentes, conf erindo a elas valores abrasivos elevados.
M .IIIIM I
(íeidiiu <tv Plíos liukjstri.ils
Hoj e, com o emprego d e pisos monolíticos ond e é feita apenas uma aspersão superficial de agregados de alta
resistência (sistema clry-shâke), ou é aplicado sobre o concreto líquidos endurecedones, o aluai método cia
A BN T costuma destruirá cam ada superficial endurecida, não permitindo uma boa avaliação desses produtos;
além disso, há enorm e dispersão entre os resultados dos poucos {quatro) laboratórios que disponibilizam esse
ensaio. Portanto, há necessidade urgente de adoção de outro método d e ensaio que permita a avaliação m ais
precisa da resistência à abrasão, pois é muito difícil executar uma especificação apenas com base qualitativa,
Entre os diversos fatores q ue podem influenciara resistência ao desgaste, o principal é a resistência do concreto,
co m o podemos visualizar na figura G.1 (LIU, 1994), que mostra a perda |>or abrasão em ensaios disponíveis na
ASTM, na qual observamos que, independentemente do tipo d e ensaio, quanto menor a relação água/ cimento,
o u seja, maior a resistência, menor será a perda de massa do concreto. O mesmo autor (LIU, 1994) também
apresenta resultados de ensaios com quatro agregados diferentes, na figura 6,2; com parando os ensaios de
cal cár i o e quartzlto, observamos q ue este agregado ê mais duro e aresist ênciado concret o tem m enos influência.
Relação águíVcirrerUo
FI GU RA & .I Í
Ciei to da resistência mecânica sobre o deígaslc
Calcário
Quartzlto
Rocha sedimentar
Chert
21
26
35
42
43
56
63
70 (MPfl)
f ij^ir.i fc.2:tnfl uénc ia da fCí istçnc ia de cqrc reto e das agregados na jjçrdá por abras,Io
Manual (ierdnu de Pisos Industriais
Embora a resistência cio concret o det erm ine a cap acid ad e d e o piso ser resistente? ao desgaste, ex istem
outros fatores q u e podem influenciá- la; dentre eles, a ex sudação pode ser um dos mais importantes,
pois é capaz d e alterar bastante a resistência superficial do concret o.
Vale a pena ressaltar que, quando em pregam os apenas a resistência do concret o co m o ferramenta de
cont role da retração do concret o, podem os ter a necessidade da ut ilização dc1 valores m uilo elevados em
toda a espessura da placa, enquanto apenas a superfície t io pavim ent o estará sujeita aos esforços abrasivos,
Para evit ar o em prego de em concret o m uito resistente em toda a espessura da placa, é bastante com u m
a ap l i cação do revest im ent o de alta resistência ao desgaste, incorporado à superf ície pelos sistemas do
aspersão do misturas secas d e cim ent o {dry-shnke),
tax as var iando ent re 4 kg/ m* e 9 kg/
m 2,
durant e a fase d e acabam ent o, ou mesmo pela incorporação de
argamassas especiais - sistema úmido- sobre- úmido
O uso dos dry-shakes
agregados (m inerais ou m et álicos) o aditivos, em
q u e conf erem elevada resistência ao desgaste.
tem- se popularizado bastante no nosso m eio, ex ist indo linhas d e produtos co m
apelo estético, f ornecidos em am pla gam a d e cores. Nor m alm ent e esses produtos perm it em a obt enção
de valores adequados, mas estão sujeitos t am bém à ex su d açl o d o concr et o, pois variações nos teores de
água na superf ície p od em alterar subst ancialm ent e a resistência superf icial,
Dent ro da linha da resistência m ecâni ca, podem os inferir q u e os m étodos ex ecut ivos q u e afetam essa
propriedade acab am t am bém cont ribuindo para a d ur ab ilid ad e d o piso, Por ex em plo, acabam ent os
ex ecut ados com equipam ent os m ecânicos apresent am resistência ao desgaste m uito superior àqueles
acabados m anualm ent e (LIU, 1994); da mesma forma q u e cont ribuem , essas t écnicas podem piorar o
desem penho, caso se em preguem procedim ent os inadequados, com o lançar água sobre a superf ície
durant e a fase d e acab am ent o o u def iciências nos processos d e cura.
6.4 Retração do concreto
A ret ração t io concret o vem sendo um dos temas m ais importantes para a evol u ção dos pisos industriais
e, por este m ot ivo, d eve ser o m ais est udado e pesquisado por aqueles interessados no assunto, quer
sejam tecnologistas do concr et o, projetistas de pavim ent os, ex ecutores e fornecedores de insumos.
Sc a retração do concret o não for levada em consideração, terem os o insucesso do projet o em f unção
das inúm eras fissuras presentes; e quando adequadam ent e considerada, representa parcela significat iva
nas tax as de reforço. A título d e ex em plo, em um pavim ent o cont inuam ent e arm ado, emprega- se taxa
do armadura ent re 0 , 4 % o 0 , 0 %, e ainda é possível observarm os fissuras, Para controlá- las integralmente, o pavim ent o deveria ter taxa d e arm adura - relação ent re a área de aço e da seção da placa - da
ordem de 1 % (WRI, 1996); apenas para com parar, em um piso industrial co m placas modestas, digam os
at é 12 m, essa taxa d e arm adura é inferior a 0 , 1 %.
Inf elizm ent e a realidade que enfrent am os hoj e é m uito diferente: p ouco se tem pesquisado sobre o
assunto e muito m enos im port ância tem- se dado a ele. Freqüent em ent e temos t est em unhado depoimentos d e profissionais do setor que acab am sim plesm ente culp and o as cond ições ex ecut ivas ao invés
de buscar as causas verdadeiras d o problem a, Acredita- se q u e isso venha ocorrendo principalm ent e
porque t em os novas formas d e pat ologias que ainda não sabem os ex plicar adequadam ent e, principalmente aquelas relat ivas às prim eiras idades d o concret o (< 24 horas) em um estágio em que a adoção tie
reforços com o telas ou fibras de aço ainda não apresent am uma aderência efetiva com a matriz a ponto
de restringirem a abertura das microfissuras.
M .IIIIM I
( Í M LI U - I
(FE
Pisus liuhjstri.ILÜ
Al é a década d e 1990, analisar as patologias referentes à retração hidráulica era tarefa relat ivam ent e
sim ples, pois as fissuras t inham com port am ent o perfeitam ente previsível, f uncionando com o juntas eram inclusive paralelas a estas - , denot ando o u atraso no con e das juntas, ou reforço inadequado para
o com prim ent o da p l aca, ou posicionam ent o inadequado das arm aduras. Co m o aprim oram ent o cias
t écnicas d e dim ensionam ent o e ex ecut ivas, podem os considerar q ue houve drástica redução nesse tipo
de pat ologia, m as surgiram outros t ipos d e fissuras, que só podem ser ex plicadas pela ret ração nas
prim eiras idades (Holt , 2000], o u m elhor, nas prim eiras horas,
Essas fissuras não d evem ser conf undidas com as fissuras d e ret ração plást ica, q u e ocorrem no estado
plást ico cio concret o, q uand o t em os a Incidência dc? vent os na superf ície e que possuem caract eríst icas
peculiares, ocorrendo em grupos de fissuras paralelas ent re si e ort ogonais ao vento predom inant e. As
fissuras a q u e nos referimos ocorrem q uand o o concret o já não está mais plást ico e p od em ser causadas
tanto por ret ração hidráulica ou autógena - aquela que acont ece sem que haja troca d e um id ad e com
o m eio am bient e,
Essas fissuras apresent am com port am ent o na f orm ação com plet am ent e aleat ório, criando um padrão
de fissuras dif ícil d e im aginar co m o se iniciou, fi m uit as vezes essas fissuras estão muito próx imas a
juntas serradas, evi d enci and o que ocorreram antes d o cort e e q u e event uais reforços em pregados para
com batê- las ainda não est avam atuantes.
Robert Yuerberg (Yuerberg, 1907} há m ais de quinze anos alertou sobre a influência das alt erações nas
caract eríst icas cios materiais, con d i ções am bient ais q u e estariam levando grada ti vãm ent e ao aum ent o
da r et r ação h i d r áu l i ca d o con cr et o; t am b ém alert ou co m m uit a p r op r i ed ad e q u e o em p r ego d e
especif icações ex cessivas, resistências muito elevadas e concret os cie abat im ent os ex agerados acabam
cont ribuindo para esse problem a.
Embora abordagem sim ilar já tenha sido feita em artigos de Congressos anteriores (Rodrigues, 1997, e
Rodrigues e Mont ar do, 2001), irem os novam ent e abordar fatores que afetam a retração do concret o,
m as considerando t ant o a ret ração hidráulica clássica com o a q ue ocorre nas prim eiras horas.
Tem peratura
Nós brasileiros, t alvez pelo fato d e estarmos acost um ados com o nosso clim a, consideram os geralm ent e
perfeit am ent e norm al um a concret agem co m temperatura am bient e d e 30"C. Freqüent em ent e quando
se pergunta aos t écnicos das concret eiras quais os procedim ent os que serão em pregados para enfrentar
a concret agem sob tem peraturas elevadas, a resposta- padrão é: em pregarem os adit ivo retardador de
pega(!), co m o se isso fosso o suf icient e para cont rolar os m alef ícios da temperatura, que irão redundar
na perda de água do concret o.
Ob vi am en t e q u e essa posição não é com part ilhada por t odos os produtores d e concret o, m as a m aioria
acredita que retardar a pega cio concret o é a solução, enquant o a ver dade é bem diferente. Cond i ções
clim át icas adversas -• vent o, um id ad e relat iva d o ar, tem peratura am bient e e d o concr et o - afetam
drast icam ent e a ret ração d o concr et o e esse ef eit o pode ser m ed i d o pela taxa cie água evapor ada,
conf orm e mostrado na figura 6,3 (Holt , 2000],
Mai s didát ica ainda pode ser a figura 6,4 (Holt , 2000), que apresenta o com port am ent o do concret o
para três cond ições cie evapor ação bastante distintas, f! interessante observar que após as prim eiras 24
horas, a curva de retração 6 bastante sim ilar para as diferentes cond ições d e evap or ação.
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1
4
6
12
1
Horas
14
20
42
56
Dias
Figura 6,4
As cond ições q u e devem os seguir paro concret agens em clim as quentes são perfeit am ent e definidas
( A G, 1999)/ m as algum as pr ovidências sim ples podem ser tom adas sem custos adicionais e que benefici am m uito o concr et o, com o: não em pregar cim ent o quent e, manter os agregados na usina sem pre
úmidos, perm it indo o seu resfriamento, durant e o transporte não em pregar rot ações m uito elevad as no
cam inhão- be tone ira, efetuar as concret agens cm horários m ais frescos d o dia e m ant er o concret o
protegido da incidência d e ventos.
Agregados
Os agregados podem interferir na ret ração hidráulica do concret o por duas vi as diferentes. A prim eira
pela sua qualidade, pois agregados sujos ou com ex cesso d e m ateriais pulverulent os ou co m característ icas desf avoráveis podem au m en t ar a retração ent re 2 5 % e 7!> % [Ylterberg, 1987). Um fato verdadeiro
nos grandes cent ros consum idores é a escassez d e agregados d e boa qualidade, havend o a disseminação d o em prego de agregados com ex cesso de m aterial pulverulent o e, com o a resistência d o concret o
pode ser m ant ida mesmo co m o em prego deles, acabam passando desapercebidos.
A pasta d e cimento com liberdade total d e m ovim ent ação chega a ter retração quatro a cinco vezes superior
ao concreto (Ytterberg, 1987), e essa diferença pode ser ex plicada pela restrição que os agregados impõem
à m ovim ent ação da pasta; este fato vai estar associado com o módulo d e elasticidade dos agregados.
A outra vertente é relativa aí) volum e em que eles estarão presentes, pois sendo a pasta d e cim ent o o
agente causador da retração, quant o menor for a sua quant idade, m elhor será o desem penho do concret o.
A quant idade de pasta d eve ser suficiente para preencher os vazios dos agregados e estes variam t am bém
com a dimensão máx ima empregada, que não d eve ser superior a um terço da espessura da placa.
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nos pavim ent os industriais a linha prioritária d o dim ensionam ent o está embasada pela Escola Euro-
péia (Rodrigues, 2004), que privilegia espessuras delgadas, acabam os ficando limitados na brita do dimonsào máx ima d e 32 mm, m as os ex ecutores preferem sempre trabalhar com britas d e dim ensão m áx im a de
19 mm, o que acaba aum ent ando as variações volum ét ricas do concreto, f or ex em plo, a m udança da
brita de 40 m m para a d e 19 m m im põe um aum ent o na retração d e até 2 5 % (Harrison, 2004),
Finalm ent e, há agregados que p od em alterar o com port am ent o da ret ração do concret o em f unção da
cap aci d ad e d e absorverem água, bem co m o aqueles de baix o m ódulo, que acab am im pondo pouca
restrição à m ovim ent ação da pasta no concret o,
Cimento
Sem dúvida, o cim ent o é o grande fator q ue cont rola a ret ração d o concret o, pois, ef et ivam ent e, é d e
q u e sofre as variações volum ét ricas relat ivas à perda de água. Apenas esta r evel ação já define um pont o
im port ant e: quant o m aior o consum o d e ci m en t o, m aior será a ret ração do concret o, m ant idas <is
d em ais cond ições.
Ou t r o fator importante refere- se à finura d o cim ent o, pois quant o maior ela for, m ais inf luenciará na
ret ração. Esta inf luência não se d eve apenas ao m aior consum o de água q u e ele ex igirá - devido ã m aior
área específ ica d e suas p ar t ícu l as- , mas principalm ent e d evi d o ao efeito restritivo das part ículas maiores sobre a ret ração. Ex plica- se; da mesma forma q ue os agregados reduzem a ret ração total do concre*
to, pela restrição à m ovim ent ação da pasta, part ículas m ais grossas d e cim ent o, que não se hidratariam
nas prim eiras sem anas, poderiam fazer o papel dos agregados,
Cim ent os com ad ições d e escória de alio forno e pozolanas tendem a ser m ais retrateis do q u e o cimento port land puro, podendo chegar em acréscim os d e ate 2 0 % para cim ent os p o?ol ãni cos e em at é
para o caso da escória (JMeville, i 997),
Co m relação ao com port am ent o da ret ração em relação ao teor d e água d o concret o, é bastante clar o
que quant o m aior ele for, m aior a ret ração total, conf or m e mostra a figura 6.5 (PCA, 2002), Um p ouco
m ais dif ícil de com preender á que a relação a/ c p od e não ter grande inf luência na ret ração total, pois
q uand o ela é m uito baix a, observa- se um aum ent o ex pressivo na retração aut ógena.
Água (kg/m*)
Figura
40
Consumo de água c a rrtraçito do concreto
M H I I H JLI I
( H TÍ I .H I
di" Pisos luduslri.iis
A ret ração autógena ocorre sem q u e haja troca d e um id ad e com o m ei o am bient e, pois a água q u e está
present e nos poros capilar es reage com o cim ent o e a sua saída dos poros acaba gerando a retração,
Portanto, podem os inferir que quant o m enor a disponibilidade de água (m enor a relação s/ c),
m aior
será a retração aut ógena.
Pbr ex em plo, para um concret o com a/ c igual a 0,3, cerca d e 5 2 % da retração total será d e natureza
autógena e 4 8 % de retração por secagem - que ocorre com perda d e massa, fxiís a água evapora, Para
relações a/ c superiores a 0,53, a porcentagem (ia retração autógena passa a ser desprezível (Burrows, 1990).
6.5 Recomendações para escolha do concreto
Conform e já cit ado anteriormente, a escolha não deve basear- se ex clusivamente na sua resistência mecânica, mas também atentar a outros pontos importantes, com o a trabal hábil idade - que irá depender dos
métodos de mistura, lançamento, adensamento e, principalmente, d e acabam ento do concreto - e a durabilidade, que será fortemente influenciada pela retração hidráulica, ex sudação e resistência ao desgaste,
a) Consumo dc cimento
O cim ent o não é só importante com o agent e gerador d e resistência m ecânica no concret o, m as também tem um a f unção prim ordial na trabal hábil ida de; suas part ículas ultra finas atuam co m o verdadeiros
rolamentos, reduzindo o atrito ent re as outras m aiores, com o as da areia (Rodrigues, 1990), além de
aum ent ar a coesão da mistura fresca, reduzindo a ex sudação.
Essa função não é cum prida apenas pelo cim ent o, mas t am bém pelo ar naturalm ente o u art if icialm ent e
incorporado durant e a mistura, e ainda por outras part ículas, supost am ent e inertes, inferiores a 0,15
m m (Meville, 1982}, o u m esm o pozolanas ou escória básica de alto- forno. Em vista disso, recom endase (PCA, 1983} com o teor m ínim o d e finos os valores da tabela Ô.1.
Dimensão Máxima do
Agregado
Teor dii$ finos
12
15
300
19
320
12,5
350
Tabela 6.1 :Tew mínimo de íl nos
Quant o ao consum o d e cim ent o, el e d eve ser suficient e para permitir um bom acabam ent o superíit ial,
mas q uand o em pregado em ex cesso acaba cont ribuindo para o aum ent o da ret ração; preferencialm ente d eve at ender aos lim ites da tabela 6.2 (ACI, 2004).
b) Dimensão máxima característica
Qu an t o m aior for a dim ensão m áx im a caract eríst ica do agregado, m enor será o consum o d e cim ent o,
mas, por outro lado, com o já m encionado, o m ódulo d e ruptura tende a dim inuir com o increm ent o, e
o acabam ent o é f acilit ado pela r edução da dim ensão m áx im a. Esses fatores induzem q u e a dim ensão
máx ima não pode ser superior a 32 mm, devendo ser pref erencialm ent e 25 m m o u 19 m m , sem ser
maior d o que 1/ 3 da espessura da placa.
JV I . I I H M I
Oeiíl.IU
(TE
Cisas Industriais
41
Consumo de Cimentei {k^/ ni1 )
Máximo
Dimensão Máx ima do Agrc^adu
(mm)
Mínimo
280
310
320
350
360
37,5
25
19
12,5
330
360
375
• 105
415
Tabela 6,2: Consumos cie c imento recomcix lados
O agregado graúdo d eve s^ r pref erencialm ent e com post o por duas faix as granulo m ét ricas com erciais,
co m o 5 0 % d e brita i e 5 0 % d e brita 2, ou 7 0 % d e brita O e 3 0 % d e brita i , d e m od o a reduzir o vol u m e
d e vazios do agregado com post o, perm it indo a d i m i n u i ção d o teor d e argamassa (Rodrigues, 1990),
c) Abatimento (Siunip)
O surgimento dos pisos d e alto desem penho, caract erizados por el evad os f ndices d e p lanlcid ad e e
nivelam ent o, força o em prego tle concret os m ais plást icos, situados ent re 70 m m e 100 m m . Isso ocorre
pela necessidade d e se re- trabalhar o concret o durante o período d e dorm ência, q u e ant ecede a pega.
O em prego d e aditivos, nesses casos, d eve ser feito com caut ela, evitando- se os superplastiíicantes,
tom ando- se co m o referência a curva de perda de t rabalhabilidade do concret o, para garant ir o ret rabalho necessário. O abat im ent o d o concret o d eve ser pref erencialm ent e em pregado próx im o dos 50
m m , nSo d even d o ex ced er a 100 m m ,
cl) Resistência
A rosistôni ia à t ração na flex ào necessária r crit ério d e pr nj Ho, im poslo polo c.ilt ulisia. 1 interessante
observar que a sua influência na espessura da placa p od e não ser tão grande co m o se im agina.
Por ex em plo, um increm ent o cm t om o d e 7 0 % na resistência à com pressão, passando de 21 MPa para
36 MPa, leva à redução d e apenas 1 2 % na espessura da placa (Ringo, 1992}.
Para os pavim ent os estruturalmente arm ados, ond e a inf luência da resistência na taxa da arm adura é
m enos ex pressiva ainda, o falo d e se usar resistências mais elevad as reside na questão da durabilidade
superf icial, ou seja, resistência ao desgaste. À t abela 6,3 (ACI, 2004) indica os valores m ínim os de
r esi st ên ci a
em
f u n ção
(ia
u t i l i z ação
do
Classe do 1'iso
1T 2 o 3
5 f 6
7 KUl^lMll.)!
7 ioverlay aderido)
8 torarto>> nãn- adtKi(io)
9 Superplano
p i so
e
de
seu
r evest i m en t o ,
se
h o u ver .
Resistência Mínima
A C<llll|>A'Mi<l<i (Ml'it)
21
24
24
35
28
28
TaljíIa ú.3: Residência min Imã (Io corvcrcto
42
• M.niu.IL
(HHI.UI
(Í Í;
Pisos lnduslriuiis
7
Mat eriais Básicos
7.1 Cimento
No Br asil, h o j e, encont ram - se nor m aliz ad os ci n co t ipos d e ci m en t o por t land, d ep en d en d o d o t ipo do
t eor d c ad i ção , d en o m i n ad o s CP- I a CP- V. O CP- I cor r esp ond er ia ao ant igo ci m en t o port land co m u m ,
h oj e r ar am ent e p r od u z i d o, q u e t em as suas ad i çõ es lim it adas p r at icam ent e ao gosso.
