Aula 27/02
Taxa de cobertura
C= X:M >1 [BC>0]
<1 [BC<0]
Ex:
Exportação total de PT= 57924,8
Importação total de PT= 75054,4
C= 57924,8 : 75054,4 = 0,772 x 100 = 77,2%
Resposta: 77,2% das importações portuguesas são cobertas pelas exportações
Taxa de cobertura sectorial
Ci= Xi:Mi
Ex:
VESTUÁRIO E CALÇADO
Ci= 2016,5 : 895,0 = 2,253 x100 = 225,3%
Resposta: As exportações portuguesas de V e C cobrem mais do dobro das importações portuguesas de V e C
Taxa de cobertura sectorial normalizada
Č= (Xi: Mi) : (X:M)
• >1 Competitividade sectorial —> forte posição comercial do setor no contexto nacional
• <1 Ausência de competitividade sectorial —> fraca posição comercial do setor no contexto nacional
Ex:
Či de V e C= 2,253 : 0,772 = 2,918 > 1
Indicadores de estrutura/composição
⁃ Geográfica: parceiro social
—> origem (importações) [Mj:M]
—> destino (exportações) [Xj:X]
⁃ Sectorial: por indústria ou grupo de produto
—> Exportação [Xi:X]
—> Importação [Mi:M]
Ex:
3.º
Alemanha —> Xj:X = 6651,8 : 57924,8 = 0,115= 11,5%
Angola —> Xj:X = 1514,9 : 57924,8 = 0,026= 2,6%
Brasil 1,4%
2.º França 12,7% Outros 25,7%
China 1,1% Japão 0,3%
1.º
Espanha 25,3% Países Baixos 3,8%
5.º
EUA 5%
4.º
RU 6,4%
Grau de abertura
X + M : PIB = [X : PIB] + [M + PIB]
⬇ ️ ⬇ ️
Intensidade Penetração das importações
Exportadora (Parcela da procura nacional satisfeita
(Orientação por importações)
da produção
Nacional para
o mercado externo)
Coeficiente de Especialização de Balassa
Este comércio permite distinguir o comércio Intra-indústria do Inter-indústria
Varia entre -1 (dependência) e 1 (especialização) b i = Xi-Mi : Xi+ Mi
-1 —> só há comércio Inter-indústria (só importamos)
0 —> só há comércio Intra-indústria (comprar e vender o mesmo valor)
1 —> só há comércio Inter-indústria (só exportamos)
Indica que eu vendo mais que outros, que sou especializado num x setor
Definição:
⁃ Intra-indústria= compra e venda de produtos que estão na mesma categoria de bem
⁃ Inter-indústria= só exporta aquele produto e importa outro produto de outra empresa
IGLi = {[(Xi+ Mi) - |Xi - Mi|]: [Xi+ Mi]} x100
Varia entre 0 e 100
0—> só há comércio Inter-indústria
100—> só há comércio Intra-indústria
VCRij = (Xij:Xj) PT : (Xik:Xk)EU
Xj= total das exportações de PT
Xk= total das exportações da UE
Xij= exportações da indústria farmacêutica em PT
Xik= exportações da indústria farmacêutica na UE
<1 não há VCR
>1 há VCR
Forte crescimento do comércio internacional, +produção
Acentuado aumento do grau de abertura da economia
O comércio cresce mais que a própria população
Importância do comércio intraempresa (importância das multinacionais)
Cadeias de produção mais dispersas a nível global
Aumento dos movimentos internacionais de capitais.
Objetivos gerais da economia internacional:
Compreender o funcionamento da economia mundial e os seus principais problemas, bem como a forma com afeta a vida das pessoas, das empresas e dos países;
Fornecer conceitos e teorias que permitem compreender o mundo contemporâneo e exercer melhor os nossos papéis a um nível pessoal e profissional.
4 temas fundamentais na Economia Internacional:
Comércio internacional: troca de bens e serviços entre os vários países - teoria e política;
Produção internacional: produção de bens e serviços em vários países;
Finanças internacionais: análise da balança de pagamentos, dos mercados cambiais e dos sistemas monetários;
Desenvolvimento internacional: melhorias dos níveis de bem-estar e dos padrões de vida das populações dos vários países.
Múltiplas dimensões da Globalização
Globalização económica:
Interligação das atividades económicas a uma escala global
Movimentos mercadorias, capital e pessoas
Globalização cultural:
Maiores interligações linguísticas e culturais
(receios de uma) crescente homogeneização pela expansão da cultura ocidental e do inglês.
