CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DO RECIFE PRISCILLA RIBEIRO LIMA AQUISIÇÃO DA LINGUA INGLESA NA PRIMEIRA INFÂNCIA: POSSIBILIDADES E DESAFIOS DE UMA SOCIEDADE MONOLÍNGUE. Pré- projeto de pesquisa da disciplina de PPEVI, sob a orientação da professora tutora Wilna Mello De Souza Campos do curso de Pedagogia da Universidade Estácio de Sá. RECIFE 2018 SUMÁRIO 1 PROBLEMA 3 2 JUSTIFICATIVA 4 3 OBJETIVOS 5 3.1 GERAL 5 3.2 ESPECÍFICOS 5 4 REFERENCIAL TEÓRICO 6 5 METODOLOGIA 13 6 CRONOGRAMA 14 REFERÊNCIAS 15 4 1 PROBLEMA Este projeto de pesquisa apresenta em linhas gerais os desafios de se colocar em prática a educação bilíngue por imersão na rede pública de ensino, uma vez que urge a necessidade de oferecer o estudo não como se oferece hoje na rede pública mas, por imersão de uma segunda língua a todo estudante mas prioritariamente à educação infantil, pois é nessa fase da vida, que o indivíduo tem mais receptividade para a prendizagem de uma nova língua além do idioma materno. Devido à falta de conhecimento sobre o bilinguismo infantil, comumente pais e educadores apresentam muitas dúvidas a respeito do bilinguismo este estudo, tem o propósito de indicar a aplicabilidade do ensino da Língua Inglesa na Educação Infantil, abordando os benefícios que a aquisição de uma segunda língua pode trazer para o desenvolvimento das crianças, estando as mesmas expostas diariamente a palavras de uma outra língua, por meio de jogos, informática, músicas, entre outros. Muitos pais acreditam que a escola bilíngue pode oferecer uma formação mais completa do que a ofertada pelas escolas tradicionais, pois a criança estaria imersa em um segundo idioma e, consequentemente, em uma segunda cultura. Levando-se em conta que o conhecimento do idioma inglês, tem se tornado cada vez mais importante para as relações sociais e de trabalho, a aquisição de um segundo idioma já na infância traria vantagens para a criança na vida adulta. Segundo os padrões de ensino praticados no Brasil, o aluno bilíngue formado em escolas dessa modalidade no país terá algum nível de proficiência nas quatro habilidades, pois, conseguirá falar, ler, ouvir e interpretar em graus variados o segundo idioma. Na classificação realizada por Marcelino, os bilíngues simultâneos, que crescem em contato com as duas línguas desde a primeira infância terão maior êxito na aprendizagem do segundo idioma. 5 2 JUSTIFICATIVA Esta pesquisa se justifica pela importância atual em se aprender uma segunda língua e, também, devido ao aumento das escolas bilíngues em todo o país, apesar de ainda não haver uma regulamentação específica para elas. Deste modo, torna-se interessante conhecer a proposta da educação bilíngue e os conteúdos que justificam essa proposta de ensino-aprendizagem. Com o avanço tecnológico e a realização de novos estudos, verificou-se que os sujeitos bilíngues apresentam uma série de vantagens quando comparados aos monolíngues, como melhores habilidades verbais e não verbais, benefícios relacionados às tarefas metalinguísticas, melhor capacidade cognitiva, maior memória e atenção, além de “possíveis alterações cerebrais estruturais, funcionais e de lateralização”. Sabendo que é durante a educação infantil que há uma facilidade para as crianças aprenderem uma segunda língua, visto que, entre 2 a 4 anos uma parte do cérebro que é essencial para fala, está sendo formada. Atualmente, as crianças são diariamente expostas à conteúdos de entretenimento, seja por meio de músicas, jogos, desenhos, internet, e etc. É notório o avanço da forte influência da cultura inglesa em nosso país, tornando-se necessário que a criança já tenha uma base dessa influência na educação infantil. Ocorrendo a aquisição da língua inglesa desde a primeira infância, de forma cotidiana, através de brincadeiras, músicas, expressões artísticas, entre outros. A facilidade que essa criança terá durante a sua fase adulta será bastante satisfatória, uma vez que, um cidadão atualizado com culturas e influências de outros países tem um diferencial no mercado de trabalho. Assim sendo, essa aquisição da segunda língua se torna não apenas introduzir a criança em uma segunda língua, mas também, infinitas possibilidades que o individuo possa ter, tornando-se um processo contínuo. A educação bilíngue permite a formação do sujeito em seu primeiro idioma, ao lado de um segundo idioma global, como o inglês, por exemplo. Além disso, um número crescente de evidências sugere que existem benefícios potenciais para indivíduos, escolas e sociedades em serem 6 bilíngues: maior flexibilidade mental; melhores habilidades interculturais; aumento das oportunidades de troca e comércio global. 