O cim ent o CP- II é um ci m en t o com p ost o, isto é, à sua com p osi ção, al ém d o cl i nq uer por t land, são
agregada*
al ém do ^ esso
ad i ções at ivas co m o a escória do alto- forno 1 [CP- ltE), pozolana- (CP- II Z) o
f iler cal cár i o (CP- II F),
O s cim ent os CP- III e CP- IV cor r esp on d em aos ant igos ci m en t os port land d e alt o- f om o e p o z o l ân i co e
dif er em d o CP- II E e CP- II Z p el o teor das ad i ções. Finalm ent e, o CP- V é um ci m en t o q u e tem co m o
p r incip al caract eríst ica a alta resist ência i n i ci al , p od en d o t am b ém ser en con t r ad o na form a CP- V RS,
q u e apresent a resist ência aos sul fatos pela i n cor p or ação d a escória d e alto- forno.
As classes - níveis d e resist ência - p od em ser 25, 32 e 40, q u e cor r esp ond em ao m ín i m o d a resist ência
em MPa aos 28 dias d c id ad e, ex cet o para o C P- V . Na prát ica, a classe 2 5 n ão é m ais pr oduzida e a
t end ência - com o ap r i m or am ent o d o processo p r od ut i vo - será d e ex ist ir ap enas a classe 40; na t abela
7.1 são apresent adas as caract eríst icas f ísicas d os ci n co t ipos d e cim ent os (ABCP, 1994).
No s últ im os anos t êm ap ar eci d o al g u m as pat ologias, co m o a d el am i n ação super f icial (figura 7.1) e
alguns t ipos esp ecíf icos de fissuras q u e são cr ed i t ad as ao ci m en t o (Suprenant e Mal i sch , 1998) e são
relat ivas às ad i ções. No Brasil tem- se ob ser vad o este m esm o p r ob lem a em obras q u e se em p r eg ar am
ci m en t os c o m el evad o teor cie escor ia d e alto- forno, em b or a isto n ão seja um a regra.
O s ci m en t os co m ad i ções t êm co m o p ont o negat ivo os el evad o s t em pos d e p ega, sendo d esf avor áveis
q uant o ao acab am en t o e ao l on g o int ervalo cm q u e a ex su d ação p od e ocorrer, au m en t an d o a probabilidade (ia ocor r ên ci a d e fissuras plást icas, q u e aco n t ecem na fase i n i ci al d o en d u r eci m en t o do concr et o,
q u an d o este ai n d a se encont ra n o estado plást ico, Para os ci m en t os d e classe 4 0 , observa- se um a reversão posit iva nesse quadr o,
Co m o pont o posit ivo a dest acar, os ci m en t os co m ad i ções m ostram m el h o r d esem p en h o em f ace d os
at aq u es q u ím i co s (Fr ohnsd or f í, 1 9 8 4 ), n ot ad am en t e os d e escór i a d e alt o- f orno, q u e t am b ém t êm
t endência a m aior resist ência à t r ação na f lex ão para um m esm o nível d e resist ência à com pr essão.
Paradox al m ent e, esses ci m en t os n ão apresent am com p or t am en t o d e resist ência
abrasão co m p at ível
co m suas car act er íst icas ant er ior m ent e cit adas,
1 A eHÓri.i gTiUiiiladi de allii- lbnl» 6 I M I siibfinxlLilo da fabricação tk> aço e apresento e(im|K»içào química similar ,M J < I Í I KJI KT, («STIN H m
forro» vil km, sendo consideradosrimcriHoslalfrutes, cuja ativação ooom' |*»U |ww«r»çci do nkirtiKkk) c te cdldo liberado iw hidratarão cl»
droeril» |xjtll< ind,
• Malcrl.lls |)OJCOIAOICOÜ d o aquele» (|W por si sfi não [Missueni atividades cimeiiliVeas 111,1* que su> i,i|»,i/i'i» ílc M' mmhiliiir «uni
0 hidróxido tle rã lei», formando corii|> miQs similares ,10 do ririem o fjortlnnd hidratado.
1 As classes 2$, 32 t 40 11,lo se aplicam ao cimento (!I'- V, embora sen nível dc resislèiicla final ultftpMM a classe 40b
A1aiui.ll (leidau (Fe Pisos Industriais
43
Fi^urj 7,1: AsjM-ctOF (i.i (lel.imin^.io
(SjjjraiameM.ilIschi, 1MB)
7.2 Agregados
Os agregados representam em m édia cerca dc 7 0 % da com posição do concret o e isso 6 um indicat ivo
da im port ância q u e eles representam nas suas propriedades.
inicialm ent e, imaginava- se q u e eram inertes, mas hoje é sabido que alguns tipos p od em reagir com o
cim ent o, algum as vezes d e m aneira f avorável, m elhorando, por ex em plo, a aderência com a m atriz de
pasta d e cim ent o, outras dc m odo delet ério, co m o as reações do tipo álea li- agrega do ou álcali- carbonato, que produzem géis ex pansivos, capazes d e destruir a estrutura do concret o. Felizm ent e, para os
pisos, a ocorrência dessas reações ex ige algum as cond ições específicas, co m o presença const ant e de
água, nem sem pre observadas.
44
M . M U JL
( K T Í I . H I DI.1
Pisos liukMri.ii*
Tempos de
I KW
Finitfa
Tipo de
cimento
|)f)rtlaitd
Classe
Resíduo IU
peneira
7 3 > JM
1%)
25
CP- !
Cf . II t
25
CP- II 7.
32
CP- II 1"
ao
Fim
th)
(b)
A ífiu
(mm)
A
(|iK'ii!e
(mm)
1 dia
(MPa)
dias
3 dias
(Ml*,IÍ
7 dias
(MPa)
(MPa)
£
È 15,0
£
£ 10,0
£ 20,0
i 32,0
£ 15,0
£ 2 5 ,0
£ 4(1,0
£ 1 5 ,0
£ 2 5 ,0
£ 10,0 £ 20,0
£ :i2 ro
•
£ 2S,0
a i2 , o'"
8,0
01 dias
(M P,I)
12,0
32
40
(rnVIífil
Início
£240
£
CÍM S
AÍÍM
específica
kcsislcnch! compressão
rs|),ni> iltiliri,nti
£ 2 6 (1
£ 10,0
£
1
£10*
i S' "
£260
i2 .| 0
£
8,0
£ 12,0
i 2 &0
£ 10,0
£
I
£ 10"'
í 5'"
£5
*
i 2'60
£ 15,0
25
£
EI 1 - TU
£ >
Cf- iv"
£12' "
8,0
i 25,o
a i5 ,o
£ 5
20,0
32
£ 10,0
40
£ 12,0 £ 23,0
•
£
1
£ 1 2 '"
í S' "
i 6,0
£ :>otj
£
1
£ 1 0 "'
£ 5 '"
£ '1:1,0
£48,0"
S l 5,0
S
25,0
s :i2,o"'
£ 10,0
£ 20,0
£
32,0
£ 1 0 ,0 " "
£ 1 '1,0 £ 24,0
£ 34,0
•
32
CP- V ARI
£ '1 0 ,0 '"
È 11,0
25
£ fl,0
A
£5
-
-
TaUcla 7.1: Exigências físicas c mecânicas
O em prego dos agregados ria f abricação d o concret o pode ser resum ido em três m ot ivos básicos: (a) a
ób via r edução de custos, já que esses m at eriais são bem m ais baratos q u e o ci m en t o port land; (b)
cont ribuir para o aum ent o da cap aci d ad e estrutural e do m ód ulo d e elast icidade do concret o e (c)
cont rolar as var iações volum ét ricas, principalm ent e as advindas da retração hidráulica d o cim ent o,
Da m esm a forma que nos solos, as imensas dim ensões territoriais do nosso país faz co m q ue a diversidade dos agregados t am bém seja grande, tornando- se m uito importante a aval i ação d e suas propriedades,
q u e são regidas pela norm a NHR 7211 - Agregados para concret o (ABNT, 1990). De m aneira geral, se
um det erm inado agregado p od e ser em pregado em concr et o convenci onal , elo poderá ser ut ilizado
para os pavim ent os industriais; as ex ceções são apresentadas nos itens a seguir.
Os agr egad os p o d em ser cl assi f i cad o s co m o nat urais, q u an d o não necessi t am d e p r ocesso d e
benof iciam ent o, caso das areias e seix os rolados e os art ificiais, co m o a pedra britada. Sob o pont o d e
vista do granulom et ria, os agregados podem ser subdivididos em m iúdo e graudo; no prim eiro caso,
geralm ent e d enom inad o co m o areia, a dim ensão m áx im a caract eríst ica é d e 4,8 m m , e os graúdos são
aqueles q ue apresent am part ículas acim a dessa dim ensão.
1
Ensaio faculiailvo,
t loiras
,is [Kitlces scí exijiidis «uilH» i.ibi • - hiilralaçáfi, inibiam tia rX|).Mls.u» devid.i ,'i H- I.H.JI» òk .ili iijne}».iil<>.
resistência .1 meios agressivos, tempo máximo rle início (le 1'ega.
JV L H H L I I
Oei d .IU (te Pisos Industriais
Agregados miúdos
Um a grande parcela da areia empregada no iJrasil é natural, ex traída d e rios ou d e cavas (depósitos
naturais), m as legislação am bient al cada vez m ais rigorosa tem procurado incent ivar o uso das artificiais, oriundas do processo d e britagem d e rochas est áveis. Qu an t o à granulom et ria, as areias classificamse em quatro faix as, indicadas na tabela 7,2 (ABNT, 1990),
O agregado m iúdo apresenta forte influência sobre a t rabalhabilidade d o concr et o: no caso do emprego de m at erial m uito f ino, isso irá facilitar as operações d e acab am ent o e a ex sudação d o concret o
estará m ais bem cont rolada, m as haverá increm ent o na dem anda d e água d o concret o, o q u e im plica
dizer em aum ent o da ret ração hidráulica.
No outro ex t rem o, a ad oção d e areias grossas dificult ará o acabam ent o, t ornando a mistura áspera, de
baix a t rabalhabilidade e favorecerá a ex sudação do concret o, m uito em bora possa ocorrer r edução do
teor de água d o concret o. Ar cais art if iciais cost um am produzir o m esm o efeito, e em f unção disso
geralm ent e são dosadas em conj unt o co m areais naturais finas, que irão suprir a def iciência d e finos.
Penei rn (mm)
6,3
'1,6
2,A
1,2
0,6
0 r3
0,15
% Relida Acumulada
Módia Fina
Média Grossa
OÍI 7
0 a7
Oíi 10
On t1
0 2 5 "
0 .1 1 5 "
0 a 25"
10" a- 15 "
41 a 65
Jl a 40
70" a 92 "
6 0 ' a 08"
90' a 100
90"" n 100
Fina
0 ,i 3
0 a 5"
0 a 5"
0 ÍI 10 ••
0 a 20
50 a 8 5 "
es a "íi loo
Grossa
0 .1 7
On 12
5 ' ,1 40
30"' a 70
66 ,i 85
00" 05
00' .-i IOO
,1) rode haver uma Nsterânda dc n» m.txlmo !> unidades fxirceniip.ils cm uni só dõ* limik's mareados nun (a) <m ser disiriliuíitns
em vikios deles,
b) ÍVira (i alegado resultante dc lirltagem,
limite | xi(b,1 ser dc flt)%,
U.íljfLi
Granulonlétrin d .n areias de acordo cum a ABNT
Out r as caract eríst icas importantes que d evem ser observadas são relat ivas às subst âncias nocivas presentes no agregado m iúdo, conf orm e apresent ado na t abela 7 3 (Rodrigues, 1989). Muit as vezes, a sim ples
observação cia color ação (ia água provenient e da lavagem da areia f ornece inform ações preciosas.
7.1 Substância JMucíva
Torrccí dc argila (%)
Material carbonoso' <%>
Material pulveru lento ( %!
Impurezas ornJi nicas. (ppm)
LI mi lo máximo
1,5
0,5
5,0
300
Tabela 7.J: Substâncias nocivas do n^re^ado miúdo
Agregados graúdos
Os agregados graúdos irão afetar mais as propriedades do concret o endurecido, co m o a resistência
m ecânica, not adam ent e h t ração na flex ão, m ódulo d e def orm ação e a retração hidráulica.
'• ASI M [ "!:); S|H'dfír,i[(Qii«i for concrete ajjgreg.ilos.
Manual ticrd.io de Pisos Industriais
O pape1! d o agregado na ret ração ó sim plesm ent e porque ci e prat icam ent e não se ret rai 7 , e q uand o
ad icionad o à argamassa acaba prom ovendo uma redução nas var iações voium ét ricas por dois mecanismos; o vo l u m e relat ivo de m aterial disponível para ret ração d im inui e, por estar incorporado à massa,
acaba prom ovendo um conf inam ent o,
Para o m ódulo d e def orm ação d o concret o, os agregados em geral apresentam forte inf luência, mas
para os agregados oriundos d e rocha a dif erença relat iva em f unção d as caract eríst icas m inera lógicas
não pr om ove m udanças a pont o cie causar algum tipo d e p r eocup ação para a grande m aioria tios casos.
Já para a resistência à t ração na flex ão é bastante afetada pela natureza m ineralógica, forma geom ét rica
e textura superficial dos grãos, Concret os ex ecut ados co m agregados lisos, co m o o seix o rolado, apresent am resistência à t ração na flex ão invariavelm ent e m ais baix a d o que quando feitos co m agregados
tex turados {Bu ch er e Rodrigues, 1 C?B3J,
Agregados basált icos, em f unção basicam ent e da forma dos grãos - alongados - , geram concret o m enos
resistente (t ração na flex ão) d o quo os grarvíticos, fissa caract eríst ica Im põe lim ites severos no fator de
forma dos grãos - q ue nada m ais é d o q u e a r elação ent re a sua m aior dim ensão (com prim ent o) e a
menor (espessura), Para concret os convencionais, o lim it e norm alizado é 3, m as q uand o se ex ige resist ência á t ração na flex ão, deve- se buscar valores m ais baix os.
Resum idam ent e, as principais recom endações para a escolha d o agregado graúdo são (Pina e Car val ho
e Rodrigues, 19ÍJ1}:
a) dim ensão m áx im a caract eríst ica ent re 1/ 4 e 1/ 5 da espessura d o pavim ent o;
b) fator d e forma inferior a 3, pref erencialm ent e o m ais próx im o â forma cúb ica;
c) agregado lavado, sem a presença cie m ateriais pulverulent os;
d) o agregado deverá ser pref erencialm ent e britado.
Em f unção da lim it ação d e dim ensão m áx im a relativa à espessura da p laca, geralm ent e é em pregada,
no m áx im o, a brita 2, co m misturas ent re 0 e 1. As granulom et rias dessas faix as são apresentadas na
tabela 7.4 e dem ais restrições, na tabela 7.5 (ABNT, 1990).
l^eneira (mm)
Brita d
12
25
19
12,5
<J,S
4,6
2,4
-
0
0 10
00 - 100
95 - 100
% relid.i acumularia {em massa)
Rrita 1
0
0 - 10
-
ÍS0 100
92 100
95 - 100
-
lírit.i 2
0
0- 25
75 - HK)
90- KW
95- 100
-
Talida 7.4: limites HMiiulomíl rico* das l a t a 0, 1 e 2
A rei ração do agregodo está ligada .1 sua rapai: idade (te absorver .fgua, e para as foçlias íjgneas CHI ri leuruórficas, como o granilo,
eiiaisse, IhiSailld, i ali itriti, ele,, (• desprexfwM. Ijilrel.into, para algumas toebas sedinierilares, emicreçAes latWMGM 8 j g Wg i d M
leves arllííciais ou naturais , ,1 retração atinge níveis im|H)rlanles.
Manual Oeidau (Fe Pisos Industriais
47
Substância Nociva
limite máximo
1,5
Torrões de argila e partículas friáveis (%)
Material carbcnoso" (%)
Material pulverulento (%)
0,5
1,0
Tabela 7,5: Substancias nocivas do agregado graútto
Para a com p osição gra nu Io métrica dos agregados graúdos e m iúdos, a ad oção dc curvas granulom ét ricas d e
referência é um a alt ernat iva co m o prim eira aprox im ação, pois o com port am ent o reoiógico do concret o
fresco acaba sendo afetado por outras caract eríst icas (ias partículas, co m o fator d e forma e textura superficial;
com o diretriz básica, o A G 302, IR (ACI, 2004) sugere a faix a d e dist ribuição indicada na figura 7,2,
granulot rét rica
Dist ribuição granulométrlea
30.
-
.
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26
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• relida
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W v —r T \ f
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-J-ÂL.
_
\
v^
\
1/
25
19
12.5
9
4.0
2.4
Panslra
1.2
0,6
0.3
V ;
53'
0,15 0,075
Porcent agem da com p osição granulomát rica
ratlda em cada peneira
Figura 7.'l\ Faixa granutOiTKltrica AO 302.1 R
7.3 Fibra sintética
Fibras plástica?
O em p r ego d e fibras sint ét icas, co m o aux iliar es no co m b at e o u r ed ução das fissuras d e ret ração plást ica,
t em sido largam ent e d i f u n d i d o por diver sos pesquisadores, em b or a o m ecan i sm o p el o q u al isso ocor r e
não seja b em co n h eci d o . H l vert ent es q u e ad vo g am q u e os co m p l ex o s m ecanism os d a pressão d os
poros cap i l ar es d esem p en h am im p or t ant e p ap el na r ed u ção d a r et r ação e, co n seq ü en t em en t e, das
fissuras, en q u an t o out ros pref erem at ribuir ás fibras a r ed u ção dos ef eit os danosos d a r et r ação (Padron et
al; 1990). Pr o vavel m en t e e pelos result ados d e pesquisas ex p er im ent ais, am b as t eorias são vál i d as,
send o q u e a quest ão d a r ed u ção da p or osid ad e cap i l ar irá af et ar b asi cam en t e a r et r ação por ex sud açâo,
enq uant o a fibra, co m o m at er ial d e ref orço, d eve atuar nos est ágios subseqüent es, q u an d o o m ó d u l o d e
el ast i ci d ad e da fibra plást ica for superior ao da pasta d e ci m en t o (Rodrigues e Mo n t ar do, 2002).
"
á STM
4»
C!3: SpftIficnllons for concrete aggrefjíUes,
Manual lierd.w de Pisos Industriais
Por ex em plo, Radron o Zo l l o (Padron et al; 1*19(1), pesquisando concret os e argamassas com reforços de
fibras d e polipropileno, observaram que, em cond ições severas, a quant idade de fissuras foi ent re 1 8 %
e 2 3 % em relação ao concret o sim ples, enquant o a ret ração total dos corpos- de- prova var iou d e 5 2 % a
1 0 0 % com relação ao padrão d e concret o sim ples. Curiosam ent e, a amostra com fibras que apresent ou
ii m esm a retração d o padrão foi a que ex ibiu m enor quant idade d e fissuras, l f t % da observada no
concret o sim ples; vem os que esses tlatfos ind icam que os dois fatores est iveram presentes. O m ecanism o
principal d e at uação das fibras p od e ser m odelado com o;
a) C) concret o simples, logo após o lançam ent o, é f luido. Ao s poucos o concret o end ur ece o com
isso perde sua fluidez e, conseqüent em ent e, sua cap acid ad e d e def orm ação.
b) Em cont rapart ida, co m a evap or ação da água de ex sudação, a ret ração aum ent a até q u e em
det erm inado m om enio o nfvel de def orm ação d e retração seja m aior q u e a cap aci d ad e do concreto em absorver estas def orm ações, e ent ão as fissuras aparecem .
c) O concret o com fibras plásticas, d e elevad o nível d e def orm ação o de baix o m ódulo, é m ais
deforniávol nas prim eiras idades. As fibras transferem a sua natural cap aci d ad e d e def orm ação
para o concret o. A def orm ação d e ret ração pode ser a mesma, porém não m aior d o que a capacidade do concret o em absorvê- las. Assim , as fissuras são inibidas ou sua freqüência e tam anhos
são reduzidos.
A ef iciência (ias fibras depende de diversos fatores, co m o a sua r elação l/ d, com prim ent o, m ódulo do
elast icidade, dosagem e at é mesmo as caract eríst icas d o próprio concret o: por ex em plo, m atrizes m ais
ricas (m enos r elação cim ento/ areia) respondem m ais ef icient em ent e à adição das fibras, e o concret o
ievo apresenta m aior pot encial d e r edução do fissuras d o q u e o convenci onal , quando são em pregados
teores e tipos idênticos de fibras (Balaguru, 1994).
Balaguru desenvolveu um ex tenso programa dc ensaios co m diversos tipos d e fibras sintéticas c t am bém
de aço, e suas principais conclusões p od em ser sum arizadas em :
a) A adição d e fibras sintéticas, m esm o em teores tão baix os com o 0,4T> kg/ nV, p r om ove algum a
redução na quant idade d e fissuras.
b) Reduções m ais acent uadas são conseguidas co m dosagens entre 0,45 kg/ m 1 e 0,90 kg/ m 1.
c) Para fibras longas, aquelas q u e apresentam m enor m ódulo d e elast icidade são as que p r op iciam
m elhor desem penho.
d) Para dosagens de 0,9 kg/ m', prat icam ent e não se observaram, nos ex perim entos, fissuras de retração
plást ica,
e) A quant idade d e fibras - núm er o d e fibras por quilogram a - é um parâm et ro im port ant e de
dosagem .
0
Fibras longas apresent am m elhor desem penho em argamassas m ais pobres e concret os, enquant o
as m icrof ibras apresent am m elhores resullados nas misturas m ais ricas,
g) Com as fibras sintéticas, não ocorre apenas a redução da quant idade d e fissuras, mas t am bém a
abertura delas é menor.
M .IIUM I
OUKLI U
ilc Pi sus Imluslri.iis
4()
Portanto, vem os que a dosagem do concret o com fibras sintéticas não pode ser generalizada para qualquer tipo de fibras, mas, sim, fruto de análise ex perim ental que conduzirá ao m elhor resultado final.
