DADOS RELEVANTES PARA ANÁLISE DE VIABILIDADE DOS INVESTIMENTOS Para avaliar alternativas de investimentos de capital, a empresa deve determinar os FLUXOS DE CAIXA RELEVANTES (II, FC op. e VR) que são a saída de caixa incremental (investimento) e as entradas resultantes e subsequentes. Os FLUXOS DE CAIXA INCREMENTAIS representam os fluxos de caixa ADICIONAIS = entradas ou saídas que se ESPERA obter de uma proposta de investimento de capital. Em uma análise de viabilidade, considera-se os FLUXOS DE CAIXA e NÃO os dados contábeis = SÃO OS FLUXOS DE CAIXA QUE PAGAM AS CONTAS DA EMPRESA E COMPRAM ATIVOS. FC SÃO DADOS FINANCEIROS E EFETIVOS Obs: FC são entradas e saídas de caixa. PRINCIPAIS COMPONENTES DO FLUXO DE CAIXA (FLUXOS DE CAIXA RELEVANTES) Os fluxos de caixa incluem 3 componentes básicos: 1. INVESTIMENTO INICIAL: a saída de caixa relevante em um projeto proposto, na DATA ZERO. 2. ENTRADAS DE CAIXA OPERACIONAIS INCREMENTAIS: diferença entre os FC gerados pela proposta e os FC atuais (APÓS o IR). 3. FLUXO DE CAIXA RESIDUAL ou TERMINAL: o fluxo de caixa NÃO OPERACIONAL depois do imposto de renda, que ocorre no último ano de um projeto, atribuído à liquidação do projeto (venda do ativo, objeto do investimento comparado com a do ativo atual). FLUXOS DE CAIXA RELEVANTES PARA DECISÕES DE SUBSTITUIÇÃO: INVESTIMENTO INICIAL = Investimento Inicial necessário para adquirir um ativo novo Entradas de caixa operacionais (incremental) = Entradas de caixa operacionais provenientes do ativo novo Fluxo de caixa residual = Fluxos de caixa, após o IR, obtidos com a liquidação do ativo novo - Entrada de caixa, após o IR obtidas com a liquidação do ativo atual e +/- capital de giro - Entradas de caixa operacionais do ativo antigo - Fluxos de caixa, após o IR, obtidos com a liquidação do ativo antigo FLUXOS DE CAIXA RELEVANTES: Fluxos de caixa operacionais (incremental) 0 1 INVESTIMENTO INICIAL 2 3 4 5 6 Fluxo de caixa Residual + Fluxo de Caixa operacional DIAGRAMA QUE REPRESENTA A SAÍDA E ENTRADAS DE CAIXA NO TEMPO DETERMINAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA RELEVANTES . INVESTIMENTO INICIAL: . Custo TOTAL do ativo novo = custo do ativo novo MAIS o custo de instalação. PARA A DEPRECIAÇÃO, UTILIZAR O CUSTO TOTAL . . Recebimentos pela venda do ativo antigo = o valor recebido com a venda do ativo antigo. . IR DEVIDO pela venda do bem antigo = imposto a ser pago, proporcional ao ganho ocorrido na venda do bem = relação entre o preço de venda e o valor contábil e de acordo com as regras tributárias vigentes. . Variação do Capital de Giro = diferença entre o que será necessário para dar suporte ao novo nível de operação com a implementação da proposta e o que é necessário atualmente. CALCULO DO INVESTIMENTO INICIAL: VALOR DO BEM NOVO Deverão ser somados para depreciação + CUSTO DE INSTALAÇÃO - VALOR DE VENDA DO BEM VELHO (ATUAL) +/- IR +/- VARIAÇÃO NO CCL (CCL = AC – PC) INVESTIMENTO INICIAL OBS.: o INVESTIMENTO INICIAL é a soma de TODO VALOR que deverá ser desembolsado para a implementação do investimento. TIPOS DE DEPRECIAÇÃO: 1. Depreciação Linear: consiste em dividir o valor do bem, mais o custo de instalação (se houver), pelo