3 OBJETIVOS 3.1 OBJETIVO GERAL Indicar a possibilidade da educação bilingue na educação infantil da rede pública de ensino. Analisando o uso de ferramentas tecnológicas em crianças bilíngues com faixa etária de 4 e 5 anos. Compreendendo como é construída a ideia de produção da fala e da escrita em crianças bilíngues tendo como base as diretrizes curriculares nacionais para a educação infantil. 3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS Analisar o processo Ensino-Aprendizagem sob a ótica da educação bilíngue, sua abordagem e metodologia. Explicar as implicações e as contribuições do bilinguismo no desenvolvimento cognitivo dos alunos da Educação Infantil. Identificar o fator determinante da aprendizagem de línguas estrangeiras na educação infantil. Descrever as escolas bilingues no Brasil e a precariedade deste recurso no ensino público. 7 4 REFERENCIAL TEÓRICO A EDUCAÇÃO BILÍNGUE E O PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM A Educação Infantil no Brasil é amparada pela Lei 9.394/1996, ou Lei de Diretrizes e Bases (LDB), tendo a criança de 0 a 5 anos (e integradas as de 6 anos na Educação Básica pela Lei n° 11.274/2006), direito ao acesso escolar, por meio do qual irá se desenvolver plenamente como descrito no Art.29, Seção II, Da Educação Infantil: “[...] em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade”, bem como para o exercício de sua cidadania. O ambiente escolar da Educação Infantil deve ser um lugar receptivo e alegre, onde a criança deve ser convidada a aprender de uma forma lúdica e prazerosa. Portanto, o ensino de uma segunda língua nessa fase não pode ser diferente. Entretanto, importa lembrar que a formação do profissional é de grande importância e o mesmo deve possuir além de conhecimento científico, perfil para trabalhar com crianças (STERNBERG, 2009). A criança necessita de interação, de dinamismo e troca, sendo impossível dissociar o meio social do desenvolvimento humano e são essas interações que resultarão em novos conhecimentos, (BARBOSA, 1997): Ao entrar em contato com o mundo e com os outros, a criança adquire experiências reais, vivências que farão parte da sua história. Essa interação social é indispensável nessa fase da vida e o papel do professor é de mediar esse conhecimento, auxiliando na transformação social do aluno. Ao se familiarizar com um novo idioma adquirindo uma segunda língua, como a inglesa, objeto deste estudo, o intelecto se desenvolve e auxilia na transformação do homem como ser social e transformador de sua própria vida (SCHÜTZ, 2007). Para (VYGOTSKY, 1998), o desenvolvimento da linguagem tem origens sociais externas, nas trocas comunicativas entre criança e adulto. Porém, essas estruturas construídas socialmente pela criança dependem das reações de outras pessoas, reações essas de incentivo e de reconhecimento do adulto pela criança, firmando-se assim como sujeito da linguagem e não como agente passivo. 8 A afetividade é indispensável nessa etapa da vida, as crianças são superiores aos adultos na aprendizagem, pois a mesma se dá de forma lúdica e elas não têm medo de cometer enganos, desde que se sintam confortáveis com o meio social, e motivadas em aprender. Essa se dará naturalmente para a aquisição da segunda língua. Alia-se a isto, o fato das crianças passarem por esse processo durante uma fase de maturação biológica do seu organismo, o que implica na necessidade de compreender sobre a complexidade desta etapa. Atualmente ainda existe uma preocupação de pais e de educadores sobre a possibilidade de que o bilinguismo na infância afete o desenvolvimento cognitivo e de linguagem das crianças. A educação bilíngue passou por diferentes momentos. As primeiras pesquisas indicavam o bilinguismo como prejudicial para o desenvolvimento cognitivo das crianças, uma vez que confundiria a criança e interferiria no desenvolvimento das funções cognitivas (MARTINS, 2007). Posteriormente, na década de 