7,4 Selantes e materiais de preenchimento de juntas
O surgimento das em pilhadeiras de rodas rígidas prom oveu uma alt eração substancial nas juntas, pois
o pequeno diâm etro delas passou a introduzir esforços elevados nas bordas da junta, havendo necessid ad e de desenvolvim ent o de materiais específicos para o seu preenchim ent o.
Com isso, passamos a ter duas categorias d e materiais; os selantes e os materiais de preenchim ent o. Os
primeiros são empregados somente quando não há tráfego de em pilhadeiras de rodas rígidas.
Selantes
O s selantes si o materiais de natureza plástica, empregados na ved ação das Juntas do pavim ent o, permitindo a sua im perm eabilização, Sua im portância é fundamental, visto que im pede a entrada de partículas incompressíveis na junta, q ue são ex tremamente danosas ao desem penho do pavim ent o, Podem ser
divididos em duas categorias principais; os pré- moldados e os m oldados no local.
Selantes
pré-moldados
Os selantes pré- moldados são aqueles q ue têm sua forma previam ent e definida no processo industrial e
são posteriormente fix ados às juntas por m eio de adesivos; os m odelos mais tradicionais requerem uma
boa borda fiara ancoragem e freqüentemente são fixados em lábios polim óricos; são bastante empregados em juntas com grande capacidade de m ovim ent ação, com o em juntas de dilat ação, que são solicitadas pelo tráfego de equipamentos.
Esses selantes são produzidos em borracha sintética, com o o neoprene, com forma geométrica apropriada para cada uso; entretanto, não são recom endados para uso indiscrim inado em juntas de pisos com
tráfego d eeq u i p am en t o de rodas rígidas, Recentem ente novos modelos vêm sendo lançados no mercado, perm itindo o uso em juntas de pequena abertura, tornando este tipo de selante bastante atrativo
para pavim entos rodoviários, pois apresentam durabilidade superior aos selantes m oldados in loco.
Selantes moldados no local
A outra fam ília é aquela vazada no local, onde as paredes da junta serão a prdpria forma do selante.
Podem ser de dois tipos: os vazados a quente e os m oldados a frio.
Os selantes vazados a quente são produzidos norm alm ente à base de asfalto alcat rão ou misturas de
borracha m oída. São de baix o custo, sendo largamente empregados em estradas; para pisos, o seu uso
é mais restrito, por causa da sua aparência e da baix a resistência quím ica.
Os selantes m oldados a frio são m odernam ente produzidos à base de poliuretano, silicone, polisulfeto
ou outro polím ero apropriado, que, após a cura, formam um elaslôm ero estável e de resistência mecânica e quím ica adequada ao piso. Alguns tipos, com o os de silicone, podem ser obtidos em diversas
cores, sendo bastante úteis no caso de pisos decorativos.
Pela maior f acilidade de aplicação e com o avanço na obt enção de melhores polím eros para a sua
fabricação, os selantes m oldados a frio vêm ocupando parcela ex pressiva na selagem das juntas, pois
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fctiiiiu.il
( I Í T Í I . U I (Iíí
Pisos lnduslri.iis
perm it em dureza mais elevada, elevada cap acid ad e d e alongam ent o em serviço - caract eríst ica fundam ental para este tipo d e produt o - , m aior que a m édia dos produtos a quent e, além da m aior durabilidade; há fam ília d e produtos, com o base d e políuret ano, q u e perm it em a obt enção d c selantes com
d u rezas próx im as aos m ateriais d e preenchim ent o, em bora percam a cap aci d ad e de alongam ent o e só
possam ser em pregados em junt as co m m ovim ent ação inferior a 1 0 % o u no m áx im o 2 0 %.
Materiais de preenchimento de juntas
Qu an d o há o tráfego d e em pilhadeiras cie rodas rígidas, os selantes t radicionais não protegem adequadam ent e as bordas das juntas, pois apresentam uma baix a dureza c, portanto, são f acilm ent e deíorm áveis,
al ém d o que, q uand o a placa encurt a por ret ração t érm ica, acabam t om ando uma forma côn cava,
ex pondo ainda m ais as bordas da junt a, com o podem os ver na figura 7.3 (Metzger, 1978),
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ElástÓrriéroa Ir&o:
- Deforma r- so po!p açSo
das cargas
- Mâo proteger as Junta a
- Mâo resistir a impactos
Estágio do
" ' osborclramenlo
Déácolfi manto
do salanta causado
paio movimento
ou deterioração
das bordas do concreto
devido â roda rígida
Limitador
Figura 7.3: Deficiência dot sei ames na proteção da; juntas
Nesses casos, devem os em pregar os m ateriais d e preenchim ent o, que são m ateriais bicom ponent es à
base de resinas epox ídicas o u poli- uréias, cuj a dureza shoreA
situa- se ao redor d e 8 0 % e são os únicos
capazes de ef et ivam ent e resistir ao tráfego d e rodas rígidas, co m o mostra a figura 7,4 (Melzger, 1978),
Cm f unção da baix a m obilidade, apresentam co m o caract eríst ica o descolam ent o da junta, sendo q u e
este fato não significa necessariam ent e um def eit o no preenchim ent o, pois não interfere no seu desempenho, mas a junta não fica selada, perm it indo a event ual entrada d e pequenas part ículas e, por isso, só
d evem ser em pregados em áreas limpas.
' 1'ara tiíeilü de compararão, os |K> 1Jurclauos apresentam dure/ a cm torno <tr
Mancai í.crdaii (tf Pisos Industriais
tltore A
= SO.
Rigidez para
proteger as bordas
Boa resistOnciü ti abra&ÔO
Rosiliôn cia para
absorver Impados
Ausôncia «ia ancoragem Irá
permitir a sopa ração caso
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6
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ocorram IcnsQos
"
^
Preenchimento completo
elimina possibilidade de
deslocamento
NSo è necessário —
primer
Facilidade do
preenchimento
total do corte
Se ocorrer movimentação, o doslocamonlo irá acontocor
apenas do um dos lados da Junta
Apoio do material na base
confere â Junta características
para rasislir ao impacto
e cargas de roda
Figura 7.4í Materi.il de |WMHICM meti» semi- rígMo (epoxídico)
7.5 Barra de transferência
As barras de transferência são dispositivos m ecânicos empregados para transferir cargas entre placas contíguas
separadas por juntas e são constituídas geralmente por barras de açu d e seção circular ou quadrada, embora
existam alguns modelos formados |H>r chapas fila nas, mas que ainda não são empregados no Brasil,
Com o a ef iciência da junta irá depender do t rabalho em conj unt o com o concret o, que é o elo fraco cio
conjunt o, a resisiência m ecânica do aço acaba t endo efeito secundário, podendo ser em pregados aço
CA- 25, aço m ecân i co 1020, 1045, et c.
A seguir apresent am os a tabela 7,í> , q u e visa f acilit ar a especif icação das barras d e transferência (adaptada do AC!, 2004). O projetista deverá verif icar as cond ições ox ecuiivas para a adequada ad oção cio
diâm et ro das barras.
Espessura
da PI a ia
(mm)
H|KI dc barra dc Iransícrencia
Diâmetro
MIO a 119
l,- 'n ,i i r ,
16
20
176 a 225
22ii a
25
32
Seção Circular {mm)
Comprimento Comercial
500
SOO
500
SOO
Scçio Quadrada (mm)
Espaçamento
Lado
Coni| )rinienlo Comcrci.il
Espaçamento
300
300
16
!"><)[)
USO
20
SOO
3S0
300
300
25
32
500
SOO
350
300
t>F comprimemos mínimos admlviíveis smj dc ' l i o mm fiara barra • iruilar t uni diâmetro igual a M nim e mínimu dc KM) mm para
barra circular com di.uuelro dc
mm o para barra quadrada de lado igual a 32 mm. IJcvc Mhr prevista na adoção destes
comprimentos mínimos,
condiçíio PKeciiliva ila obra.
Tabela 7.6: Padrões de barras de transferência
O que importa é q ue a superf ície da barra seja lisa, perm it indo o seu deslizam ent o no concret o, e co m o
não haverá aderência ent re os dois materiais, na part e engrax ada da barra, é r ecom endável a sua pintura para cont rolar o efeito d e corrosão.
Manual (icrd.io de 1'ÍMJS Industriais
7.6 Distanciadores
O posicionam ent o adequado d e todas as arm aduras é fundam ent al para o bom f uncionam ent o estrutural e cont role d e event uais pat ologias em pot encial; dessa forma, deve- se respeitar as especif icações dos
projetistas e das cond ições ex ecut ivas. Ao def inir a altura de um dist anciador, deve- se levar sem pre em
consideração o diâm et ro fias barras de transferência e dos fios das telas soldadas a serem posicionados.
Nest e m om ent o, é im port ant e considerar q u e nào são recom endadas algum as práticas e soluções d e
obra, tais com o:
*
*
posicionar a tela soldada e posteriorm ente tentar puxá- la para a posição adequada;
lançar o concret o at é a cota da arm adura, col ocar a arm adura e com plem ent ar o lançam ent o t io
concr et o;
*
concret iir toda a espessura e depois tentar em purrar a tela soldada para a posição adequada,
Todas estas práticas têm- se mostrado inadequadas e ineficientes, pois nào garantem o posicionam ent o
correio e tão p ouco são f act íveis em alguns casos,
7 .6 .1 Ar m ad ur a superior
Para os projet os co m a ut ilização d e tela soldada em cam ada única na f ace superior, o posicionam ent o
p od e se dar, norm alm ent e, por dois cam inhos,
• Ut i l i z ação d e caranguejos
Processo m uito com u m ut ilizado desde os prim órdios da const rução ci vi l e nada m ais é d o q u e um
p ed aço d e barra cie aço, dobrada, d e forma q u e a base tenha sustentação para manter posicionada a
ar m adur a.
Dent re suas pr incipais caract eríst icas, vant agens e benefícios estão;
* disponibilidade em qualquer obra;
* cust o variado co m disponibilidade de mão- de- obra e sobras de pontas de barras;
* requer mão- de- obra para elaborar o dobram ent o;
* disponível em qualquer alt ura;
* altura não m uda co m a presença de arm adura inferior;
« consom e d e 4 a 5 peças/ m h
* d esenvolvid o co m barras d e diâm et ro d e 8 mm, 10 m m ou 12,5 m m ;
* possui certa inst abilidade, necessitando d e am arração co m aram e reco7.ido;
* baix a produt ividade para posicionam ent o da arm adura.
Fi^ ur.i 7.3: DêUilKc l/ picodc di Jtand iador lipa "caranguejo"
JV I . H H LI I
OKI.III
(TF Í " I SO S
Imluslruis
/
/
Figura
E«|uenaa g^drieode|Msidoiiiirn<?itloclos caranguejos
* Ut i l i z ação d e dist anciadores soldados
Processo inovador q u e tem sido ut ilizado desde o f im da década d e 1990, q u e consiste em distribuir
linhas ou colunas de dist anciadores soldados, afastadas aprox im adam ent e <50 cm uma das outras,
Dent re suas principais caract eríst icas, vant agens e benef ícios estão;
• disponibilidade nas obras, principalm ent e na prox im idade dos grandes cent ros urbanos;
• cust o com pat ível, quando com p ar ad o adequadam ent e com outras soluções;
• não requer mão- de- obra para preparar os dist anciadores;
• disponível em alturas padronizadas pelos fabricantes;
• consom e I metro a cada 0,8/ m 2, o u seja, 1,25 m d e dist anciador por m J;
• possui alta est abilidade, perm it indo pouca ou nenhum a am arração co m aram e recozit io;
• alta produt ividade para posicionam ent o da arm adura.
Figura 7,7:1 )ístanciador eetrosolcfíKlo ti|ioireliça soldada
FifluiaT.tJ: Esquema gendrico dedislrilHiivãoíbíílistanciactofts eletrosoldados
r, 4
Manual 1'crdao de Pisos Industriais
Armadura interior
Nos pisos e pavim ent os estruturalmente arm ados, lerem os a presença de aço na face inferior das p l acas
de concret o, cu j o cobrim ent o d eve respeitar sem pre o prescrito na NBR 6118 (ABNT, 2003).
A não- observância d o ad eq uad o cobrim ent o representará fator com prom et edor da vida útil das estruturas, sendo este reduzido signif icat ivam ent e,
A titulo d e ex em plo, uma estrutura sujeita a um ambiente agressivo no qual predomina a ação d o gás
carbônico, ou seja, um fenômeno preponderante d e carbonatação, com concreto fck > 3 0 MRa, terá vida
útil aprox imada de 80 anos com cobrim ento d e 3 cm , ou vida úiil de 10 anos se o cobrim ento for d e i cm ,
No caso dos pisos d e concret o, para q u e se tenha respeitado este cobrim ent o, não basta a esp ecif icação
em projeto, é necessária ainda a ut ilização d e dist anciadores adequados.
Os d e argamassa, e produzidos na obra, geralm ent e nào possuem q ual i d ad e suf icient e e norm alm ent e
se rom pem ao passar d e equipam ent os e andar d e operários, além d e ser necessário longo esp aço d e
t em po para o preparo d e m ilhares d e dist anciadores.
Já os dist anciadores plást icos cont ribuem decisivam ent e para a garantia tio posicionam ent o das armaduras, devendo ser ut ilizados na razão de 4 a 5 peças por m J,
Para decidir pelo tipo d e distanciador plástico, o profissional deverá levar em consideração o tipo de apoio
{brita, brita graduada, solo, concreto, etc.), o diâmetro do fio cia tela soldada e o cobrimento es|H:t:ifkrado.
Figura 7 ,'J: tiistanciadoros para lula inferior
7,7 ToJa soldada
D e acor d o com a norm a brasileira NBR 7480 - Barras o fios de aços destinados a armaduras r/ e concreto arm& ch (ABNT, 1 9 %), temos as seguintes def inições:
•
*
Barras: produtos d e diâm et ro nom inal maior do que S m m obt idos ex clusivam ent e pelo processo d e lami nação a quent e, podendo ser classif icados com o CA- 25 ou CA- 50.
Fios: produtos d e diâm et ro nom inal inferior a 10 m m obtidos por processo d e t ref ilação, classif icados com o CA- óO.
Mano,il (iiwlau (tf Pisos lndusiri,iis
Portanto, nào ex iste m ais a d enom i nação d e aços Tipo A o u Tipo B. As telas soldadas (ABNT, 1990) são
produzidas com fios soldados, produzindo m alhas uniform es e padronizadas, podendo ser classificadas
co m o Q (m alha quadrada com a mesma seção d e aço nas duas direções), L (m alha retangular co m a
arm adura principal na direção longit udinal) e T (m alha retangular com a arm adura principal na d ir eção
t ransversal).
Ap ó s a letra, há um a num eração q u e indica a seção d e aço na direção principal, casos d as t elas L e T ou
nas duas direções para a tela Q, Por ex em plo, a tela Q 136 indica que os fios transversais e longit udinais
apresent am área d e aço d e 1,39 cm Vm ; a T 139 indica q u e a área de aço na direção transversal é de
1,30 cm Vm e a l 138, na direção longit udinal,
Podem ser f ornecidas em painéis co m largura d e 2,45 m e com prim ent o d e 6,0 m ou em rolos d e 60 m
o u 120 m, no caso das telas inferiores a 1,30 em- Vm. O diâm et ro, espaçam ent o dos fios e massa por
m etro quadro cias principais telas quadradas são f ornecidos na t abela 7,0; para as t elas l. e T, valem as
inform ações relat ivas à m alha e diâm et ro dos fios na d ir eção principal.
Malha
(mm)
Fio
(mm)
M ai s a
(ks/ m ] )
Q
150
IA
0,97
Q 75
150
3,6
1,21
Q
150
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Tela
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7,1
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Q 785
100
10,0
6,211
12,46
Talida 7.7: Telas ti | » Q
Apesar d o prescrito na NBR 611(1 (ABNT, 2003), as em endas das telas soldadas são usualm ent e realizad as pela sim ples superposição de pelo m enos duas m alhas, para as telas co m fios d e diâm et ro m enor ou
igual .i 6 mm. Para diâm etros m aiores, a em enda dependerá do diâm et ro d o fio e da aderência com o
con cr et o:
1,5 x tf.
ii a 25 cm
o n d e;
í
A x/
- , UI9 x — S U L
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mManual
( H TÍ I . I LI
di.1 Pisos Induslri.iis
sendo;
f d é o com prim ent o d e ancoragem (cm );
A w é a área d o f io a ser em end ad o (cm );
fy ê a tensão d e escoam ent o do aço [MPa);
S w é o espaçam ent o d o fio a ser em end ad o [cm );
f ' c é a resistência à com pressão do concret o iMPn).
7.8 Líquido endurecedor de superfície
Os líquidos para tratamento superficial d e pisos na m al idade surgiram inicialm ent e para resolver problem as de [lisos com problem as ex ecut ivos e que t inham baix a resistência ao desgaste, caract erizado
p elo desprendim ent o d e pó.
Cssos produtos são ã base d e sílicatos d e sódio ou flúor si lira tos de magnésio (Smith, 19S6J, que penetram no
concreto reagindo co m o hidróx ido do sódio, formando o silicato d e sódio ou magnésio, numa típica reação
pozolânica, reduzindo a porosídadee conseqüentemente aumentando a resistência superficial d o concreto,
A espessura d o concret o q u e acaba sendo benef iciada é f unção da porosidade do concret o e, quant o
maior ela for, m ais profundam ent e o endurecedor irá penetrar, justamente por este m otivo, o benef ício
desses produtos acaba sendo inversam ent e proporcional à q ualid ad e do concret o, isto é, em concret os
bem ex ecut ados e com boa resistência, o t rat am ent o superficial acaba sendo d e pequeno efeito.
Em pisos novos, devem os lem brar que, com o esses Ifquidos reagem co m o hidróx ido d e cál ci o form ado
pela hidrat ação do cim ent o, á necessário aguardar que a reação de hidrat ação se desenvolva para a
fazer a ap licação, cuj o prazo m édio d em torno de 7 dias. No caso de concret os co m elevados teores de
escória d e alto- forno ou pozolana, devem os lem brar q u e essas adições at ivas reagem ou incorporam- se,
durante a hidrat ação co m o hidróx ido de cálcio, com pet indo fortemente co m o If quido selador.
Co m o a quant idade de hidróx idos que é consum ida nessas reações é dif ícil d e ser det erm inada, não
sabem os q ual o lim it e de, por ex em p lo, pozolana q u e ficaria disponível para q u e os silicat os dos
endur ecedor es pudessem reagir; m as á licit o supor q u e quant o m aior for a quant idade d e ad ição,
m enos ef icient e serão esses produtos.
Já há algum as lim it ações para o teor d e ad ições m áx im o adm issível para cim ent os pozolânicos, fix ado
em 1 5 % pelo ACI (ACM, 2004), valor este bem abaix o das norm as brasileiras. Para o caso da escória, a
sit uação é m ais com p l i cad a ainda, pois o fato d e ela ser um cim ent o latente, na realidade o hidróx ido
de cál ci o é apenas um ativa dor, em bora parte dele possa ser incorporado na reação de hidrat ação.
Cm resum o, em cim ent es co m ad ições elevadas, devem os efetuar lestes práticos para constatar que a
ap l i cação do ifquido endurecedor está t razendo vant agens ao piso e é prudent e aguardar pelo m enos
2b dias antes da ap licação, para que prat icam ent e lodo o hidróx ido d e cál ci o esteja form ado.
7.9 Agregado mineral
Os pisos ex ecut ados com argamassa d e alta resistência eram m uito populares n o Brasil até a década de
1900 e se const it uíam d e placas d e concret o revestidas co m argamassas, aplicadas no sistema úm ido
sobre seco e, posteriorm ente, úm id o sobre úm ido, no q ual o lançam ent o desta era prat icam ent e simultânea co m o substrato.
M , im i,IL
O O KI Í I I I
(TF
Pisos Imluslrkiis
Co m o avan ço dos pisos m onolít icos, const it uídos por apenas uma cam ada d e concret o de elevada
resistência, esses sistemas prat icam ent e caíram em desuso, pois toda a caract eríst ica resistente era daria
pelo próprio concret o, Entretanto, ainda ex istem casos em q u e o concret o sozinho não consegue atender às necessidades abrasivas,
Nesses casos, pode- se em pregar sistemas d e argamassa d o tipo úm ido sobre úm ido, que m odernam ent e
já vêm pré- dosados co m adit ivos, sílica at iva, pigm ent os, fibras, et c,, q u e perm it em a obt enção tio
superfícies ex t rem am ent e resistentes ao desgaste. Co m o lim ilação do m ét odo, caso o lançam ent o dessa
argamassa seja feito Inadequadam ent e, poderá haver o descolam ent o da placa de concret o,
Out ra alternativa m uito empregada ê aspersão de agregados d e alta resistência Idry-shake) sobre o piso,
m inerais ou metálicos, em taxas que variam entre 4 kg/ m 2 e 7 kg/ ni'* para os prim eiros e 7 kg/ m* e 9 kg/ m J
nos m et álicos; no caso dos minerais, esses agregados são produzidos co m minerais duros, com o o quartzo,
diabásio, etc,, e para os m etálicos, onde se espera solicit ações mais intensas, empregam- se materiais com o
óx ido d e alum ínio ou ferro m et álico; para am bos adiciona- se certa quant idade d e cim ent o para permitir
m elhor acabam ent o superficial e m aior ancoragem ,
Co m essas aspersões, freqüent em ent e denom ínadas sãlgamento,
Gaipo
consegue- se obter resistência à abrasão
B ou A (NUR 11601, 1992)!l> , enquant o co m o concret o d e alta resistência norm alm ent e os
valores são m ais próx im os ao Grupo C.