período de vida útil. Valor Total do bem = valor da depreciação anual Vida útil 2. Depreciação Acelerada ou depreciação do SMRAC: requer a aplicação da convenção de meio ano, quando a depreciação terá início, seis (6) meses após a compra. Portanto a conclusão do período da vida útil, será sempre na metade do ano seguinte. TABELA UTILIZADA NA DEPRECIAÇÃO ACELERADA Ano de depreciação 3 anos 5 anos 7 anos 10 anos 1 33% 20% 14% 10% 2 45% 32% 25% 18% 3 15% 19% 18% 14% 4 7% 12% 12% 12% 5 12% 9% 9% 6 5% 9% 8% 7 9% 7% 8 4% 6% 9 6% 10 6% 11 4% NORMAS TRIBUTÁRIAS BÁSICAS: . Existem 4 situações básicas que podem ocorrer quando uma empresa vende um ativo. Essas situações dependem da relação entre o preço de venda do ativo e seu valor contábil: 1. O ativo pode ser vendido por um valor SUPERIOR ao valor original de compra = GANHO de CAPITAL 2. O ativo pode ser vendido por um valor SUPERIOR ao valor contábil = depreciação recuperado ou ganho normal. 3. O ativo poderá ser vendido por um valor IDÊNTICO ao seu valor contábil = sem ganho. 4. O ativo poderá ser vendido por um valor INFERIOR ao seu valor contábil = PREJUÍZO. = as operações em que ocorrerem prejuízo, poderão ter uma parte desse prejuízo, descontado do IR a ser pago sobre a receita operacional. DETERMINAÇÃO DAS ENTRADAS DE CAIXA OPERACIONAIS . As EC ou FC são utilizados SEMPRE após o IR, pois a empresa só poderá fazer uso deles APÓS saldar seus compromissos tributários. . FLUXOS de CAIXA (FC) ou ENTRADAS DE CAIXA (EC), são dados FINANCEIROS E EFETIVOS, que deverão ser gerados pela implementação da proposta. . DADOS CONTÁBEIS como: LADIR, LAJIR, LAIR (antes ) e LAIR (após) NÃO podem ser utilizados para análise de viabilidade por NÃO SEREM EFETIVOS. Consideram como SAÍDAS DE CAIXA, despesas NÃO DESEMBOLSADAS (depreciação, amortização e exaustão), que são deduzidas na DRE, MAS que representam SOMENTE uma movimentação contábil. CALCULO DO FLUXO DE CAIXA: (-) ( -) (-) (+) RECEITA DESPESA LUCRO ANTES DA DEPRECIAÇÃO E IR (cont) DEPRECIAÇÃO LUCRO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA(cont) IMPOSTO DE RENDA LUCRO APÓS O IMPOSTO DE RENDA(cont) DEPRECIAÇÃO FLUXO DE CAIXA (dado financeiro e efetivo) DETERMINAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA RESIDUAL RECEBIMENTO COM A VENDA DO ATIVO NOVO (+/-) IR DEVIDO PELA VENDA DO ATIVO NOVO - RECEBIMENTOS COM A VENDA DO ATIVO ANTIGO (+/-) IMPOSTO DEVIDO PELA VENDA DO ATIVO ANTIGO (+/-) VARIAÇÃO DO CAPITAL DE GIRO FLUXO DE CAIXA RESIDUAL OBS.: O Fluxo de Caixa Residual TAMBÉM é um Fluxo de Caixa Incremental EXEMPLO DA DETERMINAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA RELEVANTES . MOTIVO PARA O INVESTIMENTO : SUBSTITUIÇÃO . MÁQUINA ATUAL: . Valor de compra da máquina atual = $ 40.000 . Tempo de uso = 2 anos . Vida útil do bem = 5 anos . Depreciada pelo método acelerado (SMRAC) . Vida útil remanescente = 3 anos . Valor de venda hoje da máquina atual = $ 42.000 líquidos (s/ custo de remoção) . Espera-se que gere LUCRO ANTES DA DEPRECIAÇÃO E IR: $ 70.000 para os próximos 3 anos . No final de 5 anos a máquina atual poderá ser liquidada por $ 0. MÁQUINA NOVA: . Valor de compra: $ 140.000 . Custo de