Globalização política:
Ampla aceitação internacional de valores, como direitos humanos, democracia, condições de trabalho, proteção ambiental;
Maior coordenação entre governos e instituições internacionais.
Globalização ambiental:
Impacto ambiental global das atividades humanas.
Conjunto de processos que possibilita:
Conceção, desenvolvimento, produção, distribuição e consumo de processos, produtos e serviços à escala mundial, utilizando instrumentos organizados e tornados acessíveis numa base mundial;
Que funciona para satisfazer os diversificados e crescentes mercados globais regulados por normalizações e estandardizações “quase universais”;
Fundada em organizações atuando em bases mundiais, cujo capital pertence cada vez mais a uma multiplicidade de acionistas de diversos países, cuja cultura está aberta a um contexto mundial e obedece a uma estratégia também mundial. É difícil identificar a territorialidade destas organizações, sobretudo devido às fortes interações entre empresas nas várias fases de conceção, distribuição e consumo de bens e serviços.
A globalização económica afeta:
Os gostos e padrões de consumo (unificação);
A produção: as empresas praticam o outsourcing a nível mundial, procurando as localizações em que os produtos são melhores e/ou mais baratos e investem os seus recursos onde são mais produtivos, de forma a manterem a sua competitividade internacional;
Os mercados de bens e serviços;
Os mercados de trabalho;
Os mercados financeiros;
1. Avanços tecnológicos (TIC e transportes):
Aumento dos fluxos de conhecimento e informação (sistemas TV, internet);
Criação de uma procura regional ou global (internet);
Entrada no mercado mundial por pequenas empresas (internet e videoconferência);
Rapidez na realização de negócios (b2b)
2.Forças políticas:
Em direção a economias de mercado;
Redução progressiva de barreiras ao CI e ao IDE (tarifas, desregulamentação e eliminação de barreiras administrativas);
Maior abertura face ao IDE;
Acordos comerciais;
Integração regional.
3.Custos:
Economias de escala (globalização das linhas de produtos);
Diferenciais de custos entre países: Deslocalização da produção ou de partes da produção.
4.Competitivas:
Aumento da intensidade concorrencial com a entrada de novas empresas em todos os sectores;
Concorrência multiponto;
Defesa dos mercados domésticos.
5.Mercados:
Diferenças de crescimento entre países e regiões.
Oportunidades para as empresas (empresas internacionais):
aumento dos lucros através da redução dos custos: globalização da produção
aumento das vendas (mercados globais)
Ameaças para as empresas (sobretudo empresas domésticas):
intensificação da concorrência;
deslocalização da produção.
O mundo global é caracterizado por:
Redução da perceção da distância (avanços nos transportes e nas telecomunicações, unificação da cultura);
Intensificação das trocas de bens e serviços entre países;
Produção de bens e serviços em múltiplos países (cadeias de valor globais);
Aumento da interdependência financeira das economias;
Emergência de símbolos de cultura e de consumo globais;
Emergência atores globais.
Consiste na troca de bens e serviços através das fronteiras dos países;
É, portanto, composto pelas exportações e importações de bens e serviços.
No caso da economia portuguesa inclui o comércio intracomunitário
e o comércio extracomunitário.
O comércio intracomunitário consiste nos fluxos de bens e serviços entre membros da UE (exemplo: Portugal e Alemanha)
O comércio extracomunitário consiste nos fluxos de bens e serviços entre membros da UE e países terceiros (exemplo: Portugal e EUA).
Entradas e saídas no comércio intracomunitário;
Importações e exportações no comércio extracomunitário.
Valorização das mercadorias:
CIF (cost, insurance and freight) – o preço da mercadoria inclui o valor da mercadoria e todas as despesas até ao local de destino, nomeadamente os custos de transporte, os seguros e os fretes.
FOB (free on board) – o preço da mercadoria apenas inclui as despesas suportadas desde o armazém do vendedor até ao local de embarque para exportação.
Associadas à entrada de uma empresa num mercado externo.
Existem três formas/modos de internacionalização:
exportação (comércio internacional);
investimento direto estrangeiro (IDE);
formas contratuais.
Exportação:
As empresas vendem os seus produtos a agentes económicos localizados noutros países.
É a forma mais comum (e a menos exigente) de entrada nos mercados internacionais.
Por vezes, consiste no primeiro passo do processo de internacionalização.
Investimento Direto Estrangeiro (IDE):
Ocorre quando uma empresa investe num país estrangeiro com o objectivo de criar instalações para produzir ou comercializar um produto/serviço.
Pode assumir duas formas:
Investimento de raiz: construção de raiz de uma nova unidade produtiva ou comercial;
Aquisição ou fusão: compra de uma empresa já existente no país de destino.