Os çfry-shãkes p od em ser encont rados já co m cim ent o e outros adit ivos m inerais, havendo t am bém os
pigm ent ados, q u e perm it em ad icionar cor ao piso. Em bora m uito práticos d e serem em pregados, sua
adesão co m o concret o d o piso está cond icionad a a sua boa hidraiação, q ue acaba sendo f unção da
ex sudação d o concret o, lista por sua vez, se for ex cessiva, pode cau sar a redução da resistência mecânica o u at é levar a desplacam ont os.
" Rm iii.iiores drl.il In1* cl<h rrsislínd.i à ahr.is.to, wt GJplufO 4,
Manual
( H K I . I L I D(-'
Pisos Industriais
Dim ensionam ent o e Det alham ent o
8
8.1 Introdução
O t rabalho desenvolvido por West ergard (West ergard, 1927) t eve uma cont r ibuição imensa para a criação das bases t eóricas cio dim ensionam ent o de placas apoiadas em m eio elást ico, em bora o conceit o
de f undação cm If quido denso seja ant erior a esse período.
West ergard é cit ado em prat icam ent e todos os trabalhos aluais e suas equações básicas são ainda muito
ut ili/ .nl.K, I I,IS i n m ccem ,1 tensão gerada na placa quando é afilie .ida um a carga P em uma área de
cont at o cir cular co m raio a, para carregam ent os posicionados no interior (ia placa - co m u m en t e designaria com o cai^ga cent ral - na borda e no cant o; nestes dois casos, consideram - se bordas livres, isto é,
sem barras d e transferência.
Al ém das tensões, West ergard desenvolveu m odelos para a previsão d e deflex ões - o u def orm ações para as m esm as cond ições de carregam ent os; as seis eq uações são:
Carga no interior
ond e:
P = carga
a = raio da área carregada
b = a, quando a k 1,724 h
b = *Jl,6a'+ h' ~0,675h
f= mio dc rigidez
h = espessura da placa de concreto
ond e,
k- coeficiente de recalque
Carga dc borda (circular)
JM . I I I I M I
( JU N TA I ! (TF PI SO S
Intluslriiils
Carga / io cant o da pia ca
ond e:
c=
1,722a
Embora desenvolvidas há quase 80 anos, quando as com param os co m os M£F - Métodos de
Elementos
Finitos - , mostram ex celent e aderência, com o demonstrou lonnides [I luang, 1993), pesquisador american o que estudou com profundidade essas expressões.
As lim it ações das equações de West ergard referem- se à ausência da análise imediata das tensões na
fundação e, mais importante, a influência de uma carga nas tensões em um ponto que não seja imediatam ente abaix o do f> onto de aplicação da carga.
Esta deficiência foi suprida pelo desenvolvim ent o das cartas de influência por Píck el e Ray na década de
1950 (1'icket e Ray, 1950}, que são sistemas gráficos que permitem a determ inação do m om ent o fletor
gerado por um carregamento com área de cont at o definida, para carregamentos cent ral, carta n u 6, ou
d e borda, carta n" 2.
F.st udo$ complemér? tares
Em bor a as cart as sej am r el at i vam en t e f áceis de ser em p r egad as, f oram d esen vo l vi d as par a o
dim ensionam ent o de pavim entos rodoviários e, portanto, com pequenas tensões de contato e acabam
apresentando distorções para as cargas correntes nos pisos industriais.
As expressões relativas às tensões atuantes de Westergard fornecem o máximo esforço no centro de aplicação da
carga, não levando em considerarão as deformações do conoelo, que fjemniliriam as contribuições eslruUiraís
das áreas adjacentes, levando a uma superestimação da estrutura do pavimento, como foi demonstrado em
ensaios de verdadeira grandeza realizados na Inglaterra, apresentados na tabela 6.1 (Eieckett, 1990),
Nesses ensaios comprovou- se que a carga de ruptura ex ibida por uma placa de concret o com 150 mm
d e espessura, apoiada em subleito com coef icient e de recai que conhecid o, só foi com pat ível com
West ergard quando se considerou uma área de contato cerca de o dobro da real.
Ti (Ki de Retorço
Carga na 1' Fissura
tlíN)
Carga dc Ruptura
(kNJ
Concreto simples
1S0
200
Armadura distribuída
1,42 cmVm (a 3cm do topo)
200
> 320
Armadura dupl.i
1,93 cm'/ m (a 2,5 cm <io topo e base)
2ÜÜ
330
Tabela 8.1: Ensaios experimentais cm pia cm de concreto [Adaptado de Bi- ckrtl, 1990)
ftl)
Manual Gerdau dc* I'is4)s industriais
Nesses m esm os ex p er i m ent os pôde- se const at ar q u e as ex pressões d esen vol vi d as d e m od o independent e por Meyer h o f (Meyer h of , 1902} e An d er s Lõsberg (Lõsberg, 1961) er am m ai s represent at ivas, f at o
coer ent e co m as pesquisas ex per im ent ais d os dois aut ores,
Meyer h o f , en g en h ei r o sueco, f i cou co n h eci d o por diver sos t r ab alhos cient íf icos n o âm b i t o da engenharia d e f u n d ação e g eot écn i ca, e cu n h o u suas ex pressões ex p er im ent ais q u e são h o j e ad ot ad as por códigos const rut ivos (Con cr et e Societ y, 1994).
)á o t am b ém su eco Lõsberg, d e f or m ação volt ada para est rut uras d e con cr et o ar m ad o, d esen vo l veu
ex t ensos t r ab alhos para a Força Aér ea Sueca o foi o p i onei r o na ab or d agem d o co n cei t o t io espraiam ent o d e t en sõ es e d o ac h at am en t o d as cu r vas d o m o m en t o f let or , b ase d a m o d er n a t eo r i a d o
d i m en si on am en t o d e p l acas ar m adas ap oi ad as em m ei o elást ico,
A figura 9,1 represent a o f en ôm en o; q u an d o a carga ap l i cad a é inf erior à cap aci d ad e est rut ural d o
p avi m en t o, a cu r va d e t ensões (cu r va a) t em um com p or t am en t o h o m o g ên eo e essa t end ência prosseg u e at é q u e o l i m i t e resistente d o concr et o seja at ingid o (cur va b). Nest e est ágio ocor r e a p l ast l f i cação
d o concr et o, m as co m o esse m at erial t em rupt ura frágil, o alongam ent o na ruptura é m uit o p eq u en o.
rn^ x al Oiíiilimo
m' min
t= Ralo do rigidoi
Dg acordo oom;
Í
*<
tk-
ou
í.»
k = coeficiente
de recalque
C =
=
(
D
1
módulo
" ) do solo
" & - Rígidos da
d - W j píaca à tloKÍ o'
\
(ij^ii f.» tt.1: K«liítíibitiçJodos mofliwiios (Losbeig, l %t )
Ent ret ant o, se for p osi ci onad a um a arm adura inferior, q u e é u m m at er ial d ú ct íl , apr esent ando ex pressiva d ef or m ação co m p ar at i vam en t e ao concr et o, o co r r e o esp r aiam ent o d e tensões (cur va c), aum ent and o sub st ancialm ent e a cap aci d ad e est ruiural d o concr et o,
Método dos elementos íinitas
O d i m en si on am en t o d os p avi m en t o s indust riais, co m o em p r ego d e program as d e el em en t os íi n i i os
elab or ad os esp eci f i cam ent e para p l acas apoiadas em m ei o elást ico, apresent a boa ad er ênci a co m os
m ét odos t radicionais.
M.mo.il
Í JO K I Í I I I
ILI!
1'isos Imluslrkiis.
f>1
Por ex em plo, o programa Kensiab [Huang, 1993) perm it e considerar a f undação co m o líquido denso em pregando o bastante con h eci d o coef icient e de recalque k - , bem co m o perm it e utilizar o m ódulo
resilient e do subleito; as cargas, pont uais ou uniform em ent e distribuídas, podem ser em pregadas sem
lim it ação de quant idade.
Ou t r o aspect o interessante deste programa é a possibilidade de ad oção d e placas duplas, superpostas,
podendo*se considerar as hipóteses d e aderência plena ou independent e, Com o desvant agem , o program a originalm ent e elaborado em D O S é p ouco am igável quando com parado co m os program as em
am bient e Wi n d o w s, e com o estes program as têm evoluído m uito rapidam ente, cada vez m ais ê dif ícil
conseguir operar programas tipo D OS nos Wi n d o w s m odernos,
Essa lim it ação faz co m que o em prego de programas d e elem ent os finitos seja lim it ado a casos m ais
com plex os, on d e a m et odologia t radicional não consegue dar um a resposta adequada,
8.2 Tipos de carregamento
O conheci m ent o preciso d o tipo d e carregam ent o at uant e n o p avi m en t o indust rial const it ui pont o
fundam ental para a correta especif icação do piso e, ao cont rário do que geralmente ocorre nas estruturas,
é importante o conhecim ent o da forma d e ap licação da carga, se distribuída, m óvel, pontual ou linear.
É necessário t am bém l evar em con si d er ação a p r ox i m i d ad e dos carregam ent os, pois p od e haver
superposição cie esforços gerados no piso. Um a aprox im ação dessa superposição pode ser feita l evam
do- se em consideração o conceit o de cargas cont ribuint es,
Este conceit o p od e ser f acilm ent e com preendido: considere- se o pont o A da figura fl.2. Cada carga
situada a uma det erm inada distância deste pont o irá produzir nele um det erm inado esf orço, f unção
direta da sua posição relat iva,
nj>nr.iS,'i
No plano cart esiano, podem os representar um cír culo de influência E. dent ro d o qual qualquer carregam ent o irá prom over um increm ent o em A. O diâm et ro desse cír culo é f unção d o raio d e rigidez da
placa d e concret o, que 6 d ad o pela ex pressão:
Manual
( H KI .I LI
(lê Pisos Industriais
Exh}
I 2 ( j ~ | .r ) x k
onde:
í
é o raio d e rigidez (m);
£
é o m ódulo de elast icidade d o concret o (MRa);
h
é a espessura da placa d e concret o (m );
/ i é o coef icient e de Poisson do concret o;
k
é o coef icient e de r ecalque (MRa/ m).
Ob ser ve que na fórm ula d o raio d e rigidez está em but ido o m om ent o d e inércia da placa d e concret o,
dado pela ex pressão:
bfr 1
12
onde: U é a largura, norm alm ent e considerando- se uma faixa unit ária. Essa inf orm ação é importante
q uand o desejam os levar em consideração o espraiam cnt o de tensões cit ado em íi. 1, pois o m om ent o dc
inércia da seção arm ada d im inui ã m edida que a ftssu ração da seção aum ent a.
Entretanto, essa análise m ais aprof undada foge d o escopo deste estudo, m as essas inf orm ações estão
disponíveis na bibliografia (Rodrigues, 2003).
Volt ando ã questão das cargas cont ribuint es, o raio do influência, a partir d e A, 6 dado por:
Rc = n x £
onde: n pode variar d e 1 a 2 e sua escolha é o p ção do projetista. Valores inferiores a 1,5 d evem ser
respaldados co m base em estudos com pIem enlares.
Um a vez det erm inado Rc, o cál cu l o das cargas cont ribuint es é bastante sim ples quando assum im os
uma dist ribuição triangular, sendo m áx im a no pont o considerado (A) e zero em n x f (figura 8.2).
Na figura 8,2, a carga P3 está fora da zona d e cont r ibuição, não increm ent ando as tensões em A; em bora
possa prom over uma redução, d evi d o aos m om entos negativos q u e elas possam gerar no pont o A, esse
falo só ó considerado em con d i ções especiais.
As cargas cont ribuint es geradas, por ex em plo, em função d e Pí e P} podem ser det erm inadas por semelhança d e t riângulo:
K;
í
port ant o:
M .I I I I M I
(.ridaii (tf Clsus Imluslri.iis
(nxt~X,)
~
íixf
(n x ( '
/
n x (
Xs)
A soma das cargas C3 e C, gera uma carga equivalent e q u e subst it ui na seção A, os l \ e P,; da mesma
f orm a, podem os calcular as outras cargas cont ribuint es inclusas do ralo Rc.
Novam ent e analisando a figura 8,2 se P2 = P3 , a seção d o pavim ent o m ais solicit ada irá se localizar
im ediat am ent e abaix o d e P, e P, o u a m eia distância delas, devend o as duas seções ser pesquisadas; m as
se P * PJ( a seção m ais solicit ada poderá ser em qualquer pont o ent re as duas cargas e a pesquisa d eve
ser m ais abrangent e,
O m esm o conceit o podo ser em pregado para outros tipos de carregam ent o c é m uit o útil, por ex em plo,
para cargas lineares, Nest e caso, podem os discret izar a carga linear em várias cargas pont uais e se
escolherm os distâncias infinitam ente pequenas, a carga equivalent e, após a int egração, será o produto
da carga linear "q' r pela área d o Iriàngulo de base 2 x n x í e allura unit ária.
Cargas móveis
Os tipos m ais com uns d e veícu l o a trafegar em um piso industrial é a em pilhadeira e a palct eira; esta,
co m o não tem a cap aci d ad e d e el evar cargas, acaba solicit ando o piso estruturalm ente m enos d o que a
em p ilhad eir a, mas quant o ao nível d e desgaste superf icial, d evi d o às rodas de pequenas dim ensões,
acab am sendo m ais crít icas.
A em pilhadeira é um veícu l o dot ado d e dois eix os, podendo ter ou não rodagem dupla, sendo que o
ei x o traseiro é considerado, para efeitos de dim ensionam ent o, apenas co m o direcionaI, fá q u e no mom ent o d e solicit ação máx ima de carga ela prat icam ent e toda vai concentrar- se no eix o diant eiro.
Ou t r o fator que agrega esforço ao pavim ent o é, em geral, a pequena distância ent re as rodas do eix o
m ais carregado, podendo haver sobreposição das cargas individuais dos pontos d e apoio.
As em pilhadeiras p od em ser dot adas de rodam es pneum át icos, pneus preenchidos com espum a ou
rodas rígidas d e aço revestidas co m poliuret ano ou outro plást ico d e dureza elevad a; este m esm o tipo
d e roda m e equipa as palet eiras elét ricas.
A pressão d e contato entre a roda e o piso, que incrementa os esforços gerados no concreto, e função do li[X)
tia roda: para pneumáticos, considera- se a pressão de contato idêntica à d c enchim ento; para os preenchidos co m espuma, pode- se adotar uma pressão d e enchim ento próxima a 1,75 MPa (250 psi) e para o caso
fias rodas rígidas, a área d e contato pode ser estimada pela da largura da roda, multiplicada por um fator
variando t le 2 a 5 (Farny, 2001). Sempre que possível é interessante a determ inação exata da área d e contato
por m edição com o equipamento em operação, visto que a influência da área d e contato - principalmente
para equipamentos pesados - pode influir decisivamente na estrutura do pavim ento industrial.
Resu m i d am en t e, para o d i m en si o n am en t o é n ecessár i o t am b ém o co n h eci m en t o dos seguint es
parâm et ros:
-
Carga do eixo mais carregado, formada pela carga útil somada ao peso próprio do veícul o, em
newtons (N); nos casos gerais, considera- se na sit uação m ais crít ica que som ent e o eix o diant eiro
receberá todos os esforços.
-
Tipo da roda e pressão d e cont at o.
-
Tipo d e rodagem , sim ples ou dupla.
-
Dist ância ent re rocias, s e sd, em m (figura 8,3).
• M.niu.il (n i i l .u i dc.' físKís Induülri.iís
sd
sd
Figurai3 : Eixo simples derodagem dupla
Cargas uniformemente distribuídas
As car gas unif or m em ent e dist ribuídas são f reqüent em ent e ut ilizadas no d i m en si on am en t o dos pavim ent os indust riais, m as, na realidade, não são m uit o com u n s n o seu "senso estricto",
mas si m cam uf la-
das por cargas pont uais, lineares e outras conf igurações.
So b o p ont o d e vista ex clusivam ent e t écni co, um a carga dist ribuída refere- se a um carregam ent o p lano,
ap oi ad o sobre o piso por m eio d e uma área de cont at o q ue co i n ci d e co m a p r oj eção d o carregam ent o,
sem q ue haj a a ex ist ência d e cargas pont uais.
Cargas de estanterias
A gr ande t endência q ue obser vam os hoje é o uso d e sistemas d c ar m az enag em ver t ical, ap r ovei t an d o
ao m áx im o o vo l u m e fia área d e est ocagem e emprega- se sist em as d en om i n ad os porta- paletes, q u e
nada m ais são d o q ue est ant es o n d e os produt os pat elizados são posicionados.
Dent r e os sistemas de est ant erias disponíveis, t em os desde os m ais sim ples, q u e é o port a- palet e convenci on al - f orm ado por d uas est ant erias p osi ci on ad as um a d e cosia para a outra e alim ent ad as por corredores front ais sistema drivs-in - no q ual a em p ilhad eir a trafega no interior da est ant eria, cuj os montantes estão af ast ados ent re sí cer ca d e 1,2 m - e o sistema push-bâck
- no q u al a al i m en t ação é front al,
sendo possível diversas pr of undidades d e est ocagem . Finalm ent e, t em os o trans-elevador,
cuj a estrutura
da estanteria suporia tanto a cobert ura co m o o fechamento lat eral.
As cargas or i und as dos m ont ant es d e prat eleiras geram cargas pont uais a serem suport adas pelo piso e
que, por est arem m uit o próx im as, inf luenciam - se ent re si, Co m o result ado tem- se a ger ação d e m om entos posit ivos (part e inf erior da p l aca).
Estas cargas f or m am um padrão, con f or m e apresent ado na figura 8,4. Para o d im ensionam ent o d o piso
são necessários os seguintes dados:
FÍHurae.4:5isitfflA|X>rt,V[>iiletc.
M ÍIIIIM I
Í I TI I D I I I I
<TV
1'isus Imluslrkiis.
•
espaçam ent o ent re os montantes x que é a m enor distância ent re eles;
•
espaçam ent o ent re m ontantes y, q ue é a m aior distância ent re eles;
»
distância z, em metros, ent re duas prateleiras adjacent es;
•
área d e cont at o A da placa de ap oio dos montantes;
•
carga d o m ont ant e.
Nota 1: a área de contato A deve ser suficientemente grande para que a tensão de contato não
supere 4,2 vey.es o módulo de ruptura, para cargas no interior da placa, e 2, í vezes para cargas
nas bordas ou cantos, A tensão de cisafbamcnto, devido aos esforços de funcionamento, não deve
ser superior a 0,27 vetes o valor do módulo de ruptura do concreto (Packard, 1976),
Nata 2: o fator de segurança fiara cargas de montantes pode variar substancialmente, desde
valores baixos, como 1,5, até 5; os mof/ vos de FS superiores aos empregados para cargas móveis
estão no fato de que, para carregamentos similares, as tensões produzidas pelo carregamento
estático são superiores e a deformação lenta do concreto reduz a sua resistência mecânica, Para
cargas elevadas, é prudente o emprego de fatores de segurança altos, principalmente quando não
ê conhecido o layoui de utilização das áreas de estocagem, o que impede o projeto de juntas
compatível com os pontos de apoio; cargas na borda da placa, admitindo-se que a transferência
de cargas é de 25%, geram tensões que excedem de 13% a 50% aquelas produzidas em seu
interior
(Packard, 1976),
íi.3 Esforços atuantes
Carregamen tos externos
Um a placa d e concret o apoiada em um m eio elást ico p od e apresentar ex pressivas cap acid ad es de
absorção d e esforços, m as tem nas bordas o seu ponto fraco. Analisando a figura í).5, co m uma carga
pontual de base cir cular at uando em três posições distintas, tem os os esforços relat ivos indicados no
Tabela fi.2.
"O"
O
•
Figura 8.5: Posr^lúíle cargas cm uma placa com bordas livres
Estes valores relat ivos [iodem ser alt erados em f unção da área d e carregam ent o, m as podem os notar q u e
o carregam ent o cent ral é subst ancialm ent e m enor co m o carregam ent o sit uado no cent ro e cham am
m ais ainda at enção as deform ações esperadas.
Manual (lerdau de Pisos Industriais
Fofição d.1 c,nr£,i
Centio da placa
Canto
Eíordíi
Momento ger.ido
Deformação
M.
• 17 M.
2M
7 D,
D.
3 D,
Tabela 1.2: Bíbrço»edeíomiiiçó< !i relativa; aii unia placa deconcretó(borde livro)
Com o regra, o dim ensionam ent o dos pisos industriais acaba sendo feito som ente para cargas posicionadas
no interior da p l aca 1 , com an d o q ue haverá transferência d e cargas at ravés das juntas.
Al ém d os m om ent os p r i n ci p ai s consi d er ad os, há out ros, secund ár ios, q u e em casos norm ais de
dim ensionam ent o acabam f icando aut om at icam ent e atendidos. Entretanto, quando consideram os cargas elevadas, precisam ser avaliados outros esforços, com o o m om ent o negativo q u e surge na placa
d evi d o à m udança d e curvat ura da linha elást ica da laj e.