instalação: $ 10.000 . Vida útil: 3 anos . SE a nova máquina for adquirida, deverá haver alterações no capital de giro como : + Duplicatas a Receber = $ 10.000 + Estoques = $ 25.000 + Duplicatas à pagar = $ 15.000 CCL = AC - PC . Espera-se que gere LUCRO ANTES DA DEPRECIAÇÃO E IR: . $ 120.000 para o 1º ano . $ 130.000 para o 2º e 3º ano . Ao final de 3 anos, o valor de mercado (venda) da máquina: . ATUAL = $ 0 . NOVA máquina = $ 35.000 (antes do IR) . Ganhos da empresa são taxados em 40% de IR. . CALCULO DO IR DA MÁQUINA ATUAL: . VALOR CONTÁBIL DA MÁQUINA ATUAL : DEPRECIAÇÃO DEVERÁ SER SEMPRE SOBRE O O VALOR DO BEM + CUSTO DE INSTALAÇÃO. 3º ANO = $ 7.600 4º ANO = $ 4.800 5º ANO = $ 4.800 6º ANO = $ 2.000 $ 19.200 Valor de venda = $ 42.000 Valor contábil = $ 19.200 ENTÃO: $ 42.000 - $ 19.200 = $ 22.800 GANHO IMPOSTO DE RENDA A SER PAGO = $ 22.800 x 0,40 = $9.120 IR A SER PAGO VARIAÇÃO DO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO: AC – PC = capital Circulante Líquido (CCL) + $ 10.000 $ 25.000 $ 35.000 Duplicatas à Receber Estoques Variação no Ativo Circulante $ 35.000 - $ 15.000 = $ 20.000 Variação no Capital Circulante Líquido Variação no Passivo Circulante CALCULO DO INVESTIMENTO INICIAL: $ 140.000 +$ 10.000 ( $ 42.000) + $ 9.120 +$ 20.000 $ 137.120 Valor de compra da máquina nova Custo de Instalação Valor de Venda do bem atual IR sobre a venda da máquina atual Variação no Capital de Giro INVESTIMENTO INICIAL 2. VALORES DE ENTRADAS DE CAIXA OPERACIONAIS INCREMENTAIS . Calculo das despesas de depreciação: ANO CUSTO % DEPRECIAÇÃO ANO COM A MÁQUINA NOVA CUSTO % DEPRECIAÇÃO COM A MÁQUINA ATUAL 1 $ 150.000 2 $ 150.000 33% 45% $ 49.500 $ 67.500 1 (3º) 2 (4º) $ 40.000 19% $ 40.000 12% $ 7.600 $ 4.800 3 $ 150.000 4 $ 150.000 15% 7% $ 22.500 $ 10.500 3 (5º) 4 (6º) $ 40.000 12% $ 40.000 5% $ 4.800 $ 2.000 TOTAIS 100% $ 150.000 TOTAIS $19.200 . MAQUINA NOVA: 40% ANO 1 2 3 4 Ladir - deprec. = Lair - IR = Lair + deprec. = FC oper. $ 120.000 - $ 49.500 = $ 70.500 - $ 28.200 = $ 42.300 + $ 49.500 = $ 91.800 $ 130.000 - $ 67.500 = $ 62.500 - $ 25.000 = $ 37.500 + $ 67.500 = $ 105.000 $ 130.000 - $ 22.500 = $ 107.500 - $ 43.000 = $ 64.500 + $ 22.500 = $ 87.000 $ 0 - $ 10.500 = ($ 10.500) - ($ 4.200) = ($6.300) +$ 10.500 =$ 4.200 . MAQUINA ATUAL: 40% 1 2 3 4 $ 70.000 - $ 7.600 $ 70.000 - $ 4.800 $ 70.000 - $ 4.800 $ 0 - $ 2.000 = $ 62.400 = $ 65.200 = $ 65.200 = ($ 2.000) - $ 24.960 = $ 37.440 + $ 7.600 = - $ 26.080 = $ 39.120 + $ 4.800 = - $ 26.080 = $ 39.120 + $ 4.800 = - ($ 800) = ($ 1.200) + $ 2.000= $ 45.040 $ 43.920 $ 43.920 $ 800 ENTRADAS DE CAIXA INCREMENTAIS OPERACIONAIS ANO 1 2 3 4 MAQUINA NOVA $ 91.800 $ 105.000 $ 87.000 $ 4.200 - MAQUINA ATUAL = FLUXOS DE CAIXA INCREMENTAIS - $ 45.040 $ 43.920 $ 43.920 $ 800 = = = = $ 46.760 $ 61.080 $ 43.080 $ 3.400 c. FLUXO DE CAIXA RESIDUAL: .Calculo do IR maquina nova: $ 35.000 - $ 10.500 = $ 24.500 $ 24.500 x 0,40 = $ 9.800 GANHO da maq.nova IR a ser pago . Calculo do IR maquina atual: $ 0 - $ 2.000 = ($ 2.000) PREJUÍZO da maq.atual ($ 2.000) x 0,40 = ($ 800) Desconto do IR sobre a receita operacional VALOR RESIDUAL: $ 35.000 $ 9.800 $ 25.200 valor de venda futura do bem novo IR a