BARRAMENTO BLINDADOS Tecnologia criada para dar flexibilidade ao sistema de distribuição de energia. Sistema nascido na indústria automobilística americana, na qual foi um período de grandes alterações econômicas e estruturais que as linhas elétricas pré-fabricadas sofreram. O barramento blindado foi uma solução encontrada para dar facilidade na instalação exigidas nas grandes fábricas de automóveis, substituindo cabos e fios que deixam essas mudanças mais caras e também complexas. Com isso, constituem-se de elementos rígidos utilizados para transmitir e distribuir corrente por meio de derivações no sistema. Os primeiros barramentos blindados eram fabricados com barras de cobres trefiladas com cantos arredondados e isoladores de cerâmica, montados em um invólucro metálico aterrado. Hoje, os barramentos blindados podem ser utilizados em qualquer aplicação, em tensões de até 36kV, ele vem sendo aplicado em industrias, residências e comércios. Assim como nos Estados Unidos, a produção do barramento blindado se deu por conta do início da indústria automobilística na época do ex-presidente Juscelino Kubitschek. Antes os barramentos blindados eram feitos sob licença de uma empresa americana, até que com o passar do tempo nós viéssemos a produzir a nossa própria tecnologia. Nos últimos 15 anos, o Brasil passou de ser usuário e começou a ser o exportador para países como, Chile, Peru, Uruguai e México. Os barramentos blindados utilizados em instalações elétricas são conjunto de barras condutores de eletricidade, geralmente de cobre ou de alumínio, com cantos arredondados, elaborados para transmitir e distribuir correntes elevadas de 100A a 6000A. Eles são recobertos por invólucros metálicos retangulares que podem ser de aço carbono zincado ou de alumínio. Os barramentos de baixa tensão, até 1kV, têm, em geral o tamanho padrão de até três metros de comprimento e são divididos em barramentos blindados de barra separada e os de barra coladas. Nos de barras separadas, as barras condutoras estão dispostas paralelamente, de forma a manter uma isolação entre elas. Já os de barras coladas, são fabricadas sem espaço de isolação, nesse caso os fabricantes utilizam o isolamento com fita, encapsulando as barras. Os barramentos de média tensão, acima de 1kV e até 36kV, podem ser de três outros tipos, barramentos de fases isoladas, de fases segregadas e de fases não-segregadas, são destinados a condução de grandes quantidades de energia, nível de curto circuito e grau de proteção. Para evitar problemas no barramento devido a uma má instalação ou conservação incorreta do produto, deve se atentar em relação à aplicação, ao manuseio e a conservação, tais como, instale no momento certo, siga as instruções do fabricante, mantenha a integridade da embalagem e do local de armazenamento, cuidado no manuseio dentro da obra, evite as interferências nos trechos horizontais, verifique a integridade mecânica antes dos testes elétricos, meça a resistência de isolação, faça um ensaio de tensão aplicada a 60Hz e não energize o barramento em casos de dúvidas. Cobre ou Alumínio, qual utilizar? Bom, é comum a utilização de alumínio nos barramentos de média tensão, nos quais não serão feitas derivações. A condutividade no material é boa, não é um metal pesado e é mais barato que o cobre. Em baixa tensão, os dois podem ser utilizados. O alumínio tem uma resistividade 60% maior do que a do cobre, o que isso significa que a seção do condutor de alumínio será 60% maior do que a de cobre. Isso, entretanto não quer dizer que o barramento será mais pesado, visto que o alumínio é mais leve que o cobre. Assim, a sua escolha deverá ser feita a partir do projeto de utilização do barramento, analisando cada caso individualmente. No mesmo período em que os barramentos blindados começaram a ser utilizados para fazer a instalação elétrica principal de edifícios residenciais, começou a haver uma popularização de outro processo, o de descentralização de energia. No sistema convencional, a medição de energia é feita em um centro de medição, em uma área comum, no nível da rua. Nesse caso a queda de tensão, uma perda corriqueira pela passagem da eletricidade pelo condutor, não pode passar de um valor estipulado pela concessionaria, em torno de 1% do ponto de entrega até a medição, e de 3% do ponto de entrega até o quadro de distribuição da unidade. Com o aumento da utilização de barramentos, a medição passa a não ser mais no nível da rua, com isso acaba tendo um percurso mais longo, gerando uma perda Joule por aquecimento do condutor ainda maior, logo a concessionaria estimula um limite de queda de tensão máximo de até 2% do ponto de entrega até o ponto de medição. Hoje muitos ficam em duvidas em qual material utilizar, se usa o barramento ou se usa o cabo. Enquanto cabos vendem massa de material condutor em mm², os barramentos vendem capacidade de condução de corrente, em amperes. Além desta diferença, os fios e cabos são elementos flexíveis que montam uma instalação rígida, sem possibilidades de muitas mudanças. Quando é exigida uma alteração constante, os barramentos blindados são mais recomendados. Agora se por exemplo, você precisar instalar uma linha de alimentação para sua residência, o mais recomendado é utilizar cabos ou fios, pois o barramento é mais recomendado para um trecho contínuo e reto. Para escolher um barramento para uma aplicação, deve-se considerar a tensão da instalação, a corrente nominal e das derivações, se existirem, o nível de curto-circuito presumível, os valores máximos de queda de tensão e o grau de proteção. O produto é encontrado desde completamente desprotegido até protegido contra submersão, a concepção da instalação determinará o grau de proteção que o barramento deve ter para funcionar adequadamente.