1960, os programas canadenses de imersão francesa para crianças anglo-fônicas demostraram resultados positivos, sem apresentar problemas à língua materna. Bialystok (2011) explica que: Essa visão mudou a partir do estudo de Elizabeth Peal e Wallace Lambert, em 1962, que representa um marco na área e que apresentou a superioridade geral de bilíngue em comparação com o monolíngue em vários testes de inteligência de aspectos de desempenho escolar. Segundo Diaz (1983), nesse estudo, as crianças bilíngues tiveram um desempenho melhor que as monolíngues em testes de habilidades verbais e não verbais, em testes de formação de concepção e em tarefas que requeriam flexibilidade mental ou simbólica. O estudo também é reconhecido porque levantou importantes questões metodológicas. Atribuiu-se os resultados negativos dos bilíngues nos estudos anteriores à falha dos pesquisadores. Bialystosk afirma que: somente após a década de 1970, com essa constatação, é que se desenvolveram as abordagens de pesquisa referentes ao bilinguismo: a linguística, a sociolinguística, a psicolinguística e a neurolinguística. Ainda segundo a autora, a maioria das pesquisas referentes ao bilinguismo foi realizada na perspectiva da linguística (BIALYSTOS, 2011). 9 Nesses tempos, as pesquisas apontam em sua maioria aspectos positivos do bilinguismo e revelam que os sujeitos bilíngues apresentam ganhos cognitivos. Com relação à teoria histórico cultural e suas implicações para a aquisição de uma segunda língua (MARTINS, 2007). Vygotsky reconhece que a aprendizagem possibilita e impulsiona o desenvolvimento. Desse modo, o professor atua como mediador, por meio de um trabalho intencional e sistematizado, a fim de favorecer o processo de ensino e aprendizagem, além de ser o responsável por organizar os meios: conteúdo, espaço, tempo e procedimentos. MARTINS enfoca algumas técnicas que podem ser utilizadas por professores de currículo de imersão: 1. Oferecer às crianças suporte ao contexto da língua que está sendo usada, como linguagem corporal, expressões faciais e dramatização; 2. Dar instruções bastante diretivas, por exemplo, sinalizando bem claramente o momento de iniciar ou terminar uma tarefa; 3. Conhecer melhor a criança e seu ambiente familiar e desta forma conectar novos conhecimentos àqueles já assimilados por ela; 4. Utilizar constantemente material visual que ilustre com objetos concretos, figuras ou projeções, dando à criança plenas oportunidades de atividades manipulativas e de experimentação, assegurando que ela possa usar todos os sentidos nas experiências de aprendizagem; 5. Obter constante feedback sobre o nível de entendimento das crianças e realizar um diagnóstico do desenvolvimento de sua linguagem; 6. Retomar o que foi vista através de repetições, sumarizando os conceitos desta forma, assegurando-se de que as crianças atendam aos comandos de direção; 7. Servir de modelo do qual a criança se apropria para desenvolver sua linguagem; 8. Não corrigir constantemente o aluno, pois o erro é parte do processo de construção; 9. Usar grande variedade de estratégias na resolução de problemas; 10.Utilizar métodos variados de avaliação da compreensão do aluno. (MARTINS, 2007, p. 45). Entende-se que as crianças estão em constante processo de compreensão da segunda língua. Elas observam com atenção, a fim de absorver o máximo possível do que a professora e outras crianças dizem na segunda língua. Desse modo, os professores nessa fase devem fixar rotinas e 10 preparar atividades de construção e repetição, com o propósito de que as crianças se familiarizem com a segunda língua (ROCHA, 2008). Assim como na aprendizagem da primeira língua, as crianças começam a repetir os sons que estão a sua volta e então utilizam uma linguagem “telegráfica”. Essas tentativas comumente são formuladas pelas crianças com as palavras que já aprenderam. As frases feitas servem como um apoio para a criança se comunicar com a professora e os colegas. Desse modo, as crianças compreendem e adquirem significados para se comunicar na segunda língua e utilizam frases pré-formuladas (STERNBERG, 2009). Após esse momento, as crianças começam a desenvolver um entendimento da sintaxe e da estrutura gramatical da língua, o que permite a formulação de frases mais elaboradas, deixam de utilizar frases