ser pago - - + $0 ($ 800) $ 800 $ 20.000 valor de venda futura do bem atual IR sobre a venda do bem atual $ 44.400 VALOR RESIDUAL Variação no capital circulante líquido d. DIAGRAMA $ 46.760 $ 137.120 $ 61.080 $ 44.400 FC Residual $ 43.080 FC Operacional $ 87.480 FC TOTAL TÉCNICAS UTILIZADAS PARA ANÁLISE DE VIABILIDADE Para a análise de viabilidade das propostas de investimentos, os gestores devem aplicar as técnicas que são utilizadas para analisar o RISCO e o RETORNO, tendo como objetivo da empresa, maximizar o retorno a seus proprietários. Para análise de viabilidade, torna-se necessário o conceito de CUSTO DE OPORTUNIDADE: o quanto um investimento poderia estar rendendo A MAIS do que rende atualmente. PARA ANÁLISE DO RETORNO: . Dois (2) tipos de TÉCNICAS: 1. SOFISTICADAS: consideram o tempo no valor do $$$ 2. NÃO SOFISTICADAS: não consideram o tempo no valor do $$$ 1. TÉCNICAS NÃO SOFISTICADAS: 1.1. PERÍODO DE PAYBACK : é o período de tempo EXATO necessário para a empresa recuperar seu investimento inicial em um projeto, a partir das entradas de caixa . Embora seja uma técnicas NÃO SOFISTICADA de orçamento de capital, é muito utilizada. . COMO CALCULAR: . PARA UMA SÉRIE MISTA: as entradas de caixa anuais devem ser acumuladas até que o investimento inicial seja recuperado. Ex.: II = $525.000 e 5 entradas de caixa de :$ 135.000, $ 150.000, $ 155.000, $ 160.000, 163.000 1º 2º 3º 4º $ 135.000 + $ 150.000 + $ 155.000 + $ 85.000 = 3 anos e 53,13% $ 160.000 do 4º ano . PARA UMA ANUIDADE: divide-se o investimento inicial pela entrada de caixa anual. Ex.: II = $ 525.000 e 5 entradas de caixa de $ 165.000 : $ 525.000 = 3 anos e 18,18% do 4º ano $ 165.000 . CRITÉRIOS DE DECISÃO: . SE o período de payback for MENOR que o período de payback MÁXIMO ACEITÁVEL, aceita-se o projeto. . SE o período de payback for MAIOR que o período de payback aceitável, rejeita-se o projeto. OBS.: Pode ser vista como uma medida de risco: quanto maior o período dos retorno do investimento inicial ao caixa, > o risco. 1.2. TAXA MÉDIA DE RETORNO – Calculada através da divisão dos retornos médios do projeto, após os impostos, pelo investimento médio. Por não considerar os fluxos de caixa e o valor do dinheiro no tempo, esse método não será aqui discutido. ATENÇÃO: aqui usaremos: custo de oportunidade, taxa de desconto ou custo de capital COMO SINÔNIMOS. . CUSTO DE OPORTUNIDADE: é o quanto se está deixando de ganhar por ocasião do investimento realizado. . CUSTO DE CAPITAL: o quanto se paga pelo recurso tomado. . TAXA DE DESCONTO: taxa utilizada para trazer os fluxos de caixa distribuídos no tempo, ao valor presente. 2. TÉCNICAS SOFISTICADAS: 2.1 VALOR PRESENTE LÍQUIDO: é uma técnica sofisticada de análise de viabilidade de projetos, obtida subtraindo-se o investimento inicial de um projeto do valor presente das entradas de caixa (somatória), descontadas a uma taxa igual ao custo de capital da empresa. n VPL = ∑ T=1 . CRITÉRIOS DE DECISÃO: Fluxos de caixa operacionais FC t - II n período ( 1+ T ) Taxa Minima de Retorno . SE o VP das EC for MAIOR ou IGUAL ao II = aceita-se a proposta . SE o VP das EC for MENOR que o II = rejeita-se a proposta 2.2 TAXA INTERNA