Tensões de origem térmica e de retração
Essas tensões são originadas em prim eiro lugar d evi d o ao atrito gerado ent re a placa de concret o e a
sub- base quando esta apresenta uma var iação volum ét rica, quer por alt er ação d e temperatura o u de
um idade; co m o p od e haver t am bém uma diferença relat iva ent re a m ovim ent ação no topo da placa e
na base, surge uma tensão de em penam ent o,
No prim eiro caso, o esforço gerado pelo atrito |> ode ser f acilm ent e calculad o pela drag equation,
que
nada m ais é d o q u e o peso da placa m ult iplicado pelo coef icient e d e atrito ent re os dois materiais:
r
u.v
Ji.w.L
sendo; j.i o coef icient e de atrito, y o peso especif ico d o concret o e h, tv e L a espessura, largura e
com prim ent o da placa d e concr et o, respect ivam ent e.
G cálculo das tensões de empenamento pode ser feito considerando as expressões de Bradbury (Bradbury, 1938),
que foram desenvolvidas especificamente para gradientes térmicos; fiara empenamento devido à retração hidráulica, basta adotar um gradiente térmico que forneça a mesma variação observada na retração diferencial
A figura 0,6 (Yoder e Wit czak, 1975) apresenta coeficientes de correção que levam em consideração a distância
entre o ponto em análise até a borda da placa. Esses coeficientes estão correlacionados com o raio de rigidez da
placa e sào máximos quando a distância até a borda eqüivale a cerca de dez vezes o raio d e rigidez,
Para o cálcul o das tensões d e em penam ent o em uma placa de com prim ent o ftnilo, podem os empregar
as ex pressões (i luang, 1993);
o
ond e
-
f
r
r
+
Cfy =
(C, . + v , Ç J
e o, são as tensões nas direções x e y, £, a e v são o m ódulo d e elast icidade, coef icient e de
dilat ação t érm ica e coef icient e d e Poisson do concret o, enquant o C e Ç, são f ornecidos na figura 8.6.
1 PedtmM ( O M l ÉI W que uma c.irg.i $liu,id.i <:<>«:,< i l ' 11111,1 vcv o r.iiti «li- riflàhv do phivimenlo |K«tc srf colUldlBIVdl, com
sfguriimça, como e:arg.i inUírna,
A 1 .I I H I .I I
tioid.ui
(TF
Pisos Induslri.iis
h7
Figuro 8.6: Coeficiente de correção C, e CK
Para a tensão at uant e na borda, que se dá em apenas uma direção, terem os:
2
ft.4 Pavimento industrial com armadura distribuída
Os pavim ent os co m arm adura distribuída são aqueles em que a arm adura 6 em pregada fundamentalm ent e para o cont role da ret ração do concret o, m as que acab am por increm ent ar a cap acid ad e estrutural do pavim ent o, em bora a arm adura esteja posicionada no t erço superior cia placa de concret o, em
uma região que apenas as cargas unif orm em ent e dist ribuídas e as d e cant o - quando não há barras de
transferência - at uam co m m aior int ensidade, gerando m om ent os negativos,
Entretanto, o benef icio dessa arm adura é conhecid o d e longa data (Rodrigues e Cassaro, 1998J, em bora
o seu m ecanism o d e ação não esteja ainda com plet am ent e eq uacionad o, m as tudo se passa co m o se a
placa assim arm ada adquirisse um a certa t enacidade.
Out r a vant agem do seu em prego é que, além d e ela cont rolar os m om entos negativos e fissuras de
ret ração, acaba por cont ribuir no cont role do em penam ent o tia p l aca, um a vez que a arm adura não se
retrai q uand o o concret o sofre a perda d e água, q ue é mais intensa na part e superior, reduzindo o efeito
f io em p enam enlo; essa ação ê tanto m aior quant o m ais elevada for a taxa d e arm adura em pregada,
O aum ent o da cap acid ad e estrutural, com p r ovad o por diversos ensaios ex perim ent ais (liecket t , 1990, e
Meyer hof , 1962), perm it e o em prego de m odelos d c cál cu l o desenvolvidos prim ordialm ent e para pavim entos reforçados, co m o os d e lòsberg e Meyer hof .
O s trabalhos desses dois Importantes pesquisadores foram lastreados por um grande núm ero d e ensaios
ex perim ent ais (Losberg, 1961, e Meyer hof , 1962) e prenderam- se apenas às cargas concent radas, sendo
q ue Lõsberg considera carregam entos duplos, q u e ocor r em em veículos d e rodagem dupla, enquant o
Meyer h of considera apenas a carga isolada,
Essas considerações não invalidam a ut ilização das f orm ulações para os diversos carregam entos analisados - cargas lineares, estanterias, rodagens duplas, et c. - , bast ando apenas ter o conceit o de cargas
cont ribuint es em um det erm inado ponto considerado.
Manual tien.hu de Pisos Induslri.iis
Fórmulas de Meyerhof
Em bora os áb aco s ou m esm o ex pressões d esen vol vi d os p o r West er g ar d e apresent ados no it em 3.2
possam t am b ém ser em pr egados para o d i m en si on am en t o dos p avim ent os indust riais co m ar m ad ur as
dist ribuídas, irem os íocar neste cap ít ulo o t r ab al h o d esen vo l vi d o ex p er im ent alm ent e por Meyer h o f ,
As f órm ulas d e Meyer h o f (Meyer h o f , 1962) ch am am a at en ção pela si m p l i ci d ad e na u t i l i z ação, apresent and o t am b ém boa p r ecisão, e são padr ões em países co m o a Inglat erra, em p r egad as nos procedim ent os norm at ivos d e cál cu l o (Concret o Sociat y, 1994). São elas;
Carga Cen t r ai :
P= K
Carga d e Bor d a Livre;
* ó x (I +
P= M„ * 3,5 x
On d e a é o raio d a ár ea car r egad a, considerada cir cular , f é o raio d e rigidez da p l aca d e con cr et o e o
M
t
é o m om ent o resist ent e cia seção ar m ad a. Inver sam ent e é possível det erm inar o m om ent o gerado
p el o car r eg am ent o o ent ão cal cu l ar a seção resistente,
Capacidade resistente da seção de concreto
A cap aci d ad e resist ent e d e um a seção d e con cr et o d esp r ovid a cie arm adura d ep end er á f undam ent alm ent e cia resist ência à t ração na f lex ão d o co n cr et o :
QWw -O1 ir)
On d e b e / )*' são a largura - norm alm ent e considerada unit ária - e a espessura do piso, enquant o a | i | m é a
resistência caract eríst ica d o concret o à t ração na f lex ão d ivid id a por um coeficiente
cio segurança
-
IS.
O co ef i ci en t e d e segur ança FS irá d ep en d er d a f r eq ü ên ci a d os car r eg am ent os e da cap aci d ad e da
em p i l h ad ei r a, pois n el e está em b u t i d o o co n cei t o d e f adiga d o con cr et o. Co n si d er an d o q u e RT é a
r el ação cie t ensões d o con cr et o (t ensão d e t r ação na f lex ão gerada p elo car r egam ent o d i vi d i d a pela
resist ência à t ração na f lex ão car act er íst ica cio con cr et o), q uant o m ais próx im a d e um ela for, m ais
rápido será o co n su m o à fadiga do concr et o, segundo a lei d e Mi n er .
À m edida q u e li, d i m i n u i , m ai or será o n ú m er o d e sol i ci t ações adm issíveis, send o inf init o para li, =
0 ,4 5 ; a r el ação ent r e RT e N (núm er o d e solicit ações) p od e ser ad ot ad o co m o (Pi n a, 1996):
• Qu an d o Rr & 0 ,4 5
• Qu an d o Rr > 0 ,5 5
JVI .I I H M I
< ii'fil,m (tf í"isos lm.lijs.tri.iis
0,971K - R,
0, 082 H
O fator cie segurança é / ?/ ' e a sua escolha d eve ser feita necessariam ent e levando em consideração o
núm ero de solicit ações d o eix o da em pilhadeira durant e o perfodo d e projeto, Cálculos mais precisos
d o consum o a fadiga p od em ser feitos considerando os diversos carregam ent os e suas freqüências,
buscando sem pre que o som at ório dos diversos consum os sejam inferiores a um (Piua, 1 9 %) .
Dimensionamento para cargas uniformemente distribuídas
Usualm ent e, a carga distribuída gera um m om ent o negativo nos corredores que suplanta os m om entos
posit ivos q u e ocor r em sob a placa, os quais são m uit o inferiores aos produzidos por cargas m óveis ou
pont uais e, por este m ot ivo, são desprezados.
O m om ent o negat ivo nào é f unção apenas d o carregam ent o e das caract eríst icas elásticas rio terreno de
f und ação, m as t am bém da largura do corredor,
Qu an d o o carregam ent o ocorre, o terreno de f undação ex perim ent a uma def orm ação, fazendo com
q u e haja uma m udança da curvatura da linha elást ica da placa na área descarregada, gerando o mom ent o negat ivo no corredor, sit uado a uma dist ância próx im a a 1,1 vezes o raio d e rigidez (/ ) do
t érm ino da área carregada (Farny, 2001),
Portanto, h m edida q u e o corredor vai se estreitando, ocorre a superposição dos m om entos negativos e
esta será máx ima para 1-2,2/ ;
nesta condição, a cap aci d ad e do piso será (Packard, 1976):
C = 1,03 . Og f aXi j i l Xk
o n d e:
C
é a carga adm issível em
o
é a tensão adm issível;
iiflhi.
kN/ mJ;
h
é a espessura do concret o em cm ;
k
é o coef icient e de recalque, em
MPa/ m.
Corredores com largura dc 2 , 2 / são raros, pois im põem faix as m uit o estreitas, já que nossos pisos
apresent am raios d e rigidez variando entre 0,5 m a 0,8 m. Para corredores m ais largos, pode- se empregar os valores fornecidos pela tabela 8.3 (Farny, 2001),
Out ra ação que deve ser considerada é a deform ação do terreno d e fundação sob ação d c cargas permanentes ou d e elevada duração, caso t ípico cio carregamento aqui tratado, mas que foge d o escopo deste trabalho,
Cargas elevadas, por ex em plo, acim a d e 6 tf/ m- , deveriam ser analisadas sob este ângulo, preferencialmente
com a consultoria d e engenheiro geotecnista, m as lem brando que as deformações admissíveis para fundação (da ordem d e milímetros) normalmente provocam momentos fletores muito elevados nos corredores.
Por este motivo, pode ser ex t rem am ent e útil a ex ecução de provas- de- carga co m placas circulares a fim
d e det erm inar as def orm ações plást icas c elást icas que irão ocorrer sob ação d o carregam ent o previsto,
Embora os esforços d e carga pontual sejam det erm inant es no dim ensionam ent o d e pavim ent os industriais, é sem pre importante verificar, n o caso d e estanterias, a ação cio carregam ent o em cam adas abaix o
d o subleit o, ond e podem os considerar a d ef or m ação do t erreno e q u e irá refletir- se nas p l acas cie
con cr et o.
711
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Pisos Induslri.iis
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segurança, normalmente ijiunl a 2;'' Largura tfo carregamento assumido como 7. Sm.
M .IIIO.II
<iCf(l,ni (Fe Cisus Industriais
MS
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JS.B
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33,0
1'iiíB.i Aílmteirtíi (kNfni')'
(Ki!r,ikl,iíi;iJí,i^ <lr Cmwdíjr
117,0
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i ::,!.
153,1!
175,1)
116,5
1.15,0
153,1
1 11,5
130,0
140,6
1103
129,0
147,5
Cálculo da armadura de retração
O cál cu l o cia arm adura d e ret ração p od e ser feito por m ei o d e diversos procedim ent os, com o a drag
equation - q u e leva em consideração apenas o atrito gerado entra a placa d e concret o e a sub- base - , o
do momento equivalente
- q u e est abelece uma taxa d e arm adura tal que o m om ent o negat ivo resistente
seja igual ao da seção íntegra do con cr et o' - , CHI O crit ério da nào- ocorrência d e fissuras visíveis - QUE
im põe co m o base em crit érios ex perim ent ais taxas elevad as d e arm adura, cia ordem de 1 %.
Há ainda outros critérios que acabam conduzindo a taxas variando de 0 , 8 % até o limite superior citado
(WRI, 1996); d e fato, nenhum defes im pede a ocorrência da fissura, mas simplesmente a tornam tão fechada
que é pouco visível, No Brasil, a drag equation acabou ganhando muita popularidade em função da sua
forma simples, bastante conceituai e com ótimos resultados na prática, podendo ser expressa com o:
/ .y. L.W.h
2.o,
sendo:
Af a área d e aço;
y
o peso específ ico do concret o;
a tensão adm issível do aço, igual a 0,75 cia sua tensão d e escoam ent o;
/
o coef icient e de atrito ent re a sub- base e a placa de concret o, q u e pode assumir os valor es cio
tabela Ü.4 (WRI, 1996);
/ ., W e / ) o com prim ent o, a largura e espessura da placa de concret o, respect ivam ent e.
Considerando que o peso específ ico do concret o seja 25.000 N/ m',
a fórmula para as telas soldadas
(CA-60), para largura de um metro, p od e ser escrita sim plif icadam ent e:
C/4-60:
Ax =
Ncst e caso, basta empregar o coniprim ont o da placa em metros e a espessura em cent ím et ros para se
obter a seção d e aço em cm Vm ,
Tabela 8,4 s Cotfcicntctdcntrilo para diversas condições de apoio d,i placa
' Eistr conceito í importante quando h.l cargas unifoínwimenlo distribuídas olevadaí, fa/ rml» coni qitc evenlu< iis fissuras possam
apresentar atioriuras Indosojíwis,
72
Manual
(HHI.UI
de Pisos Industriais
Entretanto, a drag equatiofi
pode apresentar algum as lim itações, com o, jror ex em plo, taxas de arm adura
muito baix as e que tornariam difícil o correto posicionam ent o da armadura em f unção do baix o diâm et ro
dos fios. Por isso, algum as m edidas com plem ent arei poderiam ser estabelecidas, com o o em prego d e
taxas superiores a 0 , 1 % (ia seção d e concret o e a ut ilização som ente de telas fornecidas em painéis.
8.5 Pavimento estruturalmente armado
A resposta d e quando se em pregar os pavim ent os estruturalm ente arm ados p od e ser bastante sim ples;
sem pre que as tensões d e t ração na ílex ào observadas no concret o forem superiores I adm issível fiara
garantir um desem penho ad eq uad o e durabilidade com pat ível co m a estrutura do piso.
Cm f unção da sua elevada cap aci d ad e resistente, os pisos arm ados são em pregados na presença d e
cargas elevadas, co m o hangares d e aeronaves, pát io cie cont eineres, áreas d e depósit o co m cargas
pont uais elevadas, et c.
O dim ensionam ent o d o PEA - pavim ent o estruturalm ente arm ado - p od e ser feito com base nas fórmulas clássicas d e West ergard, nas cart as d e influência (Rodrigues e Pilt a, i c> ()7), nos diagram as d e Losberg,
nas fórm ulas d e Meyer hof já descritas no item 8. i , o u nos program as d e elem ent os finitos,
Esses procedim entos permitem o conhecim ent o d o m om ent o fletor atuante e, a partir daí, a det erm inação
das armaduras passa a sor elementar. Por ex em plo, os mesmos cálculos efetuados no pavim ent o com
armadura distribuída, com a det erm inação d o m om ent o atuante, podem ser em pregados no piso arm ado,
O cál cu l o das arm aduras pode ser feito co m base nos adim ensionais (estádio lii) k fi e
(Santos, 1983),
A det erm inação da arm adura é im ediat a, co m o em prego dos coef icient es adim ensionais k íf e k v
k
. b x d"
Mi
A s= Kt x
em cm J/ m
sendo;
M^ o m om ent o at uant e {em tf x cm/ m);
J»
a largura considerada, geralm ent e 100 cm ;
d
a espessura da placa de concret o h, m enos 3,0 cm (cobrim ent o);
A^
a área da arm adura, geralm ent e em cm' Jm;
k^
o coef icient e adim ensional, f ornecido no tabela 8.4,
Os valores da k , em função d e k e da resistência característica do concret o, í t , são fornecidos no tabela
3.4, Nestes, já estão em butidos os coef icient es Ode segurança, d e m inoração para materiais e d e m aj or ação
para as ações, previstos na norma Nl i R 6118 (Projeto e Execução
de Obras de Concreto
Armado).
Sob o puniu d e vista d e cál cu l o das arm aduras, é perfeit am ent e possível a ob t enção d e estruturas
ex t rem am ent e delgadas. Considerem os, por ex em plo, o dim ensionam ent o d e um pát io d e estacionamento para aeronaves 747- 400, para det erm inadas cond ições d e solo, cujos m om ent os - obt idos com
o programa Kenslab - são mostrados no tabela S.5 (Rodrigues, 2002}.
M .IIIIM I
( Í H KI .I I I
(TF
Cisas Imluslri.iis
73
Flex ão norm al sim ples
seção retangular
T a » 14
y e = 1,4
y ( = 1.15
FonuAdaplado
dc
Cífculo de Concreto
Armsdo, segundo
Nova NIS- 1 <i o CE»
(1511) li grafia 13)
Valores dc
para controlo de f,, igual a:
i5
16.636
4,710
2,118
120 r,
761,7
550.4
410,3
319,0
256,2
211.2
1 77,6
152,4
132,7
117.1
104,5
'H, IO
65,54
79,01
73,19
66,22
63,94
60,20
56,92
54,01
51,42
49,14
47,54
46,06
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43,39
42,20
41,07
40,02
39,03
38,10
37,22
36,40
35,61
34, 87
H , lisa, 50
32,87
32,27
27
17.021
4 529
2.036
1.159
751,7
529,2
394, S
306,7
246,4
203,1
171,0
146,6
127,6
112,6
100,5
'JU.Í.V
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70,37
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57,89
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51,93
49,44
47,15
45,71
44,2!1
42,96
41,73
40,57
39,49
17,257
4.361
1.961
1.116
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509,6
379,9
295,4
237,2
195,6
164,, 7
141,1
122,9
I0&,4
96,75
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34,47
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32,97
i2,2'J
Sl.fhi
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30,44
29,03
37,53
36,64
35,79
35,00
34,24
n, !;t
t2.a<>
32,22
31,61
31,03
3 a,03
16.641
4,206
1.891
1.077
690,0
491,4
366,3
234,6
220,a
160,6
150,a
136,1
110,5
104.5
93,30
64,1')
76,73
70,55
65,35
60,91
57,09
53,75
50,82
43,23
45,91
43,87
42,44
41,12
5 <>.«<>
30,75
37,67
36,67
35,73
34,85
34,02
33,24
32,50
31,80
31,14
50, 'is
29,91
29,35
23,81
Valores de k,
:io
CA- òl)
15.S31
3,925
1.726
1.005
651,4
456,6
341,9
265,6
213,5
I 7i), O
146,2
127,0
110,6
97,54
87,08
76,36
71,62
65,05
60,99
56,85
53,26
50,17
47,43
45,01
42,05
40,95
39,62
Ul, Ul
17,2 í
36,16
35,16
34,23
33,35
32,53
31,75
31,02
30,33
29,68
29,06
21147
27,92
2 7,39
26,09
0,269
0,270
0,271
0,272
0,273
0,274
0,273
0,276
0,277
0,270
0,279
0,230
0,232
0,293
0,234
211
0,237
0,230
0,290
0,291
0,293
0,294
0,296
0,290
0.299
0,301
0,302
0,304
0,305
0,307
0,308
0,309
0,311
0,312
0,314
0 316
0,317
0,319
0, Í2 0
0,322
0,324
0,325
0,327
Tabela 8,4: Valores deKi
fi (cm)
Al,
(tf x cm/ m)
lít
356
20
397
22
433
32
590
34
616
36
641
Talwla 11,5; Momento Atuante k espeiHira
74
Manual ( H TÍ I . H P
D C PÍ Ü I Í S
ImJuSIriais
Desse ex em plo, vem um a questão cr ucial: é possível o em prego cie est rui uras su perdei gadas desde q u e
as arm aduras resistam d os esforços previstos?
Lüsberg acredit ava q u e era possível e fez inclusive t rechos ex perim ent ais d e pistas bastante arrojadas,
com apenas 3 cm de espessura, mas que acab ar am apresent ando muitos problem as ex ecut ivos.
i loj e sabem os q u e a rigidez d o pavim ent o d eve ser governada por uma def orm ação m áx im a adm issível,
q u e para aeroport os pode ser tomada no cent ro da placa (para pavim ent os considera- se a def orm ações
de borda livre).
O valor dessas def orm ações p od e ser, por ex em plo, f unção do solo o u m esm o em prest ado dos valor es
sugeridos para os pavim ent os pret endidos (Rodrigues, 2003), q u e é d e 1,5 m m para carga n o interior da
p laca; o ACI recom enda que, para o caso d e pavim ent os rodoviários, a def orm ação do borda livre n ão
deva ser superior a 0,75 m m .
A valid ad e desse crit ério é que o pavim ent o prot endido apresentará rigidez sem elhant e ao arm ado, em
f unção das espessuras finais. Out r o crit ério que pode ser em prest ado desse mesmo t rabalho é relat ivo ao
coef icient e d e r ecalque m ínim o adm issível, cerca d e 6 0 MPa/ ni, e que d eve ser em pregado principalm ente na m ovim ent ação de cargas pesadas.
Na verdade, devem os observar q u e a seção de concret o arm ado irá t rabalhar fissurada e que, portanto,
haverá uma redução no seu m om ent o d e inércia, proporcional à taxa d e arm adura p (porcent agem da
área d e aço em r elação à d e concret o). Essa redução irá Im plicar uma d i m i nui ção do raio d e rigidez e
conseqüent em ent e d o m om ent o fletor atuante. Por outro lado, irá aum ent ar as def orm ações.