pré-formuladas e isso contribui para ampliar o vocabulário da nova língua. A IMPLICAÇÃO E AS CONTRIBUIÇÕES DO BILINGUISMO AO DESENVOLVIMENTO COGNITIVO DOS ALUNOS Ainda é grande a falta de conhecimento sobre o bilinguismo na infância, faz com que muitos pais e professores apresentem dúvidas sobre o assunto, para eles, a aquisição de uma segunda língua prematuramente, possa vir a trazer malefícios para o desenvolvimento da criança. No que se refere ao seguimento da linguagem, uma frequente dúvida é o fato de que se a criança sujeita a aprenizagem de duas línguas concomitantemente pode resultar em atrasos no seu desenvolvimento cognitivo. explica ser fundamental que os pais, ofertem, juntamente com a escola, uma exposição regularizada às duas línguas, sem evitar alterações entre as mesmas para que não dificulte o desenvolvimento da linguagem (GENESEE, 2004). Segundo MARTINS, indivíduos bilíngues tem um ganho cultural, econômico e social. Essa pode ser uma das finalidades das quais os alunos bilíngues vem se destacando em testes de inteligência verbal, na formulação de conceitos e no pensamento para soluções de problemáticas, afirma também que a questão da idade é um fator que interfere no bilinguismo. Nesse caso, as 11 crianças apresentam algumas vantagens em relação aos adultos (MARTINS, 2007). O autor explica ainda que; a aquisição de uma segunda língua passa por um processo que ocorre de forma mais eficaz quanto mais cedo a criança for inserida, uma vez que os menores possuem habilidades linguísticas mais generalizadas e os elementos fônicos da primeira língua ainda não estão totalmente firmados. Nesse âmbito, ressalta que quando a criança aprende a segunda língua na infância, a pronúncia é mais próxima da língua nativa (MARTINS, 2007). Nicoladis E, Charbonnier M, Popescu A (2011) salientam que as pesquisas apontam que o bilinguismo não causa confusão e não apresenta impacto negativo sobre o desenvolvimento, além de ter algumas vantagens significativas. Embora o bilinguismo não tenha efeitos negativos inerentes sobre o desenvolvimento, há diversas variáveis que podem afetar o resultado do desenvolvimento bilíngue, entre as quais o contexto em que os idiomas são aprendidos, as atitudes dos pais em relação ao bilinguismo, o status do(s) idioma(s) na comunidade, e o contexto sociocultural em que as crianças vivem. O respeito geral e o estímulo em relação aos idiomas que uma criança bilíngue está aprendendo desempenham um papel importante em seu desenvolvimento, promovendo resultados positivos (CHARBONNIER M, POPESCU, 2011, p.2). Nesse sentido, entende-se que a motivação também é um aspecto relevante na aquisição da segunda língua. As crianças precisam se sentir confortáveis nas situações de interação e estar motivadas a aprender. DAS ESCOLAS PÚBLICAS BINLÍNGUES NO BRASIL Mas algumas iniciativas começam a surgir no país. O Colégio Estadual Hispano-Brasileiro João Cabral de Melo Neto, no Méier, Rio de Janeiro, é uma dessas iniciativas. Com período integral (das 7:00 às 17:00) e parceria com o governo espanhol. Durante o turno da manhã, o aluno estuda com 90% do currículo em português e o restante em espanhol e, no turno da tarde, a situação se inverte. O secretário explicou que o modelo foi criado para atender à matriz curricular 12 definida pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) e para que os alunos também possam participar do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Além desta escola bilíngue espanhol-português, o Rio conta também com o CIEP Governador Leonel de Moura Brizola, que tem aulas em português e francês, e o CIEP Carlos Drumond de Andrade, em inglês e português. A LDB (Lei de Diretizes e Bases da Educação) reconhece a existência de um modelo de educação bilíngue, a educação intercultural indígena. Lembremos que essa é uma conquista importante dos povos originais de nosso país, e uma reparação pela violência linguística que sofreram por cinco séculos. O Artigo 78 das Disposições Gerais afirma: O Sistema de Ensino da União, com a colaboração das agências federais de fomento à cultura e de assistência aos índios, desenvolverá programas integrados de ensino e pesquisa, para oferta de educação escolar bilingüe e intercultural aos povos indígenas, com os seguintes objetivos: I – proporcionar aos