DE RETORNO: é a taxa de desconto que iguala o valor presente das entradas de caixa ao investimento inicial referente a um projeto, resultando desse modo, em um VPL = $ 0. A TIR só pode ser calculada pela maquina financeira, Hp 12C ou por TENTATIVA E ERRO. . Pela HP12C: Investimento Inicial n TIR = ∑ T=1 FC t - II n ( 1+ TIR ) . CRITÉRIOS DE DECISÃO: . SE a TIR for MAIOR que o custo de capital = ACEITA-SE o projeto. . SE a TIR for MENOR que o custo de capital = REJEITA-SE o projeto. 2.3 INDICE DE LUCRATIVIDADE: avalia o retorno de cada unidade monetária investida. IL = * ∑ das Entradas de Caixa descontadas a TMR Investimento Inicial *TMR = Taxa Mínima de Retorno . CRITÉRIOS DE DECISÃO: . IL > que 1 = aceita-se . IL < que 1 = rejeita-se 2.4 VALOR PRESENTE ANUALIZADO: uma técnica para avaliar projetos com vidas desiguais, em um montante anual equivalente. Pode ser aplicada a projetos mutuamente excludente de vidas desiguais. Dois passos: 1º. Calcule o VPL de cada projeto, j, VPL j, durante sua vida, np empregando o custo de capital apropriado, k. 2º. Divida o VPL de cada projeto com um VPL positivo pelo fator de valor presente de anuidade , ao custo de capital e vida do projeto dados, para obter o VPL anualizado de cada projeto. VPLanualizado = VPL FJVPAk,nj 3º. O projeto com VPLA mais alto seria o melhor, seguido pelo projeto com o maior VPLA seguinte, e assim por diante COMO ENCONTRAR O FJVPAk : n ∑[ t=1 1 (1 +T) ] – 1}x100 n Onde: T = taxa de desconto n = tempo de ocorrência do fluxo de caixa TÉCNICAS DE ANÁLISE DE RISCO As técnicas que mensuram o risco quantitativamente são: Desvio-Padrão (Ativo Individual e de carteira) Coeficiente de variação CAPM (Capital Asset Price Model) DESVIO-PADRÃO: é o indicador estatístico mais comum de risco de um ativo . Mede a dispersão dos retornos esperados em torno do valor esperado. O valor esperado de um retorno, ou r, é¯ o retorno mais provável de um ativo. É calculado da seguinte forma: . VALOR ESPERADO: K= _ Σ Ki x Pri jn– 1 ONDE: K= Retorno Esperado Ki = retorno para o jº resultado Pri = probabilidade de ocorrência N =número de resultados considerados . CÁLCULO DO DESVIO-PADRÃO: para ativo individual. n σ = √Σi=1 ( Ki – K)² x Pri k ONDE: Ki = Retorno Esperado K = Valor Esperado Pri = Probabilidade de Ocorrência desse resultado Quanto maior o desvio-padrão, mais arriscado é o ativo. Coeficiente de Variação: uma medida de dispersão relativa usada na comparação do risco de ativos que diferem nos retornos esperados. Opta-se sempre pela indicação do coeficiente de variação. CV = 𝜎_ K ONDE: 𝝈 _ = Desvio-Padrão K = Valor Esperado . CALCULO DO DESVIO-PADRÃO PARA CARTEIRA DE ATIVOS: uma carteira que maximiza retornos para um determinado nível de risco ou minimiza o risco para um dado nível de retorno. . Retorno de uma carteira: é a média ponderada de retornos dos ativos individuais dos quais a carteira é composta. n Kp = (W1 x K1 ) + (W2 + K2) + ......