Michel Serres Vida e Obra Serviu na Marinha entre 1956 e 1958, pelo que participou, por exemplo, na reabertura do Canal de Suez. Eles ensinaram na Universidade de Clermont-Ferrand A partir de 1969, Serres foi professor de história da ciência na Universidade de Paris I Panthéon-Sorbonne e, posteriormente, na Universidade de Stanford, a partir de 1984. Sua mudança para os Estados Unidos foi apoiada por René Girard. Dirigiu o Corpus de obras sobre filosofia em língua francesa, publicado pela editora parisiense Fayard. Foi eleito para a Académie française em 29 de março de 1990, cadeira número 18, anteriormente ocupada por Edgar Faure. Vida e Obra Obteve uma agregação em Filosofia em 1955, estudou na Escola Normal Superior e posteriormente doutorou-se em Letras (1968). Dia 1º de junho morreu Michel Serres, historiador francês das ciências e membro da Academia Francesa desde 1990, foi pioneiro no estudo dos problemas associados às novas tecnologias de comunicação. Michel desenvolveu o conceito do Contrato Natural, um novo modelo de convivência no planeta que acrescentava questões importantes ao já desenvolvido Contrato Social. Serres propôs acrescentar pensamentos ecologistas, preservando o meio ambiente da manipulação gananciosa do mercado, estabelecendo limites, retirando direitos do homem, inclusive, o de enriquecer materialmente financiado pelo avanço sem controle dos recursos naturais. O contrato Natural “É preciso aliar a ele [Contrato Social] o Contrato Natural, ensejando um pacto em prol de um novo modelo de convivência, no qual o meio ambiente passe de objeto para sujeito de direitos” Defensor do Contrato Natural e desde sua fundação teve como reflexão fundadora de sua articulação a noção de insustentabilidade da civilização contemporânea. Ou seja, a sustentabilidade será viável social e culturalmente apenas se houver sistemas com eficácia para mudar os valores e comportamentos em um cenário de conflitos e riscos ambientais. “No decorrer de minha vida como pesquisador solitário pude verificar até que ponto o humanismo tradicional se tornou cada vez mais incompreensível e obsoleto, chegando a ser alvo de críticas de quem o associa -talvez com razão- ao imperialismo e ao processo de colonização. Agora, nos últimos anos, à medida que o velho eurocentrismo está desaparecendo, percebo o surgimento de novas humanidades, de um novo começo. O velho humanismo, que simplesmente transformou o homem no que nossos amigos italianos chamam <<un uomo di cultura>>, deu um caráter temporário aos seus pensamentos, emoções e criações. Sua vida superou todas as outras formas de existência que, sem dúvida, jamais poderiam igualar tal magnificência. Desde a juventude, o filósofo enciclopédico era um velho enriquecido por uma formidável acumulação de experiência. Vida Acadêmica Aproximadamente 50 livros Cerca de 20 redações Relações e interdisciplinaridade entre as chamadas ciências duras e ciências sociais. Clermont-Ferrand (69) Universidade de Stanford (84) Vincennes, Paris I professor de história da ciência Amigos como: Michel Foucault e Jules Vuillemin Biografia Intelectual Publicações traduzidas História das ciências. A Passagem Noroeste. Debate. O nascimento da física no texto de Lucrécio. Pré-Textos. Atlas. Cadeira. 1995. Comunicação: Hermes 1. O contrato natural. Pré-Textos. No amor somos como as feras? Akal. Variações do corpo. A polegarzinha O mundo mudou tanto que os jovens precisam reinventar tudo: um jeito de viver, um jeito de conviver, instituições, um jeito de ser e saber... Interesses É ecofilósofo e historiador das ciências, membro da Academia Europeia de Ciências e Artes e da Academia Francesa. A criação de metáforas - profundamente em camadas e em constante mudança - é uma marca registrada do estilo e abordagem de Serres para aprender, investigar e explicar. “Antes de ter bebido o bom vinho, ninguém provou o vinho, não o cheira, portanto não o conhece, não tem chance de conhecê-lo.” Michel Serres