A aquisição pode ser:
minoritária (10-49%)
maioritária (50-99%)
total (100%).
Acordos contratuais:
A internacionalização é realizada com base num contrato entre duas organizações de países diferentes. Pode assumir várias modalidades:
Licenciamento (contrato de licença);
Franchising;
Subcontratação;
Alianças e consórcios.
Empresa internacional:
Empresa que realiza atividades fora das suas fronteiras nacionais, logo é uma empresa que se encontra internacionalizada (usando uma das três formas de entrada).
Aula 1/03
Procuram responder a questões como:
Porque é que os países importam determinados bens e exportam outros?
Qual a base do CI?
Quais o os fatores que afetam o CI?
Quais os benefícios (ganhos) do CI?
Qual o padrão do comércio (padrão de troca)? Que bens soa exportados e que bens são importador?
Séc. XV-XVIII
Doutrina e não escola de pensamento
Forte intervenção do Estado—> políticas de construção de Estados-Nação
(protecionismo)
Ex: Expansão marítima
Jogo nulo—> ganhos=perdas
As políticas mercantilistas partilhavam a crença de que a riqueza de uma nação residia na acumulação de metais preciosos (ouro e prata), advogando que estes se atrairiam através do incremento das exportações e da restrição das importações
(procura de uma balança comercial favorável). Essa crença é conhecida como bulionismo (França, entrada e saída de ouro) ou metalismo.
O Estado desempenha um papel intervencionista na economia, implantando novas indústrias protegidas pelo aumento dos direitos alfandegários sobre as importações, (protecionismo), controlando os consumos internos de determinados produtos, melhorando as infra-estruturas e promovendo a colonização de novos territórios (monopólio), entendidos como forma de garantir o acesso a matérias-primas e o escoamento de produtos manufaturados. A forte regulamentação da economia pelo mercantilismo será contestada na segunda metade do século XVIII por François Quesnay e pelo movimento dos fisiocratas.
Comerciantes são a classe crítica para a prosperidade económica
O trabalho é o fator produtivo crítico para a prosperidade económica
BC>0 estimulava a economia (não se limitando a gerar inflação)
Políticas públicas: Bulionismo; Atribuição de monopólios comerciais; subsídios
às exportações e restrição às importações; regulação da atividade económica doméstica.
Exemplo: Portugal era um produtor muito mais eficiente de vinho do que
Inglaterra, enquanto na Inglaterra era relativamente mais barata a produção têxtil.
Logo, se Portugal se especializava em vinho e a Inglaterra em têxteis, ambos os
Estados sairiam beneficiados se comerciassem.
Nas teorias económicas modernas, o comércio não se entende como uma soma zero entre competidores, pois que ambas as partes podem ser beneficiadas.
Mediante a imposição das restrições à importação, ambas as nações terminam sendo mais pobres que se não existissem obstáculos ao comércio.
Grande parte de "A Riqueza das Nações" de Adam Smith é um ataque ao mercantilismo
O princípio das vantagens absolutas
Vantagens da livre troca (liberalismo) —> ganhos importantes para dois parceiros da troca conduz para ganhos para a Economia Mundial
Laisse faire
David Hume apontou a impossibilidade do objetivo mercantilista de conseguir uma balança comercial positiva constante.
À medida que os metais preciosos entravam num país, a oferta incrementar-se-ia e o valor desses bens nesse Estado começaria a reduzir-se com referência a outros bens de consumo. Pelo contrário, no Estado que exportasse os metais preciosos, o valor começaria a crescer.
Chegaria um momento no que não compensasse exportar bens do país com altos preços ao outro país, que agora teria níveis de preços menores, e a balança comercial terminaria revertendo por si mesma.
Outro dos objetivos principais à hora de criticar as teorias do mercantilismo foi a importância que dada aos metais preciosos, mesmo quando alguns mercantilistas começaram a tirar a importância do ouro e a prata. Adam Smith apontou que os metais preciosos eram exatamente iguais que qualquer outro bem de consumo, e que não havia razão alguma para lhe dar um tratamento especial.
JOGOS DE SOMA POSITIVA
Thomas Munn (1664)
David Ricardo (1817)
Adam Smith (1776)
David Hume
Modelo 2x2
↙ ️ ↘ ️
Países Bens
A x
B y
A partir do custo absoluto
A partir da produtividade (produção por horas de trabalho)
Situação de autarcia = economia fechada (sem trocas) (não exporta nem importa) produzo os dois bens, não há especialização
Consumo = Produção