+ (Wn + Kn) = Σ Wj X K j J=1 Onde: W= porcentagem da participação do retorno esperado na carteira K = Retorno Esperado. . DESVIO-PADRÃO DA CARTEIRA: n _ σk = √Σi=1 (Ki – K )² n-1 Onde: Ki = média dos retornos esperados K = Valor Esperado dos retornos da carteira n = período do investimento. MODELO DE PRECIFICAÇÃO DE ATIVOS : CAPM (Capital Asset Pricing Model) Teoria básica que associa o risco e o retorno para todos os ativos. Esse modelo considera o risco não diversificável (representado pelo beta = β), também chamado de risco sistemático, que é atribuído a fatoes de mercado que afetam toas as empresas, e não pode ser eliminado por meio da diversificação. Kj = Rf + [ βj x ( Km – Rf)] Onde: Kj = retorno exigido sobre o ativo j Rf = Taxa de retorno livre de risco (governo Federal) β = risco não diversificável (coeficiente beta) Km = retorno de mercado; retorno sobre a carteira de ativos de mercado EXEMPLO de análise de risco: . Valores Esperados para os ativos A e B da empresa NC são apresentados a seguir: Possíveis Resultados Probabilidade . Pessimista 0,25 . Mais Provável 0,50 . Otimista 0,25 TOTAL 1,0 . Pessimista 0,25 . Mais Provável 0,50 . Otimista 0,25 Retornos (%) Valor Ponderado ATIVO A 13% 15% 17% Retorno Esperado 3,25 7,50 4,25 15,0% ATIVO B 7% 15% 23% Retorno Esperado 1,75 7,50 5,75 15,0% _Ka = (0,25 x 15%) + (0,50 x 15%) + ( 0,25 x 17%) = 15% _Kb = ( 0,25 x 7%) + ( 0,50 x 15%) + ( 0,25 x 23%) = 15% . DESVIO-PADRÃO: 2 2 σa =√[(13% -15%) x 0,25]+[(15% - 15%) x 0,50]+ [(17% - 15%) x 0,25]= √ 2% = 1,41% 2 2 2 2 σb = √[(7% - 15%) x 025)]+[(15% - 15%) x 0,50]+[(23% - 15%) x 0,25] = √32% = 5,66% Quanto > for o desvio padrão = > o risco por ocasião da maior dispersão do retorno esperado do valor esperado COEFICIENTE DE VARIAÇÃO = σ -K CVa = 1,41% = 0,094 15% CVb = 5,66% = 0,377 15% . Quanto maior for o CV, > o risco do investimento ESTATÍSTICAS . VALOR ESPERADO . DESVIO-PADRÃO . COEFICIENTE DE VARIAÇÃO ATIVO A 15% 1,41% 0,094 ATIVO B 15% 5,66% 0,377 PORTANTO: . O ativo mais arriscado é o ativo B, demonstrado pelo desviopadrão e pelo coeficiente de variação EXEMPLO DE RETORNO E DESVIO-PADRÃO DA CARTEIRA Objetivo: determinar o valor esperado e o desvio-padrão dos retornos para a carteira XY. Composição: Combinação de partes iguais: 50% do ativo X e 50% do ativo Y. Período: próximos 5 anos. A. RETORNOS ESPERADOS DA CARTEIRA RETORNOS ESPERADOS ATIVO X ATIVO Y CALCULO DA CARTEIRA RETORNOS ESPERADOS DA CARTEIRA 8% 10% 12% 14% 16% (0,50 X 8%) + (0,50 X 16%) (0,50 X 10%)+(0,50 X 14%) (0,50 X 12%)+(0,50 X 12%) (0,50 X 14%)+(0,50 X 10%) (0,50 X 16%)+(0,50 X 8%) 12% 12% 12% 12% 12% ANO 2015 2016 2017 2018 2019 16% 14% 12% 10% 8% B. VALOR ESPERADO DOS RETORNOS DA CARTEIRA K= 12% + 12% + 12% + 12% + 12% = 60% = 12% 5 5 C. DESVIO-PADRÃO DOS RETORNOS ESPERADOS DE UMA CARTEIRA σ = √( 12% - 12%) + (12% - 12%) + (12% - 12%) + (12% - 12%) + (12% + 12%) σ = √ 0% + 0% + 0% + 0% + 0% = √ 4 5-1 0% = 0% 4 CONCLUSÃO: ao ativos X e Y se correlacionam NEGATIVAMENTE, proporcionando a minimização do risco, uma vez que o desviopadrão é 0%, ou seja, sem variação no resultado esperado. EXEMPLO DO CAPM: Objetivo: determinar o RETORNO EXIGIDO sobre um ativo – ativo Z – que tem um beta, 𝛽, de 1,5. . Dados informativos: . Taxa livre de risco = 7% . Retorno da carteira de ativos de mercado = 11% . Então: kj = Rf + [ 𝛽 X (km – Rf) RETORNO EXIGIDO KZ = 7% + [ 1,5 X ( 11% - 7%)] = 7% + 6% = 13%