Lõsborg propôs que esse efeito p od e ser representado pelo em prego d e um coef icient e et, função d o
produto p.n, onde p é a taxa da armadura o n é a relação entre os módulos d e elast icidade d o aço e d o
concret o, podendo ser considerada igual a 7,5, cujos valores podem ser tomados pela seguinte ex pressão:
a = - 0 ,0 0 1 3 (it . p ) 1 + 0,08 52 {n . p ) + 0,0134
O valor dtMx assume uma importância grande no controle das deformações da placa e [X>do ser controlado
pela taxa de armadura empregada, fazendo com que - para os pavimentos armados - a rigidez da placa não
seja governada apenas pela sua espessura, mas considerada em conjunto com o aço empregado,
O a nada mais é d o que a relação ent re os m om ent os do inércia crit ico, obt ido co m a seção fissurada
(considerando o lim it e d e ut ilização cio aço), e o m om ent o d e inércia da seção íntegra:
O momento d e inércia da seção fissurada, também denom inado momento d e inércia equivalent e - /,, - ,
p od e assumir uma am pla faixa d e valores variando entre o da seção não- fissurada e o crítico, podendo ser
obtido pela ex pressão (ABNT, 2003);
M .IIIIM I
O H KI .I I I
(TF
Cisas Imluslri.iis
o n d e:
*
M (l M é o m om ent o m áx im o tio concret o ou, em outras palavras, o m om ent o de fissuração do
concret o sim ples:
x,
_ (friM.
i) A....
Miril =
lK é o momento de inércia da seção não- íissurada ey ( a distância da linha noutra à fibra mais Iracionada,
*
M , é o m om enlo atuante.
•
l jri( é o m om ent o de inércia da seção fissurada:
2
sendo i> a largura d e seção, & a altura da seção com prim ida, n a relação ent re os m ódulos de
elast icidade d o aço e do concret o, A^ a seção d e aço e d a altura úlíl da peça (altura nom inal
m enos o cobr im ent o da arm adura).
O valor l (. d eve ser em pr egado no cálcul o d o raio de rigidez da placa d e concret o arm ado
que de
m aneira sim plif icada é;
Esse valor p od e ent ão ser ap licad o n o cál cu l o dos m om ent os atuantes empregando- se as fórm ulas clássicas d r Westergard,
as f orm ulações d e f.iisherg ou outras expressões. No caso elo r ák u k ) por programas
de elem ent os flnitos, a consideração da fissuraçSo da seção [iode ser efetuada p elo em prego d e um
m ódulo de elast icidade real m ult iplicado pelo coef icient e «.
O cont role das def orm ações do pavim ent o ar m ad o passa a ser feito não apenas pela espessura ria placa,
m as t am bém pela var iação da taxa d e arm adura, Esse fato ê part icularm ent e interessante no caso de
pavim ent os rodoviários, ond e a freqüência dos carregam ent os é m uito elevad a.
Para o cálculo dos m om entos íletores atuantes, Lõsberg desenvolveu um conjunt o de ábacos, figuras 8,7 a
B.9. Rociemos observar q u e os Ábacos são função da soma d e m om entos m + m ', ond e m ' é o m om ent o
negativo e m o m om ent o positivo atuantes.
0
0.5
1,0
1,6
2,0
2,5
Fijjui.i !t.7: CiifgaCCntrAl
7Í>
M AN UAL
(H KI .H I
( LI ;
Pisos lmiijf.lri.iis
A consideração d e Lõsberg é que a cont inuidade da placa faz com q u e ocorra o m om ent o negat ivo, que
cont ribuí para a r ed ução d o posit ivo, à sem elhança do que ocor r e nas vigas cont ínuas. Para esse pesquisador, a cont inuidade ocorreria pela própria resistência à t ração na flex ão tio concret o.
Entretanto, placas longas - com prim ent o m aior do que 8 x t {raio d e rigidez} - são passíveis d e fissuração
por ret ração hidráulica, e at é m esm o por questões de fadiga do concret o, a cont ribuição do m om ent o
negat ivo só d eve ser em pregada q uand o for prevista ar m ação específ ica para essa f inalidade.
1'ijjur.i 15.11: C.lrg.1 effl Iwrd.i livre
A ap l i cação desses ábacos, desconsiderando a cont ribuição d o m om ent o negat ivo, conduz a valores
bastante próx im os daqueles encont rados pelas ex pressões d e Meyer hof ,
FÍ JJU M
M.imial (icnLui (tf Pisos liidusLrials
8.9:Girgn
OM
borda protegida
77
9
j unt as
9.1 Introdução
Ao longo dos tempos, o aum ent o dos carregamentos, e o conseqüent e aum ent o das tensões nos pisos
industriais, vem preocupando os profissionais da área. Várias soluções d e dim ensionam ent o têm sido
estudadas, porém , iodas as alt ernat ivas elevam a responsabilidade das juntas pelo falo d e q u e o aumento das cargas leva ao aum ent o de tensões nas juntas e das deform ações dos pisos industriais.
Várias alternativas para elevar a ef iciência na transferência d e cargas ent re placas d e concret o foram
ex perim ent adas, tais com o: espessamento das bordas das placas, juntas com encaix es d o tipo macho- efêmea com ou sem barras d c ligação, aum ent o da cap aci d ad e d e suporte da sub- base, junt as co m
ut ilização d e barras de transferência ou barras d e ligação e outras.
9.2 Função das juntas
Todo piso industrial está sujeit o a tensões, devido a diversas causas, co m o as d e retração plástica do
concret o, retrações e dilat ações causadas por var iações t érm icas ou higrométricas, em penam ent o das
placas, carregam ent o, seja el e est át ico (cargas dist ribuídas ou pont uais - do tipo d e prat eleiras) ou
m óvel (em pilhadeiras d e rodas pneum át lcas ou rígidas).
Parte destas tensões faz com que haja um a sensível redução da vida útil d o pavim ent o, caso não sejam
devidam ent e tratadas (CRÊS, 1996), O projet o d eve prever dispositivos, detalhes construtivos, reforços
estruturais e especif icações cie m ateriais adequados a cada tipo d e solicit ação.
Dent re estes dispositivos ou det alhes const rut ivos estão as IUNTAS, q u e p od em ser def inidas com o:
Det alhe const rut ivo, q u e d eve perm it ir as m ovim ent ações de ret ração e d ilat ação d o concret o e a
adequada transferência de carga ent re placas contíguas, m ant endo a p lanicid ad e e assegurando a qualidade do piso e conforto d o rolam ent o,
í im portante ressaltar q u e as juntas d evem perm itir a "ad eq uad a transferência d e carga ent re placas
cont íguas". Pode- se avaliar pela figura 9.1 as cond i ções de t rabalho cias juntas.
0 % da iransferôncia du carga
Figura 9,1; (unia ítaprou^ida
Manual Oerd.iu (tf Pisos Imluslriais
Qu an d o se lem um a carga na p r ox im id ad e da borda, ex ist e uma d ef or m ação natural da placa de
concret o do piso, proporcional à m agnit ude da carga, espessura da p laca, m ódulo d e elast icidade dos
m at eriais envol vi d os e cond ições de sujaorte da placa, gerando uma descont inuidade da superf ície do
piso e alt erando as cond ições de rolam ent o, conf ort o e segurança,
Na figura 0,1, pode- se n o t ar a ex ist ência d e um a patologia na placa da direit a, d evi d o à passagem da
roda d o veícul o, Este fato, conhecid o com o esborcinam ent o, é com u m em pisos que não possuem a
adequada transferência d e carga, com o dem onst rado na figura 9,2,
100%de- transferência de carga
Sentido do irúfego
Sentido do trafego
Figura 9.2: Jun ta protegida
Pode- se notar pela figura 9,2 que, q uand o há a adequada t ransferência d e carga at ravés d e um disposit ivo d evid am ent e d im ensionad o (ver item 9,5 - Di m ensi onam ent o das barras
de t ransf erência),
preparado e posicionado, tem- se assegurada a vi d a útil do piso d e concr et o.
Devi d o à necessidade d e m anut enção periódica e para que se tenha uma vida ulil m ais longa possível
do piso, é im port ant e que se utilizem todos os recursos disponíveis para a dim inuição do núm ero de
juntas em uma obra, já q u e elas sào, normalmente, ,i principal causa do início d o processo de f alência
dos pisos e pavim ent os.
A recomendação para placas d econcm lo simples ó de que a rei ação entre largura e comprimento seja d e 1 ;1,5,
Ex istem organism os q ue sugerem placas ainda m enores com o, jior ex em plo, a relação de 1:1, 25, ou
seja, para placas d e um a rodovia com largura d c 3,f> m , tem- se com prim ent os d e 4,5 m.
Para os pavim ent os arm ados, esta relação fica por cont a das questões ex ecut ivas, sendo que para os
pavim ent os cont inuam ent e arm ados, ex istem apenas as junt as d e encont ro co m pontes o u out ras estruturas, obtendo- se placas co m quilôm et ros d e ex tensão.
9.3 Tipos de juntas
Para os pisos Industriais, poucos são os tipos d e Junt as necessárias para q u e se tenha sucesso na realização da obra, Podem ser classificadas em ;
• Junta da const rução - |C;
• Junta serrada « 15;
• Junta da encont ro - |E,
iw
Manual lifrd.w d(í Pisos Industriais
9 ,3 ,1 Ju n t a d e co n st r u ção
Sao as junt as const r uíivas d e um p avim ent o, sendo q u e o seu esp açam ent o está lim it ad o ao tipo f i e
eq u i p am en t o ut ilizado, à geom et ria d a área e aos índ ices d e p l an t ci d ad e a serem obt idos,
As j unt as d e const r ução p od em possuir encai x es d o t ipo m acho- e- fêm ea o u ut ilizar barras d e transferência (figura 9 ,3 ), As d o t ipo m acho*e- fêm ea têm tido o seu em p r ego r ed u z i d o por possuírem baix a
cap aci d ad e d e t ransf erência d e c.ii^ .1, por d if iculd ad es ex ecut ivas o p r i nci p al m ent e pela grande ocorrência d e fissuras p r óx im o das bordas (Rod r igues e Cassar a, 199tt). Este t ipo d e disposit ivo d e transferênci a d e carga (ACI, 2004) n ão d eve ser ut i l i z ad o para pisos co m espessura m enor d o q u e 15 cm ,
A figura 9,3 apresent a unia seção t ípica d e um a j unt a d e const r ução co m uso d e barras d e t ransf erência,
£ im port ant e dest acar o p osi ci on am en t o t ias barras d e t ransf erência e d a t ela soldada.
Espaçadoros
Setenta
Lona plástica
,,
Tela soldada
-
1
'
3 h
Barra do transferência
(metade engraxada
Figura 9, j ! Ju n u de construção
9 .3 ,2 Ju n t a ser r ada - JS
O processo const r ut ivo ut ilizado at ual m ent e p r evê a concr et agem em f aix as e lim it adas em sua largura
p el as j unt as longit udinais d e const r ução. Log o após o processo d e acab am en t o do concr et o, deve- se
i n i ci ar o cor t e das junt as t ransversais d e ret ração, t am b ém con h eci d as co m o junt as serradas (figura 9,4),
Um a g r and e angúst ia das em p r esas q u e ex ecut am este t ipo d e obra e a d et er m i n ação d o m elhor mom ent o d e i n i ci o dest e processo.
Em ger al, est e tempo é cer ca d e 10 a 15 horas ap ós o l ançam ent o d o concr et o, p or ém , ex ist e um a
g r and e var i ação d e acor d o com o ti[H) d e ci m en t o, t em perat ura am b i ent e, r el ação água/ cim ent o, t ip os
e d osag em d e ad it ivos, vent os e out ros fat ores ex t ernos.
O cort e d eve ler (Rod r igues e Cassar a, 1998) p el o m enos 4 0 m m , c ser m aior d o q u e 1/ 3 da espessura da
p laca. A figura 9.4, q u e apresent a seção t ransversal t íp ica.
Espaçadores
Setenta
Lona pteslica
Teta saldada
Barra do Ira nsterB nela
(metade engrax ada)^
^ íck x x ííw í
Figura ÍM: Junta serrada
Manual Oerd.ui (tf Pisos Industriais
(II
9 .3 .3 Junta de encontro - JE
As juntas do en con t r o são fundam entais para isolar o piso das oulras estruturas, co m o vigas baldram es,
blocos d e concret o, bases d e m áquinas ou outras (figura 9,5). Esta é uma premissa q u e faz co m que o piso
t rabalhe independent e das outras estruturas existentes, No s casos de pilares e pequenas aberturas nos pisos,
norm alm ent e se utiliza a solução apresentada na figura 9,6, t am bém conhecid a co m o junta lifH) diam ant e.
Espanador
Tela soldada
Lona plástica
Sslanl©
Mataria! cotnpressfvel
Figura !).!j: lunü de encontro
Fi^jura 9,<i: IUfttadeencontro l ifx)diama ntC
lá a ut i l i z ação d a junt a d e en con t r o ent re placas, t am b ém co n h eci d a co m o junt a d e d i l at açao - JD, n ão
é usual para os pisos indust riais, send o ut ilizada ap enas em casos especiais, p r i n ci p al m en t e nos casos d e
m u d an ça de d i r eção d e t ráfego, fato co m u m em d o cas d e r eceb i m en t o cie m at eriais, Este d et al h e const rut ivo é m u i t o sem elhant e ao da junt a d e const r ução, send o necessário p r ever um cap u z no f inal da
barra de t ransf erência co m folga ap r ox i m ad a cie 2 0 m m (figura 9.7),
Espíjçadoros
Solanto
Tola s o l d a d a
l ona plástica
\
< 1/3 h
Barra do IransfarOnelaI;
(metado oigr ax ad a^ p
' Material comproBafvet>
Finjura 9.7: junta dedllaiiiçto
9.4 Mecanismos de transferência de carga
A com p r een são d a necessid ad e dos m ecan i sm os d e t ransf erência d e carga fica evi d en t e ao analisar- se as
t ensões q u e ocor r em em f u n ção da p osi ção d,i carga em r el ação às junt as, co n f o r m e ap r esent ad o no
cap ít u l o 8 (t abela 8.2).
Port ant o, caso não sej am previst os m ecan i sm os d e t ransferência d e carga nas junt as, d e form a a garantir
a co n t i n u i d ad e d o p avi m en t o, o d i m en si on am en t o d ever ia ser ef et uado pela p osi ção d e carga m ais
d esf avor ável, borda ou cant o,
Esse p r oced i m en t o acab ar i a por gerar pisos cie espessuras el evad as e an t i eco n ô m i cas, al ém d e n ão
garant irem a i m ob i l i d ad e ver t i cal necessária, Mo d er n am en t e, os pisos são d im ensionad os d e m od o a
Manual (ifrdati
DC.' I SSKÍ S
Industriais
garantir a cont inuid ad e do piso nas juntas, isto é, dotando- as d e m ecanism os eficientes, a fim d e permitir q u e o dim ensionam ent o seja leito considerando a carga at uando longe das bordas livres.
observa- se hoje em dia q u e o tipo m ais com u m é const it uído pelas barras de transferência, em f unção
da prat ícidade e da ef icácia que ele perm it e, O sistema macho- e- fêmea d eve ser evit ado devido ã sua
baix a ef iciência em ap l i cações industriais { A G, 2004), Nest e sistema, a transferência de carga d ep end e
da união ent re as duas faces cia junta que, nos pavim ent os rodoviários, é garantida por barras de ligação, Nos pisos industriais não é possível o em prego desse recurso, pois restringiria os m ovim ent os d e
retração da placa, co m conseqüent e desço lam ent o d as faces, t ornando o sistema inef icient e (figura 9.8).
Deslocamento enlre as foces
figura 'J.8: Encaixe lipo macho- e- íêmea
Existem outros m ecanism os d e transferência q u e podem ser considerados, com o pelo entrosam ento d os
agregados, mas, q u e para serem eficientes, a abertura m áx im a da junta d eve ser inferior a 1 m m (ACI,
2004), lim it ando o com prim ent o da placa em poucos metros.
Ou t r o sistema, com post o por chapas planas em form ato triangular [Wal k er o Holland , 1998), p od e ser
em pregado em junt as d e const rução, estando em estágio ex perim ent al d e ut ilização. Apresenta co m o
vant agem principal permitir o m ovim ent o horizont al da placa em duas direções, ort ogonal e paralela
ao seu eix o principal.
Embora as barras d c transferência sejam as preferidas nos pisos industriais, ô importante salient ar que a
sua ef i ci ên ci a é inversam ent e p r op or cional à folga co m o concret o; prát icas co m o envelop ar co m
m angueira, plást ico ou papel, ou m esm o retirar as barras para f acilit ar a r em oção das fôrm as são
condenáveis, por f acilit arem em dem asia a perda da q ualid ad e da junt a.
9.5 Dimensionamento das barras de transferência
As barras dc transferência têm os seus desem penhos ditados por dois parâmetros principais: o espaçam ent o
e o diâm et ro das barras; secundariam ent e, ê f unção t am bém da abertura da junta (Yoder e Wi l cz ak ,
1975). É com u m , no Brasil, o em prego d e tabela adaptada do ACI - ver capít ulo 7.5.
Essa tabela permite que o diâmetro ou lado da barra seja adotado com relativa facilidade, Entretanto, devese lembrar que o seu estabelecimento foi feito com base em pisos e pavimentos de concreto simples, isto é,
aqueles em que os esforços atuantes são resistidos apenas pela resistência à tração na flex ão do concreto.
As tensões atuantes nas barras de transferência estão int im am ent e ligadas à espessura da p l aca, at ravés
do raio d e rigidez relat ivo L
Manual tiuitlau (te Pisus Industrial»
(13
Para avaliar a influência cio raio cie rigidez relativo na força aplicada nas barras d e transferência, podese comparar, por ex emplo, uma carga I' aplicada em uma junta, ex atamente no alinham ent o de uma
barra de transferência,
f
r
- 4
sue
V12 X (I - v- )x k
On d e:
£ éo m ódulo de elast icidade do concret o (kgf/ cm 1);
h é a espessura da placa de concret o (cm*);
v é o coeficient e de Poisson do concret o, tomado com o 0,15;
t
é o coef icient e d e recalque da fundação
{kgí/ cm!/ cm),
A tendência natural é que essa força distribua- se com maior intensidade na barra em seu alinham ento,
enquant o as barras adjacent es recebam um esforço menor, proporcional à distância q ue se encont ram
cio centro de aplicação de cargas,
A influência da carga se fará sentir até uma distância igual a 1,8 vezes o raio de rigidez relativo. Portanto, quanto m aior el e for, mais barras estarão repartindo o esforço aplicado,
Barras de transferência
Figura
DislíibufÇJode esforços ms barril* delransferênfia
Co m base na figura 9.9, pode- se ter os seguintes esforços aplicados, quando a carga estiver posicionada
no interior da placa:
a = l
h,= cy, h2=c2
... h„ =crJ
n x .v
Í.H x £
O esforço atuante na barra mais solicit ada, situada imediatamente abaix o dela, considerando a junta
co m 1 0 0 % de ef iciência, será:
f, _
ÍM
<ÃU1
Manual
C Í T I I . U I D E H SM S I N DUSTRI AI S
Qu an d o a carga si lua- se próx im a a uma borda livre, o esforço at uant e na barra m ais solicit ada será:
(15 r
I + ( b | + b 2 + ...+ b „)
A análise das duas ex pressões perm ite de im ediat o perceber que a barra m ais solicit ada estará sem pre
próx im a a uma borda livre. Qu an d o houver m ais de uma força at uando na junta, o efeito nas barras
devo ser superposto,
Esse m odelo, proposto por Fríberg (Yo d er e Wi t cz ak , 1973), adm it e que a placa d e concret o é absolutamente rígida, o que na realidade não ocorre; logo, as cargas nas barras assim avaliadas acab am sendo
maiores do que o calculad o,
Qu an d o um a carga P, atua em uma barra imersa no concret o, conf orm e mostra a figura 9.10 (I luang,
1993), apresenta a seguint e rigidez:
On d e:
K é o suporte da barra de transferência
E é o módulo de elasticidade
(podendo
ser considerado
igual 41 7 t i Pa/ m/ ;
do aço (210 GPa),
b e I são o diâmetro e o momento
do inércia da barra de transferência,
filtra 9,10 i Deformação da liana íle transferência
A def orm ação y da barra ê dada por:
y = P x a (m)
On d e;
(2 + r p )
4j j í g j (ver quadro 9.1)
•
i}
e z é a abertura da junta
Manual Cuidai! (tv 1'ÍSÜS Industriais
respectivamente.
Abertura das juntas (mm)
Diâmetro
(mm)
2
4
f.