índios, suas comunidades e povos, a recuperação de suas memórias históricas; a reafirmação de suas identidades étnicas; a valorização de suas línguas e ciências; II – garantir aos índios, suas comunidades e povos, o acesso às informações, conhecimentos técnicos e científicos da sociedade nacional e demais sociedades indígenas e nãoíndias”. Trechos da LDB que afirmam que a educação deve se dar em língua portuguesa, a língua oficial do país, nas escolas de Ensino Fundamental e Ensino Médio. Observe-se que a exceção às comunidades indígenas e a menção ao ensino de língua estrangeira no Ensino Médio. Entende-se que a LDB preconiza a obrigatoriedade do ensino em língua portuguesa no território nacional, à exceção dos povos indígenas. Por isso, na prática, as escolas bilíngues atualmente existentes no país devem seguir essas regulamentações. Oferecem 200 dias letivos, aulas dos componentes curriculares obrigatórios em língua portuguesa, em uma carga horária mínima de 4 horas diárias, e se comportam em boa parte como as escolas não bilíngues. Porém, para que possam concretizar seu diferencial, o ensino em segunda língua, acrescentam um horário complementar e um currículo adicional. A maior parte das escolas oferece cerca de 3 horas diárias a mais 13 em seu período letivo, e procuram equilibrar o tempo de exposição à segunda língua com o tempo regulamentar no currículo brasileiro. Algumas escolas organizam curricularmente o período complementar em que é oferecida a educação bilíngue, no item “parte diversificada” do currículo, conforme previsto na LDB. Fica evidente, para que seja feita uma educação bilíngue séria, verdadeira e de qualidade, é fundamental o respeito às leis brasileiras, o oferecimento de um currículo normal, brasileiro, enriquecido pela oferta de um currículo que a ele se acrescente, de forma integrada. Para isso, a carga horária expandida é condição essencial. A escola estadual Djalma da Cunha Batista está localizada na Avenida General Rodrigo Octávio, nº 1600, bairro Coroado I, em frente à Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Tradicional escola amazonense inaugurada em 1980, recebeu investimentos da ordem de R$ 10,5 milhões para ser adaptada ao modelo de educação de tempo integral. Tornou-se também a primeira escola pública com o modelo de ensino bilíngue do japonês na educação básica do País, trabalho desenvolvido em parceria com o Consulado do Japão, Associação Nipo-Brasileira da Amazônia Ocidental (Nipaku) e o curso de Língua Japonesa da Universidade Federal do Amazonas (Ufam). A escola foi transformada, renasceu das cinzas, ao ser totalmente reformada e ampliada ganhando vários tipos de mudanças para passar a funcionar no modelo de ensino integral Além de ensinar o idioma, a escola bilíngue é referência no que se refere ao acesso à cultura japonesa. 14 5 METODOLOGIA Quanto à metodologia, trata-se de uma pesquisa indutiva, de abordagem qualitativa, baseada em uma revisão de literatura sobre o tema. A metodologia utilizada, foi uma revisão de literatura, através do método indutivo. O marco metodológico e a teoria dos multiletramentos irá servir de suporte para o desenvolvimento dessas habilidades e que por meio dele podemos expandir o estilo de formação e aprendizagem das crianças. A proposta de metodologia dessa pesquisa foi elaborada seguindo a linha de pesquisa qualitativa e bibliográfica, possibilitando o pesquisador um contato direto com determinado assunto, promovendo uma análise do tema abordado, contrapor idéias ou confirmar hipóteses acerca do bilinguismo. 15 6 CRONOGRAMA ATIVIDADEMÊS/ANO Escolha e Delimitação do tema Levantamento bibliográfico Elaboração do Problema, Objetivos e Justificativa. Elaboração do Referencial Teórico. Elaboração das Considerações Finais Revisão do texto. Entrega do projeto. Janeiro/2018 Fevereiro/2018 Março/2018 Abril/2018 Maio/2018 X X X X X X X X X X Junho/2018 16 REFERÊNCIAS BARBOSA, Ivone G. Pré-escola e formação de conceitos: uma versão sóciohistórico-dialética. São Paulo: USP, 1997. (Tese Doutorado). Brasil. Lei Darcy Ribeiro (1996). BIALYSTOK, E. Aquisição do segundo idioma e bilinguismo na primeira infância e seu impacto sobre o desenvolvimento cognitivo inicial. In: Tremblay RE, Boivin M, Peters RDeV, eds. 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