8
10
1 2 ,5
7 ,0 5 E- 03
a,3 1 E- 0 3
fl. 6 7 E- 03
0,020- 03
0 ,3 8 E- 03
I.0 3 E- 0 2
1 ,l2 E- 0 2
16
5,12 E- 03
5,31 E- 03
5 ,5 1 E- 03
5,70E- 03
5 ,9 0 E- 03
6,3flt;- 03
6 ,6 7 E- 03
20
3,44E- 03
3 ,5 5 E- 03
3.67E- 03
3,751:- 03
3 3 9 E- 03
'1,1 7E- 03
4,- 14 E- 03
25
2,32 E- 03
2,3f5E 03
2.4 5 E- 03
2,510- 03
2 , S 7 E- 03
2 ,7 3 E- 03
2,flOÍ 03
32
1,50E- 03
t , 5 3 EG3
1.57E- 03
1,600.03
1,64 E- 03
1,72 E- 03
1
15
21)
1 E- 03
Quadro 9.1: Valorei dc K x a
A t ensüo at uant e d e ap o i o no con cr et o é im ed iat a; o = P x K x a, sen d o q u e o em MPa e Pe m N, e o
q uad r o 9.1 f or nece os val o r es d e K x ot para diversas abert uras d e junt as,
A análise das ex pressões ind ica q u e a d ef or m ação e a t ensão, f ix adas as p r op r ied ad es geom ét r icas e
m ecân i cas d a barra, ir ào var iar co m a abert ura d a j unt a, l ^ r ex em p l o, a t ensão d e ap o i o (barra d e 2 0
m m ) em um a junt a d e d i l at ação p o d e ser d e 1 0 % (abert ura d e 10 m m ) a 2,5% (abert ura d e 2 0 m m )
m ai or do q u e num a junt a d e r et r ação (abert ura d e 4 m m ),
Nas j unt as serradas, a abert ura é f unção da ret ração hid r áulica d o concr et o, d i m ensões das p l acas e d o
t ipo d e piso em p r eg ad o; por ex em p l o, os pisos est rut uralm ent e ar m ad os apresent am m enor abert ura d e
junt a em f unção da rest rição im post a p el as ar m ad ur as,
A t ensão ad m issível n o con cr et o ê d et er m inad a pela ex pressão (adapt ada d e Hu an g , 19 £ )3);
°«<ím
m
M O j j U M
\
~5
- ) fck
< MP(l)
send o b o d i âm et r o da barra em m m .
No caso do essa tensão ser ultrapassada, ocorrerá o esm agam ento do concret o em contato co m a barra, com
o conseqüent e aum ent o d e def orm ação, Um a vez ultrapassado o valor da def orm ação q u e ocorre para a
carga situada no interior da placa, a borda passa a ser m ais solicit ada, d evid o à perda de ef iciência da junt a.
O processo d e d eg r ad ação passa a ser con t ín u o, pois a sub- base é m ais sol i ci t ad a, p er d en d o cap aci d ad e
d e suport e e au m en t an d o a d ef or m ação na j unt a at é q u e ocor r a o col ap so est rut ural.
9.6 Selantes para juntas
O m er cad o of er ece uma vasta gam a d e m at eriais para p r een ch i m en t o d e j unt as, q u e p od em ser dividid os em duas f am ílias; os pré- m oldados e os m ol d ad os in
loco.
Os pré- m oldados, ger alm ent e d e neop r ene, d evem ser usados em sit uações par t icular es, p ois caso haja
em p r ego d eem p i l h ad ei r as d e rodas rígidas, ex igem a co n f ecção d e lábios p olim ór icos. Por esse m ot ivo,
acab am t endo pouca ut i l i z ação em áreas indust riais.
A pr ef er ência acab a sendo pelos m old ad os in loco, ger alm ent e const it uídos por p oiiur et ano o u asf alt o
m od if icad os, m ono ou b i com p on en t es, h aven d o t am b ém a f am ília d os silicones.
«í>
Manual (icrd.w de INsns Industriais
Entretanto, q uand o está previsto tráfego d e veículos d e rodas rígidas, nota da m ent e as d e pequeno diâmetro, os únicos m ateriais capazes d e apresentar adequado suporte às tensões geradas nas bordas (ia
junta sào os polisulfetos, uretanos eep ó x i bicom ponent e.
o epóx i é o m aterial preferido em f unção da sua m aior f acilidade d e m anuseio e cura índependent edas
cond ições am bient ais de obra, A dureza desses m ateriais d eve ser d e no m ínim o 60 {Shore A) e d evem
ter teor d e sólidos de 1 0 0 % (ACI, 1996), Qu an d o a junta é d e const rução, recom enda- se a ad oção de
Sábios polim éricos.
O fator cie forma (prof undidade dividida pela espessura do selante) é var iável d e acordo com o tipo de
m aterial selante, De unia m aneira geral, deve- se seguir a orient ação dos fabricant es, no que se refere ao
fator de forma, que varia geralm ent e de 1 a 2.
CcrdÉo
ds si sal
ou tarucei
Corte inicial
na prolundidade
exigida no projeto
Trinca
Figura 0.11: Selante em junta serrada
Ou t r o pont o im port ant e refere- se ao tempo transcorrido ent re a ex ecução d o piso o a selagom cia junta,
Se esta for ex ecut ada m uit o cedo, o concret o ainda estará se retraindo e corre- se o risco de deslocam ento o u ruptura do selante, not adam ent e q uand o se trabalha co m epóx i. Na realidade, o concret o cotuinua se retraindo por m uit o tem po, sendo q ue a m aior parte ocorre no prim eiro ano, f unção basicamente das con d i ções clim át icas, not adam ent e a um idade relativa d o ar.
Portanto, é recom endável que a selagom seja retardada o m áx im o possível, para evit ar quo ocorram
problem as co m o selant e.
Manual Cierdati (tf Pisos Industriais
Ex ecução
10
T 0,1 Introdução
Com o pudemos estabelecer nos capít ulos precedentes, a concretagem do piso industrial apresenta importância no m ínim o equivalente, se não maior, do que o dim ensionam ent o e os m ateriais empregados.
Por asse m otivo, a sua ex ecução deve ser precedi tia e acom panhada de cuidados no planejam ent o e
cont role, para não pôr a perder todo o trabalho desenvolvido. As equipes deverão ser previam ente
treinadas e qualificadas, sendo recom endável que seja feito prelim inarm ente um pequeno trecho experimental, que poderá ser usado também para a def inição do padrão de qualidade.
Esse procedim ent o, bastante simples, permite que se estabeleça d e maneira clara o inequívoca uma
referência ex ecutiva inquestionável, principalm ent e no q ue se refere à textura superficial, parâmetro de
avaliação subjetiva.
10.2 Execução da fundação do piso
A fundação do piso é constituída pelo preparo do subleito e da sub- base, seguido pelo eventual isolamento desta com a placa d e concret o. De nada adianta uma placa de concret o bem ex ecutada, se essas
operações prelim inares forem relevadas a um nf vel inferior de qualidade.
Subleito
O preparo do subleito nada mais é do que garantir a com pact ação ex igida em projeto, q ue varia entre
9 5 % a 9 8 % da energia do proctor norm al, ex istindo alguns tipos de solo que podem ser com pact ados
em energia mais elevada, m elhorando o seu desem penho final.
A com pact ação só pode ler qualidade se ela for controlada e, para isso, é necessário o conhecim ent o (ia
curva de com pact ação do solo, que irá fornecer a massa especifica seca máx ima e a um idade ótima.
Cuidados especiais, tanto na ex ecução com o no cont role, d evem ser tom ados nas regiões onde a
com pact ação foi ex ecutada com equipam entos pequenos, com o bases de pi lares, de m áquinas, muros
d e docas, canaletas e outras interferências existentes, pois essas regiões cosi uma m ser problemáticas,
Deve- se evit ar o emprego d e m ateriais diferentes no realerro dessas áreas.
Sub-base
A ex ecução da sub- base é um pouco m enos crit ica, pois trata- se geralm ent e de m aterial preparado de
acordo com uma norma especifica e com pact ado na espessura definida em projeto, Cab e lembrar que
a espessura sempre deve ser referida à camada com pact ada e, para materiais granulares, é convenient e
o emprego da energia m odificada.
A Í ,M UI ,I L O H K I . I I I
(TF
Cisas liiilwslrí.iis
Isolamento da placa com a sub-base
Geralm ent e constituído por um film e plástico, esse isolamento lem duas funções; reduzir o coeficient e de
atrito ent re a placa de concret o e a sub- base e formar uma barreira de vapor im pedindo ascensão da
um idade, sendo esta condição importante quando serão empregados revestimentos sensíveis à um idade,
Qu an t o à prim eira função, reduzir o atrito, há situações em q u e é m ais interessante suprim ir o isolam ento, pois ele acaba cont ribuindo para aum ent ar o em penam ent o da placa d e concr et o. Em algum as
sit uações, norm alm ent e em áreas ex ternas d o sistema viár io, o f ilm e plást ico p od e ser substituído por
im pr im ação bet um inosa.
10.3 Condições ambientais na concreíagem
A con d i ção ót im a para a concret agem d o piso é quando el e está prot egido da ação rios raios solares c da
incidência d e ventos. A prim eira pode ser conseguida com concret agens noturnas ou em am bient es
cobert os; quant o à incidência d e ventos, ex ige sem pre uma barreira lateral.
Portanto, a con d i ção d e obra fechada o coberta é a q u e m elhor at ende às caract eríst icas de um piso de
qualidade. Nem sempre isso é possível e para cont ornar essas dif iculdades podem ser tom adas algum as
m edidas paliat ivas, lem brando sem pre q u e pode haver m udanças clim át icas repent inas e põr t odo o
t rabalho a perder.
Finalm ent e, val e lem brar q u e o Brasil, sendo um país predom inant em ent e t ropical, d eve estar sem pre
sujeit o a concret agens em tem peraturas elevad as, devendo- se t om ar pr ovidências (ACI, 1999} para
cont rolar seus efeitos nocivos no concret o, que são principalm ent e (Farny, 2001): aum ent o da água de
am assam ento, perda da t rabalhabilidade, aum ent o da perm eabilidade, perda d e resistência à abrasão,
aum ent o da fissuração, m aior desunif orm idade no acabam ent o, etc,
10.4 Fôrmas
As fôrmas m ais em pregadas constituem- se por perfis m et álicos dobrados, havend o t am bém a ut ilização
dc fôrmas d e madeira d e lei, constituídas por vigas m aciças, geralm ente em pregadas na ex ecução dc
pisos co m índices de nivelam ent o rigorosos, um a vez q u e perm it em ret rabalhos com a fôrma instalada.
A altura da fôrma precisa ser ligeiram ent e menor d o que a espessura do piso fiara facilitar o seu assent am ent o e f ix ação sem q u e haja necessidade d e se cavar a sub- base para acert os finos, e d eve possuir os
seguintes requisitos t écnicos:
-
tenha linearidade superior a 3 m m em 5 m;
-
seja rígida o suf icient e para suportar as pressões laterais produzidas pelo concret o;
-
seja estruturada para suportar os equipam ent os d e adensam ent o do tipo réguas vibrat órias quando estas são em pregadas;
-
eleve ser leve para perm it ir o m anuseio sem o em prego d e equipam ent os pesados e prát ica para
que a m ont agem seja rápida e sim ples;
M ; I I H J. I I
litTil.W (!(.' Pisos Industriais
-
a íu r ação para co l o cação d as barras cie t ransferência d eve ler diâm et ro que perm ita a rem oção da
fôrma co m f acilidade, cuja t olerância cie co l o cação é ± 2 5 m m no plano horizontal e ± 12,5 m m ,
n o vert ical.
O sistema de fix ação geralmente é feito com o emprego d e pontas d e ferro com diâmetro d e pelo menos 16
mm, cunhas d e m adeira, com plem ent ado por bolas cie concret o, visto que, com o ficará incorporado ao
piso, deverá ler o mesmo nível d e resistência do concret o da placa,
10.5 Posicionamento da armadura
Toda arm adura - telas, reforços e barras de transferência - d eve ser previam ent e posicionada antes do
lançam ent o d o concret o, em pregando os crit érios de espaçam ent o recom endados no capít ulo 7,6.
10.6 Seqüência da concretagem
A seqüência da concret agem depende dos equipam ent os disponíveis, mas, co m o regra geral, ela d eve
ser ex ecutada em faixas alternadas, sendo este processo com u m quando se em pregam réguas vibrat órias,
Concret agens ex ecut adas em dama ou x adrez eram em pregadas ant igam ent e e seu nom e vem d o esquem a ex ecut ivo, em que cada placa ê feita isoladam ent e das vizinhas; esie pr ocedim ent o ê h oj e
cond enad o e não d eve ser em pregado.
Cojicretagcm cm faixas
Concretagem em xadrez - não cmprcgnrí
Figura 10.1: Plarw docorcroliigem
Co m o alt ernat iva para as con cr et ag en s em placas, há o lançam ent o em grancies áreas, co m o o s
com um ent e em pregados co m equipam ent os do tipo Laser Screed,
sendo post eriorm ent e serradas as
juntas transversais e longitudinais.
10.7 Lançamento do concreto
Apesar d e ser uma operação bastante simples, o lançam ent o do concret o em pisos tem a sua importância
por conta da textura e acabam ent o superficial, devendo ser lançado do forma contínua e com velocid ad e
constante. Embora essa velocid ad e possa variar em f unção dos equipam ent os e equipe presentes na obra,
uma boa referência é o lançam ento de um cam inhão (7 m 3 ) a cada 2 0 minutos ou cerca d e 2 0 m Vh.
A sim plicidade de operação reside n o fato de que, na m aioria das vezes, é possível lançar diret am ent e
com o cam inhio- bet oneir a, o que torna o t rabalho bastante ágil. As bom bas t am bém podem ser empregadas, sendo preferível a d o tipo lança, q ue apresenta m aior versat ilidade e cap acid ad e cie lançam ent o,
M .IIIIM I
OKI.III
(TF
J»isos Imluslri.ii»
91
O lançam ent o d eve ser feito sem pre em cam ada única, e a sua vel oci d ad e d eve ser com pat ível com a
cond ição de vib r ação e acab am ent o d o concr et o, não sendo recom endável que, após o lançam ent o,
haja dem ora nos t rabalhos com plem ent ares,
10.8 Adensamento
As grandes áreas dos pisos aliadas a suas baix as espessuras sugerem que o adensam ent o do concret o deva
ser feito com o emprego d e réguas vibratórias. Essa oper ação é facilitada pela própria natureza do piso,
que é desprovida d e elem ent os com plicadores, co m o taxas elevadas de arm ação ou locais pouco acessíveis, e a régua vibratória perm ite a boa com pact ação até espessuras de 15 cm sem m aiores preocupações.
Entretanto, junt o às formas, é convenient e o em prego d e vibradores de im ersào consorciados co m as
réguas, pois a ef iciência destas nesses locais é sem pre baix a. Sem pre que houver d úvid as co m relação
aos m ét od os d e vi b r ação ê i m p or t an t e ver i f i car em cam p o , por m ei o d e ensaios d e ab sor ção,
perm eabilidade ou resistência m ecânica em panos pilot o.
Finalm ent e, há equipam ent os que fazem sim ult aneam ent e as operações d e espal h am en t oe adensam ent o,
com o a Laser Screed, q u e espalham , vib r am e dão um prim eiro acabam ent o, sim ilar à da régua vibrat ória,
perm it indo grande produt ividade, var iando de 1,500 m J a 3,000 m J por dia d e t rabalho.
10.9 Acabamento superficial
A q ualid ad e d e um piso estará sem pre associada ao desem penho da cam ada superf icial o u d e acabam ento, quer pela sua m aior visibilidade, quer pelo aspect o t écnico, já que é a parcela do piso que entra
em cont at o direto com os carregam ent os.
Por esse m ot ivo, o seu desem penho irá depender f undam ent alm ent e cios m ateriais em pregados e, principalm ent e, da qualidade da mão- de- obra. Na últim a década, as t écnicas de acabam ent o evoluíram
bastante, co m o surgimento d e diversos equipam ent os, alguns deles d e preços m ais elevados, co m o as
aeabadoras m ecâni cas duplas, mas a m aior part e é const it uída por equipam ent os sim ples e d e baix o
custo, com o o rodo d e cort e e o buli floíit, q u e nada mais é que um a desem penadeira m et álica ou de
m adeira, adapt ada para o uso em pisos.
À questão abrasiva, fortemente associada à qualidade dc acabam ento e resistência do concreto, vem sendo
fonte de diversas pesquisas e d e busca d e materiais alternativos; e uma alternativa que vem sendo empregada
com freqüência para incrementar a resistência abrasiva é a aspersão 1 d e agregados d e alta dureza - tanto de
origem mineral com o metálica - na superfície de concreto, em taxas que variam dc 4 kg/ m- ' a 8 kg/ m- '.
Qu ase sem pre c adicionada certa porcent agem d e cim ent o - var iando d c 1 5 % a 3 0 % - m isturado na
própria obra ou emprega ndo- se produtos indust rializados, q u e são fornecidos já m isturados aos agregados, cim ent o, adit ivos e até mesmo corantes. Com o a espessura da cam ada é bastante delgada, a forma
de ap licação irá determ inar o seu desem penho e, portanto, a fase d e acabam ent o pode ser fortemente
afetada pela sua presença.
A figura 10.2 (ACI, 2004) apresenta um flux ograma (ia fase de acabam ent o do concret o, com as principais oper ações envolvidas:
1
As .bsjxTsfws são ronhecid.is l.imtrfm ciim ii "í.ilfjiHiiciilo ini| iiiríin.ir <•
<>2
dry-sh.iki'.
Miinu.il (.
H TÍ I .H I
dc.' Pisus Industriais
Corte (stdkeoff):
a passagem da régua vibratória ex erce não somente uma operação de adensamento (ia
superfície, mas também prom ove o nivelam ento ou cort e do concret o,
Desempeno; é a operação tradicional, empregando desempenadeiras especiais para pisos, com largura
em torno de 200 mm e com prim ento entre 1 m e 3 m, normalmente designadas por íhat ou buil-fíoat;
podein ser d e aço, magnésio ou madeira, sendo que as duas últimas não fecham a superfície do concreto.
Rodo de cone; é a ferramenta mais simples, constituída por um perfil de alum ínio retangular, convenientem ente adaptado a um cabo que perm it e m udar o ângulo de at aque do perfil, possibilitando que e!e
cort e o concret o quando é pux ado ou em purrado; é a principal ferramenta para obt enção de valores d e
pl a n i c idade elevados,
Desempeno ou float Mecânico; geralmente são empregados grandes discos acoplados às desempenadeiras
m ecânicas, lendo a função de com pact ar a superfície, "pux ando" argamassa para cim a,
Alísamento mec& nico; é o desem peno fino do concret o, ex ecut ado com as desem penadeiras m ecânicas,
q ue emprega lâm inas de aço, variando a sua inclinação, o que permite a obt enção de uma superfície
bastante dura.
Observam os quo algumas recom endações apresentadas raramente são empregadas no Brasil, mas d e
qualquer forma constituem uma sugestão q ue 6 passível dc ajustes locais; a aplicação da aspersSo dos
agregados em duas fases depende da quant idade q ue será lançada. Por ex em plo, 5 kg/m-* de agregado
mineral pode facilm ent e ser lançado em cam ada única, mas essa inform ação deve ser ciada pelo fornecedor do produio.
10.10 Cura do concreto
A cura do concret o é um conjunt o de medidas tomadas fiara manter as condições de hidratação d o
cim ent o, isto é, um idade e temperatura. Co m o regra geral, no Urasit são raros os períodos de baix as
temperaturas, e os procedim entos de cura acabam limitando- se apenas à m anut enção da um idade,
A cura do concreto, além de relacionar- se com a resistência, está também intimamente relacionada aos
problem as de superfície, podendo invalidar todos os meios empregados na dosagem, mistura, lançamento, adensamento e acabam ent o para reduzir os defeitos tão prejudiciais ao desempenho do piso,
Ela pode ser dividida em duas etapas no período de hidratação do cim ent o: a cura inicial e a comple-
mentar.
Cura inicial
A cura inicial é ex ecutada imediatamente às operações de acabam ent o do concreto, podendo até mesmo iniciar- se de m odo indireto apôs o adensam ent o, com a ap licação de líquidos retardaciores de
evaporação, t no seu período que há maior influência dos fenôm enos de superfície e, diferentem ente
cias estruturas, assume papel fundamental nos pisos,
Com o manter a um idade ou, mais propriamente, evit ar a evaporação da água dc amassamento, sem
prejudicar o u danificar a superfície do piso é freqüentemente um ex ercício de criat ividade e dedicação
cio construtor, pois os procedim entos muitas vezes têm que principiar já após o adensamento, evit ando
a ação do vento e da insolação.
M,imi,il Oniíliiu iki Pisos Imlustri.iis
Figura 1D.2: Ff uitogfarna cio fase cie acabamento do concreto
<J4
Manual (i cr d u i de Pisos Industriais
Ap ós o acabam ent o final, q uand o a superf ície já nào é tão frágil, isto é, já se encont ra a m eio cam i n h o
do fim d e pega, pode- se em pregar m eios diret os, co m o a ap l i cação de m em branas d e cura, film es
plást icos e out ros meios,
As m em branas de cura são bastante em pregadas, pr incipalm ent e em áreas ex ternas, d evi d o fundament alm ent e ã f acilidade d e ap l i cação, aliada às baix as probabilidades d e danos à superfície. São à base d e
polím eros, co m o o Acr íl i co e o PVA, aliadas ou não a um corant e, que, co m a secagem da água, form am
na superf ície um film e im perm eável.
Os filmes plásticos, transparentes ou opacos, são instrumentos eficient es d e cura, m as que ex igem m aior
cuid ad o com a superfície, visto que podem provocar m anchas no concret o,
Cuta úmida ou complementar
Qu an d o não são em pregados produtos de cura d e ef iciência com p r ovad a, ou no caso d e em prego
apenas d e cura úm ida, esta d eve iniciar- se im ediat am ent e após o fim cio acabam ent o do concret o.
A sua ex ecução é feita simplesmente co m a col ocação de materiais absorventes na superfície, que já d eve
ter resistência suficiente para perm itir o cam inhar d e pessoas. Periodicam ente, procede- se à sua saturação.
Os m ateriais m ais em pregados são as mantas nlo- t ecidas ou qualquer out ro m aterial inerte, com boa
cap aci d ad e de ret enção d c água e que não cause m anchas de nenhum a espécie.
A cura úmida d eve prolongar- se al é q u e o concret o tenha al can çad o pelo m enos 7 5 % da sua resistência
final, quando ent ão a sua baix a perm eabilidade garantirá por si própria a m anut enção da um id ad e para
a com plet a hidrat ação d o cim ent o.
Da mesma forma que a cura inicial, a cura úm ida está cond icionad a às cond ições atm osféricas, com o
o calor, vent os e principalm ent e a um idade relativa d o ar. Val e observar que em dias frios a evap or ação
da água pode dar- se com m ais f acilid ad e por causa d e vent os fortes e baix os valores d e um idade relativa; por esse m ot ivo, os três parâm et ros d evem ser sem pre analisados conj unt am ent e.
10.11 Corte das juntas
O cort e das juntas d eve iniciar- se o mais breve possível, assim que o concret o tiver resistência suf icient e
para ser cort ado sem q u e haja quebras nas juntas, pois o concret o pode retrair- se mesmo co m a aplicação d e um a ef icient e cura, devido à ret ração aut ógena, e, neste período, o concret o tem baix a resistência, fissurando com f acilidade.
O t em po em q u e isso ocor r e é bastante var iável, d ep end end o do tipo d o concr et o, vel oci d ad e d e
hidrat ação do cim ent o e da temperatura am bient e, m as norm alm ent e se dá ent re 10 a 15 horas.
Já existem disponíveis no mercado, mas ainda a custos elevados, equipamentos que pennítem o corte do
concreto ainda muito novo, cham ados de soft cul, que eliminam bastante a possibilidade de fissuração inicial,
A program ação d e cort e das juntas é im portante, pois as juntas q ue são cortadas inicialm ent e t endem a
apresentar m aior abertura. Portanto, a prát ica d e cortar um a longa faix a ao m ei o e post eriorm ent e
subdividi- las p od e no futuro apresentar junt as co m ex cessiva m ovim ent ação,
M .I I I I M I
Owd.ui (tf Pisos Imluslrkiis
11
Cont role da Qual i d ad e
dos Pavimentos Industriais
11.1 Introdução
Segur am ent e, q u an d o se ira to da d ef i n i ção d e q u al i d ad e, diversas serão as possibilidades d e t ex t o o
p r ovavel m en t e iodas est arão ad eq u ad as dent r o d e algum cont ex t o. Assim , p o d em o s ent end er q u e a
d i f i cu l d ad e cm def inir q u al i d ad e ó a m esm a d e t raduzir as necessidades op er aci on ai s futuras, em caract eríst icas m ensur áveis a serem ut iliz ad as durant e o processo ex ecu t i vo do p avi m en l o d e concr et o, d e
form a q u e a obra p od e ser projet ada para of er ecer sat isf ação a um preço q u e o Cl i en t e possa pagar, f o r
out ro lado, assim q u e nos sent im os r elat ivam ent e bem - sucedidos nesta t aref a, d eco r r e q u e as necessidades do Cl i en t e se alt er ar am por diver sas razões, r eal i m ent and o o processo e alt er and o as esp eci f i cações.
Esto t rabalho p o d e ser b em r epr esent ado p el o ci cl o do PD CA, co m o se segue:
° J .. Delinlr os requisitos de
qualidade do projeto
Atuar
CQfreiivamGiiie
Deli miro parlído estrutural
a ser acfolado
Elaboração de projeto
Coletai resuüadoa
durante» eKwuçâo
da obra
— —
Execução da obra
Fij- ura 11,1: Cídodo PDCA (Campo?, l'J{J2)
No t e q u e en i r e a et apa "Do" (fazer) e a et apa "Check"
(ver if icar ) há u m looping
i n d i can d o q u e se est iver
t ud o d e acor d o co m o previst o em proj et o, deve- se cont i nuar ex ecu t an d o a obra e ver i f i can d o a ex ecução, sem q u e q u al q u er al t er ação ou ação seja p r o vi d en ci ad a, m as, caso seja p er cep t ível q u al q u er
d esvi o em r el ação aos dados previst os, para q u al q u er q u e seja a causa, ent ram os na etapa
"Action"
(agir), a fim d e que cor r eções sej am r ealiz ad as d c m od o a garant ir o sucesso f inal do em p r een d i m en t o
at é q u e os valor es vo l t em à n or m al i d ad e.
Para m el hor d et er m i n ar ão rios parâm et ros a serem uliliz ad os na el ab o r ação d o cont r ole da q ual i d ad e,
vam o s apresent ar o Di ag r am a d e Ishikawa,
t am b ém co n h eci d o co m o Di ag r am a d e Causa e Ef eit o,
send o esta um a das p r i n ci p ai s f erram ent as da Qu al i d ad e (Cam p os, 1990). Poder em os, assim , m elhor
ent end er a co m p l ex i d ad e d e um cont r ole da q u al i d ad e com p l et o, an al i san d o a figura 11.2.
A1.iiHi.rl Owdau (tf Pisos Industriais
<)7
fij>i<r.i 11.2: Diagrama do ísMawa (causa o efeito)
Sem o obj et ivo cie esgotar o tem a, já q ue cada caso deverá ser tratado co m o único, haja vista os obj et ivos
d if er enciad os para cada tipo de obra e d e cada Client e, m esm o que seja para o mesmo segmento,
poderem os, at ravés de aval i ação do diagram a apresentado, criar tabela representativa q u e indique os
parâm etros a serem def inidos em cada pavim ent o de concret o. Por ex em plo, n o ram o "Mat er i ai s Con cr et o", é possível relacionar os diversos parâm et ros a serem cont rolados e gerenciados; resistência à
com pressão, resistência à iraç.ío na ílr x áo, resistência à a brasão, consum o m ínim o e m áx im o dos materiais (cim ent o, areia, brita, água e adit ivos), caract eríst icas a serem cont roladas d e cad a um dos materiais que o com p õe (granulom ct ria, t ipo, pureza, resistência, tipo d e adit ivo quant o ao t em po de pega ou
quant o ao poder d e plast if icação, etc.), faixa d e retração, lim ites d e ex sudação, teor d e ar incorporado,
teor d e argamassa, skimp, et c.
Co m o se vê, este capít ulo seria dem asiado extenso para abordagem de todos os itens pertinentes; isto
posto, ressaltamos que, com o em toda at ivid ad e produt iva, os pavim ent os industriais d evem ser submetidos a cont roles d e ex ecução, incluindo m ateriais e processos. Nest e capít ulo, abordarem os basicam ent e as quatro principais fases ex ecut ivas:
• preparo do subi ei to e sub- base;
• concret agem da placa d e concret o;
• juntas;
• t olerâncias superficiais.
Manual ( H T Í I . H I
DI.1
Pisos Industriais
11,2 Controle do subleito e sub- base
Co m o nào ex istem crit érios perfeit am ent e est abelecidos para a aceit ação do subleit o e da sub- base,
geralm ent e a ap r ovação passa por crit érios relat ivos à com p act ação, considerada m ínim a quando é de
9 5 % do Proctor
Normal - caso do subleito - o u d o Proctor
Modificado
- em pregado para sub- bases
granulares, ex cet o q uand o especif icado de forma diferent e em projeto.
t iá outros dados importantes q ue d evem ser analisados, com o a ver i f i cação da q ualid ad e dos m ateriais
envolvidos. Por ex em plo, d eve ser verif icado se o CBR do subleito e da sub- base, granulom et ria da subbase granu lar o u o seu teor d e cim ent o, quando for o caso, estão coerent es com o projet ado,
Al ém disso, é m uit o im portante a ver if icação das espessuras das cam adas, ja q ue a espessura da sub- base
p od e variar de 5 % a 1 0 % d o val or d e projet o e o seu nivelam ent o é aceit ável se o perfil do topo variar
ent re - 5 m m e + 10 m m com relação ao nível de projet o (Ringo e Anderson, 1992), sendo o mesmo
crit ério especif icado para o nível do subleit o.
Entretanto, as var iações ex cessivas d o nivelam ent o p od em acarret ar alt erações na espessura do concreto, ou da sub- base, trazendo conseqüências em termos d e custos, já q u e o nível tio piso acab ad o possui
t olerâncias superficiais bem m ais rigorosas,
11,3 Concretagem da placa de concreto
11.3.1 Espessura
As t olerâncias ex ecut ivas da espessura da placa d e concret o são ditadas pelo ACI i 17 (ACI 117, 1990),
sendo que:
• placas com at é 300 m m d e espessura: + 10 m m e - 7 m m ;
* placas com m ais d e 300 m m cie espessura: + 7 m m e - 1 0 mm.
Pode- se ver que as espessuras de placas a que o AC.I í 17 se refere são muito mais elevadas que as praticadas no Brasil, e seria mais prudente estabelecer variações máx imas da ordem d e + 7 m m e - 5 mm.
11.3.2 Qu al i d ad e do concr et o fresco
O procedim ent o m ais ex pedit o para o cont role do concret o fresco é o ensaio d e abat im ent o d o t ronco
de con e - o stump íesr - , q u e d eve ser feit o em todo cam inhão- bet oneira f ornecido na obr a.
Entretanto, é r ecom endável que em algum as partidas sejam feitos ensaios buscando o cont role de outras
propriedades, co m o o teor de argam assa, quant idade d e ar incorporado, ex sudação e, m odernam ent e,
cont rolar a retração hidráulica.
11.3.3 Resist ência d o concr et o
Boa parle das empresas de controle lec no lógico do concrelo costuma controlar a resistência do con creio
com o se fosse uma estrutura, seguindo, portanto, a norma NBR 6118: Projeto e execução
de obras de
concreto armado, enquanto o procedimento m ais adequado é apresentado na norma NBR 7583:
Execução
de pavimentos de concreto simples por meio mecânico {AI3NT, 1986), que está em processo d e revisão,
M .I I I I M I
t icidau (tf Cisas liulwslrí.iis
Em bora essa norm a t rat e esp eci f i cam en t e d e p avi m en t os d e con cr et o sim ples, consi d er am os q u e ela é
m ais apr opr iada em vi r t u d e p r i n ci p al m en t e d o est im ador 1 em p r egad o, q u e per m it e u m q u an l i l d e 2 0 %
d e result ados ab aix o d o val or car act er íst ico, en q u an t o a N BR 61 s B i m p õ e 5 %. Essa dif er ença reside
b asi cam ent e no fato d e q u e a f alência estrutural d e um a estrutura trai: con seq ü ên ci as - t ant o eco n ô m i cas
co m o em vi d as hum anas - m uit o m ais severas d o q u e no p avi m en t o,
A resist ência d o con cr et o d eve ser en t ão aval i ad a p or m ei o d e lotes q u e at end am às seguint es condições; não apr esent ar em m ai s d o q u e 5 0 0 m» n em ult rapassarem 2 5 0 0 m 2 (ABNT, 1906}. Cad a lot e será
represent ado por 3 2 ex em p lar es 1 no m ín i m o ,
A resist ência car act er íst ica d o con cr et o, à com p r essão ou t r ação na f lex ão, é dada por;
fçttif. k = fçM.j — 0,84 X
ou
f c. t =Zr0,84s
o n d e s J o d esvi o p ad r ão d a am ostra e:
• Uu
ou
f,k
= '
/, +
8
A
—
+ /,
11.4 Juntas
As junt as d os pisos indust riais d evem o b ed ecer ao m en os os seguint es requisit os, em r el ação ao projet o:
-
Ás barras d e t ransf erência d evem ser p osi ci on ad as d e m o d o q u e a var i ação do esp açam en t o ent re
el as difira n o m áx im o 25 m m ,
-
O p on t o m éd i o d a barra d e t ransf erência d eve estar no m áx im o a 10 m m da junt a;
A t oler ância n o p osi ci on am en t o das barras d e t ransf erência em r el ação ao p l an o m éd i o d a placa
d e concr et o, poder á ser d e * 7 m m ,
-
O al i n h am en t o das j unt as const rut ivas n ão d eve var iar m ai s d o q u e 10 m m ao longo d e 3 m ,
-
Nas junt as serradas, a pr of undidade d o cor t e não d eve var iar m ais d o q u e 5 m m c o m r el ação ao
esp eci f i cad o .
11.5 Tolerâncias superficiais
A sup er f ície d o p i so é o l ocal o n d e há m aior rigor no con t r ol e da q u al i d ad e, pois é ela q u e vai reflet ir os
cu i d ad os t om ados durant e a ex ecu ção e, p r i n ci p al m en t e, def inir o nível d e d esem p enho, j unt am ent e
co m a cap aci d ad e est rut ural, d o produt o final.
A p r i n ci p al car act er íst ica sup er f icial é a p l an i ci d ad e, q u e d ef i n e a q u an t i d ad e d e o n d u l açõ es e out ras
im p er f eições superf iciais, O seu val or está f ort em ent e r el aci o n ad o às o p er açõ es d e acab am en t o .
1
S^inwdw í u modelo n u í A i i empre^ido ji.ir.i ,i pravisüu d.i rrsisiOncifl d<> íoncrdo.
Un i i- kcnijihr í formado fK» polo menos dois co q w Hl i ^ i Ki w , qtejjpiKitt- s»' para rcpK^st^n.ir o rvsistôncíii <N> i^ empl.ir.< m«iior
d.is. otnld.if. im rn|)lur,i ck)ü íiols corixis.dr- fiinwi,
J
1011
M . H H JJI
( H H I . H I D E PI SO S IN DUSTRIAIS
»J
HO,!
I
OU
H - /
( Â^ r / f ) 2
.5 ~
ll-J
A Am er/ t an Soc/ eíy / br Testing and Materials desenvolveu um procedim ent o de m edida das característ icas da superfície (ASTM, 1996), que introduz o conceit o do F- Num ber
System , formado por dois
valores distintos para medir o perfil t io piso (ACI, 1989).
O F, é o índice de planicidade iflatncss), que define a m áx im a curvat ura permitida no piso cm 600 mm,
calculada com base em duas m edidas sucessivas de elevações diferenciais, tomadas a cada 300 mm.
O F( é o índice de nivelam ent o {levelness},
que define a conf orm idade relativa da superfície com um
plano horizontal, m edido a cada 3 m.
O par de valores F-Number
ê geralm ent e apresentado na forma Ff / Ft , dc m odo q u e uma especif icação
indicada com o 25/ 20 significa q u e o T, 6 25 e o
é 20.
Teoricam ent e, os valores do F, podem variar d e zero a infinito; na prática, situam- se enire 10 e 50, nos
casos m ais com uns, ou próx im os a 100, em casos especiais. A variação do P, ó linear, isto ó, um piso com
F, = 30 é duas vezes mais plano do que out ro com Ff = 1 5 .
De acordo com o Fp / Ft , o piso pode ser classificado conf orm e a tabela 1 1.1 (ACI, 2004). Os valores do
Fr e Fl m ínim os locais são os m enores valores adm it idos para cada linha de m edida, tomada de acordo
c o m a norma ASTM E 1155-87 (ASTM, 1995),
U s o Ti p i c o
F,
Pisos comuns, como sala de máquina, áreas que receberão pisos olovados, ou revestimentos
Gfoliai
20
Fr
Gl o b a l
15
assentados com argamassa, ou estacionamento de veículo
Áreas carpeladas ou pisos comerciaise industriais de baixo tráfego
25
20
Revestimentos tipo RAD ou de baixa espessura e área de depósito com tráfego
35
25
45
35
> 50
> 50
moderado ou elevado
Áreas com transportadores sobre colchão de ar, pisos de ginásio
Equipamentos especia i s (empi lhadeíras tri later ia i s), estii di o de íi 1 magem ou TV
Tabela 11,Tí Valores típicos do P- Mahíw (adaptado de ACl 302- 12)
Os ciados da tabela 11A devem ser empregados som ent e quando o tráfego no piso for aleat ório, Quando são em pregados veículos com tráfego definido, em corredores estreitos, o conceit o de m edida é
diferente do apresentado na norma ASTM, devendo- se em pregar o índice Pl i m , que não eleve ser confundido com os valores m ínim os locais.
O / iriui é em pregado em pisos com altos índices de planicidade, denom inados superflat, nos quais o par
Ff / F, 6 geralm ent e superior a 100 e a sua det erm inação não 6 ainda norm alizada.
Manual tjcidau *lit Pisos Industriais
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GERDAU
PERFI L D O G R U P O G E R D A U
O Gr u p o Ger d au ocupa a posição do m aior produtor do aços longos no cont inent e
am ericano, com 31 unidades siderúrgicas localizadas na Argent ina, no Brasil, no
Canadá, no Chile, na Colôm bia, nos Estados Unid os e no Uruguai, além de um a
part icipação societária nos Estados Unid os e outra na Espanha.
Cont ribui para o desenvolvim ent o da econom ia brasileira há mais d e 100 anos,
quando com eçou a operar com a Fábrica d e Pregos Pontas fie Paris, em Porto Alegre,
Estado do Rio Gr and e cio Sul. A partir cia década de 80, expandiu- se para os dem ais
países da Am ér ica do Sul e do Nort e, atingindo hoje uma cap acid ad e instalada total
d e 19 m ilhões de toneladas d e aço por ano.
Dentro desta trajetória de crescimento, consolidou a SLia cultura em presarial baseada
cm valores éticos, no respeito a todos os públicos e na busca do equilíbrio entre
cr esci m en t o e r ent ab ilid ad e. Invest e na val o r i z ação d e seus m ais d e 27 m i l
colaboradores, na preservação do m eio am bient e e na evol ução das com unidades
em que alua.
Reaproveita cerca de dez m ilhões d e toneladas de sucata ferrosa por nno, at ividade
q u e o posiciona com o um dos principais recicladores das Am éricas. O aço Gerdau
está presente em grandes obras de infra- estrutura, residências, prédios, escolas,
hospitais, peças d e aut om óveis, carrocerias d e cam inhões, m áquinas e im plem entos
agrícolas, elet rodom ést icos e no t rabalho do cam po.
At ualm ent e, possui três empresas d e capit al aberto, a Met alúrgica Gerdau S.A,, n
Ger d au S.A. e a Gerdau Am eristeel Corp., responsável pelas operações na Am ér ica
do Nort e. A Met alúrgica Gerdau S.A. está listada na Bolsa d e Valores d e Si o Paulo
(Bo vespa), As ações da Ger d au S.A. t am bém são negociadas na Bovespa, além de
estarem presentes nos pregões d e Nova York c Mad r i (Lat ibex J. Já a Gerdau Am t rist eel
Corp. iem suas ações negociadas na Bolsa d e Valores d e Toronto e, desde outubro de
2004, em Nova York,
O Gr u p o Ger d au é a I4 1' m aior siderúrgica d o m und o segundo o rank ing do
International Iron and St eel Institute (IISI).
A1.iiHi.il
CJH KI Í I I I
<fv 1'isus Imluslrkiis.
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POLIPISO DO Bi
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Desde 1989 no m ercado nacional, nossa at ividade consiste em desenvolver e
fornecer produtos direcionados à ex ecução de revestimentos industriais de alia
r esist ência, ab r an g en d o a i m p l an t ação d e pisos n ovos e a m an u t en ção e
restauração rio pisos desgastados, Soluções para ,is m ais diversas anom alias
en co n t r ad as em p i sos são ap r esen t ad as co m cr i t ér i o e ex ecu t ad as co m
responsabilidade.
Nossa pr eocupação tam bém esta voltada n produt ividade industrial, pois ela está
diretamenterelacionadacom a qualidade do piso. A evolução dos sistemas de
transporte, a verti ca lização dos estoques e o crescim ent o dc? m ercado tornam
cada vez m aiores as solicit ações de resistências m ecânicas, quím icas e térm icas
sobre os pisos industriais,
Novas tecnologias empregadas aos produtos utilizados ria ex ecução dos pisos
i n d u st r i ai s au m en t am seu d esem p en h o , p r o l o n g an d o sua vicia ú t i l e
conseqüentem ente ot im izando a relação cuslo / bcneíú ic>. Cara .1 i;aranlia de
uma boa aplicação, a Polipiso cont a com uma rede de apllcadores credenciados
q u e garant em um ex celent e resultado f inal na ex ecução de pisos e revestimentos,
Faz em part e de nosso por líolio, em presas têxleis, al i m cn t u ias. aut om ot ivas,
rnoveleiras, quím icas, d en t r e m u i t as outras. Cm 16 anos dt? at ividades, foram
mais d o 2 0 . 0 0 0 . 0 0 0 . 0 0 m- ' em área de pisos ex ecut ados co m nossos produtos, \
uma marca conquistada por trabalho, dedicação, seriedade e muita transparência.
Nosso ob j et ivo é estar sem p r e e m busca d e ap r im or am ent o às n ecessi d ad es
t écnicas e econ ôm i cas do m ercado.
Cor
tudo isto, a Polipiso d o
Brasil ve m
se despontando 110 mercado nacional de
forma m uit o consistente, sendo considerada 11111.1 das m aiores em presas d o setor.
POLIPISO DO HRASIL
Rodovia Washington Lute, km 1 7 7 - cx . p . 192 - CEP 13500- 970- Rio Cl a r o - SP
+ 55 (19) 3534- 6714 - vvvvvv,polipiso.com.br / poNpiso^polipiso,com.br
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O CKI . I I I
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Pisos liuluslrkiis
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M anual Ger d au de Pisos Indust riais
O trabalho tem como objetivo atender uma lacuna existente
hoje no mercado editorial, e da necessidade imperativa da
valorização e evolução da arte de projetar e construir os
pavimentos de concreto, cuja disciplina vem sendo tratada
de forma secundária entre as relacionadas com as estruturas
de concreto. Esta publicação abrange especificamente o mercado de pisos industriais e comerciais brasileiro, que hoje
pode ser estimado em torno de 26 milhões de metros quadrados anuais, valor expressivo e importante para o mercado da
construção civil.
POL1PISO DO BRASIL
08,644 GERD AU
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